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PARECER DA SUPERINTENDÊNCIA JURÍDICA-SJUR-BSM
MECANISMO DE RESSARCIMENTO DE PREJUÍZOS N° 54/2015
RECLAMANTE: ANTONIO SILVA MAGALHÃES RIBEIRO
RECLAMADA:.XP INVESTIMENTOS CCTVM S.A.
1. RELATÓRIO
1. Em 27.2.2015, Antonio Silva Magalhães Ribeiro ("Reclamante") apresentou Reclamação acionando o Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos ("MRP" ou
"Mecanismo") da BM&FBOVESPA Supervisão de Mercados - BSM ("BSM"), em face da XP Investimentos CCTVM S.A. ("Reclamada"), por execução infiel de ordens (fls. 1/9).
2. Em sua Reclamação, o Reclamante alegou que:
(a) era atendido pela
), na pessoa do Sr. , o qual teria executado infielmente dois negócios (fl. 1 );
(b) em 21.10.2014, o Sr. teria executado operação de venda de opções de venda do ativo PETRW15, "totalizando R$ 74.550,00", sendo que teria autorizado a operação de venda no valor de R$ 5.000,00 (fl. 1/2);
(c) em 29.9.2014, o Sr. teria executado a compra de contratos a termo do ativo BPHA3 no valor de R$ 39.120,10, também sem sua autorização (fl. 1);
3. Além da descrição das operações reclamadas, o Reclamante expôs que o Sr. não teria sido diligente quanto a uma ordem de execução de venda de todas
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Processo de Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos Ordinário n° 54/2015 (Antonio Silva Magalhães Ribeiro x XP Investimentos CCTVM S.A.)
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suas ações da Petrobras em meados de outubro de 2014, assim como que os títulos do Tesouro Direito (NTN-B), dos quais, alegadamente era proprietário, não estariam custodiados na Câmara de Liquidação da BM&FBOVESPA (fls. 1/2). Apesar de apresentar insatisfação com a conduta do Sr. a respeito das operações descritas neste parágrafo, o Sr. Antonio não as enquadrou como operações reclamadas.
4. Por fim, esclareceu que autorizou a venda de 335 opções de venda de PETRW15, ao invés da venda de 5.000 opões de venda como executado pelo Sr.
"totalizando R$ 5.000,00", solicitando, portanto, o ressarcimento de R$ 69.990,06, que seria o valor remanescente da primeira operação infielmente executada pelo Sr. a qual teria sido exercida pelo valor global de R$ 74.550,00. Além disso, requereu a anulação da operação de compra de contratos a termo de BPHA3 (fl. 02).
5. O Reclamante anexou (a) cópia autenticada de seu documento de
identificação (fi. 03); (b) cópia de seu comprovante de residência (fl. 04); (c) notas de corretagem (fl. 05/08).
6. Em 24.03.2015, a BM&FBOVESPA Supervisão de Mercados - BSM
("BSM") solicitou ao Reclamante que esclarecesse (fls. 10112):
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(a) os detalhes da operação reclamada que envolvia opções de venda
da Petrobras, indicando o ativo, mercado, a quantidade, ·o preço e a data que a operação teria sido ordenada;
(b) qual a forma de autorização acordada entre ele o Sr. se as ordens eram específicas ou se deixava a critério do Sr. a definição dos investimentos;
(c) se teria firmado contrato com o Sr. ou com a
para a realização de operações em seu nome.
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7. Em 6.4.2015, o Reclamante esclareceu que a operação com opções de venda da Petrobras estaria descrita na nota de corretagem 5550598, de 21.10.2014 (venda de opções de venda do ativo PETRW15, fl. 5), que teria resultado no exercício da operação de 19.1.2015 (compra para exercício de opções de venda de PETRM15E). Esclareceu, ademais, que (i) os contatos com o Sr. eram realizados por meio telefônico, (ii) não teria assinado contrato para realização de operações em seu nome e (iii) não teria deixado a critério do Sr. a execução de operações em seu nome. Por fim, requereu que a Reclamada transferisse para sua conta-corrente o valor correspondente à venda de títulos do Tesouro Direto'(NTN-B) (fl. 14).
8. Em 13.4.2015, a BSM realizou o segundo pedido de esclarecimentos, por meio do qual solicitou que fosse esclarecido se a operação reclamada dizia respeito à série PETRWIS ou PETRM15, bem como se a reclamação dizia respeito ao prêmio pela
venda ou ao resultado pelo exercício das opções (fls. 19/20).
9. Em 28.4.2015, o Reclamante esclareceu que a operação reclamada seria a venda de opções de venda (PETRW15) realizada em 21.10.2014, a qual teria desencadeado prejuízos na entrega das ações em razão do exercício de tais opções (PETRM15E), datada de 19.1.2015 (fl. 21). Além disso, o Reclamante aduziu que:
"o que autorizei ao corretor foi um investimento total de R$ 5.000,00 nas opções que, depois, soube tratar-se das PETRW15. Alguns dias após, ao falar com o corretor, soube, por este, para a minha surpresa, que o valor investido em 21.10.2014, foi de R$ 75.000,00, quando, na realidade, autorizei um investimento de R$ 5.000,00.
[n]ão se poder falar em equívoco (confundir valor com quantidade de opções), uma vez que todas as minhas ordens dadas, até então, ao corretor, eram em valores (R$)"
1 O. Instaurado o processo, a Reclamada foi instada a se manifestar e a
apresentar documentos relativos ao presente MRP, o que fez em 21.5.2015. Em sua
Defesa, a Reclamada alegou o que segue:
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(a) o Reclamante teria autorizado a execução das operações reclamadas, conforme gravações anexadas à Defesa (fl. 31 );
(b) as gravações demonstrariam que o Reclamante estaria ciente dos riscos das operações objeto da Reclamação (fl. 32);
(c) a operação de compra para entrega das ações da Petrobras (PETRM15E), de 19.1.2015, que não consta no rol de operações reclamadas, mas foi referida pelo Reclamante em sua Reclamação e Esclarecimentos, também teria sido autorizada pelo Reclamante, conforme gravações anexadas à Defesa (fl. 32);
( d) ainda que se considerasse a operação de compra para entrega das ações da Petrobras (PETRM15E) como reclamada, essa operação teria gerado ao Reclamante um prejuízo de R$ 2.808,37 (fi. 32);
(e) a Reclamação teria sido apresentada em virtude do insucesso da estratégia do Reclamante e não em virtude da realização de operações sem sua anuência (fl. 33);
11. Por fim, requereu a improcedência da Reclamação e esclareceu que o Sr. é credenciado junto à Comissão de Valores Mobiliários ("CVM") e sócio da
, a qual, por sua vez, contratou a intermediação, distribuição e mediação de valores mobiliários com a Reclamada (fi. 33).
12. Junto à sua defesa, a Reclamada anexou CD contendo: (i) ficha cadastral e demais documentos cadastrais do Reclamante; (ii) cópia de todas as comunicações mantidas entre o Reclamante e representantes da Reclamada nas datas solicitadas; (iii) extratos de conta-corrente e notas de corretagem do Reclamante no período reclamado e (iv) relatórios GAB 107, 108 e 838 (fl. 59).
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2. MÉRITO
2.1. Da tempestividade
13. As operações objeto do presente processo foram executadas nos pregões de 29.9.2014 e 21.10.2014 (fl. 1). A Reclamação foi enviada à BSM em 27.2.2015 (fl. 9). Portanto, a reclamação é tempestiva nos termos do artigo 80 da Instrução CVM 461/07.1
2.2. Da legitimidade
14. O Reclamante é cliente da Reclamada, conforme extratos de conta-corrente e notas de corretagem apresentados (fl. 34). A Reclamada é pessoa autorizada a operar, nos termos do artigo 11, da Instrução CVM 461/072. Dessa forma, ambas as partes são
legítimas para figurar neste processo de MRP _
2.3. Do ponto controvertido
15. Da análise da Reclamação (fls. 1/9) e dos esclarecimentos prestados pelo Reclamante (fls. 14/16 e 21), verifica-se como ponto controvertido a existência de autorização, por parte do Reclamante, ao Sr. , para execução da operação de (i) venda de 5.000 (cinco mil) opções de venda (PETRW15), no pregão de 21.10.2014 e (ii) compra de 10.000 (dez mil) contratos a termo (BPHA3), no pregão de 29.9.2014.
16. Esclarecemos que, apesar da menção à operação de compra para entrega de ações da Petrobras (PETRM15E), referenciada na reclamação, datada de 19.1.2015,
1 Art. 80. O investidor poderá pleitear o ressarcimento do seu prejuízo por parte do mecanismo instituído
para esse fim, independentemente de qualquer medida judicial ou extrajudicial, no prazo de 18 (dezoito) meses, a contar da data de ocorrência da ação ou omissão que tenha dado origem ao pedido.
2
Art. 11. Considera-se pessoa autorizada a operar, para efeitos desta Instrução, a pessoa natural ou jurídica devidamente autorizada, pela entidade administradora, a atuar nos ambientes ou sistemas de
negociação ou de registro de operações do mercado organizado.
Parágrafo único A atuação de que trata o caput pode se dar, nas hipóteses e condições definidas pela entidade administradora de mercado organizado:
I- por intermediários, em nome próprio e de terceiro;
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confonne nota de corretagem 5731740 (fl. 1) e esclarecimentos, esta não foi apontada
pelo Reclamante como uma das operações reclamadas. Com relação à venda de opções
de venda PETRW17, referenciada na reclamação à fl. 1, igualmente não foi indicada
como operação reclamada pelo Sr. Antonio. Por essa razão, este Parecer Jurídico
deixará de analisar essas duas operações.
2.4. Da alegada infiel execução de ordem
2.4.1. Da compra de 10.000 contratos a termo de BPHA3
17. Em sua Reclamação, o Sr. Antonio aduz que no pregão de 29.9.2014, o
Sr. teria executado uma operação de compra de 10.000 (dez mil) contratos a
termo de BPHA3 sem que houvesse sua "autorização para tanto" (fl. 1). O Sr. Antonio alegou ainda que "basta que a CVM peça as gravações deste investidor nas datas referidas" (fi. 1 ).
18. Quando da instauração do presente processo de MRP, a BSM solicitou, por
mew do Ofício BSM/SJUR/MRP-0581/2015, que a Reclamada apresentasse as gravações das ordens que suportaram as operações Reclamadas (fl. 26).
19. A Reclamada, assim, anexou a sua Defesa, uma gravação do pregão de
1.10.2014, que demonstra que o Sr. Antonio ratificou a execução da operação de
compra de 10.000 contratos a termo de BPHA3 pelo Sr. Nessa gravação, o Sr.
solicita ao Sr. Antonio que confirme a execução da operação referida, o que é
realizado de pronto pelo Sr. Antonio, conforme se observa da transcrição da gravação, abaixo:
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Gravação de 1.10.2014 (fl. 34)
Sr. ( ... ) É eu não peguei também com o Sr. a auditoria do
que o Sr. veio aqui no escritório e me passou aquele termo de para seis meses.
Sr. Antonio: Sim.
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Sr. Tá então.
Sr. Antonio: Já recebi a nota de, de negociação.
Sr. Então beleza, então pronto. Então tem que confirmar também.
Sr. Antonio: Tá confirmado, aí você manda para mim a nota de negociação da Petrobras.
Sr. Pronto, sem problema.
Sr. Antonio: E, e a posição e etc do que ... só que até meio dia eu tenho que fechar isso.
Sr. Já mandei para o Sr. já, já está no seu e-mail.
20. Ainda que a gravação da autorização para a execução da operação tenha sido realizada 2 (dois) dias após a execução da operação, o investidor não questionou sua execução na gravação telefônica. Ao contrário, ao ser questionado sobre a autorização para a realização dessa operação, o Investidor expressou "Tá confirmado". 21. Diante do exposto, consideramos que houve autorização para a execução da operação de compra de 10.000 (dez mil) contratos a termo de BPHA3, no pregão de 29.9.2014, e opinamos pela improcedência da reclamação, nesse tocante.
2.4.2. Da venda de 5.000 opções de venda de PETRW15
22. A segunda operação reclamada pelo Sr. Antonio diz respeito à venda de opções de venda de PETRW15 no pregão de 21.10.2014 (fl. 1). A BSM solicitou que a Reclamada apresentasse a gravação das ordens que suportaram essa operação, o que foi realizado em sede de Defesa (fl. 34).
23. De acordo com a gravação apresentada pela Corretora, o Sr. realizou contato telefônico com o Sr. Antonio e ofereceu a venda de opções de venda de PETRW15. Após discutir a operação e a situação política do Brasil, o Sr.
pergunta ao Sr. Antonio se ele gostaria de fazer a operação. Em resposta, o Sr. Antonio
questiona quanto seria o investimento. Após conversarem sobre o mercado, o
Sr. Antonio solicita que o Sr. compre "5.000". O Sr. então, fala ao telefone
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"vamos lá" "A 1,15 aqui no caso, 5 kilos de Petro, vendeu a 1,15", o que é acatado pelo Sr. Antonio. Como é de conhecimento dos investidores que atuam no mercado, 5 kilos diz respeito à quantidade e não valor. Para fins de esclarecimentos, veja-se a gravação transcrita abaixo (fl. 34):
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Gravação de 29.9.2014 (fl. 34)
Sr. Vale a pena montar aquela operação de novo que o Sr.
montou uma vez de vender a PUT de PETRW15. O mercado tá lhe
pagando aqui agora 1 real e 10 centavos para comprar Petrobras daqui a um
mês, 17 de novembro, a 14,91, então equivale a comprar Petro a 13,91 daqui
um mês. Quer, quer fazer aquela mesma operação?
Sr. Antonio: Você acha que o preço da Petrobras daqui um mês, ela, com a vitória de Dilma, vai ficar baixo?
Sr. Já, já tá no preço já, o mercado já sabe que ela vai ganhar, a Dilma.
Sr. Antonio: Tá em quantos, 13?
Sr. É Petro tá em 16,55, né? Caiu 8%.
Sr. Antonio: Caiu 8 foi?
Sr. É, a história é agora, entendeu?
Sr. Antonio: É.
Sr. Vamos lá?
Sr. Antonio: Isso implicaria um investimento de quanto?
Sr. O Sr. recebe aqui agora, é quer comprar quanto de Petrobras, a
13,91? O Sr. que me fala.
Sr. Antonio: Me diz uma coisa, nós temos uma operação em aberto, desse
tipo, não temos?
Sr. A gente já vendeu já, a gente recomprou lembra? Assim que saiu
o segundo turno a gente recomprou, a gente zerou a operação. A gente
vendeu a 2 reais e depois a gente recomprou. Ganhou dinheiro.
Sr. Antonio: Eu não tenho nenhuma nessa situação agora, né?
Sr. Não, não, não, a gente vai montar de novo agora.
Sr. Antonio: A gente aplicou quanto na outra, foi 2.000?
Sr. É na outra, botou pouco né Dr.? Na outra botou aqui, quer ver ó,
a operação já te falo aqui te falo agora. Tem que andar rápido Dr., o mercado tá muito volátil.
Sr. Antonio: Vamos botar 5.000, né?
Sr. 5.000, vamos lá.
Sr. Antonio: Mas eu acho que o Aécio ainda vira.
Sr. Eu também acho.
Sr. Antonio: Tá muito volátil também a coisa, né?
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Sr. É, vamos lá.
Sr. Antonio: Mas tudo bem, vamos lá.
Sr. A 1,15 aqui no caso, 5 kilos de Petro, vendeu a 1,15.
Sr. Antonio: Vai depender é do último debate.
Sr. É sexta-feira.( ... ) Na outra operação, tá, o Dr., a gente montou no
dia 1 o de outubro, tá a operação, a gente vendeu 3 kilos de PETROW17 a
1,74, tá? Aí recebeu de prêmio, que nem agora, o Sr. recebeu de prêmio 5.158 reais e 69 centavos para se obrigar a comprar Petrobras em novembro a 17,66. Aí saiu no dia 7 de outubro, o resultado do segundo turno e aí a gente recomprou a PETRW17 a 0,94, pagando, no caso aqui, 2.864,27, dois oito, meia quatro, ponto 27, recebeu 2.300 reais, né? Vendeu a 1,74, recomprou a 0,94.
Sr. Antonio: Ok.
Sr. Tá certo?
Sr. Antonio: Tá bem.
Sr. Então a operação foi bem sucedida da primeira vez, então espero
que dê certo o negócio agora também, vamos que vamos Dr., valeu, um abraço.
Sr. Antonio: Um abraço, tchau.
24. Da análise dessa gravação, resta evidente que o Sr. informou por
telefone que seriam 5.000 opções de PETRW15 ("A 1,15 aqui no caso, 5 kilos de
Petro, vendeu a 1,15") e não 5.000,00 reais que equivaleriam ao valor de exercício de
335 opções de venda PETRW15, como alega o Sr. Antonio (fl. 2).
25. Além disso, considerando que o preço de exercício da operação era incerto
no momento da venda das opções de venda, não havia como os "5.000", a que fez referência o Sr. Antonio, dizer respeito ao preço de exercício das opções de venda.
26. Diante do exposto, por haver gravação que demonstra concordância do
investidor quanto à operação reclamada, opinamos, igualmente, pela improcedência da reclamação de infiel execução de ordem de venda de 5.000 opções de PETRW15 no pregão de 21.10.2014.
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2.5. Do pedido de transferência de custódia de títulos públicos
27. O Reclamante requer ressarcimento de 71 títulos do Tesouro Direto (NTN-B), que estavam alegadamente custodiados na Reclamada (fls. 2 e 14).
28. Todavia, conforme esclarecido no Oficio BSM/SJUR/MRP/580/2015, enviado ao Reclamante em 13.5.2015, eventuais prejuízos ou reclamações atinentes a títulos do Tesouro Direto, os quais não são considerados valores mobiliários nos termos do artigo 2° da Lei 6.385/19763, não estão cobertos pelo Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos.
3 "Art. 2° São valores mobiliários sujeitos ao regime desta Lei:
I - as ações, debêntures e bônus de subscrição; 11 - os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos valores mobiliários referidos no inciso li; III - os certificados de depósito de valores mobiliários; IV - as cédulas de quaisquer ativos; V - as cotas dos fundos de investimento em valores mobiliários ou de clubes de investimentos em quaisquer ativos; VI - as notas comerciais; VII - os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valores mobiliários; VIII- outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes; e IX-quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou contratos de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço empreendedor ou de terceiros"
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2.6. Conclusão
29. Diante do exposto, em razão da Reclamada ter apresentado ordens que
suportam as operações reclamadas, opinamos pela improcedência da reclamação de (i)
infiel execução de compra de 10.000 (dez mil) contratos a termo do ativo BPHA3, no pregão de 29.9.2014 e (ii) infiel execução de venda de 5.000 opções de PETRW15 no pregão de 21.10.2014.
São Paulo, 28 de maio de 2015.
-~
~~
-
~
Luiz
~elipe
Amaral Calabró Superintendente JurídicoM~ktes
FonsecaGerente Jurídica
De acordo com o parcer acima. Ao Conselho de Supervisão.
~f>.,.
( J .JVY"'-1Marcos José Rodrigues Torres Diretor de Autorregulação
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Leonardo Furtado Advogado
----ssM/
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TURMA
CONSELHEIRO-RELATOR: WLADIMIR CASTELO BRANCO CASTRO MEMBROS: ALINE DE MENEZES SANTOS ARAGÃO E HENRIQUE DE REZENDE
VERGARA
PROCESSO DE MECANISMO DE RESSARCIMENTO DE PREJUÍZOS No 54/2015
RECLAMANTE: ANTONIO SILVA MAGALHÃES RIBEIRO RECLAMADA: XP INVESTIMENTOS CCTVM S.A.
VOTO DO CONSELHEIRO-RELATOR
1. RELATÓRIO
1. Trata-se de Reclamação apresentada em 27.2.2015 (fls.l/9) pelo Sr. Antônio Silva Magalhães Ribeiro ("Reclamante") em face XP Investimentos CCTVM S.A. ("Reclamada"), pleiteando ressarcimento de prejuízos ao Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos ("MRP"), administrado pela BM&FBOVESP A Supervisão de Mercados ("BSM").
2. O Reclamante relata que era atendido pela
na pessoa do Sr. Couto, que teria sido o responsável pela execução infiel das negociações reclamadas (fl.
1 ).
3. São objeto da reclamação, três operações:
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Julgamento Turma-Voto do Conselheiro-Relator- Fls. 2 de 8
- na primeira, o Reclamante alega que teria autorizado, no pregão de
21/10/2014, a venda de 335 opções de venda de PETRW15 (fl. 2), que
totalizariam a importância de R$ 5.000,00, tendo o preposto da
Reclamada executado a venda da quantidade de 5.000 opções,
acarretando ao Reclamante um prejuízo de R$ 69.990,06 (R$
74.990,06-R$ 5.000,00);
- na segunda operação reclamada, em 29.9.2014, o Sr. teria
executado a compra de contratos a termo do ativo BPHA3 no valor de
R$ 39.120,10, sem autorização do investidor (fl. 1);
- na terceira, o Reclamante alega ter autorizado a venda de títulos
aplicados no Tesouro Direto (NTN-B), em 27/0112015, não executada
pelo preposto da Corretora. Segundo o Reclamante, posteriormente,
quando da determinação da transferência do controle da custódia dos
títulos para outra Instituição, teria sido constatado que os títulos não
estavam custodiados na CBLC, tendo sido informado da
impossibilidade de transferência da custódia para outra Corretora.
2. MÉRITO
4. As hipóteses de utilização do mecanismo de ressarcimento de prejuízos
estão elencadas no art. 77 da Instrução CVM n° 461, de 23 de outubro de 2007.
5. No caso ora em análise, o Reclamante é parte legítima a figurar no polo ativo da reclamação, que foi apresentada de forma tempestiva, pois atendeu ao disposto
no art. 80 da Instrução CVM n° 461/07. De outro lado a Reclamada, que é pessoa
autorizada a operar no mercado de bolsa administrado pela BM&FBOVESP A, é parte legítima na composição do polo passivo do presente processo.
6. Os aspectos controversos a serem esclarecidos dizem respeito, na primeira
operação, à venda de opções de venda (PETRW15) em quantidade superior ao ordenado
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pelo Reclamante- 5.000 ao invés de 335 opções- com posterior exercício, ocasionando
prejuízo ao Reclamante, na segunda operação, compra de contratos a termo (BPHA3)
sem autorização do investidor e na terceira, inexecução de ordem de venda de NTN-B.
7. Tendo em vista a documentação acostada aos autos e a existência de
gravações das conversas entre o Reclamante e o Sr. , preposto da
Reclamada, o deslinde da questão pode ser feito a partir dessas fontes.
8. Na primeira operação, é possível observar que o questionamento do
Reclamante é improcedente.
9. Conforme pode ser visto no esclarecimento prestado (fl. 14), a pedido da
BSM (fl. 10), em 6.4.2015, o Reclamante informou que a operação de venda de opções
de venda da Petrobras estaria descrita na nota de corretagem n° 5550598 (fl. 5), "que
resultou, em 19/01/2015, na Nota de Corretagem n° 5731749"1 (fl. 16).
10. Em 13.4.2015, a BSM solicitou o segundo pedido de esclarecimentos, por
meiO do qual instou que fosse esclarecido se a operação reclamada com venda de
opções da Petrobras dizia respeito ao ativo PETRW15 ou PETRM15E (fls. 19/20).
11. Em 28.4.2015, o Reclamante esclareceu que a operação reclamada seria a
venda de opções de venda realizada em 21.10.2014, a qual teria desencadeado prejuízos
na operação de compra para exercício de opções de venda com PETRM15E, datada de
19.1.2015 (fl. 21).
12. Dando continuidade aos esclarecimentos, o Reclamante aduziu que "o que
autorizei ao corretor foi um investimento total de R$ 5.000,00 nas opções que, depois,
soube tratar-se das PETRW15. Alguns dias após, ao falar com o corretor, soube, por
este, para a minha surpresa, que o valor investido em 21.10.2014, foi de R$ 75.000,00,
quando, na realidade, autorizei um investimento de R$ 5.000,00".
1
A nota de corretagem do dia 19/01/2015, anexada aos autos pelo Reclamante, na realidade tem o n° 5731740.
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13. Para o deslinde da questão, a primeira análise que deve ser feita refere-se às
conversas mantidas entre o Reclamante e o preposto da Reclamada.
14. No contato telefônico realizado em 21.10.2014, o Sr. ofereceu ao
Reclamante a venda de opções de venda PETRW15.
15. Após conversação a respeito da operação, bem como da situação política do
Brasil em virtude da realização de eleição presidencial, o Sr. pergunta ao
Reclamante se ele gostaria de fazer a operação. Em resposta, o Reclamante questiona de quanto seria o investimento.
16. Em seguida, o Reclamante solicita que o Sr. compre "5.000".
17. O Sr. então fala ao telefone "vamos lá" "A 1,15 aqui no caso, 5 kilos
de Petro, vendeu a 1,15" e executa a operação, como se verifica na gravação (fl. 34),
tendo, no final da conversa, o Reclamante dado a sua concordância.
18. A seguir, está transcrita parte da conversa mantida entre o Reclamante e o Sr. preposto da Corretora2:
Reclamante: Vamos botar 5.000, né?
Sr. 5.000, vamos lá.
Reclamante: Mas eu acho que o Aécio ainda vira.
Sr. Eu também acho.
Reclan1ante: Tá muito volátil também a coisa, né? Sr. É, vamos lá.
Reclamante: Mas tudo bem, vamos lá.
Sr. A 1,15 aqui no caso, 5 kilos de Petro, vendeu a 1,15.
Reclamante: V ai depender é do último debate.
2
A íntegra das conversas pode ser vista nas fi. 43/44, item 23, do Parecer Juridico. BM&FBOVESPA SUPERVISAO DE MERCADOS
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Sr. É sexta-feira. ( ... ) Na outra operação, tá, o Dr., a gente montou no dia 1 o de outubro, tá a operação, a gente vendeu 3 kilos de
PETROW17 a 1,74, tá? Aí recebeu de prêmio, que nem agora, o Sr.
recebeu de prêmio 5.158 reais e 69 centavos para se obrigar a comprar
Petrobras em novembro a 17,66. Aí saiu no dia 7 de outubro, o
resultado do segundo turno e aí a gente recomprou a PETRW17 a
0,94, pagando, no caso aqui, 2.864,27, dois oito, meia quatro, ponto 27, recebeu 2.300 reais, né? Vendeu a 1,74, recomprou a 0,94.
Reclamante: Ok. Sr. Tá certo? Reclamante: Tá bem.
Sr. Então a operação foi bem sucedida da primeira vez, então
espero que dê certo o negócio agora também, vamos que vamos Dr.,
valeu, um abraço.
Reclamante: Um abraço, tchau.
19. Nesse passo, é importante destacar que embora o Reclamante alegue que
5.000 referia-se ao valor da venda das opções de venda PETRW15 em reais, fica claro
que o preposto da Corretora deu informações acerca da quantidade de opções de venda.
20. Isso porque, no diálogo mantido, é informado ao Reclamante que seriam
5.000 opções de PETRW15 ("a 1,15 aqui no caso, 5 kilos de Petro, vendeu a 1,15")
cabendo ressaltar, ademais, que no jargão de mercado "Kilo" tem o significado de mil.
21. De outro lado, verifica-se que não merece prosperar o argumento do
Reclamante sobre ter ordenado a venda de opções de venda de 335 ações ao preço de
exercício, o que importaria em R$ 5.000,00, considerando-se não se ter conhecimento
do preço de exercício da operação da venda das opções de venda.
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22. Finda a análise das gravações, é importante ressaltar o conteúdo da nota de
corretagem n° 5550598 (fl. 5), onde está clara a quantidade de opções vendidas-5.000
-bem como o preço unitário - R$ 1,15, o que resulta em um total de R$ 5.750,00,
diferente daquele que o Reclamante diz ter ordenado- R$ 5.000,00.
23. Levando-se em consideração o nível de instrução do investidor, professor de
"Introdução ao Mercado de Capitais", com participação em alguns programas TOP para
professores universitários, conforme informações do próprio Reclamante, não é crível
que tal detalhe tenha passado despercebido, tendo em vista que a reclamação só foi feita
4 meses após a realização da operação.
24. Face ao exposto, entendo ser improcedente a parte da reclamação referente à
venda de opções de venda PETRW15.
25. No que diz respeito à operação de compra de 10.000 contratos a termo de
BPHA3 entendo, também, que a reclamação é improcedente.
26. O Reclamante alega que o preposto da Corretora, no pregão de 29.9.2014,
teria executado uma operação de compra de 10.000 (dez mil) contratos a termo do ativo
BPHA3 sem que houvesse sua "autorização para tanto" (fl. 1).
27. Em que pese a gravação disponibilizada ser do dia 1110/2014, ou seja, 2 dias
depois da operação objeto da Reclamação, fica claro que a operação realizada foi
ratificada pelo Reclamante.
28. Ao contrário da alegação do investidor acerca de ter a operação sido
realizada sem o seu conhecimento, ao ser questionado sobre a autorização para a
execução dessa operação, o Investidor exprimiu-se da seguinte forma: "Tá confirmado",
conforme pode ser visto na transcrição da gravação, a seguir (Gravação de 1110/2014):
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Sr. ( ... )É eu não peguei também com o Sr. a auditoria do que o Sr. veio aqui no escritório e me passou aquele termo de
para seis meses. Reclamante: Sim.
Sr. Tá então.
Reclamante: Já recebi a nota de, de negociação.
Sr. Então beleza, então pronto. Então tem que confirmar também.
Reclamante: Tá confirmado, aí você manda para mim a nota de negociação da Petrobras.
Sr. Pronto, sem problema.
Reclamante: E, e a posição e etc do que ... só que até meio dia eu tenho que fechar isso.
Sr. Já mandei para o Sr. já, já está no seu e-mail.
29. Diante do exposto, considero ter havido autorização para a execução da operação de compra de 10.000 (dez mil) contratos a termo do ativo BPHA3, no pregão de 29.9.2014, e opino, também, pela improcedência desse item da reclamação.
30. Em relação ao terceiro item da reclamação- ressarcimento pela inexecução de ordem na venda de 71 títulos do Tesouro Direto (NTN-B), que estavam alegadamente custodiados pela Reclamada (fls. 2 e 14), deve ser esclarecido que tal operação não está abarcada dentre as hipótese de ressarcimento previstas na Instrução CVM n° 46112007.
31. E isso porque o caput do artigo 77 da aludida Instrução dispõe que somente estão cobertas pelo MRP as operações relacionadas à intermediação realizada na bolsa ou aos serviços de custódia.
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32. Na oportunidade, deve ser ressaltado que eventual prejuízo decorrente de
títulos do Tesouro Direto, que não são considerados valores mobiliários conforme disposto no artigo 2° da Lei no 6.385/76, não está coberto pelo MRP.
3.
VOTO33. Por todo o exposto, acompanho integralmente o entendimento manifestado
pela GWR da BSM em seu parecer, ratificado pelo Diretor de Autorregulação, por
entender que pleito do Reclamante é improcedente, pois não restou configurada a ocorrência de hipótese ressarcimento prevista no artigo 77 da Instrução CVM no 461107. São Paulo, 16 de junho de 2015.
Castelo Branco Castro Conselheiro-Relator
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TURMA
CONSELHEIRO- RELATOR: WLADIMIR CASTELO BRANCO CASTRO MEMBROS: ALINE DE MENEZES SANTOS ARAGÃO E HENRIQUE DE REZENDE
VERGARA
PROCESSO DE MECANISMO DE RESSARCIMENTO DE PREJUÍZOS No 54/2015
RECLAMANTE: ANTONIO SILVA MAGALHÃES RIBEIRO
RECLAMADA: XP INVESTIMENTOS CCTVM S.A.
VOTO DA CONSELHEIRA ALINE DE MENEZES SANTOS ARAGÃO
VOTO
Acompanho o voto do Relator.
Conselhei
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CONSELHEIRO-RELATOR: WLADIMIR CASTELO BRANCO CASTRO MEMBROS: ALINE DE MENEZES SANTOS ARAGÃO E HENRIQUE DE REZENDE
VERGARA
PROCESSO DE MECANISMO DE RESSARCIMENTO DE PREJUÍZOS No 54/2015
RECLAMANTE: ANTONIO SILVA MAGALHÃES RIBEIRO
RECLAMADA: XP INVESTIMENTOS CCTVM S.A.
VOTO DO CONSELHEIRO HENRIQUE DE REZENDE VERGARA
VOTO
Acompanho o voto do Relator. São Paulo, 16 de junho de 2015.
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Ref.:
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-MRP no 54/2015
Reclamante: Antonio Silva Magalhães Ribeiro
Reclamada: XP Investimentos CCTVM S.A.
Certifico
que
a
decisão de fls. 47
a
56 transitou
em
julgado
em 27.08.2015.
São Paulo
,
28 de agosto de
2015.
Luiz
Felipe Amaral Calabró
Superintendente
Jurídico
BSM -BM&FBOVESPA Supervisão de Mercados
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Tel.: (11) 2565-4000