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FINANÇAS COMPORTAMENTAIS: UMA VISÃO DIFERENTE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

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FINANÇAS COMPORTAMENTAIS: UMA VISÃO DIFERENTE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Ailton da Silva Ferreira .DSc.Professor Adjunto da Universidade Federal Fluminense (UFF) Denise Cristina de Oliveira .DSc.Professora do Mestrado em Pesquisa Operacional e Inteligência

computacional (UCAM)

Bruna Trancoso Ferraz. Administradora(UFF)

Jocimar Fernandes.MSc. Mestre em Pesquisa Operacional e Inteligência computacional (UCAM)

Resumo

O estudo de finanças comportamentais é importante por analisar a volatilidade de mercados financeiros, porém, em uma visão contemporânea, pode-se também aplicá-lo em outros campos como comércio e fábricas, e seu despeito em poder investir ou não o seu capital financeiro. O objetivo deste trabalho é apresentar a consolidação de reflexões estrangeiras de um novo ramo na teoria financeira, Finanças Comportamentais, que visa aderir os aspectos psicológicos e os sociológicos dos indivíduos no processo de tomada de decisão no momento de realizar um investimento, assim como suas aplicações através da incorporação de evidências sobre a irracionalidade do investidor. A associação às finanças comportamentais proporciona tanto o entendimento do processo psicológico que motiva os investimentos, auxiliando na construção de um modelo de tomada de decisão mais adequado, quanto na contratação de seus administradores que deverão possuir habilidades técnicas e psicológicas adequadas no intuito de evitar vieses cognitivos como excesso de confiança. A regressão por ser estática obteve erros em sua previsão elevados assim não foi um método incisivo, podendo ser aplicado a previsão de demanda de produtos, não conseguindo êxito assim neste modelo.

Palavras Chaves: Finanças comportamentais, demanda de produtos, modelo . Abstract

The study of behavioral finance it is important for analyzing the volatileness of financial markets, however, in a vision contemporary, it in other fields can also be applied as commerce and plants, and its spite in being able to invest or to not its financial capital it. The objective of this work is to present the consolidation of foreign reflections of a new branch in the financial theory, behavioral finance, that it aims at to adhere to the psychological aspects and the sociological ones of the individuals in the process of taking of decision at the moment to carry through an investment, as well as its applications through the incorporation of evidences on the irrationality of the investor. The association to the behavioral finance in such a way provides the agreement of the psychological process that motivates the investments, assisting in the construction of a model of more adequate taking of decision, how much in the act of contract of its administrators who will have to possess abilities adequate psychological techniques and in intention to prevent cognitive bias as reliable excess. The regression for being static got errors in its forecast high thus was not an incisive method, being able to be applied the forecast of demand of products, not obtaining success thus in this model.

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1. Introdução

A maioria das teorias tradicionais de finanças foi construída sobre pilares da microeconomia neoclássica cujo principal paradigma é a racionalidade dos agentes econômicos. Nelas, através da Teoria da Utilidade Esperada (TUE), defende-se que os indivíduos tomam decisões totalmente racionais, são avessos ao risco e visam maximizar a utilidade. Porém, diversas evidências empíricas produzidas nas últimas décadas revelam que estas teorias por si só não são capazes de explicar os diversos fenômenos observados nos mercados financeiros. (YOSHINAGA, 2007).

De acordo com Barbedo (2008), pessoas Inteligentes tomam decisões buscando a maximização da utilidade, ou seja, da utilidade que algo possa produzir de benefício. Mesmo assim, a todo o momento, pessoas perdem dinheiro, seja no mercado de ações, em jogos, em compras malfeitas, em empreendimentos pessoais, e em atividades que envolvam decisões. As finanças comportamentais fundamentam-se na combinação dos conceitos oriundos da economia, das finanças, e da psicologia, com o intuito de gerar um modelo específico e criterioso do comportamento humano nos mercados financeiros, partindo do princípio que os agentes humanos estão sujeitos a determinantes comportamentais que, em muitos casos, os afastam de uma decisão centrada na racionalidade. (OLIVEIRA et al, 2005).

Vale destacar ainda a importância dos autores Daniel Kahneman e Amos Tversky, psicólogos israelenses e fundadores deste novo estudo sobre Finanças, que em 1979 desenvolveram a Teoria do Prospecto em contraponto a TUE. Em sua teoria, a aversão ao risco ocorre apenas no campo dos ganhos, pois no das perdas o indivíduo tende a ser propenso ao risco, diferentemente do que ocorre na TUE.

A partir disso, estes autores identificaram três efeitos distintos: o certeza, em que os indivíduos na comparação entre um evento certo e um provável preferem o certo, mesmo que o provável seja melhor; o reflexo, que irá demonstra a busca das pessoas por ganhos mais seguros e perdas mais arriscadas; e o isolamento, que se vincula à capacidade de avaliação, apresentando a dificuldade dos indivíduos em assumir erros cometidos.

Assim o estudo das Finanças Comportamentais surge como forma de prever e modelar o comportamento dito “irracional”, mas também sistemático, de homens e mulheres na tomada de decisão, através de sua compreensão, induzindo-os a uma decisão melhor, que acarretará na redução da perda de dinheiro em situações simples do cotidiano, consequentemente em um ganho maior (SOUZA, 2008).

O objetivo deste artigo é analisar o comportamento dos investidores ao tentar iniciar um negócio no estado do rio de janeiro, sobre a ótica de finanças comportamentais, vislumbrando as motivações focadas para o empreendedorismo, utilizando a analise comparativa estática de uma previsão através uma regressão linear e comparando com os fatos acontecidos com a abertura e fechamento das empresas no estado. Espera-se, por meio desta apresentação, esboçar o processo de análise e incitar o estudo do comportamento financeiro através de teorias oriundas desta abordagem alternativa, ressaltando sua utilidade para a compreensão de importantes fenômenos observados a esta prática no Mercado do Rio de Janeiro.

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2.Referencial Teórico 2.1.Finanças Modernas.

Por um longo período de tempo, os estudos sobre finanças versavam basicamente sobre os instrumentos financeiros e suas respectivas utilizações pelos agentes econômicos, que tinham como objetivo controlar e minimizar os riscos financeiros. No entanto, como nada no mercado financeiro é estático, as teorias financeiras foram sofrendo influência dos fatos políticos, econômicos e sociais, adaptando-se às condições da época. (FERREIRA et. al., 2009; ROGERS, 2008)

A teoria das finanças tradicionais foi pioneira, considerava o mercado irracional e julgava que ele nem sempre estava correto. Nele, os investidores fundamentavam-se em informações passadas para projetar o futuro. (FERREIRA, 2009). Esta suposição, todavia, contraria o princípio da descontinuidade temporal que afirma que as empresas - as sociedades e os mercados - não se comportam no futuro da mesma maneira que se comportaram no passado. (FERREIRA, 2009).

A partir disso, surge a teoria das finanças modernas que possui como principal característica a Hipótese dos Mercados Eficientes (HME) fundamentada na Teoria da Utilidade Esperada (TUE) e nas Expectativas Racionais (ROGERS et. al, 2007).

2.2. Hipótese de Mercados Eficientes

A Hipótese dos Mercados Eficientes (HME), de acordo com Milanez (2003), é caracterizada pela tradição econômica neoclássica, e admite que o comportamento humano seja racional, capaz de maximizar a utilidade esperada e de analisar otimamente todas as informações que estão disponíveis. Desta forma, afirma-se que os mercados são dirigidos por agentes econômicos que atuam sob uma racionalidade ilimitada, tomando decisões sob a ótica da teoria da utilidade esperada, formulando expectativas muitas vezes precipitadas.

Porém, com o advento da teoria de expectativas racionais, desenvolvida nos trabalhos de Milanez (2003), os indivíduos passaram a utilizar todas as informações disponíveis com o intuito de aperfeiçoar as suas previsões, e tomar decisões mais razoáveis. A partir disso, verificou-se que estas condições implicam no mesmo resultado dos modelos de mercado perfeito, em que o histórico de preços de um ativo não influencia seu preço futuro, pois o que ocorreu no passado não está correlacionado com as mudanças futuras.

Desta forma, de acordo com a HME, sempre que os agentes econômicos verificam alguma nova informação sobre um determinado ativo, eles ajustam imediatamente os preços dos ativos dado a nova informação disponibilizada. Além disso, um eventual comportamento irracional de determinado agente, caracterizado como aleatório, seria compensado por outro indivíduo, não impactando nos preços. (LACERDA, 2007; HEATOM, 2010).

A teoria de finanças modernas tem sua ênfase na década de 80 com a globalização, porém na década de 90 a teoria da utilidade esperada teve sua ascensão com a analise de países emergentes.

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2.3 Finanças comportamentais

Nesta nova área de estudo referente a finanças, incorporaram-se os temas psicologia e economia com a finalidade de esclarecer o processo decisório neste novo cenário. Seguindo esta linha de pensamento, que as finanças comportamentais fundamentam-se no estudo da ação humana e suas respectivas fragilidades e falhas. Estas, por sua vez, estão atreladas ao processo decisório, em que grande parte das decisões sofre influência de comportamentos descritos por Barbedo (2008) onde existem efeitos na certeza e incerteza de investimentos atrelados a finanças comportamentais, analisados e dissertados a seguir.

Este efeito caracteriza-se pela tendência dos indivíduos de valorizarem mais as possibilidades com maior probabilidade de ocorrer. Ou seja, as pessoas preferem os eventos que lhe proporcionem certeza absoluta de ganho pelo simples fato de não compreenderem o significado dos resultados prováveis e a noção de valor esperado. (FERREIRA et. al, 2009; THALER, 1999).

De acordo com Ferreira (2009), este efeito trata do fato dos indivíduos lembrarem, na maioria das vezes, dos eventos que ocorrem com mais freqüência, ou daqueles que possuem uma maior probabilidade de ocorrer. Desta forma, seus respectivos comportamentos seriam influenciados pela disponibilidade dos eventos, como também pela associação destes à visibilidade, exposição e saliência.

Além disso, Barbedo (2008) afirmam que as pessoas ficam mais insatisfeitas com as perdas do que satisfeitas com os ganhos. Desta forma, o investidor tende a se arriscar mais em uma situação de perda na tentativa de minimizá-la, ou até mesmo eliminá-la, recuperando, pelo menos, o seu investimento inicial. Esta atitude pode levá-lo a perdas mais drásticas, ao ponto de não suportar mais e ser obrigado a abandonar o investimento.

De acordo com Bazerman (2004) o modelo racional de tomada de decisão está fundamentado em elementos que definem a forma pela qual a decisão deve ser tomada, e não como ela realmente é. Nesta linha de pensamento, considerando que os administradores processam diversas decisões muitas delas rotineiras - exigem pouco esforço mental -, e outras, entretanto, estratégicas - exigem uma sensibilidade especial, lidando com diversos aspectos como novos rumos, cenário, vencer a competição, e acima de tudo, obter lucro - é essencial para a projeção da empresa que estas últimas estejam bem definidas. (COSTA NETO, 2007). Para isso, estudam-se alguns vieses que são intrínsecos aos indivíduos, para que a tomada de decisão não seja tendenciosa. A seguir alguns destes comportamentos serão analisados para melhor compreensão.

Esta expressão status quo é definida por Samuelson e Zeckhauser (1988) para demonstrar a tendência que as pessoas possuem de se apegarem a regras ou condições antigas. Ou seja, quando são apresentadas novas relações aos indivíduos, estes tendem exageradamente a preferir opções previamente definidas. Este fenômeno está atrelado à idéia de aversão à perda relativa ao ponto de referência, isto é, a maioria das pessoas define e fixa um ponto de referência a ser seguido, mesmo que lhe ofereçam oportunidades melhores. Uma das formas de quebrar este paradigma e seguir padrões mais racionais é o próprio conhecimento deste viés.

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De acordo com Yoshinaga (2007), as pessoas tendem a fazer julgamentos a partir de modelos previamente formados. A partir disso, os indivíduos ao estimarem uma probabilidade desconsideram o tamanho da amostra, levando em conta apenas uma representação para toda a população, selecionando informações que lhes são mais convenientes e não as realmente relevantes.

Este comportamento é conhecido na literatura como a crença de que há uma tendência de reversão à média dos resultados. Ela ocorre pela incapacidade das pessoas de analisarem estaticamente eventos independentes - a ocorrência de um não influencia estatisticamente na ocorrência do outro. Um dos casos que se pode citar é a prova de múltiplaescolha com 05 alternativas para cada questão, quando se tem uma seqüência de questões com a mesma alternativa, consequentemente, os indivíduos começam a duvidar se aquele é realmente o gabarito correto. Este comportamento é tendencioso, pois cada questão é um evento independente um do outro, ou seja, para cada uma delas você teria 20% de chance acerto (REWA et al, 2009).

O grande desafio no campo das finanças está na comprovação da previsibilidade das anomalias comportamentais, e se estas podem realmente determinar mudanças no mercado. A teoria das perspectivas baseada nos fundamentos de aversão à perda e a autoconfiança excessiva foi uma das formas em que alguns dos tipos de comportamentos foram identificados pelos pesquisadores Tversky e Kahneman. Todavia, não existe ainda um único modelo que explique todas as anomalias geradas pelo comportamento humano, e sim para cada um em particular. A seguir serão descritas algumas teorias.

Tversky e Kahneman (1981) realizaram uma pesquisa na Universidade de Stanford e de Columbia. Nela eles encontraram evidências de que a mudança de uma perspectiva para uma situação específica pode influenciar e enviesar a escolha de alternativas. A partir disso, constatou-se que as pessoas, dentro de eventos de ganhos certos, são avessas ao risco, enquanto, nas escolhas que envolvem perdas, elas são propensas ao risco.Através da teoria em questão analisam-se dois conceitos básicos: a aversão à perda, e a autoconfiança excessiva.

1) Aversão à perda

Este é um conceito considerado um dos pilares das Finanças Comportamentais, e afirma que o investidor pondera tanto os ganhos quanto as perdas, mas sob óticas distintas. Segundo Tversky e Kahneman (1981) os investidores sentem muito mais a dor da perda do que a satisfação obtida por um ganho equivalente. De acordo com Rogers et. al (2008), observa-se que o medo da perda leva as pessoas a tomarem decisões irracionais, criando molduras cognitivas que dificultam a análise dos dados históricos e principalmente das probabilidades estatísticas.

Esta teoria contraria a Teoria da Utilidade, preceito integrante do Modelo Moderno de Finanças. Na figura 1(a) supõe que o investidor avalia o risco de um investimento de acordo com a mudança que ele proporciona ao seu nível de riqueza, a outra na figura 01 (b) afirma que este avalia o risco a partir de um referencial que medirá ganhos e perdas.

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FIGURA 01(A) - TEORIA DA UTILIDADE e 1(B) - TEORIA DO PROSPECTO Fonte: Adaptado de Tversky e Kanhemam (1998)

Outra característica deste comportamento é o medo do arrependimento. Vale lembrar que é bastante doloroso para um investidor assumir seus erros, e com esta atitude, seu lucro não é maximizado, contradizendo mais uma vez a Teoria da Utilidade.

2) Autoconfiança Excessiva

De acordo com Milanez (2003) o excesso de confiança representa uma característica marcante na maioria da população mundial. Com os investidores não é diferente, uma vez que a maioria considera-se superior à média. Este comportamento gera a certeza de que suas informações são melhores e mais confiáveis que as dos outros que atuam no mesmo mercado. Consequentemente, devido à incorreta compreensão da realidade, tende-se a realizar um volume de negócios excessivos, com um risco acentuado. Kahneman (2009) afirma que “o maior desafio ao se tomar risco acontece não porque as pessoas tomam esse risco, mas porque elas não conhecem o risco que estão correndo”.

3. Analise comparativa entre o mercado financeira e a um método previsão estatística

Retorna-se então à discussão sobre a abertura de empresas no estado do Rio de Janeiro em 2007, sendo de grande relevância no estudo de finanças comportamentais na linha de análise temporal, conforme mostrado na figura 02 a relação de 2007 para 2008 em que houve um aumento acentuado na abertura de empresas, podendo ser atrelado aos estudos de Barbedo (2008), que enfatiza a motivação empresarial atrelada a microsistemas, assim o estado do rio de janeiro investiu em empreendimentos.

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Figura 02: Estatística Comparativa de Abertura de Empresas de 2007 a 2008 Fonte: Junta Comercial do Rio de Janeiro, 2008.

Já nos anos de 2008 e 2009 existe outra elevação na abertura de empresas em alguns meses, conforme mostrado na figura 03, isso pode ser notado com maior ênfase a partir de maio de 2009, quando o governo iniciou a redução de IPI (Imposto de Produtos Industrializados).

Figura 03: Estatística Comparativa de Abertura de Empresas de 2008 a 2009 Fonte: Junta Comercial do Rio de Janeiro, 2008.

A figura 04 mostra a relação do fechamento de empresas de 2007 a 2008, como também uma elevação no 2º semestre.

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Figura 04: Estatística Comparativa de Fechamento de Empresas de 2007 a 2008 Fonte: Junta Comercial do Rio de Janeiro, 2008.

A figura 05 mostra a relação do fechamento de empresas de 2008 a 2009, como também uma elevação comparativa em todos os meses relacionados, isto se deve ao início da crise mundial.

Figura 05: Estatística Comparativa de Fechamento de Empresas de 2008 a 2009 Fonte: Junta Comercial do Rio de Janeiro, 2009.

A análise sob a ótica de finanças comportamentais da relação entre abertura e fechamento de empresas, segundo Barbedo (2008), é uma conseqüência do envolvimento das emoções no mercado financeiro como a tendência ao exagero frente a uma nova informação. De acordo com a Hipótese dos Mercados Eficientes, uma nova informação deveria se refletir

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instantaneamente no preço do ativo. Fundamentado nisto, pode-se correlacionar que durante a crise houve uma elevação no fechamento de empresas pelo medo auferido por ela em meados de 2008.

Boas notícias devem aumentar o preço do ativo, e este não deve cair se nenhuma nova informação for dada. A realidade, porém tende a contradizer a teoria, pois baseado na teoria de desafio e risco de Bernstein (1997) pode-se incitar que mesmo no inicio da crise em 2008 as pessoas investiram na abertura de empresas pelo seu espírito empreendedor. Às vezes, participantes do mercado financeiro agem de forma exagerada a uma nova informação, criando um efeito de supervalorização do ativo. Segundo a teoria da disponibilidade, as pessoas tendem a dar maior peso às informações mais recentes para uma tomada de decisão. Isso acontece o tempo todo no nosso dia-a-dia.

Para uma análise relacionando o comportamento na abertura de empresas aplicando a análise de regressão linear e verificando a previsão e o comportamento real simulando o ano de 2008 e previsão para 2009..

Tabela 1: Regressão linear.

X 2008 – Y 2009 – X.Y X2 1 2548 2548 1 2 2173 4346 4 3 2621 7863 9 4 2576 10304 16 5 2816 14080 25 6 2949 17694 36 7 3391 23737 49 8 3039 24312 64 9 3119 28071 81 10 3135 31350 100 11 2678 29458 121 12 2424 29088 144 78 33469 222851 650 Fonte: Própria

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A partir da equação é caracterizado é desenvolvida a tabela a seguir:

Tabela 2: Previsão e correlação do desvio.

X 2008 Previsão 2009 Real Desvio 1,00 2548,00 2816,83 2292,00 81,37 2,00 2173,00 2820,53 2328,00 82,54 3,00 2621,00 2824,23 3007,00 106,47 4,00 2576,00 2827,93 2705,00 95,65 5,00 2816,00 2831,63 3403,00 120,18 6,00 2949,00 2835,33 3215,00 113,39 7,00 3391,00 2839,03 4019,00 141,56 8,00 3039,00 2842,73 3606,00 126,85 9,00 3119,00 2846,43 3399,00 119,41 10,00 3135,00 2850,13 3588,00 125,89 11,00 2678,00 2853,83 3259,00 114,20 12,00 2424,00 2857,53 2888,00 101,07 78,00 33469,00 34046,16 37709,00 110,76 Fonte: Própria

A correlação da previsão e a abertura de empresas mostram que existe uma margem de erro acima de 10 % em que pode ser explicado pela previsão estática e pelo comportamento variável do mercado financeiro. A previsão e comportamento no Fechamento de empresas.

Tabela 3: Regressão linear.

X 2008 – Y 2009 – X.Y X2

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2 585 1170 4 3 670 2010 9 4 588 2352 16 5 617 3085 25 6 706 4236 36 7 939 6573 49 8 909 7272 64 9 912 8208 81 10 883 8830 100 11 825 9075 121 12 943 11316 144 78 9327 64877 650 Fonte: Própria

Para uma análise relacionando o comportamento no fechamento de empresas aplicando a análise de regressão linear e verificando a previsão e o comportamento real simulando o ano de 2008 e previsão para 2009.

Tabela 4: Previsão e correlação do desvio. X 2008,00 Previsão 2009 Real Desvio

1,00 750 1000,23 660 65,99

2,00 585 1029,96 630 61,17

3,00 670 1059,69 774 73,04

4,00 588 1089,42 599 54,98

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6,00 706 1148,88 815 70,94 7,00 939 1178,61 998 84,68 8,00 909 1208,34 923 76,39 9,00 912 1238,07 872 70,43 10,00 883 1267,80 937 73,91 11,00 825 1297,53 792 61,04 12,00 943 1327,26 1013 76,32 78,00 33469,00 13964,88 9812,00 70,26 Fonte: Própria

A correlação da previsão e o fechamento de empresas mostram que existe uma margem de erro acima de 30% em que pode ser explicado pela previsão estática e pelo comportamento variável do mercado financeiro.

O estudo deste novo ramo, finanças comportamentais, veio para agregar à análise da tomada de decisão nos investimentos realizados pelos indivíduos, uma vez a teoria das finanças modernas não foi suficiente para explicar as anomalias ocorridas no mercado financeiro.

5. Considerações Finais

No presente trabalho, este tema foi utilizado sob uma nova ótica, ou seja, os estudos encontrados sobre finanças comportamentais, em sua maioria, são voltados para o mercado financeiro, mas através deste trabalho podem ser analisados, sob o ponto de vista motivacional, os fatores que impulsionam e que influenciam os indivíduos no momento de realizar qualquer investimento. No caso em questão, o que os leva a abrir como também a fechar um negócio.

Através deste estudo verificou-se a presença dos efeitos de supervalorização dos ativos e o efeito disposição, abordada por Barbedo (2008), como também o de aversão ao risco, defendida por Tversky e Kahneman (1979), já que na crise econômica ocorrida em meados de 2008 foi evidenciado um maior índice no fechamento de empresas, e um menor na abertura de empresas no estado do rio de janeiro.

Conforme já abordado anteriormente por Kimura (2003), sabe-se que, apesar da HME defender a racionalidade dos investidores, o comportamento humano sofre influência de vários fatores psicológicos que, na maioria das vezes, distorcem o processo racional de tomada de decisão. A partir disso, tem-se que a associação às finanças comportamentais

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proporciona uma melhor compreensão do processo psicológico que impulsiona os investimentos, favorecendo a construção de um modelo de tomada de decisão mais adequado, como também na seleção e contratação de seus administradores que deverão possuir habilidades técnicas e psicológicas adequadas no intuito de evitar vieses cognitivos como o excesso de confiança. A regressão, por ser estática, obteve erros elevados em sua previsão. Desta forma, este não foi um método incisivo, pois não obteve êxito. Todavia, ele pode ser aplicado à previsão de demanda de produtos.

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