• Nenhum resultado encontrado

Avaliação agronômica de substratos contendo zeólita enriquecida com nitrogênio, fósforo e potássio.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Avaliação agronômica de substratos contendo zeólita enriquecida com nitrogênio, fósforo e potássio."

Copied!
28
0
0

Texto

(1)

Avaliação Agronômica de Substratos

contendo Zeólita Enriquecida com

Nitrogênio, Fósforo e Potássio

ISSN 1678-0892 Dezembro, 2004

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

e Desenvolvimento

Boletim de Pesquisa 57

(2)

República Federativa do Brasil

Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Roberto Rodrigues

Ministro

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Conselho de Administração

Luis Carlos Guedes Pinto

Presidente

Clayton Campanhola

Vice-Presidente

Alexandre Kalil Pires

Ernesto Paterniani

Hélio Tollini

Marcelo Barbosa Saintive

Membros

Diretoria-Executiva

Clayton Campanhola

Diretor-Presidente

Gustavo Kauark Chianca

Herbert Cavalcante de Lima

Mariza Marilena T. Luz Barbosa

Diretores-Executivos

Embrapa Solos

Celso Vainer Manzatto

Chefe Geral

Aluísio Granato de Andrade

Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento

David Dias Moreira Filho

(3)

Boletim de Pesquisa

e Desenvolvimento

57

Alberto Carlos de Campos Bernardi Carlos G. Werneck

Patrick G. Haim Nélio G.A.M. Rezende Hélio Salim de Amorim Fernando de Souza Barros Paulo Renato Perdigão Paiva Marisa Bezerra de Mello Monte

Rio de Janeiro, RJ 2004

ISSN 1678-0892

Dezembro, 2004

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Centro Nacional de Pequisa de Solos

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Avaliação Agronômica de

Substratos contendo Zeólita

Enriquecida com Nitrogênio,

Fósforo e Potássio

(4)

Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Embrapa Solos

Rua Jardim Botânico, 1.024 Jardim Botânico. Rio de Janeiro, RJ Fone:(21) 2274.4999

Fax: (21) 2274.5291

Home page: www.cnps.embrapa.br E-mail (sac): sac@cnps.embrapa.br

Supervisor editorial: Jacqueline Silva Rezende Mattos Normalização bibliográfica: Cláudia Regina Delaia Revisão de Português: André Luiz da Silva Lopes Editoração eletrônica: Pedro Coelho Mendes Jardim

1a edição (2004): 100 exemplares

Todos os direitos reservados.

A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte,

constitui violação dos direitos autorais (Lei no 9.610).

Avaliação agronômica de substratos contendo zeólita enriquecida com nitrogênio, fósforo e potássio. / Alberto Carlos de Campos Bernardi... [et al.]. - Rio de Janeiro : Embrapa Solos, 2004.

28 p. - (Embrapa Solos. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento; n.57) ISSN 1678-0892

1. Fertilizante. 2. Micronutriente. 3. Avaliação agronômica -Micronutriente. I. Bernardi, Alberto Carlos de Campos. II. Werneck, Carlos G. III. Haim, Patrick G. IV. Rezende, Nélio G. A. M. V. Amorim, Helio Salim de. VI. Barros, Fernando de Souza. VII. Paiva, Paulo Renato Perdigão. VIII. Mello Monte, Marisa Bezerra de. IX. Embrapa Solos (Rio de Janeiro). X. Série.

CDD (21.ed.) 631.11

(5)

Sumário

Resumo... 5

Abstract... 7

Introdução ...9

Material e Métodos ...11

Avaliação do crescimento inicial de plantas de alface... 13

Determinação da dose ideal e efeito residual do concentrado zeolítico.13

Resultados e Discussão

...15

Experimento nas placas de Petri...15

Cultivo de alface, tomate, arroz e capim-Andropogon em vasos com concentrado zeolítico...16

Teores e extração de nutrientes...21

Conclusões

...27

(6)

Avaliação Agronômica de

Substratos contendo Zeólita

Enriquecida com Nitrogênio,

Fósforo e Potássio

Alberto Carlos de Campos Bernardi1

Carlos G. Werneck2

Patrick G. Haim2

Nélio G.A.M. Rezende3

Hélio Salim de Amorim4

Fernando de Souza Barros4

Paulo Renato Perdigão Paiva5

Marisa Bezerra de Mello Monte5

Resumo

Zeólitas são minerais alumino-silicatos cristalinos hidratados de metais alcalinos ou alcalinos-terrosos, estruturados em redes cristalinas tridimensionais rígidas, formadas por tetraedros de AlO4 e SiO4. No sistema zeopônico, as plantas são cultivadas em substrato artificial composto por minerais zeolíticos misturados a rochas fosfáticas, funcionando como um sistema de liberação controlada e renovável de nutrientes para as plantas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de zeólitas enriquecidas com NPK no substrato de cultivo sobre a produção e extração de nutrientes pelas culturas do alface, tomate, arroz e uma forrageira – capim-Andropogon. A zeólita natural foi concentrada e enriquecida. Os tratamentos foram 5 tipos de zeólitas enriquecidas: zeólita concentrada (Z); zeólita + KNO3 (ZNK); zeólita + KH2PO4 (ZPK); zeólita + H3PO4 e apatita (ZP), mistura das zeólitas KNO3 e KH2PO4 (ZNPK), além de um tratamento testemunha sem adição de zeólita cultivado com solução nutritiva. Utilizaram-se 4 níveis de zeólitas enriquecidas: 20, 40, 80 e 160 g por vaso. Os resultados indicaram que as zeólitas enriquecidas funcionaram adequadamente como fonte de nutrientes de

1 Embrapa Solos / Pecuária Sudeste, Rod. Washington Luiz Km 234, Cx. Postal 339, São Carlos-SP CEP: 13560-970. E-mail: alberto@cppse.embrapa.br

2 Curso de Engenharia Agronômica, UFRRJ, Seropédica - RJ 3 CPRM, Belém, PA

4 Instituto de Física, UFRJ, Rio de Janeiro - RJ

(7)

liberação lenta, sendo que os melhores efeitos sobre a produção da alface, tomate, arroz e capim-Andropogon (em ordem decrescente) foi: ZP > ZPK > ZNK > Z > ZNPK.

Termos de indexação: Estilbita, Lactuca sativa, Lycopersicum esculentum, Oryza

(8)

Abstract

Zeolite are hydrated crystalline aluminosilicate minerals of alkaline and alkaline earth metals, structured in rigid third dimension net, organized by AlO4 and SiO4 tetrahedral. Zeoponic systems means plants growing in an artificial substrate composed of zeolite and phosphate minerals, that can serve as a controllable and renewable fertilization system to plants. The main objectives of this research were evaluated the effect of NPK enriched zeolite in the plant growth substrate on yield and nutrients extraction by lettuce, tomato, rice and Andropogon-grass crops. Natural zeolite was concentrated and enriched. Treatments comprised 5 types of enrichment: concentrated zeolite (Z), zeolite + KNO3 (ZNK); zeolite + KH2PO4 (ZPK); zeolite + H3PO4 and apatite (ZP); mix of KNO3 and KH2PO4 zeolites (ZNPK), and a control grown in a nutrient solution without zeolite supply. Four levels of enriched zeolite: 20, 40, 80 and 160 g per pot were tested. Results showed that zeoponic systems adequately slow released plants nutrients, and the best effects on lettuce, tomato, rice and Andropogon-grass yields (in decrease order) were: ZP > ZPK > ZNK > Z > ZNPK.

Agronomic Evaluation of

Substrates with Nitrogen,

Phosphorus and Potassium

Enriched Zeolite

Index terms: Stilbite, Lactuca sativa, Lycopersicum esculentum, Oryza sativa,

(9)

9 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio

Introdução

Com a descoberta da estilbita, em 1756, as zeólitas (do grego zeo, ferver + lithos, pedra) foram reconhecidas pela primeira vez pelo mineralogista sueco Barão Axel Frederick Consted, o qual não conseguiu concluir que o mineral “fervia” sob aquecimento por causa da água armazenada em seus microporos. Em 1845, Way descobriu que determinados solos tinham a propriedade de reter sais de amônia, e Breck constatou que os silicatos hidratados de alumínio no solo eram os responsá-veis pela troca iônica (Luna & Schuchardt, 2001; Luz, 1994).

Em 1925, Weigel e Steinholf foram os primeiros a constatar que a zeólita chabazita absorvia seletivamente moléculas orgânicas menores e rejeitava as maiores. Em 1932, McBain denominou esse fenômeno de peneiramento molecular (Luna & Schuchardt, 2001). Nas décadas de 40 e 50, as pesquisas sobre as propriedades das zeólitas tomaram um grande impulso (Luna & Schuchardt, 2001; Luz, 1994). As zeólitas são alumino-silicatos cristalinos hidratados de metais alcalinos ou alcalinos-terrosos, estruturados em redes cristalinas tridimensionais rígidas, forma-das por tetraedros de AlO4 e SiO4, de constituição TO4 (T = Si, Al, B, Ge, Fe, P, Co...), ligados entre si através de átomos de oxigênio (Luna & Schuchardt, 2001; Luz, 1994). Nas zeólitas mais comuns, na fórmula TO4, T representa o Si ou o Al. A fórmula química por célula unitária é:

M x/n [(AlO2)x (SiO2)y]. m H2O, onde:

M é o cátion de valência n, m é o número de moléculas de água e (x + y) é o número de tetraedros por célula unitária.

Considerando a carga trivalente do alumínio em especial, os tetraedros AlO4 indu-zem cargas negativas na estrutura das zeólitas. As zeólitas são catalisadoras eficientes porque a aproximação forçada entre moléculas reagentes, sob a influên-cia dos fortes poteninfluên-ciais eletrostáticos existentes no interior dos canais e cavida-des, provoca o abaixamento da energia de ativação necessário ao fenômeno da catálise (Luna & Schuchardt, 2001; Luz, 1994).

Estes alumino-silicatos cristalinos compõem um grupo com cerca de 50 tipos de zeólitas de ocorrência natural. Os anéis de tetraedros de AlO4 e SiO4, ao se unirem, compõem um sistema de canais, cavidades e poros. A carga negativa do arranjo

(10)

10 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio

aniônico de Al-O-Si se compensa com cátions trocáveis, como Na+, K+, Ca+2,

Mg+2 e Ba+2, o quais ocupam sítios específicos nas cavidades e canais do

concen-trado zeolítico. A estrutura tridimensional na forma de canais e cavidades interconectadas conferem aos concentrados zeolíticos vantajosas características e propriedades como: Alto grau de hidratação; Baixa densidade e grande volume de vazios (quando desidratadas); Estabilidade da estrutura cristalina; Elevada capaci-dade de troca catiônica; Canais uniformes (mesmo desidratada); Capacicapaci-dade de captura de gases e vapores e; Propriedades catalíticas (Vaughan, 1978; Ming & Mumpton, 1989).

As 3 propriedades principais destes minerais, que são a alta capacidade de troca de cátions, alta capacidade de retenção de água livre nos canais, e a alta habilidade na captura de íons conferem-lhes grande interesse para uso na agricultura. A zeólita pode atuar na melhoria da eficiência do uso de nutrientes através do aumento da disponibilidade de P da rocha fosfática, no melhor aproveitamento do N (NH4+ e

NO3-) e redução das perdas por lixiviação dos cátions trocáveis (especialmente K+).

Tem sido utilizada também no cultivo zeopônico de plantas em substrato artificial composto por minerais zeolíticos misturados a rochas fosfáticas, o qual funciona como um sistema de liberação controlada e renovável de nutrientes para as plantas (Allen et al., 1995; Notario-Del-Pino et al., 1994; Barbarick et al., 1990). Para atender a necessidade de aumento de produção vegetal, surgiram novos sistemas de cultivo, em alternativa ao sistema tradicional a campo, como os protegidos (túneis e estufas) e o hidropônico. Existe ainda uma nova possibilidade que é o cultivo zeopônico, no qual plantas são cultivadas em substrato artificial composto pelo mineral concentrado zeolítico misturados a rochas fosfáticas e que funciona como um sistema de liberação gradativa e renovável de nutrientes para as plantas.

Apesar dos benefícios do uso da zeólita, ainda não existem no país rotinas de exploração e processamento deste mineral, as quais poderiam levar o desenvolvi-mento para regiões pouco desenvolvidas, onde estão as ocorrências deste mineral (Rezende & Angélica, 1999). Podendo inclusive, futuramente, estimular o surgimento de uma cadeia envolvendo a exploração, transformação e comercialização do produto.

(11)

11 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio

As estimativas do U.S. Geological Survey (Virta, 2003) são de que a produção anual mundial de zeólitas naturais estejam entre 2,5 e 3 milhões de toneladas. Estes dados são baseados em relatos de alguns países produtores como China (de 1,5 a 2,5 milhões t), Japão (140 a 160 mil t), Coréia do Sul (160 mil t), Estados Unidos (46 mil t) e Cuba (37,5 mil t). Holmes (1994) relatou que, nos Estados Unidos, os preços de zeólita para utilização industrial ou agrícola variaram de 30 a 70 dólares por tonelada para produtos de granulometria mais grosseira (abaixo de 40 mesh) e de 50 a 120 dólares por tonelada para os produtos mais finamente moídos (40 a 325 mesh). Estes dados econômicos reforçam a idéia do potencial do Brasil para exploração das zeólitas.

O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de zeólitas enriquecidas com NPK no substrato de cultivo sobre a produção e extração de nutrientes pelas culturas do alface, tomate, arroz e uma forrageira – capim-Andropogon.

Material e Métodos

A zeólita utilizada foi coletada na Bacia do Parnaíba, no Estado do Maranhão, que representa o principal depósito deste mineral no País, com potencial de aproveita-mento econômico (Rezende & Angélica, 1999). O material coletado foi processa-do e obteve-se um concentraprocessa-do zeolítico com 84% de estilbita com uma capacida-de capacida-de troca capacida-de cátions capacida-de 250 cmolc kg-1. Formula química determinada da zeólita

foi: (CaO)0,82 (Na2O)0,19 (K2O)0,15 (MgO)0,56 (Fe2O3)0,30 (TiO2)0,11 (Al2O3)1,85 (SiO2)16 (H2O)4,7. O concentrado zeolítico (Z) foi acidificado e adicionado apatita (ZP), KNO3 (ZNK) e KH2PO4 (ZPK).

A partir dos 4 tipos de concentrado zeolíticos preparados no CETEM, estabeleceu-se as estabeleceu-seguintes etapas para avaliação destes materiais no crescimento de plantas: a) caracterização química; b) crescimento de plântulas de alface em placa de Petri; c) crescimento e extração de nutrientes de alface, tomate, arroz e capim-Andropogon, cultivados em vasos, visando o estabelecimento da dose ideal e avaliação do efeito residual do concentrado zeolítico.

No Laboratório de Solos da Embrapa Solos, realizou-se as determinações para a caracterização do material em estudo. Utilizou-se a metodologia de Embrapa (1997). Os resultados encontram-se na Tabela 1.

(12)

12 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio Am o s tr a p H C E N P * K* Na * C u * F e * M n * Z n * B * C a ** M g ** A l* * H CT C V K* ** Na ** * ` gua m S c m -1 g k g -1 mg k g -cm o lc dm -3 ou m e q 1 0 0 c m -3 %m g k g -1 C onc en tr ad o z eol ti c o 7, 8 0 ,0 84 0, 1 3 0 2 2 2 61 9 1 ,7 3 1 9 1 79 ,4 15 ,0 0, 4 8 2 3 8 ,4 9 ,0 0 0 50 ,7 10 0 3 ,9 13 ,8 C onc en tr ad o z e o l ti c o + KN O3 6 ,4 2 4 9 3796 1 7 7 410 9 4 3 1 ,7 7 1 06 2 5 ,7 1 3 ,6 0 ,25 4 4 1, 4 1 ,7 0 0 6 6 ,2 1 0 0 1 5210 1 196 C onc en tr ad o z e o l ti c o + KH 2 PO 4 7 ,6 0 ,0 2 4 0 ,1 1 1289 9 7 5 2 346 -0 ,4 2 ,68 0 ,31 3 ,21 4 ,8 0 ,7 0 3 6, 0 5 4, 2 3 4 4 1925 1 564 C onc en tr ad o z e o l ti c o + H3 PO 4 + ap at it a 3, 7 5 0, 2 7 1 3 0 12 1 3 6 1 4, 8 3 60 9 1 3 5 19 ,1 1, 4 9 43 ,8 15 ,5 8, 4 2 3 ,4 9 3 ,0 6 6 3 ,9 41 ,4 Tabela 1:

Caracterização química dos concentrados zeolítico.

* Extrator: solução de Mehlich 1 (HCl 0,05 mol L

-1 e H 2 SO 4 0,0125 mol L -1).

** Extrator: solução de KCl 1 mol L

-1

(13)

13 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio

Avaliação do crescimento inicial de plantas de alface

Placas de Petri com 99 g de material inerte (areia lavada) receberam 1g dos concentrados zeolíticos: Z (concentrado), ZNK (Z + KNO3); ZPK (Z + KH2PO4) e, ZP (Z + H3PO4 + apatita), além de um tratamento testemunha contendo apenas areia. Foram semeadas 40 sementes de alface (Lactuca sativa L.) var. Regina em cada uma das placas.

O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualisado com 4 repeti-ções. Ao final de 20 dias de cultivo, as plantas foram colhidas, lavadas, secas em estufa e pesadas. Realizou-se uma análise de variância com os resultados obtidos e o teste de Tukey a 5% de significância para comparação das médias.

Determinação da dose ideal e efeito residual do

concentrado zeolítico

A partir das quantidades de nutrientes disponíveis nos concentrados zeolíticos fornecidos (Tabela 1), estabeleceu-se o planejamento para o experimento descrito a seguir.

O delineamento experimental adotado foi em blocos ao acaso, com 3 repetições. Utilizou-se 21 tratamentos: Z20, Z40, Z80, Z160, ZP20, ZP40, ZP80, ZP160, ZNK20, ZNK40, ZNK80, ZNK160, ZPK20, ZPK40, ZPK80, ZPK160, ZNPK20, ZNPK40, ZNPK80, ZNPK160, e a testemunha (sem adição de concentrado zeolítico). A descrição deles está na Tabela 2. A testemunha recebeu todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas através de uma solução nutritiva. As exigências nutricionais da alface foram estabelecidas com base na bibliografia disponível (Garcia et al., 1988; Katayama, 1990; Barbosa, 1993; Takahashi, 1993).

Todos os tratamentos receberam as mesmas quantidades de Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn, Mo e Zn. Quando o concentrado zeolítico utilizado não possuía um dos macronutrientes, N, P ou K, este era adicionado na forma de solução nutritiva, na mesma dose fornecida à testemunha.

Foram realizados 4 cultivos sucessivos nos mesmos vasos: alface (Lactuca sativa L. var. Regina), tomate (Lycopersicum esculentum Mill. var. Finestra), arroz (Oryza

sativa var. Soberana) e capim-Andropogon (Andropogon gayanus var. Baeti). As

(14)

14 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio

vasos 30 dias após a germinação e receberam irrigação diária. Ao final de 30, 90 e 90 dias de cultivo, do cultivo de alface, tomate e arroz. No capim-Andropogon foram realizados dois cortes, um após 60 dias de cultivo e outro após 45 dias do crescimento da rebrota.

Tratamentos Zéolita Concentração* (mg kg-1) Dose

N (N-NO3) P K (g por vaso)

1 Z 20 concentrado zeolítico 0,1 30 3,9 20 2 Z 40 concentrado zeolítico 0,1 30 3,9 40 3 Z 800 concentrado zeolítico 0,1 30 3,9 80 4 Z 160 concentrado zeolítico 0,1 30 3,9 160 5 ZP 20 concentrado zeolítico + H3PO4 + apatita 0,2 7130 3,9 20

6 ZP 40 concentrado zeolítico + H3PO4 + apatita 0,2 7130 3,9 40

7 ZP 80 concentrado zeolítico + H3PO4 + apatita 0,2 7130 3,9 80

8 ZP 160 concentrado zeolítico + H3PO4 + apatita 0,2 7130 3,9 160

9 ZNK 20 concentrado zeolítico + KNO3 93796 17 15210 20

10 ZNK 40 concentrado zeolítico + KNO3 93796 17 15210 40

11 ZNK 80 concentrado zeolítico + KNO3 93796 17 15210 80

12 ZNK 160 concentrado zeolítico + KNO3 93796 17 15210 160

13 ZPK 20 concentrado zeolítico + KH2PO4 0,1 11289 41925 20 14 ZPK 40 concentrado zeolítico + KH2PO4 0,1 11289 41925 40 15 ZPK 80 concentrado zeolítico + KH2PO4 0,1 11289 41925 80 16 ZPK 160 concentrado zeolítico + KH2PO4 0,1 11289 41925 160 17 ZNPK 20 ZP + ZNK 93796 7130 15214 20 18 ZNPK 40 ZP + ZNK 93796 7130 15214 40 19 ZNPK 80 ZP + ZNK 93796 7130 15214 80 20 ZNPK 160 ZP + ZNK 93796 7130 15214 160 21 Testemunha - - - -

-* Extraídos em pasta de saturação (Embrapa, 1997).

Tabela 2: Tratamentos utilizados em função dos nutrientes adicionados ao concentrado zeolítico e dose por vaso.

As plantas foram colhidas e pesadas para a determinação da produção de matéria verde e frutos (do tomateiro). Foram realizadas determinações da produção de matéria seca nos quatro cultivos sucessivos: alface, tomate, arroz e capim-Andropogon. Para esta determinação, o material vegetal foi levado para estufa de circulação forçada a 65°C por um período de 72 horas. Após a secagem, o material foi triturado em moinho tipo “Willey” com peneira 20 “mesh”. Seguindo sugestão de Carmo et al. (2000), determinou-se os teores totais de N, no extrato da digestão sulfúrica, pelo método semi-micro Kjeldhal. E também de P e K, no extrato da digestão nitro-perclórica, e por espectrometria de plasma induzido (ICP-OES) e fotometria de chama, respectivamente.

(15)

15 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio

Os resultados de produção e teores foliares foram analisados estatisticamente através da análise de variância e ajustadas as equações de regressão aos valores obtidos.

Resultados e Discussão

Experimento nas placas de Petri

Na Figura 1 são apresentados os resultados da produção de matéria seca de plântulas de alface cultivadas em placas de Petri com as zeólitas. Observa-se que o melhor tratamento neste estudo inicial indicou ser a zeólita ZNK seguida da zeólita apenas concentrada (Z) e da zeólita ZPK. A zeólita ZP tratada com ácido fosfórico e apatita apresentou o menor crescimento inicial entre os tratamentos testados. Na Figura 2 é apresentada uma foto com o aspecto geral das plantas cultivas nas placas de Petri. 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 Z ZNK ZPK ZP Zeólitas (1 g) Matéra seca (g)

Fig. 1. Produção de matéria seca de plântulas de alface cultivadas em placas de Petri com os concentrados

(16)

16 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio

Cultivo de alface, tomate, arroz e capim-Andropogon em

vasos com concentrado zeolítico

Produção

Na Figura 3 são apresentados os resultados do peso fresco e da produção de matéria seca de alface cultivadas com doses de zeólitas tratadas com N, P e K. Os melhores resultados foram obtidos com a zeólita com ácido fosfórico e apatita (ZP). A melhor produção de alface com este tratamento, considerando o ponto de inflexão da curva, foi obtido na dose de 76,7 g por vaso de zeólita. Com esta dose, obteve-se o valor de produção máxima de matéria seca de 16,7 g por vaso. Considerando que a média das testemunhas foi 9,7 g por vaso, a adição da zeólita proporcionou um aumento em torno de 40% na produção do alface. O tratamento ZPK na dose mínima utilizada (20 g) resultou na produção de 259,8 e 12,9 g de peso fresco e matéria seca de alface, respectivamente. Em seguida o tratamento ZNK, ZNPK e Z nas dose de 148, 112 e 160 g por vaso produziram 181, 235 e 208 g de alface (peso fresco). A produção de matéria seca seguiu a mesma tendência.

Z ZNK

ZPK ZP

test

(17)

17 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio

Na Figura 4 são mostrados os resultados do peso de frutos e da produção de matéria seca total de tomate cultivadas com doses de zeólitas tratadas com N, P e K. Os resultados indicaram que novamente a zeólita acidificada e enriquecida com apatita (ZP) foi a que apresentou melhor resultado de produção de frutos (839 g por vaso), obtido com a doses de 114 g por vaso. Esta produção foi 55% maior que a obtida com a testemunha (541 g por vaso). O segundo melhor tratamento foi o ZPK que nas doses de 109 e 127 proporcionou as produções de 730 g de frutos e 70,8 g por vaso de MS, respectivamente. Com o tratamento ZNK, obteve-se as produções mais altas de frutos e MS (339 e 28,6 g por vaso) nas maiores doses testadas (160 g por vaso). As menores produções foram obtidas com o tratamento ZNPK, cujas produções máximas foram 47,9 e 5,8 g por vaso de frutos e MS, respectivamente. Nos tratamentos apenas com zeólita (Z), a produção de frutos foi significativamente influenciada pelo fornecimento da zeólita, sendo que a maior produção (288 g por vaso) foi obtida na maior dose utilizada.

(18)

18 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio R2 = 0,7307 R2 = 0,9898 R2 = 0,9215 R2 = 0,6296 R2 = 0,7901 0 2 4 6 8 10 12 14 16 0 40 80 120 160

Doses zeólita (g/vaso)

MAtéria seca (g/vaso) ZZNK ZPK ZP ZNPK

9,7

B

Fig. 3. Resultados obtidos para peso fresco (A) e produção de matéria seca (B) dos alfaces cultivados com

doses de concentrado zeolítico com adição de N, P, e K. A barra indica os valores médios observados para a testemunha. B R2 = 0,8049 R2 = 0,1545 R2 = 0,8963 R2 = 0,7539 R2 = 0,3427 0 50 100 150 200 250 300 350 0 40 80 120 160

Doses zeólita (g/vaso)

Peso fresco (g/vaso)

Z ZNK ZPK ZP ZNPK 202 A

(19)

19 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio

2 + 11,928x + 158,24 R2 2 - 1,2167x + 19,117 R2 2 + 6,4587x + 377,47 R2 2 - 3,2483x + 237,77 R2 2 + 0,5997x - 14,094 R2 0 100 200 300 400 500 600 700 800 0 40 80 120 160

Doses de zeólita (g/vaso)

Produçãode frutos (g/vaso)

Z ZNK ZPK ZP ZNPK 541 A YZPK 2 + 0,6227x + 29,785 R2 YZP 2 + 0,8853x + 14,817 R2 Y 2 - 0,051x + 0,9556 R2 Y 2 + 0,0825x - 1,5139 R2 0 10 20 30 40 50 60 70 0 40 80 120 160

Doses de zeólita (g/vaso)

Produção MS (g/vaso) Z ZNK ZPK ZP ZNPK R2 B

Fig. 4. Resultados obtidos para peso de frutos (A) e produção de matéria seca (B) do tomateiro cultivado

com doses de concentrado zeolítico com adição de N, P, e K. A barra indica os valores médios observados para a testemunha.

(20)

20 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio y = -0,0023x2 + 0,5035x - 9,6167 R2 y = -0,0049x2 + 0,9734x - 7,65 R2 = 0,7802 y = -0,0007x2 + 0,1348x + 3,6919 R2 0 10 20 30 40 50 0 40 80 120 160

Doses de zeólita (g/vaso)

Produção de MS (g/vaso) Z ZNK ZPK ZP ZNPK 46,5 R2 R2

Fig. 5. Resultados obtidos para produção de matéria seca do arroz cultivado com doses de concentrado

zeolítico com adição de N, P, e K. A barra indica os valores médios observados para a testemunha.

A produção de arroz em função dos tratamentos estão na Figura 5. Observa-se que neste terceiro cultivo, houve uma queda nas produções obtidas com os concentra-dos zeolíticos enriqueciconcentra-dos com P, PK e ZK. Sendo que a testemunha e a zeólita sem adição prévia de nutrientes, porém com a reposição destes via solução nutritiva, foram os melhores resultados. Isso ocorre porque estes tratamentos têm a reposição de todos nutrientes efetuada a cada troca, ao passo que nos concentrados zeolíticos enriquecidos a reposição ocorre apenas para aqueles nutrientes que não foram adicionados. Desse modo as melhores produções para os tratamentos ZPK, ZP e ZNPK foram obtidas nas doses 99, 09 e 96 g por vaso, respectivamente.

Na Figura 6 são apresentados os resultados da produção de matéria seca da parte aérea do capim – Andropogon, no primeiro (A) e segundo (B) cortes. Observa-se a mesma tendência do arroz, ou seja a testemunha e o concentrado zeolítico (Z) apresentam os melhores resultados em função da reposição de nutrientes realizada após os cultivos. As figuras mostram que os tratamentos com NK já apresentaram uma alta diminuição da produção, enquanto que o tratamento em mistura com a apatita ainda mostra produção equivalente às obtidas com as fontes mais solúveis de P (KH2PO4).

(21)

21 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio

y = 0,0127x + 0,7225 R2 2 - 0,0047x + 0,7022 R2 2 + 0,0023x + 0,5578 R2 0 1 2 3 4 5 0 40 80 120 160

Doses zeólita (g/vaso)

Produção MS (g/vaso) Z ZNK ZPK ZP ZNPK 3,3 R2 R2 A y = 0,0085x + 1,0405 R2 2 - 0,0057x + 1,1984 R2 2 - 0,0116x + 1,2417 R2 0 1 2 3 4 5 0 40 80 120 160

Doses zeólita (g/vaso)

Produção MS (g/vaso) Z ZNK ZPK ZP 3,7 R2 R2 B

Fig. 6. Resultados obtidos produção de matéria seca do 1º e 2º corte (A e B) do capim - Andropogon

cultivado com doses de concentrado zeolítico com adição de N, P, e K. A barra indica os valores médios observados para a testemunha.

(22)

22 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio

Como foram feitas extrações seqüenciais, ou seja, no mesmo vaso cultivaram-se alface, e em seguida tomate, arroz e capim - Andropogon, observou-se que as doses para obtenção de produtividades máximas tenderam a ser maiores no últi-mos cultivos que no primeiro (alface). Assim como os melhores tratamentos iniciais foram gradualmente tendo suas produções reduzidas em função do esgota-mento do substrato de cultivo pelas culturas subsequentes.

Teores e extração de nutrientes

A análise de tecidos vegetais é uma medida direta da disponibilidade de nutrientes no substrato de cultivo, pois os resultados correspondem à quantidade de nutrien-te absorvida pelas plantas. Desta forma, o nutrien-teor de nutriennutrien-tes nos nutrien-tecidos vegetais reflete sua real disponibilidade, pois existe uma relação entre o fornecimento de um nutriente pelo substrato de cultivo ou por um fertilizante e a concentração na folha, e uma relação entre essa concentração e a produção da cultura. Tal técnica pode estar sujeita a algumas limitações tais como épocas de amostragem, interpretação, contaminação da amostra, deficiências e excessos de nutrientes. Apesar disso, é uma das melhores ferramentas disponíveis para avaliar o estado nutricional de plantas e para orientar programas de adubação, em conjunto com os resultados da análise de solo (Malavolta et al. 1997).

A Figura 7 (A, C e E) representa teores N , P e K respectivamente, observando-se variações significativas devido as diferentes doses utilizadas nos tratamentos. Os teores de nitrogênio variaram significativamente nos tratamentos ZNK e ZNPK, sendo os maiores teores calculados para as doses 160 e 139,6g por vaso respec-tivamente. Os teores de fósforo, nos tratamentos ZP e ZNPK, variavam significati-vamente, observando-se teores máximos calculados para as doses 114,8 e 160 g por vaso. Em relação ao potássio, o tratamentos ZPK apresenta variação significa-tiva, obtendo-se teores máximos calculados para a dose 88,1 g por vaso valores. Na figura 8 estão os resultados dos teores (A, C e E) e extração (B, D e F) de N, P e K pelo tomateiro. O maior teor de N (16,2 g kg-1) foi obtido com o tratamento

ZNPK na dose de 122 g por vaso. Os maiores teores de P (6,4 e 4,7 g kg-1) foram

obtidos com as doses máximas (160 g por vaso) dos tratamentos ZPK e ZNPK. Já o maior teor de K, de 34,5 g kg-1, foi obtido com a dose mínima (20 g por vaso) do

(23)

23 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio

Com relação à extração de N, os maiores valores foram obtidos com as menores doses (20 g por vaso) dos tratamentos ZPK e ZP. As maiores extrações de P e K (14 e 69 mg por vaso) foram obtidas com o tratamento ZNPK, ambos em sua dose máxima utilizada (160 g por vaso).

y = -0,0007x2 + 0,2472x + 11,916 R2 2 + 0,3351x + 7,07 R2 0 10 20 30 40 0 40 80 120 160

Doses zeólita (g por vaso)

Teore de nitrogênio (g kg -1) Z ZNK ZPK ZP ZNPK R2 R2 R2 A y = -0,014x2 + 2,2453x + 333,71 R2 2 - 4,9267x + 518,02 R2 2 + 4,5254x + 31,851 R2 = 0,9472 y = -0,0099x2 + 3,0751x + 3,921 R2 0 75 150 225 300 375 450 0 40 80 120 160

Doses zeólita (g/vaso)

Extração de nitrogênio (mg/vaso)

Z ZNK ZPK ZP ZNPK R2 B y = -0,0002x2 + 0,0459x + 3,8794 R2 y = 0,0002x2 - 0,0198x + 3,3967 R2 = 0,9107 y = -0,0001x2 + 0,0364x + 2,8122 R2 1 2 3 4 5 6 7 8 0 40 80 1 2 0 1 6 0 Doses de zeólita (g/vaso)

Teores de Fósforo (g/kg) ZZNK ZPK ZP ZNPK R 2 R2 C y = -0,0044x2 + 0,823x + 42,593 R2 = 0,645 y = 0,085x + 20,785 R2 2 + 0,4665x + 7,6835 R2 2 - 0,8985x + 98,683 R2 0 15 30 45 60 75 90 0 40 80 1 2 0 1 6 0 Dose de zeólita (g/vaso)

Extração de Fósforo (mg/vaso)

Z ZNK ZPK ZP ZNPK R2 D y = -9E-05x2 + 0,0398x + 33,772 R2 y = 8E-05x2 + 0,0125x + 32,783 R2 = 0,7671 y = -0,0008x2 + 0,141x + 30,298 R2 2 - 0,0627x + 36,006 R2 29 31 33 35 37 39 41 0 40 80 120 160 Doses de zeólita (g/vaso)

Teores de potássio (g/kg) ZZNK ZPK ZP ZNPK E R2 2 + 0,8984x + 420,53 R2 2 + 3,7497x + 164,79 R2 2 - 4,2193x + 506,22 R2 2 + 2,9598x + 185,57 R2 2 + 2,6695x + 109,41 R2 100 200 300 400 500 0 40 80 120 160 Doses de zeólita (g/vaso)

Extração de Potássio (mg/vaso)

Z ZNK ZPK ZP ZNPK F

Fig. 7. Teores (A, C e E) e extração (B, D e F) de N, P e K pela cultura da alface cultivada em substrato

(24)

24 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio y = 6E-05x2 - 0,0154x + 10,191 R2 2 + 0,1458x + 7,371 R2 2 + 0,0261x + 11,59 R2 2 - 0,0295x + 10,985 R2 0 5 10 15 20 0 40 80 120 160

Doses zeólita (g por vaso)

Teore de nitrogênio (g kg -1) Z ZNK ZPK ZP ZNPK R2 A y = -0,014x2 + 2,2453x + 333,71 R2 2 - 4,9267x + 518,02 R2 2 - 0,458x + 6,9217 R2 2 - 0,9845x + 149,2 R2 0 100 200 300 400 500 600 700 800 0 40 80 120 160

Doses zeólita (g/vaso)

Extração de nitrogênio (mg/vaso)

Z ZNK ZPK ZP ZNPK B 2 + 0,0051x + 0,6006 R2 2 + 0,0186x + 2,7358 R2 2 + 0,0722x - 0,035 R2 2 + 0,0217x + 2,7095 R2 2 + 0,0065x + 0,437 R2 0 1 2 3 4 5 6 0 40 80 1 2 0 1 6 0 Doses de zeólita (g/vaso)

Teores de Fósforo (g/kg) ZZNK ZPK ZP ZNPK C 2 + 1,0642x + 31,538 R2 2 - 0,1809x + 3,7114 R2 2 + 1,9373x + 41,17 R2 2 - 0,0954x + 15,711 R2 0 30 60 90 1 2 0 1 5 0 1 8 0 2 1 0 0 40 80 1 2 0 1 6 0 Dose de zeólita (g/vaso)

Extração de Fósforo (mg/vaso)

Z ZNK ZPK ZP ZNPK D 2 + 0,1015x + 14,453 R2 2 - 0,2492x + 39,256 R2 2 + 0,3936x - 4,7233 R2 2 + 0,1497x + 10,143 R2 0 10 20 30 0 40 80 120 160 Doses de zeólita (g/vaso)

Teores de potássio (g/kg) ZZNK ZPK ZP ZNPK R2 F y = -0,0335x2 + 9,9656x + 194,19 R2 2 + 10,168x + 82,735 R2 2 + 0,4024x + 191,7 R2 2 - 0,0998x + 5,3029 R2 0 200 400 600 800 0 40 80 120 160 Doses de zeólita (g/vaso)

Extração de Potássio (mg/vaso)

Z Z N K ZPK ZP ZNPK E

Fig. 8. Teores (A, C e E) e extração (B, D e F) de N, P e K pela cultura do tomateiro cultivado em

substrato com doses de concentrado zeolítico com adição de N, P, e K.

Na figura 9 estão os resultados dos teores (A, C e E) e extração (B, D e F) de N, P e K pela cultura do arroz. Com relação aos teores de N, não houve efeito significa-tivo dos tratamentos, apenas para aqueles que foram enriquecidos com o nutriente, ou seja ZNK e ZNPK. Nas doses mais baixas de fornecimento do concentrado zeolítico, estes tratamentos novamente mostraram sinais de exaustão. Os maiores teores observados de P foram nos tratamentos ZP e ZPK. Neste ultimo, a alta extração de P, observada indica a presença de altas concentrações do nutriente. Os

(25)

25 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio

y = -0,0007x2 + 0,2472x + 11,916 R2 y = -0,0012x2 + 0,3351x + 7,07 R2 = 0,9299 0 10 20 30 40 0 40 80 120 160

Doses zeólita (g por vaso)

Teore de nitrogênio (g kg -1) Z ZNK ZPK ZP R2 R2 R2 A 2 + 2,2453x + 333,71 R2 2 - 4,9267x + 518,02 R2 2 + 4,5254x + 31,851 R2 2 + 3,0751x + 3,921 R2 0 75 150 225 300 375 450 0 40 80 120 160

Doses zeólita (g/vaso)

Extração de nitrogênio (mg/vaso)

Z ZNK ZPK ZP ZNPK R2 B y = -0,0002x2 + 0,0459x + 3,8794 R2 2 - 0,0198x + 3,3967 R2 2 + 0,0364x + 2,8122 R2 2 - 0,0027x + 6,91 R2 1 2 3 4 5 6 7 8 0 40 80 1 2 0 1 6 0 Doses de zeólita (g/vaso)

Z ZNK ZPK ZP ZNPK R 2 C y = -0,0018x2 + 0,5327x - 9,9359 R2 2 + 0,2434x + 4,5555 R2 2 + 2,1575x - 28,432 R2 2 - 0,1721x + 69,794 R2 0 20 40 60 80 1 0 0 0 40 80 1 2 0 1 6 0 Dose de zeólita (g/vaso)

Extração de Fósforo (mg/vaso)

Z ZNK ZPK ZP ZNPK D R2 2 + 0,0398x + 33,772 R2 2 + 0,0125x + 32,783 R2 2 + 0,141x + 30,298 R2 2 - 0,022x + 34,664 R2 29 31 33 35 37 39 41 0 40 80 120 160 Doses de zeólita (g/vaso)

Teores de potássio (g/kg) ZZNK ZPK ZP ZNPK E R2 y = -0,0071x2 + 0,8984x + 420,53 R2 2 + 3,7497x + 164,79 R2 2 - 4,2193x + 506,22 R2 2 + 2,9598x + 185,57 R2 2 + 2,6695x + 109,41 R2 100 200 300 400 500 0 40 80 120 160 Doses de zeólita (g/vaso)

Extração de Potássio (mg/vaso)

Z ZNK ZPK ZP ZNPK F

Fig. 9. Teores (A, C e E) e extração (B, D e F) de N, P e K pela cultura do arroz cultivado em substrato com

doses de concentrado zeolítico com adição de N, P, e K.

teores de K seguiram a mesma tendência, ou seja, apresentar maiores teores nos tratamentos com enriquecimento deste nutriente. Já a extração não segue a mesma tendência dos teores, pois existe uma forte influência da produção de matéria seca. Desse modo, no caso do tratamento do concentrado zeolítico com apatita, apresenta geralmente as mais altas extrações, em função das mais altas produções de MS.

(26)

26 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio y = -5E-05x2 + 0,0014x + 8,3207 R2 2 - 0,0348x + 9,4764 R2 R2 2 - 0,0516x + 10,057 R2 0 2 4 6 8 10 12 0 40 80 120 160 Doses zeólita (g por vaso)

Teore de nitrogênio (g kg -1) Z ZNK ZPK ZP ZNPK R2 A y = -0,014x2 + 2,2453x + 333,71 R2 2 - 4,9267x + 518,02 R2 2 + 0,0329x + 13,65 R2 2 - 0,1001x + 16,286 R2 0 20 40 60 80 100 0 40 80 120 160 Doses zeólita (g/vaso)

Extração de nitrogênio (mg/vaso)

Z ZNK ZPK ZP ZNPK R2 B y = -1E-05x2 + 0,0084x + 0,725 R2 2 + 0,0132x + 1,035 R2 2 R2 2 - 0,0075x + 1,5917 R2 0 1 2 3 4 0 40 80 120 160 Doses de zeólita (g/vaso)

Teores de Fósforo (g/kg) ZZNK ZPK ZP ZNPK R2 C y = 0,0001x2 + 0,024x + 1,4996 R2 2 + 0,0014x + 2,0591 R2 2 + 0,0207x + 2,8137 R2 R2 0 7 14 21 28 35 0 40 80 120 160 Dose de zeólita (g/vaso)

Extração de Fósforo (mg/vaso)

Z ZNK ZPK ZP ZNPK D R2 y = 0,0002x2 - 0,0197x + 5,8823 R2 2 + 0,0786x + 8,4733 R2 2 + 0,2046x + 1,4177 R2 2 + 0,0386x + 11,688 R2 = 0,4873 2 - 0,1552x + 12,035 R2 0 3 6 9 12 15 0 40 80 120 160 Doses de zeólita (g/vaso)

Teores de potássio (g/kg) ZZNK ZPK ZP ZNPK E 2 + 0,024x + 1,4996 R2 2 + 0,0207x + 2,8137 R2 2 + 0,6457x + 56,387 R2 2 - 0,1206x + 11,21 R2 0 20 40 60 80 100 120 0 40 80 120 160 Doses de zeólita (g/vaso)

Extração de Potássio (mg/vaso)

Z ZNK ZPK ZP ZNPK F R2

Fig. 10. Teores (A, C e E) e extração (B, D e F) de N, P e K pelo capim - Andropogon em 2 cortes

cultivado em substrato com doses de concentrado zeolítico com adição de N, P, e K (Média de 2 cortes).

A média dos resultados dos teores (A, C e E) e da extração (B, D e F) de N, P e K nos dois cortes do capim - Andropogon são apresentados na Figura 10. As tendências observadas para os teores de N, P e K são as mesmas discutidas para a cultura do arroz. Observa-se que as extrações de nutrientes dos tratamentos que não receberam complementação de nutrientes são baixas comparadas com as observadas para a testemunha e concentrado zeolítico (Z).

(27)

27 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio

Conclusões

Os resultados indicaram, dentro das condições testadas, que:

O fornecimento de nutrientes através do mineral zeólita enriquecido com NPK compro-vou ser uma alternativa viável para a obtenção de plantas no sistema zeopônico.

Os concentrados zeolíticos enriquecidos funcionaram adequadamente como fon-te de nutrienfon-tes de liberação lenta, sendo que os melhores efeitos sobre a produção da alface e do tomate (em ordem decrescente) foi: zeólita + H3PO4 + apatita (ZP) > zeólita + KH2PO4 (ZPK) > zeólita + KNO3 (ZNK) > zeólita concentrada (Z) > mistura das zeólitas KNO3 e KH2PO4 (ZNPK).

Referências Bibliográficas

ALLEN, E.; MING, D.; HOSSNER, L.; HENNINGER, D.; GALINDO, C. Growth and nutrient uptake of wheat in a clinoptilolite-phosphate rock substrate. Agronomy Journal, Madison, v. 87, n. 6, p. 1052-1059, 1995.

BARBARICK, K. A.; LAI, T. M.; EBERL, D. D. Exchange fertilizer (phosphate rock plus ammonium-zeolite) effects on sorghum-sudangrass. Soil Science Society of America Journal, Madison, v. 54, n. 3, p. 911-916, 1990.

BARBOSA, V. Nutrição e adubação de tomate rasteiro. In: FERREIRA, M. E.; CASTELLANE, P. D.; CRUZ, M. C. P. (Ed.). Nutrição e adubação de hortaliças. Piracicaba: Potafos, 1993. p.323-339.

CARMO, C. A. F. S.; ARAÚJO, W. S.; BERNARDI, A. C. C.; SALDANHA, M. S. Métodos de análise de tecidos vegetais utilizados na Embrapa Solos. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2000. 41 p. (Embrapa Solos. Circular Técnica, 6). EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Manual de métodos de análise de solo. Rio de Janeiro, 1997. 212 p. (EMBRAPA-CNPS. Documentos, 1). GARCIA, L. L. C.; HAAG, H. P.; MINAMI, K.; DECHEN, A. R. Nutrição mineral de hortaliças: concentração e acúmulo de macronutrientes em alface (Lactuca sativa L.) cv. Brasil 48 e Clause’s Aurélia. In: HAAG, H. P.; MINAMI, K. Nutrição mineral em hortaliças. Campinas: Fundação Cargill, 1988. p.123-151.

(28)

28 Avaliação Agronômica de Substratos contendo Zeólita enriquecida com Nitrôgenio, Fósforo e Potássio

HOLMES, D. A. Zeolites. In: CARR, D. D. (Ed.). Industrial minerals and rocks. 4. ed. Littleton: Society for Mining, Metallurgy and Exploration, 1994. p. 1129-1158.

K A T A Y A M A , M . Nutrição e adubação de alface, chicória e almeirão. In:

FERREIRA, M . E.; CASTELLANE, P. D.; CRUZ, M . C. P. Nutrição e adubação de

hortaliças. Jaboticabal: Potafos, 1990. p.141-148.

LUNA, F. J.; SCHUCHARDT, U. Modificação de zeólitas para uso em catálise. Química Nova, São Paulo, v. 24, n.6, p.885-892, 2001.

LUZ, A. B. Zeólitas: propriedades e usos industriais. Rio de Janeiro: CETEM/ CNPq, 1994. 37 p. (Série Tecnologia Mineral CETEM, 68).

MALAVOLTA, E.; VITTI, G. C.; OLIVEIRA, S. A. Avaliação do estado nutricional das plantas: princípios e aplicações. 2.ed. Piracicaba: POTAFOS, 1997. 319 p. MING, D. W.; MUMPTON, F. A. Zeolites in soils, in: DIXON, J. B.; WEED, S. B. (Ed.) Minerals in soil environments. 2.ed. Madison: Soil Science Society of America, 1989. p. 873-911.

NOTARIO-DEL-PINO, J. S.; ARTEAGA-PADRON, I. J.; GONZALEZ-MARTIN, M. M.; GARCIA-HERNANDEZ, J. E. Response of alfalfa to a phillipsite-based slow-release fertilizer. Communications in Soil Science and Plant Analysis, New York, v. 25, n. 13-14, p. 2231-2245, 1994.

REZENDE, N. G. A. M.; ANGÉLICA, R. S. Sedimentary zeolites in Brazil. Mineralogica et Petrographica Acta, Bologna, v. 42, p. 71-82, 1991.

TAKAHASHI, H.W. Nutrição e adubação de tomate estaqueado. In: FERREIRA, M. E.; CASTELLANE, P. D.; CRUZ, M. C. P. (Ed.). Nutrição e adubação de hortaliças. Piracicaba: Potafos, 1993. p.301-322.

VAUGHAN, D. Properties of natural zeolites. In: SAND, L., MUMPTON, F. (Ed.). Natural Zeolites: occurrence, properties, use. New York: Pergamon Press, 1978. p. 353–372.

VIRTA, R. L. Zeolites. In: ESTADOS UNIDOS. U. S. Geological Survey. Minerals yearbook: metals and minerals. 2003. v. 1. Disponível em: < http:// minerals.usgs.gov/minerals/pubs/commodity/zeolites/zeolimyb03.pdf>. Acesso em: 13 out. 2004.

Referências

Documentos relacionados

Aristides Cimadon, no uso de suas atribuições, torna público o presente Edital destinado a inscrições para o Curso de Pós- graduação stricto sensu, Mestrado Acadêmico em Sanidade

Esta realidade exige uma abordagem baseada mais numa engenharia de segu- rança do que na regulamentação prescritiva existente para estes CUA [7], pelo que as medidas de segurança

O mesmo acontece ao comparar os dados com Araujo et al (2011) que ao avaliar parâmetros hematológicos de tilápias do Nilo alimentadas com diferentes concentrações de óleo de

Se você vai para o mundo da fantasia e não está consciente de que está lá, você está se alienando da realidade (fugindo da realidade), você não está no aqui e

Assim, o presente trabalho surgiu com o objetivo de analisar e refletir sobre como o uso de novas tecnologias, em especial o data show, no ensino de Geografia nos dias atuais

Contudo, não é possível imaginar que essas formas de pensar e agir, tanto a orientada à Sustentabilidade quanto a tradicional cartesiana, se fomentariam nos indivíduos

A two-way (eccentric versus concentric training) repeated measures (pre-training versus post-training) ANOVA, with a 5% significance level, was used to compare:

Conforme Gil (2016), uma pesquisa documental é desenvolvida por intermédio de materiais que ainda não receberam tratamentos analíticos. Também, através de documentos que