Aula 2 e 3
Revisão Cálculo
¨
Uma função f definida em um conjunto X de número
reais tem o
limite
L
em x
0, escrito como:
se dado qualquer número real
ε
> 0, existe um número
real
δ
> 0, tal que:
quando e
Definição 1: Limite
lim
x→x0
f x
( )
= L,
Aula 2 e 3 – Revisão de Cálculo
Cálculo Numérico 4/31
Conceito de Limite
Definição 2: Continuidade
¨ Seja f uma função definida em um conjunto X de números
reais e . Então f é contínua em x0 se:
¨ A função f é contínua no conjunto X se for contínua em cada
número de X.
¨ C (X) denota o conjunto de todas as funções que são
contínuas em X.
x
0∈ X
lim
Aula 2 e 3 – Revisão de Cálculo
Cálculo Numérico 6/31
Propriedades de funções contínuas
¨ Se e , então: ¤ ; ¤ ; ¤ , sempre que .
f ∈ C a, b
[
]
g ∈ C a, b
[
]
f ± g
(
)
∈ C a, b
[
]
f ⋅ g
(
)
∈ C a, b
[
]
f g
(
)
∈ C a, b
[
]
g x
( )
≠ 0
Definição 3: Convergência
¨ Seja uma sequência infinita de números reais, isto é:
¨ Esta sequência possui limite x* ou converge para x* se
para cada ε > 0, existe um inteiro positivo N(ε) tal que sempre que n > N(ε). Denotaremos a convergência por:
x
n{ }
∞n=1x
n{ }
∞n=1= x
{
1, x
2, x
3,
!
}
lim
n→∞x
n= x *
x
n→ x * quando n → ∞
x
n→
n→∞x *
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Cálculo Numérico 8/31
Teorema 1
¨ Se f é uma função definida no conjunto X de números reais
e , então as seguintes afirmações são equivalentes:
¤ f é contínua em x*;
¤ Se é qualquer sequência em X que converge para x*,
então:
x
0∈ X
xn{ }
∞n=1 lim n→∞ f x( )
n = f x *( )
¨ Os métodos aproximativos dependem da capacidade de se
estimar o comportamento global de uma função em termos de informações locais.
¨ Vamos considerar apenas funções contínuas, já que este é
um requisito mínimo para um comportamento previsível.
¨ Função que não são contínuas podem pular pontos de
interesse, o que pode causar dificuldade na tentativa de aproximar uma solução de um problema.
Aula 2 e 3 – Revisão de Cálculo
Cálculo Numérico 10/31
Definição 4: Diferenciabilidade
¨ Uma função com gráfico liso se comporta de maneira mais
previsível.
Definição 4: Diferenciabilidade
¨ Seja f uma função definida em um intervalo aberto contendo
x0 . A função f é diferenciável em x0 se:
existe. O número f’(x0) é chamado derivada de f em x0 .
¨ Se f possui derivada em cada número do conjunto X é
diferenciável em X.
f ' x
( )
0= lim
x→x0
f x
( )
− f x
( )
0Aula 2 e 3 – Revisão de Cálculo
Teorema 2
¨ Se a função f é diferenciável em x0 , então f é contínua em
x0 .
¨ NOTAÇÃO:
, quando f possui n derivadas contínuas em X.
Para polinômios:
As funções trigonométricas, racionais, logarítimicas e exponenciais também estão em .
f ∈ C
n( )
X
P x
( )
∈ C
∞( )
X
C
∞( )
X
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Cálculo Numérico 14/31
Principais Teoremas
¨ Teorema de Rolle;
¨ Teorema do Valor Médio;
¨ Teorema do Valor Extremo;
Teorema 3: Teorema de Rolle
¨ Suponha (isto é, é contínua em [a, b] e
diferenciável em ]a, b[ ). Se f (a) = f (b) então existe um número tal que f’ (c) = 0.
f ∈ C
1[
a, b
]
c ∈ a, b
(
)
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Cálculo Numérico 16/31
Teorema de Rolle
Teorema 4: Teorema do Valor Médio
¨ Se , então existe um número tal
que:
f ∈ C
1a, b
[
]
c ∈ a, b
(
)
f ' c
( )
=
f b
( )
− f a
( )
b − a
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Cálculo Numérico 18/31
Teorema do Valor Médio
Teorema 5: Teorema do Valor Extremo
¨ Se , então existem , tais
que .
¨ Isto é, existem pontos de mínimo e máximo, não
exclusivamente únicos.
¨ Se , então os pontos c1 e c2 ocorrem ou nos
extremos de [a, b] ou nos pontos em que f’(x) é zero.
f ∈ C
0[
a, b
]
c
1, c
2∈ a, b
[
]
f c
( )
1≤ f x
( )
≤ f c
( )
2, ∀ x ∈ a, b
[
]
.
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Cálculo Numérico 20/31
Teorema do Valor Extremo
Teorema 6: Teorema do Valor Intermediário
¨ Se e k é um número qualquer entre f (a) e
f (b), f (a) < k < f (b), então existe um número tal
que f (c) = k.
¨ ATENÇÃO: O teorema afirma a existência de ao menos um.
Não diz que é único.
f ∈ C
0[
a, b
]
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Cálculo Numérico 22/31
Teorema do Valor Intermediário
Definição 5: Integral de Riemann
¨ A integral de Riemann da função f no intervalo [a, b] é o
limite seguinte, desde que ele exista:
onde os números x0 , x1 , ... , xn satisfazem:
e onde , para cada i = 1, 2, ..., n e zi é
arbitrariamente escolhido no intervalo [xi-1 , xi].
f x
( )
dx
a b∫
= lim
max Δxi→0f z
( )
iΔx
i i=1 n∑
a = x
0≤ x
1≤
! ≤ x
n= b
Δx
i= x
i− x
i−1Aula 2 e 3 – Revisão de Cálculo
Cálculo Numérico 24/31
Integral de Riemann
¨ Uma função f que é contínua em [a, b], também é
integrável em [a, b].
¨ Isto nos permite escolher, para conveniência de cálculo, que
os pontos xi sejam igualmente espaçados em [a, b] e, para cada i = 1, 2, ... , n, escolher zi = xi . Neste caso,
f x
( )
dx
a b∫
= lim
n→∞b − a
n
i=1f x
( )
i n∑
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Cálculo Numérico 26/31
Polinômios e Séries
de Taylor
¨ EXTREMAMENTE IMPORTANTE PARA A ANÁLISE
NUMÉRICA!
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Cálculo Numérico 28/31
Teorema 7: Teorema de Taylor
¨ Suponha que , que exista em [a, b] e
que . Para todo , existe um número entre x0 e x, tal que , onde:
f ∈ C
n[
a, b
]
f
(n+1)x
0∈ [a, b]
x ∈ [a, b]
ξ
( )
x
f x
( )
= P
n( )
x
+ R
n( )
x
P
n( )
x
= f x
( )
0+ f ' x
( )
0(
x − x
0)
+
f " x
( )
02!
(
x − x
0)
2+!+
f
n ( )x
0( )
n!
(
x − x
0)
nTeorema de Taylor
ou ainda:
¨ Pn(x) é chamado polinômio de Taylor de grau n de f em x0
e
¨ Rn (x) é chamado resto (ou erro de truncamento)
relativo a Pn (x).
P
n( )
x
=
f
k ( )x
0( )
k!
(
x − x
0)
k k=0 n∑
R
n( )
x
=
f
n+1 ( )ξ
x
( )
(
)
n +1!
(
x − x
0)
n+1 Erro envolvido na utilização de uma adição truncada ou finitaAula 2 e 3 – Revisão de Cálculo
Cálculo Numérico 30/31
¨ ξ é um valor que depende de x, porém não sabemos
determiná-lo explicitamente.
¨ O Teorema de Taylor apenas garante que tal função existe
e que seu valor está entre x e x0 .
¨ PROBLEMA nos métodos numéricos: Determinar uma
limitação realística para o valor de quando está definido em um intervalo específico, tal que a
aproximação f (x) ≈ Pn (x) seja razoável.
Série de Taylor
¨ A série infinita obtida pelo limite de Pn (x) quando é
chamada Série de Taylor de f em x0 .
¨ Quando x0 = 0, o polinômio de Taylor é chamado polinômio
de Maclaurin e a série de Taylor é geralmente chamada
Série de Maclaurin.