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Covid-19: Piracicaba ultrapassa 50 mil doses de vacinas aplicadas

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APOSENTADORIA

O ministro Marco Aurélio Me-llo, do STF (Supremo Tribunal Fe-deral), decidiu se aposentar da Corte em 5 de julho de 2021, uma semana antes do limite para a apo-sentadoria compulsória, quando completará 75 anos. Em ofício ao presidente do Supremo, Luiz Fux, Marco Aurélio afirmou que dei-xará a função antes da aposenta-doria compulsória para ter mais segurança sobre os proventos. Cada um, com ou sem razão, está preocupado com seu bolso.

PATRIOTA

Erica Gorga — com experi-ência de candidaturas e derro-tas para deputada federal e prefeita — está se movimentan-do com alguns que sobraram no partido Patriota. É certo que será presidente do Diretório Municipal do Partido Patriota em Piracicaba e estará acom-panhada, na liderança, pelo ve-reador Fabrício Poleze, como vice-presidente. Até agora, fala-se em candidatura à Câmara Federal (ou Alesp?) em 2022.

FUNDO

E contra o Fundo Eleitoral, quem fica? Perguntar não ofen-de. A advogada Érica Gorga

po-deria, por gentileza, responder a Edição: 8 páginas

POUPA

Nos dois primeiros meses de 2021, as plataformas digitais do Poupatempo contabilizaram 7,4 mil acessos aos serviços on-line da CDHU (Companhia de Desenvol-vimento Habitacional e Urbano). São 25 opções oferecidas no portal www.poupatempo.sp.gov.br e no aplicativo Poupatempo Digital. É uma das boas ações do ex-gover-nador Geraldo Alckmin (PSDB).

SEM CONFERIR

Encerrando o mês de março — seria este 31 um dia escolhido para um possível golpe? — é bom evitar comentários sobre as esta-tísticas e sobre os políticos que cui-dam do País. Sua Excelência, pre-sidente Jair Bolsonaro (sem parti-do), deveria fazer mais adminis-tração e menos contra-comunica-ção com uso da máquina pública. Onde chegaremos? Deus sabe. O Capiau vai descansar, sem confe-rir os mortos por Covid-19 neste dia, com a pergunta: e quando chegarem aos cinco ou seis mil?

INCÊNDIO

O prédio da Folha de São Paulo, na Alameda Barão de Li-meira, teve um princípio de in-cêndio ontem, sem grandes pro-porções. Em tempos de um País dividido e radicalizado, sempre é preocupante quando se sabe de fogo em órgão de comunicação. Felizmente, não houve vítimas.

50 mil doses de vacinas aplicadas

Vacinação de idosos com mais de 69 anos continua, assim como

de pessoas que receberam 1ª dose da Coronavac até 12 de março

A Secretaria Municipal de Saú-de aplicou até terça (30), 53.405 doses de vacina contra a Covid-19 em idosos com 69 anos ou mais e em profissionais da saúde, segun-do dasegun-dos da Vigilância Epidemioló-gica. Até agora foram vacinadas 40.380 pessoas com a 1ª dose e 13.025 com a 2ª dose. Na última atualização, em 25/03, eram 47.978 pessoas vacinadas entre idosos com 72 anos ou mais e profissionais da saúde, sendo 35.483 com a 1ª dose e 12.495 com a 2ª dose. Idosos com 69 anos ou mais recebem a 1ª dose da vacina Coronavac desde segun-da (29). A vacinação desse grupo está prevista para ocorrer até quin-ta (1º). São vacinadas ainda com a 2ª dose as pessoas que receberam a 1ª dose da Coronavac até o dia 12 de março. A Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, recebeu, para a imunização desses grupos, 12.910 doses da vaci-na do Instituto Butantan no dia 24.

AGENDAMENTO — Para

receber a vacina, esses grupos de-vem fazer o agendamento pelo site https://vacinapira.piracicaba. sp. gov.br/, no qual a pessoa deve escolher o grupo ao qual perten-ce, preencher um formulário e escolher onde quer ser vacina-do, entre as unidades de saúde disponíveis nessa etapa. O agen-damento está disponível e é pos-sível realizá-lo enquanto durar o estoque de vacina que o muni-cípio recebeu na última remessa.

LOCAIS — Dependendo do

momento em que a pessoa fizer o cadastro, os locais indicados se-rão aqueles onde ainda houver doses disponíveis. A informação sobre data e horário de vacina-ção é divulgada automaticamen-te. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a pasta ain-da não recebeu comunicado do Governo do Estado quanto à che-gada de mais doses de vacina

Idosos com 69 anos ou mais recebem a 1ª dose da vacina Coronavac desde segunda (29)

Prefeitura/CCS

contra a Covid-19 para esta se-mana. Mas, assim que houver con-firmação da chegada de mais vaci-nas, a pasta organizará o agenda-mento de acordo com o PNI (Plano Nacional de Imunização) e orien-tação do Estado e a população será comunicada por meio do site e das redes sociais da Prefeitura.

PRÉ-CADASTRO – Para

agilizar a vacinação, é importante também fazer o pré-cadastro no site https://www.vacinaja.sp.gov.br/ do Governo do Estado. Esse pré-cadastro, porém, não dispensa o agendamento no site da Prefeitura.

Pandemia: município

bate o recorde diário

O Plantão Coronavírus dessa terça-feira (30) divulgou um triste recorde diário. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, ontem, Piracicaba registrou 13 óbi-tos, sendo oito homens de 41, 42, 52, 57, 62, 71, 73, 77 anos e cinco mulheres, de 38, 57, 69, 85 e 87 anos. Foram confirmados, desde o início da pandemia até ontem, 39.594 casos; 1.548 casos

suspei-tos; 73.110 casos descartados; 37.274 casos recuperados; 1.680 pessoas em tratamento; 640 óbi-tos. Piracicaba tem mais 193 no-vos casos confirmados, sendo 115 homens com idades entre 1 a 72 anos, 78 mulheres com idades entre 8 a 87 anos. A taxa de ocu-pação de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) estava em 100% e a de ocupação de enfermaria em 86%. A 8 A 8A 8 A 8 A 8 By Elson de Belém

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LEITOS

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OVID

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A2 Quarta-feira, 31 de março de 2021

de modernos sistemas de controle de produtos nas lojas. Um grande grupo de varejo brasilei-ro contbrasilei-rola todas as pe-ças das gondolas de suas lojas, de forma que, saindo uma, outra entra-rá no lugar pouco tempo depois. Na medicina, a varredura no corpo hu-mano permite ao corpo médico sa-ber rapidamente o que está ocor-rendo com o paciente. O próprio pode olhar seu relógio e saber de imediato como estão os indicadores gerais de sua saúde. E constatar o complexo vitamínico de seu corpo, com as necessidades. A enferma-gem atenderá de maneira virtual.

Na educação, a tutoria virtual estará em pauta, detectando as deficiências de cada aluno. No aten-dimento aos clientes, de acordo com o blog Brasil Westcon, em curto prazo, a inteligência artificial esta-rá, a semelhança de humanos, marcando consultas no salão de cabeleireiro do bairro. Mas elimi-nará milhões de empregos - moto-ristas, radiologistas, avaliadores de seguros. Para onde irão esses contingentes? Os horizontes tec-nológicos terão condições de abri-gá-los? É o drama que nos espera. Entremos na pauta de minha análise rotineira: a política. Que impactos ocorrerão na frente da política, onde estão os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário? Serão fortes. A instantaneidade já é característica da atualidade, a denotar a interação de emissores e receptores de mensagens. A transparência plena também será um valor de uma era de cobran-ças e de maior participação social no processo político. A moral e a ética permearão o foro de debates. Governantes e representantes se-rão passados a limpo todo tem-po. Viveremos em tempos mais abertos, onde minorias subirão ao palanque do discurso político.

Ora, esse repertório sinaliza para constante remoção de quadros considerados desafinados com a orquestra social e a respectiva sele-ção de perfis comprometidos com demandas sociais e compromissos. Este analista desenha um horizon-te menos horizon-tenebroso, pintado com as cores da solidariedade e har-monia. Urge acreditar na primei-ra lei da robótica de Asimov: “um robô não pode ferir um ser huma-no ou, por inação, permitir que um ser humano seja prejudicado”.

———

Gaudêncio Torquato, j o r n a l i s t a , e s c r i t o r , p r o f e s s o r t i t u l a r d a USP e consultor polí-t i c o T w i polí-t polí-t e r @ g a u d t o r quato; Blog www. observatoriopolitico.org Gaudêncio Torquato

O

vírus mutante da Covid 19, esse diabo que tenta jogar o planeta no in-ferno, instiga uma ba-teria de interrogações: as vacinas já desenvol-vidas e outras em es-tágio de testes poderão

enfrentar as novas cepas que es-tão surgindo, aqui e ali, saben-do-se que sua letalidade é bem maior que a do atual coronaví-rus? A Humanidade estará pre-parada para debelar pandemias mais intensas e cruéis, como pre-veem cientistas e patrocinadores da ciência, como Bill Gates? O fato é que o mundo está com medo, muito medo, e essa constatação, por si só, causa profunda marca na espécie humana. A marca da dor, do desalento, do descrédito nos governantes, da morte.

A resposta da ciência, até o momento, gera esperança. Em pra-ticamente um ano, o abnegado cor-po de pesquisadores, em seus insti-tutos e laboratórios, conseguem responder ao clamor da Humani-dade, por meio de uma coleção de vacinas que deverá se multiplicar. Trata-se de um dos maiores avan-ços da pesquisa científica em todos os tempos, o que nos leva a inferir que o ser humano ganhará a guer-ra, mesmo que algumas batalhas sejam perdidas para o inimigo.

Estamos avançando celere-mente no campo da Inteligência Artificial. Que poderá ajudar o pla-neta a alcançar imensas conquis-tas em importantes setores da ci-ência, como prevê o escritor israe-lense Yuval Harari, em sua conhe-cida obra (Homo Sapiens, Homo Deus, 21 Lições para o Século XXI). O homem, diz ele, possui duas habilidades fundamentais e inigualáveis, a conectividade e a atualização, isto é, a capacidade de se conectar com outras redes neurais e continuar aprendendo, e a habilidade de se atualizar.

A inteligência artificial já co-meça a fazer presença em nossas vidas, bastando lembrar o reco-nhecimento da pessoa pela voz e pelos traços, algoritmos que ori-entam os empreendimentos e sis-temas de vendas, enfim, como “o principal impulsionador de tecno-logias emergentes, como Big Data, Robótica e IoT “(Internet das Coi-sas)” nos termos usados pelo blog Brasil Westcon. Os carros elétri-cos já são uma realidade, integran-do o esforço para diminuir a ex-pansão do gás carbono, apesar de não ter se descoberto ainda um processo menos poluidor de fabri-cação de baterias. Logo mais, te-remos os carros autônomos, e com eles, a possibilidade de menor ín-dice de acidentes nas estradas.

No vasto campo da robótica, o progresso é extraordinário, a par-tir da implantação no chão de fá-bricas de robôs que operam na montagem e empilhamento, a par

Inteligência artificial

entra em campo

A moral e a ética

A moral e a ética

A moral e a ética

A moral e a ética

A moral e a ética

permearão o foro

permearão o foro

permearão o foro

permearão o foro

permearão o foro

de debates

de debates

de debates

de debates

de debates

Data da fundação: 01 de agosto de 1.974

(diário matutino - circulação de terça-feira a domingo)

Fundador e diretor: Evaldo Vicente COMERCIALIZAÇÃO Gerente: Sidnei Borges

SB – Jornais Regionais – EIRELI - 27.859.199/0001-64 Rua Madre Cecilia, 1770 - Piracicaba/SP - CEP 13.400-490

- Tel (19) 2105-8555

IMPRESSÃO: Jornais TRP Ltda, rua Luiz Gama, 144 – CEP 13.424-570

Jardim Caxambu - Piracicaba-SP, tel 3411-3309

Templos e vendilhões

O rasgão no lugar

O rasgão no lugar

O rasgão no lugar

O rasgão no lugar

O rasgão no lugar

mais sagrado do

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templo evidencia

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uma quebra

uma quebra

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de contrato

de contrato

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Camilo Irineu Quartarollo

N

o limiar da era cristã, na hora noa e de nuvens pesadas e suspensas, pendia da cruz o último profeta e o véu do templo ras-gou-se de cima

abai-xo. O cristianismo dá novo in-fluxo ao mundo dos despossuí-dos, nus como o crucificado pelo mundo com a eleição de um novo senhor, que não era grego nem romano, nem Dionísio, nem Baco, nem mesmo Júpiter. No ano setenta d.C., as tropas de Tito arrancam até as pedras de fundação do templo em busca de metais preciosos e crucificam centenas de ju-deus, ruína. Marcos escrevera por volta do ano 67 e essas coisas estavam por acontecer. Jerusalém é terra arrasada. O profeta chora pelo lar destruí-do, pelos que elevaram a voz,

e por isso, mortos. Ci-dade que mata profetas! O templo não fora somente um bom negó-cio projetado por Hero-des ao expandir o antigo feito por Salomão, crian-do agora a esplanada crian-dos gentios e fluxo de mais devotos e oferendas, dando uma torre de sen-tinela aos romanos, para lhes acal-mar. Herodes criou uma verdadei-ra casa bancária, onde se vendiam oferendas, trocavam-se moedas, favores, política, terras e religião.

Na entrada do templo fica-vam as salas de estudo dos es-cribas – era também a casa da Justiça e sala de reunião dos sa-cerdotes, dentre os quais al-guns piedosos como José de Ari-mateia, Nicodemos e Gamaliel.

O velho Herodes, matador de inocentes, morrera deixando qua-tro rebentos principescos, um da Galileia e assassino de João Batista no banquete macabro, genocida como o pai. Enquanto Herodes

Antipas construía a rica cidade de Tiberíades junto ao lago Genesaré, grassava uma pandemia de lepra e outras doenças pela região, cujo médico também subia a Jerusa-lém na páscoa, e desde a infância. Do pátio dos gentios até o templo de Salomão propriamente dito estavam os negociantes com cabras nas costas, com bois laça-dos, cujos animais defecavam no piso, enquanto junto às colunas, em meio a esse alvoroço, levitas ori-entavam o povo sobre a lei e numa destas colunas o próprio Jesus.

As lojas ficavam sob as esca-darias, mas os vendilhões subiam regatear animais a serem oferta-dos e, no Jardim das Oliveiras, possuíam moinhos, viveiros e si-los, tudo para venda de sacrifíci-os. Era um sistema “perfeito” de

se financiar o bem-estar próprio e os males gerais da nação.

Na hora da morte do cruci-ficado, ao cair da cabeça, ventos e tempestade se abateram sobre a cidade e a cortina mui alta e grossa do Santo dos santos, onde ficava a arca da aliança, rasgou de cima abaixo. O rasgão no lugar mais sagrado do tem-plo evidencia uma quebra de con-trato, o abandono do antigo lu-gar sagrado. Ali não haverá mais sacrifícios, vendas de ani-mais, troca de moedas. O verda-deiro sacrifício está além de tem-plos, suntuosos, bonitos e ocos, o ser humano é o templo e o jar-dim viçoso de Deus, do nascer, crescer, morrer, semear, numa troca perpétua. Doravante vale o dito à samaritana sobre a adora-ção “em espírito e em verdade”.

———

Camilo Irineu Quarta-rollo, escrevente e es-critor, autor do livro A ressurreição de Abayomi entre outros

A ganância e o sedentarismo

O emprego no pós-pandemia

Almir Pazzianotto Pinto

P

redominam in-certezas sobre o que acontecerá ao cessar a pandemia. Países organizados, com instituições segu-ras, povos

disciplina-dos, constituições firmes e respei-tadas, bons recursos financeiros, empresas sólidas, crédito interno e internacional, se recuperarão com alguma rapidez. O nosso caso, porém, deverá ser diferente. A Constituição é frágil e fonte de insegurança jurídica. Boa parte da legislação ordinária está ultra-passada. O endividamento é bru-tal. A estrutura industrial está em queda livre. São 14 milhões os de-sempregados. Para complicar, em 2022 teremos eleições gerais, comprometidas pela bipolaridade bolsonarismo versus petismo.

É impossível prever quando se alcançará o desejável nível de sucesso no combate ao Covid-19. A vacinação de adultos e jovens talvez esteja concluída no último trimestre. Dependerá de planeja-mento, do estoque de vacinas, da eficácia contra mutações. O bió-logo Fernando Reinach, colunis-ta de O Escolunis-tado, publicou artigo com o título Ineficaz contra uma variante, no qual levanta dúvi-das sobre os efeitos da Corona-vac e da AstraZeneca sobre “a variedade de Manaus (P.1) que assola o País” (20/3, pág. A21).

No melhor dos mundos o Bra-sil começaria a retornar à situação

pré-pandemia no pri-meiro semestre de 2023. Trata-se, contudo, de mero exercício de futu-rologia pois o que temos, no momento, é o núme-ro de mortos e de infec-tados em ascensão.

Procuro acreditar na retomada lenta, mas segura e sustentável das atividades empresariais. Imagi-no que o ramo da construção civil terminará obras em anda-mento e lançará prédios para as faixas de menor poder aquisiti-vo. A indústria automotiva per-manecerá, como sempre, depen-dente de oscilações do mercado interno. Não haverá dinheiro para investimentos públicos.

Como se comportará o mer-cado urbano de trabalho? Resi-dem aqui graves dúvidas. Mi-lhões de empresários redobrarão os cuidados na contração de em-pregados. Micro, pequenas e mé-dias empresas sobreviventes se-rão cautelosas na reabertura e nas readmissões, por incapaci-dade de prever o que as espera.

Admitir empregado é ato one-roso revestido de imensa respon-sabilidade. Assinada a CTPS come-çam a se acumular despesas irre-versíveis com salários, contribui-ções previdenciárias, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), férias, décimo terceiro. Os direitos assegurados no artigo 7º da Constituição e na Consolida-ção das Leis do Trabalho (CLT) são numerosos e inegociáveis.

Pesam sobre as empresas

di-ficuldades ligadas à Convenção nº 158 da Organização Interna-cional do Trabalho (OIT) relativa a despedidas imotivadas, aprova-da em 1982. Ratificaaprova-da pelo pre-sidente Fernando Henrique Car-doso, poucos meses depois S.Exa. voltou atrás e a denunciou. A in-constitucionalidade do decreto de denúncia pende de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Caminha-se no sentido de o STF julgá-lo inconstitucional. A sim-ples possibilidade de que venha a acontecer atormenta o empresa-riado, pela insegurança jurídica que pesará nas despedidas pas-sadas, presentes e futuras.

Sobre empregadores incide, também, o receio de avalanche de reclamações trabalhistas na fase pós-pandemia. A situação de ca-lamidade pública ou de força mai-or, causada pelo Covid-19, exigiu rescisões e multiplicou o número de situações controvertidas nas re-lações de trabalho. Como reagirão os empregados que se sentirem prejudicados? Ingressarão com pedidos de pagamento de indeni-zação, de horas extras, de adicio-nal pela prestação de trabalho in-salubre, de indenizações por danos materiais e morais, de recolhimen-to de diferenças relativas ao FGTS? As reformas introduzidas na legislação trabalhista pela Lei

Admitir

Admitir

Admitir

Admitir

Admitir

empregado é ato

empregado é ato

empregado é ato

empregado é ato

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oneroso revestido

oneroso revestido

oneroso revestido

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de imensa

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de imensa

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responsabilidade

responsabilidade

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responsabilidade

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nº 13.467/2017 inibem o ajui-zamento de reclamações teme-rárias. O represamento de pro-cessos durante a pandemia, alia-do à combinação da gula com a necessidade, poderão, entretan-to, provocar o recrudescimento de dissídios individuais propostos por advogados especializados.

Gato escaldado tem medo de água fria, diz a sabedoria popu-lar. A reabsorção de parte dos 14 milhões de desempregados não será simples. Micro, pequenos e médios empresários relutarão an-tes de contratar com registro em carteira. Recorrerão à terceiriza-ção, se utilizarão de trabalhado-res autônomos (PJs), substituirão o trabalho humano por máquinas e equipamentos eletrônicos. Gran-des empresas intensificarão a ro-botização. Basta assistir documen-tários sobre modernas fábricas europeias, americanas, sul-core-anas, japonesas, chinesas, para se saber do que o robô é capaz.

O século 21 nos reserva surpresas. Acompanho o encer-ramento da Revolução Indus-trial, deflagrada no século 18, para dar lugar à Revolução Tecnológica em andamento, com a inteligência artificial fazendo as vezes do antigo operário.

Sempre haverá trabalho, mas poderão faltar empregos.

———

Almir Pazzianotto Pin-to, advogado, foi minis-tro do Trabalho, presi-dente do Tribuna Superi-or do Trabalho (TST), au-tor de A Falsa República

responsabilidade diante do que nos acontece e, desta forma, escolher melhorar, evoluir, prosseguir, mes-mo diante de tantas dores, tantas marcas. E talvez aqui a gente con-siga fazer uma constatação muito importante: pessoas erram e come-tem seus enganos. Até mesmo fa-mília. E isso não significa que você precisa, necessariamente e por ser dentro do seio familiar, se respon-sabilizar ou concordar com tudo. Precisamos encontrar a justa me-dida entre nos sentirmos verdadei-ramente gratos pelo que foi nos ofe-recido enquanto humanos por nos-sa família, mas suficientemente capazes de produzir nossos própri-os pensamentprópri-os, opiniões e visão de mundo para irmos adiante, construindo nossa própria realida-de, modificando-a, certamente.

Portanto, seja qual for a sua marca, é sempre importante lem-brar: você pode escolher o que fazer com ela. Manter, curar... Talvez seja difícil, talvez seja ne-cessária uma boa dose de cora-gem, mas é importante ter con-vicção da necessidade e da per-missão que você dá a você mes-mo para pensar e agir sobre isso. E, mais do que tudo, que todos merecemos uma generosa dose de felicidade. Talvez esta inde-pendência possa te trazer a tao sonhada liberdade e leveza para a vida que merece ser vivida.

Vamos juntos? Com carinho,

———

Natalia Mondoni, psi-c ó l o g a , I n s t a g r a m @psinataliamondoni Natalia Mondoni

E

stava semanas atrás assistin-do ao filme “Era uma vez um sonho”, que relata o drama de uma família assolada pelo vício e as relações que desenrolam pe-rante esta perspectiva, e ouvi a seguinte frase: “Nós somos o lu-gar de onde viemos, mas todos os dias escolhemos quem nos tor-namos”. Fiquei pensando em como isto aparece muito nas con-versas com as pessoas, nos aten-dimentos e em situações que cada um de nós observa, até mesmo, em nossas próprias vidas e nos-sos relacionamentos familiares.

Certamente muitos de nós tra-zemos algumas marcas, sofrimen-tos ou dores mal curadas de nossa vida, do nosso passado, e da for-ma como fomos nos constituindo – física, psíquica, afetiva – como pessoas. Muitas delas são marcas boas, outras nem tanto. Porém, uma coisa é certa: precisamos se-guir em frente, apesar delas. Preci-samos prosseguir com as nossas vidas, fazendo com que nossa exis-tência valha a pena. Sobretudo: precisamos, como adultos e respon-sáveis pela nossa própria existên-cia, encontrar soluções e coragem para resolver, ressignificar, lidar com essas feridas. E, obviamente, isto não é processo fácil. A família é referência primeira e, bem como a frase diz, tudo que nos compõe co-meça a partir dela. Mesmo que a composição seja de vazio, dor, so-frimento, negação. Mas é exata-mente neste ponto que precisamos refletir: existe um momento em que uma certa ruptura precisa aconte-cer para que aconteça o nosso ama-durecimento. Esta ruptura só con-segue ter substância se, de fato, nos permitimos experimentar e tomar as próprias decisões, arcar com nossas escolhas, correr riscos. Tal-vez seja aqui que conseguimos en-tender qual o tamanho da nossa

Nossas origens,

nossas escolhas

Seja qual for a

Seja qual for a

Seja qual for a

Seja qual for a

Seja qual for a

sua marca, é

sua marca, é

sua marca, é

sua marca, é

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sempre importante

sempre importante

sempre importante

sempre importante

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lembrar: você

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lembrar: você

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pode escolher o

pode escolher o

pode escolher o

pode escolher o

pode escolher o

que fazer com ela

que fazer com ela

que fazer com ela

que fazer com ela

que fazer com ela

Douglas S. Nogueira

H

oje as pessoas

não vivem mais, vegetam. A ga-nância por dinheiro faz com que muitos indiví-duos passem muita das vezes de domingo a do-mingo trabalhando, ou

melhor, vegetando, já que com tal atitude não se alimentam, não se exercitam e muito menos dormem corretamente, aí é lógico, uma chu-va de doenças físicas e mentais de-sencadeiam de maneira galopante. Estresse, gastrite, hipertensão, cân-cer, artrite entre outras, são apenas exemplos de enfermidades que ata-cam os gananciosos e sedentários.

É possível sim, desfrutar de uma boa vida financeira vivendo uma vida saudável. Para se ga-nhar dinheiro, não é necessário sa-crificar sua saúde, pois como já dizia o filósofo “Os homens pas-sam a vida toda sacrificando suas

saúdes em busca de di-nheiro, depois no fim de suas vidas gastam todo o dinheiro adqui-rido para tentarem re-cuperar as saúdes per-didas”. Coisa de tolo (a) não é mesmo?

Na verdade pesso-as com tal atitude se tornaram ao longo do tempo, es-cravas do trabalho que na verda-de era para ser apenas uma ativi-dade remuneradora, com isso não vivem, esquecem da saúde, do la-zer, da religião e principalmente da família, há casos de pais que mal viram seus filhos crescerem por motivo de estarem pratica-mente vinte e quatro horas dedi-cando-se às respectivas empresas que trabalham ou trabalharam.

Existe ainda os “empresários-funcionários”, pessoas que são fun-cionárias da própria empresa, no entanto, o pior é que tais indivídu-os por não saberem gerenciar as

mesmas, acabam escravizando as próprias vidas, vivendo e respiran-do então a torespiran-do o momento, a em-presa que possuem. Isso é viver? Ter dinheiro dessa maneira é ser feliz?

É de se ressaltar que indiví-duos amantes do dinheiro e es-cravos do trabalho, tendem a vi-ver muito menos do que poderi-am, já que não tendo tempo para o lazer, família e para a prática de exercícios físicos, a morte os perse-guem dia e noite, pois o infarto e colesterol armam a todo instante a melhor estratégia para atacá-los.

Já conversou com um seden-tário, uma pessoa vidrada em tra-balho e em dinheiro tentando acon-selhá-lo (a)? É estressante, não é mesmo? A teimosia é grande, e o (a) indivíduo (a) insiste em di-zer que a maneira pela qual age está correta, a cegueira é crônica. Realmente é preocupante, prin-cipalmente se tal pessoa sedentária fizer parte de nossa família. O que fazer? Tentar persuadí-la ou dei-xar que a mesma reflita sobre tal maneira incorreta de viver, mudan-do urgentemente de atitude? Com-plicado escolher alguma resposta, mas em todo caso a melhor opção

seria a da persuasão, tentando con-vencê-la a deixar um pouco de lado essa paixão mortal pelo trabalho e esse carinho assassino pelo di-nheiro, pois do contrário se lar-garmos por conta da própria pes-soa poderá ser tarde demais, pois como já descrito, a teimosia é algo natural de tais indivíduos (as).

Ganhar dinheiro, ganhar di-nheiro, ganhar dinheiro e perder a vida é uma verdadeira tolice, pois temos que conquistar uma boa es-trutura financeira para que a mes-ma nos leve a um conforto social do mais qualificado, entretanto da maneira que agem os sedentários e gananciosos, enxerga-se nos mes-mos uma vida social totalmente des-truída e a felicidade a cada instante se afastando de tais caminhos.

Tirar um final de semana para se afastar do trabalho e viajar em busca de lazer e descanso pode ser uma bela prática para encontrar a tão sonhada alegria e as necessári-as recuperações física e mental.

O corpo humano é limitado e possui restrições, portanto viver dia após dia, sem sequer curtir um la-zer ou praticar um exercício físico, poderá você estar assinando a sen-tença pré-matura de sua morte.

———

Douglas S. Nogueira, Téc-nico de Planejamento da Manutenção; Blog: www. douglassnogueira.blogspot. com; E-mail: douglas_s nogueira@yahoo.com.br

Ganhar dinheiro,

Ganhar dinheiro,

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Ganhar dinheiro,

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e perder a

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vida é uma

vida é uma

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verdadeira tolice

verdadeira tolice

verdadeira tolice

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(3)

Professora Bebel

O

texto de Rossieli

Soares no jornal Folha de S. Paulo de domingo (28), é um escárnio para todos aque-les que adoeceram e mor-reram em virtude da Co-vid-19 nas escolas públicas estadu-ais paulistas. É uma expressão da crueldade e do oportunismo de um governo que não valoriza a vida.

Nenhuma, absolutamente nenhuma linha em consideração ou deferência àqueles que perece-ram. Qualquer semelhança com a postura de Jair Bolsonaro não é mera coincidência: ambos cultivam a mesma admiração e interlocu-ção com próceres da mentira, am-bos são craques da indiferença.

Vamos aos fatos:

Rossieli assegurou que as es-colas eram capazes de garantir segurança sanitária a todos. Mentira revelada pelos dados e pelas evidências. Não sem aviso prévio: desde setembro a Apeo-esp apontou as fragilidades da infraestrutura das escolas, em pesquisa encomendada ao Insti-tuto de Arquitetos do Brasil e Die-ese, que resultou no Manual Téc-nico para Escolas Saudáveis (dis-ponível em www.apeoesp.org.br).

Rossieli fala de decreto que aponta a educação como serviço essencial. O decreto é oportunista, com o indisfarçável objetivo de dar continuidade às aulas presenciais em pleno agravamento da

pande-mia. Entretanto, desde março há sentença em pleno vigor proibindo a volta às aulas presenci-ais, em ação movida pela Apeoesp e por outras enti-dades ligadas à Educação. Sem falar na greve que logrou êxito em conscientizar as famílias sobre os riscos envolvidos na aventu-ra governamental na qual Ros-sieli insiste, mesmo com recor-des diários de contaminações e mortes: menos de 5% dos estu-dantes voltaram às aulas.

A quem Rossieli responde? Ao contribuinte que o remunera ou ao lobby das escolas particulares? Ao interesse público, hoje concen-trado na defesa do direito à vida, ou a outra sorte de interesses?

Essa é a pergunta que cada um de nós deve fazer a esse ges-tor, trágico e triste, que cir-cunstancialmente decide (mal) os rumos da educação paulista.

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Professora Bebel, de-putada estadual, pre-sidenta da Apeoesp

Rossieli insiste,

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A carta não chegou a tempo

para mais de 300 mil vidas

É falso o dilema entre salvar vidas e recuperar economia, diz o

manifesto, que reuniu mais de 1.500 pessoas: “O país exige respeito”

Maria Regina Paiva Duarte

Em carta aberta à sociedade, ao governo (e ao mercado), um grupo de mais de 1.500 pessoas, entre empresários, economistas, acadêmicos, ex-ministros, ex-pre-sidentes do Banco Central e ban-queiros, exigem respeito. Intitula-do “O país exige respeito; a vida necessita da ciência e do bom go-verno – carta aberta à sociedade referente a medidas de combate à pandemia”, o documento faz uma série de considerações sobre a situ-ação sanitária e econômica no Bra-sil, e aponta medidas urgentes e necessárias para combater a pan-demia. “Não é razoável esperar a recuperação da atividade econô-mica em uma epidemia descontro-lada”, diz acertadamente o mani-festo emitido no fim de semana.

A carta apresenta dados e con-siderações muito boas. Mas chegou atrasada e incompleta. Levou tem-po e quase 300 mil mortes para essa reação. Falta de medicamentos e de leitos em UTI, de coordenação nacional, de vacinas e de um pla-no eficaz de vacinação. Tudo isso deve ter colaborado para que esse manifesto pudesse circular. Im-possível ficar inerte ao negacionis-mo e ao descalabro deste governo. Mas observemos: antes mes-mo da pandemia, o Teto de Gastos, defendido por muitos signatários da carta, já fazia seus estragos. Retirar recursos da saúde e educa-ção e limitar seus gastos, prejudica a população que mais necessita dos recursos e do atendimento do Es-tado. Não houve carta na ocasião! Nem durante os efeitos desta limi-tação de recursos acentuaram, con-tabilizando desemprego e pobreza. Quando passaram as refor-mas previdenciária e trabalhista, houve um silêncio grande desses mesmos remetentes. Argumenta-vam que as reformas eram neces-sárias para passar confiança aos mercados, retomar empregos, di-namizar o país. Ou seja, medidas de corte de gastos e austeridade eram apoiadas, mesmo com a crise econômica e a recessão instalada.

A carta faz menção à redu-ção de 4,1% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, ao desem-prego (subestimado) de 14% e uma queda na força de trabalho de 5,5 milhões de pessoas no ano passa-do. “Esta recessão, assim como suas consequências sociais nefas-tas, foi causada pela pandemia e não será superada enquanto a pandemia não for controlada por uma atuação competente do gover-no federal”, diz mais um trecho.

Novamente curioso. A cessão é de agora? Não! A re-cessão, de fato, vem de antes. Instalada a crise, ao invés de promover medidas anticíclicas, investir na economia produtiva, fazer uma política fiscal distribu-tiva e gastar com a população, os dois últimos governos foram pró-digos em medidas de austerida-de, aprofundando a recessão.

Se antes já estava complicado, mais ainda deveria ter sido inves-tido no combate à pandemia e na recuperação econômica. Países ao redor do mundo estão gastando, comprando vacinas, insumos, equi-pamentos hospitalares. E não é pou-co o que estão gastando em papou-co- paco-tes de auxílio, inclusive na aquisi-ção das vacinas. Nos EUA, o valor gasto é o maior da história. O endi-vidamento público tem níveis

im-portantes no Japão (269,62%), Itá-lia (162,30%), Espanha (121,74%), França (116,35%), Reino Unido (108,08%) e Canadá (109,72%).

Até o final de 2020, o Brasil havia gasto R$ 508,3 bilhões com a pandemia, significando 11,2% do PIB, enquanto o Japão, por exemplo, chegou a 63% do seu PIB. Os países referidos na carta como avançados na vacinação, Turquia e Chile, estão entre os que mais gastaram. E não são países do centro, mas periféricos. A carta não faz estas refe-rências aos gastos com a pan-demia feitos por estes países. Cita-os apenas como mais avançados na vacinação, o que é correto, mas incompleto.

O Brasil gastou R$ 528 bilhões no enfrentamento à pandemia e na mitigação da deteriorada situação econômica, conforme o texto da carta. É insuficiente e as evidênci-as são muitevidênci-as, o que nos leva a pen-sar que no caso brasileiro, não se trata “apenas” de uma gestão de-sastrosa no controle da pandemia e de seus efeitos sociais e econô-micos, mas também de falta de investimento, de gasto público.

Não há dúvidas que a volta do crescimento econômico e da re-cuperação do país não ocorrerá sem a vacinação em massa. É falso o dilema entre salvar vidas e recu-perar economia, como bem diz o manifesto. Mas o governo afirma não estar convencido disso ainda! No final do ano passado, fez o último pagamento do auxílio emergencial no valor de R$ 600,00 e agora propôs o valor de R$ 250,00, muito abaixo do que poderia e deveria pagar. Além de possibilitar sobrevivência a mui-tas pessoas e ajudar na diminui-ção do contágio da doença, per-mitindo que as pessoas ficassem em casa, foi importante para manter a atividade econômica.

Os dados mostram que esse dinheiro, na mão de quem mais precisa, será gasto, consumido, o que faz girar a roda da economia. É preciso ter para quem vender, ou melhor, é preciso ter quem pos-sa comprar produtos e serviços. Sem renda, isso não é possível.

Ao mesmo tempo em que co-bram do governo atuação mais vi-gorosa, racional e baseada em da-dos, os banqueiros, economistas, e pessoas influentes no meio político e econômico, defendem aceleração no ritmo da vacinação, incentivo ao uso de máscaras, implementação de medidas de distanciamento social, criação de mecanismo de coordena-ção de combate à pandemia, todas medidas necessárias e importantes. Segundo o documento, “é fun-damental que a partir de agora as políticas públicas sejam alicerçadas em dados, informações confiáveis e evidência científica. Não há mais tempo para perder em debates es-téreis e notícias falsas. Precisamos nos guiar pelas experiências bem-sucedidas, por ações de baixo cus-to e alcus-to impaccus-to, por iniciativas que possam reverter de fato a situação sem precedentes que o país vive”’.

É perfeitamente razoável e correto. Mas, com relação à aber-tura das escolas, embora o fecha-mento prolongado seja um proble-ma sério e que provavelmente dei-xará marcas negativas nas crian-ças, adolescentes e nas famílias, é difícil encontrar concordância. A menos que estejam falando de es-colas privadas, com estrutura e,

ainda assim, duvidoso. Como en-viar crianças para escolas que se-quer têm produtos básicos de lim-peza e estrutura para fazer a devi-da higienização? Mensagens em celulares para agilizar comunica-ção? Essas medidas não se encon-tram com a realidade da grande maioria das escolas brasileiras. Melhorar essa situação também não estava nos planos, pois o go-verno vetou o projeto que dava aces-so à internet às escolas e aos alu-nos da rede básica de educação.

Claro que as escolas deveri-am ter preferência na abertura. Antes escolas abertas do que ba-res. Ou melhor mesmo teria sido decretar um lockdown, como mui-tos países fizeram. Fechar no mo-mento certo, abrir também no momento certo. Mas, e aí não há como discordar da carta, o gover-no federal não mostrou capacida-de capacida-de coorcapacida-denação e foi péssimo condutor das ações no combate à pandemia: “O desdenho à ciência, o apelo a tratamentos sem evidên-cia de eficáevidên-cia, o estímulo à aglo-meração, e o flerte com o movi-mento antivacina, caracterizou a liderança política maior no país”. E ao final, a carta nos diz que precisamos de uma agenda respon-sável, de seriedade com a coisa pú-blica e que o Brasil exige respeito. Muito bom, do ponto de vista com-portamental. É isso mesmo que queremos, respeito, seriedade. É um excelente primeiro passo, já tar-dio nessa altura da pandemia.

Mas ao procurar na carta algo além da responsabilidade social, da mudança de conduta, da coorde-nação de esforços, não se encontra a defesa do fim do teto de gastos, nem a tributação dos super-ricos. Não há qualquer proposta de mu-dança estrutural da desigualda-de histórica, na qual podesigualda-deriam e deveriam dar sua participação se houvesse preocupação com a in-justiça fiscal que faz do país cam-peão em concentração de renda.

Os nobres signatários, en-tretanto, defendem a criação de um Programa de Responsabilida-de Social, aos molResponsabilida-des do patroci-nado pelo Centro de Debate de Políticas Públicas, no Congresso Nacional desde o ano passado.

Segundo os autores, a propos-ta é unir programas considerados não efetivos na redução da pobre-za e desigualdade ao Bolsa Famí-lia. Com isso, manter os beneficiá-rios e incluir outros, ampliando e atendendo mais pessoas vulnerá-veis. Interessante, e pode servir como alento em períodos como esse. Afinal, a fome tem pressa.

Porém, não altera essencial-mente o que seria mais efetivo do ponto de vista econômico e social. Tão somente redesenha a estrutu-ra de benefícios, sem orçamento adicional. É similar às políticas fo-calizadas de séculos atrás, que vi-savam colocar um verniz de civili-dade e mantinham a situação igual, não resolvendo a questão estrutu-ral da pobreza e a desigualdade. E é outra vez curioso, embora seja de-fensável tendo em vista a premên-cia em ajudar os mais necessitados. Curioso porque dá a impres-são que bastaria deslocar cer-tos gascer-tos não efetivos ou inú-teis que se encontraria solução para os problemas, inclusive di-nheiro para aquisição de vaci-nas, tão urgentes e necessárias. Precisamos de mais recursos, ampliar orçamento e não cortar.

Sabemos que a tributação sobre os mais ricos é efetiva e reduz desi-gualdade e concentração de ren-da. Estudo recente da Universidade Universidade São Paulo (MaUniversidadeUSP) -“Como a redistribuição de renda pode ajudar na recuperação da eco-nomia? Os efeitos multiplicadores da tributação dos mais ricos para transferência aos mais pobres”-, mostrou que a cada R$ 100,00 transferidos do 1% mais rico para os 30% mais pobres é gerada uma expansão de R$ 106,70 na eco-nomia. Tributar os super-ricos não é questão de moda, ou nova onda. É fundamental e estrutu-ral no combate à desigualdade.

A campanha “Tributar os Su-per-Ricos”, integrada por mais de 70 entidades, visa a implementar um conjunto de medidas para en-frentar a crise econômica, agrava-da pela pandemia agrava-da Covid-19, com o aumento dos tributos sobre as altas rendas, grandes patrimônios e redução para as baixas rendas e pequenas empresas. São oito pro-postas de leis que podem gerar ar-recadação anual estimada de apro-ximadamente R$ 300 bilhões ao ano, onerando apenas os 0,3% mais ricos do país. Estes projetos de lei foram apresentados ao Congresso Nacional em agosto de 2020, e na fase atual da Campanha, as enti-dades pressionam por sua trami-tação no Congresso Nacional.

Esta é uma fonte de onde po-dem vir os recursos de que precisa-mos para investir e o Estado cum-prir seu papel. O Estado deve gas-tar, em títulos ou emissão de moe-da, mas precisa também de outras medidas, pois somente essas são insuficientes. Não dá para propor, atualmente, soluções que sejam mais do mesmo, ficar realocan-do recursos, uninrealocan-do benefícios, reunindo tributos como se nos faltasse apenas racionalidade.

Um exemplo claro disso é a própria vacina. O Brasil produz vacinas contra a Covid-19, tanto no Butantã como na Fiocruz, porque há anos essas instituições públicas recebem recursos públicos para atuar, modernizar, investir na sua produção de fármacos e vacinas.

Não seria possível produzir as vacinas contra o coronavírus se antes já não houvesse produ-ção de vacinas contra a gripe e outras doenças. Ainda que os in-sumos sejam majoritariamente importados, existe produção na-cional e isso está garantindo va-cinas contra a Covid-19, insufici-entes para o momento, mas há va-cinas. O que precisamos, além de pedir por mais agilidade na aquisi-ção e na aplicaaquisi-ção da vacina, é ga-rantir que ela seja de acesso uni-versal e gratuito, um bem público. Em um país que há muitos anos tratava a vacina como indis-pensável e não havia questiona-mento significativo sobre tomar ou não vacina, o que estamos vivenci-ando hoje, com a pandemia da Co-vid-19, não parece ser definitivo ou mesmo único. Outras epidemias e pandemias deverão aparecer e as instituições nacionais precisam es-tar preparadas para enfrentá-las. Investir na saúde é fundamental, assim como nas pessoas, nos seto-res produtivos, nos pequenos ne-gócios. Enfim, investir em projeto de país, soberano e menos desigual.

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Maria Regina Paiva Duarte, presidente do Instituto Justiça Fiscal

A tragédia da educação

paulista tem nome

e sobrenome

José Otávio Menten Warwick Manfrinato

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Dia Mundial da Água é co-memorado em 22 de mar-ço, desde 1982, como reso-lução das Nações Unidas. Mo-mento apropriado para se refletir sobre mais esta responsabilidade do agro: produtor de água.

Além de produzir alimentos, fibras e energia verde, o agro tam-bém pode executar os “serviços ecossistêmicos”. Com os inúmeros benefícios que os ecossistemas pro-porcionam à existência da vida, o agro tem como responsabilidade manter tais sistemas operacionais, uma vez que as propriedades ru-rais compõem a maior parte do ter-ritório nacional. Com isso, o agro proporciona subsistência para os seres humanos e todos os seres vi-vos do planeta. Os projetos de pro-dução sustentável auxiliam na re-gulação e dinâmica entre solo, água e ar, resultando na conser-vação de biodiversidade, balanço dos estoques de carbono e da be-leza cênica. Enfim, o agro é essen-cial para melhorar a qualidade de vida das pessoas, de inúmeras maneiras. Além de produzir, o agro é o grande prestador desse serviço de importância ímpar, um serviço de manter o equilíbrio ambien-tal e econômico no planeta, por-tanto social e da biodiversidade. Há a necessidade de estarmos atentos à importância da conser-vação da água, fundamental para a vida; água é finita e insubstituí-vel. Devemos lembrar que, dentre todos os planetas que temos in-formações astronômicas, o plane-ta Terra é o único que sabemos existir água líquida, o que viabili-za a vida. Assim, a importância do Dia Mundial da Água para 2021 é a de “valorizar a água”.

Parte expressiva da água con-sumida pela população, cada vez mais urbana, é produzida nas áre-as rurais. São áre-as náre-ascentes que ali-mentam os córregos, ribeirões e rios que atendem as demandas das pessoas, tanto para o consumo e a higiene, como para o desenvolvi-mento de várias atividades econô-micas e sociais. Tanto que as cida-des se estabeleceram, via de regra, às margens de cursos d’água.

É importante que a sociedade compreenda e apoie os agriculto-res que, seguindo as boas práticas, apliquem técnicas adequadas de conservação do solo, protejam as nascentes, respeitem e recuperem as matas ciliares e implementem o saneamento básico nas suas pro-priedades rurais. Usar a água, mi-nimizando o impacto sobre o volu-me e sua qualidade é de grande importância e as conquistas nesse sentido têm sido significativas, des-de sistemas des-de irrigação mais efici-entes, até plantas mais adaptadas para menor consumo de água.

Estas e tantas atividades po-dem ser reconhecidas e valoriza-das por meio do Pagamento por Serviços Ambientais – PSA. São muitos os exemplos de produtores que, ao cumprirem com requisitos, podem receber, do Poder Público e de mecanismos de mercado, um valor em dinheiro. Este

pagamen-to pode ser ampliado, consideran-do as ações positivas de sequestro de carbono, que nos protegem das mudanças climáticas. Os merca-dos ambientais já são realidade em todo o mundo e o Brasil é um im-portante “player” nesse contexto. A cidade de Piracicaba (SP) é bom exemplo, pois criou o Progra-ma Municipal de Pagamento por Serviços Ambientais “Pensando o Futuro”. Na fase inicial, em 2018, foram selecionadas áreas rurais, com maior potencial de produção de água, dirigindo interesses da população e ativando relacionamen-to com o proprietário rural. Várias microbacias (Marins, Congonhal, Tamandupá e Paredão Vermelho) foram mapeadas contendo oportu-nidades para melhorar a gestão da água. Os proprietários aderiram com compromissos e para isso são remunerados. São casos como este que inúmeros municípios da região poderão, no futuro, implementar. A construção de represas para arma-zenamento de água poderá com-plementar ações para garantir ain-da mais o suprimento de água na região. Isso já vem sendo imple-mentado nos rios Corumbataí e outros da Bacia do Piracicaba.

Foi estabelecida legislação municipal adequada, alinhada com políticas nacionais, para dar total transparência ao processo de par-ticipação e avaliação. Diversos pro-dutores rurais já vêm se benefician-do desta iniciativa, que valoriza os agricultores que estejam contribu-indo significativamente com o am-biente, visando a sustentabilidade de Piracicaba, da região e do Brasil. A água é uma das substâncias que mais deve ser valorizada e mantida com qualidade e disponi-bilidade a todos os cidadãos. Para isso, devemos promover o engaja-mento e esforço na proteção das nossas fontes de água. O Brasil é privilegiado neste sentido e já sa-bemos que em grande medida, mesmo distante, a Amazônia su-pre grande quantidade de água ao Sul do Brasil, através de “rios voa-dores” que deslocam umidade que irriga as regiões produtoras do Su-deste e Sul do país. Isso mostra que a manutenção do agro produtivo é resultado da integração da ciência, mecanismos públicos e privados, convergindo interesses de todos.

———

José Otávio Menten, presidente do Conselho Científico Agro Susten-tável (CCAS), Eng. Agrô-nomo e Professor Sêni-or da Esalq/ USP; Wa-rwick Manfrinato, Con-selheiro da Reserva da Biosfera da Mata Atlân-tica (RBMA), Eng. Agrô-nomo e Diretor da Plant Inteligência Ambiental

Os projetos

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Água e o agro sustentável

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Prefeitura conclui

academia ao ar livre

A Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente con-cluiu a implantação de uma academia ao ar livre, na rua Hildebrando Seixas Siqueira, no bairro Castelinho. Foram instalados equipamentos para exercícios físicos, iluminação e um bebedouro com água potá-vel. A Sedema também realizou o plantio de grama no local.

O pedido para a instalação do equipamento público foi feito em fevereiro do ano passado, pelo vereador Pedro Kawai (PSDB), autor da indicação nº 572/2020

que também solicitava a limpeza e manutenção da área de lazer, que inclui uma quadra poliespor-tiva. Reivindicação antiga, desde 2013, vinha sendo planejada pela prefeitura: “No ano passado, ti-vemos a palavra do então prefei-to Barjas Negri, de que a obra sairia, apesar das restrições or-çamentárias impostas pela pan-demia, mas também é importan-te agradecer também ao novo secretário de meio ambiente, Marcos Kamogawa, que soube compreender a importância da obra e concluí-la”, conta Kawai.

Divulgação

ONIBUS ESCOLAR

Secretário de Estado de Educação, Rossieli Soares, prefeito de Anhembi Linderval Augusto Motta e o deputado estadual Ro-berto Morais, durante entrega de ônibus escolar, em São Paulo.

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A4 Quarta-feira, 31 de março de 2021

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ANDEMIA

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Prefeitura intensifica higienização

dos terminais e dos ônibus urbanos

Medidas nos seis terminais seguem os protocolos sanitários no combate ao coronavírus;

Semuttran, por meio do Departamento de Transporte Público, é a responsável

Quando se fala em cuidados em época de pandemia, um item considerado essencial é a higieni-zação em espaços e equipamentos públicos, para evitar a proliferação do coronavírus. E os terminais de ônibus, além dos coletivos, são lo-cais onde a atenção exigida é redo-brada. Em Piracicaba, esse traba-lho cabe à Secretaria de Trânsito e Transportes (Semuttran), por meio do Departamento de Transporte Público, que está intensificando a limpeza e higienização dos seis ter-minais de ônibus coletivo. Os seis – Terminal Central de Integração, Vila Sônia, Piracicamirim, Pauliceia, São Jorge e Cecap/Eldorado - tiveram um movimento de mais de 333 mil usuários no mês de fevereiro.

A higienização da frota de ôni-bus que compõe o sistema de trans-porte coletivo fica cargo da empresa TUPi, sob a fiscalização da Semuttran. O objetivo do serviço de higie-nização dos terminais, destacou Vanderlei Quartarolo, diretor de Transportes da Semuttran, é pre-servar a saúde dos usuários do sis-tema, atendendo aos protocolos sanitários e recomendações das autoridades científicas e médicas, para evitar a propagação da Covid-19. “O trabalho é contínuo e se

in-tensificou com a pandemia. A lim-peza inclui a lavagem do piso dos terminais, dos assentos, corrimãos, banheiros, plataformas e bilheteri-as, locais que recebem contatos mais próximo dos usuários, além de disponibilizar álcool em gel”.

Segundo Quartarolo, ao todo são 22 profissionais que se reve-zam nos seis terminais urbanos durante toda operação diária.

CUIDADO — O secretário da

Semuttran, José Vicente Caixeta Filho, ressalta que a Administra-ção tem um cuidado grande com relação à higienização dos ônibus, assentos e nos suportes para os passageiros se acomodarem. “To-dos os veículos são higieniza“To-dos com álcool em gel pela própria em-presa do transporte coletivo, com todos os terminais sendo dotados de dispensers que contêm o álcool em gel para assepsia das pessoas”. Caixeta lembra que é obriga-tória a utilização de máscaras nos ônibus urbanos e que os ônibus dotados de elevadores para defi-cientes são frequentemente higi-enizados também. “Essas são as medidas possíveis para que a po-pulação usuária do transporte coletivo em Piracicaba se sinta relativamente segura”, conclui.

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Projeto entrega 200 marmitas

a moradores do Vila Cristina

A deputada estadual Professora Bebel e Delvida Rodrigues, durante o lançamento de entrega de marmitas

Divulgação

O projeto “Sopão do Bem” en-tregou, no final da tarde da última sexta (27), pelo menos 200 marmi-tas à moradores carentes da região da Vila Cristina. Organizado pela presidenta do Centro Comunitário do Vila Cristina, Delvita Rodrigues de Oliveira, com subsede em Pira-cicaba da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e o mandato popular da deputada estadual Pro-fessora Bebel (PT), o projeto foi lan-çado no Centro Comunitário da Vila Cristina e visa dar um prato de comida a quem tem fome.

Delvita Rodrigues destaca que com o agravamento da pandemia do coronavírus aumentou signifi-cativamente o número de pessoas pedindo um prato de comida no bairro. “Justamente por isso, deci-dimos desenvolver esse projeto, que vem tendo o apoio de diversas pes-soas. Inicialmente, iremos entregar comida semanalmente a quem mais precisa, e já traçando uma meta de que nas próximas semanas passa-remos a fornecer a refeição às

se-gundas, quartas e sextas-feiras, sempre no fim do dia”, conta.

A deputada estadual Profes-sora Bebel destacou que “fiquei imensamente feliz em poder parti-cipar desse projeto, voltado a en-tregar uma marmita para mães, crianças, homens e mulheres, pes-soas que ficaram bastante agrade-cidas com a comida ofertada. Quem quiser colaborar, doando alimentos e ou recursos para a aqui-sição dos ingredientes, é só entrar em contato com o nosso mandato popular. Sua contribuição será muito bem vinda e fundamental para que o “Sopão do Bem” possa dar comida a muito mais famílias que sofrem ainda mais com os im-pactos provocados pela pandemia do coronavírus”, ressalta a deputada. Cícero Messias da Silva, 59 anos, catador de recicláveis, foi um dos beneficiados com a mar-mita. “Fiquei imensamente agra-decido. Todo dia é assim, depen-do de que alguém me dê um prato de comida, uma vez que nem sem-pre consigo comprar”, disse.

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Bebel quer garantir em lei a vacinação

de todos os profissionais da educação

Projeto de Lei 187/21, de au-toria a deputada estadual Profes-sora Bebel (PT), que tramita na As-sembleia Legislativa de São Paulo, estabelece a inclusão de todos os servidores públicos da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo que trabalhem nas escolas ou diretorias de ensino e todos os servidores públicos das Secreta-rias da Segurança Pública e Admi-nistração Penitenciária, militares ou não, em atividade, independente-mente da idade que possuam no calendário de vacinação contra a Covid-19 no Estado de São Paulo. Bebel, que também é presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Pro-fessores do Ensino Oficial do Es-tado de São Paulo), tomou essa ini-ciativa porque o governo estadual anunciou o plano de vacinação dos profissionais da educação, a par-tir de 12 de abril, somente para os profissionais da educação a par-tir de 47 anos, que representam apenas 48,7% da categoria.

Pelo estabelecido pelo gover-no estadual receberão a vacina

74.187 professores da rede esta-dual de ensino, enquanto que ou-tros 78.173 ficarão sem serem imu-nizados. Diante disso, Bebel res-salta que a direção da Apeoesp, que se reuniu no último sábado, 28 de março, para avaliar o trabalho já realizado e novas ações, não concorda com essa faixa de corte de 47 anos. “Nosso sindicato co-bra do governo a vacinação de to-dos os professores e de toto-dos os profissionais da educação, sem li-mite de idade e sem qualquer outra condicionante. Ofício neste sentido já foi encaminhado ao governador no dia 24 de março, mesma data do anúncio do plano de vacinação. A vacinação para todos é fundamen-tal, pois o levantamento que temos realizado diariamente mostra que estão falecendo de covid-19 pro-fessores jovens, na faixa de 30, 40 anos. As novas variantes do ví-rus têm causado óbitos até mes-mo de crianças e adolescentes. Ao mesmo tempo, a Apeoesp par-ticipa da mobilização social pela garantia de vacinação para todos.

Divulgação

O objetivo do serviço de higienização dos terminais é preservar a saúde dos usuários do sistema

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HFC oferece mais 8 leitos de UTI Covid

Contratação foi feita pela Prefeitura para ampliar rede de atendimento, através do Sistema Único de Saúde, no combate à pandemia

Já estão disponíveis os novos

oito leitos de UTI Covid pelo SUS (Sistema Único de Saúde), contra-tados a mais pela Prefeitura de Pi-racicaba, no HFC (Hospital dos Fornecedores de Cana). O anún-cio da contratação foi feito pelo prefeito Luciano Almeida no dia 11/03, quando o município atin-giu pela primeira vez a taxa de ocu-pação de 100% dos leitos UTI Co-vid. Com os novos oito leitos, ago-ra o HFC oferece, por meio do SUS, 13 leitos nessa modalidade. Durante o mês de março, a Pre-feitura apresentou e executou diver-sas medidas visando aprimorar a

estrutura da rede municipal de saú-de para atensaú-der a população nessa fase da pandemia. Além disso, tam-bém atua, por meio do decreto mu-nicipal nº 18.653, para evitar ao má-ximo a circulação de pessoas até o próximo dia 4 de abril, para dimi-nuir a contaminação pelo coronaví-rus e, consequentemente, diminuir as internações e óbitos pela doença.

Neste mês, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Re-zende passou a atender exclusiva-mente pacientes da Covid, oferecen-do, desde o dia 11/03, 16 leitos de enfermaria e 2 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Desde o dia 17/

03, o Hospital Regional disponibi-lizou mais 10 leitos de UTI Covid, uma solicitação da Prefeitura de Piracicaba. A COT (Central de Or-topedia e Traumatologia) também atende apenas pacientes com Co-vid desde o dia 25/03, com 25 lei-tos de enfermaria. A COT agora é a ‘porta aberta’ para primeiro atendimento de pacientes com sintomas da doença no município. A Prefeitura trabalha ainda para fazer a ampliação de leitos para Covid anexos na UPA Pira-cicamirim. “Estamos trabalhan-do para oferecer atendimento adequado e eficiente aos

pacien-tes de Covid em Piracicaba. Mas vale reforçar que, mesmo com a abertura de novos leitos de UTI durante esse mês, estamos com alto índice de ocupação. Chegamos a 102% de ocupação na sexta-feira, 26/03, e no domingo, 28/03. Hoje, 30/03, estamos com 100%. Desta forma, é fundamental que a popu-lação colabore e siga todos os pro-tocolos, usando máscara e man-tendo o distanciamento social”, pede o prefeito Luciano Almeida.

COT – A unidade fica na rua

Luiz de Camões, 3.000, na Vila Monteiro. O telefone para dúvidas e

mais informações é o (19) 3434-7823. HFC possui 13 leitos para pacientes Covid

Divulgação/ HFC

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Vereadora Rai conversa com

a Irmã Sueli Bellato sobre 64

O golpe militar de 64, seus crimes e seus traumas é o tema do bate-papo virtual que aconte-ce nesta quarta (31), às 18h, na página da vereadora Rai de Almei-da (PT) no Facebook. Para abor-dar a questão, a vereadora recebe para um cafezinho online a religio-sa e advogada Irmã Sueli Bellato – membro da Comissão Brasileira de Justiça e Paz da Conferência Na-cional dos Bispos do Brasil, con-selheira da Rede Social de Direi-tos Humanos e compõe o Grupo de Trabalho Araguaia (GTA).

Irmã Bellato faz parte da Con-gregação Nossa Senhora – Cône-gas de Santo Agostinho – e é gra-duada em Direito pela Universida-de Presbiteriana Mackenzie Universida-de São Paulo e desenvolve intensa ativi-dade nas causas sociais, tendo trabalhado junto ao Ministério Público Federal na área dos di-reitos humanos e atuado em ca-sos de referência nacional, como no processo contra os assassinos do ambientalista Chico Mendes.

O QUE FOI — A atividade

tem como objetivo refletir sobre o que foi o golpe militar de 64 e sobre como ele deixou traumas

profun-dos na sociedade brasileira, em es-pecial em milhares em milhares de vítimas e famílias daqueles que, em oposição ao regime ditatorial e na luta pela democracia, foram tortu-rados e mortos. Estrategicamente pensada para acontecer nesta quar-ta-feira (31), dia em que se relembra o golpe, a live evidenciará que, ao contrário do que prega o atual go-verno federal, não há absolutamente nada a ser comemorada nesta data. “Lembrar, relembrar, fazer memória para que nunca mais pas-semos por algo semelhante nova-mente”, essa é – nas palavras da vereadora Rai de Almeida (PT) – uma das propostas que moveram a vereadora e seu gabinete na or-ganização dessa atividade virtual sobre o golpe de 64. “Num momen-to em que vemos novamente nossa democracia ser constantemente ameaçada justamente por quem deveria defendê-la, é preciso, mais do que nunca, recuperarmos a história desse que foi um dos mais cinzentos e sangrentos mo-mentos de nossa nação. Ditadu-ra nunca mais!” – completa Rai. O “Cafezinho com a Rai” – que, durante este período de

lock-down e restrição, acontece sempre às segundas, quartas e sextas, às 18h – é mais uma forma encontra-da pela parlamentar para continu-ar a estcontinu-ar em contato direto com os munícipes, conversando com sobre temas que envolvem a cidade e o país. “Uma vez que não podemos atender presencialmente em nosso gabinete, por conta da pandemia e dos protocolos de segurança neces-sários, estamos com todos os nos-sos canais virtuais abertos e à dis-posição, seja pelas redes sociais, por email ou pelo nosso WhatsApp”, comenta Paulo Borges, chefe de ga-binete da vereadora e que também participará do bate-papo de hoje. Irmã Sueli Bellato conversa com a vereadora Rai, hoje, às 18h

Divulgação

Realizada na segunda (29), a 17ª edição do SILA (Seminário In-ternacional em Logística Agroin-dustrial), promovida pelo Grupo ESALQ-LOG, foi responsável por reunir agentes do setor logístico de transportes, como representantes de entidades transportadoras, advoga-dos e especialistas internacionais, convidados para discutir e apresen-tar os principais temas recorren-tes nas operações de transporte.

Desta vez, o tradicional even-to foi realizado em formaeven-to de we-binar, e sob o tema central “Trans-portadores Autônomos e Agenci-adores de Cargas”, apresentou as diferentes óticas a respeito do ce-nário de transportes de cargas no Brasil e no mundo. Os palestran-tes convidados, representanpalestran-tes de entidades como ANATC (Associa-ção Nacional das Empresas Agen-ciadores de Transportes de Car-gas), CNTTL (Confederação Naci-onal dos Trabalhadores em Trans-porte e Logística), CNTA (Confe-deração Nacional dos Transpor-tadores Autônomos), Martinelli Advogados, Ampef (Associação das Administradoras de Meios de

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Autônomos reúnem para

discutir profissionalização

Divulgação/Esalq

Em abril de 2020, ainda no início da pandemia de covid-19, a pesquisadora Fernanda Viegas Reichadt, colaborado-ra do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, foi a entrevistada do podcast Esta-ção Esalq, produEsta-ção da Divi-são de Comunicação da Es-cola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP). Na ocasião, Fernanda falou ao jornalista Caio Albuquer-que sobre seu trabalho em terras indígenas e a campa-nha de arrecadação de dona-tivos que ela liderava em prol da aldeia xavante Etenhiritipá, onde convivem cerca de 600 indígenas, localizada na Ter-ra Indígena Pimentel Barbosa, no Estado do Mato Grosso.

PUBLICAÇÃO — A entrevista

resultou na publicação do

epi-ESTAÇÃO ESALQ

sódio 29 do Estação Esalq, mas o conteúdo da conversa possibilitou conhecer um pouco mais da problemática indígena. Esse olhar mais amplo sobre a atuação da pesquisadora e o contexto que envolve as fragilidades dos povos originários do Bra-sil acaba de ser publicado no formato Entrevista na Revista de Estudos Brasileños, perí-odo editado pela Universidad de Salamanca, na Espanha

Pagamento Eletrônico de Frete), FeTrA (Federación de Transpor-tadores Argentinos) e UNR (Uni-versidade Nacional de Rosário), se dividiram em painéis, abordando tópicos como Agenciadores de Cargas e Autônomos, Legislação Tecnológica e Experiência Interna-cional, discutindo questões refe-rentes aos meios de pagamento eletrônico, valores do óleo diesel e custos de frete, além de comparti-lhar informações a respeito das leis de proteção de dados e o cená-rio de transportes na Argentina, apresentado por palestrantes in-ternacionais especialistas no setor. Mediado pelos pesquisadores do Grupo Esalq-LOG, o evento contou ainda com a interação de participantes pelo chat do evento, que puderam enviar suas dúvidas e visões a respeito dos assuntos abordados por cada palestrante. Com conteúdos atuais, relevantes e com discussões necessárias ao aprimoramento do setor, o evento já está disponível na íntegra no canal do Grupo do YouTube, as-sim como os demais eventos onli-ne realizados no último ano.

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Klabin doa 5

respiradores

e 20 bombas

de infusão

A empresa Klabin doou à Pre-feitura de Piracicaba, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, cco respiradores e 20 bombas de in-fusão para contribuir com o com-bate à Covid-19 no município. Os equipamentos foram entregues no sábado (27), e serão usados na UPA (Unidade de Pronto Aten-dimento) Piracicamirim, referên-cia no atendimento de pacientes com Covid na rede municipal de saúde, ou – dependendo da ne-cessidade – na UPA Vila Rezen-de e COT (Central Rezen-de Ortopedia e Traumatologia). Ambas as uni-dades atendem também exclusi-vamente pacientes da Covid-19.

O gesto de solidariedade vem em boa hora, uma vez que – com o agravamento da pandemia – mais pacientes com Covid preci-sam de atendimento hospitalar, em especial de leitos com respira-dores. As bombas de infusão são usadas para controle rígido de medicamentos com infusão en-dovenosa (via corrente sanguí-nea) e dietas aos pacientes que necessitam de controle calórico.

“Nós agradecemos à empre-sa Klabin pela doação dos respi-radores e bombas de infusão, que já estão sendo de grande utilida-de para nossa reutilida-de. A contribui-ção de todos no combate à pan-demia, tanto poder público quan-to iniciativa privada, é fundamen-tal para que, juntos, possamos ven-cer a Covid e contemplar dias me-lhores na cidade, no país e no mun-do de forma geral”, afirma o secre-tário de Saúde, Filemon Silvano.

PARA DOAR – Pessoas e

empresas interessadas em doar material de uso permanente ou de consumo para a Secretaria Municipal de Saúde podem con-tatar o setor de almoxarifado da secretaria por meio do tele-fone (19) 3422-3901. Não é pos-sível fazer doação em dinheiro.

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