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Guia Pensamento Criativo Estudante

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Academic year: 2021

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Educação TEC

Inovações na Educação para o desenvolvimento sustentável

PENSAMENTO

CRIATIVO

Guia do estudante

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carta ao estudante

Olá! Este guia apresenta de forma prática a metodologia de trabalho Pensamento Criativo, que permite identificar e solucionar problemas relacionados ao desenvolvimento sustentável, visando estimular a sua criatividade e capacidade de inovação!

Aqui você vai aprender como utilizar o Pensamento Criativo e irá conhecer as cinco etapas que constituem um projeto (identificar, aprofundar, definir, experimentar e implantar). Em cada etapa você utilizará técnicas específicas, como pesquisa, entrevista, mapa de empatia, tempestade de ideias, prototipação, entre outras. O guia traz explicações que irão auxiliar você a executar cada uma dessas tarefas. Para o melhor aproveitamento deste guia, é recomendado que você o utilize com o acompanhamento do seu professor.

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introdução

Um dos maiores desafios do tempo em que vivemos é dar conta dos problemas que vão surgindo por causa do jeito que nós decidimos fazer as coisas. Por exemplo, o jeito como resolvemos utilizar os recursos naturais e descartar o lixo, governar nossas cidades e países, criar nossos negócios, comprar e vender produtos e serviços, entre outras milhares de coisas.

Esse jeito de fazer as coisas é orientado a partir de um conjunto de valores e princípios, que podemos chamar de modelo mental. Ao longo dos últimos anos, o modelo mental de pessoas que trabalham em algumas organizações tem se transformado, visando torná-las mais criativas e inovadoras na geração de soluções para os desafios e problemas que enfrentamos hoje.

Dentre estas pessoas estão os chamados designers, que estudam e trabalham para criar, desenhar e projetar produtos e serviços que nós, consumidores, desejamos. Eles pesquisam e analisam nossas necessidades para criarem coisas cada vez mais adequadas ao nosso jeito de viver, de uma forma sustentável. Além de observarem a nós, os usuários ou público-alvo, os designers observam vários outros elementos como, por exemplo: o melhor uso do recurso para determinado produto ou serviço, o processo mais eficiente para se produzir, a forma mais adequada de produzir considerando as necessidades dos usuários, a cor que combina mais com aquele público-alvo, o resultado mais belo, e a inclusão de outros pontos de vista no desenho daquela solução. Com o tempo, os designers foram percebendo que, pensando de um jeito diferente, eles tinham mais clareza para resolver os desafios e o resultado foi ficando cada vez melhor. Tal processo foi se moldando e recebeu o nome de Design Thinking.

Foi então que pesquisadores e especialistas na área da educação começaram a estudar como seria trazer esse conceito para dentro da sala de aula. Existem vários exemplos de aplicação desses princípios nas escolas e os resultados são bem bacanas. As aulas ficaram bem interessantes, com dinâmicas criativas e atividades práticas, os estudantes começaram a criar projetos incríveis e foram aprendendo os assuntos que fazem parte do nosso dia a dia. Como se despertasse algo novo, dentro de cada um.

Nossa equipe pesquisou, estudou e fez uma adaptação desses conceitos todos para a nossa realidade criando a metodologia Pensamento Criativo.

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pensamento criativo

O Pensamento Criativo é usado para identificar e resolver problemas, de forma criativa e inovadora, prestando atenção nas pessoas que são afetadas por esses problemas. Isto quer dizer que, observar e conhecer as pessoas é o ponto de partida para começar a gerar ideias para os problemas delas. As melhores ideias são prototipadas e testadas algumas vezes, até que uma solução seja encontrada e colocada em prática.

Por que é importante?

• Estimula a criatividade e o espírito inovador na criação de estratégias para a solução de problemas ou desafios;

• Incentiva as atividades em equipe, por meio do trabalho colaborativo; • Desenvolve a autonomia e o empreendedorismo;

• Instiga as habilidades visuais e manuais; • Promove o entendimento de processo;

• Desperta a capacidade de compreender o sentimento do outro; • Provoca um sentido de ação e urgência.

Etapas

Para chegar a uma solução, o Pensamento Criativo passa por diferentes etapas de forma evolutiva, ou seja, repetindo e melhorando o que já foi feito, sempre que necessário. A visão em etapas dá base ao projeto e permite a construção de um pensamento sólido, considerando as reais necessidades dos indivíduos que irão utilizar a solução criada. Estas etapas são chamadas de IDENTIFICAR, APROFUNDAR, DEFINIR, EXPERIMENTAR e IMPLANTAR. Além disso, constantemente há um processo de MEDIAÇÃO do educador, que acompanha e orienta os estudantes. Sempre que uma etapa é finalizada realiza-se a AVALIAÇÃO DA EQUIPE, uma autoavaliação dos estudantes com o propósito de promover a reflexão sobre a evolução do trabalho realizado.

A seguir são apresentadas orientações para o trabalho com cada uma das etapas do Pensamento Criativo.

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ETAPA Identificar

Identificar um problema é o ponto de partida para começar um projeto, pois ele confere o propósito do trabalho e orienta as pesquisas que serão feitas nas outras etapas.

Geralmente esta etapa é feita por um educador, que comunica para os estudantes o problema que precisa ser solucionado. No entanto, em alguns casos, os estudantes podem colaborar com os educadores apresentando sugestões de problemas que gostariam de trabalhar.

ETAPA Aprofundar

Nesta etapa, procura-se conhecer melhor as questões relacionadas ao problema de modo a desenvolver o conhecimento inicial para resolvê-lo. O educador orienta os estudantes na busca do conhecimento científico necessário para compreender o contexto do problema, de modo a criar soluções com fundamentação. Neste momento é possível utilizar uma diversidade de técnicas, como pesquisas, entrevistas e observações.

Pesquisa

Uma forma de começar a resolver nosso problema é levantar o conhecimento já

existente sobre ele, dentro e fora da equipe. Dentro da equipe, é possível compartilhar o conhecimento entre os participantes utilizando uma tabela como a apresentada a seguir.

COMPARTILHAR O QUE SABEMOS

O que já sabemos

O que queremos conhecer mais

O que a equipe acredita já saber sobre o problema? O que a equipe gostaria de conhecer melhor? Registre suas hipóteses, suposições e questões.

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O conhecimento sobre o problema que está fora da equipe pode ser acessado por meio da realização de pesquisas na biblioteca da escola, na internet, em revistas, em filmes e outros tipos de materiais de consulta. Existem diversas formas de pesquisa, e o educador pode orientar os estudantes sobre isso. Uma maneira simples é registrar as informações consideradas importantes em uma ficha de pesquisa como o modelo abaixo.

Resultado das pesquisas

Cada fonte de pesquisa consultada gera uma ficha. As fichas precisam ser organizadas em um único arquivo digital.

Entrevistas

A entrevista é uma forma de entender melhor as pessoas que constituem o público-alvo da solução a ser projetada. As entrevistas permitem investigar e documentar de que forma as pessoas convivem, lidam e sentem em relação ao problema. Depois de levantar estas informações, teremos condições de criar soluções que podem realmente ajudar as pessoas.

Ficha de Pesquisa em Internet ou outros meios

Título:

Site: Autor:

Resumo:

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Como fazer entrevistas:

Planejar uma entrevista é fundamental. O tempo das pessoas é muito valioso, por isso, deve-se respeitá-lo e aproveitá-lo. Toda a atenção dos envolvidos precisa estar voltada para a entrevista. Para tanto, é muito importante planejá-la e prepará-la antes de realizá-la. Ao terminar uma entrevista, o entrevistador fica sabendo mais sobre o que está pesquisando, e o entrevistado percebe coisas que não tinha se dado conta antes. A entrevista é um momento de reflexão, e ao seu término todos os envolvidos saem com uma visão diferente sobre o problema.

1º Tempestade de perguntas:

Em equipe, escreva todas as perguntas sobre o problema, que vierem à cabeça dos

integrantes. É importante tentar fazer perguntas abertas.

Com quem você quer conversar e levantar informações? Crie uma descrição para as pessoas que são atingidas pelo problema e para quem você vai criar soluções.

Selecionar participantes para as entrevistas

Perguntas abertas são questões que levam a uma discussão mais aprofundada. São perguntas que não têm uma resposta simples, como “sim” ou “não” ou apenas um número.

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Veja alguns exemplos de perguntas abertas:

• Como você descreveria seu final de semana ideal? Por quê?

• Você poderia contar uma história sobre a última vez que você viu a pracinha limpa? • Como você se sentiu?

• O que você fez?

2º Construir o roteiro de perguntas:

Em seguida, é necessário estruturar um roteiro com as perguntas consideradas mais importantes. Um roteiro normalmente é separado em quatro partes: (1) uma introdução para apresentar os objetivos da entrevista e coletar os dados pessoais do entrevistado; (2) uma apresentação do tema da entrevista de uma maneira mais geral; (3) o aprofundamento nas questões mais importantes do tema; (4) a exploração de hipóteses e finalização da entrevista.

roteiro de entrevistas

1

2

3

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3º Realizando as entrevistas:

Certifique-se de estar com o roteiro de perguntas preparado e de agendar a data, local e horário da entrevista com os entrevistados selecionados. O começo de uma entrevista pode ser um pouco constrangedor. Tente relaxar, imagine que você está entrevistando um parente ou um amigo. Para não deixar o nervosismo tomar conta, mantenha a ordem das perguntas durante a entrevista. A equipe pode escolher um dos integrantes para conduzir a entrevista, mas todos podem participar. Não é obrigatório fazer somente as perguntas que estão no roteiro. Caso apareça alguma pergunta importante no decorrer da entrevista, pode-se fazê-la ao entrevistado.

É importante gravar o áudio da entrevista, ou mesmo um vídeo. Quando a entrevista acabar, é necessário fazer um registro das respostas. Para isso, o entrevistador pode utilizar-se da gravação realizada para preencher a ficha de entrevistas apresentada a seguir.

Resultado das entrevistas:

Cada entrevista precisa ser registrada utilizando-se a ficha a seguir. Organize todas as fichas em sequência em um arquivo digital.

Título da entrevista: Entrevistado: Data: Local:

Registro de entrevistas

Pergunta 1

Pergunta 2

Pergunta 3

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Existem nove regras básicas para fazer uma entrevista, confira:

1. Incentivar as pessoas a contarem histórias. Elas revelam seu ponto de vista e como

elas se sentem em relação ao problema. Recomenda-se usar perguntas do tipo: “Conte-me sobre a última vez que...”.

2. Sempre que possível, perguntar “Por quê?” Mesmo quando se acredita conhecer a

resposta, pois o retorno poderá surpreender.

3. Observar a linguagem corporal. Buscar estar ciente das emoções da pessoa

entrevistada.

4. Dar espaço para o silêncio. Permitir que a pessoa entrevistada reflita sobre aquilo que

acabou de dizer.

5. Não sugerir respostas para as perguntas. Isto pode levar as pessoas a dizerem

coisas que não necessariamente refletem sua opinião.

6. Fazer perguntas de forma neutra. Por exemplo, é melhor perguntar “O que você

pensa sobre esta ideia?”, do que perguntar “Você acha que esta ideia é impossível de realizar?”

7. Evitar perguntas binárias. Perguntas binárias somente possibilitam respostas como sim

ou não. Por exemplo: “Está com fome?”; “Foi para a Escola?”

8. Fazer perguntas curtas. Desta forma a pessoa entrevistada não corre o risco de ficar

perdida na pergunta.

9. Somente uma pergunta por vez e uma pessoa por vez. Procure resistir à vontade de

economizar tempo perguntando a duas pessoas ao mesmo tempo. Desta forma, pode-se perder detalhes muito importantes.

Observação

Observar é uma atividade que complementa as entrevistas e ajuda na etapa de aprofundamento. A escolha do local para a observação é muito importante, você deve priorizar os locais onde ocorre o problema. Neste local, durante a observação, busque entender como as pessoas se comportam e de que maneira elas estão sendo afetadas.

Tudo o que for relevante para solucionar o problema precisa ser registrado pelo observador. O registro pode ser feito através de câmeras fotográficas, câmeras de vídeos ou

simplesmente por meio de um bloco de anotações. Para criar soluções que funcionem e que sejam aceitas pelas pessoas, é preciso observar o problema acontecendo, a reação das pessoas, conhecer suas necessidades e sugestões para melhorar a situação atual. Assim, será possível analisar as dificuldades existentes a partir de um ponto de vista prático.

É muito importante conhecer bem as pessoas, pois vamos precisar nos colocar no lugar delas no momento de projetar uma solução.

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Como fazer observações

A organização de uma atividade de observação começa com a construção de um guia, como apresentado a seguir:

Preparação para observação em campo

É necessário distribuir tarefas antes de ir a campo para fazer as observações. A equipe precisa definir: Quem será o responsável por confirmar as datas, o horário e o local para as atividades de pesquisa? Quem providenciará o equipamento para a gravação? Quem ficará responsável por conduzir a entrevista? Quem ficará responsável por organizar os documentos da observação?

Como observar as pessoas?

Para observar pessoas no seu cotidiano, pode-se adotar a técnica sugerida abaixo, que também pode ser usada com fotografias ou vídeos.

O quê: Começar com observações concretas

– O que a pessoa que está sendo observada está fazendo? Observar e escrever os detalhes, procurando ser claro.

O que a equipe está procurando aprender com a observação? Registre temas e questões que você quer abordar durante as observações.

GUIA DE OBSERVAÇÃO

Responsabilidade

Organizador (datas, horários, etc). Equipamentos

Líder da entrevista Documentação

Membro da equipe

Locais para visitar Quais os locais que você considera importantes visitar para explorar o problema?

Coisas para ver

Quais são as coisas que você não pode deixar de observar ao visitar o lugar?

Coisas para fazer O que você pode fazer para ampliar seu conhecimento sobre o problema ou para se inspirar em

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Essa atividade ou situação afeta o estado (humor) da pessoa de forma positiva ou negativa?

Por quê: Ir além da interpretação

– Por que a pessoa observada está fazendo isso? – Por que está fazendo isso desta forma?

Check List para observações

• Guia de questões

• Contato dos participantes • Endereço do local

• Blocos de notas e canetas • Câmera (verificar baterias) • Tripé

• Outros:____________________

Resultado das observações

Cada observação precisa ser registrada em uma ficha conforme o modelo a seguir. Organize todas as fichas em sequência em um arquivo digital.

Ficha de observação

o que foi observado:

Data: Local: Principais anotações:

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ETAPA Definir

Na etapa anterior, foram coletados dados visando uma maior compreensão sobre o problema. Agora, nesta etapa, serão organizados e analisados todos os dados coletados, visando destacar as informações mais importantes. Através deste trabalho vamos

exercitar nossa empatia com as pessoas que são atingidas pelo problema, ou seja, vamos nos colocar no lugar delas para imaginar como se sentem diante do problema e quais necessidades têm.

Para ajudar na organização das informações, recomenda-se utilizar o Mapa de Empatia.

Mapa de Empatia

Por que usar o Mapa de Empatia?

Uma boa solução é baseada em uma profunda compreensão das pessoas para quem se está projetando soluções. O Mapa de Empatia é uma ferramenta que ajudará a:

• Identificar as necessidades das pessoas envolvidas no problema;

• Sintetizar as observações e extrair descobertas e ideias (insights) inesperadas; • Propor ideias para possíveis soluções;

• Compreender os benefícios de construir uma solução.

Mapa de Empatia

Uma boa solução de projeto é baseada em uma profunda compreensão da pessoa para quem você está projetando. Esta é uma ferramenta que ajudará a sintetizar as suas observações e extrair descobertas e ideias (insights) inesperadas.

Como usar?

Enquanto cada um dos colegas da equipe apresenta os resultados que foram obtidos na etapa APROFUNDAR, os demais fazem anotações no mapa de empatia.

Pensa e sente?

ESCUTA?

VÊ?

FALA E FAZ?

O que realmente conta, principais preocupações

o que os amigos dizem, o que o chefe fala, o que influenciadores dizem

atitude em público, aparência,

ambientes, amigos, o que o mercado oferece

O que ele

O que ele

O que ele

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Dizer: Anotar aqui palavras importantes ou citações que a pessoa disse.

Fazer: Anotar aqui as ações e comportamentos observados. Escreva detalhes específicos,

faça diagramas ou desenhe.

Pensar: O que as pessoas podem estar pensando? O que isso lhe diz sobre suas crenças?

Anote frases do tipo: “Eu acho que...”, “Acredito que...”, ditas pelas pessoas.

Sentir: Quais emoções as pessoas poderiam estar sentindo? Medo, frustração, felicidade,

decepção...

É importante ressaltar que pensamentos, crenças e sentimentos podem ser interpretados a partir de aspectos como linguagem corporal, tom de voz e escolha de palavras que se observa durante a entrevista.

Identificando necessidades:

As necessidades das pessoas podem ser físicas ou emocionais. Identifique e anote as necessidades a partir das características das pessoas que você observou. As necessidades também podem ser identificadas pelo que as pessoas dizem e fazem. Anote-as.

Identificando descobertas e ideias:

Descobertas e ideias podem nascer a partir de contradições dentro de um mesmo mapa, ou entre mapas de dois grupos diferentes. Quando observar um comportamento estranho, se pergunte: “Por quê?”. E então, anote as “tensões”, “contradições” e “surpresas”.

Ao final desta atividade, o mapa de empatia será o grande resumo de todas as atividades feitas na etapa APROFUNDAR.

Com o mapa completo é provável que algumas causas geradoras do problema sejam identificadas. Para prosseguir para a próxima etapa, é necessário escolher uma das causas do problema, que será utilizada como referência para criar uma solução. A causa a ser solucionada recebe o nome de problema específico.

Criar o Problema Específico

Depois de identificar uma causa do problema para trabalhar, a equipe precisa expressá-la em uma frase denominada problema específico. Sugere-se que a frase contenha informações, tais como, a necessidade, o sujeito e os benefícios esperados.

É possível construir vários desafios para o mesmo problema. O educador pode orientar os estudantes a selecionarem um desafio.

Exemplo: Como estimular a separação do lixo no meu bairro e assim

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ETAPA Experimentar

Com base na definição do problema específico, inicia-se um processo de geração de ideias, construção de soluções e testes. Nesta etapa nossa criatividade é muito importante! O trabalho começa com uma tempestade de ideias, depois são construídos protótipos e por fim são realizados testes com algumas pessoas.

Tempestade de ideias

É uma técnica usada em dinâmicas de grupo para explorar as habilidades, potencialidades e criatividade das pessoas, para gerar soluções para o problema ou desafio que se quer trabalhar. Esse tipo de dinâmica é importante, pois permite compartilhar nossos conhecimentos adquiridos ao longo da vida, além de permitir que treinemos nosso posicionamento diante de um determinado tema.

Como fazer?

Na tempestade de ideias uma pessoa apresenta um problema ou tema e os participantes da equipe geram uma grande quantidade de ideias para a sua solução. O importante é conseguir registrar um número grande de ideias, sem a preocupação de julgar se a ideia é boa ou ruim. O importante nesta atividade é deixar a criatividade solta e evitar criticar o que as pessoas vão falando. Ao contrário, o interessante é tomar as ideias dos outros como inspiração e procurar combiná-las com as nossas, e criar propostas cada vez mais diferentes.

Check list da tempestade de ideias

• Selecionar um líder na equipe • Apresentar o problema específico

• Apresentar as regras da tempestade de ideias • Começar com uma introdução

• Manter a equipe atenta

Regras da tempestade de ideias

1º Estimule a fala

Não crie um ambiente inibidor, pelo contrário, estimule a fala, e dê valor ao que é exposto.

2º Estimule as ideias malucas

São de momentos criativos como esses que surge a inovação.

3º Construa sobre a ideia dos outros

Outras visões são capazes de ampliar uma ideia;

4º Mantenha o foco

Fique no assunto proposto, com os olhos fixos no alvo. E faça a atividade em um local que não tenha distrações.

5º Seja visual

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6º Uma conversa por vez

Apesar de o nome remeter a uma tempestade, a ideia não é tumultuar, e sim ter um ambiente que favoreça a exposição ordenada de ideias.

7º Quantidade importa

Procure criar o máximo de ideias possíveis.

No final da tempestade de ideias, os participantes da equipe registram todas as ideias no formulário abaixo e votam nas três melhores. Não jogue as outras ideias fora, durante o processo de prototipação, elas podem se tornar fontes de inspiração.

As três melhores ideias precisam ser exploradas com maior profundidade. Para isso, a equipe começa a descrevê-las brevemente, podendo também desenhá-las, se necessário. Depois desta breve exploração das melhores ideias, a equipe vota para decidir qual é a melhor solução para prototipar.

Prototipação

Após a tempestade de ideias a melhor sugestão da equipe precisa ser prototipada, testada e, se possível, implementada. A prototipação é fundamental para estimular a criatividade e a inovação, pois é aqui que a equipe materializará suas ideias.

Registro de tempestade de ideias

Facilitador: Tópico: Ideias geradas: Melhores ideias: 1- 2-

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3-A palavra protótipo é derivada do grego, onde Protós significa primeiro, e Typos significa tipo. Uma tradução possível da palavra seria: primeiro modelo que está em fase de testes, de estudo, ou de planejamento.

• Prototipar é pensar com as mãos; • Exibir uma ideia em formato físico; • Construir para pensar melhor; • Visualizar o pensamento.

Há diversas maneiras de fazer um protótipo e vários materiais podem ser utilizados. Pode ser um desenho, uma maquete, uma apresentação, um teatro, um vídeo, uma história, um poema, metodologias, produtos, história em quadrinhos, blogs, sites, jogos, etc.

O tipo de solução escolhida é que irá definir qual ferramenta será utilizada na prototipação. Por exemplo, caso seja um processo é melhor representá-lo por meio de um teatro ou utilizando fantoches; se for um produto, ele pode ser mais bem representado através de um desenho ou de trabalho com materiais.

Para auxiliar na escolha do protótipo considere a seguinte pergunta:

Quem irá se beneficiar com a solução? Por exemplo, se os beneficiados são crianças, não seria legal um teatro com fantoches, um jogo ou um vídeo?

Lembre-se que prototipagem não é simplesmente uma forma de validar a sua ideia, é uma parte integrante do seu processo de inovação. Prototipar é construir para pensar e aprender. As salas de Criação Digital e de Prototipação possuem diversos recursos e ferramentas para auxiliarem as equipes a construírem suas soluções.

Exemplos de protótipos

Protótipos podem ser objetos concretos produzidos com diversos tipos de materiais, ou objetos digitais, produzidos com a ajuda de câmeras e softwares de computador ou tablet. Também podem ser histórias, contadas por meio de teatros ou fantoches.

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Maquetes

Teatro

Arduino

Vídeos

Jogos

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Validação do Protótipo

O momento de validação do protótipo serve para verificar o bom funcionamento da solução, permitindo melhorá-la antes da implementação. É a hora de aprender com os erros para que a implementação da solução final seja mais eficiente. Se for possível, teste o protótipo durante o processo de criação com o público-alvo antes de apresentar a solução final a todos.

Pontos importantes na hora de testar o protótipo: • Não fale sobre sua solução, mostre-a!

• Explique sua solução como se estivesse contando uma história.

• Se for um produto, jogo, site, entre outros, permita que as pessoas interajam com a solução.

• Peça a opinião das pessoas para que possa arrumar e/ou melhorar o protótipo ainda mais.

Dependendo do tipo de solução é importante realizar uma série de perguntas que auxiliem sua equipe a melhorar a solução. Outra possibilidade é pedir para as pessoas preencherem o formulário apresentado a seguir, pois ele coleta uma série de informações para a análise do protótipo.

Exemplo de tabela a ser preenchida pelo público-alvo.

Quais são os pontos positivos? Quais são os pontos negativos?

Outros comentários: Quais são as oportunidade de melhoria?

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ETAPA Implantar

Quando uma boa solução for criada busque formas de disseminá-la para a comunidade. Existem algumas instituições que estimulam o empreendedorismo social e fornecem recursos para que uma boa ideia ganhe o mundo.

Empreendedorismo – da escola para o mundo

Para a realização desta etapa, recomenda-se que a escola e a família sejam as instituições que estimulam os estudantes na implantação dos seus projetos. Este estímulo pode ser concretizado de várias formas. A seguir são apresentadas algumas possibilidades.

A escola pode implantar projetos de estímulo ao empreendedorismo por meio de parceiras com instituições ou empresas, como a Junior Achievement(1) , uma Organização Social e Civil de Interesse Público (OSCIP), que aplica em sala de aula programas de educação econômico-prática com o objetivo de despertar o espírito empreendedor nos jovens. Da mesma forma, o SEBRAE(2) oferece cursos gratuitos de formação sobre

empreendedorismo por Ensino a Distância (EaD). Outra possibilidade de implantar uma solução é através das redes sociais, especificamente as crowdfunding(3) (traduzido literalmente como “financiamento coletivo”). Estas redes sociais promovem a obtenção de capital para iniciativas, projetos ou produtos por meio de doações coletivas, em geral de pessoas físicas interessadas em patrocinar a iniciativa, o projeto ou o produto. Esse financiamento coletivo geralmente arrecada dinheiro para iniciativas culturais, start-ups, filantropia, desastres naturais, entre outros. Um exemplo de crowdfunding é o “Social Good Brasil(4) ”.

(1) <http://www.jabrasil.org.br/sc/>

(2) <http://www.ead.sebrae.com.br/quero-empreender/> (3) <http://catarse.me/en>

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Outro exemplo bastante popular no Brasil é o “Catarse”(5) . Neste site, diversos projetos são incentivados, nas mais diversas áreas. O “Catarse”possui também o “Canal Asas”(6) específico para potencializar projetos criativos de jovens transformadores.

Auto-avaliação da Equipe

Ao final de cada etapa do processo, os estudantes fazem uma autoavaliação da equipe, com o objetivo de analisar os resultados obtidos na etapa. De forma geral, os estudantes precisam avaliar em equipe o que funcionou bem, o que aprenderam e como podem melhorar. Também é importante registrar perguntas e ideias para o projeto, sempre levando em consideração as pessoas, as relações entre elas, os processos e ferramentas utilizados e os resultados obtidos. A partir desta análise, os estudantes podem definir um plano de melhorias para as etapas seguintes.

Para a autoavaliação, pode-se utilizar a tabela abaixo. Ela pode ser trabalhada no computador, mas também pode ser desenhada no quadro e, depois de preenchida, os estudantes podem tirar uma foto do quadro e anexar o arquivo junto com a documentação do projeto que estão desenvolvendo.

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AVALIAÇÃO

Equipe: Etapa:

Data:

o que funcionou bem?

Perguntas: Idéias:

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Técnicas complementares

Algumas técnicas complementares, apresentadas a seguir, podem ser utilizadas durante o trabalho com o Pensamento Criativo, principalmente nas etapas Aprofundar e Experimentar.

STORYBOARD

O storyboard é um instrumento de estruturação de um filme ou animação. O objetivo é descrever por meio de desenhos o conceito visual da história. A sequência de cenas, a inserção dos personagens e as principais ações de cada cena, são elementos que devem estar presentes no . Como podemos observar no exemplo a seguir, os quadros representam as cenas, enquanto os personagens presentes e a descrição de cada quadro relata a ação que se desenrola em cada cena. Essa descrição da ação também pode ser feita com flechas ou qualquer outro sinal para representar os movimentos no próprio desenho.

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Contando histórias

Para descrever aquilo que já sabemos do problema ou desafio, utilize a técnica de contar histórias.

A técnica de contar histórias pode ser bastante útil para comunicar resultados de pesquisas. Em alguns casos, também pode ser empregada para estimular seções de tempestade de ideias e para apresentar alguns tipos de protótipos.

As histórias são uma ótima maneira de conectar as pessoas com fatos memoráveis e pode ser fator relevante na geração de ideias.

Uma história pode ser contada a partir de histórias em quadrinhos ou em textos narrativos. Alguns pontos importantes para considerar na hora de construir histórias são:

Autenticidade: As histórias são mais poderosas quando incluem um pouco de você. O personagem é muito importante:por meio dele é possível expressar necessidades

humanas, o que pode gerar empatia e interesse da equipe. Concentre-se no personagem.

Drama: Sua história deve ter três componentes: Ação, Conflito e Transformação. Ação: O que o personagem está tentando fazer? Que ações estão sendo feitas para

alcançar seus objetivos?

Conflito: Qual o problema? Qual o desafio? Quais os impedimentos?

Transformação: Qual a grande descoberta? Como a ação (aquilo que foi feito) resolveu o

desafio/problema?

Histórias em quadrinhos podem ser feitas por meio de desenhos ou utilizando aplicativos na internet. Uma redação pode ser criada tomando como base a estrutura apresentada a seguir.

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1º APRESENTAÇÃO (ou INTRODUÇÃO) – Constitui o início da história a ser

nar-rada. Neste momento, o narrador (você) apresenta os fatos iniciais, os perso-nagens e, na maioria das vezes, o tempo e o espaço.

Título:

2º Complicação (ou desenvolvimento) – Representa a parte em que se

desen-volve o conflito. O conflito é o momento em que algo começa a acontecer, e o leitor, fica surpreso à espera do que está por vir.

3º Clímax – É o momento mais tenso da narrativa, pois tudo pode acontecer,

podendo ser aquilo que esperávamos ou não.

4º Desfecho (ou conclusão) – Revela o final da história, a solução para o

conflito.

Ficha de Interpretação de Vídeos

Filmes são ótimas fontes de informação e costumam ser muito utilizados na educação. A percepção dos estudantes em relação a este tipo de recurso pode ser desenvolvida por meio da ficha de interpretação apresentada a seguir.

Filme/Ano: Direção/País:

Atividade para entrega: __/__

1 - A qual gênero cinematográfico esse filme se associa? Justifique. 2 - Qual o nome dos principais personagens? Cite, no mínimo, três. 3 - Quais são os principais cenários do filme? Cite três.

4 - Como é o figurino do filme?

5 - Há trilha sonora(música) no áudio do filme? Cite duas cenas. 6 - Há sons ambiente no áudio do filme?

7 - Existia texto nas imagens? Cite exemplos. 8 - Qual é o seu personagem favorito? 9 - Você mudaria algo no filme? Justifique

10 - Como é a personalidade dos principais personagens?

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ANEXO 1- Resumos das etapas

Etapa 1 Etapa 2 O que? O que? Objetivo Objetivo Como fazer? Como fazer? O QUE FAZER? O que fazer? Resultado Esperado Resultado Esperado Identificar Aprofundar Identificar um desafio ou problema para solucionar.

Aprender coisas novas que nos ajudem a entender melhor o problema e como ele afeta a vida das pessoas. Descobrir uma pergunta ou um problema que vale a pena resolver é o começo do projeto.Esta definição irá guiar suas dúvidas e ajudá-lo a permanecer no caminho durante todo o processo, pois ele comunica o propósito do trabalho que será

desenvolvido pelas equipes e orienta as pesquisas em campo e as soluções que serão criadas.

Pesquisar sobre diversas questões relacionadas ao problema, buscando levantar o conhecimento já existente sobre ele e entender quais são as causas de sua existência. Para pesquisas, utilize materiais multimídia, revistas e livros. Perceba o que as pessoas fazem diante do problema e como se sentem. Realize entrevistas e faça observações do problema.

Estar atento aos fatos reais e de importância que ocorrem na escola e na comunidade.

Pesquisar as pessoas e seus problemas.

Produzir uma pergunta que expresse o problema que deve ser abordado no projeto.

Coletar e documentar um conjunto de informações sobre o problema e sobre as pessoas que são afetadas por ele.

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Etapa 3 O que? Objetivo Como fazer? o que fazer? Resultado Esperado Definir Definir as necessidades e percepções das pessoas que sofrem com o problema e listar as razões pelas quais este problema existe.

Estas informações vão guiar a criação da solução.

Nesta etapa precisamos nos colocar no lugar das pessoas que sofrem com o problema que vamos resolver, ou seja, exercitar nossa empatia. Para isso, vamos analisar e sintetizar todas as informações coletadas na etapa anterior e encontrar as informações mais importantes para organizá-las em um mapa de empatia. No mapa são destacadas informações sobre as causas do

problema, o que as pessoas pensam sobre o problema e quais são suas necessidades. Ao final desta etapa vamos escolher uma das causas para escrever uma frase que defina o desafio específico que pretendemos resolver nas próximas etapas.

Estar aberto para expressar tudo aquilo que você pesquisou e absorveu até agora, de forma visual e focado em definir o problema/ desafio.

Maior consciência sobre o problema, empatia com as pessoas e a escolha do desafio específico.

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Etapa 4 Etapa 5 O que? O que? Objetivo Objetivo Como fazer? Como fazer? O que fazer? o que fazer? Resultado Esperado Resultado Esperado Experimentar Implantar

Gerar ideias para propor soluções para o desafio específico, protipar uma solução e testá-la.

Implantar a solução

desenvolvida pela equipe no mundo real.

Nesta etapa, vamos começar a gerar ideias para criar as soluções para nosso problema ou desafio, por meio de uma tempestade de ideias. Depois, a melhor ideia é escolhida para que se faça um protótipo da solução, utilizando diversos tipos de ferramentas e materiais. . Quando o protótipo estiver pronto, passamos para o momento de testes, visando coletara opinião das pessoas afetadas pelo problema. Com base nestas informações, vamos poder aprimorar nosso protótipo até obtermos um resultado satisfatório.

Ao avaliar que uma solução poderia trazer contribuições para uma comunidade, escola, cidade, etc., sugerimos que a equipe busque obter recursos junto a projetos de fomento ao

Estar de mente aberta para criar soluções criativas e inovadoras e não ter medo de errar.

Estar focado para encontrar oportunidades.

Um protótipo validado pelas pessoas envolvidas com o problema.

Obtenção de recursos para implantar a ideia

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Referências

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