PRDGRAMAI2PÓSGRADDAÇÃDIm4ADNnNmTRAçÃo
ÁREAInzcoNcENTRAçAozPOLHHCASEcmSTÃoINSTn1Mn0NAL
TURMA
ESPECIAL UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA
MARIA
AS
ESTRATÉGIAS DE
UMA
EMPRESA
AGROINDUSTRIAL:
'IO CASO
DO
FRIGORIFICO
COTRIJUI
ARIOSTO
SPAREMBERGER
FLORIANÓPOLIS
AS
ESTRATÉGIAS DE
UMA
EMPRESA
AGROINDUSTRIAL:
IO CASO
DO
FRIGORIFICO
COTRIJUI
Dissertação apresentada ao
Curso
dePós-Graduação
em
Administração
daUniversidade Federal de Santa
Catarina
como
requisito parcial paraobtenção do Título de
Mestre
em
Administração.
Prof.
Milton Luiz
Wittmann,
Dr.
Orientador
O
CASO
DO
FRIGORIFICO
COTRIJUI
Ariosto
Sparemberger
Esta dissertação foi julgada
adequada
para a obtençãodo
título deMestre
em
Administração
(área de concentraçãoem
Políticas eGestão
Institucional) e aprovada, na sua
forma
final, peloCurso
dePós-Graduação
em
Administração
da Universidade Feder`al_de Santa Catarina.Cl IQ
as
is
Prof. elson Colos , Dr.
Coordenador
do ursoApresentada
àComissão Examinadora
integrada pelos professores:Prof.
Mi
n Luiz Wittmann,”Dr. (orientador)éf-ix,
_l
-
tourJL
Prof. Nels n Colossi, r.
(membro)
l “
i
1
Prof. Paulo Cesar da
Cunha\%a&a,
Dr.(membro)
E
A
Deus
por
proporcionar-me
arealização desta tarefa.
À
minha
esposa
ecompanheira
Odete
emeus
filhosAlan
e Cristian,pelo apoio,
amor
e carinho.A
meus
pais pelacolaboração
eO
autor agradece especialmente as instituições e pessoas a seguir:0 Universidade Federal de Santa Catarina;
0 Universidade Federal de Santa Maria;
0 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões;
0 Professor Dr. Mílton
Wittmann,
pelas imprescindíveis orientações e grandecompreensão
para a elaboração da dissertação;0 Professor Dr.
Nelson
Colossi, pela eficientecondução
dos trabalhos juntoao mestrado;
0 Cooperativa Regional Tritícola Serrana Ltda. -
Unidade
FrigoríficaSão
Luiz
Gonzaga;
0
Ao
Gerente daUnidade
Frigorífica Sr. Alcio Schneider;0
Ao
Gerente Industrial do Frigorífico Sr.Eduardo Antônio
Ceratto;0
Ao
Supervisor deVendas
do Frigorífico Sr. Dorival Cargneluti;0
Ao
Chefe
Administrativo do Frigorífico Sr. Roberto Erivan;0
Ao
Coordenador
deVendas
do Frigorífico Sr. Rolf Strey;0
Ao
Assistente daÁrea Comercial
do Frigorífico Sr. Dirceu Fracaro;0
À
Sra. Cristiane Vieira Preste,Química
Industrial do Frigorífico;0
A
Sra.Ângela
Tillmann,Química
Industrial deAlimentos
do Frigorífico;0 Sindicato da Indústria de Produtos Suínos do Rio
Grande
do Sul;0 Colegas de
mestrado
quesouberam
compartilhar dúvidas e conhecimentos,em
especial aosamigos
Élvio BiasiBolzan
e Cirino Calistrato Rebello;0
Ao
corpo docente e funcionários doCurso
deMestrado
em
Administração
da
UFSC,
pela atenção, dedicação, qualidade e eficiência do curso;0
A
todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a realizaçãoDEDICATÓRIA
... ..Iv
AGRADECIMENTOS
... ..V
LISTA
DE FIGURAS
... ..Ix
LISTA
DE
TABELAS
... ..x
RESUMO
... ..XI
ABSTRACT
... _. XIIIINTRODUÇAO
... .. 1 1O
PROBLEMA
... .. 3 1.1DESCRIÇÃO
DO PROBLEMA
... _. 3 1.2OBJETIVOS
DA
PESQUISA
... .. ó 1.3RELEVÂNCIA
DA
PESQUISA
... .. 6 ~ f 2EUNDAMENTAÇAO
TEORICA
... .. 9 2.1MACROAMBIENTE
... .. 9 2.2PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO
... .. 11 2.3ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
E ... .. 15 2.3.1 Conceito de estratégia ... ._ 20 2.3.2Formulação
de estratégia ... _. 22 2.4MODELOS
DE ESTRATÉGIA
... .. 26 2.4.1Modelo
Porter ... .. 273
4
5
2.4.1.2 Estratégias genéricas ... .. 29
2.4.1.3
A
cadeia de vaior ... .. 332.4.1.4 Estratégias de integração vertical ... .. 36
2.4.2 Estratégia de
Ansoff
... .. 39 2.4.2.1 Estratégia de carteiras ... ..40
2.4.2.2 Estratégia competitiva ... .. 42 2.4.3BCG
e a curva da experiência ... .. 43 2.4.4 Estratégias de marketing ... .. 45 2.5AGRONEGÓCIOS
... ._ 52 2.5.1O
setor agroindustrial brasileiro ... _. 53 2.5.2O
setor agroindustrialgaúcho
... .. 57METODOLOGIA
... .. 61 3.1O
MÉTODO
... _. ó1 3.2MODELO
CONCEITUAL
... .. 62 3.3PERGUNTAS DE
PESQUISA
... .. 64 3.4DEFINIÇÃO DE
TERMOS
... .. 64 3.5POPULAÇÃO
E
AMOSTRA
... .. 653.6
COLETA
E
ANÁLISE
DOS
DADOS
... .. 663.7
LIMITAÇÕES
DO TRABALHO
... .. 67 ~O
PERFIL
DA
ORGANIZAÇAO
... _. 68 4.1HISTÓRICO
DA
COTRIJUÍ
... .. ós 4.2O
COMPLEXO
COTRIJUÍ
... .. 71 4.3FRIGORÍFICO COTRIJUÍ
... .. 72 4.3.1 Histórico ... ._ 72 4.3.2Mercado
... ._ 74 4.3.3 Recursoshumanos
... .. 76 4.3.4 Estrutura devendas
... .L .... ... .. 774.3.5 Estrutura organizacional do Frigorífico Cotrijuí ... .. 80
ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS
DO
FRIGORÍFICO
COTRIJUÍ
S2 5.1CUSTOS
E
QUALIDADE
... .. 335.3
ESTRATÉGIA
DE
DESENVOLVIMENTO
DE
Novos
PRODU-
TOS
... .. 5.4ESTRATÉGIA COMPETITIVA
... .. 5.5MATERIA-PRIMA
... .. óCONCLUSÕES
... _. 7RECOMENDAÇOES
... .. SREFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... .. 9BIBLIOGRAFIA
CONSULTADA
... _. 10ANEXOS
... ._10.1
OFÍCIO
DE
APRESENTAÇÃO PARA
A
REALIZAÇÃO
DO
TRABALHO
... ..10.2
QUESTIONÁRIO DE
IDENTIFICAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS
89 91 92 94 98 102 107 110 111 113
Figura 1.
A
roda da estratégia competitiva ... .. 25Figura 2. Contexto
onde
a estratégia competitiva éformulada
... .. 26Figura 3. Forças que dirigem a concorrência na indústria ... ._ 28
Figura 4. Três estratégias genéricas ... _. 30
Figura 5.
A
cadeia de valores genérica ... ._ 34Figura 6.
O
sistema de valores ... .. 35Figura 7. Matriz de crescimento-participação do
BCG
... .. 45Figura 8. Matriz produto ... .. 63
Figura 9. Percentuais do faturamento de vendas ... _. 78
Tabela
1. Requisitos para estratégias genéricas ... .. 32Tabela 2. Benefícios estratégicos da integração ... .. 37
Tabela
3. Custos estratégicos da integraçao ... _. 38Tabela
4.Componentes
do vetor de crescimento ... .. 41Tabela
5.Abatedouros
sob inspeção federal-1999
... _. 57Tabela
6.Evolução
de abates de suínos no Estado doRio Grande
do Sulsob inspeção federal e estadual, entre 1995 e 1999,
em
unidades ... ._ 58Tabela
7.Evoluçao
do abate de suínos nos Estados do RioGrande
do Sul,Santa Catarina e Paraná, entre 1989 e 1995,
em
unidades ... .. 59Tabela
8. Estratégia competitiva genérica ... .. 62Tabela
9. Estratégia de marketing -Elementos
domix
de marketing ... _. 64O
atual cenário, exige planos e açoes capazes de interferir no conjuntodas variáveis de
forma
a permitir àsempresas permanecer
atuando nomercado
de
forma
competitiva e quanto mais turbulento for o ambiente de atuação daempresa,
maior
será a necessidade de suaadequação
a ele.O
uso de estratégias é ocaminho
seguro para as empresassobreviverem, ao reverter as adversidades de
um
ambiente
em
constantemutação.
Fazendo
uso de estratégia aempresa
realiza seu planejamento deforma
a desenvolver sua atividade demodo
a criarvantagem
competitivaem
relação aos seus concorrentes._
A
presente dissertação é o resultado de caso realizado naUnidade
Frigorífica
São
LuizGonzaga
da Cooperativa Regional Tritícola Serrana Ltda.Baseando-se
nomodelo
Porter, foi estudado o uso de estratégias quevêm
sendo empregadas
nos últimos três anos,segundo
a percepção de seusdirigentes,
enfocando
principalmente a questao custos,desenvolvimento
denovos
produtos e a busca denovos
mercados. 'Como
metodologia otrabalho
caracterizou-se porum
estudo de caso,através de
uma
pesquisa exploratória e descritiva. Para o levantamento dedados, o instrumento utilizado foi
um
questionáriocom
perguntas abertas efechadas, aplicado através do
método
de contato direto aos dirigentes doFrigorífico, sendo que para a análise e interpretação de
dados
utilizou~se oA
mundialização
dos negócios, oavanço
tecnológico e as exigências doconsumidor
são perfeitamente identificadas pelos seus dirigentes e planosrealizados para intervir neste processo.
Ainda
restamalgumas
dificuldades,como
a necessidade de recursos para atualização tecnológica dosequipamentos
e abusca
denovos
mercados.Neste trabalho,
foram
identificadas ações quevêm
sendo
realizadaspara
manter
o Frigorífico atuando deforma
competitiva nomercado,
como
também
são apresentadasalgumas
recomendações
quecomplementam
um
conjunto de idéias traçadas
em
relaçao ao processo estratégico e ao setor deThe
current context,demands
plans and actions thatmust
be able tointerfere in the
group
o variable choices in order to allow thecompanies
keepworking
in themarket
in a competitiveway
and
themore
agitated theworking
environment
is, the biggest thecompany”s need
for adjustment to it.The
usage of strategies is the safeway
for thecompanies
to survive,in turning
back
the adversities of a constant changing environment.Making
use of the strategy, the
company
does its plan in away
to develop its activityin order to create a competitive advantage
toward
its competitors.This very dissertation is the case result
done
in theSão
LuizGonzaga
Cold-Storage Unit that belongs to the Cooperativa Regional Tritícola Serrana
Ltda.
Based
in the Porter model, the use of strategieswas
studied that hasbeen applied in the last three years, as its directors say,
mainly emphasizing
the costs subject,
new
products development, and the search fornew
markets.As
for themethodology
thework
characterizedby
a case study,through a descriptive and explo-ratory research. For the data gathering, the
instrument used
was
a questionnaire withopen
and closed questions, appliedthrough the direct contact
method
with the Cold-Storage directors, thus forthe data analysis and interpretation it
was
used the content analysis method.The wide
world business, the technologicaladvancement
and theinterfere in this process.
There
are stillsome
difficulties, like the necessity ofresources for the
equipments
technological update and the search fornew
markets.
In this Work, actions
Were
identified that have beendone
to keep theCold-Storage
working
in a competitiveWay
in the market, just like afew
recommendations
are presented thatcomplement
anumber
of ideas takenA
concorrência entre asempresas
se intensificou ao longo das últimasdécadas
em
todas as partes domundo.
A
tecnologia da microeletrônica, aautomatização e a robotização dos processos produtivos, revolucionaram o
ambiente
das empresas.Estas alteraçoes ocorridas no ambiente externo e interno das
organizações a partir .da
década
de 70, precisam ser analisadas ecompreendidas
para que os administradorespossam
tomar
decisõesque
conduzam
aempresa
para o sucesso.Vários
programas
e técnicas administrativaspodem
ser utilizadas pelaempresa, visando à realização das suas atividades. Entende-se que a
empresa
que
fizer uso de estratégias estaráem
melhores
condições de enfrentar aconcorrência, pois estará
buscando
mais rentabilidade e oportunidadeno
mercado.
Considerando
esse cenário, o presente trabalho resultou no estudodesenvolvido
em
uma
empresa
agroindustrial, fabricante de produtosalimentícios, por
meio
do contato diretocom
seus dirigentes, objetivandoverificar as estratégias que
vêm
sendo desenvolvidas e principais ações queorientam o
desenvolvimento
das atividades da organizaçao,em
um
ambienteO
trabalho está estruturadoem
capítulos.A
primeira parte explica otema
e oproblema
estudado.No
capítulo seguinte, é apresentado o referencialteórico, constituindo-se
em
base de análise para o estudo.O
capítulo trêsapresenta o
modelo
metodológico
aplicado neste trabalho.O
perfil daorganização estudada ~ Frigorífico Cotrijuí - é apresentado no quarto
capítulo.
A
análisedas
estratégias do Frigorífico Cotrijuí é descritano
capítulo cinco.
Conclusões
erecomendações
são apresentadas nos capítulos 6e 7, respectivamente.
Também
fazem
parte do trabalho referênciasbibliográficas e anexos.
Buscar
oaprimoramento
dessa temática, através do estudo,com
maior
profundidade, possibilita
compreender
deforma
mais detalhada essasalterações e,
em
especial, aquelas quevêm
causando maior
impacto nasorganizações, principalmente no
momento
em
que a sobrevivência dasempresas depende
demodelos
de gestão empresarial, diferentes dosO
movimento
da globalização, intensificado a partir dos anos 90,tem
provocado
um
crescimento vertiginõsõ docomércio
de mercadorias,redefinindo a
demanda
de produtos e serviços e elevando os patamares deprodutividade e qualidade dos produtos, através de
novos
processosprodutivos decorrentes da inovação tecnológica.
Parasõbreviver
e atuar neste cenário, as organizações precisam buscarum
posicionamento
estratégico,desenvolvendo
atividades diferenciadas dasde seus concorrentes, para competir
em
busca
denovos
mercados. Essasatividades
devem
ser orientadas pelos crité.rios de competitividade e,em
especial, de custos e qualidade.
~
1.1
DESCRIÇAO
DO
PROBLEMA
O
setor industrial brasileiro passa porum
processo demudanças,
decorrente de pressões externas impostas pelo ambiente ou de fatores
internos, os quais estão revolucionando õ processo de gestão empresarial.
Tais
mudanças
têm causado preocupações
constantes, aos indivíduos, tendoem
vista a necessidade de as organizaçõesmanterem
se vivas e atuantesem
busca
deuma
fatia cada vezmaior
do mercado.Essas transformações que
vêm
ocorrendo nas organizações, tanto nospensar diferente, que possibilite direcionar as ações organizacionais, neste
ambiente
decompetição
e de grande turbulência, porum
caminho
seguro,fazendo uso de.estratégias que viabilizem o negócio.
É
necessário, no entanto, que a organização, ao pensar na formulaçãode
uma
estratégia, realizeuma
análise da relação existente daempresa
com
oseu
meio
ambiente, pois é nomeio
ambiente, ou seja, no ambiente externo dasorganizações, que estão os elementos que interferem na definição de
estratégia, os quais precisam ser conhecidos, estudados e analisados.
Por outro lado, é necessário que o setor engaje-se às novas idéias e ao
novo
ambiente, criado a partir danova
tecnologia,desenvolvendo novos
produtos e serviços, considerados fundamentais para o seu desenvolvimento.
Assim,
garantir a competitividade através da qualidade de seus produtos nomercado
interno e externo talvez seja o grande desafio dos administradores daera
contemporânea.
Atuar no cenário global e manter-se competitiva no
mercado
localexige das organizações criatividade e inovação tecnológica,
além
de muitapesquisa e análise no
momento
daformulação
das estratégias, pois estas_sãoresponsáveis por tornar a organização rápida, ágil, eficaz, produtiva e
literalmente competitiva
em
todas as suas atividades.Segundo
Bassi (1997), a integração àeconomia
mundial
coloca osdirigentes empresariais diante de
mudanças
estruturais queexigem adequação
à
nova
realidade dos negócios, na qual asempresas
precisam adotarnovos
parâmetros de gestao.
Este
novo
cenário aponta para ›a necessidade, de investimentosem
tecnologia no setor produtivo, desafio constante que,
quando
não superado,inviabiliza a participação da
empresa
nomercado.
Com
a inovaçãotecnológica é possível elevar o padrão de qualidade
do
produto, critério esseda
maior
importância na definição da competitividade da empresa, àmedida
Aliado a isso, o fator custo do produto é outro referencial de
competitividade que os dirigentes empresariais precisam estabelecer nos
processos da organização, ao definir estratégias que viabilizem as ações da
empresa
com
baixo custo.Com
isso, aempresa
cria melhores condições paraenfrentar a concorrência e
aumentar
sua participação no mercado.De
acordocom
Porter (1999), aempresa
conquista níveis derentabilidade superior no setor, através da prática de custos mais baixos
do
que os dos rivais conseguido, através de
um
posicionamento
estratégicodiferente, eficácia operacional ou a aplicação de melhores práticas.
A
empresa
deve, necessariamente, trabalhar seumercado
atual ebuscar
novas
áreas devenda
para garantir sua sobrevivência. Para sermantido, esse
mercado
precisa quenovos
produtos sejam desenvolvidos pelaempresa, pois a vida útil de
um
produtobem
como
suaperformance
sãoavaliadas pelo
consumidor
deforma
que,precisam
possuir valores quefaçam
a diferença, seja
em
qualidade, sejaem
custo, principalmente nomomento
em
que a
competição
se intensificou nas últimas décadas.Partindo do pressuposto de que a
competiçao
se intensificou nosúltimos anos e que as exigências do
consumidor
em
termos de qualidade epreço do produto são cada vez maiores, torna-se necessário encontrar novas
práticas de gestão,
com
o uso de estratégias, quepermitam
enfrentar asconstantes alterações do ambiente interno e externo, que será objeto de
análise do presente trabalho.
É
objeto de análise o Frigorífico Cotrijuí, que se encontra localizadono município
deSão
LuizGonzaga/RS,
constituindo-seem uma
das unidades daCooperativa
Tritícola Serrana Ltda.,aqual
atua 'nesseramo
desde 03 deoutubro de 1989, sendo responsável pela industrialização de embutidos,
defumados
e cortes especiais de suínos. Este Frigorífico abate450
suínos/diae a industrialização dos produtos,
marca
TCHÊ
eCOOPER,
chega
a800
ton./mês; possui
295
funcionários, profissionais especializados, contandocom
0 serviço da fiscalização de Inspeção Federal.
Operando
com
moderna
Apesar
do interesse dos pesquisadoresem
verificar as estratégias daempresa,
muito
ainda existe para explorar nessecampo,
haja vista que oprocesso tecnológico
vem
alterando os setores deforma
significativa ereestruturando a vida das pessoas e das organizações.
Com
o objetivo de contribuir para oaprimoramento
dessa temática, opresente estudo pretende investigar,
com
maior
profundidade, as alteraçõesque
vêm
sendo
realizadas, através do seguinteproblema
de pesquisa:possível- identificar a existência de estratégias de competitividade do
Frigorífico Cotrijuí,
segundo
a percepção de seus dirigentes?”.1.2
OBJETIVOS
DA
PESQUISA
O
objetivo geral do presente trabalho consistiuem
verificar asestratégias
do
Frigorífico Cotrijuí,segundo
a percepção de seus dirigentes.Este objetivo esteve articulado a outros objetivos específicos,
como
forma
deatingir
com
mais detalhes asmetas
almejadas ao término do trabalho.Portanto,
em
termos específicos, pretendeu-se alcançar os seguintes objetivos:O Identificar as estratégias adotadas pelo Frigorífico Cotrijuí no
desenvolvimento
de produtos; rO Analisar as ações desenvolvidas pelo Frigorífico Cotrijuí,
com
base noscustos de produtos;
O Verificar as estratégias utilizadas pelo Frigorífico Cotrijuí, para conquistar
novos
mercados.1.3
RELEVÂNCIA DA
PESQUISA
O
crescente efeito do processo de inovação tecnológica no setorempresarial
pode
ser claramente percebido.Empresas
de todas as áreasvêm
alterado principalmente
com
0 fim das barreiras comerciais entre países epelo
novo
cenário interno altamente competitivo.A
oferta denovos
produtosno mercado,
aliada à desnacionalização desses produtos,tem
provocado
impacto
tanto no setor produtivo quanto nocomportamento
do consumidor.A
partir dos anos 90, a tecnologiatem
proporcionado à organizaçãoacesso às
informações
globalizadas, tornando possível oconhecimento
demétodos
deprodução
praticadosem
qualquer lugar domundo,
como também
tornou possível a fabricação e comercialização de produtos e serviços
em
qualquer lugar do planeta.
Este processo afeta a vida das empresas, e torna possível analisar
internamente as atividades e lidar
com
os principais elementos estratégicos,de
forma
a atender às necessidades dos clientes. Para isso, aempresa
concentra suas atenções no que ela faz de melhor, conquistando
uma
vantagem
competitivaem
relação ao concorrente.Segundo
Porter (1986), cadaempresa
possuiuma
estratégia e aodesenvolvê-la, a
empresa
estará realizandoum
plano para competir, definindosuas
metas
e as políticas necessárias para alcançá-las. Este processo identificaas forças da
empresa
em
relação às variáveis ambientais e, internamente,analisa o potencial dos recursos existentes.
De
acordocom
Ansoff
(1990), asmudanças
têm
se tornado maisrápidas e freqüentes,
aumentando
acomplexidade
domundo
empresarial.A
concorrência
aumentou
e a participação nomercado
elevou a competitividadeda
empresa
em
produtos e serviços.É
necessário, portanto,novas
maneiras deadministrar,
desenvolvendo
estratégias que orientemum
futuro para aempresa.
A
estratégia éuma
ferramenta,podendo
ser utilizada peloadministrador para enfrentar a concorrência e
manter
uma
posição nomercado,
ou para buscaruma
vantagem
competitiva, ao desenvolver suasatividades de
modo
diferente ao do concorrenteenfocando
seus planos paraDetectar pontos fortes e fracos possibilita, para a empresa, adotar a
estratégia
mais
adequada, visando àcompetição
na áreaque
mais lhefavoreça,
posicionando
aempresa
deforma
vantajosaem
relação aosconcorrentes. Existe ainda obscuridade
em
torno do assunto devido à suacomplexidade
e abrangência. Espera-se que, através desta pesquisa, se possacontribuir de
alguma
forma
para oaprimoramento
da teoria empresarial, pormeio
doincremento
deconhecimentos
teóricos-empíricos já existentes sobre oEISSIIIIÍO.
Castro (1977), destaca a importância da pesquisa ser efetuada
com
temas
teóricos-empíricos, partindo dealguma formulação
teórica econfrontando-a
com
a realidade, ou seja,com
a observação empírica, fazendoavançar as fronteiras do conhecimento.
Contudo,
esta confrontaçãodepende
não só da aplicação de técnica,
mas
também
da habilidade e iniciativa dopesquisador
que
deverá estarequipado
paratomar
decisões acertadas naconduçao
da pesquisa.Desta
forma, a pesquisa torna-se viável, namedida
em
que buscaestudar
um
tema importante
e trabalharcom
questões que estão ligadas eafetam diretamente a sociedade.
Neste
cenário, a presente pesquisa procura identificar questões darealidade da organização vivenciadas pelos administradores, possibilitando
gerar
novos conhecimentos
e, a partir de seus resultados, servir de análise,possibilitar possíveis alterações nas ações realizadas.
Em
termos práticos, espera-se que os resultados deste trabalhopossam
ser úteis aos administradores do Frigorífico, servindo de
elemento
paraanálise e avaliação das atividades que
vêm
sendo realizadas na empresa,como
também
para detectar possíveis falhas no planejamento das estratégias e, seApresenta-se a seguir a
fundamentação
teórica, a qual consiste na basede sustentação do
problema
a ser investigado.Buscou-se
a definição clara dospressupostos teóricos e conceitos a
serem
utilizados,embasando-se
em
autores relevantes quanto ao assunto que apresentam.
2.1
MACROAMBIENTE
A
partir dos anos 1950 e 1960, as organizaçõespassam
também
a servistas
como
sistemas abertos. Isso resultou profundas alterações naforma
deatuação destas e a
preocupação
dos administradores dirige-setambém
para osfatores externos da organização, pois na
medida
em
que as alterações noambiente
passam
a' ser constantes, e não mais estáveis e previsíveis, énecessário
que
se atinjauma
relação apropriadacom
este ambiente, caso aempresa
queira sobreviver e crescer.Este
enfoque
sistêmico,jnspirado no biologista teóricoLudwig
von
Bertalanffy (apud
Morgan,
1.996), apresentouuma
nova
visão para os estudosda administração.
Uma
das suposições da teoria de sistemas é a de que asorganizações
não
são independentes emuito
menos
auto-suficientes. Elastrocam
recursoscom
o ambiente externo,dependendo
dele para sobreviver,buscando
fora da organização, os recursos fundamentais para sua operação.Esta visão dos sistemas abertos alterou as práticas organizacionais fazendo
com
que, ao se efetuar o processo de organização, tenha-seem
mente
0 ambiente.O
enfoque que
até ametade
deste século era quase exclusivo aosfatores internos da organização precisa receber por parte dos administradores,
atenção especial.
É
preciso avaliar e analisar o conjuntoamplo
ecomplexo
decondiçoes e fatores externos que
envolvem
as organizações e,em
especial, asvariáveis sociais, políticas, econômicas, tecnológicas, legais, demográficas e
ecológicas
que
constituem omacroambiente,
pois estasatuam
deforma
diretana vida da organização e precisam estar
em
sintoniacom
as atividadesorganizacionais.
Acompanhar
as transformaçoes queocorrem
nas variáveismacroambíentais
éfundamental
para odesenvolvimento
e sobrevivência daorganização.
Desta
forma, os administradores precisam considerar, entreoutras, as relações da organização
com
clientes, concorrentes, fornecedores,sindicatos, agentes governamentais, sendo sensíveis ao que ocorre no
mundo,
principalmente
no
momento
de definição e formulação de estratégias,buscando
adaptar a organização ao ambiente e, principalmente, encontrarrespostas rápidas para atender às exigências impostas pela
complexidade
doambiente. `
i
Essas variáveis que
formam
omacroambiente
afetam a estrutura, aconduta
e a atuação da empresa, poistêm
grandeimpacto
sobre amesma.
Como
as variáveis são incontroláveis e semodificam
em
ritmo acelerado,exigem
que, para sobreviver, a organização esteja sintonizadacom
o seumeio
ambiente,
além
de apresentar inovaçoes constantemente.Segundo
Kotler (1998), aempresa
é afetada pelomacroambiente,
composto
pelas forças que apresentam oportunidades eameaças
à empresa,sendo
omesmo
composto
pelo ambiente demográfico,econômico,
natural,tecnológico, político e cultural.
As
características ambientais são restrições às organizações, afetando-sócio-econômica
em
que se localizam as organizações,bem como
a situaçãodemográfica
e os valores institucionalizados interferem na definição daestrutura da organizaçao, fazendo
com
que os administradores atornem
compatível
com
asdemandas
que lhe são impostas (Hall, 1984).As
constantesmudanças
no ambiente,sejam
de condições demercado
ou condições tecnológicas,
exigem
estilos de organização quepossam
seradaptáveis às situações ambientais. Desta forma, as variáveis externas~-
consumidores, fornecedores, concorrentes, governos, grupos de interesses
especiais, a mídia, instituições financeiras e os sindicatos de trabalhadores,
que influenciam diretamente a organização, precisam ser analisadas e
avaliadas pelos administradores, através de planejamento estratégico e projeto
organizacional,
buscando
equilibrar os interesses das variáveis para obem
daOI`gaI11Z3.ÇâO.
Segundo
Stoner (1999), essas variáveis criamum
clima ao qual aorganização
deve
se ajustar etêm
o potencial de entrar no ambiente de açãodireta. Para isso, no
momento
em
que aempresa
formular suas estratégias,estas
devem
estar direcionadas para o controle das variáveis ambientais.Quanto maior
for o controle, principalmente de preços e distribuição,maior
será a lucratividade da organização. Portanto, para que essas ações da
empresa
possam
serbem
direcionadas, éfundamental
a gestão de planos quedetermine o que deve ser realizado na empresa.
E
para isso é necessário oplanejamento estratégico.
2.2
PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO
Atuar no
ambiente onde
mudanças
rápidas ocorrem,acompanhadas
devariações de tendência do
consumidor
em
relação aos produtos fabricados,torna-se questão importante que precisa da ação direta dos administradores no
sentido de viabilizar a empresa. Essa viabilidade
depende
deum
planejamentoque oriente as ações das
empresas
demodo
a interferir diretamente nasDe
acordocom
Kotler (1998), o planejamento estratégico estimula aadministração a pensar a organização
como
um
todo, força aempresa
a atingirseus objetivos e políticas, coordena os esforços e fornece padrão de
desempenho.
A
empresa
precisa de planos quepossam
diminuir a incertezados negócios, fazendo
com
que seus recursos sejam direcionados deforma
adesenvolver suas atividades
com
eficiência, eficácia e efetividade.Se 8
undo
Oliveira 1992), olancamento
estraté ico éum
rocessogerencial
que
possibilita aos administradores determinar ocaminho
a serse uido P ela
em
resa,obtendo
bons resultados na rela ãoem
resacom
o seuambiente.
Como
oplanejamento
é realizado pelos gerentes da empresa,procura estabelecer objetivos
em
relação aos planos daempresa
que serãodesenvolvidos, considerando as condições externas e internas à empresa.
Dessa
forma, aempresa
pretendecom
o planejamento estratégico aidentificação de seus pontos fortes e fracos,
como também
damelhor forma
deusufruir das oportunidades externas e
como
evitar asameaças
externas. Istopossibilita à
empresa
concentrar seus esforçosem
atividades importantes,bem
como
permiteuma
definição clara de seus propósitos, objetivos e políticas aser
implementados
em
conjuntocom
todos os funcionários.Existem, contudo, diferentes processos para elaborar e
implementar
oplanejamento
estratégico na empresa. Oliveira (1992), apresenta as fasesbásicas para a elaboração e
implementação
do planejamento estratégico,compreendidas
através de quatro fases: diagnóstico estratégico, dividida em:a) Identificação dos desejos e das expectativas; b) Análise externa, ou seja,
olhar para o
ambiente onde
estãoameaças
e oportunidades; c) Análise interna,recursos e potenciais existentes; d) Análise dos concorrentes.
A
segunda
etapaé a definição da
missão
da empresa, ounseja, a razão de existência daorganização.
Na
terceira etapa, a análise principal é encontrar instrumentosque
permitam
chegar à situação que se deseja.E
a quarta fase do processo é ocontrole e avaliação,
sendo
necessário estabelecer os critérios de controle eStoner (1999), apresenta
um
exemplo
de processo formal deplanejamento
deunidade
estratégica de negócios quepode
ser facilmenteaplicado a qualquer outro tipo de planejamento organizacional.
O
processocompreende
nove
passosque
são apresentados a seguir:a)
Formulação
de objetivos-
É
o passo fundamental do processo, pois asações e atividades da
empresa
estarão voltadas para esse propósito.Os
objetivos
devem
traduzir a missão da empresa,envolvendo
principalmenteo tipo de serviço ou produto a ser desenvolvido e o
tamanho
desejado daorganizaçao.
b) Identificação das
metas
e estratégias atuais -A
análise permite acomparação
dasmetas
e estratégias existentes para ver o nível deigualdade entre as duas.
Às
vezes a definição de objetivos altera as metase estratégias, principalmente no
momento
em
que estas não estão sendoalcançadas. Esta etapa precisa ser
comunicada
com
clareza para toda aorganização. Neste caso, as estratégias estão apresentadas de
forma
implícita.
c) Análise
ambiental-
O
objetivo e a estratégia daempresa
são analisados apartir das variáveis ambientais que
exercem
influência na capacidade daorganização para alcançar suas metas. Portanto, a necessidade de
identificar o grau
em
que
asmudanças
noambiente
externo, incluindoclientes, competidores, fornecedores entre outros,
pode
interferir nosplanos e objetivos da organização.
A
presença das variáveisdo ambiente
externo,
devem
ser classificadas de acordocom
os fatores relevantes.Destaca-se, nesta classificação, a importância da análise dos concorrentes
o que é
fundamental
paraque
aempresa
possa atuar deforma
amanter
suapresença no
mercado.
d) Análise de recursos -
Ao
analisar os recursos existentes, aempresa
identifica suas vantagens e desvantagens, suas forças e fraquezas
em
relação aos seus concorrentes. Assim,
quando comparados
seus produtos eserviços
com
os demais, aempresa
identifica o que está fazendomelhor
oupior do que qualquer outro.
Identificação de oportunidades estratégicas e
ameaças
-Os
elementos doambiente, tecnologia, fornecedores, concorrentes, governo, clientes e
bancos, entre outros,
oferecem ameaças
e oportunidades para a empresa.Identificar estas situações
nem
sempre
é possível para aempresa
mas,quanto
maior
for o controle destas variáveis, melhores resultados serãoalcançados,
sendo que
omesmo
ambiente representaameaça
paraalgumas
empresas
e oportunidades para outras.Determinação do grau
demudança
estratégica necessária -Nesta
etapado
planejamento, é possível prever os resultados de prosseguir
com
aestratégia atual, por já terem sido analisados os recursos e o ambiente. Isso
permite avaliar os resultados,
podendo
ocorrer decisaoem
modificar ounão
a estratégia.A
decisão étomada
através da identificação da diferençaentre as
metas
estabelecidas e os possíveis resultados quepodem
seralcançados ao continuar
com
a estratégia.Tomada
de decisão estratégica -Sendo
necessário alterar a estratégiaem
função de
não
alcançar as metas estabelecidas, a etapa seguinte éidentificar, avaliar e selecionar abordagens estratégicas alternativas.
Podem
existir possibilidades para melhorar odesempenho
como,
porexemplo,
a redução de custos, participaçãoem
novos
mercados, entreoutras.
O
importante é identificar amelhor
possibilidade que resulteem
maior desempenho.
A
seguir, deve-se avaliar o processoem
relação aoresultado que
pode
ser obtidocom
a estratégia, sendo esta capaz deproduzir os resultados esperados. E, ao final do processo, os
administradores selecionam a alternativa mais
adequada
às capacidades daorganizaçao.
Implementação da
estratégia -Determinada
a estratégia, esta deve serimplementada
com
eficácia para trazer benefícios à organização eincorporada às atividades e ações da organização, de
forma
a usufruir eexplorar as forças e capacidades conhecidas.
Medida
e controledo
progresso -Uma
vezimplementada,
a estratégiaproporcionalmente
às etapasem
que vai ocorrendo aimplementação.
Já oscontroladores do processo precisam verificar se a estratégia está
sendo
implementada conforme
o planejado e se amesma
está alcançando osresultados esperados. '
O
planejamento
estratégico tem, portanto,uma
função importante paraos administradores, pois estabelece para a
empresa
ocaminho
a ser seguidopossibilitando
melhor
desempenho
namedida
em
que os esforços estãoconcentrados
em
ações previamente determinadas.A
avaliação doscomponentes
externos, aliados aos pontos fortes daempresa traduzem
oque
de
melhor
a organização possui para enfrentar deforma
organizada seusconcorrentes. Portanto, após 0 planejamento é necessário que os resultados
apareçam
e estes são alcançados através da administração estratégica.~ I
2.3
ADMINISTRAÇAO
ESTRATEGICA
O
estudo da administração estratégica teve suaorigem
nos anos 50,quando
cursos de política denegócios.eram
patrocinados através daFundação
Ford
e a Carnegie Corporation.No
entanto, o enfoque inicialdo
curso foiampliado,
passando
a envolver a organizaçãocomo
um
todo e o seu ambiente,havendo
por volta dos anos 70, amudança
nonome
do curso de política denegócios para administração estratégica. -
Segundo
Certo (1993), a administração estratégica éum
processocontínuo e iterativo que visa
manter
uma
organizaçaocomo
um
conjuntoapropriadamente
relacionado a seu ambiente. Ela amplia o horizonte doplanejamento
estratégico, namedida
em
que procuramanter
a organizaçaointegrada a seu ambiente.
Ao
usar a administração estratégica, os administradoresdevem
avaliaruma
estratégiaem
relação ao ambientenuma
observação dos pontos fortes,dos fracos, das
ameaças
e das oportunidades no que tange ao ambienteem
queO
processo de implantação da administração estratégicaem uma
organização implica,
porém,
responsabilidades das pessoas,podendo
tornar-seum
elemento
que dificulte sua implantação na organização.As
principaisdificuldades
em
relação à implantação estão relacionadascom
o processo dedefinição da missão, políticas, objetivos, estratégia,
como também
aofornecimento de capital, padrões, informações de controle e de recursos
humanos
capacitados. iDe
acordocom
Certo (1993),além
davantagem
financeira edo
aumento
da lucratividade, ocompromisso
em
alcançarmetas
e o usoadequado
de estratégia, são outros benefícios proporcionados pela administração
estratégica, pois
colocam
a organizaçãoem
situação demenor
risco diante dasvariáveis ambientais.
Segundo
estemesmo
autor, o processo de administração estratégicaenvolve cinco etapas,
além
das operações internacionais e de atividades deprodução, finanças e marketing.
A
primeira etapa está relacionadacom
aanálise do ambiente, a
segunda
com
o estabelecimento de diretrizesorganizacionais, a terceira relaciona-se
com
a formulação deuma
estratégiaorganizacional, a quarta
com
aimplementação
da estratégia organizacional ea última etapa é a aplicação
do
controle estratégico.A
aplicação desteprocesso deve ser efetiva e eficiente,
porém
deforma
lenta, necessitando deapoio, muita paciência e concentração de esforços.
Existem
diferentesmodos
de administração estratégica que, utilizados,podem
contribuir de diversasformas
para a empresa.De
acordocom
Ansoff
(1990), para buscar a sobrevivência, a organização precisa que o seu
comportamento
estratégico possa ser administrado e, para isto, apresentauma
variedade de
modos
de administração estratégica que são praticadas nasorganizações e os seus principais elementos que
formam
cadamodo.
O
modo
reativo dificilmente utilizamedidas
estratégicas, equando
utiliza não 0 faz de
forma
planejada, sendo aplicadaquando
asmedidas
administração reativa corresponde
em
ambiente que exige produtos ouserviços de baixo custo e padronizados.
A
expressão pró-ativa representa a inexistência de administraçãoestratégica,
onde
as idéias demudança
são geradas de baixo para cima, deforma
não planejada.Apresenta bons
resultadosem
situaçõesem
que
avelocidade de
mudanças
não supere a velocidade de resposta daempresa
e quepossibilite para a
empresa
acompanhar
ademanda
e a tecnologiaem
seusmercados.
O
modo
planejado e sistemático de administração consisteem
decisõesque são
tomadas
com
baseem
análise do ambiente. Apresenta oplanejamento
estratégico a longo prazo,
com
base na evolução futurado
ambiente. Esteplaneamento
contribui namedida
em
que a lógica do passadonão
correspondemais para o presente, orientado para
uma
formulação de estratégia. Estanova
estratégia é desenvolvida e
implementada
com
base no planejamento quedeve
orientar a evolução futura da empresa.
Caso
isto sejainadequado
para orientara empresa, é necessário ampliar a perspectiva de planejamento estratégico,
levando à administraçao estratégica. `
Afirmar
que o processo de administração estratégicapode
funcionaradequadamente,
éum
tanto arriscado,mas
quando empregado,
jáprovou que
produz
resultados. Estes resultadospodem
estar diretamente relacionadoscom
oemprego
correto de estratégias e, para isso, o entendimentoaprofundado
deestratégia,
bem
como
dos diferentes tipos existentes tornam-se fundamentais,principalmente no
momento
em
que a administração estratégica tiverque
fazer
opção
de escolha desta ferramenta,devendo sempre
identificar a maisadequada
para a empresa.A
estratégia éum
termo
criado pelos antigos gregos que, ao longo dosdois milênios, focalizou interpretações militares. Entretanto, a adaptação da
terminologia estratégia a
um
contextode
negócios precisou esperar até aSegunda
Revoluçao
Industrial para, de fato, decolar nocampo
dapensamento
estratégico deforma
explícita foi articulada inicialmente porgerentes de
empresas
dos EstadosUnidos
e, a seguir, na Europa.A
PrimeiraRevolução
Industrialpouco
contribuiu para opensamento
estratégico, principalmente
porque
aspequenas empresas
da época,não
possuíam poder
de interferência e influência no mercado. Já aSegunda
Revolução
Industrial,provocou
a construção de ferrovias-chave nos EstadosUnidos, possibilitando a
formação
demercados
de massa, acesso ao capital eao crédito, resultando
em
altos investimentos na indústria,proporcionando
produção
em
escala eganhos econômicos.
Surgindo no final do séculoXIX,
nos Estados Unidos, a grande
empresa
verticalmente integrada, realizandoinvestimentos
em
marketing
eem
manufatura, intensificou o1 processo
competitivo, decorrente de
mudanças
no ambiente externo das organizações.De
acordocom Ghemawat
(2000), opensamento
estratégico foiarticulado inicialmente pela General
Motors
de 1923 a 1946 que,baseada
nasforças e fraquezas da concorrente,
Ford
Motor Company,
criouuma
estratégiabem
sucedida capaz de superar a concorrente.O
pensamento
estratégico até os anos 70 contouem
seu iníciocom
ascontribuições militares e, principalmente
com
professores de Política deNegócios
de Harvard, discutindoem
classescom
estudantes,onde
começaram
a focalizar
combinações
de forças e fraquezas daempresa
com
oportunidadese ameaças, análise da concorrência do ambiente de
mercado
entre outras.Empresas
de consultoriatambém
contribuíram para pesquisas futuras eprincipalmente para o
desenvolvimento
na área da estratégia.Também
pode-se associar aorigem
da estratégia à biologia, pois noano de
1934
o professor G.F. Gause, da Universidade deMoscou,
revelouem
seus estudos realizados
com
protozoários, que apenas animais de espéciesdiferentes
conseguiam
sobreviverem
conjunto. Já, sefossem
damesma
espécie, não conseguiriam. V
Segundo
Henderson
(apudMontgomery,
1998), este princípio enunciapodem
coexistir, tanto na natureza, tanto nos negócios. Assim, ao analisarmosempresas
com
potenciais idênticos (equivalênciaem
mercadoriasque
oferecem,
mesmas
áreas de atuação emesmos
clientes) para sobreviver,precisam diferenciar, seja no preço de venda,
em
funções que realizam,satisfação do cliente na
vendae
pós-venda, localização, entrega,percepção
que o cliente
tem do
serviço ou do produto, entre outros. Estas atividadespodem
sercombinadas
de diferentes maneiras para se obter determinadasvantagens,
uma
vezque precisam
ser realizadas de maneira diferente da deseus concorrentes.
A
partir dos anos 70, a instabilidade trazida pelos acontecimentoseconômicos,
principalmente pela crise do petróleo,acabou
alterando omeio
ambiente, surgindo
novos
enfoquescom
vistas a relacionar a estratégia daempresa,
com
a realidade existente nomeio
ambiente.Percebe-se
que
a estratégiasempre
esteve associada ao fatorcompetição.
O
foco foi e continuasendo
superar a concorrência.O
poder
departicipação
no
mercado
com
produto ou serviço define a estrutura e o lucroda empresa. Sabe-se, portanto, que a
competição
éum
processo natural e aestratégia constitui-se
em
mecanismo
revolucionário.De
acordocom
Henderson
(apudMontgomery,
1998), a estratégia envolve a organizaçãocomo
um
todo ecomprime
o tempo, àmedida
que o processo tecnológicoaltera de
forma
rápida os elementos do ambiente externo.Quando
um
concorrente fazlançamento
deuma
estratégiabem
sucedida, as
demais empresas
que estãocompetindo
nomesmo
setor,procuram
respondercom
capacidade de precisão e alocação de recursos. Nesteprocesso todo, o fator
econômico,
ou seja, a capacidade daempresa
possuirou alavancar recursos, é
fundamental
para a competição, pois os recursospassam
a ser determinantes àmedida
que os planos daempresa forem sendo
executados.
O
conceito de estratégia é apresentado deforma
variada por diferentesestudiosos do assunto. Procurar identificar, na literatura atual, alguns
2.3.1
Conceito
de estratégiaA
palavra estratégia significa a arte do general, derivando da palavragrega-strategos,
que
era o chefe militarnomeado
pelo povo.De
acordocom
Steiner (apud Oliveira, 1992), antes de Napoleão, estratégia significava a arte
e ciência de conduzir forças militares para derrotar o inimigo.
Os
generais gregos eficazestinham
de liderarum
exército, garantir emanter
territórios e proteger a cidade contra invasões, entre outras tarefas.Desde
ostempos
dos gregos, o conceito de estratégia tinha, portanto,componentes
deplanejamento
etomada
de decisão.Já
numa
empresa, a estratégia deve estar relacionada à arte de utilizarde
forma adequada
os seus recursos físicos, materiais, financeiros ehumanos,
objetivando a
minimização
dosproblemas
e amaximização
das oportunidades,através de
caminho
de açao para a organizaçao, que posicione aempresa
em
relação ao seu
meio ambiente
daforma
mais positiva possível.As
alteraçoes constantes do ambiente externo das organizaçõesocorridas, principalmente, a partir da
Segunda
Guerra Mundial,têm
levado osestudiosos de administração a
reconhecerem
a estratégiacomo
um
fatorfundamental
de sucesso das organizações.A
esse respeito,Ansoff
(1977) diz:este interesse resultou do reconhecimento de que uma empresa
deve ter
um
campo de atuação bem definido euma
orientaçãode crescimento e que os objetivos por si sós não atendem a
essa necessidade, sendo exigidas regras de decisão adicionais para que a empresa possa ter um crescimento ordenado e com
lucros. Essas regras de decisão e diretrizes foram definidas
em
termos amplos como estratégias. (p.87)Ansoff
(1990),também
diz`que
estratégia éuma
ferramentaque
oferece importante ajuda para lidar
com
a turbulência enfrentada pelasempresas
e, portanto,merece
atençãocomo
uma
ferramenta de gestão, nãoapenas para a
empresa
como também
parauma
ampla
gama
de organizaçõesPorter (1999), apresenta outras definições para estratégia.
O
autorsustenta que estratégia é a criação de compatibilidade entre as atividades da
empresa.
Seu
êxitodepende
dobom
desempenho
de muitas atividades e daintegração entre elas.
A
segunda
definição fornecida por esse autor é queestratégia é criar
uma
posição exclusiva e valiosa,envolvendo
um
diferenteconjunto de atividades. Se existisse
somente
uma
posição ideal, não seria-necessário estratégia.
A
essência do posicionamento estratégico é escolheratividades diferentes das dos rivais.
De
acordocom
Porter (1999), as posiçoes estratégicasemergem
detrês fontes distintas: primeiro, o
posicionamento pode
estarbaseado
naprodução
deum
subconjunto de serviços ou produtos deum
setor ouposicionamento baseado
nas variedades. Este «posicionamento baseia-se naescolha de
uma
variedade de produtos e serviços, atendendo apenasum
subconjunto de suas necessidades.
O
segundo
tipo deposicionamento
é o de servir auma
quantidademaior
de necessidades deum
determinado
grupo deconsumidores
É
oposicionamento baseado
nas necessidades, o quevem
ao encontro àsegmentaçãotradicional.
Aparecendo quando
háum
grupo de clientescom
diferentes necessidades e o
desenvolvimento
deum
conjunto de atividadesapropriadas,
podem
servirmelhor
aquelas necessidades do grupo deconsumidores
selecionados.O
terceiro é oposicionamento baseado
em
acesso.Mesmo
havendo
necessidades semelhantes, a
melhor
configuração de atividades para o acessoa esses clientes é diferente.
O
acessopode
serem
função da geografia doconsumidor, ou algo que exige
um
conjunto diferente de atividades paraconquista-lo. H
Porter (1986),
também
diz que a estratégia competitiva éuma
combinação
dos fins (metas) que aempresa
busca e dosmeios
(políticas)pelos quais ela está
buscando
chegar lá,podendo
serempregado
como
guia do.
Na
visão deHenry
Mintzberg
(apud Gaj, 1993), estratégiapode
serdefinida
como
sendo:O
uma
forma
de pensarno
futuro;O integrada no processo decisório;
O
um
procedimento
formalizado e articulador de resultados;O
uma
programação.A
partir dos conceitos apresentados por esses autores, observou-seque
a estratégia é importante para a organização. Ela é
um
instrumentofundamental
para que aempresa
possa alcançar seus objetivos emanter
uma
postura consciente de
adequação
ambiental, fornecendo para aempresa
um
desempenho
superior.2.3.2
Formulação
de
estratégiaAs
estratégias são formuladas levandoem
consideração os objetivosglobais da empresa. Para tanto,
devem
ser baseadas nos recursos disponíveis,no planejamento de sua utilização,
como também
nos recursos não disponíveisou, ainda, na possibilidade de multiplicar os recursos existentes.
Pode-se considerar que, para a formulaçao da estratégia, é necessário
um
estudo e análise daempresa
internamente,como
um
todo: recursos,vantagens, missão, objetivos, previsões,
forma
de obtenção dos recursos e,também,
um
estudo da sua interaçãocom
o ambiente (fatores externos).A
esse respeito, Certo (1993), apresentaalgumas
questões críticas queprecisam ser analisadas pelos administradores: (Quais são o(s) propósito(s) e
o(s) objetivo(s) da organização? Para
onde
a organização está indo nomomento?
Que
fatores ambientais críticos a organização está enfrentandoatualmente?
O
quepode
ser feito para alcançar os objetivos organizacionaisgeral para estudar a situação atual da organização e formular estratégias
adequadas. V
Entender este processo pressupoe estabelecer os
caminhos
futuros e osprogramas
de ação que asempresas
devem
desenvolvercom
vistas a superar aconcorrência, conquistar
novos
mercados, manter-se competitivas edesenvolver operações que
maximizem
os resultados da interação entreempresa
e ambiente,com
omínimo
de custo.Dessa
forma, odesenvolvimento
de estratégias ocorre nos níveis corporativo, de negócios e funcional, e
em
dois
momentos
distintos: o daformulação
e o da implementação.~
Para Oliveira (1992):
a avaliação deste processo é feita através do confronto entre os
pontos fortes, fracos e neutros da empresa, de
um
lado, e dasoportunidades e ameaças perante o seu ambiente, de outro lado.
Sendo que dessa avaliação devem resultar a postura estratégica, que
é o ponto de partida para traçar o caminho voltado aos futuros
objetivos e desafios, escolhidos entre as opções estratégicas que a
empresa consegue identificar como preferenciais ou as mais
adequadas
em
determinado momento. (p.l65)A
estratégia não constitui o único fator determinante do sucesso daempresa.
O
uso de ferramentascomo
a informação, a tecnologia eprincipalmente a
competência
dos administradores éfundamental
para osucesso da empresa.
Mas
o uso deuma
estratégia adequada, que oriente o quese quer alcançar e
como
chegar à situação desejadaem
termos de resultado,produtividade e competitividade,
mesmo em
pequenas
empresas, representa,muitas vezes, a sobrevivência da empresa.
É
importantetambém
destacar que o administrador, nomomento
em
que está estabelecendo estratégia para. a..empresa,. considere
que
tanto aindústria
como
o produtotêm
um
ciclo de vida ~ introdução-crescimento-maturidade-declínio _ e que este processo deve ser pesquisado, analisado e
estudado, para a