DIREITO DO TRABALHO
FASE DECISÓRIA
RAZÕES FINAIS
SENTENÇA
Fase Decisória. Razões Finais
• Concluída a produção das provas, o Juízo encerra
a fase probatória e inicia a fase decisória.
• O primeiro passo da fase decisória é a
apresentação de razões finais. Podem ser escritas
(memoriais) ou verbais (debates orais). A CLT
determina que sejam feitas oralmente, no prazo de
10 minutos a cada parte, primeiro o reclamante e
depois a reclamada. O juiz pode, verificando a
complexidade do processo, suspender a sessão
para permitir a apresentação de memoriais.
• Nas razões finais a parte deve proceder a
adequação
entre a fase postulatória e a fase
probatória.
Fase Decisória. Razões Finais
• A importância das razões finais, além de seu
objetivo primeiro (adequação) já visto, é que
este é o primeiro momento legalmente
concedido às partes para manifestação nos
autos.
• Estabelece o art. 795 da CLT:
• Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão
mediante provocação das partes,
as quais deverão
argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em
audiência
ou nos autos.
• Aqui está, portanto, o momento a que se
refere a Lei quando a nulidade ocorrer em
audiência.
Fase Decisória. Última tentativa de conciliação.
• O Juiz pode tentar a conciliação em qualquer
momento
do
processo.
Entretanto,
em
duas
oportunidades
a
tentativa
de
conciliação
é
obrigatória
:
• Primeira: Assim que instaurada a audiência, antes
da apresentação da defesa:
• Última: Após a realização das razões finais em
antes do julgamento. Se diz última e não segunda
porque o Juiz pode, facultativamente, realizar
outras tentativas no curso da audiência.
• A ausência destas tentativas gera nulidade do
processo.
A jurisprudência
tem
sido
branda,
deixando de declarar a nulidade se não for feita a
primeira, mas, for feita a última. Se não for feita a
última, entretanto, declara-se a nulidade.
Fase Decisória. Última tentativa de conciliação. Continuação.
• Se frutífera a conciliação será lavrado o
respectivo termo. A homologação do Juiz
valerá como decisão irrecorrível (art. 831,
parágrafo
único,
CLT),
salvo
para
a
Previdência Social.
• O processo resolve-se com mérito (art. 487,
III, b, CPC/2015).
• Sendo irrecorrível a decisão, há transito em
julgado imediato.
• Somente atacável por Ação Rescisória se
presente (s) alguma (s) hipótese (s) do art.
966 do CPC/2015.
Fase Decisória. Sentença. Introdução. Modalidades de Decisões
• Antes de abordar a sentença propriamente
dita, é preciso conhecer e identificar as
formas pelas quais o juiz se manifesta no
processo. São três (art. 203 do CPC/2015):
• Despacho
de
mero
expediente
:
São
manifestações judiciais que se destinam a
movimentar o processo,
sem conteúdo
decisório
.
• Decisões interlocutórias
: São manifestações
judiciais que se destinam a solucionar
incidentes
que
surgem
no
curso
do
processo
e,
portanto,
tem
conteúdo
Fase Decisória. Sentença. Introdução. Modalidades de Decisões (Cont).
• Sentença
: São manifestações judiciais que
se destinam a
extinguir o processo
, com ou
sem resolução do mérito. Diferencia-se das
decisões
interlocutórias
porque
tem
conteúdo decisório e põe fim ao processo
.
Trata-se
aqui
do
termo
“sentença” no
sentido amplo, porque no sentido estrito
sentença é a decisão proferida pelo primeiro
grau.
A
decisão
do
segundo
grau
é
chamada de Acórdão e do terceiro e quarto
graus é denominada de Aresto, embora a
praxe já venha designando as decisões de
terceiro e quarto graus também como
Acórdão.
Fase Decisória. Sentença. Conceito legal.
• Eis a redação do art. 203, § 1º do
CPC/2015:
– Art. 203: ...
– § 1º Ressalvadas as disposições expressas dos
procedimentos
especiais,
sentença
é
o
pronunciamento por meio do qual o juiz, com
fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase
cognitiva do procedimento comum, bem como
extingue a execução.
Fase Decisória. Modalidades de sentença
• A sentença pode extinguir o processo sem
resolução do mérito (terminativa) ou com
resolução do mérito (definitiva).
• Quando há extinção sem resolução do mérito,
o juiz está negando ao autor o pedido
imediato
,
ou
seja,
o
pedido
de
tutela
jurisdicional.
Por
alguma
razão,
está
decretando que o exercício do direito de ação
(postular uma tutela jurisdicional do Estado) foi
exercido de forma irregular.
• As hipóteses para extinção sem resolução do
mérito estão expressas no art. 485 do Código
de Processo Civil de 2015.
Fase Decisória. Modalidades de sentença
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial (
após o Juízo inicial de adm.
);;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência
das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor
abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias(
II e III, intimar
pessoalmente o autor para que o faça em 5 dias
);
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de
desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de
coisa julgada
(não pode renovar a ação se a extinção se deu por este
inciso)
;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual
(observar que foi retirada a “possibilidade jurídica” bem como a
referência às condições da ação
;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou
quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível
por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código.
(o rol não é taxativo. Ex:
Art 129 do CPC – lide simulada; art. 47, § único, CPC – litisconsórcio
Fase Decisória. Modalidades de sentença (Cont).
• Quando há extinção com resolução do mérito,
significa que
o juiz irá atender ao pedido
imediato,
ou
seja,
entregará
a
tutela
jurisdicional
e irá analisar o pedido mediato, ou
seja, o próprio mérito da causa, que é o conflito
surgido na relação jurídica de base.
• Também ocorre extinção com resolução do
mérito, por definição legal (art. 487, CPC),
quando o juiz acolhe decadência e prescrição,
homologa acordo entre as partes e ocorre a
renúncia do autor sobre o direito que fundava a
ação.
Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença.
• A
sentença
é
composta
de
relatório,
fundamentação e dispositivo (também chamado
de decisum), salvo no rito sumaríssimo onde o
relatório é dispensado.
• No relatório o juiz faz uma breve narrativa dos
fatos ocorridos no processo até aquele momento,
indicando resumidamente o objeto da petição
inicial, as razões de defesa, as provas produzidas
e o que de mais entender conveniente relatar.
– Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
– I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a
identificação do caso, com a suma do pedido e da
contestação, e o registro das principais ocorrências
Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).
• Na
fundamentação
o juiz indicará as
razões de decidir
. É
aqui que o juiz deve aplicar o
Princípio da Persuasão
Racional
. O Juiz é livre para apreciar as provas de decidir,
estando adstrito somente à lei e à sua consciência.
Entretanto, como quer que decida, deve convencer
racionalmente o leitor de suas razões.
• Quando se diz “convencer”, evidentemente não se quer
dizer que o leitor irá concordar com o que foi decidido (e
para isto existem os recursos) mas deve compreender o
processo lógico de raciocínio do juiz para chegar àquela
decisão.
– Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
– ...
– II - os fundamentos, em que o juiz analisará as
questões de fato e de direito;
Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).
• A aplicação deste princípio deve ser
feita em três passos:
•
1º Passo: Fixar o fato que reputa
verdadeiro;
• 2º Passo: Indicar a prova que o
convenceu do fato, ou de quem era o
ônus da prova que não foi produzida;
• 3º Passo: Aplicar o direito sobre o fato
Fundamentação das decisões
Art. 489 do CPC 2015
O CPC diz quando não se considera fundamentada a SENTENÇA:
§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta
àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a
INSTRUÇÃO NORMATIVA 39
DO TST
Art. 15 da INSTRUÇÃO NORMATIVA 39 DO TST – INCISOS I e II
Art. 15. O atendimento à exigência legal de fundamentação das decisões judiciais
(CPC, art. 489, § 1º) no Processo do Trabalho observará o seguinte:
I – por força dos arts. 332 e 927 do CPC, adaptados ao Processo do Trabalho, para efeito dos incisos V e VI do § 1º do art. 489 considera-se “precedente”
apenas:
a) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho em julgamento de recursos repetitivos (CLT, art. 896-B; CPC, art. 1046, § 4º);
b) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
c) decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;
d) tese jurídica prevalecente em Tribunal Regional do Trabalho e não conflitante com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho (CLT, art. 896, § 6º);
Fundamentação das decisões
Art. 15 da INSTRUÇÃO NORMATIVA 39 DO TST – INCISOS I e II
. 15. O atendimento à exigência legal de fundamentação das decisões judiciais
(CPC, art. 489, § 1º) no Processo do Trabalho observará o seguinte:
I – por força dos arts. 332 e 927 do CPC, adaptados ao Processo do Trabalho, para efeito dos incisos V e VI do § 1º do art. 489 considera-se “precedente”
apenas: (...)
e) decisão do plenário, do órgão especial ou de seção especializada competente para uniformizar a jurisprudência do tribunal a que o juiz estiver vinculado ou do Tribunal Superior do Trabalho.
II – para os fins do art. 489, § 1º, incisos V e VI do CPC, considerar-se-ão unicamente os precedentes referidos no item anterior, súmulas do Supremo Tribunal Federal, orientação jurisprudencial e súmula do Tribunal Superior do
Trabalho, súmula de Tribunal Regional do Trabalho não conflitante com súmula ou orientação jurisprudencial do TST, que contenham explícita referência aos fundamentos determinantes da decisão (ratio decidendi).
Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).
• Sentença NÃO fundamentada:
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão
judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão,
que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase
de ato normativo, sem explicar sua relação com a
causa ou a questão decidida;
• Evidente e sem controvérsia. Como vimos
acima, o 3º passo é aplicar o direito sobre o
fato, não podendo, evidentemente, lançar o
Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).
• Sentença NÃO fundamentada:
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer
decisão judicial, seja ela interlocutória,
sentença ou acórdão, que:
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados,
sem explicar o motivo concreto de sua
incidência no caso;
• Evidente e sem controvérsia. Assim como o
texto
legal,
textos
de
doutrina
podem
fundamentar o convencimento do julgador,
desde
que,
evidentemente,
estejam
relacionados ao caso concreto.
Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).
• Sentença NÃO fundamentada:
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer
decisão judicial, seja ela interlocutória,
sentença ou acórdão, que:
III - invocar motivos que se prestariam a justificar
qualquer outra decisão;
• Ainda pior. Aplicabilidade evidente: Texto
pronto é inadmissível. A decisão deve ser
particularizada, ainda que, evidentemente,
possa ser idêntica à decisões proferidas em
idênticas causas, o que, obviamente, deve
ser mencionado, nomeadamente nas causas
que
discutem
matéria
de
direito
exclusivamente.
Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).
• Sentença NÃO fundamentada:
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer
decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença
ou acórdão, que:
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no
processo capazes de, em tese, infirmar a
conclusão adotada pelo julgador
;
• Histórico:
Reação
legislativa
à
posição
jurisprudencial
até
então
consolidade
no
sentido de que o Juiz não está obrigado a
rebater
“ponto a ponto” todos os argumentos
das partes.
• Controvérsia: Maior parte da magistratura é
contra
este
dispositivo.
Maior
parte
da
advocacia é a favor.
Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).
• Sentença NÃO fundamentada:
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer
decisão judicial, seja ela interlocutória,
sentença ou acórdão, que:
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado
de súmula, sem identificar seus fundamentos
determinantes nem demonstrar que o caso sob
julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
• Evidente e sem controvérsia. Como já se
disse nos comentários anteriores. Não pode
aplicar norma, conceito doutrinário e, agora,
jurisprudência, sem relacionar com a hipótese
fática em exame.
Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).
• Sentença NÃO fundamentada:
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão
judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão,
que:
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência
ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a
existência de distinção no caso em julgamento ou a
superação do entendimento.
• Aqui altíssima controvérsia que será profundamente
analisada no módulo de recursos. Alteração de
paradigma no Direito processual brasileiro ao tornar
obrigatória a aplicação de Súmulas, jurisprudências e
precedentes.
Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).
SISTEMA DE PRECEDENTES
Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:
I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle
concentrado de constitucionalidade;
II - os enunciados de súmula vinculante;
III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou
de resolução de demandas repetitivas e em julgamento de
recursos extraordinário e especial repetitivos;
IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal
em matéria constitucional e do Superior Tribunal de Justiça
em matéria infraconstitucional;
V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais
estiverem vinculados.
• Na mesma linha segue a Lei 13.015/2014 sobre
os recursos trabalhistas.
FAMILIAS JURÍDICAS
Existem duas FAMÍLIAS JURÍDICAS como forma de manifestação
do DIREITO que são mais usuais:
família romano-germânica
(CIVIL
LAW) e
família anglo-saxônica
(COMMON LAW);
A CIVIL LAW concede papel de destaque às normas escritas e
legisladas, defendendo que o direito deva ser codificado. Coloca em
segundo plano as demais FONTES de DIREITO, como costumes e
jurisprudência; foi criado nas universidades europeias
A COMMON LAW foi criado pelos próprios juízes na resolução de
determinados processos, principalmente nos Tribunais Reais de
Justiça; então, a própria formação dos juristas na COMMON LAW se
baseou na atividade prática;
Hoje há uma tendência de aproximação dos dois sistemas jurídicos,
com adoção de normas codificadas em países de common law e com a
valorização de precedentes nos países de civil law
PRECEDENTE : CONCEITO
PRECEDENTE é a decisão judicial tomada à luz de um
caso concreto, cujo elemento normativo pode servir como
diretriz para o julgamento posterior de casos análogos
É na verdade a RAZÃO DE
DECIDIR, sendo denominado
como ratio decidendi
Há um olhar para TRÁS =
visão retrospectiva –
não é a
decisão original que define o
PRECEDENTE, mas julgados
posteriores, que o reconhecer
como tal
E há um
aspecto
PROSPECTIVO
= os
Tribunais ao decidirem devem
ter a dimensão que seus
julgados serão observados no
futuro
PERSUASIVOS
VINCULANTES observância não obrigatória
PRECEDENTE :CLASSIFICAÇÃO
Classificam-se os PRECEDENTES em persuasivos e
vinculantes segundo o grau de EFICÁCIA que possuem
dentro de um ordenamento.
Não são de observância
obrigatória.
Exemplos: decisão de Turma do
TST
PERSUASIVOS
VINCULANTES
São obrigatoriamente observados
pelo julgador ao proferir decisões
semelhantes, sob pena de incorrer
em erro quanto à aplicação do
DIREITO
Possuem FUNDAMENTOS FÁTICOS e FUNDAMENTOS JURÍDICOS
É uma diferença essencial da lei, já que esta como norma geral e abstrata, desliga-se dos fundamentos que a originaram, passando as discussões levantadas antes de sua criação a serem um dado histórico (...). O precedente está umbilicalmente vinculado ao caso concreto que
lhe deu fundamento, não se admitindo a análise tão somente da tese jurídica criada, mas essencialmente do (s) casos (s) que lhe deu (deram) origem (Élisson Miessa)
PRECEDENTE :CLASSIFICAÇÃO
Classificam-se os PRECEDENTES em persuasivos e
vinculantes segundo o grau de EFICÁCIA que possuem
dentro de um ordenamento.
Não são de observância
obrigatória.
Exemplos: decisão de Turma do
TST
PERSUASIVOS
VINCULANTES
São obrigatoriamente observados
pelo julgador ao proferir decisões
semelhantes, sob pena de incorrer
em erro quanto à aplicação do
DIREITO
PRECEDENTE, JURISPRUDÊNCIA E SÚMULA
PRECEDENTE
É decisão judicial
da qual se retira
a
ratio decidendi
PRECEDENTE reiteradamente aplicado vira JURISPRUDÊNCIA SÚMULA é o resumo da jurisprudência dominante do tribunal a respeito de determinada matériaPRECEDENTE JURISPRUDÊNCIA SÚMULA
E V O L U Ç Ã O
Art. 927. Os juízes e os
tribunais observarão:
I - as decisões do Supremo
Tribunal Federal em
controle concentrado de
constitucionalidade;
II - os enunciados de
súmula vinculante;
Rol de precedentes : art.
927 CPC
Incisos I e II do art. 927 não é
novidade: ADC e ADin e
(art. 103 da CF)
Súmulas vinculantes estão da
CF (art. 103-A da CF)
Não se deve confundir EFEITO OBRIGATÓRIO DO PRECEDENTE e EFEITO VINCULANTE da decisão
em controle concentrado de constitucionalidade
(Fred Didier). “No julgamento de uma ADI, O STF entende que uma lei estadual (n. 1000/2007),
p. ex.) é inconstitucional por invadir matéria de competência da lei federal. A coisa julgada vincula todos à seguinte decisão: a lei estadual n. 1000/2007 é inconstitucional; a eficácia do
precedente recai sobre a seguinte ratio decidendi: ‘a lei estadual não pode versar sobre determinada matéria, que é da competência da lei federal’. Se for editada outra lei estadual,
noutro Estado, haverá necessidade de propor nova ADI, sobre a nova lei, cuja decisão certamente será baseada no precedente anterior; arguida a sua inconstitucionalidade em sede de controle difuso, deverá ser observado esse precedente prévio e obrigatório do STF
Art. 927. Os juízes e os tribunais
observarão:
(...) III – os acordãos em
incidente de resolução de
demandas repetitivas e
incidente de assunção de
competência
e em julgamento
de recurso extraordinário e
especial repetitivos
IV - os enunciados das
súmulas do Supremo Tribunal
Federal em matéria
constitucional e do Superior
Tribunal de Justiça em
matéria infraconstitucional;
V - a orientação do plenário
ou do órgão especial aos
quais estiverem vinculados.
Rol de precedentes : art.
927 CPC
JULGAMENTOS DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS COM REPERCUSSÃO GERAL; SÚMULAS DE TRIBUNAIS SUPERIORES; ORIENTAÇÃO DO PLENÁRIO ou DO ÓRGÃO ESPECIAL Deixemos o incidente de resolução de demandas repetitivas e o incidente de assunção de competência por último...Fontes : Súmula vinculante
Art. 103- A da CF
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou
por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus
membros, após reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação
na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos
demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem
como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma
estabelecida em lei. (Artigo acrescentado pela
Emenda
Além das SÚMULAS
VINCULANTES, as Súmulas
do STF em matéria
constitucional são
obrigatórias;
e
As Súmulas do TST em
matéria infraconstitucional
Súmulas do STF
Súmulas do TST
Súmulas do TRT
Art. 927, IV do CPC Acórdãos do STF com
repercussão geral;
Precedentes de
orientação do Plenário
ou Órgão Especial dos
Tribunais Regionais
(art. 927, IV do CPC) Súmula pode conter um PRECEDENTE,
mas nem todo o PRECEDENTE pode ser Súmula;
Porque a SÚMULA pressupõe uma prévia reiteração de julgados (processos); Deve
HORIZONTAL : orgãos
fracionários (
Turmas, SDI e
SDC
) do próprio Tribunal
devem observar os
precedentes de seu Tribunal
Precedentes dos Regionais
Súmula 244 do TST
244. Gestante. Estabilidade provisória.
III. A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de
admissão mediante contrato por tempo determinado.
A obrigatoriedade das
Súmulas (do TST e TRTs)
e dos julgamentos do
Plenário
VERTICAL:
Todas as Varas – órgãos de
instância inferior devem
observar as súmulas de
decisões do Plenário
TJP 5 do TRT 02 - Empregada gestante. Contrato a termo. Garantia provisória de emprego.
(Res. TP nº 05/2015 - DOEletrônico 13/07/2015)
A empregada gestante não tem direito à garantia provisória de emprego prevista no art. 10, inciso II,
alínea "b", do ADCT, na hipótese de admissão por contrato a termo.
Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul
Súmula 61
Súmula nº 61 - HONORÁRIOS ASSISTENCIAIS
Atendidos os requisitos da Lei 1.060/50, são devidos os honorários de assistência judiciária gratuita, ainda que o advogado da parte não esteja
credenciado pelo sindicato representante da categoria profissional.
III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da
relação de emprego.
Precedentes dos Regionais
Súmula 219, III do TST
III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de
Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul
Súmula 3 -LEI 8.177/91, ART. 39, § 2º. INCONSTITUCIONALIDADE.
É inconstitucional o parágrafo 2º do artigo 39 da Lei nº 8.177, de 1º de março de 1991.
Resolução Administrativa nº 19/1992 Publicada no DJE de 09 de novembro
de 1992.
Precedentes dos Regionais
O Supremo Tribunal Federal, ao examinar as ADI’s 4357
e 4425, que têm como objeto a inconstitucionalidade das alterações promovidas pela EC nº 62/2009, declarou a inconstitucionalidade, por arrastamento, do art. 1ºF, da Lei nº 9.494/1997, com redação dada pela
Lei nº 11.960/2009, ao considerar que o "índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança" é incapaz de refletir a real flutuação de
preços apurada no período em referência (Informativo nº 698 do STF). Demais disto, o E. STF determinou que os Tribunais de
Justiça de todos os Estados e do DF continuassem os pagamentos de precatórios na forma anterior à decisão proferida nas ADI’s 4357/DF e
4425/DF até que fossem modulados os efeitos da decisão, entendendo o C. TST não existir motivo para não aplicar o mesmo aos precatórios nesta
Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).
• No
dispositivo
o
Juiz
indicará
o
resultado
do
julgamento
e
suas
conseqüências jurídicas.
Art. 489. São elementos essenciais da
sentença:
...
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá
as questões principais que as partes lhe
Recorribilidade e retratablidade.
• Despachos de mero expediente não são
recorríveis porque não tem conteúdo decisório.
• Decisões interlocutórias, via de regra, não são
recorríveis de imediato (art. 893, § 1º, CLT).
Exceções:
Despacho que nega seguimento a recurso (Agravo
ou Embargos declaratórios quando se nega
seguimento ao recurso por equívoco no exame dos
pressupostos extrínsecos de admissibilidade);
Decisões com erro “in procedendo”;
Decisões monocráticas nos Tribunais;
Fixa o valor da causa (Procedimento Sumário);
Acolhem exceção de incompetência e remetem os
autos a outro ramo do Poder Judiciário ou, até
mesmo, a outro Regional.
Recorribilidade e retratablidade. Continuação.