O Que É Necessário Para o
O Que É Necessário Para o
Brasil Crescer Mais Com
Estabilidade
O Que É Necessário Para o Brasil
O Que É Necessário Para o Brasil
Crescer Mais Com Estabilidade
I. A crise financeira de 2007-2009 mudou a estrutura dinâmica da economia global provocando:
- O declínio do modelo de desenvolvimento “export-led
growth”, tornando vital o dinamismo do mercado
d é ti
doméstico.
- O fim do “fetiche do financiamento externo” como
modelo de desenvolvimento com colapso da idéia de modelo de desenvolvimento com colapso da idéia de mercado eficiente.
II Com a emergência de um novo centro dinâmico (China II. Com a emergência de um novo centro dinâmico (China
O Que É Necessário Para o Brasil
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Crescer Mais Com Estabilidade
III. Para o Brasil crescer mais com estabilidade é preciso uma nova estratégia intermediária de globalização g g ç
conjugando os elementos positivos dos três modelos acima e controlando aqueles desestabilizadores.
IV. É necessário:
i um ajuste fiscal para abrir espaço na estrutura da i. um ajuste fiscal para abrir espaço na estrutura da demanda agregada para ampliação da taxa de
investimento e manter o crescimento do consumo privado. ii. reforma monetária para remover as “heranças” do
período de alta inflação que impedem a queda na taxa de juros
O Que É Necessário Para o Brasil
O Que É Necessário Para o Brasil
Crescer Mais Com Estabilidade
V. É necessário reformular a política macroeconômica, com nova combinação de políticas monetária fiscal e com nova combinação de políticas monetária, fiscal e cambial, para tornando consistente com uma nova estratégia e com o novo contexto de crise global. VI.Esta crise financeira é o ápice de uma sucessão de
I. A Crise Financeira Está Mudando a
Estrutura Dinâmica da Economia
Estrutura Dinâmica da Economia
A Crise Financeira e a Dinâmica da
A Crise Financeira e a Dinâmica da
Economia Global
1. Os Estados Unidos e a Europa estão entrando num
longo período de crescimento reduzido ou estagnação longo período de crescimento reduzido ou estagnação, com risco não desprezível de deflação.
2 A lí i á i i l d á i i
2. A política monetária não-convencional deverá persistir e taxa de juros deverão permanecer muito baixa por longo período, com liquidez a vontade, mas sem g p q
retomada do crédito.
3 Com endividamento excessivo dos bancos das
3. Com endividamento excessivo dos bancos, das
famílias e das empresas a prioridade será a
desalavancagem e ajuste em seus balanços (“balance sheet recession”)
A Crise Financeira e a Dinâmica da
A Crise Financeira e a Dinâmica da
Economia Global
4. Política fiscal para sustentar demanda agregada
encontram resistências e no longo prazo compromete o crescimento
o crescimento.
5. Assim, o aumento das exportações liquidas é , p ç q praticamente a única saída para os países desenvolvidos recomporem nível emprego.
6. Novo centro dinâmico da economia global: China e
Índia, transmitirão efeitos dinâmicos através importação de commodities mas resistirão a importação de commodities, mas resistirão a
A Crise Financeira e a Dinâmica da
A Crise Financeira e a Dinâmica da
Economia Global
7.Importações dos Estados Unidos deixarão de ser a locomotiva do crescimento global e com crescente fricções no comércio os países emergentes terão que deslocar o pólo dinâmico para o mercado doméstico.
8. Apesar da baixa taxa de juros e excesso de liquidez nos Estados Unidos os processos de desalavancagem e de p g recomposição de capital dos bancos tornarão o fluxo
global de capital menor do que no período pré-crise e mais instável
mais instável.
9 Somado a isto com o colapso da idéia de mercado 9. Somado a isto com o colapso da idéia de mercado
A Crise Financeira e a Dinâmica
A Crise Financeira e a Dinâmica
das Economias Emergentes
1. Menor crescimento do comércio global, menor fluxo de
capitais e redução do desequilíbrio global não vão p ç q g mudar o potencial crescimento do lado da oferta (catch-up da fronteira tecnológica).
2 Os emergentes que forem capazes de planejar o
2. Os emergentes que forem capazes de planejar o
crescimento da demanda agregada poderão crescer mais se administrarem os fluxos de capitais e taxa de cambio
cambio.
3. Estudos empíricos mostram que é fundamental abrir a
economia para crescer, mas questão para os
t h i ã é
emergentes chave para crescer mais não é: i.. aumentar volume de exportações
A Crise Financeira e a Dinâmica
A Crise Financeira e a Dinâmica
das Economias Emergentes
g
4. A questão chave é construir uma moderna e competitiva estrutura produtiva
competitiva estrutura produtiva.
5. Para isto é chave elevar a taxa de investimento e alocá-los no setor de mais alta produtividade o setor de
los no setor de mais alta produtividade, o setor de
tradables de manufaturados.
6. Isto pode ser alcançado com uma taxa de cambio capaz 6. Isto pode ser alcançado com uma taxa de cambio capaz
de conciliar:
i. Aumentando a lucratividade neste setor; e; ii.Expansão da demanda doméstica.
Estratégias de Globalização
g
ç
(Antes da Crise) Absorção de
Desempregados com Investimento Auto Estratégia de Integração Comercial Exportações de Manufaturados
como Alavanca Construção de Estrutura Investimento
Auto-Financiado
Desequilíbrio Comercial como Alavanca
do Crescimento Construção de Estrutura Produtiva Nacional Competitiva
Modelo Export-Led Growth
(P í A iáti )
Desequilíbrio Global
Centro Dinâmico (USA e EU): Banqueiro do Mundo
e Importador em Última I tâ i
Estado e Empresariado Nacionais
(Países Asiáticos)
Instância Investimento com
Poupança Externa e Especialização Regressiva
Modelo de Financiamento Externo
(Brasil) Fluxo de Capital como Alavanca do Estratégia de Integração
Acesso a Padrões de Consumo de Países
Desenvolvidos (Brasil) Excesso Liquidez Global Alavanca do Crescimento Financeira
Estratégia
Export-Led Growth
Estratégia
Export Led Growth
Taxa de
A mento de Geração de Elevada Taxa de
Câmbio Fixa e
Desvalorizada
Aumento de
Exportações Ampliação do Emprego e Mercado
I t
Investimento e Crescimento
Rápido Interno
Elevada Taxa de Retorno sobre Retorno sobre Investimento
Produtivo
Taxa de Juros Baixa
Política Ativa de Crédito e Política industrial Política industrial
Estabilidade
Baixa Taxa de Inflação
Controle Fiscal MacroeconômicaEstabilidade c/ Âncora Cambial de Inflação
Fetiche do Financiamento Externo
Fetiche do Financiamento Externo
Liberalização da
Conta de Fetiche do Financiamento Externo
Capital
Fluxo de Capital
Mercado Eficiente
Aumento da Taxa de
Garantias e Elevada
p
Investimento
C i t
Remuneração dos Ativos
Financeiros Política Macroeconômica
Crescimento Econômico
Disciplina do Mercado
-Taxa de Juros Elevada -Flutuação Livre da Taxa
II.Modelo de Especialização
R
i
?
Modelo Brasileiro de Especialização
Modelo Brasileiro de Especialização
Regressiva
Especialização Regressiva
C t Di â i
Demanda de
Integração comercial
da Estrutura Produtiva Nacional
Apreciação da Taxa de Novo
Centro
Centros Dinâmicos
Demanda de
Commodities Exportações de Commodities
Apreciação da Taxa de Cambio
Dinâmico (China e
India)
Reduzido Investimento em
Déficit em Transações
Desequilíbrio
Reduzido Investimento em Manufaturados Tradables
Déficit em Transações Correntes e
Risco de Crise
Global Velho Centro Dinâmico Fluxo de Capital Baixa Taxa de
Juros/Excesso d Li id
Expansão do Mercado de Consumo de Massa
(Classe C)
Crescer Mais Com Estabilidade
Crescer Mais Com Estabilidade
Flutuação Administrada
da Taxa de
Garantir Margem de Lucro dos Tradables Dinamismo Consumo Doméstico
com Geração Maior Taxa de
da Taxa de Câmbio Tradables Aumento da Poupança Doméstica com Geração de Emprego e
Salários
de
Crescimento
Equilíbrio Administração do Juros Igual à Taxa de Elevada Taxa Transações
Correntes
g
Internacional de
investimento Fluxo de Capital
Curto Prazo Acumulação de Reservas Redução da Despesa Corrente do Investimento Direto Internacionais Governo em % Corrente do
do PIB
Crescer Mais Com Estabilidade
Crescer Mais Com Estabilidade
Flutuação Administrada
da Taxa de
Redução da Despesa Corrente do Taxa de
Juros Igual à Internacional Administração
do
Fluxo de Capital da Taxa de
Câmbio
Corrente do Governo em %
do PIB Internacional
Fluxo de Capital Curto Prazo
Garantir Margem de Lucro dos
Dinamismo
Consumo Elevada Taxa
Tradables Aumento da Poupança Doméstica Doméstico Com Aumento de Salário de investimento Equilíbrio Transações Correntes Acumulação de Reservas Internacionais Correntes Internacionais
IV. Ajuste na Estrutura da demanda
Agregada
Elevar Taxa de Investimento
Com Poupança Doméstica
Taxa de Câmbio
Garantir
Lucratividade do Poupança
Câmbio
Competitiva Setor de
Tradables
Privada
Desoneração Fiscal e
outros
Bens de Capital e Lucros Retidos e
Aumento da Taxa de Investimento
Incentivos InvestidosRetidos e
Redução de
Investimento
Redução de Gastos Correntes do Governo
Poupança Pública
Taxa de Investimento
F B C F /P IB (%)
Taxa de Investimento
F B C F /P IB
(%)
22 24 26 28 16 18 20 22 10 12 14
0 2 4 6 8 0 2 4 6 8 0 2 4 6 8 0 2 4 6 8
197 0 197 2 197 4 197 6 197 8 198 0 198 2 198 4 198 6 198 8 199 0 199 2 199 4 199 6 199 8 200 0 200 2 200 4 200 6 200 8
C ons mo das F amílias /P IB (%)
C ons umo
das
F amílias /P IB
(%)
75
60 65 70 75
45 50 55 60
40 45
1970 1972 1974 1976 1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008
P
l C t l d T
d Câ bi
Papel Central da Taxa de Câmbio
1. Determina a relação do conjunto de preços nacionais com os do resto do mundo.
2. Um dos determinantes de preços relativos macroeconômicos básicos:
i. preço doméstico das tradables x non-tradables;
ii. salário nacional em dólar x salário no exterior;
iii.margem de lucro setor tradables, etc.
3. Uma taxa de câmbio depreciada equivale a:
i. um subsidio ao setor de tradables, de mais alta produtividade; e
ii t ib t ã d d i t d
P
l C t l d T
d Câ bi
Papel Central da Taxa de Câmbio
4. Um dos determinantes fundamentais da taxa de
poupança privada ao determinar a margem de lucro. 5. Pode ser ancora nominal para controlar a inflação e
importante mecanismo de transmissão da política monetária
monetária.
6. Instrumento de expansão da demanda de exportações e geração de empregos e conseqüente incorporação de inovações tecnológicas, melhoria na gestão e aumento de produtividade.
7 É preço de um ativo financeiro (moeda nacional x 7. É preço de um ativo financeiro (moeda nacional x
N
P líti
C
bi l
Nova Política Cambial
1. Flutuação Administrada capaz de conciliar demandas conflitantes de sustentar demanda doméstica, garantir margem de lucro do setor de tradables equilibrar
margem de lucro do setor de tradables, equilibrar
transações correntes, absorver choques na conta de capitais e auxiliar a meta de inflação.
2 Ativar o Fundo de Estabilização Cambial da Secretaria 2. Ativar o Fundo de Estabilização Cambial da Secretaria
do Tesouro Nacional.
3. Intervenção sempre que houver tendência a ç p q
apreciação da taxa de câmbio, com esterilização e política de sinalização para o mercado financeiro. 4 Pequenos choques deixar flutuar Choques maiores 4. Pequenos choques deixar flutuar. Choques maiores
evitar flutuação excessiva.
5. Quando houver choque de demanda gerando pressões inflacionárias elevar taxa de juros administrando o
Reforma da Política Monetária
Reforma da Política Monetária
1. É preciso uma reforma em algumas regras p g g
operacionais do Banco Central, com nova regulação, eliminando entulhos da alta inflação como SELIC,
LFT mudando as regras de liquidação de títulos LFT , mudando as regras de liquidação de títulos públicos etc.
2. Com isso a taxa de juros cairá naturalmente e a j poupança privada será liberada do mercado
monetário (overnight, operações compromissadas, fundos com liquidez etc) para constituir mercado de fundos com liquidez etc) para constituir mercado de títulos de longo prazo.
3. Isto permitirá desenvolver mercado de capitais de p p longo prazo no Brasil.
4. Banco Central além do controle da inflação deve
li it t l id ã t bilid d
R f
d P líti
M
tá i
Reforma da Política Monetária
4 U t bili d t d â bi di õ
4. Uma vez estabilizada a taxa de câmbio, em condições normais, a política de taxa de juros do Banco Central deve ser igual à taxa internacional, respeitando a
id d d j d i i t t
paridade de juros, sendo assim instrumento para equilibrar conta de capitais. O que permitirá manter reservas cambiais com custo muito baixo.
5. Quando houver choque de demanda e pressão
inflacionária o Banco Central deve responder elevando a inflacionária, o Banco Central deve responder elevando a taxa de juros e se for maior que a internacional utilizar instrumentos transitórios de controle de capitais de curto prazo
prazo.
Nova Política Fiscal
Nova Política Fiscal
1. Lei fiscal com metas de longo prazo:
i.Controle das despesas corrente, abrindo espaço para elevação da taxa de investimento para pelo menos 25% do PIB.
ii Superávit em conta corrente do governo para aumentar a taxa de ii.Superávit em conta corrente do governo para aumentar a taxa de investimento público para 5% a 6% do PIB.
iii.Redução da parcela do PIB apropriado pelo governo de cerca de 40% para 30% do PIB em dez anos
40% para 30% do PIB, em dez anos.
2. Buscar equilíbrio fiscal de longo prazo como
instrumento para controlar expectativas de inflação de médio/longo prazos, trazer confiança e garantir
crescimento sustentado crescimento sustentado.
Nova Política Macroeconômica
Nova Política Macroeconômica
Preços Dívida
Superávit Transações
Equilíbrio Conta de Novo Tripé +
Estabilidade Interna Estabilidade Externa Crescimento Acelerado e Geração de Objetivos Preços Pública Transações Correntes Conta de Capitais Déficit Zero Superávit em Conta
Corrente Política Fiscal Emprego Instrumentos Corrente Flutuação Administrada Assimétrica Política Cambial
Meta de Inflação Política Monetária
Se o Excesso de Demanda Pressionar a Inflação
Precificar Capitais de Curto Prazo
Esterilização
Instrumentos Seletivos e
Dois Objetivos, Dois Instrumentos ou
Três Objetivos Três Instrumentos
Três Objetivos, Três Instrumentos
Taxa Real de
Câmbio Excesso Demanda
Taxa Real de
Câmbio EI
Equilíbrio Externo Equilíbrio Interno
Superávit Transações
Correntes
Câmbio Excesso Demanda
Inflação Câmbio Déficit Transações Correntes Desemprego EE Taxa Real de Juros Taxa Real de Juros EE
Taxa Equilíbrio Curto Prazo Taxa Equilíbrio Longo Prazo com Crescimento
Política Fiscal EI Taxa Real de Câmbio com Crescimento Taxa Real de Câmbio B C E eE eA
E eE
A EE
Taxa Real
de Juros rA rB rE
Taxa Real De Juros
Brasil
Dois Objetivos, Dois Instrumentos ou
Três Objetivos, Três Instrumentos
Taxa Real de Câmbio
Taxa
Real de EI
Equilíbrio Externo Equilíbrio Interno
Superávit Transações
Correntes
Câmbio Excesso Demanda
Inflação Real de Câmbio Déficit Transações Correntes Desemprego EE Taxa Real de Juros Taxa Real de Juros EE
Taxa Equilíbrio Curto Prazo Taxa Equilíbrio Longo Prazo com Crescimento
Política Fiscal EI Taxa Real de Câmbio com Crescimento B A Taxa Real de Câmbio Política Fiscal Anti-Cíclica B A eE eA eA E
EE Taxa Real
de Juros rB rA rE