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Entre a razão e a intuição: contribuições para a identificação do Teatro Romano de Conimbriga - Between reason and intuition: contributions for the identification of the Conimbriga's Roman Theatre

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Academic year: 2021

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(1)

Actas do Seminário Internacional de

Arquitectura e Arqueologia - FAUP 2008

Interpretar a Ruína.

Contribuições entre campos disciplinares.

Coord. Lino Tavares Dias e Pedro Alarcão

FAUPpublicações

Miguel

A.

de la Iglesia

(2)

Porto . 2011

Série 3 . Manual/Investigação/Ensino

(3)

FAUP publicações

Coordenação • Lino Tavares Dias e Pedro Alarcão Revisão Técnica • Teresa Godinho

Design Gráfico • Fernando Barbosa . Multitema Impressão e Acabamento • Multitema Depósito Legal • 336955/11 ISBN • 978-989-8527-00-4

© Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto Rua do Gólgota, 215 . 4150-755 . Porto . Portugal

Os conteúdos dos textos são da responsabilidade dos respectivos autores.

A reprodução das imagens esteve condicionada pela qualidade dos originais inclusos no trabalho. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida por processo mecânico, electrónico ou por outro sem autorização escrita do editor.

Organização

Apoios Institucionais

(4)

5

Apresentação 7

Presentation 173

A colaboração de Arquitectos com Arqueólogos 11

The cooperation between architects and archaeologists 175

Jorge de Alarcão

Ruderi e restauro architettonico 15

Ruins and architectural restoration 179

Stefano Gizzi

Arqueología urbana y memoria Histórica 33

Urban Archaeology and Historical Memory 187

María Margarita Segarra Lagunes

Lugares arqueológicos na cidade contemporânea 47

Archaeological sites in the contemporary city 193

Francisco Barata

A torre-farol e ermida de São Miguel o Anjo na Foz do rio Douro

Obra e projecto de D. Miguel da Silva e Francisco de Cremona 61

The tower-lighthouse and chapel of São Miguel o Anjo at the mouth of the river Douro

Work and Project by D. Miguel da Silva and Francesco da Cremona 199

Marta Oliveira

Algumas intervenções em Idanha-a-Velha 77

Some interventions in Idanha-a-Velha 207

Alexandre Alves Costa

« Interpréter la ruine »; L’étude d’un ensemble monumental en Gaule romaine:

le temple de Mercure au sommet du Puy de Dôme 91

“Interpreting the ruin”; the study of a monumental set in Roman Gaul:

the temple of Mercure at the summit of the Puy de Dôme 217

Dominique Tardy

Investigación arqueológica y proyecto de arquitectura 103

Archaeological research and architectural project 225

Miguel Ángel de la Iglesia Santamaría / Francesc Tuset Bertrán

Interpretar o processo destrutivo; Da ruína ao construído 125

Interpreting the destructive process; from the ruin to the built 239

Lino Tavares Dias

Entre a razão e a intuição: contribuições para a identificação

do Teatro Romano de Conimbriga 133

Between reason and intuition: contributions for the identification

of the Conimbriga’s Roman Theatre 245

Pedro Alarcão

Au service de l’actualité de l’Architecture Antique 147

At the service of ancient architectures’s presentness 253

Pierre André

A pedra e o risco:

Arqueologia e Arquitectura na investigação do fórum de Conimbriga 157

The stone and the drawn line:

Archaeology and Architecture in the investigation of the forum of Conimbriga 261

Virgílio Hipólito Correia

(5)

133 Pedro Alarcão

Registos desenhados. Antecedentes

Mais de um século separa a primeira e a ultima representação global da cidade romana de Conimbriga. São documentos realizados por equipas pluridisciplinares, que procuram registar as sucessivas descobertas e programar as acções subsequentes; mas também antever, deduzir, interpretar. No que respeita à ruína, só especialistas, sobretudo arquitectos e arqueólogos, podem interpretar as marcas que as civilizações vão deixando no território, entendido como palimpsesto.

A primeira planta global de Conimbriga foi realizada por Eduardo Belo Ferraz, em 1899. Trata-se de um registo aguarelado, testemunhando as sondagens realizadas por António Augusto Gonçalves, que serviu de matriz para um quadro, pintado a óleo, realizado pelo mesmo autor. Sobre este se representaram posteriormente as escavações realizadas nos anos 30 pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais(1).

A planta que, em 1939, o Ministério da Obras Públicas manda realizar, para estudar o ramal de acesso de turistas às ruínas, serviu de suporte à planificação dos trabalhos da DGEMN, durante as décadas de 40 e 50 do século XX(2). A partir dela se realizaram novas plantas, onde se foram registando as sucessivas descobertas, e os posteriores trabalhos de valorização das ruínas(3).

Foi também a partir da planta de 1939, que a Missão Arqueológica Luso-Francesa, que escavou o centro monumental da cidade, entre 1964 e 1971, desenhou os novos dados recolhidos, acrescentando as novas estruturas exumadas(4). Para além do levantamento dos edifícios, desenhados pedra-a-pedra, a Missão Arqueológica Luso-Francesa em Portugal elabora, em colaboração com o Bureau d’Architecture Antique de Pau, uma série de reconstituições desenhadas dos principais edifícios públicos da cidade, que ainda hoje são utilizadas, como veículo para garantir a inteligibilidade das ruínas e identificar acções de reconstituição parcial, mais tarde realizadas(5).

Outro modelo de reconstituição foi igualmente realizado: uma maqueta na escala 1/50 do fórum flaviano de Conimbriga(6). Numa publicação dedicada à construção desta maqueta, os responsáveis pela interpretação do monumento, Jorge de Alarcão, Robert Etienne e Jean-Claude Golvin, salientam a importância da colaboração interdisciplinar, afirmando:

“Um problema técnico convida o arqueólogo a reexaminar os vestígios revelados pela escavação e a procurar neles novos indícios. A construção da maqueta [a que nós acrescentamos, a construção de qualquer modelo de reconstituição] impele o arquitecto moderno e o arqueólogo para um diálogo fecundo e ela é o testemunho eloquente da sua complementaridade e colaboração”(7).

Outros registos se fizeram mais recentemente, de que se destacam: o ensaio de visualização da cidade de Conimbriga, no século II d.C, realizado por Jean-Claude Golvin, em 1990 (fig. 1); e a primeira

Entre a razão e a intuição: contribuições para a identificação do Teatro

Romano de Conimbriga

Pedro Alarcão, arquitecto

Universidade do Porto. Faculdade de Arquitectura. Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo

(1) Virgílio Hipólito Correia e Pedro Alarcão, “Conimbriga: Um ensaio de topografia histórica”, Conimbriga, 47, 2008, Est. I. (2) Virgílio Hipólito Correia e Pedro Alarcão, “Conimbriga: Um ensaio de topografia histórica”, op. cit., Est. II.

(3) Virgílio Hipólito Correia e Pedro Alarcão, “Conimbriga: Um ensaio de topografia histórica”, op. cit., Est. III. (4) Virgílio Hipólito Correia e Pedro Alarcão, “Conimbriga: Um ensaio de topografia histórica”, op. cit.

(5) Jorge de Alarcão e Robert Etienne, L’architecture (Fouilles de Conimbriga, I**), Paris, Diffusion E. de Boccard 1977, PL XI, PL XII, PL XXVI e PL XXVII. (6) Jorge de Alarcão, Robert Etienne e Jean-Claude Golvin, A maqueta do centro monumental flaviano. Conimbriga, Conimbriga, 1994, p. 38.

(6)

245 Pedro Alarcão

Drawn registrations. Antecedents

There is more than a century between the first and the last global representation of the roman city of Conimbriga. They are documents created by multidisciplinary teams, that try to register the successive discoveries and to programme subsequent actions; but they also try to foresee, deduct, interpret. Regarding the ruin, only specialists, mainly architects and archaeologists, can interpret the marks left in the territory by civilizations, what is understood as palimpsest.

The first global plan of Conimbriga was created in 1899 by Eduardo Belo Ferraz. It’s a water-colour registration, witnessed by the drillings made by António Augusto Gonçalves, which was the matrix for an oil painting by the same author. On this registration were represented later the excavations made in the 1930’s by the Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (Directorate-General for National Buildings and Monuments)(1).

The plan ordered by the Government in 1939, to study the ramification giving tourists access to the ruins, was the basis to the DGEMN (Directorate-General for National Buildings and Monuments)’s work during the 1940’s and 50’s.(2). From this plan new ones were created, where the successive discoveries and the later ruins’ valorisation works were registered(3).

It was also from the 1939 plan, that the Luso-French Archaeological Mission, which excavated the city’s monumental centre between 1964 and 1971, drew the new data gathered, adding the new exhumed structures(4). Besides the building’s survey, drawn stone-by-stone, the Luso-French Archaeological Mission in Portugal, cooperating with the Bureau d’Architecture Antique de Pau, elaborates a series of drawn reconstitutions of the city’s main buildings; these reconstitutions are still used today as a vehicle to assure the intelligibility of the ruins and to identify later made partial reconstitution actions(5).

Another reconstitution model was also created: a maquette of the Conimbriga’s flavian forum at a scale of 1/50(6). In a published work dedicated to the construction of this maquette, the ones who were responsible by the monument’s interpretation, Jorge de Alarcão, Robert Etienne and Jean-Claude Golvin, noticed the importance of multidisciplinary collaboration, stating:

“A technical problem urges the archaeologist to re-examine the remains revealed by the excavation and to search for new traces in them. The construction of the maquette [to which we add the construction of any reconstitution model] impels the modern architect and the archaeologist into a fertile dialog, and it is the eloquent testimony of its complementarity and collaboration”(7).

Recently, other registrations were made, from which we can distinguish: the Conimbriga’s city essay of visualization in the 2nd century AD, carried out by Jean-Claude Golvin in 1990 (Fig. 1); and the first attempt of a drawn restitution of the high roman imperial urban area held by Virgílio H. Correia, in 2004(8).

Between reason and intuition: contributions for the identification of the

Conimbriga’s Roman Theatre

Pedro Alarcão, architect

Universidade do Porto. Faculdade de Arquitectura. Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo

(1) Virgílio Hipólito Correia and Pedro Alarcão, “Conimbriga: Um ensaio de topografia histórica”, Conimbriga, 47, 2008, Est. I. (2) Virgílio Hipólito Correia and Pedro Alarcão, “Conimbriga: Um ensaio de topografia histórica”, Conimbriga, 47, 2008, Est. II. (3) Virgílio Hipólito Correia and Pedro Alarcão, “Conimbriga: Um ensaio de topografia histórica”, op.cit., Est. III

(4) Virgílio Hipólito Correia and Pedro Alarcão, “Conimbriga: Um ensaio de topografia histórica”, op.cit., Est. V.

(5) Jorge de Alarcão and Robert Etienne, L’architecture (Fouilles de Conimbriga, I**), Paris, Diffusion E. de Boccard 1977, PL XI, PL XII, PL XXVI e PL XXVII. (6) Jorge de Alarcão, Robert Etienne and Jean-Claude Golvin, A maqueta do centro monumental flaviano. Conimbriga, Conimbriga, 1994, p. 38.

(7) Jorge de Alarcão, Robert Etienne and Jean-Claude Golvin, A maqueta do centro monumental flaviano. Conimbriga, op.cit., p. 42. (8) Virgílio Hipólito Correia and Pedro Alarcão, “Conimbriga: Um ensaio de topografia histórica”, op.cit., Est. IV.

Referências

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