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Um estudo psicológico da agressividade

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Academic year: 2017

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(1)

" r ... ~, • • " , . . . . '~I

L ~ S T IT UTO

. .

...

li~i E ST UDO P S ICOLÓGICO D~. AGR2SSIVIDAD3

PUREZA l-lACEDO

. \

FGV/ I SOP/ CPGPA

F ~~i a de Bo tafogo , 1 9 0 sa la 1108

io a -'

(2)

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Fm~D !\ç f\ o G.t:..1·ÜLIO Vl ~ RGJ\S

I NST I'l UTO DE SELE ÇÃ9 E ORIENTI.Ç ÃO PROFISSIO~illi

CE NTRO DE P6 S-G RADUA ç.i\:0 " E t-1 PSICOLOGIA }\.PLICADA

u~r ESTUDO PSICOL6 GICO DA l"GRESSIVIDADE

Por

PUREZA MACEDO

','

. ', .

" ,"

DISSERTAÇÃO SIJBHETIDA COl·~O .REQUISITO PARCIAL PAR~ A

OBTENÇÃO DO GRAU DE

MESTRE EM PSICOLOGIl\ APLICI"DA

,/ 0 " 0 ...

l ~ .

Rio cc J anci ro, de .. " , ~ >" de

(3)

-A diss c rtuç ão "Um Estudo Psicológico da l\gressivid a-detl

foi considerada

Rio de Janeiro,

---

de

---

de

(?rofesso r-orientaeor )

. (r'jembro da C. julgadora)

(Herr.bro da

c.

julgadora)

(4)

t

I

1

I

Desejo agradecer ao Professor

Antonio Gomes Penna pela orientação, ex

clarecimentos e inca~sável assistência

na elaboração desse trabalho.

Sou grata a meus pais, meu ma

~ido e meus filhos pelas su~estõcs, in

centivo e apoio • .

r

/

(5)

-1 NDI Cr::

Folh a

INTRODUç Ko

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1

I SI TUAÇÃO HIST6 RI Cl \ . . . 4

11 ORIGEl'l D1\ ANÁLISE OBJE TI VA DO CO HP O RTAHEN TO

ANI HAL .

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'

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6 111 A AG RE SSI VI DADE E 1-1 HEGEL

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10

IV A AG RE SSI VI DADE E H S ARTRE

...

,-

... .

12

v

A CO RRENT E CIE NTíF I CA 13

CAPíT ULO I

18

1 - A LUTA PE LA VI DA (Stru gg le for life) 18

1.1

~

.J.U~dV . . . . ~... • • • • . . . . . . • . . . ... .. .. .... • . . . . . . .

L./-CAPLTULO 11

1 -

]I. AB O RDh GE f-i DE KON RAD LO Th':::N Z

..

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..

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..

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38

1.1 -

Introdução •••••••••••••••••••••••••• ', 38

1.2 - .Recifes dé coral e laboratório ••••••••• 41

1.3 Agressi vidad~ e "Luta pela

vi

ela 11

...

44

1.4 Hierarquia social . . . Ir . . . .

49

I

1.5 CeriI7\onia1 e háb:tto, C0::il.,ortarnento '

sim-b.ô1ico

.. ...

50

1

1.6 - lUto c inibição - "CO iil,Jortamcntos

l\ná1o-9 0S

à

t·íor <:ll"

...

60

(6)

1.7 Formas de Or gan ização s ocial

.

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65

1.8 LORENZ e a Profis' são de Ot imismo

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85

1.9 - Os Pecados da Ci vilização segundo LORENZ 87 CAP:lT ULO 111 A ABORDAGEM DE EIBL-EIBESFZLD

. . .

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105

1 INTRODUÇÃO

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105

2 pm;-P ROGRA1-1AÇÃO FILOGSNt:TICA DAS PAUTA..s DE CO:·1POR-TAlvillNTO

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107

3 O OPOSTO DA AGRESSÃO

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115

4 "';;.- A AGRESSÃO

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125

5 NOID1AS E VALOHES e , e

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131

6 PERSPECTIVAS • • • • • • • • 0 •

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132

.,..~n""''-' . T"'.r~

_

1- • • ' \ .. -...

-

--J I , l J \. , .L ... - J .J. L""l.'-> ~ ... -" ... ~ _

...

--0' 0 • RESPEITO DA AGRESSÃO

.

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141

C.l\P í TUT.D I V A CONTRIBUIÇ ÃO DA PSICANÍ\LISE - A FREUD E A . EVOLUÇÃO DA IDEIA D~ Ji.GRESSÁO

....

154

- B ./ , E RI CH Fp.OI·m

...

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19f TIPOS DS ]\.GRESSÃO

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...

,; .

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', "

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198

A AG IlliS!..>To ;'lIlliI R-J A

...

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~

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Cl\RÂTER DESTRUTIVO: Sl-.D:LS r·:o

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20G

(7)

c ~rJ~ER D~ST R ~rIVO : NSCP.OFILI~

...

..

"

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. . . .

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209

Ch RÁTE R NECr-6FILO E

o

HO~ , 1EM DO

...

212

CON CLUSÃO

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220

A TEORIA DO G RUPO DE Y ALE

...

..

'

... .

220

TESES CONCLUSIVAS

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' 233 BIBLIOGRAFIA

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(8)

s m ·1ÂRI O· DA DISSERTAÇÃO

Procurou-se carac ter iz a r a ag ress ao do homem rnoder

no que ' c ada vez ma is aperf eiçoa processos destrutivos pondo

em risco a próprià sobrevivência. l~uma introdução histórica.

referia-se a contribuiçã o filosófica de Hobbes, , D2scartes,

Hegel, Sartrc p a ra melhor comp reensélo das ori gen s da

proble-mática da agressão. Num primeiro ca? ítulo estudou-se a

cor-rente científica com aru;,or dagem de Danlin, d e stacanc:::> a

lu-ta pela sob revi vência, pl::::>cesso de seleção elo mais apto CO!7l0

bases da agressao.

Deu-se relevo num segundo ·e · rceiro s capítulos' a

abordage m dos E'tologistas com K. Lorenz · e I . Eibl-Eibesfeld

para os qu a is a agressão

é

inerente a espécie animal e a

hu-mana. No capítulo IV caracteriza-se a contribuição da

Psi-canálise abordando-se a contribuição de S. Freud que elabora

a

noção de um Instinto de Morte tão poderoso quanto o Eros. ,

Em seguida considera-se É. Frorr~ enquanto estabelece a

dis-tinção dos vários tipos de agressao correlacionados com os

de caráter. ~

COIeiO conclus~o

é

exposta a teoria ' do Grupo de Yalu

1 . i ' ~ .. .... i ~ f

-},:./ü ra \) crIa a agl."CSS1 V úilOí.'! e con sequC!n c u. úc rustr(:ço ,~ s so

ciais, a qual c o nsidcrrimos a teoria nui~ oper a cional. Pro p6~

-se teses cOllclusivus q\~C! sulien-t:ar.1 o ~ ; r es ultados principid.~,;

da p c;.qu i~a.

(9)

---=-J

.

l\. PSYC I!OLOGICl'.L S TUDY ON l\GGRESIVItl E SS

sm · ~ · jAn.Y

The paper sought to feature modern man aggresiviness

\'lho rrore and more improve àestructi ve means that put on risk

i ts Ovffi survi valo

On an introductory historical reference, .

phylosophi-cal C 0:1 t::-ib~t.ions . fi.:"OiTl HObbes, í)e scartes, He ge 1 anã S;: · 1-t :r ~ ::l ~~

recalled, aiming to a better . 'understanding of the origins of

~"""""'f':)C'~; ~1; ~,.oC"C' n ' .... nh1 om.=ti-i ~

- ; J : J " - - _ ._ - " - ' - - - J,. - - - • • • • - - - ..

" On the fi r s.' t ·'::'.ch ap ter , the scientific thought is

ana-. "

lysed througb Darwin's approach th~t enhauces the struggle for

life and the process of natural selection of the strongest ~~à

more able, as the ultimate origins of aggresi viness on mé'.n.

On the second and third chapters, the ethologis ts

approach i5 set forth through K. Lorenz anà I . Eibl-Eib2sfeld

tho\1gh ts, according to \'lhom aggresi viness 1s an inhe ren t atri

bute of anir..al v.nd human species.

I

On chapter. four, the psychoanalysis . contribution is

pointcc1 o~t tllrou sh S. Pr.cucJ.' G appro Lt ch \·"h o c]' ~· · :· :~ lo .. ')s tJ,c no ..

tlon of a <1cath instinct · just as strong as Eros. In sequC,ncc

E. Fromm conccpts are enhauccc1 !;tu.~lishing thc distincU ..

on

'of

varJon ~; typr:~; of II CJCJrcsfd. 0:1 interrclcJ.tcc1 \vJ.th 'i:J"!e val'ioú~j

(10)

,

J

.

.

;.

As

a eonelusion, the Group of Yale's thcory, to

\-,hom aggrc~i vines s is a consequ8nec of soei aI frus trations,

1s e>.-posed, be.ing considered by t.l1e author as the ITOre

ope-rative. FinaIly, conelusive thesis are proposed, setting

forth the most signifieant results of ' the su~vey c ar.ried on .•

(11)

-_.-I NTROD UÇj\O

o

aumento dos encontros agressivos, a invenção

de novas e mais precisas ar mas , a ten são geràdu pela gu8rra

fria, os paises falarem em paz e se armarem cada vez mais são

preocupações constantes do hO~8m no século

xx.

Estará

amea-çado de se exterDinar com mai ~ efic~cia pelo armamento

at5mi-co se não enat5mi-contrar um modo de se li.bertar de sua agressi vid~

de destrutiva. Basta abrir o jornal ou sair ~s ruas para se

te~presente nov ~s formas de agress~o com que o homem co n~~~

-porâneo se defronta '. Hunca se' sentiu com tantêl. intensidac.c o

nl"'r.1 .... 1 ""fV' ."!

.. ..

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-

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humanidade que se eS , t~ a.'TIeaçada ~ Não que a história não

te-" . '

. "

nha sido escrita com sangue. Muitas guerras se travaram, mui

tas civilizações passaram. são páginas de lutas sangrentas,

de vit5rias e derrotas.

e

a hist6ria do homem de seus feitos

her5icos, de sua bravura pessoal e seus ideais. A colocação

que ora se impõe

é

que a agressão tornou-se destrutiva

anoni-ma, massificada. O homem tornou-se um número por isso mesmo

na dependBncia de ser dizimado em maior qU~ltidade por armas

de maior precis~o. Basta , apenas puxar o gatiU:o ou o apertnr

/

de um · bot.ão. O inimigo , é tç-.mt.-ém anôni:no. E'I\1 é1mbos os ludos

. ".,. ' "

os inimigos s~o defensores dos mesmos id eai s c ~ ~ a z unive:r

-sal, e at~ professam a crença do mesmo · D~us.

(12)

t •

h agrc ssao est~ prcsente na hist6ria do homem. O

mandamcnto bíblico de amar ao próxi~o já indicaria

ir.~líci-tamente uma ' pri mi ti va inclinação do ho mem para o ódj o. "Caim

manda no mundo", afirma Leopold Szondi (l).

O primeiro assassinato foi motivado por ciume ,

in-veja, vontade de suplantar o outro. Seria natural ao ho mem

sua paixão por destruir. O homem teria uma inclin ação assas

sina, uma predisposição a repetir , sob for mas novas, a marca

de Caim. Continuaria o homem do s~culo XX ma rcado pelo

es-tígma de Caim? Seria port'anto sua herança filogc n f ~ tica a

-..:..---:::---, pu-r

"'~;:'r'U l.1;:;'o.. VC:.L _ lhe comandar agress5es, viOlê~cj , as e 9u ~ rr llS

através da história. Nesse caso, as atrocid ade s tac }-":;r:1

se-~':~.-a rl"""' 9' '':ri~r- ':' .c ... ,- ___ l-...:,...,,;;...,.~_""',...

_.-.. ... ~~ . ... _ ... _ _ ... . __ .... ____

#-.1..---°':)----natural ão horr.em. Pod'eria também a responsab ilid ade da

,a-'gressao recair no meio social e a inclinação só S8

nanifes-taria qu~ndo as circunstãnci~s favoreccss2m ~ oc~siEo. ~ . ~p

-""-":;'

se caso, o homem seria w-n santo ou um criminoso eP.1 potencial

dependendo da educação ou da sociedade em que vivesse.

Ou-tros cons,ideram a agressao com um comportamento iI?ulsivo

que só surgiria em situa~~o de tensão ou ~e irustação, ou

por excesso de privação, fatores esses CJue cC!scnCadCé11:í2!": t~l

"

" ,

(1) bpud Eibl Eib-~sfe1dt hmor y Odío trad . . esp.

Siglo Ve intiuno Buenos Ayres p5g. 5

(13)

I

cOIl\':>ortamento. Ta l r.1otivação comportame ntal seria mais facil

mente " controlada ~t r av& s ªe ma nipulaç50 dps estImulos

exter-nos e por essa raz~o( su~cetIv e is de controle experimental.

Nesta ori entação d~-se prefer~ncia ao estudo da agressão em

situaç50 de labor atóri o, onde é possivel controlar e

mani-pular melhor com as variSveis. Outros argumentam que sao

motivações incons?ientes, oriundas de UDa deficiente vincula

ção afetiva na infânci a. Poderíamos colocar' ain d a de ui7\a

outra forma ' a questão da agressividade. Se o homem

é

um ser

social por ' naturezato outro não lhe seria necessariar:le nte uma

?meaça, ou um agressor. O homem seria um ser ,para O outro,

um

prolongar..ento de seu .pró?rio 'eu. O horr.e,m se realizaria e en

contraria seu eu no ,eutro, ,ou ' s~ja, no altruisr."J e no a mor.

Aclarar noç'ô'es e definir a essência da natureza do

homem é objetivo do pensarr.ento ético e filosófico. O

pensa-mento científico se preocupa, nao com especulações de ordem

metafisica mais com a análise das condições reais do '

" ,

existente. Empenha seus esforços na tentativa de compreender

o fenômeno, isolá-lo de tudo aquilo que lhe foi acrescido

pe-la : tradição, despi~lo ,das teorias, para atingir seu eidós. O

homem como "um ser cultural da natureza 11 (2)

é

mister

corit2,re-I

Eibl Eibesfeldt Amor y Odi o ' ed. cito pâg 17

.

~ - . ~ . .

...

(14)

I

I

r ;

i

end~-lo, conhecer sua motivaçâo, analisar seu co mp ortame nto,

nwna visâo total e uni tã~ia para encontrar uma soluç~o

his-t5rica de harmonizar o home m com a sua esp~cie. Talvez essa

seja a razão de haver tal voltrne de publicações em nosso

se-.culo a re speito do proble ma da agress~o. O início do século

· XX ~ considerado o marco de renovadas pesquisas a respeito

da agressao.

I Situaçâo Hist5rica

Para situar melhor a questão abordada é mister com

T, _1_ ' _ _ _

J.1U.o..J.l-JC~ • ,

~

\.L. . J (;O o y,... ... .; ~..; ... ..., - ~ - ,

-_. "~

_____ .-.J.'._ ...

4~..:.."-u

- 1.679). Seu sistema de idéias expressa a concepçao da

"natureza insoc~al e agressiva do ho mem. Reflete o

mento do Ocidente desde os escritos de Arist5teles, Santo

A-gostinho e . de Calvino. Foi um estudioso da revolução

polí-...

tica que se desenrolava em sua cpoca. Foi um observador e

. não um atuante. Carlos I foi executado em 1649, ~obbes p~

blica o Leviathàm em.l.651, seu interesse era de conhecer a

natureza do homem e as razões que o levavam a viver em

cole-tividade. Nesse sentido foi um psicólogo social. A idéia

de Hobbes sobre a natureza " hurr~na ~ a de algo purarr~nte

me-cânicor onde os corpos sao porções de matéria que se movem

no espaço e no tenipo, tomando a concGpçao física do mundo do

século XVI I e transpondo como IT,odelo d a na turc~ za h U li1~ UJ a .

r:

seduzido pela ci8ncia dê Galilcu, o~~e o movimento explica a

(15)

I

I

:

f

!

natureza. Também Herácli t.o· já a firr:luva que só conhece mos os

corpos em moviment o e tu~o que existe

é

movimento. Hobbes

distingue aquilo que faz parte da natureza do homem, daquilo

que

é

fruto da experiência. Porem considera mais

importan-te, e mais caracterIstic as , as atividades desenvolvidas na vi

da social. Inicialmente, assina~a-se tentativa de catalogar

as tendências herdadas ou os impulsos natur a is, porém foram

logo abandonada por ser i.nfrutifera. Influenciado pelo

pen-sarnento de Aristóteles descreve, CO)",10 expectativas

psicológi-cas, mas de busca de prazer e fuga

·i

dor. O individuo proc~

ra satisfazer suas necessidades de fo~er sede, sexo, temor e

on;'-;'I""\

_._---

"""'...,.

_ .... ___

-,...._..:_~-,.:)- ..t-_~_""";'_.

- 1' ..

E a satisfaçao de se~ ego1smo, e a busca de seu bem estar pe~

---, -~ .--

-

,----

-~ua~ yu~ v ~cv~ Q ",,--U Htr:,.,.

._--

'\r· C":'

...

,,~ ~

..

.. Ir.,,;;.1 ...

_- -.,-

\,..LV

_ _ ~ _ _ _ . , . l - .. _ _ _

~~ ... '- .. \.; · ~",",,'- .. v-i:

. . / . . ~

homens haveria o choque entre eg01s mos e emergeria seu

esp1-rito de luta. Incessantemente lli"TI atacaria e se defenderia do

outro. A vida social seria uma luta cOnstante. A

esperan-.ça seria reunir-se numa comunidade organizada onde ~ada um

abdicaria de seu egoísmo primordial, do prazer de roubar o

outro,para tar~ém não ser ·roubado ou agredido. A natureza

humana seria primorcÚairnente

ego{~ta,

agressiva voltada para

a busca do prazer e na defesa de seu ego{smo o homem seria o

lobo do homem • . A sociedade seria uma organização social

'ra-cional que defenderia os individuos de sua inclinaç50

na-tu!: <,-:l. O rn~ do a o Estado faria o indi vi d\.:o obede cer.

Daí

por

que os sistemas puni ti v'Os serem adr.ii tidos como controles

(16)

I 1

f

.

.

.

cessãr i os, t an t o n o di r eit o do Est a do como nas relações

in-ternacion a i s . Adepto da mona r q uia, não porque sua autorida

de proce desse de d i re i t o di vino, ma s porq ue o monarca encar

naria a vontade e os valor e s daquela sociedade.

I I Ori ge m d a análise obje tiva do c Or:!? ort amen t o anima l

Em psicologia n a o se conseguiu ainda u~a unid a de

de concepçao. Dirían~s com mais ' acerto que nos deparamos

com várias psicologias. 1:; legítimo -defini-la corro ciencia

,do co~portamento, mas i mediatamente coloca-se em questão d~

. portamento. Trata-se de uma série de atividades específicas

-

.

,....~"""'~,,;I""" r,, 'r."\ """"''''''' ''''"'''''-"r :.,....,,0""" ... " ; "f""\ C ~..; ,..., . ; - ; ~ r r'\ """'C:;)C""'" '-=- _ _

---_

.... ~

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-

--- .,-

-

- --_

..

_----

:-..

_-_

....

__

... _, ; : - - -~

---dores distanciaram-no do co~ortamento inteligente, que

so-ria específicalnente humano. Halgrado a influência de

al-guns cientistas, a noção de com?ortamento abrange hoje o

comportamento animal, como o hTh~anot em seu aspecto

,instin-tivo e inteligente • . Na reflexão filosófica Aristóteles

combatia a física pré-socrática e o imanentisma platônico e

procurava definir a alma sob o enfoque biológico, a alma

como causa e princIpio de todo ser vivó. Existiria análog~

mente nos animais e no homem. Nos animai s . de finir-se -ia

cc

.~,. ",

.. :;:,.

.~. . ... ~ -:- ~ ".

mo sensitiva, apetitiva e motriz.

. - . ~ .:~~,. .'."

No homem como intelecti

va e força de tod o poder r a cional. Em s e u v a sto inter0ss8

nao deixa de escrever uma história natural A História

6.

~'.

..

(17)

!

I

1

d o s l\nimais , "As partes dos l\nimu.i s" , liDa Gr.=raçã o d os ]'.ni

mais e ainda r:a t, archa dos l\nimai s " e "Sob r e o Mo vimento

Ani ma l". Foi n e s se se n t i d o o pri m2 iro o bse rvad or siste r.,á t i

co, o primei ro fisi ól ogo , bem c omo o pr i rce i ro e tólo go. An

o-ta que os h ábit os al ime no-tare s v a ri am de espé ci e p ar a e spe

-cie e e s t e s hábitos dete r mi nam d i fe re ntes modos de vida. Tr a

~os como d o c i l idade , f e ro cidade , cor agem , saga ci dade , int e

-ligê nci a estão pre s entes nos a n ima is, le Qbr a ndo a presenç a

desses me s mos traços no homem , di ve rsifi cad os e m intens id

a-de. Nota també m semelhanças or g â n icas, o que lhe permi te

estabelecer analogias. Suas descrições tem um s übstrato

a-- a~átomoa--fisiológico e passa da orden fís :c a a continuicad e

sições. · O ani mal i~á atua,lizar també m a s p otencialida des éS

sua espéc·ie.

, "

....

Suas obras vão influenciar todo o desenvolvimento

da história natural desde a Antiguidade. Na Idade Média

,

suas obras foram traduzidas para o árabe por Avicena '

(980-1.036) para o latim por Miguel Scot (s~c u lo XIII). Na ida

de 'média o interêsse por animais era apena s na ilr'1uitetura

onde suas figuras decoravam p6rticos e f achadas e na

narra-t i va ' annarra-tropomórfica das ,fábulas. . O ani mal e;:istia em fu.T1-

.

' /

ção ' do homem mas sem características próprj,·a s e mui to menos

... 1. ,' ..

psicológicas. t # ... ~_ ' .

(18)

~ "

Na Renascença, Mo~taigne vae tecer longas con s ide

-raçoes aos cos tu~es dos aninais , porem sob o aspecto

aned5-tico, apesa r de suas penetr antes o bservações. A

inteligên-cia anima l faz parte integrante de seu instinto, e no fundo

nao p a ssam de seres absolutamente instin t ivos. A noçaode

instinto, ele a retirou dos est6icos, equivale a alma

sensi-tiva aristot51ica. " Confunde intelis~ncia com instinto e abu

sa do antropo morfis mo como força dê argwnento para provar o

valor da inteligencia humana. Não des r.1e rece seu roeri to em

reconhecer

a

existência de um psiquis n o aninal.

No século XIV Descartes concebe a teoria dos

ani-mais máquinas. O homem seria o ~,ico ser que poderia

di-zer "eu re!1S("l"; ÕOtA.c10 ÕR psichê e de alma racional-espiri-

--tual. Os ani mais "não agiriam "por conhecir.-:ento, mas

unica-mente por disposição de seus órgãos" como afirma no Discours

de la " Hétl)ode, (5a parte ,Oeu~s Bibl. dê la Pléiade Paris 1952

--págs. 164-165), (1) .Seriam autômatos e existiriam como exten

soes geométricas, portanto dotadas

ce

movimento e -

explica-veis pelos princípios mecânicos. O animal descrito na

con-cepção cartesiana

é

pura abstração, seria um "sistema de

ór-.9ã?S

coordenados por um psiquismo ausente 1\ - (Thines pág .17)

(2) .Contudo esse rrecanicismo influencia a psicoiogia animal

·at5 os nossos dias. "No caso, o estudo do psiquismo anilnal

em situações n~o reais de exi~tência, como o bchaviorisrno c~ "

tri-.: o d8 Locb c de \"ats on. Noções co n:o instinto,absoluta IT!c ~

te di sso ciado da intcligênc1a

é

U !1lêl rctom.:lda de conceito de

(1) 5 a . partc,O~uvres Pl&i a dc -

pur -

Paris 1952

p~g s . 16ft/1GS.

(19)

t

I

o ,

ani ma l-máqui n a de D2sca rt c~ . Da me s ma for na é Descartes o

precur s o~ . da teori a pavloviana do con di c i o name n t o. O

re-flexo ~ re a ç ã ~ autorn 5tica . dissociado de qualquer intenção.

Em condiç ões arti f iciais d e laboratório, desCITtiJCnha ativi d a

des que s üo ta mbé m artificiais.

Ser& com David Hurne (1.7 38 ) q ue o psiquis ffi o

ani-mal será conside rado C0!110 d es e llpcnh a n d o ativid a des ser : ~l h(m

te ao do homem. Há semelhanç<:!s entre a ação do aniJ"r.al e

a do homem. Alterando-se as circurlstâncias, tam1:X;m o

ani-mal

é

capaz de modificar sua açao.

Condillac vae · retorna r o perisarnento cartesiano

a-_ a-_ a-_ a-_ a-_ ,.;J,-.. _'t'\J-r. - ____ ':: _-...- - - _ . : - - . ,

,-,-"."-10.04 ... ...., """'\.4\,.;...,j ~, _'-_~. ~. <....J UJ,4..Ll l. (..4.J"..

psiquismo animal, estão ao }:leS :1"".O te J:.?o base a ndo-se Eele.

A descrição dos cos turr.es dos animai s enCO:1tra em

. I,

. Buffon seu continuador, nos seus 36 volumes de Histoire

Na-turelle"publicadosentre 1.7<19 a 1.788. néaumur escreve " I-:2

moircs pour servir

ã

'1' histoire des i~ · sectes 11 e a I.'Histoire

d f o I1

. es ournues, alim de outro~ trabalhos, trazendo a

ciên-eia o estudo dos invertebrados.

Has o estudo do psiquisr.1o animoal só foi realmente

possIvel no.s~culo XIX com a teoria da evoluç~o de D~rwi~, ~.

grande naturalista c eminente teórico. O desenvolviDcnto do

psiqui srr.o an ir o~a l e c o roJ.5.rio do dcsenvol vil\"; ; l1to hU ír.ano. f:

a evolu\~50 o elo da conUonui<1ade biólógica da escllIa nOfi se!

(20)
(21)

ser para "i

2.

verd ade ( no outro e n e las ~esma :, 11 ( Phcnor.·.2 no

-log ie de LI Espri t - trad'. J . IIyppoli te - 'romo I ( pág . 159

-Aubicr Paris 193 9)

A relaç50 para c om o outro o bed ece pois u ma

rela-çao de do: nina ção e servid ã o, é a famosél dialética do s 0.nh or

c do escravo, de tão fundas r essonâncias no pensarn2nto ma

r-xista.

Todavia Hege l n a o afir ma rá ser o confli'co a forrr.a

necessária de relacio namen t o humano I.

é

apenas u rr.a e tapa

ne-cessãria para a auto consci ência ou r a zão, e tamb2m uma

e-tapa da história da h uman idade co mo insinua na Penon:enolc:i

gia.

... -.-, --~ .

-.ci. vu....:..\...iJ....L .l'.,, ~ '<"u.v ~~ agr~ss~~~a~~~ e

-dade da liber-dade que

é

o homem so se atinge pelo p '2rigo de

morte desfrutado na luta mortal com o outro. ~ 'só pela oro

.

-babilidade . de ser destrurdo pelo outro q ue atinjo a certeza

.-do, meu eu. Não pela destruiçâo do outro, mas pela

exposi-ção

à

morte pelo outro. A compGtição agressiva

é

um meio

."

de auto-constituição da person a lidade e da sociedade.

Não há o menor rcpr:oche

ã

agressivic1acle no

5i5-tema hegeliano;

é

a fonte da verd~de, da liberdade, da

per-sonalidade, ,etapa necessária no progresso do Espirito paxa

o saber absoluto, c o homem uevG nec essa riu Jn~ nt.c cng<1jé:lr-sc:

numa situ aç~ o conflitivé:l.

(l) Ph e nC':-: :: !1oJOCj.lC ( 1.:~ L 'I: s pr:l.t. - b~Gd. J.

JJY P1JlJJ.itc - '1'01:; 0 I, 1:'7:<). lS~- 1~\liJv.i(;r Pú.ris

l~ 39.

(22)

I'

.

'

·~

.

I'" ~ .... - - - " ' . , . ...

-I V A Agre ssi vidadc em Sa r t r e

Ap e sa r do ex i ste ncia li smo, J. P. Sartrc ~ n es te

ponto um hegc li an o c on vic t o. O s e r p a r a -outre m ou seja, o

relacionanen to c om o ou tro de v e s er v isto "na. p e rs p ecti v a ' do

confl i t o". "O Conf lito · é o s en ti d o ori g in al d o . ser-p ara -o~

trem" L' ~ tre et le Né ant -G a l l i ma rd Paris ,19G5,pág.431.

(l) •

O outro ~ para S a rtre rre diad or absoluto para rreu

eu.

t

pela e>""P eriência àa s limitaçõe s do ou t ro que de

scu-bro' as do Qeu eu. Não sa be ria que sou covarde não fora a

-:" - _. ' . .

uv V U l . . l . U . ~ sobre o pano õe fun d a do outro que se

para mi n ha desco be rta, el e

é

ao mes mo t emp o W"!la a..".1eaça. Sua

simples presença, seu ol h~ r trru1sforma o sujeito que squ e m

objetó. Há pela presença do olhar do outro uma hemorragia

do ser, escreve Sartre. As coisas naturais que se organiz~

vam em torno de miM eram p~óximas, valiosas, ou distantes;

pela presença do outro tornam-se valiosas, pró x imas, etc.p~

ra o outro, centro do Universo, diverso do meu; e eu mesmo

passo a ser um o~jeto no universo do outro. O outro repr~

senta pois wn perigo para o eu, e todas as tentativas que

faço para cO!TIunicar-mc com ele através do amor, da linguc:i

-CJ~m, por excr.i? lo, final! z<::,r;. num fracasso. Ho ar.'.or nao

en-co n\:. r :J o outr o, m.J.s d a d o que a f o r r.1i1 de minha r c la ç~ o com

o outro

é

o conflito, Qnc cn tro a pe n ~s o out r o tcnt~ nd o rr~

objetiva r. E ó a mor é n 50 abertura pa ra o outro, ~ a s o g o ~

(1) LI r.tr c e t 1.0. ,l0a nt-C,.11i !'1il r d - Paris , 1 96 5

p :l <J. 1131

(23)

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...

_

...

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..

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tar de ' ser gost éld o, c .seu e>:e n"L)lo ma is fiel e

...

a sub:ni!>

sao canina ~o hor::em e n a o UiTLl relação entre dUéls pessoas.

A pré?ria linguage m nao

é

instrumento de

comunic~-çao, ente'ndida CO!7\O o conjunto de fenômenos de expressão e

não apena s co~o pal a vra articuladu. , há uma frustação. Conce

bida para comunicar , seu sentido nao e s t~ nela, ' mas n6

ou-tro, que por seu olh ar petrifica o eu , nW11 momento de sua

duração, como petrifica um dos sentidos possíveis da

lingua-gem que minha,pessoal passa a trair-me,a ser do outro e seu

sentido

é

este ser do outro tentando ser do meu eu mais ínti

.mo.Na próp~ia linguagem,instrumento base de concórdia, cor:1Un~

h,...,MOl"l 'o: ,

-- -..

-_

... " -

..

~ .

"" - .l '

~.:::. ~ \.e~~!::;. ut:: ;:,c.L L. ' ~~

c

(So!Jre

/ ' .

~t::

a 'p'ossi

-,

-.L c..:.

Dialetique , ccnsul t:a,F

o

l\pêndice I : nA Concepção da

Lin~ua-, "

gern" 'in Sartre - Metafisica e Existencialismo de Gerd A. Bornheim, Perspectiva, sâo Paulo, 1971).

V A Corrente Cicnt!fica

Na corrente científica destaca-se o vulto de Char

..

les Dar\'.'in. Vae exercer notável infl u ência -na ciência do

comp.ortar. ~,,"! nto ao introd1Ízir suas pesquis~s acerca das

Publica

(1071)

(24)

ca s do processo da se leç ~o . natural dos vertebrados. A reper

.

CUSsüo de suas obras se faz sentir na s pe squisas deste seeu

..

lo. Traça · as .li nhas ~est ras do que deu origem a Etolo gia ,

isto c, o

-

~'e studo co;nparado do com?oj: t õ:l17en to" (EiblEil:cs

-fcldt). Etir.lologicar ~ 2nte significando "co stur.le" , hãbi to" foi

desenvol vida c o mo ci in ci a das adaptaç6es filogen~t icas do co m

portarne nto objeti yo anima l compa r ado , p or Konrad Lorenz •• ~.

(1935) Nik o Tinbcrgcn (1937) e Irin aus Eibl-Eibcsfelf.

Em seus tra balhos Da rwin procura de D o~strar a

con-tinuidad e biológica entre os vertebrados e o hO~8m, ambos se

Suas o b servac5cs cu i

dados as procuralTl aco!"?ar.:Lar a evolução c.nátoGo-fisioJ.óSica,

a vida ps!quiC~t 50=ial . e ~ora l do ani~~l e do homem. Ent~e

maior comp lexidad e, ~ as n50 diferença de natureza. A maior

com~lexidade seria resultado de sua herança ~iológica mais

I

evoluida pelo processo de ja pel~ result ad o da luta pela vida. sobreviv~ncia A agressividadc teria do mai s apto, ou

se-!

origem portanto nél luta . pela vid a , seria n a tural uo animal e

ao homem. Se estivesse a serviço da conservação da espe-

-eie, seria ~til e necessária. Todavia só o ho~em pode"ria

desviá-la de sua finalidade natural, e pervertê-la. Na·,

re-produç50, por exemp lo o home m seria o Gnico animal que

e~co-lheri a sua corr:p<:n!)2 ira mo·..,ido por outros pJ:op ô s i tos que n üo

a fêr.lca r;wis aptil c b~n c1 0 téldil s e néti cé1!:icn te p a ra a rep

(25)

1

f

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...

,-'"'---

-

_._---_

...

_

...

p&cies, procura d emonst r ar que as tc nd6ncias ins tinti \72.S ,

.

p~lo proce sso de seleç5 0 e adap t aç50 ao me io, deram ori gem

~s carnc tcristicas pr5prias do homem. A org a nizaç~o

so-cial, a simpatia , a c apa ci dade de amai , as atividades psic~

15gicas situam- se n um conti nuo da escal a , do mundo ani r:~a l

2.0 humano . Os v alores do bem e do mal tiveram origen do

instinto soc icü . Ap oiase nu :na fund2. me ntação de continui da

-de filog cn6ti ca. As tend~n cias in atas , os instintos, as

adaptaç5es adquirida s atra v~ s de ,geraç5es s~o transmitid a s

hercdit élr i aí ,~ ente no processo ce evolução e sele ç ão do ma is

apto, pode ocorrer ocasion ai s mutaçoes que seruo por sua

vêz

tran sni tidas

-

as gcra~ces

-

pos~ ...erl ' or e s. Danlin des sa

forma coloca o homem na nat ureza, dR qual se tinha dist DDcia

Lorenz, Tiri ,~ergen, Eibl-Eibesfeld cOli.tinu~71

desén-. "

volvendo o _estudo comparado das pautas de conduta do

ani-. mal, do horrani-.em primitivo, do selvagem e do hon:etn civilizadoani-.

A ênfase continua a mesma de DarVlin, os homens diferem dos

animais em cO;T:.?lexidade, en grau. O home m desenvolve una

\

superestrutura aditiva .a ,sua condição o~iginal~ exigência ~

daptativa de sua Robreviv5ncia. A moral ~ d e corr&ncia das

normas sociais~ A cultura, a~ ci~nciaR e DS artes SQO

a-prendidas ou sao cria.d~% co:;,o formas melR«?refi aclcJ.ptildas. " P~

prcsentam portanto w~a continuidade d a s ncicessid2~es

(26)

t

. I

tóri a d a h WlliIDi d adc , todi1s ' él S SUi1S asp i r ilçõ es e r ca l i z a çõ '~ s

hWl1a nas n20 paS Sct ffi d e um c onjunt o mais co mp l exo e el abora

-do de f o r mas à e s a tisf a ções -do d e ter nrinis mo b i ol5 gico di1 e~

p é cie. A evol uç ão

é

i T".p líc i ta ou exp lrc i tar.1cnte for mu l il da

corno a Gn ic a ci~ nc i a , e a b so r v e to das a s ' de ma is. A a g r es

-s ã o é co n -s i d e r ada C O ;7;O U I11 ins t in t o fil o CJc :!é tic u.J~2 nt e p r o g ra

mado que p rocura oC i1s i ã o par a d e s c a r regar -s e . Lore nz f i1 Z u

ma disti n ção entre a g r e ssivi dade inte r- e s p é ci e s e , i n t ra

--espécie e observi1 qu e só o homem

é

c aüa z de d es truir e

matar dentro de sua p rópri a e spé c i e. T oda ag re ss a o ~ bio

lógicamen te deter mina d a e se expr e ssa d e for r.:a con stru'c i

-'la em prol da e 51')& ci ~ I s e se mélll i f e .s t a ê e s tr lJ 1: i \ .T~r. ( :? n t~ 0. .= ~ .T~

-se pesquisar o porsu e d e estar d e svir tua da. Na sua for nu

-.. . ~ ..

~ ~ ..:... ~::..:. t,.. :....: -.:. ;~!.:!

nao existe amor se ;"!) agressao.

Além dos etologistas encontra í.LOS Si.gmu...'1d Freuc1

rnitindo a agressivid a c1e como impulso n a tural do ' homem. Todo

homem t.eria por nature z a, inclina ç ão assassina a qual

dis--simula, porque no fundo todo filho quereria matar seu pai,

comê-lo banq\lcJ.:e totêmico para adquirii suas virtu

des. Não o mata porque um dia será também pai.

01\RHIN enfatisa a importiincia de se estabelecer

laços de soliedariednde condição para se formar u ma comuni

dad c ar. i ma l ou hu mana •

port itn c .l..J de es l. <:\l,J l: lcce r VinC\llaç ii o i n tl.l. viduali. L-: ad,l CuH a

(27)

mae na t enra infância , prognósti co de futuro ajusta ~e nto

social. Seria necess5rio estabelecer aq uilo que Erikson

ch amou de con fiança pr i ~ordial ou ori gina l. Seria em ou

-" t r as palavras a c apa cidad e de confiar e contrair amizade

amo r , que se estabelece ria na tenra infância . Estes

auto-r es , junto com Eauto-rich Fauto-romm o disci pJ lo de Freud, sao os

p o ntos de relêvo na orografia do te ma e sobre êles nos de

te remo s, e numa breve conclus~o proc uraremos estabeleceras

pre missas de uma avaliação

de

suas pesqui s as .

0' 0 •

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(28)

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Cl\PJ:'l'ULO I

A ADOHDl\GEn DE Dl\ R\ H N

Na preocup aça o c ent ral de e)~licar ~ descen ~~n cia

do homem de \~a esp~cie · ani~ a l inferior e demonstrar as

di-ficuldades que enfrenta para perp e tuar sua descendência, foi

Darwin o pri meiro investi gador alheio a me tafísica, a

as-sinalar a agressividade r:1anifesta na "luta pela vida". (1)

1 - A LUTA PEL~ VIDA (Struggle for life)

TJm nrl rr:~ ro i !!'.e nso C,8 seres estão rLa.sc~nào a cê.dê".

instante. Dentre eles, a;?enas algU:."""ls tê m possibilidade

c.e

--,---.--.-:

...

_-~"'"'~ .... ' - v..!.. Vr=.I_ • 5e ã ~â

das; algumas ~ão comidas pelos pássaros, outras perece~, e

somente urnas poucas terão oporttmidade de g~rminar.

Qual-quer planta luta pela vida, enfrenta a secura do solo, as

. intempéries clir:1ãticas, a concorr8ncia com outra erva que

disputa o mesmo local e até mesmo com a sement:e de sua

pró-.pria espécie, procuran'!-o ser mais forte, vingar por prir::·::!i

ro.

(1) Citaremos suas principais obras no capItulo palas

5i-glas - D.lI - A Ori gem do JIomem a edição US<1.Gõ. v~li

citada na bibliografia

cies a ecli.ç~:o utili zu.d a está na bil..>liografio.

(29)

l • • !." !.

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• ,1 I1

+w ....

o

passu ro uté chegar a idade adulta e

reproduzir--se iniciando novo cI rcu lo de vida, destruiu para sobrc

vi-ver muitos graos e insetos. Lutou pe la fêrrea, talvez mesmo

em combate tenha ferido mortal~ente ' o advers5rio. Lutou eon

tra o rigor do inverno, o frio, a chuvà e a escassez de aii

mento. Os passaros, seus ovos, seus filhotes por sua vez,

suo presas de gaviões, gatos, cobras. Ressalta aos ol hos

que um ser vive as custas da destruição de muitos outros se

res. Cada indivíduo, cada espécie para sobreviver

empreen-de a todo instante a 'luta pela vida".

Os seres vi vos, plantas, animai s e horc.ens ten dem

a se multiplic2.r rápidam'2ntc . A tendência tanto no reino ve

_ _ J- ... ~

l H - , n J .. U~.~Ul(

--'

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... ~ •

Danlin, ' seria da reprodu.;:ão geoEtétrica.

... t""'\~

t ; ' - - .

Tal seria a proli

feração em cada espécie que em pouco tempo nao haveria

con-dição de sobrevi vênci a para nenh Uj"il ser.

A reprodução geométrica de um único casal .poderia

em pouco tem;? o povoar a terra inteira. Na espécie huma!1a,

ou até maSDO na espécie animal, nos ca~os onde "a reproduç~6

é

m~is lenta! cowo com o elefante, este dobra em núr.ero em

25 anos. Calcula Darwin qu~ um único casal tendo três

ca-sais, em quinhentos anos haveria 15 milhões de descendentes

desse par inicial.

1-1\.1i tos SéiO ' os ' obs tiÍculos à "mul tipli caç5o. O cli liVl

as estações, Duito fri~s, os lugares sujeitos a secas ou cn

(30)

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I

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f

!

c hcntes pcri6dicas . No rigor do inver no de 1.85 4-55, ci ta

Darwin , c inco sextos dos p5ssaro s de suas terras perecera m,

viti mados pe lo frio c ons tante e prolongado e a f a lta de

a-l i mentos. Entendida em sentido amo lo, · a luta pel a vida in

clui também esse asp e cto. As epidemias, a press a o da

exi-guid ade do espaç o t amb2m sao aspectos da luta p~la vida.

Dar\-!in coloc a a luta pela vi d a como necessária

à

natureza pa ra freiar a proliferação que l eva ria todos os

seres

à

destruição. O .i.ndi viduo para subsistir destruiria

outros pa~a arranjar me ios de alimentar-se, garantindo a

sobrevivência de sua espécie. Entretanto

~ ~ a outra fo r

ma de lut ~ rel~ vi ~a . v i

-espé·cie •.

intraes p~ cie na moderDa no me~c ~atu~~. A l ULa

e

tanto ma1 S

violenta porque se ' tJ;ava entre indi viduos que lut.am pelos

...

mesmos interesses. As sementes de trigo lutam entre si.

Germina antes a que encontra melhores condições de solo, é

mais forte, mais aptai luta com outras ervas para impedir

que nem 'Jerminem, nem cresçam em seu lugar. As mais

fra-cas acabam perecendo • . Sen a luta intrae sp écie, de

termina-do ser alcançaria tal quantidade num5rica que chegaria o

rnomentoque faltaria a toda aquela espécie alimento,

espa-ço,

isto

é,

condições dé sobrevivência.

Os animais àon;8 sticos os quo te

riam mais condi çõe s de;: l 'e produzircln-!::~, sem obstáculos

no-turais. Por ra zoe s diversas, os seres e m cati'!ciro SélO

..:> ,.

(31)

i

1

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i-r

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.

.

..

~

mais prolí fe ros qu e: em esta d o selva ge m. A pri meira vi sté1

parece q u e s e r iaD b 2n e fici ad os . Nâo t e riam que

e!lfrenta;.:-os peri go s do me io 1 res te . Contudo, de param -se com outros

obst5culos. A v id a seden t5ria , a alin ~e ntação inade quada ,

o cru ~ame nto sel e cionado ten d o em vista outros objetivos

que não a r eproduç~o melhor ~ esp~ ci e, atuariam reduzi n do

de mui to em lon gevidade e e El nume ro.

Tarn~~ m nao ~ a qtian tidade de descendentes que

de-cide da existência ou nao de dete rIT~n ada espécie. A mosca ,

por exemp lo ,Geposi ta uma centena de ovos, o con do r, Q:t par

deles e outros como o Petrel Fulrnar (procellaria Glacialis)

só um ovo. Por estr anho que pareça esta é a esp9cie mais

quilibrar as causas de destruição ce sua espécie. Huitos

pássaros n~o ,têm condições de proteger nem seus ovos, ne n

os filhotes. Estes estão mais expostos a destruiç5o. Cada

ser está vivo em razão dos co ~b ates em que sai veflcedor.

A luta pel~ vida tem ainda outra conotação, a

depend~ncia rnStua mantendo ' o equilíbrio das eSD~cies na na~

tureza. O pássaro necessita de grãos e insetos. Os

inse-tos são úteis no processo de trans~issão do polém e COTI'O

consequência os frutos e a semente. Os pássaros al~n ' de

comerem, carregam a semente espalhando as 'esp8cies, contudo

ins - ~ t o:; e n d e I:1ét sia prejuc1 ic a :11 a !;Jlanti1ção . . O equilíbric se

faz necessário, os , ~equc;nos í\nir:'\a is' , silo presas dos n aiores

' o o hOlõ1CI1I a todos des troce f; é1 vitória do ser mais orS Llni

(32)

concorr6ncia . O equilIbrip das forças ~ da d o pela lut a pe

-la vida. ~ vit5ria

6

do ser ma is apto e mais organiz ado ,

que por sua vez ta mb ~D necess ita de adequado equ ilIbrio.

Pequen o nÚ l rr ~ ro de seres d<2 cada espécie e de cada

geraçao cons egue vencer. ,1\ lut a pela vida desep.~Denha

fun-ção equilibradora, ~antendo ma is ou rr.enos constante e

pro-porcion a l o nú ~e ro de seres de cad a es p~ cie.

t

im?rescindí

vel para permitir a contin uqção da vida. Age como uma

sor-te de agensor-te modera d or da frenética multiplicação geometri

ca dos seres.

1.1 A l ~La 0e lti vi~a no pro c es so da evolucao

A seleção natural . ' ~giu se r:1:.Jre no sentido õe

eli-minar as caract er I ~~i cas inGt~s ou desnecess~rias i

espe-cie e perpetuar ~aior relevância. Um dos principais

agent.es

p~ra

, a

~o ~~

bução

de seu objetivo

é

a luta pela

vi-"

da, a vitória do mais apto.

"O hOr'.1em e· todos os outros vertebrados foram cons

truidos sob o m2smo modelo" (D.H.21) sua constituição fisi

ca, corpo nGsculos,

-

orgaos, bem

-

co~o as faculdades mentais

evoluem daquelas que o animal inferior possue em grau mais

'.

rudirr.cntar. N50 querer' adr:1i tir sua origer., do animal

inüi-rior prova que o ho me~ prefere, em seu p~eçQnceito de

SU?C-,rioriLli'lde , Ccsccr.der de

'':<

~.; r superior, ~T1 ;--·' <_l\u. - · (!f:U S , õ.

ter como ~ncestr a l u rra for~a menos evoluida que ele.

(33)

o

process o cvo~utivo, nao

é

apenas result~do da

adapta ç~ o, " mas prin c ipa l me n t e da sel e ç~o n a tural. A adR~

taç5:o e>:erce e fe i tos "mui to fracos" (DH 29). 1\ tran s mi s

s~o heredit5ria ~re sp ons5vel por rnodific a ç6e s quer insi2

nific a ntes, que r as mais i m?ortante s, confo'r ~c a seleção

natural determinar. No plano das faculdades mentais, Dar

win assina com Galton a trans missão de características

adquiri d as, da inteligência, do gôsto, da corag~m, do bom

ou do ~au car~ter. l;OS ani mais dOF,ést"icos consegue-se a

transmissão de determinadas características, mais úteis ao

C/óser

va-se no " hom~m a ~r~ns m issão heredit~ria de certas

disfun-dos, ou é1 esqui:c.úfrenia (;!m certas fa ~ Ilias, ou a genio

r.1U-sical e~ " outras. As ·causas da variabilidade ainda sao obs

curas.

A lei da seleção natural

é

reet5dica. U:rr.a 'conuni

dade de homens ai tos. dará origem a outros hor.~ "2ns, tamb.2D

altos. Certas ocu;:-Jaç6cs utilizam r.ais determinados

or-gaos, a frequ5ncia do uso torna-o ruais forte e ~aior, o de

suso enfraquece e atrofia o 5rg50 ou ti função. Desse mod.o

afirma que o uso desenvolve o 5rgào ou a f~nção e o

dcsu-so, atrofia-o. Os filhos cJe operários teriam l:lãos l!1aiores

que G .... itrcJ.~; cri ill1ç<1S ori ul1c]cJ.s de clé1s~:e não opcr5riu.. O 1, '11""'\ r:. " " -....

-mo acont(~ce com a soL~ do p\S: nUr:lcJ. cC:;1UnidcJ.t1~~ em <luC

solici ta r. li.l i 5 o u s o do~

~

P(~ G I élD

(34)

com a pl a nta d o pc ma is gro s su . Obse rv.:l que o do scl V2.

-gcm difere do civi.l iz ado . lI. tendê.lcia dcste é

à

atrofia cn

quanto o do selva gcD .:lprescnta ainda n capacidade de

pren-são existente no sImi o, o que lhes facul~a maior agili da

-de para subir em arvores . Os esqui m6s acr~ditélm que o

ta-lento e a destreza na pesca da foca são heredit5ri os.

~es-mo se o pai ~es-mor re antes de ensinar ~o filho a arte da

pes-ca, este herdar& a virtude do pai. Infere' Danún "tanto a

aptidão mental, quanto a con'formação do corpo parecer:l ser

he redi t&ri as" • (D.H. pág. 30) l'.dr.ite ' portanto CO ;T\O

prova-vel a trans r.~ssã o de caracteristicas h0reditárias e

adqui-r 'iâas. Cons't:ata d~s pela obSerV2.ç28.

do

íaculc&d.e s r.ie n tai s., te !:1 naior

vo-lu.'TIe de cérebro que ,,aq uela criada em cativeiro. Isso

por-, "

que a lebre dorr.é stica usa menos sua inteligência, sua aten

çao seus sentidos, que a outra, a selvagem que deles depe~

de para s 'ua sobrevivência. O uso das faculdades mentais

a-carreta portilllto maiór desenvolvi r:lento do cérebro e da

cai-xa craneana. O crâneo.de idiotas nicrocéfalo~

é

renor e

as 'circunvoluções menos elaboradas. t;estes, a atividade

' mental deficientc acarreta di ficuldadcs na linquac;er., na c~

"

rnunicaç50, a atenção

é

prejudicada; tendcr:t cemo os sínicos

à

imi tação. Em certos casos a marcha

é

in s,tf'JG 1 , requcrc~

pê los asr;cJr,elhundo-,se em mui tos ~~rccto~) aos tlni f,lLI,J s in

(35)

i

f

I

f

r i o res da e s c a l a 2 v olu~iv a .

Uma p a r ada n o desenvol v i men to embr ion ár io ac a rre ta

ta mb~m um r etorn o ao atavi s mo . Es tr u t u r as an álo gas , mas

ontoló gi c a men t e Dais p r i mitivas r ess u rge m em cert a me di d a ,

mostr ~ndo cara cte rí sti c as do a n c est r al c o mum, o s ~ r:u.

..

.

o. Do

me s mo mo d o que o s de d o s " adi c io~ a i s , as ma ma s, oc a si on al ~ 2n

-te a p arecem no h o ~ ~rn ou na mul he r, e n cont r am a mes~ a expli

-ca~ao. Tal anomal i a , c a rac t e rí s t i ca d o an c es t ra i p rici ti vo

~e~ia r e s p ons&vel pe lo f e n5 men o.

o

homem , desce nde ndo do

ramo inicial dos ve rteb r ado s p ode a ?resentar vári a s carã.C

-- t~rísticas, éLlo:-::a l ias no ho meJ:1 , d e vid a s "ao retorn o" na e vo

, "

mali a s s e rviri am para cOIr.pr o :a ;:- as o r i CJem pri lT'i ti v a ã o

n r ; M ; t-i , . ~ :::.

.L - ~ - - - -- '

-da evolução.

Darwin participa da id~ia rnalthusiana da reprodu

çao geo métrica do s seres e procura cO IT'p reendê-la e

expli-,

car seu sentido atr avés dos princi?ios de evoluç2:o seleç~o

e luta pela vida. A reproduç ão tanto no reino vesetal

co-"mo animal

é

de tal ordem de progressão , que ~~a única planta

produzindo dois grãos anuais, e se as causas de cestruiç50

não atuassem, em vinte anos essa espécie teria vinte

xvi-lhões de outras iguais (O.E. pãg. 65) Observa que tv.n to

as plantas quv.nto os ani ma is dOl ~ -é s ticos s a o mais fecundo s

que ef.1 s eu h a bitat nntpral.

o

h o ~ c ~ civiliz ado , subnD t id o

a dom::!s t ic aç .:lo

é

T!".a i s fccu nd o quc o b iir b.:\ ror. En trc e s t e s ,

(36)

.

,

1lI •• ~. :

'li

X , ••. ,.1_. -~ -'"'._ .. _ _ ... ...:-. ... .-..-... ...-. ... .:...

,,4' •

I

;

a fa m! l i a nu me ro s a ~ e x c c ss a o. A dificulda d e de sobre viver,

as luta s contra as ad v e r s id a des do p.le iol os ani mais feros e s,

guerras com tribos vizinhas, alimentaç50 deficiente, o

cos-tUI!'.8 de aleit a r a criança no seio durante um longo período

são a.lgu mas das razoes. E o homem

é

o anin ~ al "mais estri

ta-mente reduzido ao estado de domesticação'!. (D. O. pág. 25).

1:: também o ser mais evoluido da escala, por isso é o que tem

m8lhores condiçõ~s de se reproduzir. É porta~to neccss2ria

a existência de obstáculos

à

reprodução antes que o h0!11e m se

torne vítima do próprio processo.

A luta pela sobrevivência do mais forte, do mais

apto faz-se r1ece5sã.~ia, para i E".ped.t.r a su?erpovoaçao da

ter-ra e perr.ü t i r a melhora da espécie. O hOIP.cm encontra no ou

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---

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-

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... ~ ... ... l ... _.l ~ ~ .... "_,, \" ... 4~l..4.J _ «' 1.":10., ) -:;....c. . _ _ •• .L. . .... :" ; u .-,

lutas com vizinhos, as epi~emias, as doenças são necess5rias

como . condição para que o homem perpetue sua espécie.

At~a-vês das épocas assumiu vaJ:ias mod~.lidades. O hor.:er.1

prini-tivo ê bom, deixava-se guiar ceganente pelo instinto. Não

tinha tan-.bém necessiç1ade do infanticídio, porque ' as

dificul-dades do ~eio cuidavam para que o número deles se mantivesse

em equilíbrio. "Em 5pocas re~otas, o homem antes de chcgar

à :

dignidade de ser humano, dcixava-se dirigir mais pelos in~

tintoi do que pela razuo ••• - 11

(o.

lI. 45).

o

instinto nao ',

..

c

perver::;o. O infanticídio

apareceu muito. mais tarde na his

tór :i. a.

o

in Lm ti c!dio, principo.ll ne n te

ue

cri anças do f;e:·:o

fcr,linino foi pra ticadiJ.

em

<11guP.1i1s cul turiJ.s, principillI.;cn te

por povos (1 uc tinlwm di fi culdadc com os nêios (1c su};r:;l!, tr.n - .

(37)

o

pr i~itivo t arr.

êm

n a o fazia pr d ente s restri çÕ2 S

ao casame nto.

Era ' de se sup or qu e a prolifera ç ã o fo s se fantS s ti

co.. Os pri rr:2 iros ho r.~8 ns, bcTí1 como os anima i s deveri am t e

r--:-se 'rep r o d u z ido alé m dos I\i2i os de sn b si stê ncia do mundo .C o ~

'tudo, hOlT:CJ1S. e ani ma i s e stão s ub me tid o s a lei da seleçií o na

tural, onde so

os

mais apt.os sobrevi v e Ii1. Empreencem no dia

a dia a lut.a pela vida qu e e a vit.óri a do mais a pto sobre o

-aniquila I\ie nto~ A seleçâo natural age elimin a ndo os mais fra

cos, as caracterIsticas inGteis ou c1esnecess~ri a s ~ es p8 -

-pie. A seleção natural pod e ser definida como a

eia do mais apto.

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..Lo.-pers~ s .. 2n

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_

....

tas exigia a li be raç ~ o das I\iaos. Gradua l r;lente o ho!::e rn 'fo::"

adotando a postura erecta, foi necess~rio liberar a ação.I~

corpora-se

à

espécie, atrCtvés da seleção natural, pequenas

e gradativas rr.odificaçõcs na estrutura do ser hur;lar,O, até

chegar a forma atual.

As espécies nao foram criadas separadal-:-entc" J...

seleção natural auxilj_ac1a pelos ciei tos heredi tários do

hã-,I

bi to e em menor escala pelas condições ambientéüs, torn':l):él~

-se os a~rentcs )";1odificadores responsáveis pela

di\'ersifi2~-çao em csp&cies.

Sem hesitQç~o reconhece qu~ as raç a s hurnilllas de~

(38)

j '

!

cou. Ora se esse r amo de u , ori gem a espécies diversas, por

que nao 2dmi tir a con tin u,idude do processo? Seria o

cami-nho mais ló gi co. Se houve uma diferenciação inicial sera

-wais corrente ad~itir que o processo diversificativo co nti

nua, u ma vez que a evoluç~o do homem est~ em processo

gra-dual de nudança. Exr:iostos às rr.eSD as con dições de mudança

ou seres reagem diferentemente. As raças humanas

apresen-tarn diferenças na car da pele, for~a do cr~neo, textura do

cabelo, proporç~o do corpo, e outras rr,ais incluindo as

di-versidades quan to as aptidões nen tai s . H~ ta rrhém inú ~eros

- EC:>,ntos de semelhanças. O Indio ar:-:ericano tem diferentes pro

_ _ _ _ _ i ' - _ , _ _ -.

.::>c ; . r-:..l... ~ .l.U.1. J ~c...\

--

..

_-

-

--

~-U J:.1 .;.. \,.; ::> c ! J. Ir.-C

_ _ _ J - _ ' : _

.l h CJJ.L.CJ....J..;::' ,

-_._,- ---

C l .:...JuJ..O'

cessCiS

pensar do europeu, "O' mesmo se pode dizer do "negro puro san

CJ1)P;; ( !,) : (I , 1 4 h 'I

Dan.;in admite, por razoes pouco profundas a di

versificação das raças. Tem dific~ldade, pa~a nao dizer

nim~ossível" indicar um cara ter con~tantc • Entre os

+= •

negros ~Lr1canos, a cor varia basta~te, o crâneo varia

ta~-.. " " bém. Como aponta ué' temerário proc\..!rar deterrnin,ar uma esp~

cie com a ajuda de características inconstantes~ I~ (D.

o.

-pãg. 191)'~ Entretanto se nao h~ caracteres evidentes, cons

-tantes, bem definidos, as raças não se confundem.

Se o aspecto fIs ico 50ft'CU alterações e di ve r5i fi

COU" ' S (~ t da r.-c slr. a f orma dS fuculdac! c 3 Dentais. Sel e tivél r ,r.;;nte

tornar am-se mais' ugnçadas, finéls ,elc::.!)oradus e mais

xas. Os homens e os animai s, em <Jr~ : u!.; di ver~os possuel'l 05

(39)

)

j

mesmos sentidos, e r; ~ oçoe s, p~ixõ e sl ciú ~c s, desconfiança , go~

télmc1e brinc éldei r us e se vin gam quar.do mago.:ldos . Tamb&ffi!.X)s

suem imaginação, meDória e . atenção. são capazes de raci oci

nio e de progresso. A difer e nça

é

ce

grau e n50 de

nature-za.

Analiseí.:os agora essa continuidade proi.)osta por

Dar .. lin. O animal tarnbém é c aoaz de progresso. Hanifesta-se

maior e mais r~pido no homem devido ao uso da linguagem,que

possibili ta a transmissão de con he ci rrc ntos. A lingua ser:-:

também est~ presente no ani ma l, porer.1 ce forma mais

rudi-mentar.

o

cao entende o que o dono lhe fala, . palavras e

to. Os n~:-: ~- _. - ~~ - _. r()~ - -

.-tar, comunicando su~s emoçpes~ o hor .~ e r.l a?rende a se comuni

. car pela linguage!.\.' : ... : ~ lugar comu.'"i1 dizer que o animal nao

fala porque não

é

capaz de abstrações. O surdo-mudo não fa

la, não ~orque lhe falte capacidade de abstração. O animal

quando-caça sabe que os jovens são presas mais f~ceis de

capturar. Os mais velhos são mais es?ertos. O caçador de

peles admira-se com a sagacidade dos animais, ~om que

pru-dência aprendem a evitar as armadilhas. Quando se extende

u.'n fio elétrico rr.ui tos pássaros morrem eletrocutados, mas

logo aprendem a evit~r ps acidentes. ~

Dentre os animais domésticc ~:; o CI:!O. ... p. ex.,

-.: .

rr.os-tra qualid.:ldcs r.:orai s . tal s CO; I~O lca}c;L '-H.l c , uJ::0 :::.", bO;:1 ou L\<l u

car5tcr. A intelig~ncia

é

bem solicitada. quando o mZ1.C ':1co

(40)

f

t

planeja táti c as

cc

defes a e , atuque ao i ni~ ig o. são c apazes

de atacar em conjunto OU ,um só me mbro isolado, sal:em

provo-car avalanches sobre o adversário , ' de monstrando que se

ser-vem de o utros recursos além dos meios naturais de ataque.I\e

lata Dan-lÍn que um , velho ma c a co no zooló g ic~ aprendeu a se

servir de uma pedra para quebrar nozes j~ que seus dentes

estavam fracos. Após utiliz~-la guardava -a zelosamente dos

outros animais, não permi tindo a que nen h um ' a tocasse. Pode

-se observar que o animal possuia idéia de pro?riedade. Os

pássaros, os peixes ta mbém a possu e~ . Defendem seu

terri-tório ou seu ninho tenasmente. O invasor sabe que pen~trou

em - prcpriedad~ alh~iaf ou lutará por ela ou se retira apres

sado.

l'ara Danli n , é i~possivel saber até que ponto os

-animais possuc'm atividade mental, por outro lado e falsear

os fatos querer negi-Ia. O ato mental do homem e do animal

é

da mes ma natureza.

"

~ usual também afirmar que o animal nao tem

cons-ciência de si mesmo. Observe-se o velho c ,ão de caça qUfu'ldo

.

dorme. ' Huitas vezes agita' as pernas, no movimento de

cor-rer, mexe as orelhas ou o rabo. Sonha eem sua imaginaç~o

talvez esteja lembrando, como o velho caçador, os dias

caçada. Sente a aproximação da morte. O elefante

dirige--se ao lu ga r onde se us antepassados r;;o rrerUnl . De monstra m

um certo grau de consciência de si. O homem prinütivo e o

selvagem de hoje i m~ rsos no afã diário da luta pela vida,

Referências

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