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O Método de Ovulação Billings: uma escolha do casal.

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Academic year: 2021

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O Método de Ovulação Billings: uma escolha do casal.

Brenda Katheryne Duarte1 e Anete Maria Francisco2

1 Estudante da 4ª série do Curso de Enfermagem, Faculdade de Medicina de Marília, Marília-SP, Brasil; 2 Docente da Faculdade de Medicina de Marília, Marília-SP, Brasil

Resumo. O papel do homem e da mulher na dinâmica familiar sofreu importantes transformações e isso se

deve, em parte, pelo desenvolvimento dos métodos contraceptivos. O MOB é um método natural, que permite aos casais conhecer sua fertilidade naturalmente. Frente aos inúmeros efeitos adversos dos contraceptivos hormonais e a procura de um estilo de vida mais naturalista, muitas mulheres têm buscado métodos naturais. Os objetivos foram analisar as percepções de usuárias e instrutoras quanto às facilidades e dificuldades do método, a partir de entrevistas. A análise se deu pelo método do Discurso do Sujeito Coletivo. O resultado apontou três temáticas: Feminilidade: a busca da identidade do que é ser mulher, Formação de um casal para além do casamento e O MOB: suas dificuldades e responsabilidades. Conclui-se que na visão dos entrevistados o MOB traz benefícios como aumento da comunicação, do afeto, da responsabilidade entre o casal e o empoderamento da mulher.

Palavras-chave: Método de Ovulação Billings (MOB); Pesquisa qualitativa; Discurso do Sujeito Coletivo.

The Billings Ovulation Method: a choice of the couple.

Abstract. The role of men and women in family dynamics has undergone major changes and this is due, in

part, to the development of contraceptive methods. The BOM is a natural method, which allows couples to know their fertility naturally. In view of the numerous adverse effects of hormonal contraceptives and the search for a more naturalistic lifestyle, many women have sought natural methods. The objectives were to analyze the perceptions of women’s and instructors regarding to the facilities and difficulties of the method, based on interviews. The analysis was by the method of the Discourse of the Collective Subject. The result pointed to three themes: Femininity: the search for the identity of what it is to be a woman, The formation of a couple beyond marriage and The BOM: its difficulties and responsibilities. It is concluded that in the view of the interviewees the BOM brings benefits such as increased communication, affection, responsibility between the couple and women's empowerment.

Keywords: Billings Ovulation Method (BOM); Qualitative research; Discourse of the Collective Subject.

1 Introdução

No século XIX, a população brasileira era caracterizada com níveis elevados de mortalidade, juntamente com índices aumentados da natalidade, mantendo-se, portanto, o padrão de famílias numerosas. A partir da metade do século XX observou-se mudança nessa estrutura demográfica, de um lado pelo declínio nos níveis de mortalidade e por outro, pela diminuição nos níveis de natalidade, relacionado à queda da fecundidade. O uso de métodos contraceptivos teve grande influência na diminuição dos níveis de natalidade no país. Em uma pesquisa realizada pela BEMFAM, em 1996, foi observado a intensificação do uso de métodos anticoncepcionais, principalmente pílula anticoncepcional, por mulheres com o interesse voltado para a auto-regulação da fecundidade (Rio de Janeiro, 2009). A partir da década de 80, iniciou-se no Brasil a organização de movimentos sociais que reivindicavam transformações na saúde reprodutiva da mulher brasileira, visando aos princípios de integralidade, universalidade e equidade, e que incluíram profissionais de saúde, pesquisadores, grupos feministas e sindicalistas (Heilborn et al, 2009), cuja luta pelo direito de liberdade de escolha já era garantida como direito básico de cidadania conforme previsto na Constituição Brasileira.

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Até então o cuidado com os filhos e o controle da fecundidade era visto pela sociedade e pelas próprias mulheres como uma responsabilidade feminina, excluindo o homem de assumir esse papel em conjunto. Ao longo dos anos, o papel do homem e da mulher na dinâmica familiar sofreu importantes transformações, a paternidade passou a ser responsável e consciente, envolvendo a participação do pai no planejamento dos filhos e na criação deles, a maternidade deixou de ser imposta, podendo ser decidida pela mulher e pelo casal, isso se deve, em grande parte, pelo desenvolvimento e pelo espaço dos métodos contraceptivos na sociedade (Mozzaquatro & Arpini, 2017). Os métodos de anticoncepção para a mulher são empregados durante o período que compreende desde a menarca até a menopausa, sendo esse, portanto, o período fértil da mulher, o qual ela está fisiologicamente apta a ter filhos. Em detrimento disso, a orientação correta a respeito da anticoncepção deve contemplar todo o período de modo a proteger os direitos reprodutivos da mulher, além de proporcionar oportunidades de desempenhar autonomia para uma gestação programada. O profissional de saúde deve passar orientações a respeito da eficácia de cada método, seus efeitos colaterais, o uso correto, os sinais e sintomas que podem aparecer e ser motivo de busca por atendimento de saúde, além da proteção contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e mudanças no ciclo menstrual (Zugaib, 2012). Entre os métodos contraceptivos pode-se citar os hormonais, os de barreira e os comportamentais, dentre eles o Método de Ovulação Billings (MOB) O MOB é um método de planejamento familiar natural, que permite aos casais conhecer sua fertilidade de forma natural, sem o uso de dispositivos e, consciente de seu estado de fertilidade e/ou infertilidade podem planejar qual o melhor momento para manterem relações sexuais com o objetivo de conseguir ou adiar uma gravidez (CENPLAFAM, 2018). Para um controle rigoroso da fertilidade, as mulheres devem fazer anotações diárias em um gráfico próprio. As características das sensações, da vulva e do muco devem ser observadas durante o dia e suas respectivas anotações devem ser realizadas a noite. Recomenda-se o auxílio do companheiro para realizar as anotações, dessa forma o casal pode decidir junto pelos dias em que terão relação e os dias em que optarão por não a ter (CENPLAFAM, 2018). Dentre os benefícios do MOB, a observação diária para a mulher pode ser capaz de propiciar autoconhecimento capaz de gerar autonomia para cuidar de si e até mesmo notar patologias antecipadamente. Este conhecimento de si próprio associa-se com o respeito com o corpo e ao exame autocrítico que estão relacionados à melhor qualidade de vida em seus âmbitos biológico, psicológico, social e espiritual (Magalhães et al, 2013). Frente aos inúmeros efeitos adversos dos contraceptivos hormonais e a procura de um estilo de vida mais naturalista, muitas mulheres têm buscado métodos de planejamento familiar natural. Entretanto observa-se que o conhecimento destes é escasso, a divulgação é insuficiente e o interesse de conhecer a eficiência dos métodos é limitada, prejudicando a decisão pela adesão de tais métodos. Ademais, poucos artigos relacionam-se a métodos naturais e isso dificulta o conhecimento e a consequente orientação aos pacientes pelos profissionais de saúde. Assim, os objetivos dessa pesquisa foram analisar as percepções de mulheres usuárias do MOB quanto às representações sociais e individuais na escolha do método e analisar as percepções das instrutoras do método quanto às facilidades e dificuldades de sua implantação entre os casais.

2 Metodologia

Este estudo teve delineamento transversal, de abordagem qualitativa, com amostragem não probabilística por conveniência. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevista, utilizando questionário semiestruturado, aplicado aos profissionais de saúde e instrutores que trabalham com o método e a usuárias que se utilizam do MOB. O questionário combina perguntas fechadas (ou estruturadas) e abertas, nas quais o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema

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proposto, sem respostas ou condições prefixadas pelo pesquisador (Minayo, 2013). Já a entrevista ajuda a entender as respostas das pessoas ou de uma situação particular, sendo um instrumento fundamental de coleta de dados em pesquisa qualitativa na área da saúde (Hutchinson, Wilson, & Wilson, 1994). Os dados das questões fechadas foram anotados em formulário próprio e as questões abertas foram gravadas com auxílio de um smartphone e, posteriormente, transcritas para análise. As transcrições foram realizadas pelas próprias pesquisadoras.

A caracterização sociodemográfica das usuárias foi realizada a partir dos seguintes dados: idade, tempo de utilização do método, escolaridade, profissão, número de filhos, estado civil. As questões abertas feitas para as entrevistadas e/ou casal foram: 1. Qual foi sua motivação para procurar o MOB? 2. Quais os benefícios do MOB para você individualmente e para o casal? 3. Quais os malefícios do MOB para você individualmente e para o casal?

A caracterização sociodemográfica dos profissionais de saúde/instrutoras foi realizada a partir dos seguintes dados: idade, tempo como instrutora/trabalho com o método, profissão, curso de pós-graduação, tempo de serviço como profissional. As questões abertas feitas para as instrutoras foram: 1. Qual sua percepção quanto aos benefícios e malefícios do MOB para a mulher e para o casal? 2. O que levou você a trabalhar com o MOB?

Os dados foram transcritos para meio eletrônico e para a análise qualitativa foi utilizada a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (Teixeira & Lefevre, 2001). O discurso coletivo como entidade composta por representações sociais que os indivíduos internalizam e vivem como seus, está baseado na Teoria das Representações Sociais (TRS), que pode captar diferentes momentos passados, presentes e futuros do significado do fenômeno apresentado pelo senso comum. A TRS foi estruturada por Moscovici em 1960, a partir principalmente dos estudos de Durkheim, e se direciona para os saberes cotidianos e para a interpretação da realidade, o compartilhamento das representações sobre um mesmo fenômeno, entre os diferentes indivíduos e grupos sociais. A representação social valoriza em sua constituição quatro características: idealiza uma pessoa ou objeto; agrega o simbólico e a significação dos objetos; distingue e forma modelos dos objetos por meio de estrutura linguística e considera que as pessoas concretizam avaliações e determinam qualidades da informação ajustados ao seu contexto social (Moscovici, 2009; Guerra & Ichikawa, 2013; Higa et al., 2017). Em uma sociedade os indivíduos compartilham ideias, opiniões, crenças e representações, assim, o DSC expressa essas opiniões compartilhadas, reunidas em um discurso-síntese dos conteúdos dessas opiniões semelhantes e, portanto, pode-se dizer dos sentidos semelhantes contidos nessas ideias. O resultado final será composto por quantas diferentes opiniões, sob a forma de um DSC, existirem em uma determinada população entrevistada. Os depoimentos devem ser redigidos na primeira pessoa do singular, já que a ideia coletiva deve expressar como se fosse um único sujeito de discurso (Lefevre & Lefevre, 2012). Este indivíduo/coletivo é um sujeito falando/falado porque expressa os conteúdos da RS que pessoalmente (falando) adota como prática discursiva e os conteúdos (falados) dos “outros”, isto é, das representações semanticamente semelhantes disponíveis na sociedade e na cultura e adotadas por seus “colegas de representação”. Assim, podemos dizer que se um determinado sujeito junto com outros de uma mesma população, que compõe um DSC falando/falado não utilizou os conteúdos que fazem parte do DSC, poderia fazê-lo já que enquanto ator social é capaz de se reconhecer nesse discurso (Lefevre & Lefevre, 2014).

Essa técnica consiste num conjunto de procedimentos de tabulação e organização de dados discursivos, sobretudo (mas não exclusivamente) daqueles provenientes de depoimentos orais (Lefevre & Lefevre, 2005a; 2005b; 2012).

Esses procedimentos envolvem, basicamente, as seguintes operações sobre os discursos coletados: • Análise das entrevistas por meio de leitura das mesmas;

• Seleção das expressões-chave de cada discurso particular, por exemplo, de cada resposta a uma questão. As expressões-chave são segmentos contínuos ou descontínuos do discurso

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que revelam a essência do conteúdo discursivo ou da teoria subjacente; é uma espécie de “prova discursivo-empírica” das ideias centrais; é a essência do pensamento do sujeito, tal como ela aparece no discurso analisado, isto é, como determinada ideia foi dita; as ECH são concretas, descritivas, afetivas, literárias;

• Identificação da ideia central de cada uma dessas expressões-chave e que é a síntese do conteúdo dessas expressões, ou seja, o sentido das expressões-chave de cada um dos discursos analisados; é o que o entrevistado quis dizer, portanto são abstratas, conceituais, sintéticas;

• Identificação das ideias centrais semelhantes ou complementares que são explicitadas na ancoragem, que é uma teoria ou ideologia que o sujeito professa por meio de seu discurso; • Reunião das expressões-chave referentes às ideias centrais semelhantes ou complementares, em um discurso síntese que é o discurso do sujeito coletivo (DCS); redigir para cada pergunta da pesquisa quantos DSC surgirem e que representam as ideias/opiniões coletivas existentes no tema da pergunta na população pesquisada.

O discurso do sujeito coletivo representa, portanto, um expediente ou recurso metodológico destinado a tornar mais claras e expressivas as representações sociais, permitindo que um determinado grupo social possa ser visto como autor e emissor de discursos comuns compartilhado entre seus membros. Com o sujeito coletivo, os discursos não se anulam ou se reduzem a uma categoria comum unificadora, já que o que se busca fazer é precisamente o inverso, ou seja, reconstruir, com pedaços de discursos individuais, como em um quebra-cabeça, tantos discursos-síntese quantos se julgue necessário para expressar uma dada “figura”, um dado pensar ou uma representação social sobre um fenômeno. Enquanto depoimentos coletivos e narrativas socialmente compartilhadas os DSCs revelam o modo como as representações são transformadas por uma determinada sociedade ou grupo. Os discursos coletivos são abstrações concretizadas na medida em que a sua construção se dá num movimento dialético em que os conteúdos das ideias individuais presentes nos depoimentos são unificados em categorias que os unem como um DSC. Estes, ao passarem pelo crivo analítico do pesquisador, são transformados em produtos cientificamente tratados, mas preservando as características espontâneas da fala cotidiana (Lefevre & Lefevre, 2014). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos da Faculdade de Medicina de Marília, nº CAAE 98624418.8.0000.5413. Os participantes foram informados sobre a natureza do estudo, seus objetivos, métodos e benefícios previstos, potenciais riscos e possíveis incômodos pelo(s) entrevistado(s) e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido manifestando sua participação voluntária na pesquisa.

3 Resultados e Discussão

As entrevistas, realizadas com 23 usuárias/usuários do método e 13 instrutores do Centro de Planejamento Familiar (CENPLAFAM) em novembro de 2018 na cidade de São Paulo, foram analisadas sob a ótica da percepção dos sujeitos sobre o MOB e a constituição da feminilidade e do casal. Dentre os usuários a média de idade foi de 31 anos, sendo 17 casados, 1 viúvo e 5 solteiros. A escolaridade foi de 17 com ensino superior completo, sendo 8 com pós-graduação, 3 com ensino superior incompleto e 3 com ensino médio completo. Quanto à quantidade de filhos que 12 entrevistados não têm filhos, 5 tem apenas 1 filho, 1 tem 2 filhos, 4 têm 3 filhos e 1 usuário tem 4 filhos. O tempo de união dos casais variou de 1 a 35 anos e em relação ao tempo de utilização do MOB, este variou de 2 meses a 35 anos. Dentre os instrutores entrevistados a média de idade foi de 42 anos, sendo dois deles solteiros, dez casados e uma viúva. Em relação à escolaridade 10 instrutores têm ensino superior completo, sendo 4 com pós-graduação, 1 tem ensino superior

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incompleto e 2 têm ensino médio completo. Quanto ao tempo como instrutores, este variou de 1 a 30 anos. A partir da análise das entrevistas pode-se identificar três grandes temas que refletiam as ideias de usuárias/usuários e instrutores quanto ao assunto abordado. Além disso foi possível identificar em cada tema as ideias centrais e construir o discurso do sujeito coletivo de cada categoria. Quanto ao tema 1 – Feminilidade: a busca da identidade do que é ser mulher (Tab. 1), estudos mostram que o MOB oportuniza à mulher o autoconhecimento do próprio corpo, em seus aspectos biológicos, sociais, emocionais, espirituais e culturais que envolvem seu ciclo reprodutivo. Tais benefícios proporcionam às mulheres sentimentos de autoconfiança, segurança, bem-estar, satisfação, controle, sintonia consigo mesmas e autonomia que garantem a melhoria na qualidade de vida da mulher (Santos, Frazão, & Oliveira, 2017; Magalhāes, 2013), além de ajudá-las a equilibrar as mudanças de humor (Vande Vusse et al., 2004). O autoconhecimento empodera não somente a mulher, mas o casal, a gerirem suas vidas reprodutivas sem intervenções médicas (Smoley & Robinson, 2012). A mesma percepção foi encontrada em nossa pesquisa.

Tabela 1. Ideias centrais e discurso do sujeito coletivo a partir das entrevistas realizadas com usuários e instrutores, que

geraram o Tema 1 - Feminilidade: a busca da identidade do que é ser mulher. Marília, 2019. Ideias Centrais Discurso do Sujeito Coletivo

IC1 - A descoberta do próprio corpo

DSC (usuárias)- É um método que me empodera. Empoderamento é isso, é eu conseguir utilizar meu corpo, que é uma das melhores coisas que eu tenho na vida, da maneira como ele pode funcionar, com a sua potência e me sentindo mais livre. Eu comecei a ter mais conhecimento de mim mesma, vivi uma experiência de mim mesma só a partir da observação, nada mais do que isso, só me observando. Primeiro eu comecei a me conhecer como mulher, conhecer minha saúde reprodutiva, como meu ciclo funciona, como meu corpo funciona, e que está muito ligado também às minhas emoções. Enfim, é um autoconhecimento, é lidar com a percepção do meu corpo, é descobrir as sensações de saber como que você é por dentro. Eu me sinto realizada como mulher e reconhecer tenho a minha sexualidade e a minha fecundidade.

DSC (instrutores) - A mulher vai ter um conhecimento do seu próprio corpo, saber quando está fértil, quando está para menstruar, conseguir identificar até as suas mudanças de humor durante o seu ciclo, é saber melhor o que que ela pode fazer ou não. É uma questão de ser, da mulher se conhecer é um indicativo para ela que sua saúde está bem ou se não está. Para o casal é ser conhecedor e protagonista da própria fisiologia.

IC2 – O olhar para a saúde da mulher

DSC (usuárias) - A minha motivação foi pela saúde. Pelo MOB ser natural, ele me oferece várias coisas que um anticoncepcional não me oferece, como um controle maior sobre o seu corpo, porque você está vendo que aqueles dias você está ovulando, então se você não quer ter filhos, não faça, se quer ter filhos, ali é o momento. Com o anticoncepcional eu tive perda de libido, que chegou num ponto de quase nos separarmos por causa disso, podem ter doenças como problemas de varizes, trombose, entre outras. O anticoncepcional me causava vários efeitos colaterais, eu me sentia muito mal psicologicamente, espiritualmente e fisicamente, eu tive muita alteração de humor, ter a possibilidade de deixar de usar o anticoncepcional foi muito bom pra mim. O anticoncepcional devastou comigo como mulher e, em consequência, com o casamento. A minha saúde está sendo preservada. Também ajuda a mulher a se observar, perceber se ela tem algum tipo de doença, no meu caso foi pelo gráfico que descobri ovário policístico. Eu percebi que estava com um fluxo continuo, fui na ginecologista, insisti e quando ela me examinou eu realmente estava com uma bactéria. O método possibilita que a gente possa observar precocemente a existência de uma doença.

DSC (instrutores) - O MOB é seguro porque mantém a saúde física e reprodutiva já que não causa efeitos colaterais, por ser natural evita ter um hormônio trazendo efeitos nocivos para o seu corpo. O anticoncepcional agride o corpo da mulher, ela não tem tanto desejo sexual, pode ter enxaqueca, pressão alta. O MOB é um

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benefício para a mulher, ele não tem efeitos colaterais, o corpo da mulher age na sua naturalidade e não se sente tão irritada, em certo momento do ciclo, como quando usava o anticoncepcional. Homens e mulheres têm a fertilidade diferente, isso mostra que a própria natureza tem a possibilidade para o planejamento natural da família.

O Tema 2 – Formação de um casal para além do casamento (Tab. 2), remete à reflexão que homens e mulheres apresentam um padrão de fertilidade diferente e, nesse sentido, a adoção de métodos de planejamento familiar natural requer mudanças de comportamento na vida sexual desses casais (Manhart et al., 2013). Nesse sentido, como o método exige uma corresponsabilidade de ambos sobre a fertilidade, eles tomam as decisões em conjunto, não ficando a cargo apenas da mulher a prevenção de uma gravidez (Magalhāes, 2013). Nosso estudo mostra que essa responsabilidade compartilhada pelo homem/companheiro permite que ele seja mais participativo no planejamento de sua família, favorecendo serem realmente um casal. O senso comum aponta que os métodos naturais proporcionam uma abstinência sexual grande e a veem como um aspecto negativo desses métodos. Entretanto, estudos apontam que a frequência sexual de casais que usam métodos naturais em geral é igual ou até maior aos que utilizam outros métodos, trazendo como benefício uma melhor comunicação e respeito entre o casal, laços fortificados, maior sensibilidade e menor egoísmo, mais amor e compreensão, maior apreciação da sexualidade, melhora nas relações sexuais bem como em atividades íntimas como preliminares, busca por outras formas de vivenciar a sexualidade como abraços e conversas (Vande Vusse et al., 2004; Pallone & Bergus, 2009; Santos, Frazão, & Oliveira, 2017). Nossa pesquisa corrobora esses dados da literatura.

Tabela 2. Ideias centrais e discurso do sujeito coletivo a partir das entrevistas realizadas com usuários e instrutores, que

geraram o Tema 2 - Formação de um casal para além do casamento. Marília, 2019. Ideias Centrais Discurso do Sujeito Coletivo

IC1 – A relação afetiva e sexual do casal

DSC (usuárias) - O MOB não é um método de uma pessoa só, não é como um método que a mulher só vai tomar o contraceptivo, o homem vai usar a camisinha, não, no método Billings os dois precisam sentar, conversar e passar por esse conhecimento mútuo. Melhorou meu relacionamento com meu esposo, aumentou o diálogo, a cumplicidade do casal, leva a gente a vivência da sexualidade de forma que ela foi desejada. Um entendimento para comigo e com a minha sexualidade. Nessa questão do prazer, acaba sendo melhor pra mim, pra mulher, e para o casal é essa questão de união mesmo, a relação conjugal não precisa ser só o ato sexual. Passando o período de fertilidade, da abstinência, em cada ciclo a gente buscava ter uma nova lua de mel. O método ajuda também para que as relações sejam com muita qualidade, porque como a gente utiliza o tempo infértil, quando elas acontecem, elas acontecem plenamente.

DSC (companheiros) - Obrigatoriamente tem que ter mais atenção ao outro, principalmente o homem tem que ter mais atenção com a mulher, porque o homem é criado no individualismo, egoísmo dele, querendo suprir suas próprias necessidades. Melhorou a cumplicidade, a intimidade. E para o casal se amar além da relação sexual, naquele dia vai amar a esposa de outra maneira além do sexo. O homem não tem esse negócio de tempo, pro homem todo dia tem que fazer sexo e quando você percebe que a mulher tem um tempo, que a mulher tem um desejo diferente do homem, você entende melhor como a natureza funciona. A gente acha que é só para a mulher se autoconhecer, mas é também para o homem respeitar mais a companheira, respeitar as mulheres em geral.

DSC (instrutores)- A sexualidade vai além da genitalidade. As pessoas tem sempre a ideia de que a relação sexual é somente o ato genital, ele é uma parte da relação sexual e durante o uso do método, no período fértil, quando o casal está espaçando uma gravidez, esse casal vai aprender a demonstrar amor e carinho de outras formas,

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através dos pequenos gestos, através de carícias que são muitas vezes por palavras e não por toques. Isso tudo pra mulher é um aspecto muito positivo porque na relação sexual o tempo da mulher é diferente do tempo do homem e o casal muitas vezes não consegue fazer uma integração e o que acontece a mulher acaba não tendo satisfação no ato conjugal. Promove maior diálogo entre o casal, o casal fica mais unido, favorece a compreensão e o vínculo.

IC2 – A participação da mulher e do homem nas decisões do casal

DSC (usuárias) - O MOB precisa da participação dos dois, fazer escolhas que sejam responsáveis e de acordo com o momento que você está vivendo. Permite que o homem seja mais participativo na vida da mulher porque quando a mulher usa o método contraceptivo, ela por si só tem aquela obrigação de ir lá, e fazer, e tomar. Com o MOB tem que ter uma conversa do casal, uma escolha de ter uma relação ou não. O homem também se torna responsável pelo planejamento da família junto comigo. Os dois tem a oportunidade de participar do processo natural da fertilidade, de engravidar ou não.

DSC (instrutores) - O casal aprende que a fertilidade não é de um ou do outro, mas do casal. A responsabilidade é compartilhada. O casal conversa sobre planejamento familiar, a quantidade de filhos, se naquele momento estão abertos ou não a um nascimento, a uma nova gestação. O casal passa a entender a responsabilidade que tem na vivência da sexualidade, porque como é um método comportamental eu não posso pôr a culpa em nada, sou eu que decido. É um desafio pro casal abraçar essa responsabilidade juntos, não deixar para o outro só a responsabilidade disso, é uma questão de amadurecimento.

Quanto ao Tema 3 - O MOB: suas dificuldade e responsabilidades (Tab. 3), o método apresenta algumas dificuldades, como seguir regras rígidas, responsabilidade e o controle do desejo. O MOB pode gerar algumas inseguranças e dificuldades que podem desanimar o casal, principalmente no início quando estão passando pela fase de aprendizagem e adaptação do método. A falta de comprometimento do casal, o medo da gravidez, a dificuldade de interpretar os sinais de fertilidade e a rigidez das regras, como anotações diárias em gráfico próprio, foram algumas das dificuldades relatadas em diversas pesquisas (Vande Vusse et al., 2004; Santos, Frazão, & Oliveira, 2017). Vande Vusse et al. (2004), referiu em seu estudo dificuldades relacionadas à abstinência sexual, levando a estresse para o relacionamento do casal, diminuição da frequência e da espontaneidade das atividades sexuais, dificuldade de se abster das relações quando o corpo está preparado para elas, sentimentos de raiva durante a abstinência sexual o que bloqueou o casal a conversar sobre a sexualidade, sentimento de rejeição por parte do parceiro, além de desapontamento que não estavam cumprindo com as necessidades sexuais de seus parceiros. Entretanto, o MOB é um método que pode auxiliar casais que não conseguem engravidar. Por ser um método ambivalente, tanto para evitar como para conseguir uma gravidez, nossa pesquisa mostrou, pelos depoimentos dos entrevistados, que o método é eficiente nos dois casos. Estudo realizado na Austrália (Billings LIFE, 2005) mostrou que 78% dos usuários conseguiram engravidar dentro de 4,7 meses e que esses mesmos casais passaram em média 15 meses tentando engravidar antes de buscar as clínicas de atendimento do Método Billings, mostrando, portanto, a eficiência do método para aquisição de uma gravidez sem a necessidade de recorrer à métodos de fertilização, por exemplo.

Tabela 3. Ideias centrais e discurso do sujeito coletivo a partir das entrevistas realizadas com usuários e instrutores, que

geraram o Tema 3 - O MOB: suas dificuldade e responsabilidades. Marília, 2019. Ideias Centrais Discurso do Sujeito Coletivo

IC1 - As dificuldades com o método

DSC (usuárias) - Eu acho que o que mais custa para um casal fazer o MOB é ser paciente e fiel, em qualquer momento da minha anotação, da minha percepção, porque uma vez que a gente coloca uma palavra errada, uma coisa que se observa errada, pode dar errado o método. Tem que ter bastante disciplina, porque se um

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dos dois não tem essa disciplina, vai gerar um conflito. Uma dificuldade é o tempo que os dois tem que disponibilizar pra anotar, mesmo que seja um tempo pequeno, a gente tem que ter essa pequena rotina de você ter que ir lá todo dia e anotar. No início do casamento nos dias em que não pode ter relação, por causa desse espaçamento, isso trouxe um afastamento, uma dificuldade na vida sexual do casal. Uma dificuldade é mais psicológica, então tem um pouco de ansiedade e medo, de estar fazendo errado. Tem que ser disciplinada, ter um autocontrole, você tem que ter esse olhar, que não vai ser tudo do jeito que você quer, e a vida é assim, não é tudo do jeito que a gente quer.

DSC (instrutores) - É um método comportamental então ele vai exigir é a adesão as regras, se sentir preso a ter que aplicar regras ou hoje pode hoje não pode, uma coisa que eu não acho tão relevante porque a partir do momento em que você faz opção por este método você sabe que tem as regras para seguir então você vai adaptar a sua vida sexual a aplicação do método. É necessário o casal ser obediente às regras e obedecer regras para muitos não é fácil, não é visto como malefício, mas como um ponto de dificuldade pra muitos como pessoa. Outra dificuldade, no início, é conseguir domar o desejo, porque com o MOB como é muito natural, o desejo é muito maior, então quando a mulher está no período fértil e está no momento em que o casal não quer ter filhos, tem que trabalhar isso, não usar esse momento de mais desejo para ter relação e entender a responsabilidade que os dois tem na vivência da sexualidade.

IC2 – O desejo controlado

DSC (usuárias) - Malefício não é a palavra adequada para dizer sobre o tempo de abstinência, mas no período de fertilidade a mulher tem vontade, e aí não pode, então esse aparente maleficio de não satisfazer um desejo da mulher e do homem pode ser controlado, porque eu e meu marido somos só dois corpos com um desejo incontrolável num determinado período do ciclo ou somos seres que tem todo o seu valor? Mas é um método restritivo, um método muito exigente, que a gente não pode fazer o que a gente quiser a qualquer hora, tem que ter muito autocontrole. Não poder ter relação às vezes é difícil para ele compreender, então a gente encontra um pouco de dificuldade. Por outro lado, no período fértil a gente namora como a gente namorava antes do casamento, porque namorar não necessariamente precisa culminar com uma relação sexual, ajudou a fortalecer mais a questão afetiva. DSC (instrutores) - Ao contrário do que se pensa, oferece uma abstinência mínima. O casal acaba relatando que eles achavam que com o método natural, precisavam ter um período de abstinência grande que eles teriam poucas relações sexuais e depois eles vêm dizendo pelo contrário, eles tem mais relações sexuais com mais qualidade. IC3 – Método

ambivalente: contraceptivo e gestacional

DSC (usuárias) - A gente espaçou a gravidez por 2 anos e meio e deu super certo, aí quando a gente passou 1 ano tentando engravidar, a gente usou o método para engravidar e também deu certo. Eu estou querendo engravidar e o método tem nos ajudado a conversar mais sobre isso, sobre todo o processo do planejamento familiar e da comunhão dos dois e do matrimônio, não é só a parte do prazer.

DSC (instrutores) - O método serve tanto para conseguir quanto para espaçar ou evitar a gravidez de acordo com a decisão do casal. Percebo que melhora as chances de gravidez pois permite a observação do tempo de melhor fertilidade para ter relações nesse momento. Levar esperança para algumas famílias que não conseguem ter filho e através do método conseguem é gratificante.

4 Conclusões

Esta pesquisa qualitativa possibilitou conhecer as percepções de usuárias, seus companheiros e instrutoras do MOB quanto às facilidades e desafios de seu uso. Foi fundamental para entender o papel da mulher e do homem na nova configuração familiar onde o casal busca a responsabilidade de ter ou não um filho no diálogo, no afeto e nas decisões conjuntas. A possibilidade da mulher

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conhecer seu corpo e ser protagonista de suas escolhas traz um empoderamento que muitas não conheciam e pode ser conquistado.

A pesquisa qualitativa, nesse sentido, pode ser utilizada como ferramenta fundamental para captar os aspectos subjetivos e interpretar as falas dos entrevistados, valorizando o pensamento de cada um, o que não seria possível captar por meio de outros instrumentos de análise, como os quantitativos.

Apesar de ser um método trabalhoso, entrevista, transcrição e análise, o mesmo possibilitou conhecer o pensamento e as representações das mulheres sobre seu próprio corpo, sobre as escolhas de concepção ou não e sobre o uso do método contraceptivo que melhor se adequa aos seus princípios morais.

Referências

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Referências

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