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Inflação e Política de Rendas

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N~ 68

INFLAÇ~O E POLTTICAS DE RENDAS FERNANDO DE HOLANDA BARBOSA

(2)

INFLAÇÃO E POLTTICAS DE RENDAS

Feronando de Hol.anda Barbosa

e

(3)

INFLAÇÂO E POL!TICA DE RENDAS

1. Introdução

Existe üma longa tradição na literatura econômica que trata das teorias da inflação em apresentar taxonomias dos ~­ cessos inflacionários. Na década dos 60, era bastante popula4 nos livros textos de macroeconomia da época, a classificação de inflação de demanda e de custos, para identificar dois conjun-tos de variáveis que seriam as principais causas dos· aumenconjun-tos persistentes de preços na economia. ll Aqui no Brasil, no ini-cio da década dos 70, Simonsen (1970) introduziu ltmê taxonomia

que distinguia trés componentes que determinariam a taxa de inflação num paIs: a) a autônoma; b) a de realimentação. e c) a de regulagem de demanda. Segundo Simonsen liA componente au-tônoma é, por definição, aquela que independe da inflação do perlodo anterior, sendo determinada por fatores de ordem ins-titucional (reajustes arbitrários dos salários, da taxa de câmbio, de impostos indiretos) ou de natureza aCidental (altas de preços provenientes de más safras, etc.). A componente de realimentação é definida como aquela que resulta da inflação do periodo anterior." A componente de regu lagem de demanda se-ria a parcela de aumento dos preços que se podese-ria atribuir ao crescimento de demanda em 'ritmo exagerado em relação à capa-cidade produtiva . • 21

1/ O livro texto do Ackley (1961) ê um exemplo típico. 2/ Simonsen (1970) pg 127/28 .

(4)

- - - - ~---~---

-No início da décadc:. de 80, Eckstein(l98l) e Tobin (l98.-~)

introduZiram duas classificações, nos EUA. A taxonania de Eckstel.i1 tem também três componentes: a) núcleo ou básica, b) choque e c) demanda. A componente nuclear, ou básica, de acordo com Eckstein, é definida pela taxa tendencial de aumento do preço de oferta, cuja força vem dos aumentos dos preços da mao de obra e do capital, os dois fatores básicos de produção. A com-ponente de choque tem sua origem no aumento de determinados

preços relativos, tais corno os preços do petróleo e dos ali- \ \

\,

mentos. A componente de demanda tem suas raIzes nas tensões clássicas dos mercados de mão de obra e de bens e s~rviços.

Tobin apresenta a seguinte taxon0ml~ das inflações: a) monetária, b) excesso de demanda, c) inercial e d) choques de

preços especIficas. As duas primeiras têm :mas origens nas

p0-II ticas monetár ta e fiscal , respectivamente. A componente

iner-cial, de acordo com 'I'obin I é definida como aquela que advém "do

padrão auto-reproduzIvel de inflação dos salários e preços com o qual todos nós estamos familiarizados. Quaisquer que sejam as origens histórica.s da inflação. urna vez que ela está intro-duzida dentro do sistema de uma maneira consistente, ela con-tinua seu próprio caminho." 3/ A componente de choques de preçoo especIficos pode ser causada pelos preços de energia e petró-leo, alimentos, taxa de câmbio, aumentos de diferentes tipos de impostos indiretos, aumentos de salário mínimo, introdução

- d b 4/

de regulamentaçao que afetam os preços e ens e serviços,etc.

3/ Tohin (1981) pg 23

41

Recentemente alguns economistas brasileiros. como Lopes (1984) e

Arida-Resende (1985). têm afirmado que a atual inflação brasileira ê

(5)

.3 .

Os economist,as, talvez pelo fato de terem estudado cnro

parte de sua formação acadêmica a teoria da concorrência

mono-polIstica, procuram às vezes aplicar as lições desse

aprendi-zado tentando diferenciar os seus produtos, o que certamente ~

bastante compreenslvel na natureza humana. Todavia, as

diver-sas taxonomias que acabamos de mencionar são bastante

semelhan-tes, pois têm diversos pontos em comum.

O reconhecimento deste fato levou um dos autores deste

trabalho [Barbosa (1983,1984)] a procurar um arcabouço teórico que

servisse de suporte a urna taxonomia das causas da inflação,que

abrangesse diferentes hipóteses do processo inflacionário,

hi-póteses ess~que, algumas vezes, são inclusive apresentadas

como antagônicas. O caminho que permite que Jsto seja feito

de maneira bastante simples baseia-se nas 1~écnicas

apresenta-das no trabalho de Zellner-Palm (1974), onde eles mostraram as

diferentes formas que um sistema de equações simultâneas pode

ser resolvido. A Seção 11 deste trabalho procura mostrar, atLcr

vês de um exemplo elementar, como a taxonomia do processo

in-flacionário surge de urna maneira natural. Cabe salientar que

este enfoque evidencia que as diferenças entre as várias

cor-rentes de economistas prende-se ã especificação do conjunto de

variáveis exógenas, que seriam responsáveis pela inflação no

longo prazo, pois a componente inercial, de modo geral, está

presente na maioria das concepções teóricas dos processos

in-flacionarios.

A experiência inflacionária brasileira é bastante rica

e pródiga em ensinamentos. A seção IIr deste trabalho contém

algumas observações sobre dois períodos, 1913/75 e 1983/85,nos

(6)

.4.

evidenciando o fato d~ que nao se pode identificar uma única variável como a força mot:ríz que detona as mudanças do patamar

da inflação.

A Seçio IV deste trabalho

ª

d8dicada ao n6 g5rdio de

uma polltica de rendimentos para o combate ã inflação no

Bra-sil: a política salarial. A idéia básica, partilhada por um

bom número de economistas, e de que os reajustes salariais/rru~a

fase de transiçio para um novo patamar de inflação, têm de ser

feitos pela média ao invés do pico, como ocorre atualmente.

Esta idéia encontra forte oposição de amplos segmentos da

so-ciedade brasileira, e em particular da classi.; ':r abalhadora. Em

primeiro lugar, porque ela foi um dos ingredie~tes do Programa

de Estabilização do Governo Castelo Branco, onde a prática da

polltica salarial foi. difererlte das intenções anunciadas. Em

segundo lugar, porque o reajuste pela média e nao pelo pico,

significa a manutenção do status-q~ na distribuição func.i.o· nal da renda. O primeiro tipo de critica pode ser contornado,

do ponto de vista ·técnico, assegur"ando-se ao trabalhador,

atra-00 salário médio real.

Quanto ao segundo tipo de crItica, é bom lembrar que o bem

es-tar dos trabalhadores não depende apenas da repartição

funcio-nal da renda, mas também da distri.buição do consumo. A

manu-tenção do status-quo na distribuição funcional, por um

perío-do limitaperío-do, pode ser acompanhada perío-do redireciJnarnento perío-dos

in-vestimentos do governo para o campo soc:Lc 1, '..;,;P', G obj eti vo de

aumentar a provisão de bens e serviços palra a.s camadas mais }Xr

(7)

.

~

.

2. Taxonomia dos Processos Inflacionários e Polrtica de Rendas

As origens da inflação, no curto prazo .. !;)odem ser clas-sificadas em t4'es COiaf;JLJJltllH:.es; a) reaJ..1.mElntação ou inércia, b)

demanda e c) oferta.

A realimentação ou inércia é o eieito da inflação pas-sada sobre a inflação ~resentet resultante de regras de com-portamento, ou daquelas que decorrem de jnstrurnentos legais, que fixam preços atuais com base no aumelto de preços verifi-cados no passado.

A componente de demanda nos proce,ssos inflacionários deve-se às políticas monetária e fiscal, que afetam o nivel do dispêndio nominal agregado. Os efeitos d.essas políticas des-dobram-se em variações sobre os níveis df' preços e de renda real, em proporções que dependem das condiç6es e da estrutura da economia.

A componente de oferta da taxa d~ infl~ção prende-se aos choques de oferta, provocados por mutanças de preços rela-tivos na economia. Eles podem ser causaios deliberadamente pelo governo, através de instrumentos de polltica econômica, corno, por exemplo f em mudanças na taxa d.! câmbio e nas aI

iquo-tas dos impostos indiretos. Os chexlues df! oferta podem ter

suas origens no comportamento dos eml?resÍlrios I quando eles

(8)

-.6 .

considerados normais, ou através de variações dos preços rela-tivos de insumos importados, como por exemplo, do preço do

pe-tról~o.

Esta taxonomia dos processos inflacionirios nao é des-provida de base teórica, como acontece com tantas outras clas-sificações que os economistas gostam de fazer, pois ela pode ser fundamentada a partir de modelos que refletem diferentes concepções do funcionamento das economias modernas. Para aque-les que conhecem um pouco de econometria, é fácil preceber que esta proposição decorre do fato de que em todo modelo dinâmico de equaçoes simultânes, cada variável endõgena do modelo pode se colocada em função de sua própria história passada e das variáveis exógenas do modelo. Em linguagem técnica, este tipo de equação corresponde à função de transferência da variável. Portanto, as diferentes concepçoes do processo inflacicinário se refletirão apenas na especificação do conjunto de variáveis exógenas do modelo, pois, em qualquer uma delas, a realimenta-çao ou inércia estará presente. Dal ser fácil entender-se px-que economistas com visões tão ~istintas, corno Tobin (1981) e Friedman (1985), já terem salientado a importância da inércia nos processos inflacionários.

Com o único objetivo de ilustrar como esta taxonomia dos processsos inflacionários tem suporte teórico, ~considere­

mos um modelo bastante simples, de urna economia hipotética,com três equaçoes: uma de demanda agregada, outra de oferta agre-gada e uma identidade.

A equação de demanda agregada baseia-se na teoria

(9)

in-.7.

fIação

(pt ) é igual à diferença entre a taxa de crescimento da

quantidade de moeda (~t) e a taxa de crescimento da renda real

(y t)' Isto é:

A equaçao de oferta agregada consistf~ numa curva de Phillips, adicionada de um termo que reflete os choques de oferta (ct

>.

A taxa de inflação depende da inflação do perlo-do anterior (Pt-l)' da capacidade ociosa da economia (h

t ) e dos choques de oferta, ou seja:

8 > O e y > O

Uma terceira equaçao, para completar o modelo, éa iden-tldade que define a variação na ca?acidade ociosa (h

t - ht -l )

como igual à diferença entre as taxas de crescimento do produ-to potencial

(Y

t ) e do produto real (Y

t ):

-- Yt - y t ,

Com um pouco de álgebra obtém-se as seguintes equaçoes para a taxa de inflação e para o nlvel de capacidade ociosa da economia: 5/

(10)

.8.

A taxa de inflação no per Iodo t depende das taxas de inflação nos dois perlodos precedentes, a componente inercial, da polltica monetária no próprio perlodo, a componente de de-manda, e dos choques de oferta em t e t-l, a componente de oferta. Algumas propriedades da equação da taxa de inflação merecem ser salientadas, pois elas também são pertinentes a modelos com uma estrutura mais complexa. A primeira'

é

de que o crescimento econômico contribui para reduzir a taxa de in-flação, pois quanto maior a taxa de cresclmento do produto po-tencial da economia, menor será a taxa de inflação. A segunda propriedade é de que a soma dos coeficientes que medem a ·con-tribuição das componentes de inércia e de demanda é igual a um; isto significa dizer que se um desses componentes passa a ter um peso maior, o outro, conseq6entemente reduz o seu peso. A terceira propriedade é de que a política l10netária atua sobre a inflação na medida em que a capacidade ociosa influencia a determinação de preços, pois se o coeficiente S for igual a zero a componente de demanda deixa de existir, e quanto menor o valor de B maior será a componente de inércia. A quarta

(11)

coefi-.9.

ciente

e

seja positivo.

O nivel de capacidade ociosa da economia, de acordo oom a equaçao anterior, depende dos niveis de capacidade ociosa ocs dois últimos periodos, do choque de oferta, e da aceleração da polItica monetária. Algumas propriedades da equação de capa-cidade ociosa são comuns a vários tipos de modelo, e, por isto, cabe ressaltá-los. Em primeiro lugar, a inércia que está presen-te na taxa de inflação se manifesta também na depresen-terminação do nlvel de capacidade ociosa. Esta caracterlstica implica, por exemplo, que os processos recessivos, uma vez iniciados, tendem a se reproduzir por longos intervalos de tempo. Em segundo lu-gar, urna aceleração positiva na taxa de crescimento da oferta monetária reduz o nlvel de capacidade ociosa, enquanto urna desaceleração na taxa de expansão monetária aumenta a capaci-dade ociosa da economia. A terceira propriedade que gostariá-mos de mencionar é que os choques de oferta têm um caráter

Ie-~sivo, pois aumentam a capacidade ociosa da aconomia.

Neste modelo bastante simples, um dos instrumentos pa-.ra reduzir-se a taxn de inflação, consiste na utilização da

(12)

i~

p,l1,h

( % )

·10.

posta em execuçao. A inflação começa a baixar gradualmente até se estabilizar no novo patamar de 100%, a partir do sexto período. A capacidade ociosa da economia aumenta para 25% no per lodo em que a redução da taxa de crescimento da quantidade de moeda ocorre, persiste neste nlvel por mais um per!odo, e

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taxa

de

expansão mo~etâria

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Fiaura 1. 'oiletea á. Ilcabililaçio Monatariltal lDfl.~" á Capacld,da Oelo ••

10 Il I

12 13

PerIodo

a partir dai a economia começa a recuperar-se, aproveitando a capacidade ociosa criada, para produzir perlodos de forte ~e­ cimento na atividade econômica.

(13)

.11 .

e gradual da taxa de inflação se dá ao custo de um processo re-cessivo, que é tanto mais forte quanto menor é a resposta dos preços à capacidade ociosa da economia. Quanto maior a compo-nente de realimentação, ou de inércia, da taxa de inflação, mais longo é o período que se necessita para atingir-se um novo pa-tamar da inflação, e mais profundo e demorado são os efeitos colaterais, em termos de queda do produto, da terapêutica ado-tada. A conclusão que se chega com este tipo de exercício é que se faz necessária a utilização de instrumentos adicionais no combate à inflação, se se deseja reduzi~ os custas soCiais de um programa de estabilização. A polItica de r~ndimentos

surge, portanto, como essencial na estratégia da ool!tica de desinflação. O objetivo básico desta politica é quebrar o pnr cesso de realimentação inflacionário, criando-se condições pa-ra que uma nova história papa-ra a taxa de inflação seja escrita.

Uma politica de rendimentos pode ser estabelecida uni-lateralmente pelo governo, como no Programa de Estabilização do Governo Castello Branco, ou através de um pacto que ~nvolva

trabalhadores, empresários e governo, como no Pacto de Moncloa da Espanha, em 1977. Em qualquer circunstância, do ponto de vista puramente analítico, com o auxIlio do modelo simplista que estamos usando para transmitir algumas idéias bâsicas, a curva de Phillips será substituída por urnaequaçao do tipo Pt

=

P

t '. onde

P

t é a taxa de inflação pactuada, pois os di-versos agentes econômicos irão, daqui por diante, reajustar

(14)

~---

---~---.12.

adicionada à taxa de crescimento do produto real (~t=

P

t + yt ),

para que o programa de estabilização seja consistente.

Toda-via, pode-se mostrar com o auxIlio de modelos mais realistas,

nos quais a liquidez real depende da taxa de juros nominal,

que um programa de estabilização para ser bem sucedido terá,

forçosamente, d~ expandir a quantidade de moedat durante um

certo intervalo de tempo, a urna taxa superior à taxa de

ilttla-ção, pois haverá um aumento no nlvel de liquidez real

deseja-do na economia. Caso contrário criar-se-ia,

desnecessariamen-te, condições para uma redução no nlvel de atividade

econômi-ca.

Um outro aspecto importante que deve ser ressaltado em

qualquer processo inflacionário, independente das suas raIzes,

diz respeito ao imposto inflacionário. O governo financia o

excesso da despesa sobre a receita (G-T), e o serviço da

dI-vida pública (1- B), através da expansão da base

(M=dM/dt) e da dIvida pública (B=dB/dt). Isto é:

.

.

G - T + i B

=

M + B

monetária

é a restrição orçamentária do governo. Dividindo-se ambos os

lados desta expressão pelo Indice de preços P, obtém-se

ares-trição escrita em termos reais.

g - t + i b

=

~+

p

.

B

p

onde g=G/P, t=T/P e b=B/P. Os aumentos da base real (m=M/P)

(15)

·13.

13

b =

P

-

b TI

onde TI é a taxa de inflação. Substituindo-se os valores de

.

M/P e B/P dessas duas últimas equações na restrição orça-mentária do governo, obtém-se:

g + (1 - n) b - t - TI m

=

b + m

As duas primeiras parcelas do lado esquerdo

represen-tam a despesa total do governo, com a compra de bens e

servi-ços e com o pagamento dos juros reais sobre a dIvida, pois i

é a taxa de juros nominal e i-TI é a taxa de juros real. A so-ma das duas últiso-mas parcelas do lado esquerdo é o total de impostos arrecadado pelo governo. A parcela nm é o montante

do imposto inflacionário: este imposto incide sobre a base

monetária e sua alíquota é a taxa de inflação. Ele

é

igual ao valor dos recursos que a sociedade tem de transferir para o

~erno, quando ela deseja manter o mesmo nlvel da base real. Em economias com longa tradição inflacionária este tipo de

imposto não é desprezlvel, constituindo-se ,numa importante

fonte de financiamento do governo. Esta é uma das razoes pe-las quais um programa de combate à inflação deve contemplar corno um dos seus ingredientes um aumento de outros tipos de

impostos, ou mesmo uma reforma fiscal, que substitua o

impos-to inflacionário por outros, de maior eficiência e menor

(16)

.14.

3. Algumas Ci>servaQ3es Sobre a Experiência Inflacionária Brasileira

Nesta seçao apresentamos algumas observações sobre a

experiência inflacionária brasileira. Iaicialmente

comentare-mos sobre os impulsos dominantes na mudaaça do patamar da

in-flação em dois -perlodos de nossa históri. econômica recente,

para ilustrar como a taxonomia introduzi4a na seção precedente

pode ser utilizada na compreensão e análtse do processo

infla-cionário brasileiro.

Uma interpretação que se tornou bastante popular depois

do primeiro choque do petróleo, é de que a elevação' do patamar

inflacionário no perlodo 1973/74 foi causada pelo mesmo. Esta

interpretação certamente ignora o que ocorreu com a pólitica

monetária a partir de meados de 1973, antes do choque do

pe-tróleo, e que o repasse doméstico do aumento internacion~l dos

preços dos derivados de petróleo foi bastante pequeno para o

óleo diesel (6,7% reais em 1974) e para DS óleos combustlveis

(12,2% reais em 1974).

A taxa de crescimento da base m~1etária, que nos

pri-meiros meses de 1973 andava por volta dos 25% ao ano, começou

a se aproximar gradualmente dos 50% ao ano no segundo semestre

de 1973, ultrapassando a barreira dos 50% no primeiro

trimes-tre de 1974, como mostra a Figura 2. Esta figura mostra ainda

que a taxa de inflação, medida pelo IGP-DI, perma~

pratica-mente estável durante todo o ano de 1973, devido, ~em grande

parte, à polltica de controle de preços, o que,

inclusive,cau-sou uma distorção séria na mensuração da inflação naquele ano.

(17)

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taxa de inflação teria sido observada no segundo semestre de 1973. Quando do início do Governo Geisel, os controles de preços foram removidos e a taxa de inflação subiu, rapidàrnen~

te, para o patamar dos 30% ao ano.

A partir de março de 1974, inicia-se, no novo governo, uma polItica de forte desaceleração do crescimento da base m0-netária, reduzindo-se sua taxa de expansão de 50% para valo-res abaixo de 20% a.a., no primeiro trimestre de 1975. A ~

(18)

expan-.16.

dir a base monetária para conviver com o novo patamar da inf1a-çao.

Um outro episódio interessante ocorreu em 1983/84. A

taxa de inflação no início de 1983 2stava no patamar dos 100%

ao ano, conforme mostra a Figura 3. Em virtude da crise

cam-bial e do insucesso de maxidesva1orização de 1979, o Governo

Figuei~ fez urna nova rnaxidesva1orlzação de 30% em fevereiro

de 1983. _Numa economia com regras de indexação baseadas na

inflação passada, os choques de oferta pnJpagam-se facilmente,

e a taxa de inflação no primeiro trimestre de 1983, começa,

gradualmente, uma nova trajetória ascendente, até -atingir o

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novo patamar dos 200% no final de 1983. A economia nesse ano

foi submetida a outros choques de oferta, além do carnbial,como

(19)

- - - -- _. - - - -- _. ~ - -- -

---.17.

o choque fiscal resultante Jo aumento de aliquotas de impostos indiretos.

A taxa de expansao da base monetária manteve-se na fai-xa dos 90-100% durante todo o ano de 1983. No primeiro tri-mestre de 1984 inicia-se uma po1Itica de acomodação monetária, face ao novo patamar da taxa de inflação, e no final de. 1984 as duas taxas começaram a convergir e a caminharem juntas.

O episódio de 1983/84 mostra que a mudança de patamar da inflação dos 100% para os 200% anuais foi causada por cho-ques de oferta, e posteriormente ratificada por urna acomodação da polftica monetária.

A tarefa de captar num modelo econométrico a complexi-dade do processo inflacionário brasileirol como esses dois

episódios bem demonstram, é bastante difici~., por várias ra-zoes. Em primeiro lugar, a inexistência de dados que retratem fielmente os diversos choques de oferta, e a conseqüente exclu-são de variáveis relevantes que daí advém, pode levar a ~in­

ciosidade nos parâmetros estimados. Em segundo lugar, a hipó-tese de que os parâmetros do modelo tenha.l1 permanecido estáveis durante longos períodos de tempo é, a priori, pouco crIveI, em virtude das várias mudanças nas regras de indexação que

ooorre-~am, sobretudo a partir de 1979. Em terceiro lugar, a teoria econômica não costuma indicar a estrutura de defasagem das va-riáveis, impondo-se, então, uma decisão arbitrária, mesmo que orientada por critérios estatísticos, sobre onde cortar o

(20)

.18.

descreveremos a seguir.

A Tabela 1 contém estimativas de várias regressões, onde as origens da inflação, no curto prazo, são atribuIdas a três componentes: a) inércia ou realimentação, b) demanda e c) choques de oferta. Os dados são trimestrais, com as taxas medidas pelas variações dos índices médios. A componente de demanda é representada pela taxa de expansao da base monetá-ria, e dois tipos de choques de oferta são considerados: cho-ques externos, devidos a mudanças da taxa de câmbio diferentes da regra de paridade do poder de compra, e choques agrícolas, aproximados pela taxa de variação da relação de troças entre preços agrícolas e preços industriais.

A Tabela 1 apresenta dois conjuntos de regres&oes: urna para o IPA e outro para o ICVRJ. Para cada um desses ín-dices são apresentados os resultados de três regressos: uma que cobre o período do primeiro trimestre de 1947 ao primeiro trimestre de 1985, outra que abrange o período que vai do pri-meiro trimestre de 1947 ao pripri-meiro trimestre de 1964, e a.ter-' ceira regressão que ::-:orr0spon~~. ;~0 p""riodo do segundo trimes-tre de 1964 ao primeiro trimestrimes-tre de 1985. De sorte que o

pe-ríodo como um todo foi subdividido em dois sUbperlodos, sendo o primeiro trimestre de 1964 o divisor de águas.

(21)

.19.

sua potência a partir de 1964; d) um teste do tipo Chow leva-ria, ao nlvel de 5% de significância, a se rejeitar a

hipóte-IncU te, e

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.

se de que os coeficientes do modelo se mantiveram constantes durante todo o perIodo analisado; e) as estimativas obtidas quando se usa o IPA como medida de inflação, levaria a se atribuir as origens da inflação, no perlodo 1964/85, à inér-eia e aos choques de oferta~ f) todavia, quando se usa o IDnU,

(22)

1&1ar,. lul

-

w

c

.20.

4. O Combate à Inflação e a Sincronização dos Reajustes Sala-riais

Uma característica básica dos reajustes salariais no Brasil, além da semestralidade e da reco~r-osição do pico pré-vio,introduzidas em 1979, é a não sincronização das datas ba-se de reajuste. A Figura 4 mostra os seis grupos de trabalha-dores com os respectivos meses de reajuste: o grupo Gl tem re ajuste em janeiro, o segundo grupo em fevereiro, e assim por diante. Admitindo-se urna taxa de inflação constante, por per! odo, a Figura 4, en escala sanilogaritrnica, oostra a evolução do salário roonsal de cada grllP:> de trabalhadores. No ::-ioo o salário"é igual a wo,de-clinando até atingir o valor W

v I no vale, no mês anterior ao

próximo reajuste. O salário real médio de cada trabalhador e

..

igual a w.

f-... ...

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Jun 6 "Jul 7 A&o SH Uljt \IId.,

A !voluçÃc do Salário ••• 1

FUNDAÇÃO GETlJUO VARGA ~

(23)

.21.

Observe-se que, no final de cada mês,existem três grupos

com salários reais acima da média e três grupos com salários

re-ais abaixo da média. Admitiremos no que se segue, por

simplicida-de, que o salário médio da economia é igual ao salário médio do

trabalhador típico que estamos representando na Figura 4.

A relação entre o salário real médio e o do pico

depen-de da taxa depen-de inflação, depen-de acordo com a Tabela 2. Por exemplo, p~

ra uma taxa de inflação de 10% ao mês, ou 77,16% ao semestre, o

salário médio é igual a 72,59% do salário do pico.

Uma política de desinflação da economia brasileira que

tenha como objetivo reduzir substancialmente a taxa de inflação,e

que pretenda utilizar-se de urna política de rendimentos que trate

todos os trabalhadores de maneira uniforme, requer uma nova

polI-tica salarial, mesmo porque, inclusive, a atual lei salarial já nao

fun-ciona na prática. Cabe aqui comentar algumas pl:opostas.

TABELA 2

Inflaç~o e a81~ç~G S~15rio M~dio/Salário Pico

Taxa de

Inflação Mensal 8 9 10 11 12

( %)

Salário Médiol

Salário Pico 77,05 74,77 72,59 70,51 68,52

(24)

.22.

o

simples congelamento dos salário nominais iria premiar os trabalhadores que estão com seus salários reais acima da mé-dia, e punir aqueles que estão abaixo da nédia. Esta proposta P2 de ser descartada por falta de equidade.

A escala móvel, com reajustes sa~ariais toda vez que a inflação atingisse 30%, iria provocar urna hiperinflação nas atu-ais circunstâncias da economia brasileira. Para entender-se por-que isto ocorreria, observe-se por-que, em primeiro lugar, para uma inflação de 10% ao mês o salário médio é igual a 72,59% do sa-lário no pico. Corno os sa.sa-lários são pagos no f inal de cada mês, e por lei podem na verdade serem pagos até o dia la do mês segui~

te, a inflação mensal se encarregaria de corroer o salário, de tal sorte que o trabalhador receberia apenas, no final do mês, o salário real médio. ~ fácil verificar-se que para urna relação mé dia/piCO de 72,59%,a inflação mensal ultrapassaria os 30%.

A conversão dos salários de cruteiros para ORTN, com basena.média dos últimos seis meses, implicaria que um bom núme-ro de trabalhadores teria que reduzir os seus salários nominais. Este fato certamente prO)OC2l~ii..'! \jTilnde resistência à

implementa-ção deste tipo de política.

Os diversos esquemas propostos para sincronizar os sa-lários em uma dada época, no chamado dia D, trazem consigo o pr2

blema da inflação residual, que varia de acordo com a proposta , mas que resulta do choque salarial que seria imposto inicialmen-te na economia. Esinicialmen-te choque salarial ocorreria porque transito-riamente, haveria uma tentativa de aumentar o salário médio real da economia.

(25)

seja, que esquemas que pretendam aumentar, no curto prazo, o sa-lário real médio da economia são inflacionários, porque esses au mentos seriam repassados para os preços.

A proposta de polltica salarial de transição, num pro-grama de combate à inflação, que iremos delinear no restante desta seção, centra-se em três pressupostos. Em primeiro lugar, partimos do fato que o salário real pode diminuir por duas via~ aumento dos preços dos bens e serviços ou dos impostos, mais e~ pecificamente, através do aumento da allquota do imposto de re~ da. Em segundo lugar, adotamos a hipótese de que os trabalhado-res não seriam simpáticos à redução no salário nominal. Em ter-ceiro lugar, acreditamos que o imposto de renda, para os indiv! duos e para as empresas, poderia ser utilizado como um instrumen to bastante potente de uma polltica de rendimentos, num per Iodo curto e por prazo definido.

A Figura 4 ilustra as idéias básicas da polltica

sa-larial de transição. Admita-se que o programa seria implantado a partir do mês de julho e que a taxa de inflação mensal no per 10-do janeiro/junho teria si10-do, em média, de

e%

ao mês. A Fase I

do programa teria como objetivo reduzir a taxa de inflação men-sal para 8

1% ao mês, de tal modo que os trabalhadores que

tive-ram reajustes salariais no mês de junho, chegariam ao final do mês de novembro com um salário real médio igual ao salário médio da economia. A Tabela 3 mostra os valores de 01 para os corres-pondentes valores de

e .

Por exemplo, para uma taxa de inflação mensal de 10%,

(26)

.24.

TABELA 3

Taxa de Inflaxão da Fase!

Taxa de

Inflação Atual (8) 8 9 10 11 12

(%)

Taxa de

Inflação da Fase I 3,74 4,18 4,60 5,02 5,44

(8

1) (%)

Os trabalhadores que tiveram reajustes nos meses de j~

neiro, fevereiro e março, dos grupos Gl, G2 e G3, teriam

reajus-tes no mês de julho de acordo com a Tabela 4, e dai em diante re

ajustes mensais iguais a taxa de inflação do mês.

TABELA 4

Taxa de Reajuste Salarial no Mês de Transição Para

os Três Primeiros Grupos

Taxa de

nflação Atual 8 9 10 11 :12

(%)

Grupo G 1 26,86 30,62 34,54 38,52 42,58

Grupo G 2 17,47 19,83 22,30 24,80 27,31

(27)

.25.

Os trabalhadores que tiveram seus reajustes nos meses

de abril, maio e junho sairiam ganhando, vis-à-vis os demais

grupos, caso seus salários reais fossem dlminuindo gradualmente

de acordo com a nova taxa de inflação. Ademais, cornoos três pr!

meiros grupos (GI, G2 e G3) estariam ganhando um salário igu-aI ao salário médio, haveria um aumento do salário médio

da economia, que acabaria empurrando os p~eços para cima

real

e,

conseq~entemente, estaria determinado o insucesso do programa ,

pois, a taxa de inflação programada não seria atingida. Para

evitar este problema,dois tipos de medidas teriam que ser toma

das, ambas envolvendo a utilização do impDsto de renda.

A primeira medida seria que os assalariados dos grupos

G4, G5 e G6, pagariam um imposto de renda adicional, com uma

aliquota de imposto de renda diferenciada, entre si e dos

de-mais grupos, que iria declinando até o final do ano, de acordo

com os valores da Tabela 5. Desta maneira, todos os salários

seriam sincronizados instantaneamente, através do imposto de

renda na Fase I, e definitivamente na Fase II do programa, que

teria inicio cinco meses após o inicio da Fase l. Do ponto de

vista administrativo esta politica poderia ser implementada com

quatro tabelas de imposto de renda na fonte, o que

não implicaria em custo administrativo eLevado.

(28)

.26.

TABELA 5

A1Iguota Adicional de Impqsto de Renda Para os três Oltimos Grupo~

Taxa Aliquotás do Imposto de Renda (%) nos Meses de de Grupos

Inflação Julho Agosto Setembro Outubro

G4 0,69

B G5 6,77 3,28 -0,'34

G6 13,67 10,45 7,10 3,62

G4 0,88

9 G5 7,45 3,58 -0,45

G6 15,09 11,54 7,85 4,00

G4 1,06

10 G5 8,13 3,90 -0,52

G6 16,81 12,64 8,62 4,41

G4 1,27

11 G5 8,76 4,18 "'0-,63

G6 17,80 13,38 8,88 4,47

G4 1,50

12 G5 9,37 4,44 -0;76

G6 19,08 14,68 10,04 5,15

Observação: Valores negativos irdicar'1 reajuste salarial à taxa

nurneri-carnent~ igual ao sirnétrioo do valor indicado. tJmtraço

(29)

.27.

Restaria ainda UM problema a seI resolvido, e dai

de-corre o segundo tipo de medida que reque! a utilização do

im-posto de renda, desta v~z para as empresas. Os salários reais

recebidos pelos indivíduos que têm reajuste nos meses de abril,

maio e junho (grupos G4, G5 e G6) teriam diminuido, mas os

sa-lários pagos pelas empresas continuariam sendo os mesmos.

Nes-tas condições, o choque salarial não seria evitado, pois o

sa-lário real médio, ão ponto de vista das empresas, não teria

diminuído, e sim aumentado. A 30lução deste problema consiste

em introduzir-se, transitoriamente, urna alIquota de imposto de

renda diferenciado sobre o lucro da empresa. As empresas

se-riam compelidas, pela via do imposto de renda, ~ remarcarem seus

preços em julho, no inIcio cio proyrama, pela média dos últimos

seis meses. Uma empresa que estivesse com o preço acima da

média dos últimos seis meses teria que pagar imposto de renda

adicional, caso não diminuisse o preço. Bar ouero lado, se a

empresa baixasse o pre~o para d média, sua alíquota de imposto

de renda sofreria uma redução.

5. Conclusões

A principal conclusão que emerge da visão eclética do

processo inflacionário apresentada neste trabalho é de que a

política de rendimentos, que cuida das CaL.lsas de curto prazo I

deve ser acompanhada de políticas fiscal e monetária, que

(30)

infla-.28.

-çao.

Cabe salientar que uma polltica de rendimentos, por sI só, é insuficiente para reduzir o patamar da inflação, como aliás ficou bem demonstrado na experiência brasileira recente. Certos episódios dessa experiência são bastante importantes pois oferecem al9umas lições que não devem ser esquecidas, e por isto vale a pena mencioná-los: a) a polltica de controle da taxa de juros do segundo semestre de 1979 não impediu que a inflação atingisse novo patamar em 1980; b) a prefixação das correções monetária e cambial em 1980 não atuou sobre a ex-pectativa, como era esperado pelo Governo da época,. pois as políticas salarial, monetária e fiscal eram inconsistentes com a meta de uma inflação na faixa dos 40/50% ao ano; c) a polI-tica salarial implantada com o Decreto-Lei n9 2012, de 25/11/ 1983, que corrigia integralmente apenas os salários dos traba-lhadores que ganhavam até 3 salários mInLmos, não serviu de obstáculo para que a inflação passasse do patamar de 100% para os 200% anuais; d) a polItica de controle de preços que foi praticada de março a agosto de .1.985 conseguiu apenas baixar a inflação em alguns meses, mas era insustentável em virtude de ser inconsistente com as polIticas salarLal, monetária, fiscal e cambial.

(31)

-

-.29.

alçada de um banco comercial, sao ingredientes mInimos de um programa de combate à inflação.

Referências Bibliográficas

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Arida,P. e A.Lara Resende - Inertial Inflation and Monetary Reform: Brazi1. In: Wi1liamson, J. org. Inflation and Indexation, Argentina, Brazi1 and Israel. Washington, DC, Institute for International Economics/MIT Press, 1985. Barbosa,F. de H. - A Inflação Brasileira no Pós-Guerra:

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Ando, A. Eguchi, R. Farmer e Y. Suzuki, orgs. Monetary Policy in Our Times. Cambridge: MIT Press, 1985.

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Simonsen, M.H. - Infla~ão: Gradualisrno x Tratamento de Choque. Rio de Janeiro, APEe, 1970.

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Zellner, A. e F. PaIm - Time Series Analysis and Simu1taneous Equation Econometric Models. Journal of Econometrics, 2:

(32)

.30.

}..PtNDICE

Buscando tornar o trabalho auto-contido, serao apre-sentadas neste Apêndice as relações que conduziram aos resul-tados numéricos da Seção 4.

Sendo 0 a taxa mensal de inflação, que é suposta constante ao longo dos primeiros seis meses, e considerando o caso de um indivIduo do grupo Gl indicado na Figura 4, temos que, a preços de infcio de janeiro (época O), o seu salário real

W~,

que é efet'ivamente recebido no fim de cada mês, evo-lUi de tal forma que: l

w~

=

W

o

(I+01-k , k = 1,2, ••• ,6 (A. 1)

Levando em conta a taxa de juros mensal R, em termos reais, que é referente às oportunidades de investimento para os indivIduos (por exemplo, Caderneta de Poupança), o salá-rio-médio

W

é definido de tal forma que:

6 E

k=1

W (1+R) 6-k = 6 E

k=l

(A.2)

No que se segue, por simplicidade de cálculos, negl! genciaremos o valor de R, o que é a prática usual. Deste mo-do, tendo em vista (A.I), decorre que a relação W!rlO' entre a média e o pico, é i~ual a:

lJ

Observe-se que o salário no pico W

(33)

- - - . - - - - _ .. _-~- ~--~---~

.31.

(A.3)

Para a determinação da nova taxa mensal de inflação constante 9 1 , ao longo do que se chamou de Fase I (do início de julho ao ~inal de novembro), estabeleceu-se que o salário real recebido em novembro (época 11) de um indivíduo do grupo

~ 6

-G6 fosse igual ao salario-médio, isto é

w

ll = W •

Como

(A.4)

resulta de (A.3) = que

e

= {

~.0{1+0)-1

1 1 _ (1+0)-6 }

-l/5

- 1 (A.5)

Para o detalhamento da Fase 1, precisamos especifi-car, para cada grupo de indivIduos, as respectivas taxas de reajuste salarial

e

as alíquotas de t~butação.

No caso dos indivIduos dos grupos GI, G2 e G3, cujos respectivos salários reais na época 6 são inferiores a

i,

te-remos reajustes sendo concedidos no inIcio do mês de

de modo que o salário real recebido no fim deste mesmo

julho,

-mes seja igual ao salário-médio. Assim, sendo ai o

de reajuste para o caso de indivíduos do grupo

(34)

.32.

a) grupo G1 a

1 W

o

(1+01)-1 (1+0,-6 = W (A.6)

Logo, face à (A.3)

(A.7)

b) grupo G2

a

2 WOC1+0i )-1 (1+9)-5 =

W

(A.8)

donde

(A.9)

c) grupo G3 a

3 W

o

(1+01)-1 (1+0)-4

=

W (A .10)

donde

(A .11)

Para o caso dos indivíduos dos grupos G4, GS e G6, a situação se reverte, pois que, no mês de junho, estarão re-.cebendo salários reais malore~ do que o salário-médio

W.

A PQ

1ítica sugerida é a de imposição de um tributo, de maneira que·o salário real, em termos lIquidos, iguale a W.

i

Denotando por t k o valor da alíquota que deve ser aplicada ,-na época k, ao salário de um indi v!duo do grupo Gi,

tem-se:

(35)

·33.

Considerando o sal!rio real recebido no fim do mês de julho, queremos que:

(A.12)

Logo, face

à

relação (A.3), segue-se que:

(A.13)

Dado que, como indicado na Tabela 5, temos t; < O, na

4

realidade t 7 deve ser interpretado como uma taxa de reajuste salarial, que seria anunciada na época 6. Daí po~ diante, até

o fim da Fase l, os reajustes salariais passam a ser efetuados

ã

taxa 6 1•

.

.

e} grupo G5

~ fácil verificar que:

(A.14 )

Como tS < O t temos a mesma interpretação do caso

an-9

terior, procedendo-se a reajustes

ã

taxa 01 a partir do mês de

outubro.

f) grupo G6

Temos, agora, que:

Lembre-se que, por construção, o salário real percebi-do na época 11 {final percebi-do mês de novembro} será exatamente igual

(36)

ENSAIOS ECONOMICOS DA EPGE

1. ANALISE COMPARATIVA DAS ALTERNATIVAS DE POLTTICA COMERCIAL DE UM PAIS EM PRO-CESSO DE INDUSTRIALIZAÇ~O - Edmar 8acha - 1970 (ESGOTADO)

2. ANALISE ECONOMETRICA DO MERCADO INTERNACIONAL DO CAFt E DA POLTTICA BRASILEI-RA DE PREÇOS - Edmar Bacha - 1910 (ESGOTADO)

3. A ESTRUTURA ECONOMICA BRASILEIRA - Mario Henrique Simonsen - 1971 (ESGOTADO)

4.

O PAPEL DO INVESTIMENTO EM EOUCAÇ~O E TECNOLOGIA NO PROCESSO DE DESENVOLVIMEN TO ECONOMICO - Carlos Geraldo langoo! - 1972 (ESGOTADO)

-5. A EVOLUçAO DO ENSINO DE ECONOMIA NO BRASIL - Luiz de Fteltas Bueno - 1972

6. POLrTICA ANTI-INFLACIONARIA - A CONTRIBUIÇ~O BRASILEIRA - Mario Henrique SI-mansen - 1973 (ESGOTADO)

7.

ANALISE DE SERIES DE TEMPO E MODELO DE FORMAÇAo DE EXPECTATIVAS - José Luiz Carvalho - 1973 (ESGOTADO)

8. DISTRIBUIÇAO DA RENDA E DESENVOLVIMENTO ECONOMICO DO BRASIL: UMA REAFIRMAÇ~O Carlos Geraldo Langoni - 1913 (ESGOTADO)

9. UMA NOTA SOBRE A POPUlAÇ~O OTIMA DO BRASIL - Edy Luiz Kogut - 1973

10. ASPECTOS DO PROBLEMA DA ABSORÇ~O DE MAO-DE-OBRA: SUGESTOES PARA PESQUISAS , José Luiz Carvalho - 1974 (ESGOTADO)

11. A FORÇA gO TRABALHO ~O BRASIL - Mario Henrique Slmonsen - 1974 (ESGOTADO)

12. O SISTEMA BRASILEIRO DE INCENTIVOS FISCAIS - Mario Henrique Slmonsen - 1974 (ESGOTADO)

13. MOEDA - Antonio Maria da SIlveira - 1974 (ESGOTADO)

(37)

15. UMA NOTA SOBRE NOMEROS TtlDICES - José Luiz Carvalho - 1974 (ESGOTADO)

16. ANALISE DE CUSTOS E BENEFTcIO~ SOCIAIS I - Edy Luiz Kogut - J974 (ESGOTADO)

17. DISTRIBUIÇ~O DE RENDA: RESUMO DA EVIDENCIA - Carlos Geraldo Langonl - 1974

(ESGOTADO)

18. O MODELO ECONOM~TRICO DE ST. LOUIS APLICADO NO BRASIL: RESULTADOS PRELIMINA RES - Antonio Carlos Lemgruber - 1975

19. OS MODELOS CL~SSICOS E NEOCLAsSICOS DE DALE W. JORGENSON - Ellseu R. de An-drade Alves - 1975

20. DIVID: 11M. PROGRAMA FLEXTvEL PARA CONSTRUçAo DO QUADRO DE EVOlUÇ~O DO ESTUDO

DE

UMA DrVIDA - Clovis de Faro - 1974 .

21. ESCOLHA ENTRE OS REGIMES DA TABELA PRICE E DO SISTEMA DE AHORTIZAÇOES CONSTA! TES: PONTO-DE-VISTA DO MUTUARIO - ClovIs de Faro - 1975

22. ESCOLARIDADE, EXPERI~NCIA NO TRABALHO E SAlARIOS NO BRASIL - José Jul!o Sen-na - 1975

23. PESQUISA QUANTITATIVA NA ECONOMIA - Luiz de Freitas Bueno - 1978

24. UMA ANALISE EM CROSS-SECTION DOS GASTOS FAMILIARES EM CONEXAo COM NUTRIÇAo, SAODE, FECUNDIDADE E CAPACIDADE DE GERAR RENDA - José Luiz Carvalho - 1978

25·. DETERMINAÇAo DA TAXA DE JUROS IMPLTclTA EM ESQUEMAS GENtRICOS DE FINANCIA-MENTO: COMPARAÇAO ENTRE OS ALGORTTIMOS DE WILD E DE NEWTON-RAPHSON - ClovIs de Faro - 1978

26. A URBANIZAÇAo E O CTRCULO VICIOSO DA POBREZA: O CASO DA CRIANÇA URBANA NO BRASIL - José Luiz Carvalho e Uriel de Magalhães - 1979

27. MICROECONOMIA - Parte I - FUNDAMENTOS DA TEORIA DOS PREÇOS - MarIo Henrique Slmonsen - 1979

(38)

29. CONTRADIÇ~O APARENTE - Octávio Gouvêa de Bulhões - 1979

30. MICROECONOMIA - Parte 2 - FUNDAMENTOS DA TEORIA DOS PREÇOS - Mario Henrique Slmonsen - 1980 (ESGOTADO)

31.

A CORREÇ~O MONETARIA NA JURISPRuotNCIA BRASILEIRA - Arnold Wald - 1980

32.

MICROECONOMIA - Parte A - TEORIA DA DETERHINAÇ~O DA RENDA E DO NrVEL DE PRE ÇOS - José JulIo Senna - 2 Volumes - 1980

33.

ANALISE DE CUSTOS E BENEFTclOS SOCIAIS III - Edy lulz Kogut - 1980

34.

MEDIDAS DE CONCENTRAÇAo - Fernando de Holanda Barbosa -

1981

35.

CRlDITO RURAL: PROBLEMAS ECONOMICOS E SUGESTCES DE MUDANÇAS - Antonio Sala-zar Pessoa Brandão e Urlel de Magalhães - 1982

36.

DETERMINAÇ~O NUM~RJCA DA TAXA INTERNA DE RETORNO: CONFRONTO ENTRE AlGORTTI MOS DE BOUlDING E DE WllD - Clovis de Faro - 1983

-37.

MODELO DE EQUAÇOES SIMUlTANEAS - Fernando de Holanda Barbosa - 1983

380

A EFICIENCIA MARGINAL 00 CAPITAL COMO CRIT~RIO DE AVAllAÇAO ECONOMICA DE PRO JETOS DE INVESTIMENTO - Clovis de Faro - 1983 (ESGOTADO)

-39. SAlARIO REAL E INFlAÇAO (TEORIA E IlUSTRAÇAo EMPTRICA) - Raul José Ekerman - 1984

40. TAXAS DE JUROS EFETIVAMENTE PAGAS POR TOMADORES DE EMPR~STIMOS JUNTO A BAN COS COMERCIAIS - Clovis de Faro - 1984

41. REGUlAMENTAÇAO E DECISCES DE CAPITAL EM BANCOS COMERCIAIS: REVISAo DA LITE RATURA E UM ENFOQUE PARA O BRASil - Urlel de Magalhães -

1984

-420

INDEXAÇAo E AMBltNCIA GERAL DE NEGOCIOS - Antonio Maria da Silveira - 1984

(39)

44. SOBRE O NOVO PLANO DO 8NH: IISIMC"*- Clovis de Faro - 1984

45. sUBsTDIOS CREDITTclOS ~ EXPORTAÇ~O - Gregôrlo F.L. Stukart - 1984

46. PROCESSO DE DESINFLAÇ~O - Antonio C. Porto Gonçalves - 1984

47. INDEXAÇ~O E REALIMENTAÇAO INFLACIONARIA - Fernando de Holanda Barbosa - 1984

48. SALARIOS MtDIOS E SALARIOS INDIVIDUAIS NO SETOR INDUSTRIAL: UH ESTUDO DE DI

FERENCIAÇ~O SALARIAL ENTRE FIRMAS E ENTRE INDIVfnuos - Raul José Ekerman

e

Urlel de Magalhães - 1984

49. THE DEVELOPING-COUNTRY DEBT PROBLEM - Marto HenrIque Stmonsen - 1984

50.

JOGOS DE INFORMAÇ~O INCOMPLETA: UMA INTRODUÇ~O - SérgIo Ribeiro da Costa Werl ang - 1984

51. A TEORIA MONETARIA MODERNA E O EQUILrSRIO GERAL WALRASIANO COM UM NOMERO INFINITO DE BENS - A. Araujo - 1984

52. A INDETERMINAÇ~O DE MORGENSTERN - Antonio Maria da Silveira - 1984

53.

O PROBLEMA DE CREDIBILIDADE EM POLTTICA ECONOMICA Rubens Penha Cysne -1984

54. UMA ANALISE ESTATrSTICA DAS CAUSAS DA EMISsAo DO CHEQUE SEM FUNDOS: FORMU-LAÇ~O DE UM PROJETO PILOTO - Fernando de Holanda Barbosa, ClovIs de Faro e Alorslo Pessoa de Araujo - 1984

55.

POLfTICA HACROECONOMICA NO BRASIL: 1964-66 - Rubens Penha Cysne - 1985

56. EVOLUÇ~O DOS PLANOS BAslCOS DE FINANCIAMENTO PARA AQUISIÇ~O DE CASA PROPRIA

DO BANCO NACIONAL DE HABITAÇ~O: 1964 - 1984. - ClovIs de Faro - 1985

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58. INFLAÇ~O E SALARIO REAL: A EXPERltNCIA BRASILEIRA - Raul José Ekerman - 1985

(40)

59. O ENFOQUE HONET~RrO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS: UM RETROSPECTO - Valdir Ramalho de Melo - 1985

600 MOEDA E PREÇOS RELATIVOS: EVIDENCIA EMPrRICA • Antonio Salazar Po Brandão -1985

61. INTERPRETAÇAo ECONOMICA, INFLAÇAo E INDEXAÇ~O Antonio Maria da Silveira

-1985

62, MACROECONOMIA - CAPITULO t - O SISTEMA MONETAtlO - Mario Henrique Slmonsen e Rubens Penha Cysne - 1985

63. MACROECONOMIA - CAPTTULO II - O BALANÇO DE PA~AMENTOS

-Slmonsen e Rubens Penha Cysne - 1985 Mario Henrique

64. MACROECONOMIA - CAPTTULO II1 - AS CONTAS NACIONAIS - Mario Henrique Slmonsen e Rubens Penha Cysne - 1985

65. A DEMANDA POR DIVIDENDOS: UMA JUSTIFICATIVA nORICA ~ Ttimmy Chln-Chlu Tan e Sergio Ribeiro da Costa Werlang - t985

66. BREVE RETROSPECTO DA ECONOMIA BRASILEIRA ENTRE 1979 e 1984 - Rubens Penha Cysne - 1985

67.

CONTRATOS SALARIAIS JUSTAPOSTOS E POLrTICA ANTI-INFLACIONARIA - Mario Henrique Slmonsen - 1985

68. INFLAÇAO E POLfTICAS DE RENDAS - Fernando de Holanda Barbosa e Clovis de Faro - 1985

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