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Perfil de vento em áreas de floresta e pastagem na Amazônia.

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Academic year: 2017

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PERFIL DE VENTO EM ÁREAS DE FLORESTA Ε PASTAGEM NA AMAZÔNIA

Paulo Jorge de OLIVEIRA1

, Gilberto FISCH2

ResumozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA ­ Durante a estação seca de 1994, um estudo do comportamento do perfil do vento foi 

realizado usando dados de radiossondagens, em áreas de floresta e de pastagem na região de Ji­Paraná (Rondônia). O vento na floresta é, em média, 2 m,s­ 1

 mais intenso que na pastagem, e a  direção média do vento apresenta­se de ENE acima de 1000m e de ESE na região abaixo, em 

ambos os sítios. Nota­se a presença de ventos máximos em ambos os sítios em torno de 2000m,  próximo das 8 horas local, de aproximadamente 8,0 m.s­ 1

 e 6,5 m.s­ 1

 na floresta e pastagem,  respectivamente. As alturas estimadas da Camada Limite Convectiva são similares aquelas  observadas por métodos termodinâmicos. 

Palavras-chave: clima, Amazônia, pastagem 

Wind Profile at Forest and Pasture Sites in Amazonia

Abstract ­ During the dry station of 1994 a study of the behavior of the wind profile was made 

using measurements from radiossonde, in forest and pasture areas in the Ji­Paraná region,  Rondônia. The wind in the forest is, on average, 2 m.s­ 1

 more strong than pasture, and the mean  wind direction comes from ENE above 1000m and from ESE in the area below, in both sites. Is  possible to view maximum winds in both sites, near 2000 m, around 8 local time, of about 8,0  m.s­1

 and 6,5 m.s­ 1

 at forest and pasture, respectively. The estimated heights of the convective  boundary layer are similar the ones computed by thermodynamics methods. 

Key-words: climate, Amazonian rain forest, pasture 

1

 Projeto LBA, Ji­Paraná CEP 78960­000, RO, Brasil 

2

 Centro Técnico Aeroespacial (CTA/IAE­ACA), São José dos Campos, CEP 12228­904, S.P., Brasil  INTRODUÇÃO

A região Amazônica, com cerca  de 6,3 milhões de  k m2

 de área, é  considerada a maior floresta tropical  úmida de todo o globo, tendo uma  grande importância como fonte de  calor na determinação da circulação  geral da atmosfera. Devido sua a  extensão, tem sido estudado como  ocorre a interação entre a floresta e a  atmosfera e sua influência ao nível de  escala local, regional e global (Gash & 

Nobre, 1997; FischzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA et ai, 1997).  Algumas pesquisas científicas 

utilizando Modelos de Circulação  Geral da  A t m o s f e r a  ( M C G A s )  mostraram que, após a substituição da 

floresta natural por  s u p e r f í c i e s  desmaiadas, haveria um aumento da  temperatura do ar, uma redução nos  totais de evaporação e precipitação e  que a estação seca da Amazônia se  prolongaria (Nobre et ai, 1991; Fisch  et ai, 1997). 

(2)

energia, vapor d'água e  C 02 na CL A.  As diferenças existentes no tipo de  superfície e na rugosidade do terreno  contribuem diretamente na maneira de  como a CLA influencia este transporte  de energia, bem como altera o estado  dinâmico da mesma (Arya, 1988; 

Stull, 1988; KaimalzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA et al, 1994).  As principais fontes térmicas 

r e s p o n s á v e i s pela  m i s t u r a desta  camada são correntes ascendentes de  ar quente (térmicas), que se deslocam  a partir da superfície, e as de ar frio  que descem dos topos das nuvens  convectivas (Stull, 1988). O vento  também provoca mistura turbulenta  pela ação do cisalhamento do vento. 

No intuito de estudar o  c o m p o r t a m e n t o da atmosfera em  regiões de floresta e pastagem, alguns  experimentos de campo já foram  realizados na região Amazônica dentre  os quais destacam­se os projetos  ABRAÇOS ­ Anglo Brazilian Amazo-nian Climate Observation Study, 1990­ 1994 (Gash & Nobre, 1997) e o RBLE  ­ Rondônia Boundary Layer Experi­ ment, 1992­1994 (Fisch, 1996).  Recentemente ocorreu o "Experimento  de Grande Escala da Biosfera­ Atmosfera na Amazônia" (LBA) du­ rante a estação chuvosa de 1999 (Fisch  et al, 2000; Silva Dias et al, 2001). 

E m b o r a na  A m a z ô n i a  normalmente os ventos próximo a  superfície sejam fracos ou calmos du­ rante à noite (Greco et al, 1992), em  níveis mais altos eles podem acelerar  p a r a  v a l o r e s  s u p e r g e o s t r ó f i c o s ,  originando os jatos de baixos níveis ou  jatos noturnos. Greco et al (1992) 

fizeram um estudo  o b s e r v a c i o n a l  sobre esses jatos e descobriram que,  p r ó x i m o à  c i d a d e de  M a n a u s , os  v e n t o s  d i u r n o s  a p r e s e n t a m  velocidades em torno de 3,0 a 7,0 m.s~  1

 entre 300 e 1000 m, aumentando  para em torno de 10 a 15 m.s"1

 após o  por do sol. O ar estaticamente estável  desta camada tende a suprimir os  movimentos turbulentos, porém nota­ se a geração de turbulência através do  cisalhamento do vento ocasionado  pelo desenvolvimento desses jatos. A  presença dos jatos noturnos de baixos  níveis próximo à cidade de Manaus é  devida ao desacoplamento friccional  a c i m a da  c a m a d a de  i n v e r s ã o  associada à rugosidade da floresta e  também devido ao gradiente horizon­ tal de temperatura e pressão existente  na região.  E n t r e t a n t o , a presença  d e s t e s  j a t o s  p o d e ser  u m a  particularidade da região de Manaus,  devido ao encontro das águas dos Rios  Negro e Solimões, onde acontece um  aumento na largura do rio, provocando  assim, o sistema de brisa fluvial. Os  indícios da ocorrência destes jatos  n o t u r n o s em  o u t r o s  l o c a i s da  Amazônia são contraditórios. 

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classes de jatos noturnos na camada  limite de Manaus, sendo a primeira  ( J l ) , associada com a presença de  cisalhamento vertical na direção do  vento, mais freqüente na estação seca  (1985) e a segunda (J2), sem essa  variação, na estação úmida (1987).A  primeira classe é característica da  camada mais baixa (200­400m), sendo  que a segunda estende­se sobre uma  camada mais acima (400­600m). 

A t r a v é s de  m o d e l a m e n t o  matemático destes dados, Oliveira e  Fitzjarrald  ( 1 9 9 4 ) ,  o b s e r v a r a m a  ocorrência de jatos noturnos em torno  de 200 m, apresentando um fluxo em  direção aos rios confinado em uma  fina camada de 400 m, confirmando o  efeito da largura dos  r i o s na sua  confluência  p r ó x i m o à  r e g i ã o .  Fitzjarrald &  M o o r e (1990)  observaram um mecanismo de mistura  noturna turbulenta entre a floresta  Amazônica e a atmosfera; associado  às condições de nebulosidade do céu.  Segundo os autores, a presença de  nuvens enfraquece o resfriamento  radiativo noturno o que favorece a  d i m i n u i ç ã o da  e s t a b i l i d a d e , e  consequentemente aumentando os  fluxos de dióxido de carbono, calor e  de umidade, intensificando assim a  mistura turbulenta. Já em noites claras,  há um  a u m e n t o  o c a s i o n a l da  velocidade do vento acima do dossel,  devido a forte estratificação, o qual  estimula oscilações verticais no inte­ rior da floresta  g e r a n d o  e n t ã o o  processo de difusão turbulenta no topo  do dossel. 

DouglaszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA et al. (2000) observaram  que ocorrem a formação de Jatos 

Noturnos no Peru, porém com uma  variabilidade inter­anual: O ano de  1999 possuía, por exemplo, menos  casos de Jatos Noturnos do que em  1998. Por outro lado, durante o LBA/  TRMM também não se observaram  formações claras de Jatos Noturnos. 

O principal objetivo do trabalho  é estudar as características médias do  vento dentro da CLA em áreas de  floresta e pastagem na Amazônia.  P r e t e n d e ­ s e  e s t u d a r a  p o s s í v e l  presença de jatos de baixos níveis e  t e n t a r identificar as  m u d a n ç a s  causadas pelo efeito do desmatamento 

na estrutura dinâmica da CLA. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

DADOS Ε METODOLOGIA Localização

A s  á r e a s de floresta e de  pastagem estão distantes cerca de 80  km entre si, na qual foram instaladas  torres  m i c r o m e t e o r o l ó g i c a s e são  descritas como: 

Reserva Biológica do Jarú (10°  05'S e 61° 55'W, 120m): Possui 268.150  ha de floresta tropical intacta, é uma área  protegida e pertence ao IBAMA  (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente).  Situa­se em região de floresta do tipo  "terra firme", com árvores atingindo em  média 33 metros de altura. 

F a z e n d a  N o s s a  S e n h o r a  Aparecida (10s

 45'S e 62Q

 22'W, 293  metros): Localizada no município de  Ouro Preto D'Oeste, com cobertura  vegetal do tipo gramínea (Brachiaria brizantha). Esta área foi desmatada em 

(4)

Os sítios observacionais de Ji­ Paraná foram escolhidos porque as áreas  de floresta e de pastagem são  suficientemente grandes para que cada  tipo de superfície vegetada possa 

desenvolver sua própria CLA (Fig. 1). zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Dados

Os dados que serão utilizados  nesse estudo são as sondagens  atmosférica através dos perfis dinâmicos  da CLA, referentes ao experimento  RBLE3. Estes perfis foram obtidos  através das sondagens feitas por  radiossondas. Durante o RBLE as  medidas de ar superior foram coletadas  pelo sistema de radiosondagem Vaisala  (Finlândia), com radiosonda RS80­15N  (Fig. 2). As freqüências das transmissões  deste modelo situaram­se na faixa de  400 a 406 MHz. O modelo RS80­15N  é constituída de: um termistor para  medidas de temperatura do ar; um ca­ pacitor eletrônico para as medidas de  umidade relativa; e uma cápsula 

barométrica para medir a pressão  atmosférica. 

Os  s i n a i s com  t a x a de  amostragem de 0,5 Hz foram emitidos  e compactados em média temporal de  10s, e a velocidade de ascensão foi da  ordem de  5 m s ­ l . As informações  r e l a t i v a s ao  v e n t o  ( d i r e ç ã o e  velocidade) foram obtidas através do  s i s t e m a  O M E G A de  l o c a l i z a ç ã o ,  transmitindo informações a cada 10s.  O período de coleta de dados foi du­ rante o mês de  A g o s t o de 1994,  totalizando 13 dias. As radiossondagens  foram realizadas de maneira simultânea  nas áreas de floresta e  p a s t a g e m ,  ocorrendo 75 em área de floresta e 76  em área de pastagem. As sondagens fo­ ram feitas nos horários das 5, 8,11, 14, 

17 e 23 Hora Local (HL). 

Metodologia

Para o estudo do perfil vertical  do vento foram usados os dados de  radiossondagem (período de 13 a 25/ 

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8/94), sendo que o perfil médio foi  realizado através de uma média  aritmética de todos os horários das  radiosondagens disponíveis (5,8,11,14, 

17 e 23HL), com dados linearmente  interpolados na vertical em 50 metros.  Estes foram organizados com as  componentes zonal (u) e meridional (v)  de todos os dias para cada horário em  questão, e em seguida realizada uma  média aritmética contendo todos os dias.  Obteve­se assim um perfil vertical  médio das componentes zonal e meridi­

onalzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA (u e v) para cada horário. De posse  dos valores de u e ν  (médio), foram 

calculados o módulo  ( F ) e a direção  média (D) do vento de cada horário, 

através das equações 1 e 2: zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

F = V t t2 + v2

D = ACOSzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA (-v/V)

D = cos (-v/V) 1! 

(ms­1

) (1) 

80/ π   ; p a r a u < 0 (2

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

UM ;para  u > 0(Graus) 

Onde acos é a função trigonométrica Arco­Cosseno. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA RESULTADOS

Evolução Temporal

De acordo com a Figura 3a,  nota­se a presença de um núcleo de  vento máximo de 8m.s_ l

 no início da  manhã (8HL) em torno de 1800m,  que diminui de intensidade ao longo  do  d i a ,  a t i n g i n d o  v e n t o s de 3,0­ 4 , 0 m . s_ l

  n a s  p r i m e i r a s  h o r a s da  noite. Este vento máximo apresenta  d i r e ç ã o  p r e d o m i n a n t e de E,  conforme pode­se notar na Figura  3b. Esta direção de  9 02

 compreende  os horários das 5 às 15HL e estende­ se entre os níveis de 800 e 1600 m.  Ao final do dia, este jato curva­se  para a direção E/SE (110 graus). 

P o d e ­ s e  o b s e r v a r  t a m b é m  q u e ,  n o  d e c o r r e r  d o  d i a , a  v e l o c i d a d e do vento  c o m e ç a a se  d e s i n t e n s i f i c a r  n o  i n t e r i o r da  c a m a d a  l i m i t e ,  i s t o  c o m o  c o n s e q ü ê n c i a da  m i s t u r a vertical  c a u s a d a  p e l a  t u r b u l ê n c i a 

(6)

a t m o s f é r i c a  d e s e n v o l v i d a . Em  t o r n o  d a s  1 6 H L ,  o b s e r v a ­ s e a  p r e s e n ç a de  v e n t o s  p r a t i c a m e n t e  c o n s t a n t e s  ( m e n o r e s  q u e  3,5  m . s1

) até  a p r o x i m a d a m e n t e  1 0 0 0 m  d e  a l t u r a ,  r e f e r e n t e à  e x t e n s ã o da  c a m a d a de  m i s t u r a ,  s e n d o  u m  i n d i c a t i v o  d a  b o a  m i s t u r a  t u r b u l e n t a  d e s e n v o l v i d a  ao longo do dia. Segundo Oliveira  e  F i s c h  ( 2 0 0 1 ) ,  n a  r e g i ã o de  f l o r e s t a , o  d e s a c o p l a m e n t o  friccional inicia­se em torno das 

16HL,  a b a i x o dos  2 0 0 m , o qual  dará início à formação da  c a m a d a  l i m i t e  n o t u r n a  ( C L N ) .  U m a  camada com ventos  p r a t i c a m e n t e  c o n s t a n t e s é  o b s e r v a d a em  t o r n o  d a s  1 7 H L , até o  n í v e l de 1000m  d e  a l t u r a ,  m o s t r a n d o  q u e a  m i s t u r a  t u r b u l e n t a  s e  f a z  p r e s e n t e  a t é  e s t a  a l t u r a .  E s t a  a l t u r a ,  e m b o r a  m e n o r ,  c o i n c i d e  com a  a l t u r a  e s t i m a d a  p o r  F i s c h  ( 1 9 9 6 ) e  T o t a  ( 1 9 9 8 )  p a r a o  d e s e n v o l v i m e n t o  d a  C a m a d a  L i m i t e  C o n v e c t i v a  ( C L C )  n a  F l o r e s t a ,  p a r a a  m e s m a  r e g i ã o .  R e s s a l t a ­ s e  q u e  e s t e s  a u t o r e s  e s t i m a r a m  e s t a  a l t u r a  p o r  m é t o d o s  t e r m o d i n â m i c o s . 

De acordo com Oliveira e Fisch  (2001), a região próxima à superfície  na floresta, apresenta­se turbulenta  durante todo o período diurno, com  o predomínio de convecção forçada  (valores de Número de Richardson  inferior a 1) até próximo das 12HL,  c o m e ç a n d o a  a p r e s e n t a r  v a l o r e s  n e g a t i v o s  d e Ri a  p a r t i r  d e s t e  horário,  r e p r e s e n t a n d o o início de 

c o n v e c ç ã o  l i v r e  a s s o c i a d a com a  t u r b u l ê n c i a  t é r m i c a .  O s  m e s m o  a u t o r e s  t a m b é m  e n c o n t r a r a m que  o  d e s e n v o l v i m e n t o da  t u r b u l ê n c i a  na vertical ocorre e a CLC estende­ se até  a p r o x i m a d a m e n t e  9 0 0 m ao  l o n g o do dia,  s e n d o  q u e  e n t r e 16  e 17HL o efeito  t é r m i c o  c o m e ç a  a diminuir, dando lugar a presença  da  c o n v e c ç ã o  d e v i d o ao efeito do  v e n t o  ( R i  m e n o r  q u e 1),  c o m  t u r b u l ê n c i a  i n t e r m i t e n t e . 

Na Figura 4a pode­se observar,  sobre a pastagem, um núcleo de vento  m á x i m o de 6,5m.s"'  p r ó x i m o de  2000m entre 8 e 11HL da manhã, da  m e s m a forma  q u e  e n c o n t r a d a na  floresta. Porém este vento máximo  estende­se por toda a camada, entre a  superfície e  3 0 0 0 m , e não é  estratifícado como no caso da floresta.  A direção predominante (Fig. 4b)  observada na região acima de 1000m  é de E, incluindo à deste jato. Nota­se  uma mudança para SE na direção do  vento no início da noite (19 HL) para  a região acima de 1200m, que ocorre  mais tarde do que na floresta (Fig. 4a). 

N o v a m e n t e  o b s e r v a ­ s e  u m a  camada com ventos  p r a t i c a m e n t e  constantes em torno das 17HL até  cerca de 1400m de altura, indicando  q u e a  m i s t u r a  t u r b u l e n t a se faz  presente até esta altura. Fisch (1996)  e Tota (1998) estimaram em 2000m  o desenvolvimento final da CLC. 

(7)

(a) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA(b) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1160

1zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA140 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1120 j 100

Η   9 0 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

m ao

Wmm

19 2 0 21 2 2 2 3

Figura  3 . Evolução Temporal do Vento Médio na Floresta durante o RBLE3 : Velocidade (a) e 

Direção (b) 

ocorre mais rápido. A propagação  vertical da turbulência ocorre após  às  1 2 H L ,  s e n d o  m u i t o  m a i s  eficiente do que na floresta e atinge 

1400m em torno das 13HL (Oliveira  e Fisch, 2001). Segundo os mesmos  autores, a convecção livre é mais  intensa do que na floresta e con­ tinua presente dentro da CLA até as 

17HL; sendo que a partir das 16HL,  o  e f e i t o  t é r m i c o ,  e m b o r a  a i n d a  presente abaixo de  4 0 0 m ,  j á não  i n f l u e n c i a  t o d a a  e x t e n s ã o da  c a m a d a ,  d e v i d o ao  e f e i t o do  d e s a c o p l a m e n t o da  s u p e r f í c i e e  início da  C L N , apesar de não ter  sido  p o s s í v e l  i d e n t i f i c a r o  d e s a c o p l a m e n t o  f r i c c i o n a l da  superfície como no caso da floresta,  o  q u e  l e v a a  a c r e d i t a r  q u e a  formação da  C L N  a c o n t e c e mais  tarde na pastagem. 

Uma análise comparativa entre  Floresta e  P a s t a g e m  m o s t r a a  presença de ventos diurnos inferiores  a 4 m.s"' ao longo de toda a camada,  em ambos os sítios. Na pastagem este 

valor  j á é observável a partir das  11HL, indicando que a influência da  m i s t u r a  t u r b u l e n t a  t é r m i c a na  desintensificação do vento acontece  mais cedo do que na floresta (13 HL).  A camada com ventos praticamente  constantes é de até 1000m na floresta  e 1400m na pastagem, sendo mais  v i s í v e l e  m a i s  d e s e n v o l v i d a no  s e g u n d o  c a s o ,  d e v i d o a  m i s t u r a  t u r b u l e n t a  o c o r r e r com  m a i s  eficiência na pastagem. 

(8)

encontrados em ambos os sítios. A  altura média da pastagem é de 293m  e na floresta esta é de 120m, com um  gradiente de altura de 2,1 m/km. 

A figura 6 ilustra a série tem­ p o r a l  d o  v e n t o  n a  r e g i ã o  d e 

(a)

floresta no dia 15, e pode­se notar  que a evolução diária é semelhante  à  c o n d i ç ã o  m é d i a .  N e s t e  d i a  específico, observou­se a presença  de vento máximo (9.m.s­l) de SE,  no início da manhã (7hs) e em torno  de 250m. Esta situação é também  i l u s t r a d a  n a  f i g u r a  1 0 , e  s e r á  discutida adiante. De acordo com a  f i g u r a  6 b ,  n o t a ­ s e  q u e  t o d a a  camada abaixo de 2500m apresenta  ventos com direção  p r e d o m i n a n t e  de  E ­ S E ,  t o r n a n d o ­ s e  m a i s de sul  n o  f i n a l  d a  t a r d e  c o m  v e n t o s  m a i s  f r a c o s .  C o m o  d e s e n v o l v i m e n t o  d a  c a m a d a  l i m i t e  c o n v e c t i v a ,  t o d a a  e x t e n s ã o  a t é  c e r c a  d e  1 0 0 0 m ,  a p r e s e n t a  v e n t o s  i n f e r i o r e s a  4 m . s ­ l ,  c o m  d i r e ç ã o  d e 120°. O 

n ú c l e o  d e  v e n t o  m á x i m o  e n c o n t r a d o  p r ó x i m o de 2000m  n o  i n í c i o  d a  m a n h ã  n a  c o n d i ç ã o  média é aqui  t a m b é m  e n c o n t r a d o ,  a t i n g i n d o  c e r c a  d e  1 3 m , s ­ l  e m  torno de 2500m. 

(b) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

3000i

2 2 5 d

1750;

1500; zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAJ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1 250j

lOOOJ lOOOJ

s o d s o d

250 : : : :

: 0

i 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 1 7 1 8 1 9 2 0 2 1 2 2 2 4 0

HoraLccal

: Velocidade (a) e 

N a  r e g i ã o  d e  p a s t a g e m , o  c i c l o  d i á r i o do  v e n t o  n o  d i a 15  ( F i g .  7 ) ,  a p r e s e n t a  f o r t e  c i s a l h a m e n t o  a o  l o n g o  d o  d i a ,  em  t o d a a  e x t e n s ã o da  camada,  p r i n c i p a l m e n t e entre 11­

1 3 h s .  D e v i d o a  r e g i ã o  d e  p a s t a g e m  a p r e s e n t a r  i n t e n s o  desenvolvimento da CLC(01iveira e  Fisch, 2000), no período da tarde, en­ tre 14 e 18hs, toda a extensão da  camada apresenta ventos inferiores à  4 m . s ­ l . No início da manhã (8hs),  nota­se, como na situação média, um  núcleo máximo de 12m.s­l entre  2250­2500m. Esta forte mudança na  condição do vento entre  m a n h ã e  t a r d e é  r e s u l t a d o  d o  g r a n d e  c i s a l h a m e n t o  o r i g i n a d o da forte 

turbulência existente na região de zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Figua 4. Evolução Temporal do Vento Médio na Pastagem durante o RBLE3 

(9)

65°W 64c

AMAZONAS 

63° 62° 61° 60° 

~ΊzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

ι r

Éüíl Area ocupada 

I—I Floresta 

rre d*'ReL Jàru 

* MATO  ' GROSSO 

i i

., 

90

10° 

12° 

13°S zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Figura 5. Desenho Experimental para a campanha TRMM­LBA­Rondônia 

pastagem, diminuindo bruscamente a  intensidade do vento ao longo do dia.  Da mesma forma que a floresta, toda  a  e x t e n s ã o  a b a i x o de  2 2 5 0 m  apresenta ventos de E­SE. 

Em ambos os locais a situação  média difere deste dia específico, por  apresentar o vento máximo no início da  manhã em uma extensão maior da  camada limite e pelo  m e s m o ser  proveniente de  E ­ N E .  E s t a  característica se dá possivelmente pelo  fato de algum dia não apresentar este  vento máximo, e consequentemente  com direção diferente. 

Perfil vertical

Segundo a Figura 8a, o cisalhamento  abaixo de 100m na floresta, é mais intenso  no início da manhã, diminuindo ao longo  do dia. Isto acontece devido haver o  d e s a c o p l a m e n t o friccional com a  formação da Camada Limite Noturna  (CLN). Com isso, os ventos durante  a noite e início da manhã, são mais  intensos, gerando assim um maior  cisalhamento vertical. 

GrecozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA et al. (1992) e Oliveira  e Fitzjarrald (1993) encontraram, 

(10)

(b) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1 2 . 0 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

11 1.0 1 0 . 0

1 3 2 0 J30O

1280

1270

1260

1240 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Ι2Ά1 

1200

\ I BO [ 1 6 0 i 140

7 5 0 |

500J

2 5 0 l

7 8 9 1 0 1 1 1 2 1 3 1 4 1 5 1 6 1 7 1 8 1 9 2 0 2 1 2 2 2 3 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 2 0 21 2 2 2 3

H o r a L o c a l H o r a L o c a l

Figura ó.Evolução Temporal do Vento na Floresta no dia 15 : Velocidade (a) e Direção (b) 

b a i x o s  n í v e i s e  a s s o c i a r a m a  o c o r r ê n c i a  d e s t e à  s i s t e m a s de  brisa fluvial. No  p r e s e n t e estudo  não foi identificado nenhum caso  em que o vento se apresente com  características de  j a t o nos baixos 

n í v e i s .  W h i t e m a mzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA et al.  ( 1 9 9 7 )  e s t a b e l e c e r a m um  c r i t é r i o  p a r a 

i d e n t i f i c a ç ã o e  c l a s s i f i c a ç ã o de  jatos de baixos níveis. Este critério 

b a s e i a ­ s e  n o  v a l o r  m á x i m o  e n c o n t r a d o e no  v a l o r da  q u e d a  referente a velocidade em um nível 

próximo preestabelecido. Portanto,  p a r a  o c o r r e r  j a t o o  e s c o a m e n t o  a t m o s f é r i c o  t e r i a  q u e  a p r e s e n t a r  uma velocidade  m á x i m a de lOm.s" 

1

  a b a i x o de  3 0 0 0 m e  s u a  v e l o c i d a d e deveria  d e c r e s c e r em  5 m . s_ l

  a n t e s  d o s  3 0 0 0 m  s e r  alcançado. 

(11)

e o mínimo de l,lm.s"' às 14HL. Estas  duas características representam a forte  estratificação térmica às 8HL e atmosfera  bem misturada à tarde (14HL). 

O  c i s a l h a m e n t o do vento na  pastagem também é bastante intenso  próximo à superfície com o maior  valor, entre 50 e 250m, encontrado às  5HL (2,7  m . s1

) e o mínimo às 11HL  (1,1 m.s"1

). Os  v e n t o s  d u r a n t e o  período diurno são mais intensos,  semelhante ao caso da floresta. Dentro  da camada que vai da superfície até  3 0 0 0 m , os  m a i o r e s  v a l o r e s são  encontrados entre 1000 e 2000m, com  máximo de 7m.s~' as 8HL e mínimo de  2m.s"' às 17HL(Fig. 8b). 

Também não se encontrou jato  de baixos níveis neste caso. Embora o  cisalhamento seja intenso e os valores  de um horário para outro sejam muito  diferentes, não se observou um valor 

(a) 

Velocidade do vento(m/s)

máximo com posterior declínio na  i n t e n s i d a d e , o que  g e r a l m e n t e  determina a presença de um jato. 

Uma análise comparativa entre  os sítios de  F l o r e s t a e  P a s t a g e m  mostra que, em ambos os casos, os  perfis verticais do vento apresentam  um ciclo diário semelhante. No início da  manhã, a velocidade do vento apresenta  uma intensificação das 5 para as 8HL,  diminuindo gradualmente no restante do  período diurno. Nota­se uma pequena  aceleração às 23HL, principalmente na  floresta, que pode estar associado com  a diminuição da turbulência na vertical. 

GrecozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA et a/.(1992) acharam, na  região próxima de Manaus que, no fi­

nal da tarde (17HL), toda a extensão  da CLC  a p r e s e n t a v a  v e n t o s de  3­7m.s"' aumentando em seguida para  8­12m.s"' às 22HL. Os resultados do  R B L E 3 , tanto na floresta como na 

(b) 

0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0

Velocidade do vento(m/s)

(12)

TabelazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 1.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Diferença Vertical do Vento (50/250m) e Máxima/Mínima Diferenças entre Floresta e 

Pastagem no RBLE3 (unidades m.s"1) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

5HL 8HL 11HL 14HL 17HL 23HL

­fJSotn3

* 2

· 1 3

· 8 2

>1

1,1 1.9 1,4

(50/250m) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Í^SS?"!

2,7 2,6 1,1 1,4 1,1 1,3

(50/250m)

(Ro^Past) 1

-5

(1 5 5 0 m

) 1,2(1900m) 1,2(1000m) 1,6(1500m) 2,0(2200m) 1,3(1000m) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

( F l o St ) -0,1(300m) -2,8 (500m) -0,7(0m) -0,8(200m) -0,5(50m) -0,1 (Om)

pastagem, a maior aceleração acontece  das 5HL para as 8HL, entre 1500 e  2000m, variando em média, de 4m.s"'  para 8m.s"', respectivamente. 

A Figura 9 mostra a diferença  do vento entre a floresta e pastagem e  nota­se que o vento é sempre mais  intenso na floresta, com  m á x i m a  diferença de até 2,0m.s~' (2200m),  principalmente após as 11HL (Tab. 1).  Nestes horários a turbulência causa  u m a  m i s t u r a  g r a n d e na  v e r t i c a l ,  d e s i n t e n s i f i c a n d o o vento na  p a s t a g e m , e  d e v i d o a  m e n o r  rugosidade da pastagem, existe um  desacoplamento entre os processos na  superfície e entre 400­500m, fazendo  com que esta desintensificação seja  mais pronunciada na pastagem. 

De acordo com a Figura 10, a qual  representa o perfil vertical do vento às  8 HL para alguns dias específicos, pode­ se notar a presença de ventos máximos  de baixos níveis tanto na floresta como  na pastagem. Na floresta (Fig. 10a),  encontrou­se um vento máximo no dia 

15 em torno de 200m, com velocidade  de 9,6 m.s"1

. No caso da pastagem (Fig. 

10b), a presença de ventos máximos de  baixos níveis foi verificada em duas  situações: no dia 16 em torno de 300m  com velocidade de 8,7 m.s"1

, no dia 18  próximo de 240m com velocidade de  7,8  m . s1

. Embora tenha­se podido  verificar estes jatos de baixos níveis em  alguns dias, a sua presença na região não  é um fato constante como verificado por 

GrecozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA et al. (1992) em Manaus, sendo  que para a região de  R o n d ô n i a , a 

p r e s e n ç a foi  r e s t r i t a a  a p e n a s  alguns dias e o principal fator para  o surgimento do mesmo, deve estar  associado apenas ao resfriamento  noturno, sem falar que a maior variação  na velocidade do vento até 1000m foi  de aproximadamente 3  m . s1

, estando  abaixo do critério citado por Whiteman  et al. (1997). 

CONCLUSÕES

(13)

Diferença do Vento (m/s) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Figura 9. Diferença da velocidade do vento entre Floresta e Pastagem no RBLE3 

( a ) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA(b) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Velocidade do Venlo (m/s)

(14)

8 m.s"1  na floresta e de 6,5 m.s~' na  pastagem. A direção em ambos os locais  apresentou­se de ENE acima de 1000 m  e de ESE abaixo. O vento começa a se  desintensificar mais cedo na pastagem  (11 HL) do que na floresta (13 HL). A  velocidade do vento é, em média, cerca  de 2 m.s"1  maior na floresta,  principalmente após as 11 HL, sendo  que os ventos mais intensos são sempre  do setor Norte. O perfil médio do vento  mostrou que não houve indícios da  presença jatos de baixos níveis na região  no conjunto de dados analisados, porém,  a análise de alguns dias mostrou a  ocorrência de ventos máximos de baixos  níveis às 8HL, no dia 15 em torno de  200m, com velocidade de 9,6 m.s1 , na  floresta e nos dias 16 e 18 na pastagem  com 8,7 m.s'' e 7,8 m.s­ 1

, respectivamente,  todos entre 240 e 300m, porém sem  evidência de que fossem jatos de baixos  níveis. Este aspecto da ocorrência ou não  de jatos noturnos na região de Rondônia é  contraditório e merece ser melhor estudado,  pois é um mecanismo pelo qual o vapor  d'agua da Amazônia é transportado para a  região Sul e Sudeste do Brasil. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA AGRADECIMENTOS O autor R J. de Oliveira deseja  a g r a d e c e r à  C o o r d e n a ç ã o de  Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível  S u p e r i o r  ( C A P E S ) ,  p r o c e s s o  33010013003M­8 pelo suporte no  programa de Mestrado no INPE e G.  Fisch agradece ao Conselho Nacional  de  D e s e n v o l v i m e n t o Científico e  Tecnológico — CNPq pela concessão  de Bolsa de Pesquisa (300564/96­1).  Bibliografia citada Arya, S. P. Introduction to Micrometeorology.  San Diego: Academic Press, 1988, 307p.  Douglas, M.W.; Pena, M. and Villarpando, W.  R. 2000. Special Observations of the Low­ Level Flow over Eastern Bolivia During  the 1999 Atmospheric Mesoscale cam­ paign. 6"' International Conference on  Southern Hemisphere ­ Meteorology and  Ocenography, Preprints, Santinago­Chile,  April, 3­7, p. 157­158. 

Fisch, G. 1996.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Camada limite Amazônica: aspectos observacionais e de modelagem.

(Tese de Doutorado cm Meteorologia) ­ Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais,  São José dos Campos, 1996. 171 ρ . (1ΝΡΕ ­ 6123­TPT/584). 

Fisch, G.; Lean, J.; Wright, I. R.; Nobre, C. A.  1997. Simulações climáticas do efeito do  d e s m a t a m e n t o na região Amazônica :  Estudo de um caso em Rondônia. Revista Brasileira de Meteorologia, 12(1):33­48 

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(15)

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Aceito para publicação emzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 01/10/2001

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Figura zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA  2.  Modelo de uma Radiossonda RS80­15N. 
Tabela zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA  1. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA  Diferença Vertical do Vento (50/250m) e Máxima/Mínima Diferenças entre Floresta e  Pastagem no RBLE3 (unidades m.s&#34; 1 ) zyxwvutsrqponm
Figura 9. Diferença da velocidade do vento entre Floresta e Pastagem no RBLE3 

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