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Aula 02 - Teoria dos semicondutores

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Academic year: 2021

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(1)

Eletrônica Básica e Instrumentação

ELT008

Prof. Vinícius Valamiel

vvalamiel@gmail.com

Transparências: Prof. Tálita S. P. Sono

Prof. Tiago de Sá Ferreira

(2)

TEORIA DOS SEMICONDUTORES

(3)

Características elétricas dos materiais

Considera-se como característica dos materiais a

propriedade destes em conduzir a corrente elétrica com

maior (ou menor) facilidade.

Relacionado à sua resistividade:

RESISTIVIDADE - CONDUTIVIDADE

Sendo assim existem três tipos diferentes de materiais:

Condutores;

Isolantes; e

(4)

Características elétricas dos materiais

Considera-se como característica dos materiais a

propriedade destes em conduzir a corrente elétrica com

maior (ou menor) facilidade.

Relacionado à sua resistividade:

RESISTIVIDADE - CONDUTIVIDADE

Sendo assim existem três tipos diferentes de materiais:

Condutores;

Isolantes; e

(5)

Características elétricas dos materiais

ELT008 - Eletrônica Básica e Instrumentação Aula 2 - Teoria dos semicondutores 5

Material condutor

• é qualquer material que

sustenta um grande fluxo de

carga

ao se aplicar uma fonte de tensão de amplitude

limitada através de seus terminais.

Material isolante

• é qualquer material que

oferece um nível muito baixo

de condutividade

quando submetido a uma fonte de

tensão.

Material semicondutor

• possui um nível de

condutividade entre os extremos de

um isolante e de um condutor

.

(6)

Coeficiente de Resistividade

A

I

V

+

-L

Material

Classificação

Resistividade (

r

)

Cobre

Condutor

10

-6

[

W

.cm]

Mica

Isolante

10

12

[

W

.cm]

Silício (Si)

Semicondutor

50·10

3

[

W

.cm]

V = R·I

(a condutividade está

relacionada com a resistência de um

material)

resistividade

O

coeficiente térmico da resistividade

de um semicondutor

é negativo

(T, ρ )

A

L

R

r

(7)
(8)

Existe uma grande variedade de materiais semicondutores:

Silício – Si;

Germânio – Ge;

Arseneto de Gálio – GaAs, etc.

Caraterística comum:

Tetravalentes - Possuem 4

elétrons na última camada

Semicondutores

ELT008 - Eletrônica Básica e Instrumentação Aula 2 - Teoria dos semicondutores 8

(9)

Semicondutores

20 a 30% da crosta terrestre;

Fácil de fabricar com grande pureza.

Um maior foco será dado ao silício, porém, todos os aspectos qualitativos

mencionados podem ser estendidos a qualquer outro material semicondutor.

Qual o material semicondutor mais utilizado

na fabricação de dispositivos eletrônicos?

(10)

O Silício

Núcleo

Átomo Isolado de Si

Modelo de Bohr

Órbita de valência

Mais importante

DETERMINA AS PROPRIEDADES

QUÍMICAS E ELÉTRICAS DO

MATERIAL

Estrutura é

eletricamente neutra

14 e

-

= 14p

O átomo de Si é

tetravalente

(possui 4e

-

na órbita

(11)

O Silício

Os elétrons da órbita de valência podem ser liberados através do

fornecimento de energia (por exemplo calor e luz)

Quanto maior a órbita do elétron maior será sua energia potencial

(em relação ao núcleo)

Os átomos tendem buscar a estabilidade

química completando todos os seus níveis

de energia.

No caso do silício, são necessários

mais 4 elétrons.

(12)

O Silício

Núcleo

Ligação

Covalente

Órbita de

Valência

Os quatro elétrons que faltam são conseguidos através do compartilhamento dos

elétrons da última camada de outros átomos. Este tipo de ligação é conhecida como

LIGAÇÃO COVALENTE

.

Em um cristal puro os 4 elétrons de

valência estão ligados a 4 átomos

(13)

O Silício

Quando os átomos do Si se combinam para formar um sólido, eles

são arranjados periodicamente segundo um padrão ordenado

chamado cristal.

O cristal de Si tem estrutura de

diamante tridimensional

(14)
(15)

As impurezas

Durante o processo de fabricação, os materiais

semicondutores são cuidadosamente refinados para se

obter a redução de impurezas a um nível muito baixo.

Esses semicondutores puros são conhecidos como

MATERIAIS INTRÍNSECOS.

A obtenção de semicondutores intrínsecos pode apresentar

um

grau de pureza de 1:10

10

1:10.000.000.000

(16)

O silício intrínseco

Silício intrínseco

O cristal de silício é

eletricamente neutro

(17)

Semicondutores

Os semicondutores tem suas características elétricas

modificadas em função da:

Dopagem

;

Temperatura;

e

Luz

(dispositivos especializados – sensores por exemplo);

Gerando os portadores livres – sensíveis a campos elétricos

Atualmente, os semicondutores são amplamente utilizados

para a fabricação dos dispositivos de estado sólido (diodos,

transistores, etc);

(18)
(19)

Como um material semicondutor pode se

comportar como isolante e condutor?

(20)

Níveis de energia

A energia total de um elétron pode ser identificada pela

camada na qual ele orbita.

Núcleo

Cada raio possui um nível

de energia equivalente

(21)

Níveis de energia

Os elétrons apresentam níveis discretos de energia ocupando somente

órbitas bem definidas em relação ao núcleo, existindo um

“gap” (região

proibida) entre as órbitas

A energia ΔE para o elétron ir

da órbita inferior para a órbita

superior deve ser maior ou

igual ao GAP

A energia ΔE fornecida pode

ser na forma de calor ou luz

Para voltar a órbita anterior, o

elétron deve liberar a energia

ΔE armazenada (liberação na

forma de calor ou luz)

(22)

Níveis de energia para os materiais

(23)

Níveis de energia para os semicondutores

O calor (energia térmica ≥ GAP à ≈

25ºC = temperatura ambiente)

rompe algumas ligações covalentes

gerando portadores livres.

Os elétrons adquirem energia

suficiente para sair da banda de

valência, atravessar o GAP de

energia e entrar na banda de

condução (para o silício intrínseco ≈

1,5·10

10

portadores/cm

3

);

(24)

Níveis de energia para os semicondutores

No espaço deixado pelo elétron

surge uma

LACUNA

;

Quanto menor Eg maior o número de

portadores livres.

(25)

Níveis de energia para os semicondutores

No espaço deixado pelo elétron

surge uma

LACUNA

;

Quanto menor Eg maior o número de

portadores livres.

LIVRE

O termo “livre” revela que o movimento

do elétron é bastante sensível a campos

elétricos aplicados como os

estabelecidos pelas fontes de tensão ou

qualquer diferença de potencial.

(26)

Geração térmica de pares elétron-lacuna

O reestabelecimento da ligação

covalente (elétron “encontra” a

lacuna) recebe o nome de

recombinação

Elétron deve perder energia (calor ou luz);

Para uma temperatura ambiente

constante existe um equilíbrio

Geração de pares elétrons-lacunas é igual

a quantidade de recombinações

(27)

Pergunta é?

Como um material semicondutor pode se

comportar como isolante e condutor?

Desfazer o equilíbrio entre a geração

de pares elétrons-lacunas e a

quantidade de recombinações

Como?

(28)

DOPAGENS E MATERIAIS

EXTRÍNSECOS

(29)

Materiais Extrínsecos do tipo N e P

As características dos materiais semicondutores podem ser

consideravelmente alteradas pela adição de determinados átomos de

impurezas no material semicondutor puro;

Um material semicondutor submetido ao processo de dopagem é

chamado de material extrínseco;

Dopagem é a inserção de impurezas no material de forma

controlada;

Há dois materiais extrínsecos imprescindíveis para a fabricação de um

dispositivo semicondutor:

Material do tipo N

Material do tipo P

(30)
(31)

Material Tipo N

O material do

tipo n

é criado com a

introdução dos elementos de

impureza que tem cinco elétrons

de valência (pentavalente)

como

antimônio, arsênio e fósforo;

As impurezas difundidas com

cinco elétrons de valência são

chamados de

átomos doadores;

As ligações covalentes ainda estão

presentes e o quinto elétron está

(32)

Material Tipo N

A dopagem “acrescenta” um nível

discreto de energia (chamado nível

doador) na banda proibida com um

Eg

bem menor do que o material

intrínseco.

O aumento da concentração de elétrons

na banda de condução aumenta a

condutividade do material

Elétrons “livres” devido à impureza

adicionada se estabelecem nesse

nível de energia e têm menos

dificuldade para absorver uma

quantidade suficiente de energia

térmica para mover-se em direção a

banda de condução à temperatura

ambiente.

Banda de Condução

Banda de Valência

0,05 [eV]

1,1 [eV] Nível de Energia dos Doadores

(33)
(34)

Material Tipo P

O material do

tipo p

é criado com a

introdução dos elementos de

impureza que tem três elétrons de

valência

como boro, gálio e índio;

As impurezas difundidas com três

elétrons

de

valência

são

chamados de

átomos aceitadores

Há um número insuficiente de

elétrons para completar as ligações

covalentes. A lacuna resultante

aceitará rapidamente um elétron

“livre”.

(35)

Material Tipo P

A dopagem “acrescenta” um nível

discreto de energia (chamado nível

aceitador) na banda proibida com

um Eg bem menor do que o material

intrínseco.

(36)
(37)

Material Tipo N – Portadores Majoritários

Banda de Condução

Banda de Valência

0,05 [eV]

1,1 [eV] Nível de Energia dos Doadores

Geração Térmica - Pares Elétron-Lacuna

A maioria dos elétrons na banda de

condução surgiu como consequência da

dopagem. As lacunas na banda de

valência foram produzidas pelo

processo de geração térmica.

Os

elétrons

estão em maioria e são

ditos

portadores majoritários

.

As

lacunas

estão em minoria e são

chamadas de

portadores

(38)

Material Tipo P – Portadores Majoritários

A maioria das lacunas na banda de

valência surgiu como consequência da

dopagem. Os elétrons na banda de

condução foram produzidas pelo

processo de geração térmica.

Os

elétrons

estão em minoria e são

ditos

portadores minoritários

.

As

lacunas

estão em maioria e são

chamadas de

portadores

majoritários

.

Banda de Condução

Banda de Valência

0,05 [eV] 1,1 [eV] Nível de Energia dos Aceitadores

(39)

Densidade elétrica do condutor intrínseco

Em um semicondutor intrínseco, a densidade de elétrons,

n

i

, é igual à densidade de lacunas, p

i

.

n

e

p

representam, respectivamente, as densidades de

elétrons

e de

lacunas

no semicondutor extrínseco.

E em um material dopado?

n

i

p

n

2

A quantidade

n

i

, representa as

densidades no semicondutor

(40)

Material P x Material N

A mobilidade dos elétrons livres na banda de condução é de 2 a 3 vezes

maior do que na banda de valência

No material do tipo P – muitos elétrons na banda de condução

No material do tipo N – muitas lacunas na banda de valência

(41)

Conclusão

Material do Tipo N

Mais próximo de um condutor

Material do Tipo P

(42)
(43)

Exercícios

Um semicondutor dopado possui 10 bilhões de átomos de

silício e 15 milhões de átomos pentavalentes. Se a

temperatura ambiente for de 25

o

C, quantos elétrons livres e

lacunas existem dentro do semicondutor?

Uma amostra de silício cristalino é dopada, de modo

uniforme, com átomos de fósforo (pentavalente). A

densidade de dopagem é 10

16

átomos/cm

3

. Determine as

densidades de elétrons e de lacunas nesse material à

temperatura ambiente. Considere n

i

= 1,08∙10

10

elétrons/cm

3

.

n

i

p

(44)

Exercício 1

Um semicondutor dopado possui 10 bilhões de átomos de silício e 15

milhões de átomos pentavalentes. Se a temperatura ambiente for de

25

o

C, quantos elétrons livres e lacunas existem dentro do

semicondutor?

Cada átomo pentavalente contribui com um elétron livre. Portanto, o

semicondutor tem 15 milhões de elétrons livres produzidos pela dopagem.

Não devem existir muitas lacunas em relação aos elétrons livres (há

somente aquelas produzidas pela energia térmica).

(45)

Exercício 2

Uma amostra de silício cristalino é dopada, de modo uniforme, com

átomos de fósforo (pentavalente). A densidade de dopagem é 10

16

átomos/cm

3

. Determine as densidades de elétrons e de lacunas nesse

material à temperatura ambiente. Considere n

i

= 1,08∙10

10

elétrons/cm

3

.

n = 10

16

elétrons/cm

3

p = 1,17∙10

4

lacunas/cm

3

n

p

n

i

2

n

i

p

n

2

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