• Nenhum resultado encontrado

PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE INDICADORES SOCIOECONÔMICOS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE INDICADORES SOCIOECONÔMICOS"

Copied!
87
0
0

Texto

(1)

PROGRAMA DE

MONITORAMENTO DE

INDICADORES

SOCIOECONÔMICOS

RELATÓRIO SEMESTRAL

SETEMBRO

2020

(2)

RESUMO EXECUTIVO

Dimensão Indicador Análise

Educação

Número de matrículas por etapa de ensino

Observou-se tendência histórica de queda, embora entre 2018 e 2019 as matrículas escolares tenham aumentado de 829 para 952 (ensino infantil), de 3.454 para 3.575 (ensino fundamental e diminuíram de 1.109 para 1.085 (ensino médio)

Déficit de vagas por etapa de ensino

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Aripuanã, no 1º semestre de 2020 haviam 954 crianças na Educação Infantil e 2.268 alunos no Ensino Fundamental.

A Pesquisa Socioeconômica por Amostra de Domicílio revelou que na primeira campanha 21% das crianças entre 0 e 5 anos frequentavam creche/pré-escola, e 20% na segunda campanha. Já entre as pessoas de 6 a 14 anos, a frequência às escolas era de 95% e 96%, respectivamente, entre as duas campanhas.

Média de alunos por turma

Apesar da tendência histórica de queda, entre 2018 e 2019 observou-se aumento de 13,1 para 13,5 alunos por turma (creche), de 19,6 para 20,6 alunos por turma (fundamental) e redução de 21,6 para 21,2 alunos por turma (ensino médio). A redução no número de escolas foi avaliada como hipótese explicativa para o aumento da média de alunos por turma.

Taxa de aprovação, reprovação e abandono por etapa de ensino

Em 2017, a taxa de aprovação no Ensino Médio (65%) foi significativamente menor se comparada aos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental (97% e 93%, respectivamente). Entre 2010 e 2017, a taxa de abandono escolar diminuiu de 1,1% para 0,1% no ensino fundamental (anos iniciais); de 2,4% para 1,6% no ensino fundamental (anos finais); de 29,3% para 15,3% no ensino médio

IDEB

Observou-se tendência de melhor desempenho escolar ao longo dos anos, aumentando de 4,1 para 5 entre 2011 e 2019. No entanto, não se alcançou a nota mínima de 6,0, valor superior à média estabelecida pelo MEC para o município.

Taxa de distorção idade série

A taxa de distorção Idade-série para o Ensino Fundamental reduziu de 11,9 para 11,4 entre 2018 e 2019. Já para o Ensino médio, a taxa de distorção idade-série, reduziu de 38,1 para 35,9 durante o mesmo período.

Adequação da formação docente

Notou-se o aumento consistente no quantitativo de docentes com formação superior de licenciatura (ou bacharelado com complementação pedagógica) na mesma área da disciplina que leciona e redução no quantitativo de docentes sem formação superior entre 2013 e 2019.

Taxa de alfabetização

A taxa de alfabetização diminuiu de 92,6% para 88,9% das pessoas de 15 anos ou mais entre as duas campanhas da Pesquisa Socioeconômica por Amostra de Domicílio.

Saúde

Número de internações por causa e local de residência

Em 2020, os principais motivos de internação hospitalar foram gravidez, parto e puerpério, doenças infecciosas e parasitárias, doenças do aparelho respiratório e lesões por causas externas.

Número de óbitos por causa

Entre 2008 e 2018, os principais motivos de óbito foram doenças do aparelho circulatório, causas externas de morbidade e mortalidade, doenças do aparelho respiratório e neoplasias.

Casos de doenças e endemias transmissíveis

A internação hospitalar por doenças infecciosas e parasitárias diminuiu de 224 para 198 entre 2018 e 2019. Já os casos de dengue aumentaram de 24 para 30 casos no mesmo período.

Percentual de cobertura do PSF em relação à população total

Em 2014, o PSF cobria cerca de 76% da população de Aripuanã. Registros da Secretaria Municipal de Saúde poderão atualizar o indicador, porém, não foram compartilhados até a data de fechamento do relatório.

Número de médicos por mil habitantes

Redução de 4,1 para 3,9 médicos por dez mil habitantes entre 2018 e 2020. O parâmetro de recomendação da RIPSA é de 10 médicos por dez mil habitantes. Número de leitos por mil

habitantes

Redução de 1,5 para 1,4 leitos por mil habitantes entre 2018 e 2020. O parâmetro de recomendação do Ministério da Saúde é de 3 a 5 leitos por mil habitantes.

Número de internações por local de internação e nível e complexidade

Entre 2018 e 2020 todas as internações foram feitas em caráter de atendimento de urgência. Observou-se redução de 1.073 para 913 entre 2018 e 2019. Até julho de 2020 foram registradas 276 internações.

(3)

Segurança

Número de crimes por tipo, natureza e local de ocorrência

Observou-se aumento de 6 para 19 vítimas em ocorrências criminais entre 2018 e 2019. Outubro de 2019 destaca-se pela ação da Polícia Federal no garimpo ilegal, responsabilizado nas investigações por impacto ambiental, aumento dos homicídios, tráfego de drogas, prostituição e outros crimes. Até agosto de 2020 foram registrados 13 homicídios, 103 furto e 22 roubos em Aripuanã.

A Pesquisa Socioeconômica por Amostra de Domicílio observou um aumento da percepção sobre a violência doméstica, de 8,3% para 16,9%, chamando a atenção para a segurança da mulher.

Conflitos culturais

A percepção sobre conflitos entre os moradores aumentou de 5,5% para 12,2% entre as duas campanhas da Pesquisa Socioeconômica por Amostra de Domicílio. Tornaram-se também mais frequente, conforme aumento da percepção de 47,4% para 57,1% dos moradores. Os motivos mais citados para os conflitos foram brigas entre vizinhos, violência sexual e/ou doméstica, furtos, roubos, tráfico de drogas, abuso de álcool e drogas, entre outros como, por exemplo, o garimpo.

Saneamento básico

Taxa de mortalidade infantil (TMI)

Apesar da tendência história de aumento observou-se diminuição da TMI de 27,6 para 2,7 óbitos infantis por mil nascidos vivos entre 2017 e 2018. Em 2019, a TMI registrada no município foi 2,8 óbitos infantis por mil nascidos vivos.

Percentual de residências com rede de distribuição de água

Em 2010, cerca de 60,2% dos domicílios possuíam abastecimento de água pela rede geral. A Pesquisa Socioeconômica por Amostra de Domicílio revelou aumento de 97,4% para 96,8% dos domicílios com acesso à rede geral de água entre as duas campanhas de monitoramento

Percentual de residências esgoto coletado e tratado

Em 2010, apenas 1,53% dos domicílios eram atendidos pela rede geral de esgoto ou pluvial. A fossa rudimentar era o destino mais comum para esgotamento dos dejetos. A Pesquisa Socioeconômica por Amostra de Domicílio revelou redução dos domicílios com fossa rudimentar de 99,1% para 90,7% entre as duas campanhas e aumento do uso de fossas sépticas, de 0,3% para 6,7%.

Percentual de esgoto tratado

Em 2018, cerca de 99% do volume total produzido de esgoto foi tratado, correspondendo a cerca de 26m³ ante 9,8m³ em 2014

Percentual de residências lixo coletado

Entre 2017 e 2018 houve queda da taxa de cobertura do serviço de coleta de resíduos sólidos de 87,0% para 84,5%. A Pesquisa Socioeconômica por Amostra de Domicílio revelou aumento da coleta na porta por serviço de limpeza de 69,9% para 72,75% entre as duas campanhas.

Habitação

Déficit habitacional Déficit habitacional foi calculado em 1.403 domicílios, sendo 70% na área urbana e 30% na área rural de Aripuanã.

Número de residências em áreas de risco e precárias

A Pesquisa Socioeconômica por Amostra de Domicílios apontou redução de 15 (4,3%) para 11 (3,2%) domicílios localizados em áreas sujeitas à inundação (Vila Operária) e/ou em áreas ocupadas em desacordo ao Plano Municipal de Desenvolvimento Urbano (Mangueiral, Três Poderes, Cidade Alta e Boa Esperança).

Emprego e renda

Taxa de desemprego

De acordo com a PNAD Contínua (IBGE), o Estado do Mato Grosso representou no primeiro trimestre de 2020 uma taxa de desocupação de 8,5% das pessoas de 14 anos ou mais. Considerando a mesma estimativa para Aripuanã/MT teríamos cerca de 1.493 pessoas desocupadas no município.

A Pesquisa Socioeconômica por Amostra de Domicílios revelou aumento de pessoas desempregadas de 4% para 6% entre as duas campanhas.

Empregos formais

Aumento do estoque de emprego formal em Aripuanã de 3.667 para 4.219 entre 2018 e 2020. A Pesquisa Socioeconômica por Amostra de Domicílios revelou aumento do percentual de empregos formais de 48,3% para 60,2% entre as duas campanhas.

Renda média do emprego formal e informal

Entre 2015 e 2019, o salário médio do trabalhador formal em Aripuanã aumentou de R$ 1.479, 39 para R$ 1.599,01, o que representou uma variação de 8,5% durante o período.

A Pesquisa Socioeconômica por Amostra de Domicílios revelou aumento da renda média mensal entre os trabalhadores formais, R$3.520,81 para R$ 6.690,46 e, também, entre os trabalhadores informais, de R$ 954,19 para R$ 5.041,59 entre as duas campanhas.

Empregos informais

De acordo com a PNAD Contínua (IBGE), o Estado do Mato Grosso representou no primeiro trimestre de 2020 uma taxa de informalidade de 39,8% da população de 14 anos ou mais. Considerando a mesma estimativa para

(4)

A Pesquisa Socioeconômica por Amostra de Domicílios revelou redução percentual de empregos informais, de 51,7% para 39,8% entre as duas campanhas.

Número de empresas por setor de atividade

Há tendência histórica de aumento de estabelecimentos formais no município. Projeta-se aumento de 469 para 562 estabelecimentos entre 2018 e 2020.

Finanças Públicas

Nível de investimento público

Em 2017 cerca de 90% das despesas eram custos operacionais, o que reflete numa capacidade limitada de investimentos. Segundo dados disponibilizados pela Secretaria Municipal de Finanças de Aripuanã, houve aumento das receitas do município em 2020.

Nível de endividamento público

Seguindo a tendência do período analisado, a Prefeitura Municipal de Aripuanã terminou o exercício de 2019 com superávit, ou seja, as receitas foram superiores às despesas. Em 2020, de acordo com as informações disponibilizadas pela Secretaria Municipal de Finanças, a dívida consolidada do município era menor que a disponibilidade em caixa, havendo, portanto, uma redução do endividamento.

Evolução da receita

Entre 2018 e 2019 houve aumento de R$ 5,6 milhões para R$ 15,5 milhões das receitas tributárias do município. Dados parciais da Secretaria Municipal de Finanças de Aripuanã, evidenciaram aumento das receitas tributárias para R$ 16,4 milhões em 2020.

Despesa por função Historicamente o aumento de gastos com educação e saúde são destaques, tendo crescimento de 10% da despesa com saúde entre de 2018 e 2019.

Vulnerabilidade Social

Número de grávidas adolescentes

Apesar da redução em números absolutos, observa-se um aumento percentual nos últimos dois anos das internações hospitalares de jovens grávidas ou parturientes. A Pesquisa Socioeconômica por Amostra de Domicílios revelou 9 gestantes na 1ª campanha, sendo 2 adolescentes. Na 2ª campanha foram entrevistadas 8 gestantes, sendo nenhuma delas menores de 19 anos.

Atendimentos por tipo no Conselho Tutelar, CRAS e CREAS

Entre 2018 e 2019 aumentou de 901 para 1.120 pessoas atendidas no CRAS e de 13 para 32 pessoas atendidas no CREAS. A Pesquisa Socioeconômica por Amostra de Domicílio revelou aumento de 14 para 32 pessoas atendidas pelo CRAS e aumento de 2 para 3 pessoas atendidas pelo CREAS entre as duas campanhas.

População extremamente pobre

A Pesquisa Socioeconômica por Amostra de Domicílio revelou redução da pobreza extrema de 5,2% para 3,2%, considerando os domicílios com renda per capita até ¼ salário-mínimo entre as duas campanhas.

População pobre

A Pesquisa Socioeconômica por Amostra de Domicílio revelou redução da pobreza de 9,3% para 8,7%, considerando os domicílios com renda per capita até ½ salário-mínimo entre as duas campanhas.

Número de famílias no Cadastro Único

Aumento de 2.965 para 3.025 de famílias no Cadastro Único entre dezembro de 2019 e junho de 2020.

Número de famílias beneficiadas pelo programa Bolsa Família

Apesar da tendência histórica de redução, observou-se aumento de 1.049 para 1.155 famílias beneficiárias pelo Programa Bolsa Família entre 2019 e 2020

Variação mensal do preço da cesta básica no município (amostral)

A Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos em Estabelecimentos Econômicos revelou aumentou de R$ 451,98 para R$ 560,28 entre setembro de 2019 e setembro de 2020, representando um crescimento de 24% durante o período.

Custo dos imóveis e aluguel

Pode-se observar que os negócios fechados nas imobiliárias locais estão restritos aos bairros Cidade Alta e Centro. Na Cidade Alta, foram apresentados valores de aluguel entre R$800,00 e R$1.500,00 para Casa no 1º semestre de 2019. Já no 2º semestre do mesmo ano, foi apresentado para o bairro um valor de R$2.700,00 para o tipo de imóvel Casa. A atualização apresentada no 1º semestre 2020 para a Cidade Alta e mesmo tipo de imóvel foi de R$2.549,00. Já no 2º semestre de 2020 foram apresentadas 3 casas em local urbano com valor de aluguel entre R$2.500,00 e R$2.700,00, uma casa com valor de aluguel de R$1.000,00 e uma de R$3.700,00. Também em local urbano foram atualizadas vendas de casas nos valores entre R$150.000,00 e R$130.000,00.

(5)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Linha do tempo com principais marcos do Projeto Aripuanã ... 14

Figura 2. Delimitação das áreas de influência do Projeto Aripuanã ... 17

Figura 3. Pontos georreferenciados captados a partir das pesquisas domiciliares realizadas em Aripuanã ... 22

Figura 4. Entrevistas domiciliares: Aripuanã – 2020 ... 22

Figura 5. Coleta de preço dos produtos da cesta básica de alimentos: Aripuanã – 2020 (set.) ... 23

Figura 6. Locais de coleta do preço dos alimentos da cesta básica: Aripuanã (sede urbana)- 2019/2020 ... 24

Figura 7. População residente por setor censitário: Aripuanã – 2010 ... 28

Figura 8. Estoque de migrantes por UF de nascimento: Aripuanã - 2010 ... 29

Figura 9. Domicílios com renda per capita até ¼ SM (pobreza extrema): Aripuanã – 2010 ... 51

Figura 10. Percentual de domicílios com abastecimento de água pela rede geral: Aripuanã - 2010 ... 56

Figura 11. Percentual de domicílios com esgoto coletado pela rede geral: Aripuanã - 2010 ... 58

Figura 12. Percentual de domicílios com lixo coletado: Aripuanã - 2010 ... 59

Figura 13. Índice de Desenvolvimento da Família (IDF): Aripuanã (sede urbana) – 2020 ... 71

Figura 14. Famílias beneficiárias de programas sociais: Aripuanã (sede urbana) - 2020 ... 72

Figura 15. Domicílios situados em áreas de risco ou ocupados de forma irregular: Aripuanã (sede urbana)- 2020 ... 75

Figura 16. Formas de abastecimento de água: Aripuanã (sede urbana) – 2020 ... 76

Figura 17. Formas de escoamento dos dejetos: Aripuanã (sede urbana) – 2020 (jan./set.) ... 77

(6)

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1. População residente: Aripuanã – 2010/2020 ... 25

Gráfico 2. População por sexo e idade: Aripuanã – 2010/2020 ... 26

Gráfico 3. Contratações locais e externas previstas do Projeto Aripuanã – 2018 (abr.) / 2020(dez.) .. 30

Gráfico 4. Movimentação de emprego (admitidos, desligados e saldo): Aripuanã – 2010/2019 ... 32

Gráfico 5. Movimentação de emprego (admitidos, desligados e saldo): Aripuanã – 2020 (jan./jun.) . 33 Gráfico 6. Valores do auxílio emergencial: Aripuanã – 2020 (mai./jun.) ... 34

Gráfico 7. Produto Interno Bruto a preços correntes (Mil Reais): Aripuanã – 2002/2020 ... 35

Gráfico 8. Valor adicionado por setor da economia (Mil Reais): Aripuanã – 2002/2020 ... 36

Gráfico 9. Despesas por função: Aripuanã – 2014/2019 ... 39

Gráfico 10. Superávit orçamentário (despesa corrente/receita corrente): Aripuanã- 2015/2019 ... 39

Gráfico 11. Número de matrículas por etapa de ensino: Aripuanã – 2010/2019 ... 40

Gráfico 12. Equipes de Saúde da Família por cem mil habitantes: Aripuanã – 2011/2020 ... 42

Gráfico 13. Número de médicos por dez mil habitantes: Aripuanã – 2011/2020 ... 42

Gráfico 14. Taxa de mortalidade infantil: Aripuanã – 2011/2020 ... 43

Gráfico 15. Atendimento ambulatorial por habitantes: Aripuanã – 2011/2020 ... 43

Gráfico 16. Internação hospitalar por mil habitante: Aripuanã – 2011/2020 ... 44

Gráfico 17. Casos confirmados por cem mil habitantes: Aripuanã – 2020 (abr./ago.) ... 45

Gráfico 18. Letalidade (óbitos / casos ): Aripuanã – 2020 (abr./ago.) ... 46

Gráfico 19. Casos recuperados: Aripuanã – 2020 (mai./ago.) ... 46

Gráfico 20. Número de leitos por mil habitantes: Aripuanã – 2011/2020 ... 46

Gráfico 21. Número de respiradores/ventiladores existentes e grau de utilização: Juína/MT e Cuiabá/MT – 2020 ... 47

(7)

Gráfico 24. Taxa de homicídio (óbitos por agressão por cem mil habitantes): Aripuanã – 2010/2020 48

Gráfico 25. Número de famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa Família: Aripuanã – 2010/2020 .. 49

Gráfico 26. Internação hospitalar por gravidez, parto e puerpério por faixa etária: Aripuanã – 2014/2020 ... 52

Gráfico 27. Mulheres vítimas de violência intrafamiliar (física, psicológica ou sexual): Aripuanã – 2012/2019 ... 54

Gráfico 28. Internação hospitalar por acidente de transporte: Aripuanã – 2010/2019 ... 61

Gráfico 29. Óbitos por acidente de transporte: Aripuanã – 2010/2018 ... 61

Gráfico 30. Composição por sexo e idade (pirâmide etária): Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 62

Gráfico 31. Estoque de migrantes por Unidade Federativa de nascimento: Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 63

Gráfico 32. Setor de atividade da ocupação principal: Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 65

Gráfico 33. Local de trabalho: Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 66

Gráfico 34. Escolaridade: Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 67

Gráfico 35. Local de estudo: Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 68

Gráfico 36. Pessoas com deficiência: Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 69

Gráfico 37. Índice de Desenvolvimento da Família (IDF): Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 70

Gráfico 38. Frequência dos conflitos entre moradores: Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 73

Gráfico 39. Mudanças positivas do Projeto Aripuanã: Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 79

Gráfico 40. Mudanças negativas do Projeto Aripuanã: Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 80

(8)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Datas de protocolo e datas de respostas das instituições ... 20

Tabela 2. Estoque de emprego formal por setor de atividade: Aripuanã – 2015/2020 ... 31

Tabela 3. Salário médio do emprego formal por setor de atividade - 2015/2019 ... 33

Tabela 4. Salário médio por escolaridade do emprego formal – 2015/2019 ... 34

Tabela 5. Estabelecimentos formais por setor econômico: Aripuanã – 2010/2020 ... 36

Tabela 6. Preço da terra por tipo de atividade: Aripuanã – 2017/2019 ... 37

Tabela 7. Preço do aluguel de imóveis: Aripuanã – 2019/2020 ... 37

Tabela 8. Receita tributária: Aripuanã – 2013/2020 ... 38

Tabela 9. Composição das transferências correntes: Aripuanã – 2014/2020 ... 38

Tabela 10. Média de alunos por turma por etapa de ensino: Aripuanã – 2010/2019... 41

Tabela 11. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica: Aripuanã – 2005/2019 ... 41

Tabela 12. Internação hospitalar por classificação da doença: Aripuanã – 2011/2020 ... 45

Tabela 14. Pessoas atendidas pelo serviço da assistência social: Aripuanã – 2014/2019 ... 49

Tabela 15. Indicadores sobre a rede de abastecimento de água: Aripuanã -2014/2018 ... 57

Tabela 16. Indicadores sobre rede de esgoto: Aripuanã -2014/2018... 57

Tabela 17. Indicadores sobre resíduos sólidos: Aripuanã – 2014/2018 ... 57

Tabela 18. Ranking da universalização do saneamento: Aripuanã, Juína e Cuiabá - 2019 ... 60

Tabela 19. Tipos de veículos emplacados: Aripuanã – 2010/2020 ... 61

Tabela 20, Situação ocupacional principal: Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 64

Tabela 21. Salário médio do trabalhador formal e informal: Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 64

Tabela 22. Escolaridade do emprego formal e informal: Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 65

Tabela 23. Renda per capita por faixas de salário-mínimo: Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 66

(9)

Tabela 25. Taxa de alfabetização das pessoas com 15 anos ou mais de idade: Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 68 Tabela 26. Mulheres gestantes e lactantes: Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 68 Tabela 27. Pessoas com tratamento de saúde contínuo e pessoas com emergência médica no último ano: Aripuanã (sede urbana) – 2019/2010 ... 69 Tabela 28. Pessoas atendidas CRAS e CREAS: Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 70 Tabela 29. Conflitos entre moradores: Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 73 Tabela 30. Motivos dos conflitos (brigas, desentendimentos e/ou violência): Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020 ... 73 Tabela 31. Acesso à energia elétrica: Aripuanã (sede urbana) – 2019/2020... 74 Tabela 32. Valores médios apurados por tipos de produtos: Aripuanã – 2019 (set.)/2020 (jun.) ... 82

(10)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ATLAS BRASIL - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil DATASUS - Banco de dados do Sistema Único de Saúde DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito

DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral

EIA / RIMA – Estudo de Impacto Ambiental / Relatório de Impacto Ambiental IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional MS - Ministério da Saúde

MTE/CAGED - Ministério do Trabalho e Emprego - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados MTE/RAIS - Ministério do Trabalho e Emprego - Relação Anual de Informações Sociais

PCA – Plano de Controle Ambiental

PMIS – Programa de Monitoramento de Indicadores Socioeconômicos PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

RENAVAN - Sistema de Registro Nacional de Veículos Automotores SEMA/MT – Secretaria Estadual de Meio Ambiente / Mato Grosso SIH/SUS - Sistema de Informações Hospitalares / Sistema Único de Saúde SIM - Sistema de Informações sobre Mortalidade

SISP - Sistema Integrado de Segurança Pública STN - Secretaria do Tesouro Nacional

SVS - Secretária de Vigilância em Saúde

(11)

SUMÁRIO

1

INTRODUÇÃO ... 13

2

EXECUÇÃO DO PROGRAMA ... 15

2.1 OBJETIVO ... 15

2.2 DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO PROJETO ARIPUANÃ ... 15

2.3 ASPECTOS METODOLÓGICOS ... 18

2.3.1 ESTATÍSTICAS OFICIAIS EM FONTES SECUNDÁRIAS... 18

2.3.2 REGISTROS PÚBLICOS DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS E ESTADUAIS ... 20

2.3.3 DADOS INTERNOS DA NEXA ... 20

2.3.4 PESQUISA SOCIOECONÔMICA POR AMOSTRA DE DOMICÍLIO ... 21

2.3.5 PESQUISA DE PREÇO DA CESTA BÁSICA DE ALIMENTOS EM ESTABELECIMENTOS ECONÔMICOS .. ... 22

2.4 RESULTADOS PRELIMINARES ... 25

2.4.1 ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA ... 25

2.4.1.1 Dinâmica populacional ... 25 2.4.1.2 Emprego e renda ... 30 2.4.1.3 Economia local ... 35 2.4.1.3.1 Finanças públicas ... 38 2.4.1.4 Serviços básicos ... 40 2.4.1.4.1 Educação ... 40 2.4.1.4.2 Saúde ... 41 2.4.1.4.2.1 Pandemia COVID-19 ... 45 2.4.1.4.3 Segurança ... 47 2.4.1.4.4 Assistência social ... 49 2.4.1.5 Infraestrutura urbana ... 54 2.4.1.5.1 Fluxo de veículos ... 60

2.4.2 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA ... 62

2.4.2.1 Comparação entre as campanhas da pesquisa domiciliar ... 62

2.4.2.1.1 Perfil dos moradores ... 62

2.4.2.1.2 Emprego e renda ... 64

2.4.2.1.3 Educação ... 66

2.4.2.1.4 Saúde ... 68

(12)

2.4.2.1.7 Infraestrutura urbana ... 74

2.4.2.1.8 Percepção sobre o projeto ... 79

2.4.2.2 Custo da alimentação básica ... 80

3

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 83

4

REFERÊNCIAS ... 84

ANEXOS ... 86

(13)

1 INTRODUÇÃO

O Programa de Monitoramento de Indicadores Socioeconômico (PMIS) antecipou a entrega do terceiro relatório semestral, previsto na execução do Plano de Controle Ambiental (PCA), em atendimento às condicionantes ambientais da Licença de Instalação, emitida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA/MT) em dezembro de 2018. Nessa edição do relatório foram atualizados os indicadores disponíveis nas fontes secundárias e incorporados os resultados da pesquisa domiciliar. A linha do tempo representada na Figura 1 foi atualizada conforme o andamento das obras. Deve-se considerar que o Estudo de Impacto Ambiental / Relatório de Impacto Ambiental (EIA / RIMA) foi protocolado em maio de 2014 na Secretaria de Estado de Meio de Ambiente do Estado de Mato Grosso (SEMA-MT). As audiências públicas ocorreram no ano seguinte, com objetivo de apresentar o diagnóstico e os impactos potenciais, positivos e negativos, nas fases de implantação e operação do empreendimento. Em 2018, obteve-se a Licença Prévia. Para atender as condicionantes ambientais, apresentou-se o Plano de Controle Ambiental (PCA), documento que detalha os planos e os programas de controle, mitigação e monitoramento dos impactos identificados na fase de diagnóstico. A Licença de Instalação foi obtida em dezembro do mesmo ano, permitindo em 2019 o início das obras de terraplanagem, infraestrutura, desenvolvimento da mina e túneis de acesso. Para fornecimento de energia foi construída uma linha de transmissão independente ao sistema da cidade. De acordo com o site da Nexa, ainda em 2020 serão feitas as montagens de equipamentos para britagem, moagem, flotação, espessamento e filtragem. O início da operação foi projetado para 2021, através da extração e beneficiamento de zinco, cobre e chumbo.

Este documento foi organizado na seguinte estrutura: a introdução apresentou a caracterização do empreendimento e as informações relevantes sobre o processo de licenciamento ambiental. Dentro do capítulo de execução do programa, o item objetivo revelou o propósito do programa em acompanhar a evolução da dinâmica socioeconômica do município, prever as alterações indesejadas e identificar seus elementos causadores. O tópico seguinte delimitou as áreas de influência do Projeto Aripuanã, onde incidem os impactos diretos e indiretos previstos para fase de instalação. As fontes de dados foram detalhadas nos aspectos metodológicos e, em seguida, foram apresentados os resultados preliminares obtidos após o término da segunda campanha da pesquisa socioeconômica. Foram comparados os dois momentos da pesquisa por amostra de domicílios, totalizando 690 entrevistas na sede urbana, 1.884 pesquisas de preço da cesta básica em estabelecimentos econômicos, registros obtidos através da resposta de 08 ofícios das Secretarias Municipais da Prefeitura de Aripuanã, informações internas da Nexa e dados secundários coletados em 20 fontes estatísticas oficiais. O último capítulo apresentou as considerações finais para sintetizar os principais impactos identificados no território desde o início do monitoramento.

(14)

Figura 1. Linha do tempo com principais marcos do Projeto Aripuanã

(15)

2 EXECUÇÃO DO PROGRAMA

2.1

Objetivo

Conforme está definido no Plano de Controle Ambiental (PCA), o objetivo geral do Programa de Monitoramento de Indicadores Socioeconômicos (PMIS) é de “acompanhar a evolução da dinâmica socioeconômica do município de Aripuanã através da elaboração de relatórios periódicos, de modo a constar e na medida do possível prever alterações indesejadas na evolução do quadro socioeconômico local e apresentando seus elementos causadores e as medidas necessárias” (SETE, 2018, p.831). Teve-se, portanto, o desafio de monitorar indicadores que retrataram de maneira fidedigna as condições de infraestrutura e serviços públicos, geração de emprego e renda e o quadro de vulnerabilidade social, de forma a identificar desvios que comprometam a trajetória futura de desenvolvimento econômico e social de Aripuanã.

São os objetivos específicos do PMIS:

 Manter a relação entre impacto e mitigação lastreada na matriz de impactos do EIA/RIMA;

 Monitorar os indicadores primários e secundários indicados no PCA durante toda a fase de implantação e nos três primeiros anos de operação;

 Divulgar os resultados do monitoramento de modo a apoiar a tomada de decisão quanto as ações potencializadoras das mudanças positivas e às ações de controle, mitigação e correção dos efeitos negativos;

 Atender às ações, cronogramas e públicos envolvidos previstos no Programa.

2.2

Delimitação da área de influência do Projeto

Aripuanã

De acordo com o Estudo de Impacto Ambiental (MINERAÇÃO DARDANELOS, 2017), para os estudos do Meio Socioeconômico, as Áreas de Influência Direta (AID) e Área de Influência Indireta (AII) foram consideradas, respectivamente, a sede urbana de Aripuanã e todo o território do município1. A Área Diretamente Afetada (ADA) pelo empreendimento ficou restrita às proximidades do projeto, incluindo as seguintes estruturas: duas minas subterrâneas; planta de beneficiamento; dois depósitos de estéril; quatro pilhas de rejeito secos; depósito de madeira; Pond de água industrial recuperada; barragem de água; paiol de explosivo e acessórios; depósito de top-soil; e estradas e vias de acesso.

1 Destaca-se que para o Meio Socioeconômico foi necessário adotar áreas de influência distintas daquelas para os Meios

Físico e Biótico, tendo em vista as especificidades relacionadas aos temas. De acordo com EIA / RIMA, as microbacias e bacias hidrográficas desenvolvidas a partir dos conjuntos de morros que forma essa serra foram consideradas como critério fundamental na definição das áreas de influência do empreendimento, como também a abrangência das intervenções de superfície e subsuperfície.

(16)

A Figura 2 demonstra o município de Aripuanã dentro do estado de Mato Grosso, as divisas municipais e estaduais, as principais rodovias de acesso e alguns corpos d’água. O Projeto Aripuanã encontra-se a aproximadamente 25km a noroeste da cidade de Aripuanã, município que se situa na porção noroeste do Estado de Mato Grosso e do Brasil. Aripuanã pode ser acessado por 935 km de rodovia pavimentada e de terra de Cuiabá, capital Matogrossense.

(17)

Figura 2. Delimitação das áreas de influência do Projeto Aripuanã

(18)

2.3

Aspectos metodológicos

Foi-se o tempo em que gestores públicos e administradores privados podiam tomar decisões sem aferir os impactos causados às coletividades que governam ou influenciam. Hoje, é quase obrigatória a referência a indicadores de situação, de impacto e de resultado para que se propague programas ou as atividades efetivadas.

Um indicador social é uma medida, em geral, quantitativa, dotada de significado social substantivo, usado para substituir, quantificar ou operacionalizar um conceito social abstrato, de interesse teórico (para pesquisa acadêmica) ou programático (para formulação de políticas). É um recurso metodológico, empiricamente referido, que informa algo sobre um aspecto da realidade social ou sobre mudanças que estão se processando na mesma

(JANNUZZI, 2012, p.21).

De acordo com Vila e Ornstein (2013), os indicadores, ao mesmo tempo, são sinalizadores de processos, resultados e impactos relativos a uma ação planejada. Podem ser concebidos a partir de parâmetros, padrões e concepções expostas no projeto e plano de ação, conforme os objetivos e estratégias de condução do projeto. Nesse sentido, os itens a seguir reuniram as fontes de informação utilizadas pelo PMIS para mensurar, controlar e monitorar os impactos previstos para as fases de implantação do Projeto Aripuanã, a saber:

 Potencial aumento de déficit habitacional;

 Geração de emprego e renda;

Geração de oportunidade de novos negócios;  Aumento da arrecadação de impostos;

 Aumento das demandas sobre os serviços sociais básicos;

 Potencial aumento da incidência das endemias, transmitidas por insetos e vetores;

 Potencial aumento da prostituição, violência e consumo de drogas e conflitos socioculturais;

Geração de incômodos e exposição da população a risco de acidentes de tráfego de veículos.

2.3.1 Estatísticas oficiais em fontes secundárias

A coleta e sistematização de dados secundários foi uma atividade de constante atualização, conforme o calendário de divulgação das fontes estatísticas oficiais. O acúmulo de conhecimento sobre o território através da leitura de indicadores socioeconômicos permitiu uma avaliação sobre os possíveis impactos do empreendimento e o surgimento de novas temáticas de análise, a saber: Dinâmica populacional; Emprego e renda; Economia local; Serviços básicos (educação, saúde, segurança e assistência social); Infraestrutura urbana (saneamento básico e fluxo de veículos).

(19)

As principais fontes consultadas para o monitoramento foram:

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): o Censo Demográfico;

o Censo Agropecuário;

o Sistema de Contas Nacionais e Regionais;

o Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD).

Ministério da Economia:

o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED); o Relação Anual de Informações Sociais (RAIS);

o Sistema de informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (SICONFI).

Ministério de Educação:

o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

Ministério da Saúde:

o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC); o Sistema de informações sobre Mortalidade (SIM); o Sistema de Informação Hospitalar (SIH);

o Sistema de Informação Ambulatorial (SIA); o Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB); o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

Ministério de Desenvolvimento Regional:

o Sistema Nacional de Informação Sobre Saneamento (SNIS).

Ministério de Infraestrutura:

o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN).

Ministério da Cidadania:

o Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico); o Visualizador de dados sociais (VISDATA).

Ministério da Justiça e Segurança Pública:

o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas (SINESP);

(20)

2.3.2 Registros públicos das Secretarias Municipais e Estaduais

Para atualizar a série histórica das estatísticas oficiais em fontes secundárias, a Nexa solicitou formalmente os registros públicos da Prefeitura Municipal de Aripuanã e das Secretarias do Estado de Mato Grosso, conforme as datas dos ofícios protocolados na tabela abaixo. As informações recebidas foram analisadas e incorporadas no capítulo de resultados preliminares. Observa-se, porém, que nem todos os registros municipais foram compartilhados, impossibilitando análise de dados mais recentes.

Tabela 1. Datas de protocolo e datas de respostas das instituições

Instituição Data do I º ofício protocolado resposta Data da Data do 2º ofício protocolado resposta Data da

Secretaria Municipal de Administração 14/08/2019

Secretaria Municipal de Assistência Social 14/08/2019 25/08/2020 Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural 14/08/2019 25/08/2020

Secretaria Municipal de Educação 16/07/2020 06/08/2019 14/08/2020 18/08/2020 Secretaria Municipal de Finanças 14/08/2019 13/09/2019 25/08/2020 09/09/2020 Secretaria Municipal de Governo e Planejamento 14/08/2019

Secretaria Municipal de Infraestrutura 14/08/2019 Secretaria Municipal de Meio Ambiente Turismo

Industria e Comercio 14/08/2019

Secretaria Municipal de Saúde 16/08/2019 07/08/2020 25/08/2020 Polícia Judiciaria Civil de Aripuanã 14/08/2019 25/09/2019

Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso 13/12/2019 10/02/2020 14/08/2020 Imobiliária Amazônia Imóveis 08/11/2019 24/08/2020 Imobiliária Aripuanã 08/11/2019 29/11/2019

Fonte: Nexa, 2020 (elaboração Synergia Consultoria, 2020).

2.3.3 Dados internos da Nexa

Fontes alternativas de informações foram incorporadas ao monitoramento socioeconômico, visando contornar eventuais lacunas temáticas, diante da falta do retorno dos órgãos públicos. Foram solicitados, portanto, dados internos da Nexa, junto às áreas responsáveis, visando maior aproximação dos impactos causados pelo Projeto Aripuanã.

A área de Desenvolvimento Humano Organizacional (DHO), da Nexa, concedeu dados sobre as contratações diretas e terceiras (histograma de mão de obra), o que permitiu avaliar o impacto positivo na empregabilidade do município. Mediante o benefício oferecido pela empresa para custear as despesas de moradia de seus funcionários (denominado “facilities”) foi possível obter fonte alternativa para o indicador sobre custo do aluguel e venda dos imóveis na sede urbana de Aripuanã2;

2 Observou-se nos relatórios anteriores que as imobiliárias locais nem sempre dispõem de dados organizados sobre as transações formais de

(21)

A área de Suprimentos ofereceu dados sobre as compras locais realizadas pela Nexa, de modo a complementar as estatísticas oficiais sobre economia local. A análise da informação permitiu uma avaliação sobre o impacto do empreendimento na dinamização da economia.

2.3.4 Pesquisa socioeconômica por amostra de domicílio

A pesquisa socioeconômica por amostra de domicílios foi realizada em campanhas semestrais nos bairros da sede urbana de Aripuanã (Boa Esperança , Centro, Cidade Alta, Mangueiral, Jardim Paraná, Jardim Planalto, Parque São Domingues, Três Poderes, Vila Nova e Vila Operária).

O plano amostral foi fundamentado em critérios estatísticos: 5% de margem de erro e 95% de intervalo de confiança, através do método de amostragem aleatória simples, resultando em 345 pesquisas domiciliares para cada campanha. O tamanho amostral foi distribuído proporcionalmente ao número de domicílios particulares permanentes dos setores censitários do último Censo (IBGE, 2010).

A primeira campanha ocorreu entre 25/09/2019 a 10/12/2019, contemplando 345 domicílios, 385 núcleos familiares e 990 pessoas. Os resultados foram analisados no primeiro relatório semestral em janeiro de 2020. O segundo momento ocorreu entre 08/06/2020 e 09/09/2020, registrando 345 domicílios, 351 núcleos familiares e 748 pessoas. Em média, a entrevista durou 30 minutos, considerado uma família com três ou quatro moradores.

Os desafios enfrentados durante as duas campanhas foram destacados abaixo:

Dificuldade de acesso: As estradas tinham condições ruins de tráfego; pontes quebradas e desvios longos para trechos interditados (até 20 km de distância);

Receptividade dos moradores: Durante o período de enfrentamento à pandemia de COVID-19 algumas famílias questionaram a pertinência do momento da entrevista;

Recusa de respostas: Especificamente questões relacionadas à renda, observou-se uma taxa alta de “não respostas”, demonstrando receio ou falta de confiança necessária da família para declarar informações sensíveis, tais como salário, aposentadoria, pensão, benefícios sociais, auxílio emergencial, entre outros.

Por meio do Sistema de Inteligência Socioambiental (SIS) - desenvolvido pela Synergia, consultoria que executou as referidas pesquisas e gerenciamento do PMIS - monitorou-se o avanço das pesquisas domiciliares, representadas por ícones na figura abaixo. Todos os dados foram coletados por dispositivos móveis (tablet), sem depender do acesso à internet. Diariamente, as informações foram sincronizadas com o servidor central, possibilitando a extração da base de dados e o saneamento das informações (análise de consistência e crítica dos dados). Dessa forma, erros inerentes a qualquer processo de pesquisa foram prontamente apontados e as informações corrigidas pelos pesquisadores locais.

(22)

Figura 3. Pontos georreferenciados captados a partir das pesquisas domiciliares realizadas em Aripuanã

Fonte: Sistema de Inteligência Socioambiental (SIS) - Synergia Consultoria, 2020.

Figura 4. Entrevistas domiciliares: Aripuanã – 2020

Fonte: Synergia Consultoria, 2020.

2.3.5 Pesquisa de preço da cesta básica de alimentos em

estabelecimentos econômicos

A coleta de dados da pesquisa de preço da cesta básica de alimentos foi realizada mensalmente e os resultados foram analisados em boletins trimestrais. A pesquisa teve por objetivo mensurar as alterações no custo de vida da população através do consumo do conjunto de treze alimentos considerados essenciais para alimentação básica, conforme Decreto Lei Nº 399 (30/04/1938).

(23)

Entre 06/09/2019 e 04/09/2020 foram registrados os preços de 1.884 alimentos, mediante a observação do valor nas etiquetas dos produtos em mercados, padarias, açougues e feiras, totalizando onze estabelecimentos comerciais localizados na Figura 6.

O calendário de coleta orientou que o levantamento fosse realizado sempre no mesmo dia da semana e na mesma semana do mês, garantindo que as variações de valores refletissem variações da inflação ou deflação, e não políticas de marketing (ofertas, liquidações, promoções, descontos etc.).

A Figura 5 evidencia o momento da coleta de preço no mês de setembro. Na parte superior, observa-se o Comercial Boa Esperança (à esquerda) e Supermercado Rosobserva-seto (à direita). Já na parte inferior, observa-se a Feira do Produtor Rural (à esquerda) e Real Supermercados (à direita). Deve-se ressaltar que não existiu durante a coleta de dados qualquer interação entre o pesquisador, funcionário ou cliente do estabelecimento comercial, respeitando as orientações do Ministério da Saúde e da Nexa para combate à pandemia COVID, evitando locais de aglomeração e mantendo distanciamento social.

Figura 5. Coleta de preço dos produtos da cesta básica de alimentos: Aripuanã – 2020 (set.)

(24)

Figura 6. Locais de coleta do preço dos alimentos da cesta básica: Aripuanã (sede urbana)- 2019/2020

(25)

2.4

Resultados preliminares

A seguir encontram-se os resultados acumulados desde junho de 2019 até setembro de 2020, da Área de Influência Indireta (AII), que corresponde ao município de Aripuanã, e da Área de Influência Direta (AID), que corresponde a sede urbana do município.

2.4.1 Área de influência Indireta

Este tópico apresentou uma leitura do município de Aripuanã por meio de dados secundários. Os indicadores selecionados demonstram as principais características socioeconômicas relacionadas aos impactos indicados na fase de diagnóstico do licenciamento para a Área de Influência Indireta do Projeto Aripuanã.

2.4.1.1 Dinâmica populacional

Considera-se a população um elemento fundamental na determinação das demandas por serviços públicos de educação e saúde, assistência social, insumos básicos, habitação etc. Nesse sentido, os processos migratórios no entorno das áreas de implantação de empreendimentos podem trazer sobrecargas aos sistemas públicos dos serviços mencionados acima.

A população é dimensionada pelo IBGE nos Censos Demográficos e na Contagem Populacional nos municípios de até 170 mil habitantes. Em 2020, estimou-se 22.714 habitantes em Aripuanã (IBGE, 2020). A taxa de crescimento na última década foi de 1,99% a.a., ritmo de crescimento superior ao município vizinho, Juína, que durante o mesmo período cresceu em média 0,46% a.a. Esperava-se que a realização do Censo 2020, adiado pela pandemia de COVID-19, apontasse o tamanho populacional de Aripuanã, equalizando as estimativas populacionais, tendo em vista que esses cálculos impactam nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Gráfico 1. População residente: Aripuanã – 2010/2020

Fonte: IBGE/Censo Demográfico, 2010; IBGE/Estimativa da População, 2011-2020 (Elaboração Synergia).

19.006 19.344 19.919 20.293 20.657

21.011 21.357 21.987 22.354 22.714

(26)

No que se refere à composição da população por sexo e idade, pode-se inferir que o processo de transição demográfica foi iniciado há trinta anos, evidenciando fenômenos como o envelhecimento populacional, resultante da diminuição dos índices de mortalidade e natalidade. Na medida em que se estreita a base da pirâmide etária, as coortes (gerações) mais numerosas da população passam a atingir idades mais avançadas. Embora a projeção dos grupos de idade para 2020 sugira que o município vive um período denominado “janela de oportunidades”, momento em que há um acúmulo de maior número de pessoas em idade ativa e menor proporção de idosos e crianças, diminuindo assim a razão de dependência econômica. Nota-se que já há redução da base da pirâmide, isto é da população jovem e, consequentemente, aumento da população idosa.

A população Aripuanã é majoritariamente masculina, embora tenha sido notado o aumento de mulheres no município, já que o indicador razão de sexo diminuiu de 117 para 104 homens para cada cem mulheres entre 2010 e 2020. Em contextos rurais, os empregos são tradicionalmente ocupados por homens, porém, junto com a urbanização observou-se maior equilíbrio entre homens e mulheres.

Gráfico 2. População por sexo e idade: Aripuanã – 2010/2020

Fonte: IBGE/Censo Demográfico, 2010; Synergia/Estimativa da População, 2020 (Elaboração Synergia).

A Figura 7 apresenta a distribuição da população residente nos setores censitários do município, de acordo com o Censo Demográfico 2010 (IBGE). Na sede do município, bairros como Jardim Paraná, Jardim Planalto e Vila Operária concentram o maior número de moradores, tendo como eixo central de ocupação a rodovia MT-208. Em 2010, cerca de 63% da população aripuanense residia em setores urbanos, restando pouco mais de um terço dos moradores nas áreas rurais, o que confirma a constatação de um vasto território de menor concentração de pessoas. Fora da sede urbana, observa-se a concentração de pessoas nas proximidades das rodovias MT-208 e MT-420, onde observa-se encontram as localidades de Medalha Milagrosa e Vale do Sonho, respectivamente. Outras localidades mais distantes da sede municipal encontram-se ao longo de outras rodovias, como Conselvan (MT-313), Trivelato, Cidade Morena e Araçatuba (MT-183) e Lontra (MT-311).

1500 1000 500 0 500 1000 1500 0 a 4 anos 5 a 9 anos 10 a 14 anos 15 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 34 anos 35 a 39 anos 40 a 44 anos 45 a 49 anos 50 a 54 anos 55 a 59 anos 60 a 64 anos 65 a 69 anos 70 a 74 anos 75 a 79 anos 80 a 84 anos 85 a 89 anos 90 anos ou mais 2010 2020

(27)

No que se refere aos processos migratórios, Aripuanã contava, em 2010, com um estoque de migrantes não naturais do estado de Mato Grosso de 47,5% da população residente no município, sendo Paraná, Rondônia, São Paulo e Minas Gerais os principais locais de origem desses migrantes (Figura 8). Embora este possa ser considerado um percentual alto, por comparação, em 2020, 70% dos moradores de Aripuanã eram migrantes de fora do estado e apenas 30% de sua população não natural era proveniente do estado do Mato Grosso. A definição considera como migrante todo morador não natural do município, independente da data do deslocamento ou tempo de residência no município.

(28)

Figura 7. População residente por setor censitário: Aripuanã – 2010

(29)
(30)

2.4.1.2 Emprego e renda

Para mensurar os impactos positivos na empregabilidade do município foram incorporadas informações sobre o efetivo de trabalhadores contratados, por meio de dados da Nexa, a partir da sua área de Desenvolvimento Humano Organizacional (DHO). Em março de 2020, os dados coletados sobre o efetivo da Nexa e empresas contratadas, totalizaram 1.728 profissionais, sendo 1.562 homens (90%) e 166 mulheres (10%). No que se refere ao local da contratação, têm-se a seguinte distribuição do efetivo geral: Aripuanã/MT (28%), outros municípios do Mato Grosso (3%) e outros estados do país (68%)3. O Gráfico 3 apresenta as contratações locais e externas previstas no Projeto Aripuanã, sabendo que, em 2019, a média da contratação local foi 36% do efetivo e dados para 2020 apontam redução média das contratações locais para 32% do efetivo.

Gráfico 3. Contratações locais e externas previstas do Projeto Aripuanã – 2018 (abr.) / 2020(dez.)

Fonte: Nexa / Desenvolvimento Humano Organizacional (DHO)

O efetivo representaria aproximadamente 40% dos vínculos formais de emprego em Aripuanã, segundo dados do NOVO CAGED4, que incorporou desde janeiro de 2020 as estatísticas do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED), Relatório Anuais de Informações Sociais (RAIS), Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (e-Social) e Empregador Web. O estoque de emprego formal em Aripuanã aumentou de 2.936 para 4.219 trabalhadores com registro em carteira profissional, o que representa uma taxa de crescimento de 7,5% a.a. Os setores da indústria e de serviços tiveram um importante papel no aumento do estoque de trabalhadores e, em 2020, representam cerca de 26% e 25% dos vínculos de emprego, respectivamente.

3 Entre as empresas terceirizadas encontram-se WCA (Terceirização de mão de obra); SERVITEC (Sondagem); SEGURPRO (Segurança

Patrimonial); CONSTRUCAP E TERCEIRIZADAS (Construção civil e Eletromecânica), ANDRADE GUTIERREZ E TERCEIRIZADAS (Desenvolvimento de minas), SETE CONSULTORIA (Consultoria em Meio Ambiente), SNC-LAVALIN (Gerenciamento do Projeto), SEMACON (Construção de rede 13,8kv), INTERAÇÃO URBANA (PCAs de Responsabilidade Social), SENAI (Qualificação e capacitação de mão de obra), SYNERGIA (PCAs de Responsabilidade Social), TECVERDE E TERCEIRIZADAS (Construção de casas).

4 Embora seja obrigatória a declaração do e -Social por parte das empresas, muitas deixaram de prestar informações de desligamentos a este

sistema. Para viabilizar a divulgação das estatísticas do emprego formal durante esse período de transição, foi feita a imputação de dados de outras fontes. (http://pdet.mte.gov.br/o-que-e-novo-caged, acesso em 14/09/2020).

2 2 3 4 4 4 7 11 14 17 23 33 38 43 53 61 68 74 77 79 86 94102 110 129139145 168 194 220226233 242 0 50 100 150 200 250 ab r/18 m ai /18 jun /18 jul /18 ag o /18 se t/ 18 o ut /18 no v/18 de z/ 18 jan /1 9 fe v/ 19 m ar /19 ab r/19 m ai /19 jun /19 ju l/19 ag o /19 se t/ 19 o ut /19 no v/19 de z/ 19 jan /2 0 fe v/ 20 m ar /20 ab r/20 m ai /20 jun /20 jul /20 ag o /20 se t/ 20 o ut /20 no v/20 de z/ 20

(31)

Tabela 2. Estoque de emprego formal por setor de atividade: Aripuanã – 2015/2020 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Indústria 924 867 926 1.031 1.074 1.088 Serviços 881 851 907 939 1.021 1.046 Comércio 574 622 606 687 740 739 Agropecuária 531 530 575 578 572 577 Construção Civil 26 28 20 432 383 769 Total 2.936 2.898 3.034 3.667 3.790 4.219

Fonte: Ministério da Economia / Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS), 2015-2018; Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), 2019 / Novo CAGED, 2020

Por meio do CAGED e NOVO CAGED monitorou-se a movimentação do emprego formal, no que se refere às admissões e desligamentos de profissionais em regime Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O Gráfico 4 apresentou informações sobre a movimentação de emprego entre 2010 e 2019, destacando o saldo positivo observado nos últimos três anos, ou seja, quando as admissões superaram os desligamentos – reflexo do aquecimento da economia local, situação oposta ao contexto nacional, marcado pela crise econômica e aumento do desemprego.

Até julho de 2020 foram admitidos 2.545 trabalhadores e 1.482 trabalhadores foram desligados, resultando em saldo de 1.063 empregos, conforme

(32)

Gráfico 5. Neste período deve-se destacar que houve saldo negativo apenas no mês de abril, provavelmente reflexo do primeiro momento da implantação de medidas de distanciamento social provocadas pela pandemia de COVID-19. Este cenário mostra-se também bastante distinto do cenário nacional, onde a taxa de desemprego foi de 13,3% no primeiro semestre do ano.

Gráfico 4. Movimentação de emprego (admitidos, desligados e saldo): Aripuanã – 2010/2019

Fonte: Ministério da Economia / Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), 2019 -98 82 -51 -107 -131 -78 -36 73 561 123 1.737 1.771 1.589 1.422 1.503 1.615 1.413 1.402 2.129 2.550 -1.835 -1.689 -1.640 -1.529 -1.634 -1.693 -1.449 -1.329 -1.568 -2.427 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

(33)

Gráfico 5. Movimentação de emprego (admitidos, desligados e saldo): Aripuanã – 2020 (jan./jun.)

Fonte: Ministério da Economia / Novo CAGED, 2020

Os salários médios por setor da economia encontram-se na Tabela 3. Entre 2015 e 2019, o salário médio do trabalhador formal em Aripuanã aumentou de R$ 1.479, 39 para R$ 1.599,01, o que representou uma variação de 8,5% durante o período. Em 2019, o setor da construção civil registrou a maior remuneração (R$ 2.481,25), situação também observada nos anos de 2015 e 2018. Já a indústria extrativa mineral registrou a maior variação durante o período, de R$ 999,48 para R$ 1.442,68 , o que representa aumento de 44% entre 2015 e 2019.

Observa-se na Tabela 4 uma correlação positiva entre a escolaridade e o salário médio do emprego formal. A cada etapa concluída do ensino formal aumenta-se a remuneração dos trabalhadores que possuem tal escolaridade, que ao concluir ensino superior obtinha salário médio de R$ 4.398,50 no ano de 2019. Conforme esperado, a menor média salarial é auferida pelos trabalhadores analfabetos.

Tabela 3. Salário médio do emprego formal por setor de atividade - 2015/2019

2015 2016 2017 2018 2019

Construção Civil R$ 2.228,72 R$ 1.586,97 R$ 1.519,22 R$ 1.946,21 R$ 2.481,25 Serviços Industriais de Utilidade Pública R$ 1.506,08 R$ 1.729,26 R$ 1.674,84 R$ 1.724,64 R$ 1.614,67 Indústria de transformação R$ 1.573,56 R$ 1.586,32 R$ 1.490,43 R$ 1.446,62 R$ 1.476,38 Agropecuária, extrativismo vegetal, caça e pesca R$ 1.465,92 R$ 1.422,71 R$ 1.451,41 R$ 1.459,62 R$ 1.468,70 Extrativa mineral R$ 999,48 R$ 1.096,76 R$ 1.183,32 R$ 1.377,54 R$ 1.442,68 Serviços R$ 1.349,00 R$ 1.674,89 R$ 1.580,23 R$ 1.364,46 R$ 1.432,75 Comércio R$ 1.197,98 R$ 1.254,26 R$ 1.288,44 R$ 1.297,94 R$ 1.276,66 Fonte: Ministério da Economia / Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)

Nota: IPCA (2019 =100) 209 154 125 -71 18 360 268 357 356 365 111 257 591 508 -148 -202 -240 -182 -239 -231 -240 -500 -300 -100 100 300 500 700

jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20 jul/20

(34)

Tabela 4. Salário médio por escolaridade do emprego formal – 2015/2019 2015 2016 2017 2018 2019 Analfabeto R$ 1.346,38 R$ 1.454,19 R$ 1.341,72 R$ 1.386,79 R$ 1.743,85 Até 5ª Incompleto R$ 1.623,85 R$ 1.457,69 R$ 1.397,28 R$ 1.481,68 R$ 1.658,99 5ª Completo Fundamental R$ 1.764,03 R$ 1.632,43 R$ 1.639,93 R$ 1.411,89 R$ 1.556,06 6ª a 9ª Fundamental R$ 1.456,41 R$ 1.383,20 R$ 1.422,72 R$ 1.464,19 R$ 1.491,47 Fundamental Completo R$ 1.443,02 R$ 1.472,24 R$ 1.540,30 R$ 1.633,11 R$ 1.637,43 Médio Incompleto R$ 1.315,95 R$ 1.337,11 R$ 1.318,54 R$ 1.333,34 R$ 1.393,49 Médio Completo R$ 1.445,86 R$ 1.487,00 R$ 1.435,97 R$ 1.499,01 R$ 1.657,35 Superior Incompleto R$ 1.885,89 R$ 2.374,97 R$ 1.522,11 R$ 1.603,29 R$ 1.764,26 Superior complete R$ 2.464,54 R$ 2.773,85 R$ 2.093,07 R$ 2.416,00 R$ 4.398,50 Média Geral R$ 1.638,44 R$ 1.708,07 R$ 1.523,52 R$ 1.581,03 R$ 1.922,38

Fonte: Ministério da Economia / Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) Nota: IPCA (2019 =100)

No entanto, tais indicadores referem-se somente à parcela de trabalhadores com carteira profissional registrada. De acordo com a PNAD Contínua (IBGE), a taxa de informalidade para o estado de Mato Grosso, no primeiro trimestre de 2020, foi de 39,8% da população de 14 anos ou mais. Considerando o mesmo percentual para Aripuanã teríamos aproximadamente 6.990 pessoas na condição de informalidade (empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; trabalhador familiar auxiliar).A PNAD Contínua também apresentou taxa de desocupação para o estado do Mato Grosso de 8,5% das pessoas de 14 anos ou mais, abaixo da taxa nacional (12,2%). Se aplicado na estimativa populacional de Aripuanã para 2020 teríamos um volume de aproximadamente 1.493 pessoas desocupadas no município.

Dados sobre o pagamento da 1ª parcela do auxílio emergencial do Governo Federal voltados para reduzir os efeitos econômicos da pandemia de COVID 19, também ajudam a entender o desemprego e a informalidade no município. De acordo com Portal da Transparência, cerca de 6.060 moradores receberam o benefício de R$ 600,00 do Governo Federal em maio de 2020, totalizando um repasse no valor de R$ 454.200,00 para o município de Aripuanã. No entanto, entre maio e julho de 2020 nota-se uma queda significativa no valor do auxílio emergencial pago aos moradores de Aripuanã, como pode ser visto no gráfico abaixo. De acordo com o Portal da Transparência, em junho 3.990 pessoas receberam o auxílio, quantitativo reduzido para 3.795 moradores em julho.

Gráfico 6. Valores do auxílio emergencial: Aripuanã – 2020 (mai./jun.)

Fonte: Portal da Transparência, Controladoria Geral da União, 2020 R$4.447.800,00 R$2.868.600,00 R$2.622.600,00 R$ 0 R$ 1.000.000 R$ 2.000.000 R$ 3.000.000 R$ 4.000.000 R$ 5.000.000 R$ 6.000.000

(35)

2.4.1.3 Economia local

Aripuanã possui duas atividades econômicas-chaves que proporcionam competitividade e crescimento econômico: madeira e pecuária de corte. No entanto, uma das consequências do processo histórico de ocupação da Amazônia, que ocorre de forma desigual e polarizada, é que se por um lado existem grandes produtores, com acesso aos mercados nacional e internacional, por outro lado, existem pequenos produtores que buscam no mercado local o destino da sua produção.

Nesse sentido, o Produto Interno Bruto (PIB) real é o principal medidor do crescimento econômico de uma região. Nesse indicador é medida a produção na indústria, na agropecuária e no setor de serviços, o consumo das famílias, o gasto do governo, o investimento das empresas e a balança comercial. O Gráfico 7 mostra a evolução do indicador para o município entre 2002 e 2020, considerando projeção do crescimento econômico dos últimos dois anos. Projeta-se PIB Real para 2020 de R$ 959,3 milhões, considerando um intervalo de confiança de 95%. Os pressupostos do modelo ARIMA são que os parâmetros autorregressivos representam a “memória” da série, ou seja, como os valores passados da própria série impactam seus próprios valores presentes e futuros. Os parâmetros de médias móveis mostram a velocidade pela qual erros presentes e passados (choques) influenciam os valores presentes e futuros da série.

Gráfico 7. Produto Interno Bruto a preços correntes (Mil Reais): Aripuanã – 2002/2020

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA

Nota: IPCA (2020 = 100) *Dados projetados pelo modelo ARIMA.

Após 2010 observa-se que o setor industrial adiciona valores expressivos à economia do município. Em menor proporção, as atividades de serviço e administração pública também respondem às oportunidades de crescimento impulsionadas pela atividade industrial. No entanto, pode-se dizer que a agropecuária mantém um crescimento estável ao longo de todo período.

R$ 0 R$ 100.000 R$ 200.000 R$ 300.000 R$ 400.000 R$ 500.000 R$ 600.000 R$ 700.000 R$ 800.000 R$ 900.000 R$ 1.000.000 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*2019*2020*

(36)

Gráfico 8. Valor adicionado por setor da economia (Mil Reais): Aripuanã – 2002/2020

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA.

Nota: IPCA (2020 = 100) *dados projetados pelo modelo ARIMA.

Sob a ótica da atração de estabelecimentos formais do município, a Tabela 5 apresenta um aumento de 201 para 562 empresas entre 2010 e 2020, considerando dados da RAIS (2018) e projeção do crescimento para os últimos dois anos. Em 2020, o setor da agropecuária teria 34% do total de empresas de Aripuanã, seguido pelo comércio (26%), serviços (25%) e indústria (12%). Dados sobre compras locais disponibilizados pela área de suprimentos da Nexa indicam listagem com mais de 30 empresas locais, considerando os fornecedores localizados até 100km das unidades da mineradora e faturamento anual abaixo de R$ 1 milhão.

É importante destacar que os dados obtidos nas fontes secundárias informam sobre o setor formal da economia embora o setor informal seja, como ficou evidenciado por meio das solicitações e pedidos de auxílio emergencial, bastante significativo em todo o território nacional. Neste setor, o município de Aripuanã conta com significativo contingente de garimpeiros, estimado em cerca de 1.500 pessoas, de acordo com a Companhia Matogrossense de Mineração (METAMAT)5.

Tabela 5. Estabelecimentos formais por setor econômico: Aripuanã – 2010/2020

Ano Indústria Construção Civil Comércio Serviços Agropecuária Total

2010 82 9 124 60 125 400 2011 80 11 123 59 128 401 2012 76 12 131 61 138 418 2013 82 13 155 73 139 462 2014 71 15 129 58 151 424 2015 84 14 133 64 158 453 2016 80 13 140 72 163 468 2017 77 11 147 64 172 471 2018 77 13 142 64 173 469 2019* 70 14 136 133 182 535 2020* 68 17 145 142 190 562

Fonte: Ministério da Economia / Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS). Nota: *dados projetados pelo modelo ARIMA.

5 Informação disponível em http://www.sedec.mt.gov.br/-/14683991-garimpeiros-poderao-explorar-516-hectares-legalmente-em-aripuana R$ 0 R$ 100.000 R$ 200.000 R$ 300.000 R$ 400.000 R$ 500.000 R$ 600.000 R$ 700.000 R$ 800.000

(37)

Em relação ao preço da terra, observa-se que quanto mais difícil o acesso a áreas com cobertura da floresta Amazônica, menor o valor por hectare, de acordo com os dados da empresa IEG FNP (2019). A Tabela 6 revela que os maiores valores de terras do município estão associados às pastagens formadas, o que mostra uma dificuldade na Amazônia de agregar valor à floresta “em pé”. Entre 2018 e 2019, a variação no valor por hectare para Floresta Amazônica (difícil acesso) foi de 4,5% e para pastagem foi de 1% durante o período.

Essa dificuldade de valorização dos recursos naturais é exemplificada pela taxa de desmatamento da região. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicavam que, até 2019, 17,7% da área do município havia sido desflorestada. Em 2020, o INPE aponta que houve um incremento de 0,92% no desmatamento6, perdendo uma área de cerca de 785 km².

Tabela 6. Preço da terra por tipo de atividade: Aripuanã – 2017/2019

Grupo Atividade Detalhamento 2017 2018 2019

Floresta Amazônica Fácil Acesso R$ 1.200,00 R$ 1.267,00 R$ 1.300,00 Floresta Amazônica Difícil acesso R$ 450,00 R$ 478,00 R$ 500,00

Pastagem Formada R$ 3.200,00 R$ 3.267,00 R$ 3.300,00

Fonte: IEG | FNP

Na sede urbana de Aripuanã buscou-se monitorar as transações formais dos imóveis de Aripuanã por meio de alguns dados solicitados às imobiliárias locais. No entanto, observou-se que as imobiliárias nem sempre dispõem de dados organizados sobre aluguel ou venda de imóveis da sede urbana de Aripuanã. De modo complementar, incorporou-se dados sobre benefícios oferecidos pela Nexa para custear despesas de moradia de seus funcionários (denominado como facilities). Embora sejam dados bastante limitados para qualquer conclusão definitiva, percebe-se na Tabela 7 que os negócios fechados nas imobiliárias locais estão restritos aos bairros Cidade Alta e Centro.

Tabela 7. Preço do aluguel de imóveis: Aripuanã – 2019/2020

Tipo de imóvel Preço aluguel (R$) Bairro Atualização no 1º semestre 2019

Casa R$ 800,00 Cidade Alta

Casa R$ 1.500,00 Centro

Casa R$ 1.500,00 Cidade Alta

Casa R$ 1.000,00 Cidade Alta

Atualização no 2º semestre 2019

Misto (comercial com casa) R$ 2.100,00 Centro

Casa R$ 2.700,00 Cidade Alta

Casa R$ 7.076,75 * Centro

Casa R$ 3.700,24 * Centro

Atualização no 1º semestre 2020

Casa R$ 2.549,00 * Cidade Alta Fonte: Imobiliária Aripuanã, 2019; Nexa Facilities, 2020

Referências

Documentos relacionados

O capítulo I apresenta a política implantada pelo Choque de Gestão em Minas Gerais para a gestão do desempenho na Administração Pública estadual, descreve os tipos de

After the eval- uation of the influence of each modification of the surfaces on the internal air temperatures and energy consumption of the compressor a final test was done with

Além da multiplicidade genotípica de Campylobacter spp., outro fator que pode desencadear resistência à desinfecção é a ineficiência dos processos de limpeza em si,

O abate ocorreu quando os animais atingiram peso médio de 325 kg (±20), entre 28 e 30 meses de idade, sendo avaliados os parâme- tros comprimento de carcaça fria, peso dos

À vista de tudo quanto foi dito, a forma mais adequada para compreender a questão parece ser a seguinte: (i) os direitos fundamentais são, em princípio,

Para uma boa gestão de stocks na farmácia deve ter-se em consideração certas variáveis, tais como: a localização, o espaço disponível para o armazenamento dos

O mecanismo de competição atribuído aos antagonistas como responsável pelo controle da doença faz com que meios que promovam restrições de elementos essenciais ao desenvolvimento

ferro, pode verificar-se a saída, pela base do aparelho, de gotas de água misturadas com o vapor, devido à imperfeita estabili- zação térmica. Aconselhamos portanto que não oriente