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Academic year: 2021

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RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

6

º ANO

|

M

ESTRADO

I

NTEGRADO EM

M

EDICINA

|

U

NIDADE

C

URRICULAR

E

STÁGIO

P

ROFISSIONALIZANTE

SARA VIANA RODRIGUES DA SILVA

NÚMERO DE ALUNO 2012090 Turma 2 | Regente: Professor Doutor Rui Maio | Orientador do relatório final: Dr. José Guia

29 DE JUNHO DE 2018

ANO LECTIVO 2017/2018

“It is not the strongest of the species that survives, not the most intelligent that survives. It is the one that is the most adaptable to change.” ― Charles Darwin

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS GERAIS ... 1

SÍNTESE DAS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS: ESTÁGIOS PARCELARES ... 2

A) Medicina Interna (11 de Setembro de 2017 a 3 de Novembro de 2017) ... 2

B) Cirurgia (6 de Novembro de 2017 a 12 de Janeiro de 2018) ... 3

C) Medicina Geral e Familiar (22 de Janeiro de 2018 a 16 de Fevereiro de 2018) ... 4

D) Pediatria (19 de Fevereiro de 2018 a 16 de Março de 2018) ... 4

E) Ginecologia e Obstetrícia (19 de Março de 2018 a 20 de Abril de 2018) ... 5

F) Saúde Mental (23 de Abril de 2018 a 18 de Maio de 2018) ... 6

OPCIONAL LIVRE (30 DE JULHO DE 2017 A 25 DE AGOSTO DE 2017) ... 6

ELEMENTOS VALORATIVOS ... 7

REFLEXÃO CRÍTICA ... 7

ANEXOS ... 9

Anexo I – Lista das principais abreviaturas ... 10

Anexo II – Cronograma do ano lectivo 2017/2018 ... 11

Anexo III – Trabalhos realizados em cada estágio parcelar no âmbito do estágio profissionalizante ... 12

Anexo IV – Cursos e conferências frequentados durante o 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina ... 13

Anexo V – Estágios internacionais – Opcional Livre do 6º ano – Comprovativo de frequência do estágio ... 19

Anexo VI – Artigo publicado na revista Oncology Letters – página 1 ... 20

Anexo VII – Declaração do Conselho Pedagógico ... 21

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais e avós, que permitiram esta maluquice de frequentar outro curso superior.

À minha restante família, amigos e colegas de faculdade que sempre me apoiaram.

Ao João Pedro, que mesmo nos piores momentos foi o meu pilar.

À Professora Doutora Teresa Gamboa, que me ensinou o verdadeiro sentido de ser médico.

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INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS GERAIS

Durante o 6º ano do MIM da Nova Medical School pretende-se que o aluno frequente três UCs. Estas UCs são o Estágio Profissionalizante, composto por seis estágios parcelares em diferentes áreas clínicas (Medicina Interna, Cirurgia, Medicina Geral e Familiar, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia e Saúde Mental), Preparação para a Prática Clínica, a UC integradora, e uma UC opcional. No presente relatório pretendo estabelecer quais os objectivos gerais e pessoais por mim definidos no início do ano lectivo, fazer uma breve descrição das principais actividades desempenhadas em cada um dos estágios parcelares clínicos componentes do Estágio Profissionalizante (cronograma no anexo I) e fazer uma breve descrição da Opcional Livre. Terminarei com uma descrição dos elementos que considero valorativos e com uma reflexão crítica. Iniciei o MIM em 2012, após exercer durante quatro anos como farmacêutica. O meu objectivo ao longo de todo o curso foi tirar o melhor partido de todas as experiências, quer em contexto de aula quer em contexto de estágio clínico. Durante o 6º ano do MIM, apesar da carga horária exigente e do estudo para a PNS de 2018, tentei apreender todo o conhecimento possível durante os estágios parcelares. Em linhas gerais, defini como objectivos durante este 6ºano, em primeiro lugar, a aquisição de autonomia, bem como, e de forma paralela, a aquisição de competências que me permitam, no futuro, exercer medicina. Para isso, tentei desenvolver ao longo dos estágios parcelares aptidões clínicas e interpessoais que favoreçam uma tomada de decisões responsável durante a prática da medicina, numa perspectiva de melhoria contínua, alicerçado na ética, profissionalismo, boas práticas clínicas actualizadas e na medicina baseada na evidência. Tomando como base os objectivos para o licenciado médico em Portugal (em O Licenciado médico em Portugal – FML, 2005), ao longo dos estágios parcelares ter o cuidado de: utilizar o conhecimento das ciências básicas e clínicas e aptidões adquiridas ao longo do MIM na análise e solução dos problemas clínicos dos doentes; fazer uma avaliação e gestão dos doentes adequada, com anamnese e exame físico detalhados e uma abordagem biopsicossocial, de forma a identificar correctamente os seus problemas médicos; formular hipóteses de diagnóstico e explorá-las, de forma a encontrar a(s) causa(s) e soluções para o doente; conhecer os conceitos fundamentais e actuar na prevenção da doença e promoção da saúde do doente e das populações; promover uma

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comunicação eficaz com o doente e sua família, bem como com todos os profissionais de saúde envolvidos na prestação de cuidados. Para além disso cultivar uma atitude profissional, humana e de preocupação com o bem-estar dos doentes e colegas profissionais de saúde, procurando uma melhoria contínua no decorrer deste ano lectivo, enquadrada no estado actual da medicina em Portugal, com a preocupação de promover as qualidades e compreender os desafios que se colocam presentemente no exercício da medicina no SNS.

SÍNTESE DAS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS: ESTÁGIOS PARCELARES

A) Medicina Interna (11 de Setembro de 2017 a 3 de Novembro de 2017)

Iniciar o ano lectivo com o estágio de MI teve o propósito de continuar o trabalho e a aquisição de responsabilidade e de autonomia iniciadas com o estágio clínico no Brasil (ver descrição da opcional livre). O estágio, com duração de oito semanas no CHLO-HSFX - unidade funcional IV do serviço de Medicina, esteve sob orientação da Dra. Ana Lynce. O objectivo pessoal de aquisição de autonomia foi atingido desde o primeiro momento, com a integração na equipa. Esta demonstrou uma dinâmica de funcionamento adequada à aprendizagem, motivando a rotação de doentes e a discussão diagnóstica em grupo. Estive essencialmente no internamento, onde a equipa observou um total de 34 doentes. As patologias mais frequentes foram: doenças do sistema circulatório (como AVCs), do sistema urogenital (como ITUs) e do sistema respiratório. Durante o internamento ocorreu perda de autonomia em quatro doentes, o que me permitiu o contacto com o apoio social, com a referenciação para lares e cuidados paliativos e com a RNCCI.

O meu papel na equipa foi de assegurar a avaliação de uma média de dois a três doentes por dia, com anamnese e exame objectivo. Após discussão do caso em reunião de equipa, eram colocadas hipóteses diagnósticas, efectuados pedidos de exames complementares de diagnóstico, referenciação para outras especialidades e prescrita a terapêutica mais adequada. Também efectuei diários clínicos, notas de alta e de transferência de vários dos doentes avaliados, apresentei doentes em reunião de serviço e estive presente nas situações de transmissão de informações pertinentes ao doente e seus familiares e na informação do óbito de doentes.

Para além do internamento, frequentei o serviço de urgência semanalmente, onde pude contactar com situações de emergência médica e com os sistemas de Via Verde existentes no hospital. Por

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fim, tive oportunidade de frequentar as consultas de doenças auto-imunes e de diabetes, as sessões clínicas do serviço, as sessões teórico-práticas para os alunos de 6º ano e também de apresentar um trabalho relativo ao movimento “Choosing Wisely”, conforme descrição no anexo III.

B) Cirurgia (6 de Novembro de 2017 a 12 de Janeiro de 2018)

O estágio de CG decorreu durante oito semanas no Hospital da Luz de Lisboa, sob orientação do Dr. César Resende. Este estágio teve as componentes teórica e teórico-prática (1 semana) e de Cirurgia Geral (5 semanas), com opcional de Anestesiologia (2 semanas). Os meus objetivos neste estágio eram a integração nas equipas de Cirurgia Geral e de Anestesiologia, permitindo viver o seu trabalho diário, adquirir prática em procedimentos médico-cirúrgicos com técnicas de assepsia, aperfeiçoar a colheita de histórias clínicas e conhecer as patologias cirúrgicas mais frequentes, o seu diagnóstico final e terapêutica e desenvolver a comunicação com os restantes profissionais e doentes. Após este estágio e devido à sua excelente organização pude cumprir os objetivos a que me propus. Houve por parte do tutor disponibilidade em ensinar, esclarecer dúvidas e fomentar a prática de procedimentos médico-cirúrgicos. Tive oportunidade de: executar vários procedimentos médico-cirurgicos e de adquirir competências práticas (técnicas de sutura, colocação de cateteres venosos centrais, ventilação com máscara facial, intubação orotraqueal e com máscara laríngea, colocação de linhas arteriais e técnicas de bloqueio do neuro-eixo); assistir e participar como primeira e segunda ajudante em cirurgias (31 procedimentos, os mais frequentes a hernioplastia por hérnia inguinal e a colecistectomia por via laparoscópica); participação na consulta de cirurgia geral/proctologia/patologia colo-rectal (20 doentes observados), sessões clínicas do HLL e reuniões multidisciplinares de oncologia do aparelho digestivo.

Saliento a observação de cirurgias com o robot Da Vinci®, bem como uma cirurgia em que tive oportunidade de não só participar no procedimento anestésico, colocação de cateter venoso central e de linha arterial, como também ser segunda ajudante durante o procedimento cirúrgico (pancreatectomia corpo-caudal), sob orientação da Dra. Cristina Pestana e do Professor Doutor Rui Maio, respetivamente. Para além disso apresentámos em grupo um caso clínico no mini-congresso final (descrição no anexo III), posteriormente apresentado para o serviço de ortopedia do HLL por ser um caso complexo e que envolveu uma equipa multidisciplinar na sua resolução.

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C) Medicina Geral e Familiar (22 de Janeiro de 2018 a 16 de Fevereiro de 2018)

Neste estágio de MGF de quatro semanas na USF das Conchas, tutorada pela Dra. Ana Cebolais, tinha como objectivos treinar e adquirir novas competências e contribuir para a promoção e manutenção da saúde da população. Das competências trabalhadas destaco: autonomia; treino de procedimentos e execução das várias fases da consulta; comunicação médico-paciente efetiva; utilização da medicina baseada na evidência na tomada de decisões médicas e utilização eficiente dos recursos de saúde. Para além disso, oportunamente produzi um folheto no âmbito da promoção da saúde, onde me foquei nos sinais e sintomas das gripes e constipações, sinais de alarme e aconselhamento à população em caso de gripe (descrito no anexo III). Na época de pico da gripe achei essencial dar esta informação à população, de forma a promover um maior conhecimento sobre esta temática e uma melhor utilização dos recursos de saúde. Neste estágio entendi o Médico de Família como aquele que compreende melhor a componente biopsicossocial do doente e que tem competências como gestor de recursos de saúde, com o melhor custo-benefício para o doente.

D) Pediatria (19 de Fevereiro de 2018 a 16 de Março de 2018)

O estágio de Pediatria decorreu na UCIP do HDE, durante quatro semanas, sob orientação do Dr. Anaxore Casimiro. Frequentei ainda o serviço de urgência e as consultas externas de imunoalergologia e de imunodeficiências primárias, para além de apresentar um trabalho sobre a vacinação contra a varicela no seminário final (ver anexo III). Como objectivos pessoais deste estágio pretendia o contacto com o trabalho diário desta especialidade, aperfeiçoar a colheita de histórias clínicas e exame objectivo pediátricos, conhecer as patologias pediátricas mais frequentes, conhecer a sua terapêutica adequada e ter prática na comunicação com doentes e familiares. No entanto devo referir que este estágio foi maioritariamente observacional, sendo principalmente nas consultas e no serviço de urgência dada oportunidade de intervir. Considero que este estágio foi importante na medida em que permitiu contactar com o melhor e com o pior dos cuidados intensivos. Na medida do pior, na UCIP o pessoal médico e de enfermagem (bem como os restantes profissionais de saúde) lidam com a morte, com o insucesso das terapêuticas, com as espectativas dos pais e, acima de tudo, dão algumas vezes más notícias aos familiares do doente pediátrico. Na mente do ser humano não é “fisiológico” que crianças morram, fiquem com

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sequelas, sejam doentes crónicos e a necessitar de cuidados diários. No entanto, a equipa da UCIP do HDE demonstrou ter uma preparação para lidar com estes casos difíceis que nunca tinha observado noutro serviço. O carinho e a dedicação com que falam com os pais, com que tratam as crianças e o companheirismo e trabalho de equipa entre todos os profissionais são presença notória e continuada durante todo o dia, sendo que classifico esta valência como o melhor dos cuidados intensivos pediátricos e que mudou a minha perspectiva em relação a esta especialidade.

E) Ginecologia e Obstetrícia (19 de Março de 2018 a 20 de Abril de 2018)

O estágio de GO decorreu durante quatro semanas no Hospital CUF Descobertas, sob orientação da Dra. Elisete Cortes. Este estágio foi fundamentalmente observacional, excepto nas consultas e cesarianas, com o objectivo geral de contactar com a especialidade no seu dia-a-dia e patologias mais frequentes. Devido à sua organização, foi-me permitido contactar com várias vertentes da especialidade de GO e vários profissionais com diferentes ideias e metodologias. Assisti a várias consultas, nomeadamente de obstetrícia (incluindo pré-concepcional, vigilância da gravidez no 1º, 2º e 3º trimestre e revisão do puerpério), obstetrícia - alto risco, obstetrícia – patologia tromboembólica e auto-imune, ginecologia, ginecologia de adolescentes, senologia e uroginecologia, num total de 80 consultas. Assisti também a ecografias obstétricas e ginecológicas, a cirurgias ginecológicas no bloco operatório, a partos eutócicos e distócicos, estive na unidade de exames especiais de ginecologia e no serviço de urgência e apresentei um artigo na reunião de serviço (ver anexo III).

Durante as consultas pude treinar e desenvolver competências em colheita de história clínica ginecológica e obstétrica, exame objetivo ginecológico, obstétrico e mamário, execução de citologia cervico-vaginal em meio líquido, pedido e interpretação de meios complementares de diagnóstico e prescrição de terapêutica na gravidez, na patologia ginecológica e métodos anti-concepcionais. Para além das consultas, assisti à execução de métodos complementares de diagnóstico, como histeroscopias diagnósticas e a colposcopias, na unidade de exames especiais de ginecologia. Frequentei ainda o serviço de urgência semanalmente, acompanhando a minha tutora. Nestes períodos observei urgências ginecológicas e obstétricas, participei em vários partos eutócicos e distócicos e assisti a duas curetagens por aborto retido.

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F) Saúde Mental (23 de Abril de 2018 a 18 de Maio de 2018)

O estágio de SM no serviço de Psiquiatria Geral e Transcultural do CHPL teve orientação da Dra. Isabel Ganhão e duração de quatro semanas, com dois dias introdutórios de aulas teórico-práticas. Os objetivos pessoais neste estágio eram contactar com o exercício diário da especialidade, aperfeiçoar a colheita de histórias clínicas psiquiátricas, conhecer as patologias psiquiátricas mais frequentes, o seu diagnóstico final e terapêutica farmacológica e não farmacológica, obtendo prática na avaliação dos doentes em Psiquiatria.

O estágio permitiu-me contactar com várias valências e vertentes psicoterapêuticas existentes no CHPL, para além do internamento de adultos e serviço de urgência (este último efectuado no Hospital de São José). Destaco o contacto com um doente do sexo masculino, de 49 anos, com distúrbio dismórfico corporal, uma patologia muito interessante e de tratamento e acompanhamento difíceis e desafiantes, com a consulta de redução de risco tabágico, onde observei técnicas psicoterapêuticas para a redução do consumo de tabaco, e com o “grupo psicoterapêutico aberto” e as “consultas abertas ao mundo”, onde contactei com a realidade dos sem-abrigo e dos refugiados em Portugal. Quero acrescentar que o trabalho desenvolvido pelo CHPL permitiu-me ser informada da realidade da doença mental e permitir-me-á, no futuro, ser pertença de uma corrente positiva dentro da classe médica, na qual o conhecimento do estigma da doença mental e o que podemos fazer para combate-lo e erradicá-lo da sociedade fará parte da prática clínica.

OPCIONAL LIVRE (30 DE JULHO DE 2017 A 25 DE AGOSTO DE 2017)

Optei por efectuar a opcional livre como estágio clínico no Brasil, no Hospital das Clínicas da UNESP, em Botucatu (São Paulo). Neste hospital, sob orientação do Professor Doutor Marcos Minicucci, estive três semanas no internamento da Clínica Médica e uma semana na UCI. Para além disso, frequentei o serviço de urgência sempre que possível. O meu objectivo neste estágio era ter uma experiência internacional e, para além disso, adquirir autonomia na prática clínica, com responsabilidade crescente, preparando-me para o 6º ano em Portugal.

O trabalho diário desenvolvido em cada um dos locais, em conjunto com os alunos de 6º ano da UNESP, consistia em anamnese e exame objectivo de um doente por dia, com posterior discussão com o elemento sénior presente de hipóteses de diagnóstico, exames complementares de

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diagnóstico, referenciação para outras especialidades e terapêutica mais adequada para o doente que nos era atribuído. De igual forma, após a discussão dos doentes e registo das decisões, eram feitas discussões de temas importantes para os alunos do 6º ano em conjunto com o elemento sénior, de forma a esclarecer dúvidas pertinentes da prática clínica.

No caso do serviço de urgência, a minha participação foi mais de observadora, tendo sido somente chamada a intervir raras vezes (duas das quais no decorrer de paragem cardio-respiratória).

ELEMENTOS VALORATIVOS

Durante o 6º ano do MIM, para além da componente curricular obrigatória, tive oportunidade de colaborar como elemento da Comissão de Curso do 6º ano, como responsável da UC de

Medicina Geral e Familiar e da UC de Cirurgia, e representante dos alunos no Conselho Pedagógico, no primeiro semestre do ano lectivo 2017/2018 (anexo VII). Para além deste

trabalho em prol da organização e da comunicação entre alunos e professores, frequentei cursos

e workshops relacionados com temáticas importantes para o 6º ano (certificados no anexo IV).

Por fim, em colaboração com o departamento de Anatomia Patológica da Nova Medical School (Professora Dra. Ana Félix e Dra. Saudade André), publiquei um artigo como primeira autora

na revista Oncology Letters, relativo a um caso clínico de uma mulher de 33 anos com polipose

adenomatosa familiar que, após colocação de próteses de silicone, desenvolveu fibromatose mamária bilateral (primeira página do artigo, com o abstract, no anexo VI).

REFLEXÃO CRÍTICA

No final deste estágio profissionalizante gostaria de fazer algumas considerações. Destaco, em primeiro lugar, o rácio aluno:orientador, que permitiu que o processo de aprendizagem fosse rico, acompanhado e direcionado às dificuldades e desafios que enfrentei. Considero que todos os médicos com quem tive oportunidade de aprender revelaram-se referências, sobretudo no que diz respeito à relação médico/doente e também no papel de mestres no ensino das várias vertentes de cada uma das especialidades. Esta proximidade permitiu-me atingir a generalidade dos objectivos inicialmente estabelecidos.

De uma forma geral, gostaria de distinguir a componente prática marcada e autonomia adquiridas nos estágios de MI, CG e MGF, bem como a organização e abrangência do contacto nos estágios

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de GO e CG. No caso de MI e MGF, sendo pilares da formação médica pré-graduada, torna-se essencial que sejam o ponto de partida para a aquisição de autonomia no aluno de 6º ano. Relativamente à abrangência do contacto nos estágios de GO e CG, penso que se prendeu com o facto de terem sido estágios efectuados em unidades privadas, que demonstram uma preocupação notável com a organização do estágio, com a demonstração da qualidade dos serviços e dos seus profissionais. Nos estágios maioritariamente observacionais, como Pediatria e GO, a aquisição de competências práticas ficou um pouco aquém do esperado, não deixando estes estágios de serem desafiantes e enriquecedores.

Saliento, ainda, o estágio de SM como aquele que mais me surpreendeu, tendo sido motor de mudança de mentalidade e auxiliador na procura de maior conhecimento da temática da doença mental e do seu estigma.

Em relação aos elementos valorativos, gostaria de evidenciar o trabalho como membro da comissão de curso que, apesar de complexo, se revelou importante no meu crescimento como líder e no desenvolvimento de competências de trabalho em equipa e gestão de recursos. Para além disso, destaco o artigo científico que publiquei como primeira autora, cujo processo foi iniciado um ano antes e que foi um verdadeiro teste à minha resiliência e capacidade de gestão de tempo. Penso que ao longo de todo o 6º ano fiz um óptimo trabalho, fui bem integrada nas equipas, adquiri autonomia, estive motivada e disponível para aprender e corrigir os meus erros, num processo de melhoria contínua, e penso que, no futuro, poderei utilizar os conhecimentos e aptidões clínicas e interpessoais adquiridas este ano no futuro exercício da profissão médica, independentemente da especialidade por mim escolhida.

Quero terminar por dizer que para nós futuros médicos a realidade do SNS nos moldes como o experienciamos actualmente revela-se desafiante, com o aumento da esperança média de vida, das doenças crónicas e do fraco investimento na melhoria do sistema, com falta de medidas concretas e eficazes na melhoria dos cuidados em saúde e na formação de qualidade dos futuros especialistas. Pretendo na minha futura prática ser parte integrante do processo de mudança, direccionado para a prevenção da doença e promoção da saúde, num auxílio às populações mais carenciadas e mais frágeis, com o objectivo geral da melhoria dos cuidados de saúde em Portugal.

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ANEXOS

Anexo I – Lista das principais abreviaturas

Anexo II – Cronograma do ano lectivo 2017/2018

Anexo III – Trabalhos realizados em cada estágio parcelar no âmbito do estágio profissionalizante

Anexo IV – Cursos e conferências frequentados durante o 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina

A) Certificado das Jornadas de Cardiologia de Lisboa Ocidental - 13 e 14 de Outubro de 2017 no Hotel Vila Galé Ópera

B) Certificado do Curso TEAM – Trauma Evaluation and Management – 9 e 10 de Novembro de 2017 na Nova Medical School

C) Certificado do 9º Curso de Antibioterapia – 27 de Novembro de 2017 no Hospital da Luz de Lisboa

D) Certificado do Congresso B.E.S.T. 2017 IBERIAN – 14TH EDITION – 4 e 5 de Dezembro de 2017 no Centro Cultural de Belém

E) Certificado das 5ªs Jornadas do Departamento de Cirurgia – 15 de Dezembro de 2017 no Hospital Beatriz Ângelo

F) Certificado do Workshop Saúde Mental nos Cuidados de Saúde Primários – Dúvidas Frequentes – 10 de Maio de 2018 no Hospital Beatriz Ângelo

Anexo V – Estágios internacionais – Opcional Livre do 6º ano – Comprovativo de frequência do estágio

Anexo VI – Artigo publicado na revista Oncology Letters – página 1: Sara Silva, Pedro Lage,

Francisco Cabral, Rui Alves, Ana Catarino, Ana Félix and Saudade André. (2018). Bilateral breast fibromatosis after silicone prosthetics in a patient with classic familial adenomatous polyposis: A case report. Oncology Letters. DOI: 10.3892/ol.2018.8853.

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Anexo I – Lista das principais abreviaturas AVCs – Acidentes Vasculares Cerebrais

CG – Cirurgia

CHLO-HSFX – Centro Hospitalar Lisboa Ocidental – Hospital São Francisco Xavier

CHPL – Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa

FML – Faculdade de Medicina de Lisboa

GO – Ginecologia e Obstetrícia

HDE – Hospital Dona Estefânia

HLL – Hospital da Luz de Lisboa

ITUs – Infecções do Trato Urinário

MGF – Medicina Geral e Familiar

MI – Medicina Interna

MIM – Mestrado Integrado em Medicina

PNS – Prova Nacional de Seriação

RNCCI – Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados

SM – Saúde Mental

SNS – Sistema Nacional de Saúde

UC/UCs – Unidade(s) Curricular(es)

UCI – Unidade de Cuidados Intensivos

UCIP – Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos

UNESP – Faculdade de Medicina de Botucatu

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Anexo II – Cronograma do ano lectivo 2017/2018

Estágio Parcelar Regente Período de

estágio Local Tutor

Opcional Livre Equivalência dada à Unidade Curricular Opcional livre do 6º ano 30 de Julho de 2017 a 25 de Agosto de 2017

Hospital das Clínicas da UNESP - Faculdade de Medicina de Botucatu (Estado de São Paulo – Brasil)

Professor Doutor Marcos Ferreira Minicucci Medicina Interna Professor Doutor Fernando Nolasco 11 de Setembro de 2017 a 3 de Novembro de 2017

CHLO – Hospital São Francisco Xavier, Unidade Funcional IV do Serviço de Medicina

Dra. Ana Lynce (outros tutores: Dr. Hugo Moreira e Dr. Nuno Ferreira)

Cirurgia Professor

Doutor Rui Maio

6 de Novembro de 2017 a 12 de Janeiro de 2018 Hospital da Luz de Lisboa Dr. César Resende Medicina Geral e Familiar Prof.ª Doutora Isabel Santos 22 de Janeiro de 2018 a 16 de Fevereiro de 2018 Unidade de Saúde

Familiar das Conchas Dra. Ana Cebolais

Pediatria Professor Doutor Luís Varandas 19 de Fevereiro de 2018 a 16 de Março de 2018 Hospital Dona Estefânia - Unidade de Cuidados Intensivos Dr. Anaxore Casimiro Ginecologia e Obstetrícia Professora Doutora Teresa Ventura 19 de Março de 2018 a 20 de Abril de 2018 Hospital Cuf Descobertas Dra. Elisete Cortes Saúde Mental Professor Doutor Miguel Cotrim Talina 23 de Abril de 2018 a 18 de Maio de 2018 Centro Hospital Psiquiátrico de Lisboa – Hospital Júlio de Matos - Clínica 3 – Psiquiatria Geral e Transcultural Dra. Isabel Ganhão

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Anexo III – Trabalhos realizados em cada estágio parcelar no âmbito do estágio profissionalizante

Estágio

Parcelar Tema e autores

Medicina Interna

Seminário “Choosing Wisely - recomendações da American College of Emergency

Physicians

Sara Silva

Cirurgia

“Ciatalgia (in)conveniente” – Caso clínico apresentado no mini-congresso de cirurgia a 12 de Janeiro de 2018 no Hospital Beatriz Ângelo

Beatriz Câmara, Cátia Coelho, Cláudia Rocha e Sara Silva

*Este caso clínico foi posteriormente apresentado na reunião do departamento de

Ortopedia do Hospital da Luz de Lisboa

Medicina Geral e Familiar

Folheto “Conselhos de Inverno – INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS/GRIPE” Sara Silva

Pediatria “Varicela: vacinar ou não vacinar?”

Carla Lopes, Carlos Baptista, Telma Martins e Sara Silva

Ginecologia e Obstetrícia

Yefet, E., Schwartz, N., Chazan, B., Salim, R., Romano, S. and Nachum, Z. (2018). The

safety of quinolones and fluoroquinolones in pregnancy: a meta-analysis. BJOG:

An International Journal of Obstetrics & Gynaecology.

Journal Club - Sara Silva

Saúde Mental

Reflexão relativamente ao conto “Tristeza” de Anton Tchekov Sara Silva

“Estigma da doença mental – perspectiva do profissional de saúde” Sara Silva

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Anexo IV – Cursos e conferências frequentados durante o 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina

A) Certificado das Jornadas de Cardiologia de Lisboa Ocidental - 13 e 14 de Outubro de 2017 no Hotel Vila Galé Ópera

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B) Certificado do Curso TEAM – Trauma Evaluation and Management – 9 e 10 de Novembro de 2017 na Nova Medical School

(17)

C) Certificado do 9º Curso de Antibioterapia – 27 de Novembro de 2017 no Hospital da Luz de Lisboa

(18)

D) Certificado do Congresso B.E.S.T. 2017 IBERIAN – 14TH EDITION – 4 e 5 de Dezembro de 2017 no Centro Cultural de Belém

(19)

E) Certificado das 5ªs Jornadas do Departamento de Cirurgia – 15 de Dezembro de 2017 no Hospital Beatriz Ângelo

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F) Certificado do Workshop Saúde Mental nos Cuidados de Saúde Primários – Dúvidas Frequentes – 10 de Maio de 2018 no Hospital Beatriz Ângelo

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Anexo V – Estágios internacionais – Opcional Livre do 6º ano – Comprovativo de frequência do estágio

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Referências

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