UNIVERSIDADE
DE SAO
PAULO
INSTITUTO DE
GEOCÉNC¡AS
E
ASTRONOMIA
Mineroloçtto
do
Mino
de
Cobre
Sonto
Btondiro,
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Estodo de
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I8r-ü$tMINERALOGIA DA I'IINA DE COBRE SANTÀ BI,ANDINA
Elf rrAPEvA, ESTADo DE sÃo P^uLo
fnDrcE
22 30 37 49
131
151
168
173
176
180
RE SUMO
turnoouçÃo
GeneraL idades
Trabalhos anteriores
GEOLOG IA
Geologia regional,
Geologia local
M INERALOG IA
Metodologia
Genera I idades
llinerais hipógenoa
llineraie supãrgenoe
Mineraie de origem metamõrfica
PETROGRAT IA
GENEsE DO DEPöSITO
AGRAD EC IME NTOS
BIBLIOGRAF IA
fnorcn
DE MTNERATS E RocHAsP ãg ina
t1
I
L2
I
RE SUMO
. Este trabalho Pretende contribuir Para
o conhecimento da gênese da Mina de Cobre Santa Blandí
na (situada a 10 km a Eudoegte da cidade de Itapgva'
Sul do Estado de São Paulo) atravãe do eetudo da a88o
ciação mineralógica preBente na jazida e da geologis local, incluaive com algumae obeervaçõea aôbre a lito
logia.
A l{ina 6 constituÍda Por um vieiro com
direção N-40-E, mergulhando cêrca de 5Oo NW, encaixado
em meEassediment,os calcossilicatados (gorutubito) per
tencentes ao Grupo Assungui - anÈiga Sãríe ou Grupo
São Roque do prã-Cambriano Superior, associadoe a fi
litos e mãrmoree. Um grande dique de diabãeio' com
30 m de espessura, corta-o na direção N-18-1,¡¡ coln
mer-gulho de 65o SW; outros pequenoB corpoa bãsicos int,ru
sivos existem na ãrea. A sudegte da Mina aflora um e8 toque de granito, ou ap6fise, intensamente fraturado e rniLonitizado, que teria sido a fonte dos ftúidos magmÉ
ticos mineralizantes. Uma f aixa de alguns met'ros aci
ma e abaixo do vieiro foi int,ensamente escarnitizada
antes da mineralização cuprlfera, com deBenvolvimento
de microclÍnio atravÉB de fraturas e outras aberturas da encaixante. Oe mineraie primãrios seriam a calcopi
rita em guantidade predoninante - a pirita e PossÌvel
mente å bornita em pequenas quantidadee, depositados
juntamente com quartzo e ePídoto, âate tardiamente' A
deposição prímãria ocorreu em fraturae da rochar T"" o
meta8somatiemo foi o processo maia intenao e Con a remo
ção de grande porcentagem dos constituínte8 da rochat principalmente oa carbonatos do mãrmore encaixado na jazida e oa calco-eilicatos dos metassedimentoer e cog
eeq{lente ocupação dos espaços pelo8 sulf et,o8 e sil ica
tos prinárioe.
A conformação topogrãfice local deu opo!
tunidade para que o diabãsio funcionaese como uma bar
ragem netural ãs ãguas subterrâneas, facilitando a in tensa oxidação dos sulfetos e formação de eulfetoB 8e
cundãrios (bornita e calcocita), carbonatos (malaquita
:
e azurita), silicatoe (crisocola e outros materiais si licaÈados coloidaie), sulfatoe (antlerita e brochanti-ta), fosfatos (cornetita, libethenita e pseudomalaqui-ta) r 6xidos (goethita e outros hidraÈados de ferro e cuprita), bem como outros materíais de alteração
cons-tituídos por misÈuras de divereoe mineraie (argilae, 6xidos hidrat,ados e col6ides ) .
o estudo consietiu na determinação dae
propriedades físicas dos minerais (côr, brilho, traço '
dureza, pêso especítico relativo, c1ívagem ' fratura e
hábi Èos ) , das suas propriedades 6pticas eob luz trang
mitida (tranaparência, pleocrolsmo, caráter axial,
si-^-.1
na1 õptíco, índices de refração) e sob luz refletida
-no caso dos opacos -r do seu comportamento em lnã1íee
Termo-Diferencial, bem como na deterninação da composi
ção quÍmica dos principais mínerais da j azida.
Todos os minerais encontrados tiveram
a 6ua identificação confir¡rada por difração de raios X diversos métodos -r sendo que em relação e alguns
(granadas) foi feita a determínação do parâmetro da ce
1a unitãria. As granadas tiveram a aua composição quÍ
mica esLudada por mãtodo rec6m desenvolvido nesÈa
Uni-versidade, sendo que alguns minerais e materiais de di fÍcil. caracterização mereceram estudo eBpecÍf ico com
aplicação do espectro de absorção de raios
INTRODUçAO
GE NE RAL I DADE S
A Mina de Cobre SanËa Blandina disEa, em rg
tar 10 quilômetros a sudoeste da cidade de Itapevareede
do município do mesmo nome, situado na parte sul do Es
Èado de São Paulo"
O local da Mina e da parËicular que cem início
rodagem que vai de Itapeva a
co r no rumo sudes te.
atingido acravãs de estra no Km 294 da eeÈrada de
Apiaí, via Ribeirão Bran
SAO P
ITAPEVA
/- ITAPETININGA
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Pana¡¡Ä
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Fig. 1 - Si ruagão da ãrea.
-2-'
A j azida foi descoberta em L94L ' eendo a única, entre diversas ocorrênci as de minerais de cobre exist,entes neste Estado r 9ue tem expreseão econômica'
A concessão de lavra da Mina foi outorgada a João B"P
tista Anhaia de Almeida Prado pelo Decreto n9 18 580'
de 10/5 1L946 e vem eendo lavrada a cãu aberto' Por des
monte a partir de 5 níveis, 08 quais avançam ao longo
da zona mineralizada (Foto 1), que ã composta essen
cialmentedemineraisoxidadosdecobre'comquanÈi-dades subordinadas de sulfetos primários e secundãrios
remanescentes no núcleo da zona oxidada' os nÍveis de
desmonlelcom a8 coEas 718 m, 728rn, 735 m e 740 n' são
conhecidos com os nomes de nÍvel 1, 2' 3 e 4' resPecti
vamenter sendo que o de cota 710 m, iniciado neste anoe
ã charrado "nlvel zero"'
caixado
te Por
b6n, um
cen t, ena
A jazida 6 urn vieiro camada, inclinado' en-em um escarnito e corta<io quase Èransversalmen
um espêsso dique de diabásio que atravessa' tag
esÈoque granÍtico situado a pouco mais de uma
de metros a sudesEe'
!lineralõgicamente a ocorrência era conheci da de maneira suPerf icia1, eabendo-se mais a respeito
das rochas ali presentes do que dos minerais de inte rêsse econômico.. Tamb6m a geologia local era pouco co
nhecida, nl havendo Èrabalho de detalhe sôbre a exten eão da ocorr--ncia dos têrmoe 1ito1ógicos' sua atitude particular e a relação das meamas entre si e com o mi
nér io .
Êste trabalho, PorËanto r pretende iniciar o
estudo eietemãtico da Mina de Cobre Santa Blandina, principalmente com a caracÈerização dos minerais que
compõem o minãrio e a ganga e tamb6m com a assinalação
dos pormenores geol69icoB presentes no local' bem como
com a extensão do estudo petrogrãfico das rochae encai
xanres e daquel.'' åo redor da zona mineralizada'
lioto l. * Vi,sta geral 'no: d'e l"lina SanÈa BlandiCa. 1g pla
Ltsin{r para tråtamento'do minãrid. ,
-2q plano: cenÈro: nÍveis de;deauonÈe! es L¡rrer<iar depósitc de nrinãrio.'
.iiÊl 11;¿*.
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4-por via úurlda para obtenção de sulfato de cobre e pos
Èerior e1etr6lise, processamento que era feico em i.g talações-pi loto ao lado da nina. Numa segunda faae o ninério passou a ser incorporado - em Itapeva, em us! na da Companhia Brasileira do Zinco c opêrada pela Lam!
nação Nacional de Metais - ao concenErado cuprífero su1
fetado trazido da Ìlina Canraquã (produzido pela Cia. Bra
sileira de Cobre, e¡¡r Caçapava do Su1, Estado do Rio
Grande do Sul) como int,egrante de processo metalúrgico
de redução por carvão, em Forno Mace, para obtenção do
met,a1, ainda com impurezas ¡ para u1Èerior refino.
AtualmenEe o concessionãrio estã procesaan
do o minério no 1oca1, por via úmida, e obtendo sulfa to de cobre. Está prevista a instalação para o apro
veitamento da parte 6ulferada do n¡inõrio pelo referido processo de redução e posteri,or cratamento eletrolítico.
O estudo desta jazida apresentå grande inte râsse por ser a única ocorrência brasileira de mine
rais de cobre ligada a procesBo magmãtico ãcido, ou rne thor, cuja gênese possa ser aEribuída a um magma gra
nÍtico. A jazida de Camaquã, jâ ciÈada, ã atribuída a
magmatismo bãsico do tipo andesÍtico (Leinz, V. et Al
meida, S.C., 1941) e a de Caraíbas, no Estado da Bahia,
provóm de rochas ult,rabãsicaa do Èipo piroxenítico
(Leinz, V", L948 e Coutinhor J.M.V, et Gomes, C. 8.,
1964) "
TRABALHOS ANTERIORES
û primeiro foi Barbos a, O " (L942)
inédi to, foi elaborado
Produção Mineral.
Nea e e tral¡a1ho
geo169icas regionais, onde
pesquisador de Santa Blandina
cuj o relat6rio, que permanece
pars o DepartamenE,o Nacional da
Barboe a f az
reconhece aB
conaiderações
mo da "sãrie Assungui, constituída principalmenEe de
calcáreos e fifiEos".. . "intrometidas de granico, gabro
e diabásio". Aborda aspecÈos Particulares da geologia da jazida, inclusive supondo "a1Í existir um anEicli na1, interessando a ponEa SE do fifão principal". Admi
te que as encaixantes formam ttmasaa muito alterada de
xistos Calabouço, que deveriam ser aÍ bastante calcÍfe roE, pois que ae Èransformaran comPletamente, em cer
tos pontos, em granatito (groasularita cor de carne Ia
vada)". Sôbre a "mineralizaçao até agora conhecida (20 m de profundidade) ". . . "consta essencialmente de
malaquiEa, em certos pontos noEando-se tambõm cuprita
vermelha e terras amarelas e pardas com cobre coloidal
disseminado. Num tesEemunho de sondagem¡ ûotamoa es
caa6a calcopirita parcialmente lirnonitizadare em dois
outroB poncos alguura pirita comum"
^ crisocola acomPa uha em certos Pontos ¿L trL;rlaquit¿r, eoPrestando-1he tom mais azulado". Adiante informa que".. " nat pudemo s
ainda enconÈrar a zona secundãria de calcosina... " e
que o "que se revelou ac6 agora foi "Penas a massa su
perficial de minãrio enriquecido Por ação intempãrica, isto ê,, a zona oxidada".
Afirura que "a j azida Santa Blandina ae asse
melha singularmente com oB dep6sitos hoje famogos de
Katanga, no Congo, e Rodãsia do Nortê. .. rf e que na Mina
de Itapeva "houve uma mineralização primãria de calco
pirica, com enriquecimento superficial por açao das
ãguas vadosas dissolvendo o CO2 atmosfãrico" " Afirma,
ainda, "q,r. o gabro, ou o 6eu magma, Èenha relação com
a minerali zação primãria". o restante do relat6rio en
volve aËividades relativas ãs pesquisas que interessam
apenas ã Geologia Econômica.
Franco, R.R. (1958) compara o escarnito de
-6-reto. A mineralização de calcopirita e bornita impreg
nando os eacarniÈos seria devida ã fase hidrotermal do
mesmo magma, concluindo quetta presença de feldspatog
cãlcio-sódicos e uricroclínio no "hornfels" 6 outro els
mento que reforça a hip6tese aqui levantadat'. Explica
a ausência de llollast,onita no "hornfels, pela presença
de alumina e magn6sia que proporcionaram a formação de
grossulãria e diopsÍdio, re6pectivamenEe"" Adnite co
mo nula a ação do diabãsio no metamorfisu¡o das encai
xantes da jazida.
Barbosa, R.A. (1960) apresenta fotomicrogra fias e a descrição de onze amostras de rochas obtidas
de Èestemunhos de sondagem em dois locais pr6ximos ao
dique de diabãsio (que chama de gabro) e distantes côr
ca de 500 m encre si, referindo-se sempre a e6cårnit.os,
xistos e mãrmores, não Ëenclo enconrrado hornfels.
Consi.dera a eBcarnítízação e a mineraliza
ção prinãria singenéticas e apresenta uma plant,a de 1o
calização das amos tras "
Guirnarães, D. (1961, pg. 225) faz referên
cia superficial ã existância de "uma j azida de cobre
cujo prot,omineral 6 calcopirita", em Itapeva.
Abreuo S.I,'. (1962
a exietência, em IEapeva, de
calcãrio cla Sárie São Roque
em elevada proporção""
Outroe Èrabalhos
bre a geologia regional, são
respondente "
¡ pB. 427) apenas noticia
ttum veio atravessando o
contendo minórios de cobre
anteriores,
ci tadoB no
específicoe
capíÈulo
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PLANTA
GEOLOGICA
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I
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GEOLOGIA
GEOLOGIA REGIONAL
His tõrico
A região de IËapeva f.az
Rio Paranapanena e ã formada pela
do Estado de São Paulo que integra
nã, da qual aquela ã tributãria.
A primeira referôncia geol6gica ã seq{rôncia
litol69ica hoje chamada de Grupo Aesunguí ou são Roque
e que f,orma o aubstrato cristalino da região foi feita
em 1805 por Marcín Francisco ¡ ur dos irurãos Andrada e
silva, €D sua "viagern Minera169ica na província de são
Paulo, em 1805"" outra publicação de 1B20, de JoeË Bo
nifãcio, assinala a o's6rie xistosa asBentada sôbre "i"
nito porfiroide, passando a graniÈo" (in paolielo rp.c. ,
L964 e Leínz, V. et A.mara1, S"U", Lg69r pg. 9):
outras referâ'cias a easas rocl¡as são dadas
por Paoli'e1o (i964) como as de Gonzaga de campos, L.F"
(L923) que lhes deu o nome de ',sãrie. São Roque,,, de
Leonardos, o.H. e Guimarã.e, D. (193r-r933), de Moraes
Rego, L.F. (1937- 1941), bem como as dos Mapas Geol69i
cos do Es tado. de são paulo editados no6 anoa de Lg29,
L939 e L947.
En 1963 o Mapa Ceo169ico do Esrado de São
Paulo edi Èado pelo rns Ei tuto Geográfico e Geol6gico da
secreÈaria da Agricultura do Estado de são pauloo com
a explanação que lhe acompanha (Bol" ng 4L do I.G.G.)
acolhe a denominação de s6rie são Roque para aquelas
rochas, colocando-as no "pr6-cambriano superior r por
não exietiren¡, aincia, elementos que permitam eubdivi
eõee" (pg. 37 do Bo1. hL do I.G.G.).
-6:
parte da Bacia do
porçao mais sudeste
a Bacia do Rio Para
por ü 1t iuro ,
a literatura sôbre a arã então chamada "Sãrie ou Grupo
São Roque", e, tendo em vis Ea a conEinuídade Litol69i ca do Grupo Assunguí ¿o lrscado do Paranã com a Sãrie
ou Grupo São Roque do Estado de São Paulo, bem como a
prioridade cronol6gica do primeiro nome eôbre o segun
do, adota o primeiro Þara tôda a seqtlência.
O complexo cristalino do Grupo Assunguí ã
recoberto, nos espigõ"s e partes altas em geral da re
gião¡ por rocttas sedimentarea que foram estudadas pri meiramente, enì 1889, PoÍ Gonzaga de Campos, L.F. ( Gui marães , D. , L964, PB. 336) , quando foram admitidas de
idade devoniana e ligadas aoa arenicos gue ae estendem
atã às proxi¡nidades de Curitiba e que receberam'depois,
o nome de Formação Furnas.
Pacheco, J " (in I.Iaehburne, C. , 1930) concor
dou com a dacação cle Gonzaga de Campoe, ma8 Oliveira,
E. et lloraes Rego, L"F" (in Petri, S. et Fulf aro, J.V.,
L967 ) <luvidaram dessa idade, preferindo atribuir ida
de permo-carbonÍfera para essas rochas, Mesmo assím
elas continuaram sendo consideradas devonianas ( Mapa
do I.c.c., 1963, Guimarães, Lg64), até gue Petri et
Fulfaro (1967), seguindo novos afloramenÈos consÈituí-dos pelos cortes recentea de novas egtradas r consegui
ram solucionar a concrovãrsia, restringindo oa areni toe devonianos, na Região ao Sul de Itapevae apenas
àqueles expos t,os a oes te do espigão d ivisor dos rios
Tananduã e Taquari-Guaçtt (ambos com rumo S-N) atã a uns 3 Km da conf 1uência dâsees dois rioe. Segundo ês
Be6 mesmos autores, a oesËe do Rio Taquani-Guaçu a8 ro
chas devonianas da Formação Furnas af loram naa partes
baixas, sôbre o embasamento cristalino Prã-Devoniano,
estando cobertas, em muitos espigões, pelae rochas Per
mo-carbonÍferas do Grupo Tubarão, sendo que a leste do
Rio Tamanduã (região da Þfina Santa Blandina) as partes
al.tas, guando coberÈas por areniÈos, o são pelae
chag do Grupo Tubarão, as quaiB ae assentam díretamen
.te sôbre o embasamenËo pró-Devoniaûo.
ro
A região onde se situa a I'fina Santa Blandi
na apresenEa, nas partes a1Èas r 6uperfÍcies levemenÈe
onduladas, quase planas, f,ormadas peLo capeamento de
rochas sedimenrarea, principalmente arenitos. As par
t.es baixas são sensivelmenËe acidentadas, apresentan
do-se os f lancos de morros com altas declividadee"
Os contatos entre o cristalino e os sedi
mentos, nas encosÈas dos morros, apresentam altitt¡des muico senelhantes, denunciando uma antiga superfície
de aptainamento anterior ä sedimentação devoniana e
permo-carboníf erae aplainamenËo âsse que deve ter ex
posto a6 rochas do Grupo Assunguí ou São Roque, aqug
las que o Mapa Geol6gico do EsÈado de São paulo, edi
Fisíografia
ção de 1963, classifica como do prõ=Cambriano
rior e gue Petri et !'ulfaro (L967) chamamr cuidadoea
menue de t'embaBamento crisÈalino pr6-Devoniano',.
ûsse peneplanor €ü seguida sob atividade regressiva, foi recoberco pelos sedimentos devonianos
em prrte e pe los permo-carbonlferos , tendo sido suj ei
to ao tectoni smo eocretãcico e, pos teriormente , a um importante movin¡ento epirogânico o qual deve ter afg
Èado grande parte do Escudo BrasiLeiro, eenão ête
t,ocir.¡ - <iando início a uma intensa fase erosiva
perdura at6 hoj e, Ij¡n conseqtlência a drenagem f oi se
veramente aprofundada, remanescendo uma superfícíe in
tensamenLe,dissecadao tendo como morroB aB rochas
mais resi.6t.enÈes (quartzitos, metassedímentos
catco--silj.catados, câ1cãrios, etc.) ou aquelae
ainda cobertas pelos arenitos (Furnas a OesÈe e
Tuba-rão åo Norte e a Leste) que resistem ã erosão devido
ao fato dâstes formarem laj eados bem conaolidados, co mo salientam Petri et Fulfaro (L967).
O coleÈor das drenagens da regíáo õ o .Taquari-Mirim, o gua1, em algumas parËeB I moBtra
Supg
que
part es
Rio
Per. .\t (
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,\l
fi I parciel maturo, sôbre sedimentoe recenteg a nÍveis de base locaís formado6 por soleiras
sio, na maioria dos casos"
As demais correntes fluviaie e aB drenageng
secas apresentam perfis aínda jovens, com a erosão em franco desenvolvimento" Em linhaB gerais, entretanto,
a drenagem é controlada pelas estruturas rochoeag sub
j acenËes r que rhe empreB tam aspecto retangular, haven
do padrões de drenagem, maís locaie, com outros aBpec
tos.
Os bordos mais altos dos vales principaie geralmente são formados por esCarpas no arenito, a8
quais eão muitas vâzes abruptas e em alguns rocais for
mam blocos separados do paredão, aeparação essa cauBa
da pela erosão pref,erencial naa juntas e diáclaeee do
areni to.
EsÈratigrafia
, devido de diabã
Não hã possibi lidade, com oB elementos co
Ihidos en¡ região relativamente pouco extensa, de con
tribuir p¿rra o merhor conhecíment,o da.seqüância metas
sedimentar do embasamento cristalino no sudeste de são
Paulo, Tampouco ã possíve1 acrescentar algo aos trg
balhos de carãter mais gerar abrangendo tanbán os eedi
menÈos que hoje servem de subsÈrato ãa superfícíes pIg
nãlticas moder-adas pero cicr.o erosivo que se
desenvor-ve"
A observação mais importante a registrar õ
sôbr" 1" areniÈos gue poden ser vistos no6 cortes da
estracla que conduz ã ¡tina, a partir da Estrada
rtapeva--Ribeirão Branco, (rm 29h), que são róeeos, coincidem
nos demais detarhes com os arenitoe do Grupo Tubarão
descritoe por petri et Fulfaro (rg67) e que, eetratifi
cados horizontalmente, assentam-ee diretamente, em evi
ri¡¡<l pr6-Devoniano que se acha fortemente inclinado.
ßste fato permitiu modificar levemente a
l-una estratigrãf ica esrabeld'cida por Merfi (1g64) que
r:studou a geologia das áreas ao redor da Mina de cobre
santa ts1andina, ocasião em que considerou os arenitoe
aÍ ¿rfLoranËes como da Formação Furnas quando, como jã foi visÈo, são do Grupo Tubarão.
ssim, a coluna eBtratigrãfica LocaI seria
conlorme dernonstrada ã pãgina 13.
O mapa geológico da Fig. 2 ê uma parÈe da
quele que foi levant,ado a parÈir de fotografias aãreas
* com contrô1e de campo - por Ifelfi (Lg64) e contãm al
gumas alt,erações que decorreram dôsces estudos. Tais mo dif icações resuLÈam de observações levadas a efeíto na
ãnea mais pr6xina ã uina e dizem re6peito r prÍncípal
mente, ã locação de alguns contatos 1íto169icos entre os tärmos do Grupo Assunguí ali presentes.
GEOLOGTA LOCAL
-L2-o vieir-L2-o cuprífer-L2-o principal tem a forma de
c¿rm:rda e acira-se encaixado em meÈasBedimentos rÍtnícos
c;rl.cossilicatados, que Geoffrey, p.R. e Sant,os, T.D.S.
(L942) chamaram de gorr¡tubitoe. Estas rochas, compos
t-as por camadas ciaras e escuras em alternância, aprg
8r:nt am predominância de silicatoe de cãlcio na8 parteg
r:. l;rras e anf ib6lios nas escuras.
Nos contatos com o vieiro o metaseedimento
sc¡f reu eEcarnici zaçã,o, com o íntenso desenvolvimenÈo de gr:a¡radas andradiÈa e grossulãria em uma orla rnetamorfi
zar'l,a de mais de 5 nr de espessurae em alguns locais "
co
Aspectos Gerais das Zonas Mineralizadas
-li l"ito r¡.rb' las
Capeando o gorutubito-existe ume lerrtt, compost.o de quartzo e sericita. rico em por
Èos octa6drÍcos de magnetita, submílirnãtricoe rm
tl e fi
Sedimentos recenÈes
(Aluvião)
Diabãsios
Arenitos
Coluna Melfi
Granitos, aplitos e
Pegnetitos
GoruÈub i to s escarnitos, calcãrios, filítos e micaxistos
cENOZÓICO
Quat ernãr ío
MESOZÓICO
Cre t ãceo
PALEOZõI CO
Devoniano (Furnas )
PRÉ-cAMBRIANo
Super ior
(\
.-<_-\
Coluna Modifícada
cENOZ6TCO
Quaternãri o
ME SOZdI CO
Cre tãceo
PALEOZöICO
Carboaífero (Tubarão)
PRÉ-CAMBRIANO
Superior
Sup er
ior
(SËrie
São Roque) (Grupo SuperiorAssunguÍ)I t,
'L4-ral êste q,t. tamb6m pode 8er enconÈrado em uma faixa
reduzida do gorutubito que precede a r,ente de firito. Esta lente, por aua vez, 6 capeada por eepâeeo pacote
de gorutubito onde ¡ €rrì uma f aixa de algun' metroB de
Largura, tanbãm são encontradoB octaãdros de magnetíta.
A tr apa dâsse vieiro ê conetítuída tambãrn pg
I'o escarnito, o quaL passa ao epíaoÈo-serícita-xieto
descrito por Barbosa (1960), eetando âste último târmo
em contato com um pequeno estoque ou apófise de graní_
to.
A principatr zona ¡nineralizada, com forma de vi'eiro camada, tem direção concordanÈe com âa encaixan tes e possui eBpessura nãxima naB proximidades do pog sante dique de diabãsio que a corta quase transverear mente' Para sudoeEte o veio ae a<-le1gaçar pâssando da
especoura de quase 30 m parâ pouco maie de 2 m no ex
tremo ST{ pesguisado
"
O espe6samento do vieíro se deve, certamen
tê, ã preBença de uma lente caLcãrÍa encaíxada no neg
Eo, a qual, por suas caracteríeticas quírnicas e fisíco--quÍnicas, deve ter f.acir.itado a maie intensa deposí
ção prínáría do rnínãrío. por ouÈro 1àdo, como jã acen
t,uara Barbosa ('!"9h2) , o dique de diabãeio ¡ poE sua si
tuação topogrãfica ã meia encosta do morro da Mina e transvereal ã direção do movimento das ãguas subterrâ
nea8, agíu como uma barragem natural para as mesmas,
proporcionando o mais extens., contato do mínËrio com
aB ãguas urete6r ícas ri cas de gaBeB € ¡ conseq{rentemente
,
dando maíor extensão à zona oxidada do vieiro.
A extremidade sI{ do af loramento do víeíro
principal, no locar. chamado caruru, apreBenta as cama
dae com direção N-20-8, mergur.hando rgo NI{. um di
que de diabãgio com 5 a Lz cm de espe'Bura corta aB ca
madae com direção B I^¡, mergulhando 7Oo para S. O;
nineraís de cobre ÈambËm eão a malaquíta e críeocola
eD crostas, vânulae ou recheando outras cavidadee, bem
,
(l,v
/,
ucomo raros núc1eos de bornita e cal.cocita remanescent,e
em alguns pontos. A ganga compõe-ee de quartzot epído
Ëo e limonica, a16m dos mineraia metam6rficoe da encai
xanLee onde existe tremolita, ouÈroB anfi¡6tioa e píro
xentos.
Há um outro afloramento cuprífero a menog
de 100 m a Leste do vieiro principaL, chamado Fi1ão do
Juvenal, com o mesmo caracÈerÍstico de camada, maE com
direção N-25-E, diferente da dÍreção geral e mergulhan
do pouco mais de 2Oo para NI.I" Nes te ponto o acamamefr
t,o do gorutubito most,ra direção N-15-l^¡ (mergulho de B5Û para NE) esÈando em direção quase normal ã ¿o pequeno
vieíro do JuvenaX., sendo de se concluir guê, aqui e a mineralízação se deu atravãs do fraturamento secundãrio
ortogonal ã direção principal do sistema de falhas, cujo plano ã representado pela falh¿¡ ocupada pelo gran
de dique de diabãsio.
A mineral.í zaçã.o primãria remanescente nes te
local 6 represenÈada apenas pelo quartzo treitoso com
incl,rsões de prismas de epídoto e grande
dâste úttimo mineraL em grãos ou maciço" Os minerais
de cobre presentes são pequenas massas de cal.cocita e os oxidados, isto 6 o malaquita e crisocola, estas em crostas superficiaís e em vânulas nilirn6tricas a centi
mãtricas, ocupando as fissuraB e fraturas da rocha;
crosta6 e vênulas de i.imoniLa se intercal.am com os ou
tros minerais . Um pequeno af i.oramento de mãrmore dolo
mítico branco, siËuado a cârca de 40 m I NE do filão do Juvenal, mostra algumas manchas de bornÍta dísseuri
nadae irregu larmenÈe.
Mais doís af loramentos cupríferoB estão as
sínalados a OesËe do vieiro principal, no Mapa da Fig.
3, formados por pe1ículas e vônulas de malaquita e
crisocola em veios de quartzo com manchas de limonita.
TraÈam-se de ocorrâncias aparentemente sem maior ex
preeeão e que, por iseo, não foram ainda pesquisadas.
quanÈidade
I
,l(
-16:
Un ext,enso dlquo dc dlabã¡lo con nala do
I 200 ¡n aflorando na ãrea estudada, corta-a na direção
N-18-I'J; sua espessura ã de cêrca de 20 m até 35 m em ar
guns pontos e âpresenta mergulho de 65o para o Sul.
o dique aÈravessa aa camadas eBtraÈigrãfica
mente 6uperiores da ãrea, intercepta a principal camada
minerali zad,a e as demais <las encaixantes eob um ângulo
de quase 600 com a direção de acamamento, indo alcançar
os filitos mais inferiores, i ã fora da ãrea estudadarde pois de atravessar o corpo granÍcico jã referido.
ünicos contet,os razoãvelmente livree do ÍnÈemperismo são visíveis na zona de exploração do vieiro, onde o d! que mostra faixa de cêrca de 3 m com disjunção colunar
e' a encaíxante, uma orla de alguns centíuretros com le
ve diferença de tonalidadeo denunciando a pequena ação
pirometam6rfica de contaÈo.
Existe outro dique de diabãsio, anËes não
registrado, e que corta o granito a dudeste cra ãrea da
ninao A exÈensão do af Lorament,o, que poude 8er medida
no barranco oesËe de uma estrada int,erna recã¡n aberta
sôbre um velho caminhoo ã ae 36 metros" A díreção exa
La dêsse dique não foi deÈerminada por.motivo da cober
tura de solo tazão porgue a espesaura medida pode ser
apenas aparente - mas parece que ela 6 nornal ã do gran
de dique que cort,a a mina, o que fndica uma provãver in
tersecção dos doís corpos intrusivos.
A lente de mármore exis tente.a' na ãrea da mi
na estã encaixada no pr6prio vieiro (Foto 3), mas gran
de parte dos seus consÈituintes foi removida por proces
ao de dissolução, resultando uma caverna de razoãveis
proporções (atualmente com dimensões mãximas de cârca
de 4 metros de alÈura, 5 meÈros de largura e 5 metros
de comprimento, sendo visíveis aberturas que devem se
comunicar com outros compartimentos alãn. (FoÈo Z), Âs
paredee, o teto e a superfÍcíe do chão são bern ornamen
tados por mineraie eecundãrios de cobre e de ferro, nas
Os
formae de eBÈal.actites, estalagmitea, superfÍcies mame
lonaree o renif ormes e botrioidaia de cor.oração varian
do do verde da matraquita ao prêto, com locaie de diver
Bas tonalidades de vermerho doe 6xidos de ferro hidra tadog.
Geologi"_" Tectônica
o levantamento dos contatos 1 itor69icos da
ãrea da mina teve como base mapa topogrãfico levantado
a teodolito, rél escaLa tr:500 o com curvas de nfvel eq{li
distantes de L m" posteríores reduções xerográficas forneceram o mapa da f igura 3.
A direção gerai. das camadss e do vieiro -e
N-40-8, com variações locais desde N-25-E atã N-75-w,
mergulhando para Nr.¡ desde 40 a B0o. Nas proximidadee
do dique de diabãsio as camari as que formam o bloco au
doeste apresenÈam direções que se aproximam mais de
hrNl"t' dando a impressão de terem sofrido esfôrço hor!
zontaL rumo ssE, causado por movimento dos b10co8 atra vãs da falha ocupada pelo diabãsio. Medições das cama
das do bloco a nordeste do dique ora confirmam a hip6
tese do rejeito horizontar e ora a contradizem.
Os conÈatos da exÈremÍdade da lente de mag
neÈita-filiro a nordesÈe do dique de diabãsio não pude ram ser determinados com exaÈidão, mas um doe aflora
mentos, o de número 6/Ol, permite concluir que o movi
mento havído atravãs da farha ocupada pelo dique resul
Èou em um rej eito cuj a componente horizontal teve no
nínímo 30 metros, sendo que o bloco a sudoeste do d!
que sofreu rejeito relativo para NNI.¡ e o de nordesÈe
para SSE.
Não foram ainda conseguídos dados concluden
teB eôbre o sentido da componente vertical do movimen
Èo relatívo dos bl.ocos a sudoeste e a nordeste do di
gue de diabãsío. Entretanto r oB maioria dos casos de
pequenas falhas onde o movinenËo relativo poude aer d
"
l,
I(,
/v
terminado, os blocos sudoest,e sempre sofreram abaixa
mento em relação aos blocos nordeBte sempre revantados
"
Embora êsse fato esteja de acârdo com a hipõtese levan Èada por Barbosa (1960), a camada guia que foí escolhi
da por eEBa Autora (actinoi.ita-escarnito) não deve ser
a mesma no8 doís Locais das sondagens, poie íeso leva
ria ã conclusão de um rej eito vertical relativo eup.g
rior a 300 m, o que não tem confirmação na posição to
pogrãfica atual. da superfície prã-devoníana nos pontos
ao redor da ãrea da mina.
Fequenaa falhas normaíe foram registradas
em diversoa pontos da ãrea da mina, principalmente com
direção NNt{, que 6 a meema cla falha principal ocupada
pelo dique de díabásÍo. EnÈreÈanËo, oucraa pequenas
fal'has se apreeentam com direção complementar, ou seja,
ENE.
Esse sistema ce pequenas falhas estende_Be
por tôda a ãrea da mina, incrusive no granito, onde fo
ram ¡nedidae diversaa com direção NNl{ e ENE, alguma" d=
las com os reBpectivos planos preenchídos por quartzo
Leitoso.
Un suave antíclinal foi detectado na parte
nordeste do vieiro principal, com eixo na direção no
roeste e mergulho de aproximadamente 60o para norou"tI. A parte eudoeste do vieiro forma um einclinal. tambãn
Buave, co¡tr eixo mergulhando no mesmo eentído.
Localmente, as camadas prÉ_aevoni
sentam-Be dobradas e falhadas, denunciando a
ção doe diversos diastrofismos que afetaram
a õpoca da intrusão do magna bãeico, ap6e o
regíoÈro de movimentos, poie o diabãsio não
sínais de ciealhamenËo.
anas aprg sobreposi
a area ate
que não hã
apresenta
Apõe a sedimentação dos atuaie eetraÈos cal
''os$ilicatados com intercalações de lentes ora calcã
r ias e ora guartzosaB (conjunto que forma o tôpo do
ljrrpo Assunguí ou são Roque - prã-cambríano superior),
r:spôsso pacote sediment,ar <ieve ter se eobreposto aoa
i'ìr('frmos por motivo de subsidôncía do então geo6eincl!
rri.'-r. o diastrofismo prã-nevoniano referido por petri
'''t- Fulfaro (L967) teria meÈamorfizado as rochas hoje
¡i{- lorantes e teria possibiritado a f ormação e intrusão
rlo magma granÍtico causador do adernamenÈo das camadas
:).ri-;i noroeste. Êsse meamo magma teria fornecido a8 ao
r'rçües hidrotermais que f ormaram o vieiro e que
causa-'i'¡m a escarnitização doe pacotes cálcicos pr6ximoa ao
¡rìcs*lo. Tal diasÈrofisrno, c¿!r.lsaclor do levantamento das
,'¡rtnadas , seguido de um prc,., ,.,.,.1. mas não necessãrio
'rr¡r¡i¡s¡le epi-rogenËtico positivo prã-nevoniano e
p6s-'ll;lmbriano, teria possibilitacro intensa erosão e, ap6s
;"r 1:ase de estabilidade, teria sido formada a superfl
.,' f)e'eplanizada citada por petri et Fulfaro (Lg67)
'eri.o6 mesmos chamada de superfÍcíe prË-Devoniana.
Êsee perìeplano, numa faae regressiva que te
, -i i; se prol.ongado desde o Devoniano acó o carboníf
ero-¡':" l' menos - f.oi recoberto pelos sedimentoe devoníanos
¡r'r p.rte uaia a oes te do 1ocar. da j azída e peloa sedi.
rì(ìrìtos permocarbonífero8 na região e n8 parte mais a
',"1rl.e.
Eventoq Geol69icoe
o tectonismo p6s-Tubarão na ãrea teria sido
r;; (!'60 e teria possibilitado e8 extensas intrusões bã : '1¡ìs eocretácíca8, ÈAnto em novos f alhamentoS
COmO por
¡'evivação doe anÈigosr seguido de um Longo período epi
''r¡1 ,:.6tico positivorsem qualquer ouÈro movimenÈo tec '; '¡rico " A extinção ondulante em todos 08 crietaie de 'r;rrtzo observados em 1âminas e inexistência de fratu
',.r no diabãsio confirmam a ídãia.
l\ faee eros Lva então lnlclada contlnua aÈ6
no88.,8 tempos, tendo sido a cauaa do profundo dísaeca
mento regional j ã ref erido no capÍtu10 da Geor.ogia
Re
gíonaI', e causou a conseqüente reexpoeição do
e,r¡etra-to crietalino prã-Devoniano.
A\\ ./.' - \.'
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¡.s
PLANTA GE
ITAPEVA : EST
d.erca oa MINA SANTA BLANDINA
SAO PAULO
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^rijr'la d6 Acoñooñ - - -C6ioto ¡-r,.Jrco
-.-'_ l6s;td c.niib
7==:-?srrcos trt. ry
,W¡pi
Ifu
MTNERALOGIA
ME TODO LOG T Â
Amostragenr
A amostragem iiricial da zona ninerali zada, pg
ra exame da associação mineral69íca e orientação doe
trabalhos futuros, foi feita no níveL de desmonte com
a cota de 728 metros e (o chamado "NÍve1 1rr), por ser
aquele que estava expondo os pontos mais profundos da
-i azida' Foi escolhicla a zona que parece ser o núcleo rlo vieíro, constituída pela parte que separa a8 duas
entradas da caverna (Foto 2), pelo fato de aí existi 'e¡ü díversos sutfetos associados a outroe nineraÍe
"13
l:amente supõrge¡los e em mis tlrr¿r com grande guantidade
de granada e materi¿¡is rjr: ¿. 1-Eeração"
A segunda amosEragem foí sistemátíca, abran
gendo os quâtro níveis rIe desmonte então em Lavra, t.1
.o a coleta si.o proceclida de metro em metro, na altu
ra de um metro ac.irna .o piso de cada um dos nÍveie.
Os
¡rontos de retir¿r<la das amostras foram.controlados
com
ljrena e bússola, a partír cle línhae base com direção
i'¡-3 5-ht - aproxin;rcramenLe pararelas ã direção geral
das
paredes de desmont:e - tendo o ponto inicial da coleta
l.'ec¿.ri'lo sempre no 10ca1 maie oeste da paredersendo trg
i.'Ërn oir-¡' ' o rressa ¿ìmostragem as rochag encaixanteB maís
pr6ximas cto vieiro, para estudo das posBíveiB artera
ções metassomãticas
-22-' De cada uma
L0 grama6 de matcrial
turado, foi quartcaclo
dias repreaentaCivas
desmonte"
Ou
ram obtidas
dessas amostras foram reti
guer depois de triturado e para a obtenção de amostras
de cada um dos guatro nÍveie
tras amoa EraE r pf,incípal.mente de
quando do levantamento geol69ico
radas
mis
me
de
rochas, fo
j etivando caracter ízar a8 díver8a8 r.itoLogias presentes.
Os demais afloramentos cupríferos, certamenÈe
;issociados ã jazída estudada, foram vieitados quando do IevantamenËo geol69ico e acham-se aseinarados no mapa,
îras não foram amostrados com o mesmo cuidado, por 8ua8
reduzidas expressões.
Os díferentes mineraie foram I eparadoB por dí
versos meios, principalmente com o u80 de estiletes e cspãtulas de aÇo c obtendo-se amoatras euficientemente
puras para uso nas determinaçöes seguintee.
Algumas amostras foram obtidas a partir
ções polidas, outras tiveram gue ser tratadas por
clos pesados (bromof õrmio o solução de C1ãrici ou
,ie neti leno) para separação de impurezas mineraíe sentes.
Ae propr ieciades
ì os mãtodos tradÍci.onais
:o na literatura.
Propriedades Físicas e Morfol6gícas
para o pâso específico foí usada
principalnen-rc a Balança de I'res tphal-Mohr, mas em ar.guns casos f oi
iiÉÌcessãrio o emprôgo de picnômetro com balança analíti
rrrção de C1ãrici (Vassar, Lg2S) quando oE grãos
míne
raís obtídos, rivres de impurezas, eran de ma'sa ínsufi t:iente para apli.ação de outros mãtodos.
A dureza cios exempr-ares foi determinada utíri
:..¡r'do-ae os padrões da Escala de Mohs" A côr, o brilho,
¡r transparência e o hábíto dos ninerais estudado" fg r'¿1Ûì verif icadoe sob lupa bínocular. para classificar
o i:ipo de f ratura e a existôncia de clivagens o f oi usada
'r lupa bínocular (aunento de atË 3z vãzee) e, em casog
físicas foram determinadas pe
, s egundo o proced imento cl ãs s i de sec
1íquí
iodeto
pre
ox.r,t emos , atã o nicroac6pio.
O estudo 6ptico foi executado em grânuloe de
minerais selecionadoe em peneiras de g0 a 100 ,,mesheB,,,
ieto é, com diânetro entre 0 r!7r e o rL49 r¡i1ínetros,pa
ra aplicação do mãtodo de in¡ersão (Larsen, tg2L) .
O Índice de refração foi determinaclo servíndo_
-se da bateria de lÍquidos Cargille, eãrie M, com in tervalos de 0'002 para os varôres de Índicee de refra
gão atã 1,700, de 0rOO5 para os valôree entre 1,700
e 1r800 e de 0rOL para os valôree superiores a lrB00.
para os demaía exames sob Luz transmitida fq ram confeccíonadas 1âminae delgadas pe10 nãtodo manuar,
com montagem em bdleano do Canadã, eintãtico.
Secções polidas
Micros copia
A montagem de amo'tras para exame sob luz re
fletida foi feita, em parte, mediante enprâgo de baque
tt:;. "r p6, prensado a cârca de 422 Kg/"*2 (6 0001b/
po r ) e¡n Prens a Bueh rer , ã teurperatura de
130 a r500 c.
Na naioria dos caBoB, porãm , foi feita montagem
a ba!
xa tennperatura (25 a 400 c) com mistura das subetân
ciae p1ãsticae políester e nonômetro de eetirenor 8€
gundo técníca divulgada por Cassedane, J. (Lg6l)
.
O polinento foi feito na politrÍz rotativa
Graton-Vanderwilt segundo a tãcníca descrita
por Cameron, W.N. (1961), mas devído ao fato de os
mine
rais de cobre apresentarem dificurdadee para a obten
ção de boas secçõe8 por.idae com âete mátodo, foi dado
acabamento final dae me'ma' na polÍtriz víbrat6ria vi bromet, da Buehler, durante cârca de 4 hores, ugando
como abraeívo o 6xído de magnãeio.
-24:
((t
Todo6 oa mineraie estudados tiveram a sua iden
tificaçao confirmada por difração de raios x. A tãcni
ca maiB extensamente usada foí a do p6, com filrnes foto
grãricoe em câmaras Debye-scherrer de l14r6 nm de diâng
tro ou a de 57 13 mm de diânetro eegundo Camargo, I.¡.G.R.
(1e63).
Difração de Ralos X
Algumas identificações foram feitas com o auxí
1io do difratô¡netro Norelco, sempre que a quantidade de
amostra disponÍve1 fôsse eufíciente.
En todos oa casos de aprícação da difração de
raios x' os dados obtidos foram cotejados com o fichã
rio AsrM (1965) para idenrificação inicial dae eubetân
cias ou para confirmação dos resurtadoe obtidoe a par
tir de outros mãtodoe.
os diagramas de põ foram utirízados, tambãm,
para o cãlculo de parâmetros dae celaa unítárias noa
caaoa necessários.
-2i-Foi usada, ainda,
1ídade, a de Gandolfi r gu€ mas , em fí lnee fotogrãfícos
com as câmaras de põ comung
taie de diuieneões reduzidas ni 1 íne tro .
Nesta câmara o monocristar ã montado na extre
nidade de um bas tão de vidro, o quar sof re um movi¡nento
de rotação em tôrno de um eixo com posição não ortogo
nal ao caminho percorrido pero feixe primãrio dos
raios X. A âsse eíxor por Bua vez, A impriu¡Ído um moví
mento cônico, de tal forma que o monocrigtal, com âseee
movimentoe, aasune poeiçõee taís que perniten fornecer
núttiplae reflexõee ao8 raioa x, tal como Be tratagee
de p6.
uma camara de grande versati permite a-obtenção de díagra
, semelhantes aos obtidos
, mas utílizando-se monocris
, de atã poucoB dãcimos de
obtenção de diagramaa razoãvelmente nítidos em algune
casos de mineraie aparentemente amorfos, taL como a maioria das amostrss de crieocola e algumas de malaquí
ta desta j azida. Essa amorfização aparente havía eido
sugerida pelos diagramas de p6 anteriores, obtidoa com
as câmaras de p6 comuns, eegundo o desenho e tãcni
ca Debye-Scherrer.
Para estas últimas câmarae a amootra 6 pre
parada por trituração intenea em gral de ãgata, ac6 re
duzí-la a grãos menoreB do que 0,074 milímetros de diA
metro (que passam em peneira de 200 "meBhes").Essa tri turação, segundo Camargo (1965) pode provocar amorfi
zação de alguns minerais , oej a porque apresentem pla
nos preferenciais eegundo os quais se dão deslizamen
tos ou sej a por uma cristalização incipiente fìci
lmen-te destrutfvel.
Usando como corpo de prova um fragmento de
crieÈa1, a trituração ã evitada e aB raias maís carac
terísticae podem aer registradas, como reaLmente o fo
ram.
Na maioria dos caaos a radiação usada foi a do Cu Kc (1,5418 8), em regíme de 30 a 35 KV e L2 a
L7 mA. O Èempo de exposição do material aos raios X variou entre B a 32 horas, com cârca de gOZ dos f ilmes
obtidos com exposição de 23 horas"
Alguns minerais exigiram radiações diferen-res, de comprimento de onda maie longos que as do cobre,
devido ao fato de apresentarem aB raias dos respecti
vos diagramaB muito pr6ximas entre ei. Nesces casos
foram usadas as radiações Co Kc (Lr7g}2 8l e a do Fe Ka
(1,9373 8l aa guaie, por auaB freqtlênciae menores, dão
como resultado raias mais diatanciadas entre si e, con
eeq{lentemente¡maior poder reaolutívo aos díagramaa.
ú' .'\, )
As anã1íses para dosagem de elementoB traço foram feitas no EspecÈr6grafo philípe tipo ptÍ-1310, de
2 KW de potência, tendo sido utilizadas, como fontes
de excitação, ae radíações do tungstônio e ado nolibdâ-nio, policronáticas, dependendo do elemento quÍmíco
pesquisado e dae difÍculdades provocadae pela presença
de outros elementos nos divereoe minerais das amoBtras
n6dias de cada um dos quatro níveie de desmonte.
Estudo Tãrnico
Espectrografia de Raioa X
Para o esËudo tãrmico dos minerais gue ocor rem na j azida foi utilizado o equipa¡nento de Anãlise
Termo-Diferencial montado por Arruda, M.R. (1968) e j'a
suficientemente experimentado em algumas centenas de
anã1ises.
Referido equipamento A inteiramente manual,
com milivoltímetro, pirônetro e variador de voltagem
construídoB ou adaptados por firmas especializadas de
São Paulo
O mí livoltÍrnetro é do tipo de eixos com man
cais de safira e vai ligado ao circuito termo-diferen-cial do aparelho; ã aotado de escala com cêrca de 16
cenÈÍmeÈros de extensão, dividida em 6 partes iguais
correspondenÈes a 0rl mV, cada uma das quais ã subdivi
dida em dãcimoe, ou sejar €R 0r01 mV. O zero da esca
1a ã excêntrico, estando colocado no ponto
corr""Ool-denÈe a 2/5 da es.cala. Uma chave inversora da polari
dade da corrente fornecida pelos pares
termo-diferen-ciais permite leiturae na parte maíor da escala
ocasião de pícos exotÉrnícoe intensos. un eistema ca
librado de resietências de amortecimento, pode ser in eerido no circuito, quando a fôrça eletromotriz produ
cidade de registro do nilivoltÍmetro.
O pirônetro, tambã¡n do tipo de eixos com man
caia de safira, vai ligado ao circuito determinador da
temperatura do siBtema e poseui escaLa com capacidade
de atÉ 1 2Ooo c, com eubdivisões correapondenteB a l0oc.
O variador de voltagem, do tipo "Variac"rpej_
mite saÍdas de 0 a 120 volte, com entrada de 110 volta; possuí pocância de 1 r5 quilovates e fornece a energia necessãria ao forno de aguecimento do eistema.
o forno ã do tipo vertical, com I ohms de re
sietência, a qual ê constituÍda por fio Kanthal A-1. de
1r6 milímetros de diâmetro, enrolado em espirae com 1 centÍmetro de diâmetro. Essas eapirae vão embutidas na
parede refratãria do forno, deixando um espaço cí1Índri co úti1 de 7,5 centÍnetros de diâmetro.
Os minerais foram analísados em blocos
porta-*amostras conBËruÍdoe de nÍquel elet,rolltico, gendo uti
lizados termo-pares de a1ume1-crome1. Para o8 minerais
sulfetadoe foram utilizados porta-amostraB de porcelana,
sendo a amoatra diluÍda com 70 a 952 de alumina calcína
da a 1 25Oo C; êstes cuidadoe foram tomados para redu
zír ao mÍnimo o ataque dae partäe metãlícas pelos gases
contendo enxôfre.
As amostrås foram sempre Èrituradas atã menoe
de O,147 nilímetros de diâmetro (partÍcu1as que paBsam
em peneiras de 100 t'meshes tt) e compactadas
moderadamen-te no porta-amostras, oa quais foram mantidos descober
tos na maioria das anã1isee, para facilitar a eaÍda dos
gases durante o aquecimento.
-28-Pre
te e
pod e Ȁ t la f,
A razão de aquecimento dae amostras foi seg
de l0o C por minuËo, a partir da temperaÈura ambien
aÈé o mãximo de I LO0o C, poie o equipamento não
funcionar a ternperaÈuras maie elevadas. Esse lini entretanto, 6 o ¡nals uÈf1izado, eendo suficiente pg
ornecer resultadoB para quaisquer comparações com
/
a maioria das anãlises disponÍveiB na literaËura.
As curvas apreBentades foram devidar¡tente coI rigidae, não s6 pela subtração do "back-grouncl" caracEe
rístico de cada base utí1ízada para as análisee, como,
tamb6m, peLas correções da temperat.ura eùr que c.ada it
f lexão da curvå teve lugar, neceseãrias devido ä ínãr cia caracterlstica do pirônetro inÈegra¡tte do equípamen
to.
anãlises quÍmicas
Ae anãlises químicas - po¡: via ti,,,ida, m6todos
tradicionaie - foram executades no Laboratãrio de QuÍmi
ca do Departamento de Míneral-ogia e PeLrologia do Insti tuto de Geociências e Aetronomia da U¡riversidade de São
Paulo.
Uma sãrie de anãlisee totais foi feita com
as amostras mãdias de cada um dos quatro níveis de d"g
monte da jazída, para Be conhecer aproximadamente o
teor nãaio de cobre em cada nlvel, bem como as porcenÈa
gens dos outros 6xidos presenteB , obj etivando controlar
a presença doe minerais idenÈificados e poseÌvelmente
cle outros não detecÈadog durante o exame manual das amog
trag.
Alguns 6xidoe (Cu0, MgO, Nr2O, K2o e ItnO) f o
tram doeados por meio do Espectrômetro de Absorção Atômi
ca marca Beckman, urodê1o DBG.
Outra sõríe de anãlises foi
doe minerais da j azida, para verificar
com a líteratura e para a obtenção, em
dadoe para a melhor caracterizaçã,o de
cuja identifícação eBtava apreBentando
feita com alguns
a concordância
alguns casog, de
certoB materiais
E¡oocqroErafLa do ab¡orcão
Oe esPectrogramas de abaorção de raíos ig
fravermelhos de alguns doa minerais foran obtidoe em
equipamento Perkín-Elmer Mod. 457 con grade de difra
ção.
As amostraB foram trituradae atã partfculas
com diânetro inferior a O rO37 milluretroB (Paseando to talmente pela peneira de 4OO "meBhe8") er em seguida,
misturadas e prensadas com brometo de potãseíora vãcuo.
Noe espectrogramas acham-se aesinaladoa dois
pont,os bem determinados e que correepondem aos picos do
-r -1
poliester! a l.6O1r4 ("t-') e a 1'028'0 (cm-'). 0a grã
ficoe fornecidos pelo equipamento foram reduzidoe, por
nãtodo fotogrâtico, a menoe de um quarto do seu tamanho
normal, para possibilitar sua apresentação neste traba
Lho "
GENERALIDADES
thoe
dc
rato¡
fnfrtvorn6-A frente de I'avra sítuada na cota de 7LO me troB o nível zero, aberto recentemente - avançou
pouco mai s de 2 metros aL6m do dique de dí abãs io , t'endo
menos de 5 meEros de largura. Oe minerais de cobre aí
presentes são em maior parte a mal"aquita e a crisocola,
as quaie ãs vê,zes esfão envolvendo pequenas massas de
calcociCa, outras vâzes depositadas sôbre cristais de
quartzo secundário ou ainda ciment,ando fracament,e grãos
de granadas, de 6xidoe hidratados de f,erro e fragmentos de outros minerais o formando o gue 8e convencionou cha
mar t'malaquita terrosa". Massas verde-claro de
chantita impregnam restos da rocha encaixante contendo
principalmenÈe granada, Ìnateriel argilogo e ainda díver sos 6xídos hidraÈados de ferro.
O nível t' ó a frente de lavra mais antiga da
mina, onde o filão tem côrca de 30 q¡etros de esPesaura.
O desmonÈe desenvolveu-se na coEa de 7 1B meEros , forman
do patamar amplo (Fotoe 2 e 4) erB cuj a parede su1 eatão
situadas as duas aberturas da caverna. A parte que se
para as aberguras parece ser f o:rmada pelo núcleo do f i
Lão que res istiu ä inten6a oxidação e contãm princi-pal
mente borniLa, calcopirita e calcociEa, inÈercaladae de
f.imonira e outros 6xídos hidratados de ferro,
quantí.dade de granada e materiaL argiloso' Quart'zo e
epídoCo alEenado são os outros minerais da ganga. iç1a1.a
quita e crisocola se inÈercaLam em camadas de alguns
cent,Ímetros a decímeÈros de esPessurae mostranclo ås ca
racterÍst,icas superfícies mamelonares e reniformes, em certos locais recobertas por pseudomalaquita. Em dirg ção ã capa do vieiro, ã clirei.ta da aberÈura oesÈe da ca verna, o vei.o não mais apresenta su.LfeÈos e os mínerais
mais abundanteS são a malaqui';a e cr j.socoLa em camadas;
a mBlaquita Eerro6a e 6xidos hidratados de ferro englo
bam os restos da encaixante e depois de cêrca de 3 me Èros aÈinge-se o escarnito menos alterado, í'mpnegnado
de malaquita e crisocola, ¡\s soluções dôstes minerais, penetrando atravËs do ¿í.aclasamento da rocha, caminham
para o cenÈro dos blocos, colorindo de verde e åzu1 as
diãclases (Foto 5 ) e inclividu aLízando cada l¡Loco "
Fara LesÈe, ä esquerda da outrê abertura da
cåverna, o minãrio aasume aBpecto nÌtidamente terroso e
com zonas eeverdeadae ou pardacentas e comPosto de mala
quiCa terrosa, zonas ricas de brochantita e 6xidos hi
draEados cle ferro em misturà com o produto da deconfosi
ção do mãrmore dolomíÈico silícatado o Parte dêsse nãr
more remaneace inaLEerado, sobressaindo-se acima da sg
perfÍcie do piso, ai.nda muiÈo coerente e branco' com e6
tr6tos ricos de caLcita e dolorníta íntercaladoe com ca madas centímãtricae de wollastoniÈa e outros eilicatos de cã1cio. Pequenae nasBas de borniCa e calcocita
es-tão dissen¡ínadas no nnãrnore e ãe vê,zes preenche¡¡do ti's
Foto
3,-
Mãrrnoreexpo¡Èo.l!
nÍvef.
.ras corresPondem 48 tonåecato.8
-32-3.
A'¡n¡ls
ricab
b¡ndae
a¡n escus11IFo to
4-
Blocosuras e díãclases.
Nesee rumo a parede do nível
mi.na no contaÈo com o dique de diabásío,
aurão1a de alteração termaL "
No nÍvel 2 o vieiro ainda ã bastånte espâsso
e a malaquita e crisocola cor¡tinuaru sendo os minerais
mais abundantes da part,e central, maE os 6xídos hidrata
dos de f erro aument.åm a sua proporção. Aparecem co¡rì mais f reqtlência os veios de quartzo conì epídoto, prirrr:i_
palmente na parte superior do vieiro que se sitrrfl r'¿l l)â
rede oeste da escavação. NesBa parte um bl-oeo tle mãrrno
tre ainda pode ser visÈo a neia aLtura da paredeo rodeado
por material" de consietência terrosa e orrgrnarro e
vàùeImente, da a1Èeração da mesma ror:lr¿,r.. Êsse calcãrio
é remanescente do primitivo corpo i-c:nt.j.cular e
impregnado de massas de caJ.cnci-t.,.r,
1'al como lro nível 1, em direção ã tapa o vie!
ro mos tra-se de aspecLo Èerroso, com zonas ricas de bro
de desmont.r: t.er
onde nao se ve
clrantita e malaquita. Em irat,uras do escarniËo
ser enconÈradas a cornetita e lil¡ecl¡e¡rita associadas ã
pseudomalaquita e malaquita. Tamb6¡n a antLerita foi en
contrada nes ta parte do nível 2. LimoniÈa compacEa, com
malaquita e crisocola em fraÈuras, formam núc1eos rodea
dos por macerial argiloso rico em 6xidos hídratados de
ferro e resLoe <ia e¡lcaixante.
No nível 3 o desmonte desenvolve-se na cota
de 735 metros e o vieiro perde um pouco da sua possança, mas a malaquí ta e a crisocola manÈ6m e sua predoninância
sôbre o6 ouÈros minerais de cobre; regi6t,ra-se o quase
desaparecimento dos sulfetos r gue neste patamar
repreBentados por escaasas concentraçoes de calcocita,
apenaB nos locais oncle ôete mineral ficou protegido do
ataque dos agentes oxidantes "
pro
acha-se
A parte a oeste do vieiro mostra o escarnito
em adiantada alteração, j ã Ëerroso em certas pârtes maís podem
-34-pr6xlmae da superffcle do golo, ma8 alnda nu{to lmpreg
nado de malaquita e crieocola nas fraturas e outras ca
vidades. A parEe a leste do vieiro apresenta uma faixa
terrosa provenienÈe da alteração do mármore e contendo
õxidos hidraLados de ferro em mistura com grãos e frag
mentos de granadas, d. epídoto semí' alterado ' nlâssaB in
formes de nalaquiÈa e crísocola, zonas ricas de brochan tita e antleriÈa, outras com cornetitat libethenira e pseudomaLaquita. A foÈo 3 mostra uma parte remanescen*
te dâsse calcãrio expostâ no níve1 3, abaixo desÈa f ai
xa alterada. Em contínuação a e88a faíxa segue-'se,r eg
carniEo muito aLterado, que ainda contãm oxidados de cSt bre e ferro, aCã atingir o escarnito menos alterado '8em
ímpregnações de minerais de cobre, e que constítui a pa
rede leeÈe dôsse nlvel de desmonÈe'
A' plataf orma que const j tt¡i o níveL 4 'a meis
pr6xirna da superfície do ooIo, ð tÍpica zona de lixivia ção e s6 a nalaquita e crisocola ainda per¡üanecem
fraturas e cavidades, pois os suLfetos prãticamente jã não existem clesde o níveL 3" Mesmo os 6xidoe hidratadoe
cle ferro f,ora¡u sendo dissolvidos e levados para outras
parte6 e o escarnito mostra'se cheio de cavidades e al v6olos vazios, resutÈantes da dissolução dos seus cons tituintes, sendo os fi1ões de quartzo leitoso os corpog
menos a1Ëerados que podem ser vistos "
us ta verificação das associações mineralögi
cas¡ nos cinco nÍveis de desmonÈe, permite caracterizar
¿ì,,zona de lixi.viação" consticuída pelo níve1 4 e avan
çando pelo nível 3, a "zona de oxidaçãot' ainda presente
neste nf vel e evidenEe atË o nlvel t'zero", bem como a
nzona de enriquecimenEo secundãrio" com um núcleo resi.S
Ëente ã oxidação' representado pelo bloco de mãrmore im
pregnado de calcocita e exisÈente no níve1 2 e parÈe no
níve1 1 , bem como pela bornita e calcoci t,a do núcleo do
vieiro o tamb6m neBses níveie. A "zona prÍmária"
acha--se representacla eln todo6 o8 níveis peloa filões de
em
Foto 5L NÍve1 1 -ParedP oeéte -tlscarnito. diàclaaa
, do mosÈrando gineis da percrilação de 'so1î
çoe,E cuprÍferae a partir dan diãclaset'.