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Usjt BD 2015 1BSIN D01- Aula 03- 3Modelos

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Banco de Dados BD_02

Modelos 02 de março de 2008

Gabriel Issa Jabra Shammas

MODELOS

● Relação de siglas utilizadas neste trabalho:

SI: Sistema de Informação UML: Unified Model Language

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MODELOS

Modelos têm sido a base de toda a ciência humana ao longo dos séculos, desde a antiguidade. Na verdade, pode-se dizer que a ciência realmente se firmou quando o homem aprendeu a trabalhar com modelos, uma vez que sem eles, o conhecimento se restringe apenas às mãos dos gênios e super-dotados.

Por exemplo, “antes do estabelecimento dos modelos que representam o átomo, as reações químicas e as propriedades da matéria, a química não existia. Somente os chamados alquimistas da Idade Média possuiam algum conhecimento sobre estes assuntos. Por isso, somente os gênios puderam se destacar com contribuições relevantes, tais como Paracelso”.

Com o advento dos modelos, a química se formaliza e pode ser então aprendida em escolas e ser democratizada. Atualmente, qualquer pessoa com inteligência média pode estudar e entender química. Por outro lado, na música, antes da invenção do modelo da notação musical que representa as principais dimensões físicas do som e suas relações (melodia, harmonia, intensidade e ritmo), somente os gênios podiam compor ou até mesmo tocar instrumentos.

Após esta definição, no entanto, a música popularizou-se e pode ser registrada para que pessoas qualificadas (mas não tanto...) possam reproduzi-la ou mesmo compor novas músicas.

Alguém poderia conceber o mundo moderno se, um dia, não houvessem sido definidos modelos matemáticos para resolver problemas abstratos, tais como a geometria, trigonometria, álgebra, entre outros. Destes modelos matemáticos derivaram ou se desenvolveram inúmeras ciências como a física e a engenharia.

Até mesmo na área de humanas, existem exemplos nítidos da importância de modelos. Freud e Jung (respectivamente, Sigmund Freud e Carl Gustav Jung), pais da moderna psicologia, definiram classes de comportamentos e problemas humanos, utilizando, para isso, símbolos (modelos) que expressassem os principais complexos. Estes modelos foram, em sua maioria, extraídos da mitologia e de estórias infantis, como o complexo de Édipo, complexo de Electra, complexo de Cinderela, complexo de Peter Pan etc.; outros modelos foram definidos, como o inconsciente coletivo, super-ego, ego, subconsciente, inconsciente individual, entre outros.

Assim, qualquer pessoa pode se enquadrar aproximadamente em um ou mais modelos de comportamento humano para poder entender a sua realidade e extrair soluções para seus problemas.

O grifo da frase anterior foi feito pois esta é a função de todo e qualquer modelo: (i) permitir o entendimento da realidade e (ii) proporcionar solução para os problemas da realidade.

Como tanto a realidade como os problemas são entidades abstratas e de difícil compreensão, os modelos facilitam o seu entendimento, pois o cérebro humano trabalha mais facilmente com modelos, mesmo considerando que eles não são a própria realidade (apenas uma representação da realidade).

Aplicando modelos à informática, o conceito é exatamente o mesmo. As organizações são, na verdade, um conjunto de “problemas” que devem ser solucionados e, quando se trata de Sistemas de Informação (SIs),

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esta solução está no fornecimento de informações corretas e precisas para as pessoas que delas necessitam e quando as informações são requeridas.

E as interligações entre as Áreas de Negócio da Organização são tão complexas e variadas que é muito difícil apreendê-las sem fazer uso de modelos adequados que auxiliem técnicos e usuários a definir, parte por parte, tudo aquilo que se precisa.

Isto ocorre porque os modelos permitem “quebrar” a realidade em partes interligadas que podem ser analisadas ora como um todo, ora isoladamente.

Os modelos também facilitam a comunicação entre técnicos e usuários, uma vez que criam uma linguagem comum, simbólica e sem dialetos.

A seguir temos alguns exemplos de modelos:

NaOH + HCl

NaCl +

H

2

O

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Por outro lado, os modelos não são inflexíveis e permitem que a criatividade do analista se desenvolva, assim como um músico não deixa de ser criativo ao representar entidades abstratas em uma folha de papel. Os modelos não são estáticos e nem imutáveis. Os modelos podem ser manipulados, alterados, conforme a realidade na qual eles se basearam modifica-se e evolui.

Porém, uma das maiores vantagens do uso de modelos é o seu custo. Alterar um modelo é muito mais rápido e barato do que realizar manutenções estruturais e corretivas em Sistemas de Informação (SI) já implantados que foram decorrentes de levantamentos, análises e projetos mal elaborados.

Todavia, ainda que com vantagens indiscutíveis, deve-se ter em mente que um modelo é sempre uma representação da realidade, mas nunca a própria realidade.

Isto porque a Organização é uma entidade dinâmica e não estática e, portanto, os Sistemas de Informação (SI) que a suportam nunca poderão ser perfeitamente representados em modelos. Diz-se que todos os modelos são mentirosos; alguns, no entanto, mentem menos do que outros.

Na física clássica, são tradicionais os modelos mentirosos. Quem não se lembra dos exercícios de estudo do movimento (cinética) onde um automóvel se desloca em velocidade constante e a resistência do ar e o atrito do solo são desprezados?

Típicos exemplos de mentiras comparadas com a realidade. Mas úteis, sem dúvida alguma, para que um aluno possa compreender e analisar o mundo que o cerca.

Da mesma forma, os analistas devem ter consciência que um Modelo de Dados, por exemplo, nunca irá representar perfeitamente todas as informações que a Organização necessita. Além disso, podem existir inúmeros modelos diferentes para um mesmo Sistema de Informação (SI), dependendo de quem o construir.

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Enfim, não se deve ter uma abordagem perfeccionista ao desenvolver-se um modelo, mas cuidar para que se aproxime, ao máximo, da realidade.

Os modelos também servem para manipular a realidade, ou manipular os elementos da realidade. Neste caso, ao implantar um sistema, o analista de sistema irá definir o papel a ser executado pelos usuários. A ação destes usuários será definida a partir do Manual de Operação do Sistema.

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MODELANDO UM SISTEMA

O mundo real é complexo e dinâmico. Por causa disso é que fazemos uso de modelos em lugar de sistemas reais. Um modelo é uma representação da realidade. Ou, se preferir, um modelo é uma abstração ou uma aproximação que é usada para simular a realidade [STAIR, 1998, p. 10].

Desde o começo da história, as pessoas têm usado modelos. Uma descrição escrita de uma batalha, uma réplica de um prédio antigo, o uso de símbolos para representar dinheiro, números e relações matemáticas são todos exemplos de modelos. Neste início do século XXI, os administradores e os tomadores de decisões usam modelos para ajuda-los a entender o que está acontecendo e a tomar a melhor decisão [STAIR, 1998, p. 10]. Há inúmeros tipos diferentes de modelos. Os principais são: narrativo, físico, esquemático e matemático [STAIR, 1998, p. 10].

O mundo real é complexo e dinâmico. Por causa disso é que fazemos uso de modelos em lugar de sistemas reais. Um modelo é uma representação da realidade. Ou, se preferir, um modelo é uma abstração ou uma aproximação que é usada para simular a realidade [STAIR, 1998, p. 10].

Um modelo narrativo, como o próprio nome diz, baseia-se em palavras. As descrições da realiade, tanto verbais quanto escritas, são consideradas modelos narrativos. Em uma organização, relatórios, documentos e conversações referentes a um sistema são todos importantes narrativas. Os exemplos incluem: um vendedor fazendo uma descrição verbal de um produto da concorrência para um gerente de vendas, um relatório escrito descrevendo a função de uma nova máquina industrial, um artigo de jornal sobre economia ou vendas futuras de exportação [STAIR, 1998, p. 11].

Um modelo físico é uma representação tangível da realidade. Muitos modelos físicos são projetados ou construídos por computador. Um engenheiro pode desenvolver um modelo físico de um reator químico para obter informações importantes sobre como um reator de grande porte deve funcionar. Um construtor pode desenvolver um modelo em escala de um novo shopping center para dar as informações sobre a aparência global e a abordagem do desenvolvimento a um investidor em potencial. Outros exemplos: um departamento de pesquisa de marketing pode desenvolver um protótipo de um novo produto, e um médico pode construir um esqueleto plástico. Todos estes são exemplos de modelos físicos que podem ser usados para fornecer informação [STAIR, 1998, p. 11].

Um modelo esquemático é uma representação gráfica da realidade. Gráficos, mapas, figuras, diagramas, ilustrações e fotografias são tipos de modelos esquemáticos. Os modelos esquemáticos são usados em grande parte no desenvolvimento de programas e sistemas de computador. Fluxogramas de programas mostram como os programas de computadores devem ser desenvolvidos. Diagramas de fluxos de dados são usados para mostrar como os dados fluem através da organização. Uma cópia heliográfica para um novo prédio, um gráfico que mostra projeções orçamentárias e financeiras, diagramas de fiação elétrica e gráficos que mostram quando certas tarefas ou atividades devem ser completadas para permanecerem dentro do prazo de um projeto, são exemplos de modelos esquemáticos usados na área de negócios [STAIR, 1998, p. 11]. Um modelo matemático é uma representação aritmética da realidade. Estes modelos são usados em todas as áreas de negócios. Por exemplo, o modelo matemático a seguir poderia ser desenvolvido para determinar o custo total de um projeto [STAIR, 1998, p. 11]:

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CT = (V)(X) + CF Onde: CT = Custo Total,

V = Custo Variável por unidade, X = Número de unidades produzidas, CF = Custo Fixo.

Ao desenvolver qualquer modelo, é importante que ele seja o mais preciso possível. Um modelo impreciso geralmente levará a uma solução imprecisa do problema. No modelo matemático anterior, considera-se que tanto o custo variável por unidade quanto o custo fixo estão medidos com precisão. A maioria dos modelos contém muitas suposições e é importante que estas sejam tão realistas quanto possível. Também é importante que os usuários potenciais do modelo estejam conscientes das suposições sobre as quais o modelo foi desenvolvido [STAIR, 1998, p. 11].

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RESUMO DE MODELOS

DEFINIÇÃO: Modelo é a representação da realidade (ou de parte da realidade). “Um modelo é uma simplificação da realidade” [BOOCH, 2000, p. 6] Os modelos podem ser concretos ou abstratos (alguns dizem virtuais).

Maquetes e protótipos de carros de corrida são exemplos de modelos concretos.

Já o protótipo de um Sistema de Informação ou o protótipo de um carro de corrida no computador são exemplos de modelos abstratos (que alguns dizem virtuais).

FUNÇÃO: O modelo:

a. Permite o entendimento da realidade;

b. Permite encontrar soluções para os problemas da realidade.

TODO MODELO É FALSO (MENTIROSO): O modelo é apenas uma representação da realidade; ele não é a realidade.

OS MODELOS SÃO A BASE DO CONHECIMENTO HUMANO: O ser humano precisa de modelos para aprender. Os modelos têm sido a base de toda a ciência humana ao longo dos séculos, desde a antiguidade. Na verdade, pode-se dizer que a ciência realmente se firmou quando o homem aprendeu a trabalhar com modelos, uma vez que sem eles o conhecimento se restringe apenas às mãos dos gênios, dos superdotados e dos privilegiados.

Os modelos permitem o registro dos dados/informações, o transporte desses mesmos dados/informações, a sua transferência para outras pessoas e, com isso, permitem que haja discussão e consequente manipulação desses dados/informações, com verificações, o que leva a evolução do conhecimento e melhoria na sua aplicação na vida diária. Isso justifica a afirmação de que os modelos são a base do conhecimento humano. OS MODELOS SÃO BARATOS: É mais fácil manipular os modelos do que manipular a realidade.

OS MODELOS FACILITAM A COMUNICAÇÃO: Os modelos facilitam a comunicação entre técnicos e usuários porque utilizam uma linguagem simbólica, sem dialetos. Todos os modelos se valem de símbolos, daí termos uma linguagem simbólica (ou visual, ou gráfica). Uma imagem vale por uma enormidade de palavras.

OS MODELOS PODEM SER LIMITANTES: Os modelos nem sempre podem representar exatamente a realidade. Assim, um indivíduo que se prende em excesso ao modelo pode passar a interpretar a realidade de forma errônea.

OS MODELOS DEFINEM LIMITES: Os modelos definem as fronteiras de nossas ações (e mesmo de nossos conhecimentos).

OS MODELOS PODEM TORNAR-SE PADRÕES: Como os modelos representam a realidade e definem fronteiras, eles podem tornar-se padrões a serem seguidos. O perigo reside em permitir que o modelo se torne estático e inquestionável.

OS MODELOS SÃO BONS: Os modelos auxiliam o ser humano.

OS MODELOS SÃO IMPORTANTES: Os modelos estão presentes em todas as áreas do conhecimento, facilitando a vida .

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OS MODELOS FACILITAM A VIDA: Os modelos auxiliam o ser humano a entender os aspectos mais complexos da realidade; eles permitem “quebrar” a realidade em partes interligadas que podem ser analisadas como um todo ou de forma isolada.

OS MODELOS NÃO SÃO PERFEITOS: Os modelos não precisam ser perfeitos para representar a realidade; eles devem apenas se aproximar o máximo possível da realidade.

OS MODELOS SÃO NECESSÁRIOS: Sem os modelos não há como entender a realidade.

NÃO HÁ MODELO PERFEITO: A realidade está em constante mudança e os modelos visam acompanhar esta mudança. Além disso, não há um modelo que consiga representar 100% da realidade, pois neste caso, já não seria um modelo.

OS MODELOS PODEM SER MANIPULADOS: Os modelos podem ser alterados para acompanhar as mudanças da realidade.

OS MODELOS PODEM SER USADOS PARA MANIPULAÇÃO: Um modelo pode ser usado para definir as ações dos agentes que estarão em contato com este modelo. Um exemplo, é a implantação de um Sistema de Informações, onde o Analista de Sistemas define as ações de um ou mais usuários.

OS MODELOS EVOLUEM: Não há modelos definitivos, mesmo porque não há modelo perfeito. Eles acompanham a mudança da realidade e a evolução de nossos conhecimentos. Na verdade, os modelos permitem um avanço do conhecimento naquela área específica, que acaba revertendo na melhoria do próprio modelo.

OS MODELOS SÃO DINÃMICOS: Os modelos representam a realidade e o conhecimento sobre a realidade aumenta com o tempo, de modo que os modelos evoluem para acompanhar este conhecimento.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOOCH, Grady; RUMBAUGH, James; JACOBSON, Ivar. UML: guia do usuário. Trad. Fábio Freitas. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

STAIR, Ralph M. Princípios de Sistemas de Informação: uma abordagem gerencial. 2ª. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 1998.

Referências

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