• Nenhum resultado encontrado

Caracterizações morfológica e molecular de acessos de pimenta (Capsicum chinense Jaqc.)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Caracterizações morfológica e molecular de acessos de pimenta (Capsicum chinense Jaqc.)"

Copied!
81
0
0

Texto

(1)

CAMPUS

DE JABOTICABAL

CARACTERIZAÇÕES MORFOLÓGICA E MOLECULAR DE

ACESSOS DE PIMENTA (

Capsicum chinense

Jaqc.)

Francisco Joaci de Freitas Luz

Orientadora: Profa. Dra. Leila Trevizan Braz

Co-Orientadora: Profa. Dra. Eliana G. de Macedo Lemos

Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias do Campus de Jaboticabal

- UNESP, para obtenção do Título de Doutor em Agronomia - área de concentração em Produção Vegetal

(2)

xi, 70 f. : il. ; 28 cm

Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, 2007

Orientadora: Leila Trevizan Braz

Banca examinadora: Maria Helena de Souza Goldman, Arlete Marchi Tavares de Melo, João Carlos de Oliveira e Lúcia Maria Carareto Alves

Bibliografia

1. Capsicum chinense Jacq 2. Morfologia-pimenta. 3. Marcadores moleculares. 4. Diversidade genética. I. Título. II. Jaboticabal-Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias.

CDU 582.951.4

(3)

DADOS CURRICULARES DO AUTOR

FRANCISCO JOACI DE FREITAS LUZ – sagitariano, nascido em 21 de

(4)

Luz do sol

Que a folha traga e traduz Em verde de novo

Em folha, em graça , em vida em força, em luz Céu azul que venha até onde os pés

Tocam na terra e a terra inspira e exala seus azuis Reza, reza o rio ,

Córrego pro rio, rio pro mar

Reza correnteza , roça a beira a doura areia Marcha um homem sobre o chão

Leva no coração uma ferida acesa Dono do sim e do não

Diante da visão da infinita beleza

Finda por ferir com a mão essa delicadeza coisa mais querida A glória da vida

Luz do sol

Que a folha traga e traduz Em verde de novo

Em folha, em graça, em vida, em força , em luz.

(5)

A Deus e ao planeta Terra,

Aos meus pais Seu Zezim (in memoriam) e Dona Ondina (in memoriam), Aos irmãos Josemir, Jocélio, Ondina Maria, Jocildo, Joacilo e Viviane,

Aos meus filhos Térence, Júlia e Ramon, A Ana Lia, ex-companheira de tantos anos,

A Valéria Cristina e Marize pelo carinho e atenção,

Aos tantos amigos de aqui, de Fortaleza e de Roraima, Pela força e brilho nesta caminhada.

(6)

AGRADECIMENTOS

A Deus, pelo privilégio da vida.

Aos meus pais e irmãos, por terem me dado tanto crédito.

Às Profas. Dras. Leila Trevizan Braz e Eliana Gertrudes de Macedo Lemos, pela orientação, e pela confiança em mim depositada.

À Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), por ter concedido o privilégio de participar de seu programa de pós-graduação.

Aos Professores Dra. Maria Helena de Souza Goldman (USP – Ribeirão Preto), Dra. Lúcia Maria Carareto Alves (Unesp – Jaboticabal), Dr. João Carlos de Oliveira (Unesp – Jaboticabal) e à Pesquisadora Dra. Arlete Marchi Tavares de Melo (IAC – Campinas)

Aos Profs. Drs. Arthur Bernardes, Maria Lídia Stipp Paterniani, Antônio Góes e João Carlos de Oliveira, pelas importantes sugestões no Exame de Qualificação, as quais contribuíram para o aperfeiçoamento deste trabalho.

Aos amigos embrapianos Luciano Bianchetti, Sabrina Carvalho e Cláudia Silva pelo incentivo e auxílio científico para a realização dessa tese.

Ao Prof. Dr. Rinaldo César de Paula, pelo valioso auxílio na análise e interpretação de dados.

À pós-doutoranda Ester Wickert pelos valiosos esclarecimentos na ánalise dos dados filogenéticos.

Aos professores da FCAV - UNESP, Leila Trevizan, Janete Desidério, Sônia Zingaretti, Durvalina, Coutinho, Mário Benincasa, Arthur Bernardes, com quem tive aulas, tendo aprimorado meu aprendizado.

(7)

Aos funcionários da Horta do Setor de Olericultura e Plantas Aromático-Medicinais, João, Inauro, Sílvio e Cláudio; do Laboratório de Bioquímica de Microorganismos e Plantas do Departamento de Tecnologia, João Carlos; do Departamento de Produção Vegetal, Nádia, Sidnéia, Wagner e Marizinha e da Pós-Graduação, especialmente Valéria e Karina, pela amizade e o pronto atendimento a tantos pleitos.

Aos amigos da Embrapa Roraima pelo pronto auxílio nas horas de aperto e pela amizade fraterna.

A Reinaldo Imbrózio e Herundino Ribeiro Filho, amigos e incentivadores da pesquisa na Amazônia.

Aos amigos Jaiminho, Jesualdo, Priscila e Geovani pelo apoio e amizade.

Aos amigos eternos Geraldo Costa de Oliveira Filho e Pedro Hélio Estevam Ribeiro, colhidos tão cedo de uma vida profícua de dedicação à Agronomia.

(8)

SUMÁRIO

Página

RESUMO... x

SUMMARY...…... xi

CAPÍTULO 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS... 1

1. INTRODUÇÃO... 1

2. REVISÃO DE LITERATURA... 2

2.1. Importância econômica das pimentas ... 2

2.2. Origem e evolução... 4

2.3. Classificação botânica e características peculiares às pimentas... 4

2.4. Melhoramento genético ... 8

2.5. Conservação da diversidade genética de C. chinense na Amazônia... 9

2.6. Caracterizações morfológica e molecular... 10

3. REFERÊNCIAS ... 13

CAPÍTULO 2. CARACTERIZAÇÃO DE ACESSOS DE C. chinense POR MEIO DE DESCRITORES MORFOLÓGICOS... 18

RESUMO... 18

1. INTRODUÇÃO. ... 19

2. MATERIAL E MÉTODOS... 21

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 29

4. CONCLUSÕES... 46

(9)

CAPÍTULO 3. CARACTERIZAÇÃO DE ACESSOS DE C. chinense

COM MARCADORES MOLECULARES fAFLP... 49

RESUMO... 49

1. INTRODUÇÃO. ... 50

2. MATERIAL E MÉTODOS... 53

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 79

4. CONCLUSÕES... 62

5. REFERÊNCIAS... 63

(10)

CARACTERIZAÇÕES MORFOLÓGICA E MOLECULAR DE ACESSOS DE PIMENTA (Capsicum chinense Jaqc.)

RESUMO – Com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre uma coleção de

pimentas da Embrapa Roraima, foram realizadas caracterizações morfológica com descritores do IPGRI e molecular com marcadores fAFLP, de 58 acessos de Capsicum

chinense. Os resultados da avaliação morfológica detectaram que, 39% dos acessos

não se agruparam e entre os mesmos observou-se uma dissimilaridade de até 70%, com 50% de média. A caracterização molecular revelou uma dissimilaridade média de 22,3% entre os acessos levando à conclusão de que há uma pequena variabilidade genética entre os acessos, considerando o genoma como um todo. Os resultados demonstraram que as diferenças morfológicas estariam baseadas apenas em uma parte do genoma das pimentas, focada em características visíveis e mensuráveis pelo ser humano. Por outro lado, a variação observada a partir do DNA genômico por meio do marcador molecular utilizado não foi suficiente para ratificar as diferenças morfológicas observadas. Ambas as formas de caracterizar os acessos foram úteis e necessárias para o conhecimento dos mesmos, revelando informações valiosas para estratégias de conservação e uso das pimentas da Amazônia.

Palavras-Chave: descritores morfológicos, diversidade genética, marcadores

(11)

MORPHOLOGICAL AND MOLECULAR CHARACTERIZATION OF PEPPER (Capsicum chinense Jacq.) ACCESSIONS

SUMMARY – In order to raise the knowledge about a pepper collection from

Embrapa Roraima, IPGRI morphological descriptors and fAFLP molecular marker were used to characterize 58 acessions of Capsicum chinense, contributing with information

about the diversity of those plants. The results of morphological evaluation showed that 39% of the accessions did not group together and it also detected a great dissimilarity among the accessions, reaching values above 70%, with a 50% medium. The molecular characterization showed an average dissimilarity of 22,3%, indicating little genetic variability on the collection evaluated, considering the total genome of the plants. These results demonstrate that variation detected by morphological descriptors would be related to only a small part of pepper genome, focusing on human visible and measurable traits. The variation observed directly on the genome by the molecular marker used was not sufficient to confirm the morphological differences observed among the accessions. Both ways of characterizing the accessions were useful and necessary to their knowledge, revealing valuable information for conservation strategies and the use of amazon peppers.

(12)

CAPÍTULO 1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS

1 INTRODUÇÃO

As pimentas do gênero Capsicum são a principal especiaria originária do

continente americano (MAISTRE, 1964) sendo cultivadas atualmente em regiões tropicais e temperadas de todo o mundo, como especiaria ou hortaliça (HEISER, 1979). Constituem um grupo muito peculiar pelo seu sabor, “doce” ou picante e por estimular as funções digestivas, sendo parte da dieta de um quarto da população do planeta nas formas de pó, seca ou em conservas (TEIXEIRA, 1996). As formas “doce” ou levemente pungentes são preferidas nos Estados Unidos e na Europa. As pimentas picantes têm maior importância econômica no mundo, especialmente no continente asiático (MARTIN et al., 1979).

As comunidades humanas da América devem ter encontrado nas pimentas um aditivo interessante para sua dieta, despertando fortemente sua procura e coleta. Com importância alimentícia inferior a outras plantas, como milho e mandioca. As pimentas apresentam papel relevante em cerimônias religiosas e lendas de muitas culturas indígenas americanas (HEISER, 1979).

Registros arqueológicos sugerem que as pimentas já eram consumidas por populações pré-colombianas entre 8.500 a 5.600 anos a.C. nas regiões andinas do Peru e 6.500 a 5.500 anos a.C. no México (NUEZ-VIÑALS et al., 1998). A partir de estudos de microfósseis de amido encontrados em sítios arqueológicos espalhados das Bahamas ao Sul do Peru, datados de 6.000 anos antes da presença européia no continente americano, PERRY et al. (2007), relataram que o cultivo de pimentas era praticado na América juntamente com o milho.

(13)

No Brasil, Hoehne (1937), citado por BIANCHETTI (1996), comentou sobre a importância que os indígenas davam às pimentas, segundo relatos de exploradores da costa brasileira (Hans Staden, 1556; André Thevet, 1556; Gabriel Soares de Souza, 1587), ressaltaram que o uso das pimentas era largamente difundido à época do descobrimento, fazendo crer que existia uma certa similaridade no modo como as pimentas eram usadas a Oeste e Leste da América do Sul, gerando indícios de possíveis contatos por meio de migrações humanas.

Em toda a Amazônia, o consumo de pimentas é muito comum, especialmente associado à utilização de peixes na dieta, uma forte tradicão regional. Em Roraima, o uso de pimentas, embora de tradição centenária, foi registrado inicialmente em trabalhos datados do início do século XX, pelo etnólogo Koch-Grünberg, que citava o uso das pimentas entre as etnias indígenas locais nas formas de caldo e salsa de frutos frescos (BARBOSA et al., 2002).

Apesar da espécie Capsicum chinense, ser encontrada fartamente no Norte e em

parte do Sudeste do país, há pouca disponibilidade de informação científica sobre sua morfologia e outros caracteres que possam torná-las de grande valor em programas de melhoramento. Esse trabalho teve como objetivo avaliar acessos de pimenta da espécie C. chinense, através de descritores morfológicos para o gênero Capsicum e

marcadores moleculares utilizando a técnica de fAFLP. Os resultados fornecerão subsídios para a seleção de genitores com características agronômicas superiores, além de facilitar a identificação de acessos duplicados em bancos de germoplasma e coleções de trabalho.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Importância econômica das pimentas

(14)

de 443.400 hectares, seguida do México com 2 milhões de toneladas em uma área de 150.287 hectares. Dentre as espécies cultivadas, C.annuum é a mais conhecida e a

que apresenta maior importância econômica e distribuição mundial (PICKERSGILL, 1969).

No Brasil são cultivados anualmente cerca de 13 mil ha de pimentas e pimentões, gerando uma produção estimada em 280 mil toneladas, sendo 2.000 ha, ocupados com pimentas doces e picantes (REIFSCHNEIDER et al., 1998; HENZ, 2004), sem contudo haver informação fidedigna sobre o volume produzido. Esses dados sugerem, quando comparados com o tamanho da área cultivada na China, que, embora haja uma tradição de cultivo e consumo de pimentas no Brasil, independentemente de sua importância como centro de dispersão de espécies como C.

baccatum e C. chinense, a produção no país apresenta pouca relevância no cenário

mundial das pimentas.

Esse quadro possivelmente está sendo revertido pela importância recente que as pimentas alcançam como umas das poucas hortaliças nacionais exportadas e pela sua associação com pequenas agroindústrias de conserva. Informações mais atuais da Embrapa Hortaliças dão conta da produção anual de 75 mil toneladas de pimentas em uma área de cerca de 5.000 ha em todo o país, sendo, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Bahia os principais produtores (PANORAMA RURAL, 2006). Na tentativa de atualizar os dados de comercialização de pimentas no Estado de São Paulo, a CEAGESP, maior entreposto comercial de hortaliças da América Latina, registrou para o ano de 2004, um total comercializado de 3.864,67 toneladas (LUZ et al., 2006). Tamanha discrepância entre a estimativa de produção e o que efetivamente é registrado comprovam a alta informalidade na comercialização e a exiguidade de registros estatísticos sobre essa cultura.

(15)

2.2 Origem e evolução

O centro de origem das pimentas são as Américas (REIFSCHNEIDER, 2000), destacando-se as regiões tropicais. Para MARTIN et al. (1979) o centro de origem de C.

annuum é o México e C. frutescens estaria distribuído amplamente nas Américas

tropical e sub-tropical. C. baccatum teria a América do Sul como centro de dispersão e

C. pubescens, conhecida popularmente como rocoto provavelmente foi dispersada a

partir dos Andes. C. chinense estaria dispersa em toda a América tropical, sendo a

espécie mais comum na Amazônia (HEISER, 1979).

A Amazônia é reconhecida como importante centro secundário de espécies domesticadas de Capsicum sendo C. chinense, provavelmente, a mais importante

espécie cultivada a Leste dos Andes. A área de maior diversidade é a bacia Amazônica sendo os indígenas desta região, os responsáveis pela domesticação da espécie (REIFSCHNEIDER, 2000). Por sua vez, PICKERSGILL (1971) também aponta a Amazônia como provável centro de diversidade da espécie de pimenta C. chinense.

Embora com registros de cultivo muito antigo nas Américas, HEISER (1979) relatou que o cultivo das pimentas começou de forma independente em muitas áreas, empregando diferentes progenitores selvagens. A domesticação resultou em mudanças nos frutos, particularmente, que eram pequenos, eretos, decíduos e vermelhos e se tornaram maiores, pendentes, não decíduos e com uma grande diversidade de cores. Frutos “doces” só assumiriam maior importância posteriormente.

2.3 Classificação botânica e características peculiares às pimentas

Segundo BOSLAND & VOTAVA (1999) a mais recente descrição taxonômica das pimentas é a seguinte:

Reino: Plantae

(16)

Classe: Magnoliopsida Ordem: Solanales Família: Solanaceae Gênero:Capsicum

A Tabela 1 apresenta as espécies de Capsicum descritas atualmente. Destas,

apenas cinco são reconhecidas como domesticadas, de acordo com REIFSCHNEIDER (2000).

Tabela 1. Espécies de Capsicum reconhecidas atualmente.

Espécies

C. annuum C. baccatum

var.aviculare var. baccatum

var. annuum* var. pendulum*

C. buforum C. campylopodium

C. cardenasii C. chacoense

C. chinense* C. ciliatum

C. coccineum C. cornutum

C. dimorphum C. dusenii

C. eximium C. frutescens*

var. tomentosum C. galapagoense

C. geminifolium C. hookerianum

C. lanceolatum C. leptopodum

C. minutiflorum C. mirabile

C. parviflorum C. praetermissum

C. pubescens* C. schottianum

C. scolnikianum C. tovarii

var. flexuosum C. anomalum**

C. villosum C. brevifolium***

Fonte: adaptada de IBPGR (1983), citado por BOSLAND & VOTAVA (1999);* espécies domesticadas; ** espécie separada em seção chamada Tubocapsicum; *** espécie separada em seção chamada

(17)

O nome da espécie, Capsicum chinense, conferido pelo físico holandês Kikolaus

von Jacquinomist surgiu de um equívoco, quando este considerava ser a espécie originária da China, mesmo que à época, fosse sabido que todas as espécies de

Capsicum eram originárias do hemisfério ocidental (BOSLAND & VOTAVA, 1999).

A espécie apresenta originalmente a seguinte descrição botânica, segundo SMITH & HEISER (1957): Capsicum sinense Jacques (sinônimo de C. chinense), Hort.

Vind., 3:38, t. 67, 1776. Plantas com 45 a 76 cm de altura. Folhas e ramos essencialmente glabros, raramente com denso e pequena pubescência, folhas ovadas a ovado-lanceoladas de 10,5 cm, largas, macias ou rugosas, de tonalidades verde claro a escuro. As flores aparecem de 3 a 5 por nó, exceto em plantas depauperadas. O pedicelo é pendente, raramente ereto, relativamente curto e grosso na antese. Cálice sem dentes com forte constrição na base e raramente sem constrição. Corola verde-amarelada ou raramente esbranquiçada, medindo de 0,5 a 1,0 cm de comprimento. Anteras azuis, púrpuras ou amareladas (Figura 1). Os frutos variam de 1,0 a 12,0 cm de comprimento, com formas variáveis, de esféricas a alongadas, pouco ou muito enrugados, de cores salmão, laranja, amarela, vermelha ou marrom (Figura 2). A margem da semente é sempre ondulada e raramente suave.

Figura 1. Flores com anteras lilás e amarelas de Capsicum chinense

(18)

Diversos autores concordam que a principal distinção morfológica entre C.

chinense e as demais espécies cultivadas, além da coloração da corola, é a presença

de constrição anelar localizada no cálice em sua união com o pedicelo (NUEZ-VIÑALS, 2003; CARVALHO et al., 2003). A Figura 3 mostra a ocorrência da constrição anelar supracitada.

Cálice com constrição anelar Ausência de constrição

Figura 3. Cálice com apresentação de constrição anelar (direita) exclusiva da espécie

Capsicum chinense.

Os componentes principais, responsáveis pelo sabor picante e também pelas atividades biológicas atribuídas às pimentas, são os capsaicinóides (até 1% na matéria seca do fruto), sendo a capsaicina e a dihidrocapsaicina os mais importantes (Figura 4). Destacam-se ainda o teor de carotenóides, associados à cor vermelha, e a presença de ácido ascórbico. (SIMÕES et al., 2004). Os capsaicinóides são produzidos em um tecido interno denominado placenta, ao longo do qual são dispostas as sementes.

Capsaicina Dihidrocapsaicina

(19)

WAGNER (2003), afirmou que, segundo trabalhos relacionados ao tipo de herança genética na determinação da pungência e o número de enzimas que participam da via biossintética da capsaicina, seria lógico esperar a ocorrência de um complexo poligênico responsável pela expressão desse caráter, cuja base genética possui como elementos principais, a existência de dois locos com ação epistática duplo-dominante, responsáveis não apenas pela pungência, mas também pela presença de moduladores que causam variação contínua na sua expressão. A autora ainda ressalta haver uma forte contribuição do fator ambiental sobre a expressão dessa característica

emCapsicum.

2.4 Melhoramento genético

O ser humano primitivo das Américas foi o primeiro a selecionar variedades de pimenta, a partir de ancestrais silvestres, ou a realizar intercâmbio de germoplasma. O conhecimento atual dessa cultura, que sempre fez parte da dieta dos silvícolas americanos adquiriu extremamente relevância na culinária do velho mundo, especialmente no continente asiático.

No Brasil, apesar do uso comum, algumas espécies de Capsicum são

desconhecidas ou ainda não caracterizadas morfológico e agronomicamente, o que, segundo BIANCHETTI (1996) representa um material genético que pode potencialmente ser empregado em programas de melhoramento.

O melhoramento das pimentas é similar aquele utilizado com outras solanáceas. A espécie pode ser cruzada facilmente. A busca de variedades resistentes a doenças, principalmente viroses tem sido o alvo preferencial dos melhoristas de Capsicum. Maior

ênfase tem sido dada aos tipos “doces” em comparação aos pungentes. Híbridos F1,

(20)

outras culturas e um grande número de variedades tropicais ainda não foi explorado (HEISER, 1979).

As pimentas do gênero Capsicum são diplóides (2n = 24 cromossomos) e

autógamas, embora a polinização cruzada realizada por abelhas e outros insetos possa chegar a 40%, bem acima dos 5% registrados em condições normais (MARTÍN et al., 1979).

Esses autores relataram que, embora haja um forte apelo para o melhoramento visando resistência a viroses e outras doenças, considerável interesse tem sido expresso na busca de novas cultivares tendo os frutos como foco principal (tamanho, forma, teor de capsaicina, cor, firmeza, teor de vitamina, uniformidade da maturação), além da adaptação da planta para colheita mecânica.

O melhoramento de pimentas no Brasil nunca atingiu a relevância dada à outra espécie de Capsicum, o pimentão. Segundo REIFSCHNEIDER (2000), as pimentas

mais plantadas no Brasil são consideradas variedades botânicas ou grupos varietais, com frutos bem definidos. As diferenças existentes dentro desses grupos estão relacionadas às diferentes fontes de obtenção de sementes.

A cultivar Agronômico 11, tipo “Americana” e a cultivar Ubatuba, tipo “Cambuci” seriam exceções, por serem resultados de um programa de melhoramento desenvolvido pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Programa em andamento na Embrapa Hortaliças busca o desenvolvimento de cultivares de pimenta picante do tipo “Jalapeño”, para processamento industrial.

2.5 Conservação da diversidade genética de C. chinense na Amazônia

Somente a partir do final do século passado, esforços de países caribenhos e latinos foram iniciados no sentido de resguardar a riqueza em diversidade genética de

Capsicum ainda encontrada com populações tradicionais, como ribeirinhos, índios e

(21)

Para HOYT (1992), é essencial que, para a sobrevivência do ser humano na Terra, sejam envidados esforços na conservação dos recursos genéticos, de modo a torná-los disponíveis para programas de melhoramento que visem à produção de culturas novas e melhoradas, com as quais se poderá contar no futuro.

CASALI & COUTO (1984) afirmaram que a maior diversidade de C. chinense,

estaria na bacia amazônica, muito embora, sejam raras as ações regionais para conservação dessa espécie. A coleta de morfotipos e a conservação em bancos de germoplasma, além de pequenas coleções de trabalho, aliadas à conservação in situ

realizada informalmente por populações tradicionais da região, são, atualmente, as atividades conservacionistas realizadas com o germoplasma de pimentas da Amazônia. Programas estruturados de conservação genética e melhoramento não existem, devido à dispersão e a exiquidade de grupos de pesquisa, aliados à dificuldade de locomoção natural de uma região tão vasta e carente de vias convencionais de transporte.

2.6 Caracterizações morfológica e molecular

Embora o Brasil seja reconhecido como habitat natural de várias espécies

silvestres de pimentas do gênero Capsicum, ainda há pouco conhecimento biológico e

ecológico dessas espécies. Por exemplo, na Amazônia, C. chinense é muito utilizada

pela população local, mas há poucas referências científicas sobre a morfologia e a variabilidade existente dessa espécie. Uma solução importante seria a caracterização morfológica aliada à molecular de indivíduos da população de C. chinense, uma vez

que esse estudo é capaz de fornecer as informações sobre os acessos silvestres e domesticados para o uso em programas de melhoramento genético. Para ARRIEL (2004), apesar dos caracteres morfológicos serem amplamente usados na caracterização da diversidade, a combinação com os marcadores moleculares poderia fornecer um quadro mais completo para o agrupamento de genótipos e o planejamento de cruzamentos no melhoramento genético vegetal.

(22)

usual de estudar a variabilidade genética das pimentas. PICKERSGILL (1988) relatou que apenas com base na morfologia floral, pode ser constatado que as espécies C.

frutescens, C. chinense e C. annuum estão agrupadas e distantes da espécie C.

baccatum.

BIANCHETTI (1996) estudando aspectos morfológicos, ecológicos e biogeográficos de 10 taxa de Capsicum nativos do Brasil, ressaltou que características

ecológicas e morfológicas, em conjunto, são importantes para a discriminação de diferentes categorias de domesticação das pimentas.

TEIXEIRA (1996), estudando aspectos morfológicos e moleculares de acessos silvestres e domesticados de Capsicum do Brasil, concluiu que a análise molecular

apresentou maior contribuição para a discriminação dos acessos em relação à caracterização morfológica. As relações evolutivas entre e dentro das espécies de

Capsicum foram investigadas por meio de marcadores morfológicos, citogenéticos e

moleculares, demonstrando sempre, segundo CORONA-TORRES et al. (2000), que o nível de variação entre as pimentas domesticadas seria menor que entre as espécies silvestres.

Para KONSTANTINOV et al. (2005), aplicações possíveis de marcadores moleculares em coleções de germoplasma incluem: identificação e verificação de velhos e novos acessos coletados, detecção de duplicatas, análise de pureza genética, análise de diversidade genética, construção de coleções de base e seleção de genes de interesse agronômico. Além disso os marcadores moleculares poderiam ser usados para monitoramento da viabilidade e mudanças genéticas decorrentes de armazenagem em baixa temperatura por longo tempo e avaliação da estrutura e função do genoma em processos evolucionários nas plantas cultivadas.

Tradicionalmente, a caracterização de pimentas é feita com descritores morfológicos estabelecidos pelo IPGRI (International Plant Genetic Resources Institute).

(23)

têm ratificado a identificação prévia das espécies por meio da morfologia floral (PRINCE et al., 1995).

As informações geradas pelos marcadores moleculares têm tornado possível adquirir conhecimentos adicionais sobre a estrutura e organização do genoma das plantas, como também sobre a evolução desses genomas vegetais através da análise filogenética (CERVERA et al., 1996).

Para KARP et al. (1996), dentre os marcadores moleculares de DNA mais usados, pode-se destacar, polimorfismo de comprimento de fragmentos de restrição (RFLP - Restriction Fragment Length Polymorphisms), DNA polimórfico amplificado ao

acaso (RAPD - Random Amplified Polymorphic DNA), polimorfismo de comprimento de

fragmentos amplificados (AFLP - Amplified Fragment Length Polymorphism),

minissatélites também conhecidos como número variável de seqüências repetidas umas após as outras (VNTR - Variable Number of Tandem Repeats), microssatélites também

conhecidos como sequências simples repetidas (SSR - Simple Sequence Repeats) ou

sequências curtas repetidas umas após as outras (STR - Short Tandem Repeats) e a

região amplificada de sequência caracterizada (SCAR - Sequence Characterized

Amplified Region).

Marcadores AFLP constituem uma tecnologia recente, que, segundo FERREIRA & GRATTAPAGLIA (1998) combina a especificidade, resolução e poder de amostragem da digestão com enzimas de restrição com a velocidade e praticidade de detecção dos polimorfismos via PCR (Polymerase Chain Reaction - Reação de Polimerase em Cadeia). O uso da metodologia inclui a identificação de genótipos (fingerprinting), o

mapeamento genético localizado e a construção de mapas genéticos em plantas cultivadas.

(24)

3 REFERÊNCIAS

ADAMS, H. The regional hot pepper germoplasm collection. Disponível em:

<http://www.caisnet.org/hptif/Pages/bar00-00154.html> Acesso em 01 de março de 2004.

ADAMS, H. Hot pepper production in the CARICOM sub-region. Disponível em:

<http://www.cardi.org/publications/proceedingns/hotpepper/4.1.html> Acesso em 10 de setembro de 2006.

ARRIEL, N. H. C. Diversidade genética em gergelim (Sesamum indicum L.) a partir

de marcadores moleculares (RAPD) e caracteres morfológicos e agronômicos.

2004, 114 f. Tese (Doutorado em agronomia) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias: Jaboticabal, 2004.

BARBOSA, R. I.; LUZ, F. J. de F.; NASCIMENTO FILHO, H. R.; MADURO, C. B. Pimentas do gênero Capsicum cultivadas em Roraima, Amazônia brasileira. I. Espécies

domesticadas.Acta Amazônica, v. 32, p. 177-132, 2002.

BIANCHETTI, L. B. Aspectos morfológicos, ecológicos e biogeográficos de dez

táxons de Capsicum (Solanaceae) ocorrentes no Brasil. 1996. 174f. Dissertação

(Mestrado em Botânica) - Universidade de Brasília: Departamento de Botânica do Instituto de Ciências Biológicas: Brasília, 1996.

BOSLAND, P. W.; VOTAVA, E. J. Peppers: vegetable and spice Capsicums, New York: CABI Publishing, 1999. p. 66-83.

CARVALHO, I. C. de C.; BIANCHETTI, L. de B.; BUSTAMANTE, P. G.; SILVA, D. B. da.

(25)

Hortaliças. Brasília: Embrapa Hortaliças, 2003. (Embrapa Hortaliças, documentos, 49). 49p.

CASALI, V. W.; COUTO, F. A. A. Origem e botânica de Capsicum. Informe

Agropecuário, v. 10, n. 11, p. 8-10, 1984.

CERVERA, M.T.; GUSMAO, J.; STEENACKERS, M.; VANGYNSEL, A.; VANMONTAGU, M.; BOERJAN, W. Application of AFLP™ - based molecular markers to breeding of Populus spp. Plant Growth Regulation, v. 20, n. 1, p. 47-52, 1996.

CORONA-TORRES, T.; GARCÍA-VELÁZQUEZ, A.; CASTILLO-GONZALEZ, F.; MONTERO-TAVERA, V.; AZPIROZ-RIVERO, H. S. Caracterización isoenzimática de la diversidad genetica de colectas de chile (Capsicum annuum L. y Capsicum chinense

Jacq.).Revista Chapingo Serie Horticultura, v. 6, n. 1: p. 5-17, 2000.

FERREIRA. M.E.; GRATTAPAGLIA, D. Introdução ao uso de marcadores

moleculares em análise genética. 3a ed. Brasília: EMBRAPA – CENARGEN, 1998.

220p.

HEISER, C. B. Jr. Peppers – Capsicum (Solanaceae). IN: SIMMONDS, N. W. Evolution of crop plants. Longman, 1979, p. 265-273.

HENZ, G. P. Perspectivas e potencialidades do mercado de pimentas. Anais do I

Encontro Nacional do Agronegócio Pimentas (Capsicum spp.). I Mostra Nacional de

Pimentas e Produtos Derivados.Anais. Embrapa Hortaliças, Brasília, 2004.

HERNÁNDEZ, S. M. Genetic resources of chile (Capsicum spp.) in Mexico. IN:

Proceedings of the 16th international pepper conference. Tampico, Tamaulipas,

(26)

HOYT, E. Conservação dos parentes silvestres das plantas cultivadas. IBPGR, IUCN, WWF, Embrapa – Cenargen. 1992. 52p.

IBPGR. Genetic resources of Capsicum – a global plan of action. International Board for Plant Genetic Resources. IBPGR SECRETARIAT, Rome, Italy. 1983. 108p.

KARP, A.; SEBERG, O.; BUIATTI, M. Molecular techniques in the assessment of botanical diversity. Annals of Botany, v. 78, n. 2, p. 143-149, 1996.

KONSTANTINOV, K.; DRINIC, S. M.; SIJACIC, M; ISAJEV, V.; MATARUGA, M. Molecular markers application for genetic resources characterization of different plant species. In: THE ROLE OF BIOTECHNOLOGY, Turin, Italy, 5 – 7 march, 2005.

Annals…, p. 179-180.

LUZ, F. J de F.; BRAZ, L. T.; VARGAS, P. F.; ALMEIDA, G. V. B. de. Volume de pimentas in natura de gênero Capsicum, comercializadas na Ceagesp – SP no ano de

2004.Horticultura Brasileira, v. 24, n. 11, p. 145, 2006.

MAISTRE, J. Les plantes a épices. Maisonneuve & Larose, 1964. 289p.

MARTIN, F. W.; SANTIAGO, J.; COOK, A. A. Vegetables for the hot humid tropics

(Part 7. the Peppers, Capsicum Series). Science and Education Administration / U. S.

Department of Agriculture). New Orleans, 1979. 18p.

(27)

NUEZ-VIÑALS, F. N.; ORTEGA, R. G.; COSTA, J. C. El cultivo de pimientos, chiles y

ajies. Madri: Mundi-Prensa, 2003. 607p.

PANORAMA RURAL. Pimenta - um mundo de cores e sabores. Panorama Rural, ano VII, n. 84, janeiro de 2006. p. 30-35.

PERRY, L.; DICKAU, R.; ZARILLO, S.; HOLST, I.; PEARSALL, D. M.; PIPERNO, D. R.; BERMAN, M. J.; COOKE, R. G. Starch fossils and the domestication and dispersal of Chille Peppers (Capsicum spp. L.) in the Americas. Science, v. 315, n. 5814, p. 986-

988, 2007.

PICKERSGILL, B. The domestication of chili peppers. IN: UCKO, P. J.; DIMBLEBY, G. W., ed. In: The domestication and explotation of plants and animals. London, 1969.

p. 443-450.

_________________ Relationships between weedy and cultivated forms in some species of chilli peppers (genus Capsicum).Evolution, v. 25, p. 683– 691, 1971

_______________. Chromossomes and evolution in Capsicum. In: Pochard, E. (Ed)

Capsicum 77. INRA Montfavet-Avignon, France. 1977. p. 27-37.

_____________, B. The genus Capsicum: a multidisciplinaire approach to the taxonomy

of cultivated and wild plants. Biol. Zentralbl. v. 107, p. 381-389, 1988.

PRINCE, J. P.; LACKNEY, V. K.; ANGELES, C.; BLAUTH, J. R.; KYLE, M. M. A survey of DNA polymorphism within the genus Capsicum and the fingerprinting of pepper

(28)

REIFSCHNEIDER, F. J. B., RIBEIRO, C. S. C.; LOPES, C. A. Pepper production and breeding in Brazil - present situation and prospects. Capsicum Newsletter , v.17, p. 23-31,1998.

REIFSCHNEIDER, F. J. B. (Org.) Capsicum: pimentas e pimentões no Brasil. Brasília: Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia. Embrapa Hortaliças, 2000. 113p.

SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. C. P.; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5 ed. Editora da UFRGS / Editora da UFSC, 2004. 1102p.

SMITH, P. G.; HEISER, C. B. Taxonomy of Capsicum chinense Jacq. And the

geographic distribution of the cultivated Capsicum species. Bulletim of the Torrey

Botanical Club, v. 84, n. 6, p. 413-420, 1957.

TEIXEIRA, R. Diversidade em Capsicum: análise molecular, morfoagronômica e

química. 1996. 84p. Dissertação de Mestrado - Universidade Federal de Viçosa.

VOS, P.; HOGERS, R.; BLEEKER, M.; REIJANS, M.; LEE, T. van de; HORNES, M.; FRIJTERS, A.; POT, J.; PELEMAN, J.; KUIPER, M.; ZABEU, M. AFLP: a new technique for DNA fingerprinting. Nucleic Acid Research, v. 23, p. 4407-4414, 1995.

WAGNER, C. M. Variabilidade e base genética da pungência e de caracteres do fruto: implicações no melhoramento de uma população de Capsicum annuum L.

(29)

CAPÍTULO 2 - CARACTERIZAÇÃO DE ACESSOS DE C. chinense POR MEIO DE

DESCRITORES MORFOLÓGICOS

RESUMO – A Amazônia é reconhecida como provável centro de diversidade de

pimentas da espécie Capsicum chinense, sendo essa hortaliça muito comum na

culinária local. Apesar de importante para a região, poucas são as referências científicas sobre a morfologia e a variabilidade existente nessa espécie publicadas. A caracterização morfológica de populações cultivadas e silvestres da espécie,

fornecerão informações valiosas para uso em programas de melhoramento genético. Foram caracterizados 58 acessos de pimentas provenientes de uma coleção de trabalho mantida pela Embrapa Roraima, a partir da aplicação de 61 descritores morfológicos para Capsicum, estabelecidos pelo IPGRI, com algumas alterações. A

análise dos dados foi feita pelo Programa Genes, seguido pelo agrupamento e a comparação dos valores obtidos a partir do complemento aritmético do índice de dissimilaridade de COLE-RODGER. Foi gerada uma matriz de dissimilaridade, que originou por meio do método hierárquico do vizinho mais próximo, o dendrograma com seis agrupamentos e grande número de acessos não agrupados, 39% do total. Observou-se uma dissimilaridade média de 50% com valores acima de 70% para alguns morfotipos, demonstrando haver uma alta variabilidade entre os mesmos, considerando os descritores morfológicos analisados

(30)

1 INTRODUÇÃO

As pimentas constituem um grupo muito peculiar pelo seu sabor, “doce” ou picante e por estimular as funções digestivas, sendo parte da dieta de um quarto da população do planeta (TEIXEIRA, 1996). O continente americano é reconhecido como o centro de origem das pimentas, mais especificamente em suas regiões tropicais (REIFSCHNEIDER, 2000). O gênero Capsicum possui de 20 a 25 espécies silvestres e

cinco espécies domesticadas (McLEOD et al., 1983). A Amazônia é apontada por PICKERSGILL (1971) como provável centro de diversidade da espécie C. chinense,

que é objeto desse trabalho.

No Brasil, algumas espécies de pimentas silvestres e domesticadas não estão devidamente caracterizadas, representando um material genético, com grande potencial para emprego em programas de melhoramento (BIANCHETTI, 1996). Baseando-se na morfologia floral, PICKERSGILL (1977) relatou que a caracterização morfológica de acessos tem sido utilizada por anos como a forma mais usual de estudar a variabilidade genética das pimentas. Relatou ainda, que, apenas com base na morfologia floral, pode ser constatado que as espécies C. frutescens, C. chinense e C.

annuumestão agrupadas e distantes da espécie C. baccatum.

A descrição de Capsicum chinense foi revisada a partir de materiais oriundos das

Américas Central e do Sul, analisados por SMITH & HEISER (1957). Inicialmente a espécie denominava-se Capsicum sinense Jacques (1776). As plantas analisadas pelos

revisores apresentavam entre 1,5 a 2,5 m de altura, folhas e ramos glabros, três a cinco flores por nó, pedicelos declinados, raramente eretos, constrição curta e grossa na base do cálice, corola amarelo-esverdeada, raramente branca, de 0,5 a 1,0 cm de comprimento, anteras azuis, púrpuras ou amarelas, frutos variando de 1,0 a 12,0 cm de comprimento com formato esférico a alongado, de cor alaranjada, salmão, vermelha. Essa descrição confirma a grande possibilidade de variantes morfológicos dentro da espécie, o que confere com a grande quantidade de morfotipos existentes para C.

(31)

A caracterização morfológica dos organismos corresponde à base de todo e qualquer estudo, uma vez que a primeira determinação de um ser começa pelo seu fenótipo, ou seja, pela sua aparência geral do ponto de vista morfológico (CHIES & LONGHI-WAGNER, 2003).

O uso de descritores para caracterização permite uma discriminação rápida e fácil entre fenótipos. Características morfológicas de alta herdabilidade podem ser facilmente observados com os olhos e são igualmente, expressas em ambientes variados (IPGRI, 1995). Para ARRIEL (2004), na maioria das espécies, tradicionalmente, os estudos de caracterização e divergência genética têm sido baseados em marcadores morfológicos e caracteres quantitativos. Os caracteres morfoagronômicos, apesar de fácil monitoramento, dependem do desenvolvimento da planta e podem ser influenciados pelo ambiente (FERREIRA & GRATTAPAGLIA, 1998).

Para ARRIEL (2004), as variáveis relacionadas a aspectos morfológicos e estruturais da planta apresentam mais de uma categoria, e apesar de se atribuirem valores numéricos a cada categoria distinta, estas, não podem ser agrupadas. O que levaria à dificuldade na avaliação da dissimilaridade entre os genótipos quando dados de natureza diferentes estão envolvidos. Nesses casos, COLE-RODGERS et al., (1997) propuseram uma forma simples de estimar a dissimilaridade para um conjunto de variáveis multicategóricas, em que o índice de similaridade pode ser estabelecido em função da concordância e discordância, permitindo uma análise combinada, que envolve todas as características consideradas, qualitativas e quantitativas.

O uso de dados multicategóricos, como o método hierárquico do vizinho mais próximo foi usado por SUDRÉ et al. (2006) para inferir a divergência genética de 59 acessos de Capsicum, resultando na obtenção de 16 grupos distintos, o que, segundo

os autores, comprovaria a eficácia desse método para agrupar os acessos com pequena distância genética entre si. A coleta de dados multicategóricos é uma prática mais econômica e demanda menos tempo em relação a dados moleculares.

SUDRÉ et al. (2005) estudando técnicas multivariadas aplicadas para avaliar a divergência genética a partir de caracteres morfoagronômicos entre 56 acessos de

(32)

adequado para realizar o agrupamento de diferentes espécies e até mesmo de variedades de pimentas dentro da mesma espécie botânica. A variabilidade genética observada nos genótipos da coleção, segundo os autores, foi suficiente para indicar o uso dos acessos avaliados em programas de melhoramento.

Embora o Brasil seja reconhecido como habitat natural de várias espécies silvestres

de pimentas do gênero Capsicum, ainda há pouco conhecimento biológico e ecológico

sobre essas espécies. Por exemplo, na Amazônia, C. chinense é muito utilizada pela

população local, mas há poucas referências científicas sobre a morfologia e a variabilidade existente nessa espécie. Uma solução importante seria a caracterização morfológica de populações cultivadas e silvestres da espécie, fornecendo informações

valiosas para uso em programas de melhoramento genético. Segundo PICKERSGILL (1997), a diversidade genética entre as várias espécies domesticadas de Capsicum tem

sido pouco explorada e ainda está longe de ser esgotada.

Esse trabalho teve como objetivo o estudo da variabilidade genética através de marcadores morfológicos de morfotipos de C. chinense provenientes de uma coleção

de Capsicum da Embrapa Roraima. Os resultados fornecerão subsídios para a seleção

de genitores com características agronômicas superiores, além de facilitar a identificação de acessos duplicados na referida coleção.

2 MATERIAL E MÉTODOS

O plantio dos acessos foi realizado em casa de vegetação na horta do Setor de Olericultura e Plantas Aromático-Medicinais da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (UNESP - FCAV), Campus de Jaboticabal, São Paulo. O município fica

(33)

com uma aração, uma gradagem para destorroamento e a formação de canteiros com rotoencanteirador. A adubação de plantio por hectare foi de: 160 kg de P2O5, 3 kg de

zinco, 1 kg de boro e 10 kg de enxofre. Adubações com 40 kg de N e 120 kg de K2O,

foram parceladas em quatro aplicações iguais, uma no plantio e três em cobertura aos 30, 45 e 60 dias após o transplantio.

Tabela 1. Análise química do solo da área experimental. UNESP - FCAV, 2006.

PH em M.O. P resina K+ Ca2+ Mg2+ H + Al SB CTC V

CaCl2 g/dm3 mg/dm3 mmolc/dm3 %

6,5 21 324 2,0 65 12 15 79 94 84

Os acessos utilizados estão relacionados na Tabela 1. A semeadura foi realizada em bandejas de poliestireno expandido com 128, células mantida em estufa sob cobertura plástica. Aos 60 dias da semeadura, cinco plantas de cada acesso foram transplantadas para casa de vegetação, obedecendo ao espaçamento de 1 m entre plantas para o mesmo acesso e 1,5 m entre as fileiras simples e entre os diferentes acessos. Seguindo metodologia relatada por CARVALHO et al. (2003), utilizaram cinco plantas de cada acesso para a caracterização. Visando à obtenção de genótipos mais homogêneos, foi realizada autofecundação de dez flores para cada planta no estágio imediatamente anterior à antese, conseguindo-se, pelo menos cinco frutos de cada planta, sendo selecionados ao acaso 10 frutos para a continuidade do procedimento de caracterização morfológica. Na fase de maturação, foram coletados os frutos, devidamente fotografados e com suas sementes extraídas manualmente e secadas em temperatura ambiente, à sombra, por 72 horas. As sementes foram embaladas em sacos de papel com identificação do acesso e conservadas em câmara fria a 4o C, após

(34)

Tabela 2. Identificação de 58 acessos de pimenta (Capsicum chinense) da coleção da

Embrapa Roraima

Código Nome popular Procedência Lat N/S Long W Código Nome popular Procedência Lat N/S Long W

RR 001 Murupi laranja, alongada, PA Uiramutã 04o 35' 44" N 60o 10' 04" RR 112 Murupi vermelha, alongada, PM Rorainópolis00o 56' 46" S 60o 25' 05"

RR 003 Canaimé vermelha, triangular, PA Uiramutã 04o 35' 44" N 60o 10' 04" RR 123 Olho de mutum vermelha, triangular, PB Alto Alegre 02o 53' 45'' N 61o 29' 51''

RR 006 P. cheiro amarela, retangular, PA Boa Vista 02o

49' 11'' N 60o

40' 24" RR 125 P. vermelha alongada, PA Alto Alegre 02o

53' 45'' N 61o

29' 51''

RR 011 Malaguetão vermelho, alongado, PM Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47" RR 127 Olho de Mutum vermelha, arredondada, PA Alto Alegre 02o 53' 45'' N 61o 29' 51''

RR 019 P. vermelha, campanulada, doce Caroebe 00o53’ 02” N 59o 41' 44" RR 134 P. vermelha, triangular, PA Mucajaí 02o 25' 48'' N 60o 54' 00''

RR 021 Murupi salmão, alongada, PB Mucajaí 02o

25' 48'' N 60o

54' 00'' RR 139 P. vermelha, alongada, doce Mucajaí 02o

25' 48'' N 60o

54' 00''

RR 026 Peão Vermelha, triangular, doce Alto Alegre 02o 53' 45'' N 61o 29' 51'' RR 144 Prikanka vermelha, triangular, PM Alto Alegre 02o 53' 45'' N 61o 29' 51''

RR 029 P. de Mesa salmão, triangular, PB Alto Alegre 02o 53' 45'' N 61o 29' 51'' RR 422 P. Bode vermelha, achatada, PB Brasília/DF 15o 50' 16'' N 47o 42' 48''

RR 033 P. de Cheiro amarela, alongada, PB Boa Vista 02o 49' 11'' N 60o 40' 24" RR 432 P. Bode laranja, achatada, PM Brasília/DF 15o 50' 16'' N 47o 42' 48''

RR 036 Murupi salmão , alongada, PB Rorainópolis00o 56' 46" S 60o 25' 05" RR 442 P. cumari do Pará amarela, triangular, PA Brasília/DF 15o 50' 16'' N 47o 42' 48''

RR 039 P. Murici salmão, triangular, PA Rorainópolis00o 56' 46" S 60o 25' 05" RR 452 Curupira vermelha, alongada, PM Mucajaí 02o 25' 48'' N 60o 54' 00''

RR 040 P. varmelha, triangular, doce Rorainópolis00o 56' 46" S 60o 25' 05" RR 472 Murupi vermelha, alongada, PM Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47"

RR 041 P. de Cheiro vermelha, triangular, PM Rorainópolis00o 56' 46" S 60o 25' 05" RR 482 Murupi amarela, alongada, PM Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47"

RR 042 P. de Passarinho amarela, Arredondada, PA Cantá 02o 36' 37" N 60o 35' 51" RR 492 Peão grande vermelha, triangular, PA Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47"

RR 044 Malaguetão vermelha, alongada, PA Cantá 02o 36' 37" N 60o 35' 51" RR 502 Peão de cheiro vermelha, triangular, PM Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47"

RR 047 Olho de Carangueijo laranja, triangular, PA Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47" RR 512 Peão amarela, triangular, PM Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47"

RR 048 Olho de Cará amarela, triangular, PM Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47" RR 522 Espora de galo laranja, triangular, PA Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47"

RR 049 Olho de mutum vermelha, campanulada, PA Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47" RR 532 Olho de peixe amarela, arredondada, PA Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47"

RR 051 P. de Cheiro vermelha, campanulada, doce Boa Vista 02o 49' 11'' N 60o 40' 24" RR 542 P. de cheiro vermelha, arredondada, PA Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47"

RR 058 P. amarela, triangular, PA Boa Vista 02o 49' 11'' N 60o 40' 24" RR 552 Olho de peixe amarela, arredondada, PA Amajari 03o 39' 08" N 61o 22' 14"

RR 062 P. de Cheiro vermelha, alongada, PM Boa Vista 02o 49' 11'' N 60o 40' 24" RR 562 Peão amarela, triangular, PA Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47"

RR 063 Murupi salmão, alongada, PA Boa Vista 02o 49' 11'' N 60o 40' 24" RR 572 Peão de cheiro amarela, campanulada, PM Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47"

RR 066 P. laranja, alongada, PB Boa Vista 02o

49' 11'' N 60o

40' 24" RR 582 Olho de peixe amarela, arredondada, PA Pacaraima 04o

25' 53" N 61o

08' 47"

RR 076 Pimenta vermelha, alongada, doce Bonfim 03o 21' 35'' N 59o 50' 00'' RR 592 P. de cheiro vermelha, alongada, PA Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47"

RR 077 P. Canaimé, vermelha, campanulada, PA Bonfim 03o 21' 35'' N 59o 50' 00'' RR 612 Murupi amarela, alongada, PA Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47"

RR 079 Olho de peixe laranja, triangular, PA Bonfim 03o 21' 35'' N 59o 50' 00'' RR 622 Olho de peixe laranja, triangular, PA Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47"

RR 108 P. cheirosa vermelha, triangular, PM Rorainópolis00o 56' 46" S 60o 25' 05" RR 632 Olho de peixe amarela, triangular, PA Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47"

RR 110 Malaguetão vermelha, triangular, PA Rorainópolis00o 56' 46" S 60o 25' 05" RR 652 Malaguetão laranja, alongada, PA Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47"

RR 111 Olho de peixe salmão, arredendada, PA Rorainópolis00o 56' 46" S 60o 25' 05" RR 662 P. de cheiro vermelha, triangular, doce Pacaraima 04o 25' 53" N 61o 08' 47"

PA: pungência alta; PM: pungência média; PB: pungência baixa

A caracterização morfológica foi realizada segundo descritores para Capsicum,

estabelecidos pelo IPGRI (1995), com algumas alterações sugeridas por CARVALHO et al. (2003), de modo a tornar mais acessível e prática a tomada de dados. Os descritores utilizados, devidamente numerados, e os valores associados aos mesmos estão descritos abaixo:

PLÂNTULA

(35)

2. Pubescência do hipocótilo: 1 ( ) esparsa; 2 ( ) intermediária; 3 ( ) densa

3. Cor da folha cotiledonar: 1 ( ) verde clara; 2 ( ) verde; 3 ( ) verde escura; 4 ( )

violeta clara; 5 ( ) violeta; 6 ( ) violeta escura (roxa); 7 ( ) variegada; 8 ( ) amarela; 9 ( ) outra

4. Forma da folha cotiledonar: 1 ( ) deltóide; 2 ( ) ovada; 3 ( ) lanceolada; 4 ( )

elongada-deltóide

PLANTA E CAULE

5. Cor do caule (haste): 1 ( ) verde; 2 ( ) verde com estrias violeta; 3 ( ) violeta

6. Presença de antocianina nodal (planta toda, adulta): 1 ( ) verde; 3 ( ) violeta

claro; 5 ( ) violeta; 7 ( ) violeta escuro (roxo)

7. Forma do caule (haste): 1 ( ) cilíndrico; 2 ( ) anguloso; 3 ( ) chato;

8. Pubescência do caule (planta adulta, excluindo-se os dois primeiros nós antes

da copa): 3 ( ) esparsa; 5 ( ) intermediária; 7 ( ) densa

9. Altura da planta (cm) – plantas com frutos amadurecendo: 1 ( ) < 25; 2 ( ) 25-45;

3 ( ) 45-65; 4 ( ) 66-85; 5 ( ) > 85

10. Hábito de crescimento da planta – medida quando 50% dos frutos estiverem

maduros:3 ( ) prostrado; 5 ( ) intermediário (compacto); 7 ( ) ereto; 9 ( ) outro

11. Comprimento do dossel (largura da copa - cm) – medido imediatamente após

a primeira colheita, no ponto mais largo: 1 ( ) até 80; 2 ( ) 80 – 120; 3 ( ) 120 – 160;

4 ( ) > 160

12. Comprimento da haste (altura do caule - cm) – altura da primeira bifurcação,

medido imediatamente após a primeira colheita: 1 ( ) até 15; 2 ( ) 15 – 30; 3 ( ) 30

– 50; 4 ( ) > 50

13. Diâmetro da haste (cm) – medida da parte média da haste abaixo da primeira

bifurcação, tomada imediatamente após a primeira colheita: 1 ( ) até 1; 2 ( ) 1 –

2; 3 ( ) 2 – 3; 4 ( ) > 3

(36)

15. Brotação abaixo da primeira bifurcação: 1 ( ) ausente; 3 ( ) esparsa; 5 ( ) intermediária; 7 ( ) densa

16. Densidade da folhagem – média de 5 plantas maduras: 3 ( ) esparsa; 5 ( )

intermediária; 7 ( ) densa

FOLHAS: Todas as medidas foram tomadas quando em 50% das plantas os primeiros

frutos começaram a amadurecer. Média de 10 folhas maduras retiradas dos ramos da planta.

17. Cor da folha: 1 ( ) amarela; 2 ( ) verde clara; 3 ( ) verde; 4 ( ) verde escura; 5 ( )

violeta clara; 6 ( ) violeta (roxa); 7 ( ) mesclada; 8 ( ) verde com antocianina

18. Forma da folha: 1 ( ) deltóide; 2 ( ) ovalada; 3 ( ) lanceolada

19. Margem da lâmina: 1 ( ) inteira; 2 ( ) ondulada; 3 ( ) ciliada

20. Pubescência da folha: 3 ( ) esparsa; 5 ( ) intermediária; 7 ( ) densa

21. Comprimento da folha madura (cm): 1 ( ) até 5; 2 ( ) >5 a 10; 3 ( ) > 10 a 15; 4

( ) acima de 15

22. Largura da folha madura - parte mais larga (cm): 1 ( ) até 3; 2 ( ) >3 a 6; 3 ( ) >

6 a 9; 4 ( ) acima de 9

FLORES:medidas com flores totalmente abertas nas primeiras florações

23. Dias para o florescimento – medido da semeadura até que pelo menos metade

das plantas tivessem no mínimo, uma flor aberta: 1 ( ) até 30; 2 ( ) 31 – 60; 3 ( ) 61

– 90; 4 ( ) acima de 90

24. Número de flores por axila: 1 ( ) uma; 2 ( ) duas; 3 ( ) três ou mais; 4 ( ) muitas

com entrenó curto; 5 ( ) uma e duas; 6 ( ) uma, duas e três ; 7 ( ) duas e três; 8 ( ) duas, três e quatro

25. Posição da flor – medida na antese: 3 ( ) pendente; 5 ( ) intermediária; 7 ( )

(37)

26. Cor da corola: 1 ( ) branca; 2 ( ) amarelo clara; 3 ( ) amarela; 4 ( ) amarelo esverdeada; 5 ( ) outra

27. Forma da corola: 1 ( ) rotada; 2 ( ) campanulada; 3 ( ) intermediária

28. Comprimento da corola (cm) – média de 10 pétalas dissecadas: 1 ( ) < 1,5; 2

( ) 1,5 – 2,0; 3 ( ) > 2,0

29. Cor da antera – observada no botão, antes da antese: 1 ( ) branca; 2 ( ) amarelo

clara; 3 ( ) azul clara; 4 ( ) azul; 5 ( ) violeta (roxa); 6 ( ) amarelo com mancha azul clara

30. Cor do filamento – observado logo na antese: 1 ( ) branco ; 2 ( ) amarelo; 3 ( )

verde; 4 ( ) azul; 5 ( ) violeta claro; 6 ( ) violeta (roxo); 7 ( ) azul violeta

31. Posição do estigma – em relação à antera após a completa antese. Média de 5

estigmas de flores de 5 plantas ao acaso: 3 ( ) inserto (abaixo das anteras); 5 ( )

mesmo nível; 7 ( ) excerto (acima das anteras); 9 ( ) mesmo nível e excerto; 11 ( ) inserto e mesmo nível; 13 ( ) inserto e excerto

32. Pigmentação do cálice: 0 ( ) ausente; 1 ( ) presente

33. Margem do cálice: 1 ( ) inteira; 2 ( ) intermediária; 3 ( ) dentada

34. Constrição anelar do cálice – observada na junção do cálice e do pedicelo na

maturação completa do fruto: 0 ( ) ausente; 1 ( ) presente

FRUTOS:tomados com frutos maduros na primeira colheita.

35. Dias para frutificação – medido a partir do transplante quando 50 % das

plantas estavam com frutos maduros nas primeira e segunda bifurcações: 1 ( )

até 60; 2 ( ) 61 a 90 ; 3 ( ) 91 a 120; 4 ( ) acima de 120

36. Manchas ou estrias de antocianina – tomados logo antes da maturação: 0 ( )

ausente; 1( ) presente

37. Cor do fruto no estádio intermediário – tomado logo antes da maturação: 1

(38)

38. Posição dos frutos: 3 ( ) pendente; 5 ( ) intermediária; 7 ( ) ereta; 9 ( ) todas; 11 ( ) pendente e intermediária; 13 ( ) pendente e ereto; 15 ( ) intermediária e ereta

39. Duração da frutificação ou carregamento da planta – número de dias da

primeira colheita até a última duração da frutificação: 1 ( ) até 150; 2 ( ) > 150 a

180; 3 ( ) acima de 180

40. Cor do fruto no estádio maduro: 1 ( ) branco; 2 ( ) amarelo limão; 3 ( )

amarelo-laranja pálido; 4 ( ) amarelo-amarelo-laranja; 5 ( ) amarelo-laranja pálido; 6 ( ) amarelo-laranja ; 7 ( ) vermelho claro; 8 ( ) vermelho; 9 ( ) vermelho- escuro; 10 ( ) violeta; 11 ( ) marrom; 12 ( ) preto; 13 ( ) amarelo; 14 ( ) amarelo pálido; 15 ( ) salmão

41. Forma do fruto: 1 ( ) alongado; 2 ( ) arredondado; 3 ( ) triangular; 4 ( )

campanulado; 5 ( ) retangular (em bloco); 6 ( ) outro

42. Comprimento do fruto (cm) – média do comprimento de 10 frutos maduros na

segunda colheita: 1 ( ) até 1; 2 ( ) > 1 a 2 ; 3 ( ) > 2 a 4; 4 ( ) > 4 a 8; 5 ( ) > 8 a 12; 6

( ) acima de 12

43. largura do fruto (cm) – medida na parte mais larga de 10 frutos maduros na

segunda colheita: 1 ( ) até 1; 2 ( ) > 1 a 2,5 ; 3 ( ) > 2,5 a 5; 4 ( ) > 5 a 8; 5 ( ) acima

de 8

44. Massa de fruto (g) – média da massa de 10 frutos maduros na segunda

colheita:1 ( ) até 1; 2 ( ) > 1 a 2 ; 3 ( ) > 2 a 4; 4 ( ) > 4 a 8; 5 ( ) > 8 a 12; 6 ( )

acima de 12

45. Comprimento do pedúnculo (cm) – média do comprimento de 10 pedúnculos

na segunda colheita: 1 ( ) até 2; 2 ( ) > 2 a 4 ; 3 ( ) > 4 a 6; 4 ( ) acima de 6

46. Espessura da parede do fruto (mm) – média de 10 frutos maduros na segunda

colheita, medido no ponto de maior largura: 1 ( ) até 1; 2 ( ) > 1 a 2 ; 3 ( ) > 2

a 3; 4 ( ) > 3 a 4; 5 ( ) > 4 a 5; 6 ( ) acima de 5

47. Ombro do fruto na inserção do pedicelo: 1 ( ) agudo; 2 ( ) obtuso; 3 ( )

truncado; 4 ( ) cordato; 5 ( ) lobado

48. Pescoço na base do fruto: 0 ( ) ausente; 1 ( ) presente

49. Formato da ponta do fruto – média de 10 frutos: 1 ( ) pontiagudo; 2 ( ) truncado

(39)

50. Apêndice na ponta do fruto: 0 ( ) ausente; 1 ( ) presente

51. Corrugação na seção transversal do fruto – média de 10 frutos, medido há 1/3

do final do pedicelo: 3 ( ) levemente corrugado; 5 ( ) intermediário; 7 ( ) corrugado

52. Número de lóculos – tomado de 10 frutos: 1 ( ); 2 ( ); 3 ( ); 4 ( ); 5 ( )

53. Superfície do fruto: 1 ( ) liso; 2 ( ) semi-rugoso; 3 ( ) rugoso; 4 ( ) liso com

estrias; 5 ( ) semi-rugoso com estrias

54. Persistência do fruto maduro em relação ao pedicelo: 3 ( ) pouco persistente; 5

( ) intermediário; 7 ( ) persistente

55. Comprimento da placenta: 1 ( ) < ¼ do comprimento do fruto; 2 ( ) de ¼ a ½ do

comprimento do fruto; 3 ( ) > ½ do comprimento do fruto

56. Pungência: 1 ( ) doce; 2 ( ) pungência baixa; 3 ( ) pungência média; 4 ( )

pungência alta

57. Aroma: 1 ( ) baixo; 2 ( ) médio; 3 ( ) alto

SEMENTES

58. Superfície da semente: 1 ( ) lisa; 2 ( ) rugosa; 3 ( ) corrugada

59. Tamanho da semente (média de 10 sementes selecionadas ao acaso): 1 ( )

pequena – até 3mm; 2 ( ) intermediária – de 3 a 4mm; 3 ( ) grande – acima de 4mm

60. Número de sementes por fruto - média de 10 frutos de 10 plantas selecionados

ao acaso: 1 ( ) < 20; 2 ( ) 21- 50; 3 ( ) > 51

61. Segregação: 0 ( ) ausência de segregação; 1 ( ) frutos com formatos diferentes; 2

( ) plantas com e sem entre-nós curtos; 3 ( ) frutos com cores diferentes; 4 ( ) fruto e planta com e sem; antocianina; 5 ( ) flores com cores diferentes; 6 ( ) frutos com posições diferentes; ( ) frutos com formatos e cores diferentes.

(40)

a partir do complemento aritmético do índice de dissimilaridade de acordo com COLE-RODGER et al. (1997), citados por CRUZ & CARNEIRO (2003), baseando-se na seguinte expressão:

dii’

D1

C1 + D1

= D2

C2 + D2

+

Dv

Cv + Dv

+ …. + =

6

v

j = 1

Dj

Cj + Dj

em que:

dii: valor que expressa a percentagem de dissimilaridade considerando a

coincidência de valores das variáveis multicategóricas para cada par de acessos;

Cj: número de concordância entre categorias para a j-ésima variável

multi-categórica;

Dj: número de discordância entre categorias para a j-ésima variável

multi-categórica.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

(41)

Tabela 3. Valores dos descritores para Capsicum estabelecidos pelo IBPGR (1995),

com alterações sugeridas por CARVALHO et al. (2003).

Descritores Acessos

1 2 3 4 5 6 7 8 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32

1 2 1 3 3 1 1 3 5 5 3 1 3 5 5 5 3 2 1 3 3 3 3 7 11 2 1 1 4 5 7 0

3 3 1 3 1 7 1 3 4 5 3 2 2 5 3 5 3 2 1 3 2 2 3 2 7 2 1 2 2 5 7 0

2 1 2 3 1 7 1 5 5 5 3 2 2 5 5 7 3 3 1 5 3 3 3 8 7 2 2 2 5 2 0

11 2 1 3 2 1 1 1 3 5 7 3 3 3 5 5 5 3 3 1 5 3 3 3 1 7 4 1 5 2 7 0

19 2 1 2 3 1 7 1 3 5 7 3 3 3 5 3 5 3 2 1 3 3 4 3 2 2 1 2 3 5 7 0

21 2 1 3 3 1 3 1 3 5 5 3 2 2 5 5 7 3 2 1 3 3 3 8 9 2 1 2 2 5 7 0

26 2 1 3 3 1 7 1 3 5 5 3 2 2 7 5 7 2 1 5 2 2 3 7 11 2 2 2 2 6 7 0

29 2 1 3 3 1 3 1 3 5 7 2 3 2 5 3 2 2 1 3 3 4 3 3 11 2 3 2 2 5 7 0

33 2 1 3 3 1 7 1 3 5 7 3 2 5 3 5 3 2 1 3 4 4 3 9 7 2 1 2 5 5 7 0

36 2 1 3 3 2 1 2 3 5 3 2 2 3 5 7 4 1 2 3 4 3 2 6 7 2 2 2 4 2 7 0

39 2 1 3 3 1 1 3 4 7 1 1 2 5 7 5 3 3 1 3 2 2 3 2 7 2 1 2 2 2 7 0

40 3 1 2 1 1 1 3 5 5 3 2 2 5 3 5 2 1 1 3 4 4 3 3 5 2 1 2 5 2 9 0

41 1 2 3 1 7 1 3 5 7 3 3 3 5 5 5 3 1 1 3 4 4 3 7 11 2 1 2 2 5 5

42 2 1 3 3 1 3 1 3 4 7 2 1 2 3 5 5 3 2 1 3 2 2 3 7 7 4 2 1 5 7 0

44 2 1 2 3 2 7 1 5 5 7 3 4 3 3 3 3 4 1 2 7 4 4 3 8 7 2 2 2 2 9 0

47 2 1 3 3 1 7 1 3 4 4 2 2 2 5 5 5 2 2 1 5 2 2 7 7 2 3 1 2 5 5 0

48 2 1 3 3 1 7 1 3 4 5 3 2 2 5 5 5 3 2 1 2 2 3 2 11 4 3 2 4 2 7 0

49 3 1 2 3 2 7 1 3 5 5 3 2 2 7 5 7 2 1 5 2 2 3 7 7 2 3 2 5 5 7 0

51 3 1 2 3 1 3 1 3 5 5 4 2 3 5 7 3 2 1 3 3 3 3 5 9 2 1 2 5 2 7 0

58 2 1 2 3 1 7 1 3 5 5 2 2 5 3 3 3 2 1 5 3 3 3 7 7 2 1 2 5 5 9 0

62 2 1 2 3 1 3 1 5 5 4 2 3 5 5 5 3 2 1 5 4 3 3 7 7 4 2 2 4 5 7 0

63 2 1 3 3 3 1 3 5 7 3 3 2 5 5 5 3 2 1 5 3 3 3 7 11 4 3 1 4 5 7 0

66 2 3 3 1 3 1 3 5 5 4 2 2 5 5 5 3 3 1 3 3 3 3 2 11 4 2 2 3 5 7 0

76 2 1 2 3 1 3 1 5 5 5 3 2 3 3 5 7 3 2 2 5 4 4 3 2 5 4 1 2 5 7 0

77 2 1 3 3 1 3 1 3 5 7 3 3 2 5 5 7 3 2 2 3 4 4 3 3 11 4 2 4 2 7 0

79 3 1 2 3 1 5 1 3 4 5 2 2 2 5 7 7 2 2 1 3 2 2 3 7 4 3 1 2 6 9 0

108 2 1 2 3 1 3 1 3 5 7 4 2 2 3 5 7 3 2 1 5 3 3 2 7 2 3 2 5 5 5 0

110 2 1 2 3 1 1 1 3 5 7 3 3 3 5 5 5 4 1 3 4 4 3 2 7 4 3 2 5 2 7 0

111 2 1 2 3 1 3 1 3 4 3 4 2 2 7 7 3 3 1 3 2 2 3 8 7 2 2 1 4 5 7 0

112 2 1 2 3 1 7 1 3 5 5 3 2 5 5 5 4 2 1 5 3 3 3 8 13 2 2 2 3 2 7 0

123 2 1 2 3 1 3 2 5 5 3 2 2 5 3 5 2 2 1 5 2 3 3 7 5 2 3 1 2 5 7 0

125 3 2 3 3 2 2 5 5 5 3 2 2 5 5 7 3 2 3 5 3 3 4 7 7 2 1 2 5 6 7 0

127 3 1 3 2 7 1 3 5 3 4 2 2 7 7 5 4 3 1 5 2 2 3 7 7 4 2 2 5 2 7 0

3 1 2 2 1 3 1 3 5 7 3 2 3 5 5 7 2 2 1 5 4 4 3 8 9 2 2 2 2 2 0

139 2 1 3 3 1 3 1 3 5 7 3 2 2 3 7 5 4 2 1 3 4 3 3 3 7 2 1 2 5 7 0

144 3 1 2 3 1 3 1 5 5 5 4 2 3 7 5 7 3 3 1 5 2 2 3 2 4 3 2 2 5 7 0

422 2 1 2 3 1 7 1 3 5 7 4 3 2 3 5 3 4 1 1 3 2

9 7 3 6 7 2 7 3 1 5 2 7 1 3 2 0 2 2 3 5 3 7 4 3 1 1 2 2 7 3 2 5 2 5 1 2 134 5 2 11

3 3 7 11 2 3 2 4 5 9 0

432 2 1 2 3 1 3 1 3 5 7 3 3 2 3 3 3 4 2 3 2 2 3 7 13 2 3 2 5 2 5 0

442 2 1 3 3 1 7 1 3 4 5 3 2 2 7 7 5 4 1 1 5 2 2 3 8 7 2 1 1 5 2 3 0

452 2 1 2 2 2 7 1 5 5 5 4 3 2 3 5 3 3 2 1 3 3 3 3 2 7 2 1 2 5 2 7 0

472 2 2 2 3 2 5 1 3 5 5 2 2 2 5 5 5 3 2 1 3 3 3 3 7 7 4 2 2 5 2 7 0

482 2 1 3 3 2 5 1 3 5 5 3 2 2 5 5 7 3 2 1 5 3 3 3 7 7 2 3 1 5 5 7 0

492 2 1 2 3 2 3 1 3 4 5 3 2 2 7 7 7 2 2 3 3 2 2 3 3 11 4 3 1 4 5 7 0

502 2 1 3 3 1 3 1 5 5 5 3 2 2 5 5 5 2 3 1 3 2 2 3 5 11 2 1 1 5 5 7 0

512 3 1 2 3 1 3 1 5 5 5 3 1 2 7 5 7 2 2 1 3 2 2 3 2 11 4 1 1 5 2 7 0

522 2 1 3 3 1 7 1 3 5 5 3 2 3 7 5 7 2 3 3 5 2 2 4 7 7 4 1 2 5 5 9 0

532 2 1 3 3 1 3 1 3 3 5 3 2 2 5 7 5 2 3 1 5 2 2 3 5 7 4 2 1 2 2 9 0

542 2 1 3 3 1 1 1 5 5 7 3 2 2 3 5 3 2 2 1 3 2 2 3 2 7 4 3 2 3 5 7 0

552 2 1 3 3 1 3 1 3 3 5 2 2 2 5 5 3 2 2 1 3 2 2 4 5 7 4 3 1 5 5 5 0

562 2 1 3 3 1 3 1 3 5 5 3 2 2 7 7 7 2 3 1 3 2 3 3 8 9 2 1 2 4 5 7 0

572 2 1 3 3 1 5 1 3 5 5 3 4 2 5 5 5 2 2 1 5 2 2 3 7 5 2 3 1 2 6 7 0

582 2 1 3 3 1 3 2 5 3 5 3 2 2 5 5 3 4 3 1 3 2 2 3 7 7 4 1 1 5 2 5 0

592 2 1 3 3 2 7 1 3 5 5 3 2 2 5 5 7 3 2 1 5 4 4 4 7 5 2 1 2 4 6 9 0

612 2 1 3 3 1 3 1 3 5 5 3 2 3 7 7 5 4 3 2 3 4 3 3 2 11 2 2 2 4 5 7 0

622 3 1 2 3 1 1 1 3 4 5 3 2 2 7 7 7 2 2 3 3 2 2 3 7 7 2 3 1 2 2 7 0

632 3 1 3 3 2 5 1 7 2 3 2 1 2 7 7 7 3 3 3 5 1 1 3 3 11 4 1 1 4 2 7 0

652 2 1 2 3 1 3 1 3 5 5 4 2 3 7 5 7 3 2 1 5 3 3 3 7 7 4 3 2 5 5 7 0

662 2 1 3 3 1 5 1 3 5 7 3 3 2 5 7 5 4 2 1 3 4 4 3 4 11 4 3 2 4 2 7 0

Referências

Documentos relacionados

(grifos nossos). b) Em observância ao princípio da impessoalidade, a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, vez que é

das Dores, as cultivares só mostraram o mesmo comportamento para o número médio de vagens por planta, indicando, por outro lado, serem bastante diferentes com relação ao

A Hermenêutica Constitucional no paradigma do Estado Democrático de Direito: a ponderação de princípios por meio da técnica da proporcionalidade .... Considerações

As variáveis aplicadas a partir do ques- tionário de Santos 8 (2008) exploraram dados como: 1) qual o objetivo do atendimento inicial do socor- rista à vitima; 2) se no atendimento

Workers, soldiers and alates of termites of the genus Syntermes were manually collected between 1991 and 1994 during nocturnal excursions to the Central Amazonian rain forest

SPIM MARS ProcSim MIPS-Datapath WebMIPS EduMIPS64 Open-source Yes Yes No Yes Yes Yes Code editor No Yes Yes Yes Yes No Editor syntax-highlighting No Yes No No No No Unicycle

Depois de considerar a confidência, conteúdo, distribuição, e assuntos de oportunidade associadas com a distribuição de um relatório, um controlador pode, então,