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FASE DECISÓRIA RAZÕES FINAIS SENTENÇA COISA JULGADA

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(1)

DIREITO DO TRABALHO

FASE DECISÓRIA

RAZÕES FINAIS

SENTENÇA

(2)

Fase Decisória. Razões Finais

• Concluída a produção das provas, o Juízo encerra

a fase probatória e inicia a fase decisória.

• O primeiro passo da fase decisória é a

apresentação de razões finais. Podem ser escritas

(memoriais) ou verbais (debates orais). A CLT

determina que sejam feitas oralmente, no prazo de

10 minutos a cada parte, primeiro o reclamante e

depois a reclamada. O juiz pode, verificando a

complexidade do processo, suspender a sessão

para permitir a apresentação de memoriais.

• Nas razões finais a parte deve proceder a

adequação

entre a fase postulatória e a fase

probatória.

(3)

Fase Decisória. Razões Finais

• A importância das razões finais, além de seu

objetivo primeiro (adequação) já visto, é que

este é o primeiro momento legalmente

concedido às partes para manifestação nos

autos.

• Estabelece o art. 795 da CLT:

• Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão

mediante provocação das partes,

as quais deverão

argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em

audiência

ou nos autos.

• Aqui está, portanto, o momento a que se

refere a Lei quando a nulidade ocorrer em

audiência.

(4)

Fase Decisória. Última tentativa de conciliação.

• O Juiz pode tentar a conciliação em qualquer

momento

do

processo.

Entretanto,

em

duas

oportunidades

a

tentativa

de

conciliação

é

obrigatória

:

• Primeira: Assim que instaurada a audiência, antes

da apresentação da defesa:

• Última: Após a realização das razões finais em

antes do julgamento. Se diz última e não segunda

porque o Juiz pode, facultativamente, realizar

outras tentativas no curso da audiência.

• A ausência destas tentativas gera nulidade do

processo.

A jurisprudência

tem

sido

branda,

deixando de declarar a nulidade se não for feita a

primeira, mas, for feita a última. Se não for feita a

última, entretanto, declara-se a nulidade.

(5)

Fase Decisória. Última tentativa de conciliação. Continuação.

• Se frutífera a conciliação será lavrado o

respectivo termo. A homologação do Juiz

valerá como decisão irrecorrível (art. 831,

parágrafo

único,

CLT),

salvo

para

a

Previdência Social.

• O processo resolve-se com mérito (art. 487,

III, b, CPC/2015).

• Sendo irrecorrível a decisão, há transito em

julgado imediato.

• Somente atacável por Ação Rescisória se

presente (s) alguma (s) hipótese (s) do art.

966 do CPC/2015.

(6)

Fase Decisória. Sentença. Introdução. Modalidades de Decisões

• Antes de abordar a sentença propriamente

dita, é preciso conhecer e identificar as

formas pelas quais o juiz se manifesta no

processo. São três (art. 203 do CPC/2015):

• Despacho

de

mero

expediente

:

São

manifestações judiciais que se destinam a

movimentar o processo,

sem conteúdo

decisório

.

• Decisões interlocutórias

: São manifestações

judiciais que se destinam a solucionar

incidentes

que

surgem

no

curso

do

processo

e,

portanto,

tem

conteúdo

(7)

Fase Decisória. Sentença. Introdução. Modalidades de Decisões (Cont).

• Sentença

: São manifestações judiciais que

se destinam a

extinguir o processo

, com ou

sem resolução do mérito. Diferencia-se das

decisões

interlocutórias

porque

tem

conteúdo decisório e põe fim ao processo

.

Trata-se

aqui

do

termo

“sentença” no

sentido amplo, porque no sentido estrito

sentença é a decisão proferida pelo primeiro

grau.

A

decisão

do

segundo

grau

é

chamada de Acórdão e do terceiro e quarto

graus é denominada de Aresto, embora a

praxe já venha designando as decisões de

terceiro e quarto graus também como

Acórdão.

(8)

Fase Decisória. Sentença. Conceito legal.

• Eis a redação do art. 203, § 1º do

CPC/2015:

– Art. 203: ...

– § 1º Ressalvadas as disposições expressas dos

procedimentos

especiais,

sentença

é

o

pronunciamento por meio do qual o juiz, com

fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase

cognitiva do procedimento comum, bem como

extingue a execução.

(9)

Fase Decisória. Modalidades de sentença

• A sentença pode extinguir o processo sem

resolução do mérito (terminativa) ou com

resolução do mérito (definitiva).

• Quando há extinção sem resolução do mérito,

o juiz está negando ao autor o pedido

imediato

,

ou

seja,

o

pedido

de

tutela

jurisdicional.

Por

alguma

razão,

está

decretando que o exercício do direito de ação

(postular uma tutela jurisdicional do Estado) foi

exercido de forma irregular.

• As hipóteses para extinção sem resolução do

mérito estão expressas no art. 485 do Código

de Processo Civil de 2015.

(10)

Fase Decisória. Modalidades de sentença

Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:

I - indeferir a petição inicial (

após o Juízo inicial de adm.

);;

II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência

das partes;

III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor

abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias(

II e III, intimar

pessoalmente o autor para que o faça em 5 dias

);

IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de

desenvolvimento válido e regular do processo;

V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de

coisa julgada

(não pode renovar a ação se a extinção se deu por este

inciso)

;

VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual

(observar que foi retirada a “possibilidade jurídica” bem como a

referência às condições da ação

;

VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou

quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;

VIII - homologar a desistência da ação;

IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível

por disposição legal; e

X - nos demais casos prescritos neste Código.

(o rol não é taxativo. Ex:

Art 129 do CPC – lide simulada; art. 47, § único, CPC – litisconsórcio

(11)

Fase Decisória. Modalidades de sentença (Cont).

• Quando há extinção com resolução do mérito,

significa que

o juiz irá atender ao pedido

imediato,

ou

seja,

entregará

a

tutela

jurisdicional

e irá analisar o pedido mediato, ou

seja, o próprio mérito da causa, que é o conflito

surgido na relação jurídica de base.

• Também ocorre extinção com resolução do

mérito, por definição legal (art. 487, CPC),

quando o juiz acolhe decadência e prescrição,

homologa acordo entre as partes e ocorre a

renúncia do autor sobre o direito que fundava a

ação.

(12)

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença.

• A

sentença

é

composta

de

relatório,

fundamentação e dispositivo (também chamado

de decisum), salvo no rito sumaríssimo onde o

relatório é dispensado.

• No relatório o juiz faz uma breve narrativa dos

fatos ocorridos no processo até aquele momento,

indicando resumidamente o objeto da petição

inicial, as razões de defesa, as provas produzidas

e o que de mais entender conveniente relatar.

– Art. 489. São elementos essenciais da sentença:

– I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a

identificação do caso, com a suma do pedido e da

contestação, e o registro das principais ocorrências

(13)

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• Na

fundamentação

o juiz indicará as

razões de decidir

. É

aqui que o juiz deve aplicar o

Princípio da Persuasão

Racional

. O Juiz é livre para apreciar as provas de decidir,

estando adstrito somente à lei e à sua consciência.

Entretanto, como quer que decida, deve convencer

racionalmente o leitor de suas razões.

• Quando se diz “convencer”, evidentemente não se quer

dizer que o leitor irá concordar com o que foi decidido (e

para isto existem os recursos) mas deve compreender o

processo lógico de raciocínio do juiz para chegar àquela

decisão.

– Art. 489. São elementos essenciais da sentença:

– ...

– II - os fundamentos, em que o juiz analisará as

questões de fato e de direito;

(14)

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• A aplicação deste princípio deve ser

feita em três passos:

1º Passo: Fixar o fato que reputa

verdadeiro;

• 2º Passo: Indicar a prova que o

convenceu do fato, ou de quem era o

ônus da prova que não foi produzida;

• 3º Passo: Aplicar o direito sobre o fato

(15)

Fundamentação das decisões

Art. 489 do CPC 2015

O CPC diz quando não se considera fundamentada a SENTENÇA:

§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:

I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;

II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;

III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;

IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;

V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta

àqueles fundamentos;

VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a

(16)

INSTRUÇÃO NORMATIVA 39

DO TST

Art. 15 da INSTRUÇÃO NORMATIVA 39 DO TST – INCISOS I e II

Art. 15. O atendimento à exigência legal de fundamentação das decisões judiciais

(CPC, art. 489, § 1º) no Processo do Trabalho observará o seguinte:

I – por força dos arts. 332 e 927 do CPC, adaptados ao Processo do Trabalho, para efeito dos incisos V e VI do § 1º do art. 489 considera-se “precedente”

apenas:

a) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho em julgamento de recursos repetitivos (CLT, art. 896-B; CPC, art. 1046, § 4º);

b) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;

c) decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;

d) tese jurídica prevalecente em Tribunal Regional do Trabalho e não conflitante com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho (CLT, art. 896, § 6º);

(17)

Fundamentação das decisões

Art. 15 da INSTRUÇÃO NORMATIVA 39 DO TST – INCISOS I e II

. 15. O atendimento à exigência legal de fundamentação das decisões judiciais

(CPC, art. 489, § 1º) no Processo do Trabalho observará o seguinte:

I – por força dos arts. 332 e 927 do CPC, adaptados ao Processo do Trabalho, para efeito dos incisos V e VI do § 1º do art. 489 considera-se “precedente”

apenas: (...)

e) decisão do plenário, do órgão especial ou de seção especializada competente para uniformizar a jurisprudência do tribunal a que o juiz estiver vinculado ou do Tribunal Superior do Trabalho.

II – para os fins do art. 489, § 1º, incisos V e VI do CPC, considerar-se-ão unicamente os precedentes referidos no item anterior, súmulas do Supremo Tribunal Federal, orientação jurisprudencial e súmula do Tribunal Superior do

Trabalho, súmula de Tribunal Regional do Trabalho não conflitante com súmula ou orientação jurisprudencial do TST, que contenham explícita referência aos fundamentos determinantes da decisão (ratio decidendi).

(18)

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• Sentença NÃO fundamentada:

§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão

judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão,

que:

I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase

de ato normativo, sem explicar sua relação com a

causa ou a questão decidida;

• Evidente e sem controvérsia. Como vimos

acima, o 3º passo é aplicar o direito sobre o

fato, não podendo, evidentemente, lançar o

(19)

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• Sentença NÃO fundamentada:

§ 1o Não se considera fundamentada qualquer

decisão judicial, seja ela interlocutória,

sentença ou acórdão, que:

II - empregar conceitos jurídicos indeterminados,

sem explicar o motivo concreto de sua

incidência no caso;

• Evidente e sem controvérsia. Assim como o

texto

legal,

textos

de

doutrina

podem

fundamentar o convencimento do julgador,

desde

que,

evidentemente,

estejam

relacionados ao caso concreto.

(20)

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• Sentença NÃO fundamentada:

§ 1o Não se considera fundamentada qualquer

decisão judicial, seja ela interlocutória,

sentença ou acórdão, que:

III - invocar motivos que se prestariam a justificar

qualquer outra decisão;

• Ainda pior. Aplicabilidade evidente: Texto

pronto é inadmissível. A decisão deve ser

particularizada, ainda que, evidentemente,

possa ser idêntica à decisões proferidas em

idênticas causas, o que, obviamente, deve

ser mencionado, nomeadamente nas causas

que

discutem

matéria

de

direito

exclusivamente.

(21)

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• Sentença NÃO fundamentada:

§ 1o Não se considera fundamentada qualquer

decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença

ou acórdão, que:

IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no

processo capazes de, em tese, infirmar a

conclusão adotada pelo julgador

;

• Histórico:

Reação

legislativa

à

posição

jurisprudencial

até

então

consolidade

no

sentido de que o Juiz não está obrigado a

rebater

“ponto a ponto” todos os argumentos

das partes.

• Controvérsia: Maior parte da magistratura é

contra

este

dispositivo.

Maior

parte

da

advocacia é a favor.

(22)

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• Sentença NÃO fundamentada:

§ 1o Não se considera fundamentada qualquer

decisão judicial, seja ela interlocutória,

sentença ou acórdão, que:

V - se limitar a invocar precedente ou enunciado

de súmula, sem identificar seus fundamentos

determinantes nem demonstrar que o caso sob

julgamento se ajusta àqueles fundamentos;

• Evidente e sem controvérsia. Como já se

disse nos comentários anteriores. Não pode

aplicar norma, conceito doutrinário e, agora,

jurisprudência, sem relacionar com a hipótese

fática em exame.

(23)

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• Sentença NÃO fundamentada:

§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão

judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão,

que:

VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência

ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a

existência de distinção no caso em julgamento ou a

superação do entendimento.

• Aqui altíssima controvérsia que será profundamente

analisada no módulo de recursos. Alteração de

paradigma no Direito processual brasileiro ao tornar

obrigatória a aplicação de Súmulas, jurisprudências e

precedentes.

(24)

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

SISTEMA DE PRECEDENTES

Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:

I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle

concentrado de constitucionalidade;

II - os enunciados de súmula vinculante;

III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou

de resolução de demandas repetitivas e em julgamento de

recursos extraordinário e especial repetitivos;

IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal

em matéria constitucional e do Superior Tribunal de Justiça

em matéria infraconstitucional;

V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais

estiverem vinculados.

• Na mesma linha segue a Lei 13.015/2014 sobre

os recursos trabalhistas.

(25)

FAMILIAS JURÍDICAS

 Existem duas FAMÍLIAS JURÍDICAS como forma de manifestação

do DIREITO que são mais usuais:

família romano-germânica

(CIVIL

LAW) e

família anglo-saxônica

(COMMON LAW);

A CIVIL LAW concede papel de destaque às normas escritas e

legisladas, defendendo que o direito deva ser codificado. Coloca em

segundo plano as demais FONTES de DIREITO, como costumes e

jurisprudência; foi criado nas universidades europeias

A COMMON LAW foi criado pelos próprios juízes na resolução de

determinados processos, principalmente nos Tribunais Reais de

Justiça; então, a própria formação dos juristas na COMMON LAW se

baseou na atividade prática;

Hoje há uma tendência de aproximação dos dois sistemas jurídicos,

com adoção de normas codificadas em países de common law e com a

valorização de precedentes nos países de civil law

(26)

PRECEDENTE : CONCEITO

PRECEDENTE é a decisão judicial tomada à luz de um

caso concreto, cujo elemento normativo pode servir como

diretriz para o julgamento posterior de casos análogos

É na verdade a RAZÃO DE

DECIDIR, sendo denominado

como ratio decidendi

Há um olhar para TRÁS =

visão retrospectiva –

não é a

decisão original que define o

PRECEDENTE, mas julgados

posteriores, que o reconhecer

como tal

E há um

aspecto

PROSPECTIVO

= os

Tribunais ao decidirem devem

ter a dimensão que seus

julgados serão observados no

futuro

PERSUASIVOS

VINCULANTES observância não obrigatória

(27)

PRECEDENTE :CLASSIFICAÇÃO

Classificam-se os PRECEDENTES em persuasivos e

vinculantes segundo o grau de EFICÁCIA que possuem

dentro de um ordenamento.

Não são de observância

obrigatória.

Exemplos: decisão de Turma do

TST

PERSUASIVOS

VINCULANTES

São obrigatoriamente observados

pelo julgador ao proferir decisões

semelhantes, sob pena de incorrer

em erro quanto à aplicação do

DIREITO

Possuem FUNDAMENTOS FÁTICOS e FUNDAMENTOS JURÍDICOS

É uma diferença essencial da lei, já que esta como norma geral e abstrata, desliga-se dos fundamentos que a originaram, passando as discussões levantadas antes de sua criação a serem um dado histórico (...). O precedente está umbilicalmente vinculado ao caso concreto que

lhe deu fundamento, não se admitindo a análise tão somente da tese jurídica criada, mas essencialmente do (s) casos (s) que lhe deu (deram) origem (Élisson Miessa)

(28)

PRECEDENTE :CLASSIFICAÇÃO

Classificam-se os PRECEDENTES em persuasivos e

vinculantes segundo o grau de EFICÁCIA que possuem

dentro de um ordenamento.

Não são de observância

obrigatória.

Exemplos: decisão de Turma do

TST

PERSUASIVOS

VINCULANTES

São obrigatoriamente observados

pelo julgador ao proferir decisões

semelhantes, sob pena de incorrer

em erro quanto à aplicação do

DIREITO

(29)

PRECEDENTE, JURISPRUDÊNCIA E SÚMULA

PRECEDENTE

É decisão judicial

da qual se retira

a

ratio decidendi

PRECEDENTE reiteradamente aplicado vira JURISPRUDÊNCIA SÚMULA é o resumo da jurisprudência dominante do tribunal a respeito de determinada matéria

PRECEDENTE JURISPRUDÊNCIA SÚMULA

E V O L U Ç Ã O

(30)

Art. 927. Os juízes e os

tribunais observarão:

I - as decisões do Supremo

Tribunal Federal em

controle concentrado de

constitucionalidade;

II - os enunciados de

súmula vinculante;

Rol de precedentes : art.

927 CPC

Incisos I e II do art. 927 não é

novidade: ADC e ADin e

(art. 103 da CF)

Súmulas vinculantes estão da

CF (art. 103-A da CF)

Não se deve confundir EFEITO OBRIGATÓRIO DO PRECEDENTE e EFEITO VINCULANTE da decisão

em controle concentrado de constitucionalidade

(Fred Didier). “No julgamento de uma ADI, O STF entende que uma lei estadual (n. 1000/2007),

p. ex.) é inconstitucional por invadir matéria de competência da lei federal. A coisa julgada vincula todos à seguinte decisão: a lei estadual n. 1000/2007 é inconstitucional; a eficácia do

precedente recai sobre a seguinte ratio decidendi: ‘a lei estadual não pode versar sobre determinada matéria, que é da competência da lei federal’. Se for editada outra lei estadual,

noutro Estado, haverá necessidade de propor nova ADI, sobre a nova lei, cuja decisão certamente será baseada no precedente anterior; arguida a sua inconstitucionalidade em sede de controle difuso, deverá ser observado esse precedente prévio e obrigatório do STF

(31)

Art. 927. Os juízes e os tribunais

observarão:

(...) III – os acordãos em

incidente de resolução de

demandas repetitivas e

incidente de assunção de

competência

e em julgamento

de recurso extraordinário e

especial repetitivos

IV - os enunciados das

súmulas do Supremo Tribunal

Federal em matéria

constitucional e do Superior

Tribunal de Justiça em

matéria infraconstitucional;

V - a orientação do plenário

ou do órgão especial aos

quais estiverem vinculados.

Rol de precedentes : art.

927 CPC

JULGAMENTOS DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS COM REPERCUSSÃO GERAL; SÚMULAS DE TRIBUNAIS SUPERIORES; ORIENTAÇÃO DO PLENÁRIO ou DO ÓRGÃO ESPECIAL Deixemos o incidente de resolução de demandas repetitivas e o incidente de assunção de competência por último...

(32)

Fontes : Súmula vinculante

Art. 103- A da CF

Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou

por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus

membros, após reiteradas decisões sobre matéria

constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação

na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos

demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública

direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem

como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma

estabelecida em lei. (Artigo acrescentado pela

Emenda

(33)

Além das SÚMULAS

VINCULANTES, as Súmulas

do STF em matéria

constitucional são

obrigatórias;

e

As Súmulas do TST em

matéria infraconstitucional

Súmulas do STF

Súmulas do TST

Súmulas do TRT

Art. 927, IV do CPC

 Acórdãos do STF com

repercussão geral;

 Precedentes de

orientação do Plenário

ou Órgão Especial dos

Tribunais Regionais

(art. 927, IV do CPC) Súmula pode conter um PRECEDENTE,

mas nem todo o PRECEDENTE pode ser Súmula;

Porque a SÚMULA pressupõe uma prévia reiteração de julgados (processos); Deve

(34)

HORIZONTAL : orgãos

fracionários (

Turmas, SDI e

SDC

) do próprio Tribunal

devem observar os

precedentes de seu Tribunal

Precedentes dos Regionais

Súmula 244 do TST

244. Gestante. Estabilidade provisória.

III. A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das

Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de

admissão mediante contrato por tempo determinado.

A obrigatoriedade das

Súmulas (do TST e TRTs)

e dos julgamentos do

Plenário

VERTICAL:

Todas as Varas – órgãos de

instância inferior devem

observar as súmulas de

decisões do Plenário

TJP 5 do TRT 02 - Empregada gestante. Contrato a termo. Garantia provisória de emprego.

(Res. TP nº 05/2015 - DOEletrônico 13/07/2015)

A empregada gestante não tem direito à garantia provisória de emprego prevista no art. 10, inciso II,

alínea "b", do ADCT, na hipótese de admissão por contrato a termo.

(35)

Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul

Súmula 61

Súmula nº 61 - HONORÁRIOS ASSISTENCIAIS

Atendidos os requisitos da Lei 1.060/50, são devidos os honorários de assistência judiciária gratuita, ainda que o advogado da parte não esteja

credenciado pelo sindicato representante da categoria profissional.

III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da

relação de emprego.

Precedentes dos Regionais

Súmula 219, III do TST

III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de

(36)

Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul

Súmula 3 -LEI 8.177/91, ART. 39, § 2º. INCONSTITUCIONALIDADE.

É inconstitucional o parágrafo 2º do artigo 39 da Lei nº 8.177, de 1º de março de 1991.

Resolução Administrativa nº 19/1992 Publicada no DJE de 09 de novembro

de 1992.

Precedentes dos Regionais

O Supremo Tribunal Federal, ao examinar as ADI’s 4357

e 4425, que têm como objeto a inconstitucionalidade das alterações promovidas pela EC nº 62/2009, declarou a inconstitucionalidade, por arrastamento, do art. 1ºF, da Lei nº 9.494/1997, com redação dada pela

Lei nº 11.960/2009, ao considerar que o "índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança" é incapaz de refletir a real flutuação de

preços apurada no período em referência (Informativo nº 698 do STF). Demais disto, o E. STF determinou que os Tribunais de

Justiça de todos os Estados e do DF continuassem os pagamentos de precatórios na forma anterior à decisão proferida nas ADI’s 4357/DF e

4425/DF até que fossem modulados os efeitos da decisão, entendendo o C. TST não existir motivo para não aplicar o mesmo aos precatórios nesta

(37)

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• No

dispositivo

o

Juiz

indicará

o

resultado

do

julgamento

e

suas

conseqüências jurídicas.

Art. 489. São elementos essenciais da

sentença:

...

III - o dispositivo, em que o juiz resolverá

as questões principais que as partes lhe

(38)

Recorribilidade e retratablidade.

• Despachos de mero expediente não são

recorríveis porque não tem conteúdo decisório.

• Decisões interlocutórias, via de regra, não são

recorríveis de imediato (art. 893, § 1º, CLT).

Exceções:

 Despacho que nega seguimento a recurso (Agravo

ou Embargos declaratórios quando se nega

seguimento ao recurso por equívoco no exame dos

pressupostos extrínsecos de admissibilidade);

Decisões com erro “in procedendo”;

 Decisões monocráticas nos Tribunais;

 Fixa o valor da causa (Procedimento Sumário);

 Acolhem exceção de incompetência e remetem os

autos a outro ramo do Poder Judiciário ou, até

mesmo, a outro Regional.

(39)

Recorribilidade e retratablidade. Continuação.

• As

sentenças

são

recorríveis,

sejam

terminativas ou definitivas.

• As sentenças não são retratáveis.

• Efeito

modificativos

dos

embargos

declaratórios:

– Não consiste na possibilidade de reanálise

de fatos ou provas, ou mesmo de aplicação

do direito.

– Consiste na possibilidade de modificar o

resultado do julgamento se tal for

necessário ao sanar uma omissão,

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