FEUP/DEEC : EEC0055 / Projecto de Sistemas Digitais, 2006/2007
José Carlos Alves 1
Projecto de Sistemas Digitais
(EEC0055)
Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores
5º ano, 1º semestre
José Carlos Alves
António José Araújo
http://www.fe.up.pt/~aja/PSD2006_07
Projecto de Sistemas Digitais
• Tecnologias digitais cada vez mais importantes
– vastas áreas de aplicação
– evolução tecnológica exponencial (lei de Moore)
• tamanho, consumo, rapidez
– custo continua a descer (um PC custa 1000€!)
• Um sistema (electrónico) digital deve ser…
(numa perspectiva industrial)– bom: satisfazer a funcionalidade com fidelidade e fiabilidade
– barato: custo mais baixo possível, sem comprometer a
qualidade
• Projectar um SD
– “if it wasn’t hard they wouldn’t call it hardware”,
J.F. Wakerly– ferramentas computacionais ajudam “the little gray cells”
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Fluxo de projecto (típico)
Ideia sistema (abstracto) circuito (RTL – lógico) mapeamento tecnológico validação validação fabrico teste /dev/null D Q DQ um controlador de intensidade luminoas para ligar e desligar luzes de casa sempre que anguem entra ou sai da casota do cao que se chama bobi e tem tambem um gato que se chama tareco1 - receptor2 - um cpu para calcular a luz 3 - interface de potência in terf ace processador memória validação IC
always @(posedge clock or posedge reset) begin
case(state)
start: begin if ( enable) ready <= 1; else ready <= 0; state <= waitfor; end endcase end
Concepção
• Ideia
– clarificar e estruturar a ideia, definir especificações
• um produto é muito mais do que o sistema digital
• por vezes um projecto é iniciado com especificações incompletas
• Exequibilidade
– boas ideias podem não ser praticáveis
• custo ou risco elevado
• tecnologia não acessível, não dominada ou não adequada • tempo de desenvolvimento demasiado longo
• Implementação
– Parte do projecto pode ser independente da tecnologia alvo...
– ...mas deve ser decidida o mais cedo possível no ciclo de projecto
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Aspectos tecnológicos
• Que tecnologia?
– ASIC, FPGA, componentes off-the-shelf?
• Particionamento arquitectural
– um sistema pode não “caber” num único componente • tamanho, número de terminais, tecnologia de fabrico • divisão da funcionalidade (por exemplo analógico vs. digital) • selecção dos componentes e da tecnologia de montagem
memória interface co-proc CPU I/O proc funcionalidade rapidez disponibilidade número de pinos encapsulamento fabricante(s) PCB COB MCM wire-wrap
ASIC
RAM
mPLSI
Tecnologias disponíveis
(para implementar sistemas digitais)
• ASIC (CMOS)
– Centenas de MHz, baixo consumo, custos fixos elevados – Densidades: 250K gates/mm2 (90nm), 320K (65nm)
• FPGA
– Centenas de MHz, consumo elevado, sem custos fixos – Reconfiguráveis!
– 10.000.000 gates (equivalentes…) num único chip
• Microcontroladores/microprocessadores
– Baixo custo, baixo desempenho, programáveis – Muitas configurações com variados periféricos
• Exemplos: os PIC da Microchip, muitos derivados do 8051
• Circuitos discretos
– Circuitos “off-the-shelf”, funcões específicas (ASICs) – Circuitos integrados digitais para SSI e MSI (série 74…)
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Justifica-se um ASIC/FPGA?
• Alguns dos aspectos a ter em conta
– rapidez (MHz, MIPS, MFLOPS)
– consumo de energia
– tamanho físico
– custo (das ferramentas, prototipagem e produção)
– complexidade do projecto
– Flexibilidade (evoluções futuras?)
– fiabilidade
– testabilidade
– dissipação térmica
– compatibilidade electromagnética
– resistência mecânica
Ferramentas computacionais
• CAD/CAE
(Computer Aided Design/Computer Aided Engineering)– fundamentais para projectar em tempo útil circuitos complexos – Muitos problemas são NP-hard
• Ferramentas
CAD/CAE– trabalham com representações electrónicas de SDs (modelos) – exemplos de ferramentas CAD/CAE
• captura esquemática (mais do que desenhar o circuito lógico...) • síntese (layout, lógica, RTL, alto nível)
• desenho físico (layout), verificação de regras geométricas • simulação lógica (verificação funcional)
• análise temporal • simulação eléctrica
• modelação e simulação de faltas • geração de vectores de teste • análise térmica
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Modelos de circuitos digitais
• Representações electrónica de SDs
– usadas e transformadas por ferramentas CAD/CAE
• Um modelo é uma aproximação!
– que pode ser boa e pode ser má…
– rigor ⇒ detalhe ⇒ aproximação da tecnologia
– a simulação de um modelo nunca é igual ao seu
funcionamento real
• Modelos
(frequentemente)
tratados por humanos
– modelos estruturais (esquemáticos)
• detalham a estrutura do circuito, interligando “componentes”
– modelos comportamentais (HDLs, state charts, tabelas, BDDs)
• descrevem apenas o comportamento do sistema
Y- chart
comportamental
estrutural
físico
placas, MCMs módulos, chips células layout de transistores transistores portas lógicas registos, muxs processadores, memórias fluxogramas, algoritmos transferências entre registos expressões booleanas funções de transistores disposit ivo ló gico RT L sistem aní
ve
is de
ab
str
ac
ção
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Especificação de um SD
• Tradicionalmente…
– captura esquemática (estrutural)
• interligação de portas lógicas, flip-flops, componentes RTL,… • bibliotecas de componentes específicas de uma tecnologia • anotação do desenho com atributos
– nomes, parâmetros, restrições para implementação • captura a estrutura (física) do circuito
• transformado de forma optimizada para uma tecnologia alvo
– tabelas de verdade, expressões booleanas (comportamental)
• conveniente para blocos de lógica combinacional ou FSMs – minimização lógica
– codificação de estados
• representação textual, tradução automática para um circuito lógico • independente do meio de implementação
Especificação de um SD
• Actualmente...
– projecto a níveis de abstracção mais elevados
• representações comportamentais ao nível RTL e algorítmico • linguagens normalizadas para descrição de hardware
– suportadas por ferramentas de síntese automática – combinam modelação estrutural com comportamental – permitem ao projectista abstrair-se da tecnologia alvo – portabilidade e facilidade de manutenção e documentação • redução do ciclo de projecto
– permite explorar melhor o espaço de soluções
– comparando com a programação de computadores...
código máquina assembly C, C++ layout portas lógicas HDLs nível de abstracção crescente
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Projecto estruturado
• Hierarquia e modularidade
– conceitos semelhantes aos empregues em programação estruturada
– objectivos:
• estruturação do projecto
• permitir a reutilização de módulos • facilitar a verificação do projecto
• simplificar a produção da documentação (geralmente esquecida!)
– “quanta” hierarquia ?
• critérios principais:
– funcionalidade e granularidade (complexidade dos módulos) • uma diferença importante da hierarquia em software:
– não significa reduzir a complexidade do hardware
– geralmente “desaparece” em algum estágio da implementação
Metodologias de projecto
• Abordagens típicas
– bottom-up (capture-and-simulation)
• hierarquia criada de baixo para cima (lógico
⇒
RTL⇒
sistema) • ciclo de projecto:– desenhar os circuitos mais simples (ou usá-los se existirem) – validar com simulação esses circuitos
– usá-los na construção de outros circuitos mais complexos
– top-down (describe-and-synthesize)
• hierarquia criada de cima para baixo (sistema
⇒
RTL⇒
lógico) • ciclo de projecto– especificar o sistema de forma comportamental
– sintetizar e avaliar as soluções resultantes de diferentes restrições
– na prática usa-se uma mistura de top-down e bottom-up
manual
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Validação do projecto
• Simulação funcional
– verificação funcional da especificação
• realizada a diferentes níveis de abstracção (sistema ou RTL) • verificar que é satisfeita a funcionalidade desejada
• se não funciona? detecção e depuração de erros (debug) • problemas:
– como definir os vectores de simulação ? – como se sabe que o resultado é correcto ? – quão exaustivo é o teste ?
– fontes de erro mais comuns
• especificações incompletas, ligações erradas ou nomes trocados • uso incorrecto de ferramentas de síntese automática
• má organização das várias versões de um projecto • os computadores não erram, os humanos sim… • são humanos que criam as ferramentas de software!
Validação do projecto
• Análise temporal
– circuitos lógicos introduzem atrasos
• a simulação dá resultados correctos considerando os atrasos ? • qual o desempenho ?
• o que limita o desempenho ? Como se pode melhorar ?
– modelos de atrasos
• específicos de uma tecnologia
• dependem do circuito em que um componente se insere (fan-out) • quanto mais completo é o modelo, mais complexa é a simulação
– tpLH, tpHL, tr, tf(mínimos, típicos e máximos)
• interligações também introduzem atrasos – função do comprimento e da forma
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Implementação
• Síntese lógica
– Tradução automática de descrições abstractas (textuais)
– Resultado é um netlist que interliga blocos primitivos
• Portas lógicas, flip-flops, buffers, RAMs,…
• Cada bloco tem uma representação física determinada
• Place&Route
– Colocação física desses blocos numa área determinada
• Minimizar a área, maximizar as relações de proximidade
– Construir as interligações definidas no netlist
• Satisfazer restrições temporais, minimizar a área
– Sinais de relógio devem ser tratados à parte
• Ferramentas e processos dedicados para sinais desse tipo
Teste
• Teste do sistema fabricado
– testar para quê?
• minimizar (→ 0%) o número de sistemas defeituosos vendidos • detectar e diagnosticar defeitos de fabrico
• melhorar o sistema ou o processo produtivo
– como testar ?
• construir um modelo de faltas do circuito
• criar vectores de simulação que as consigam detectar – saídas diferentes na presença ou ausência da falta
– ferramentas para ATPG - Automatic Test Pattern Generation
– teste é uma fatia importante do custo de produção
• projecto orientado para a testabilidade (DFT - Design for Testability) • auto-teste (BIST - Built-in Self Test)
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Linguagens de descrição de hardware
• Modelação de um circuito (digital)
– descrições comportamentais permitem nível elevado de abstracção
– metodologia top-down: ferramentas de síntese automática
– representação textual: portabilidade, edição e documentação
– a favor do esquemático: “uma figura diz mais do que mil palavras”
• um esquema captura melhor a ideia estrutural
• ferramentas gráficas front-end produzem descrições em HDLs – editores de esquemático: netlist em HDL (estrutural, gate-level ou RTL) – editores de diagramas de estados: descrições sintetizáveis
– duas perspectivas na construção de um modelo
• descrever o seu funcionamento apenas para simulação
• construir uma descrição sintetizável ($monitor(…)não é sintetizável!) – um modelo sintetizável deve descrever “bem” o seu funcionamento – subsets das linguagens e regras de modelação dependem das ferramentas
Verilog vs. VHDL
- história
•VHDL
– ‘80: por necessidade de normalização, documentação e portabilidade, e DOD funda projecto para criar linguagem de “programação” para descrever hardware – ‘83: início do desenvolvimento do VHDL (IBM, Texas, Intermetrics)
– ‘87: o DOD impõe que todos os SDs fossem descritos em VHDL; standard IEEE 1076; os sistemas electrónicos do F-22 foram um dos primeiros projectos em VHDL – ‘93: VHDL é revisto e adoptado como o standard IEEE 1076 ’93
– ‘96: adopção generalizada por ferramentas EDA; package para ferramentas de síntese (IEEE 1076.3); modelação de bibliotecas para ASIC e FPGA (IEEE 1076.4)
•Verilog
– ‘81: Gateway Design Automation, Philip Moorby cria GenRad HDL e o simulador HILO – ‘83: Gateway lançou a linguagem Verilog HDL e um simulador de Verilog
– ‘85: linguagem e simulador são enriquecidos (Verilog-XL)
– ‘87: Synopsys adopta Verilog como formato de entrada para ferramentas de síntese – ‘89/’90: Cadence compra Gateway e separa o simulador da linguagem; a linguagem é
libertada para o domínio público; é criado o OVI (Open Verilog International) – ‘93: neste ano, de todos os circuitos submetidos a fundições de silício, 85% foram
desenvolvidos e submetidos em Verilog.
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Verilog e VHDL
- comparação
• capacidade de modelação
– semelhante para modelos estruturais– VHDL oferece melhor suporte para modelos abstractos e modelos de atrasos – Verilog tem melhores construções para modelar ao nível lógico e primitivas
de bibliotecas de ASICs e FPGAs
• tipos de dados
– VHDL suporta tipos de dados abstractos criados pelo utilizador
– em Verilog os tipos são muito simples e mais próximos do hw (wire e reg)
• aprendizagem
– VHDL é fortemente tipada, menos intuitiva, mais verbosa (baseada em ADA)
– Verilog é mais simples e menos verbosa (baseada em C)
• parametrização
– VHDL tem construções para parametrizar número de bits, replicar estruturas e configurar modelos
– Verilog suporta apenas modelos com parâmetros, instanciação com redefinição de parâmetros
VHDL-Verilog
(comportamental)
library IEEE; use IEEE.STD_Logic_1164.all; entity MUX_2_1 is port(S1,A1,B1,S2,A2,B2,S3,A3,B3:in std_logic; Y1,Y2,Y3:out std_logic);end entity MUX_2_1;
architecture COND_DATA_FLOW of MUX_2_1 is begin Y1 <= A1 when S1=‘1’ else B1; TWO_2_1_MUXES: process(S2,A2,B2,S3,A3,B3) begin Y2<=B2; if (S2=‘1’) then Y2<=A2; endif; if (S3=‘1’) then Y3<=A3; else Y3<=B3; endif;
end process TWO_2_1_MUXES end architecture COND_DATA_FLOW;
module MUX_2_1(S1,A1,B1,Y1, S2,A2,B2,Y2, S3,A3,B3,Y3); input S1,A1,B1,S2,A2,B2,S3,A3,B3; output Y1,Y2,Y3; reg Y2,Y3; assign Y1=S1?A1:B1; always @(S2 or A2 or B2 or S3 or A3 or B3) begin Y2=B2; if (S2) Y2=A2; if (S3) Y3=A3; else Y3=B3; end endmodule VHDL Verilog
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VHDL-Verilog
(estrutural)
library IEEE; use IEEE.STD_Logic_1164.all; entity HALF_ADDER is port(a,b:in std_logic; sum,carry:out std_logic); end entity HALF_ADDER;architecture STRUCT of HALF_ADDER is component xor2
port(a,b:in std_logic; c:out std_logic); end component;
component and2
port(a,b:in std_logic; c:out std_logic); end component;
begin
X1: xor2 port map(a=>a,b=>b,c=>sum); A1: and2 port map(a=>a,b=>b,c=>carry); end STRUCT; module HALF_ADDER(a,b,sum,carry); input a,b; output sum,carry; xor X1(sum,a,b); and A1(carry,a,b); endmodule VHDL Verilog
Modelação em HDL
• Modelo sintetizável vs. modelo não sintetizável
– ferramentas de síntese automática inferem uma estrutura
• o modelo (comportamental ou estrutural) vai ser hardware • regras, restrições e recomendações das ferramentas de síntese
– como é interpretado e traduzida a descrição em HDL – simulação e implementação devem concordar
– construções específicas da tecnologia de implementação
– modelos não sintetizáveis
• não são traduzidos para hardware
• definem estímulos para simulação; monitorização de sinais • modelam o comportamento de outros circuitos só para simulação
– circuito de relógio – memórias ou CPUs
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Modelação em HDLs
recomendações gerais
• Antes de iniciar a construção do modelo
– definir a arquitectura e estruturação do projecto (particionamento) – ferramentas de síntese não processam bem circuitos muito grandes!
• Problemas de optimização são NP-completos
• Escrever o código de modo a reflectir a arquitectura
– estruturado em módulos e funções, ter em mente a reusabilidade – favorecer a legibilidade: nomes, comentários, parêntesis, parâmetros
• Garantir a precisão da simulação
– deve traduzir fielmente o comportamento do hardware gerado – modelar correctamente o comportamento das partes não sintetizáveis
Verilog HDL
(Hardware Description Language)
• Linguagem de descrição de hardware (digital)
– Suporta modelação em diferentes níveis de abstracção
– criada para modelação e simulação de circuitos digitais
– actualmente usada como fonte para ferramentas de síntese
– modelos estruturais e modelos comportamentais
– não é uma linguagem de programação!
• Unidade básica de um modelo em Verilog:
– module: um sub-circuito definido por:
• interface (entradas e saídas)
• implementação (modelo do circuito digital)
preset clear q qbar q qbar preset clear
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Verilog - introdução
• Modelo estrutural de uma latch SR com portas NAND:
module ffnand(preset,clear,q,qbar); input preset, clear;
output q, qbar;
nand #1 nand1(q, qbar, preset), nand2(qbar, q, clear); endmodule interface implementação q qbar preset clear instância atraso
• Circuito:
saída entradas primitivaVerilog - introdução
• Simulação do módulo ffnand
`timescale 1ns/100ps module top_ffnand; wire q, qb; reg pre, clr; ffnand ffnand1(pre,clr,q,qb); initial begin $monitor($time,
“ preset=%b, clear=%b, q=%b, qbar=%b”, pre, clr, q, qb); #10 pre=0; clr=1; #10 pre=1; #10 clr=0; #10 clr=1; #10 $finish; end endmodule fios estímulos de simulação monitor de sinais instância registos espera 10ns escala temporal
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Verilog - introdução
• Modelo completo para simulação (testbench)
– reunião dos módulos ffnand e top_ffnand
• Resultados da simulação
– produzidos pela função $monitor(...)(system task)
• sempre que algum dos sinais declarados muda de estado
– análise das formas de onda de sinais relevantes
0 preset=x clear=x q=x qbar=x 10 preset=0 clear=1 q=x qbar=x 11 preset=0 clear=1 q=1 qbar=x 12 preset=0 clear=1 q=1 qbar=0 20 preset=1 clear=1 q=1 qbar=0 30 preset=1 clear=0 q=1 qbar=0 31 preset=1 clear=0 q=1 qbar=1 32 preset=1 clear=0 q=0 qbar=1 40 preset=1 clear=1 q=0 qbar=1
valor lógico desconhecido
Verilog - introdução
• Um contador de 4 bits (counter)
– estruturação em 3 módulos: c16, Dff e clockgen
– clockgen produz o sinal de relógio
– contador c16 usa instâncias do módulo Dff (flip-flops tipo D)
– hierarquia do modelo:
clockgen c16
Dff Dff Dff Dff
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Verilog - introdução
• Modelo do contador c16
module c16(value, clock, fifteen, ten); input clock;
output [3:0] value; output fifteen, ten;
Dff D1(value[0], clock, ~value[0]),
D2(value[1], clock, value[1] ^ value[0]), D3(value[2], clock, value[2] ^ &value[1:0]), D4(value[3], clock, value[3] ^ &value[2:0]); assign fifteen = &value;
assign ten = value[3] & ~value[2] & value[1] & ~value[0]; endmodule
vector de bits
operadores
saída ten vale 1 quando value = 1010
saídas de 1 bit
Verilog - introdução
• Modelo (comportamental) do Dff
module Dff(q, clock, d); input clock, d; output q; reg q; initial q = 0; always @ (negedge clock) #10 q = d; endmoduleq é reg porque “segura” um valor no início da simulação (t=0) sempre que clock
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Verilog - introdução
• Gerador de relógio (clockgen)
module clockgen(clock); output clock; reg clock; initial #5 clock = 1; always #50 clock = ~clock; endmodule para sempre... sinal clock gerado:
t=05 50 50
unidades de tempo reais: ‘timescale 1ns/100ps
unidade de atraso arredondamento dos cálculos
Verilog - introdução
• O circuito completo (módulo counter)
module counter; wire [3:0] count;
wire clock, ten, fifteen;
c16 contador( count, clock, fifteen, ten); clockgen clock( clock );
initial
$monitor($time, “ Clk=%b, Count=%d, is_10=%b, is_15=%b”, clock, count, ten, fifteen);
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Testbench
circuito
a
fabricar
geração de estímulos análise de respostas modelo sintetizável (vai ser um circuito digital)modelo não sintetizável (testbench) clock reset memórias A/D e D/A interfaces ficheiros ... simula o comportamento de dispositivos externos
analisa respostas para verificar a correcção do modelo
registos de texto waveforms ficheiros ...
Verilog
• Modelo de um full-adder (estrutural gate-level)
`timescale 1ns/100ps
module full_adder(a, b, cin, s, co); input a, b, cin;
output s, co; // resultado e carry-out wire t1, t2, t3;
xor #3 xor_1( s, a, b, cin ); and #2 and_1( t1, a, b ), and_2( t2, a, cin), and_3( t3, b, cin); or #(2,3) or_1( co, t1, t2, t3); endmodule interface implementação instância saída entradas primitivas lógicas atraso de
propagação: tpLH=2 unidades de tempo; tpHL=3 unidades fios
comentário atraso de 3
unidades de tempo
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declaração do interface
• um módulo pode não ter interface
– em módulos usados para teste de outros - testbenches
module myadder_testbench; // sem entradas nem saídas
• declaração de portos de interface: – portos unidireccionais:
input [7:0] din_a, din_b; // din_a, din_b são entradas de 8 bits // onde o MSB é din_a[7] e o LSB é din_a[0] input clock, reset; // clock, reset são entradas de 1 bit
output [0:8] res; // result é uma saída de 9 bits, onde o // MSB é res[0] e o LSB é res[8]
– portos bidireccionais:
inout [7:0] databus; // databus é um sinal bidireccional de 8 bits: // pode forçar um nível lógico ou receber um // sinal do exterior
• todos os sinais declarados como portos de entrada/saída são do tipo wire (fio) – fios (wires) apenas “propagam” valores lógicos entre uma origem e um destino
– as saídas que “seguram” valores lógicos devem ser declaradas como sinais do tipo reg • valores lógicos: 1, 0, x (desconhecido) e z (estado de alta impedância)
declaração de sinais
• sinais do tipo wire representam fios ou barramentos (vários bits) – servem para transportar um valor lógico desde uma origem que o produz – um identificador não declarado é considerado um wire de 1 bit
wire en_clock, sel_reg; // fios simples (um bit) wire [15:0] opr_a, opr_b; // dois barramentos de 16 bits
• sinais do tipo reg representam “registos” (um ou mais bits) – seguram valores lógicos
reg clock, reset; // registos de 1 bit reg [7:0] Ra, Rb; // registos de 8 bits
reg [15:0] regfile[0:31]; // vector de 32 registos com 16 bits cada
• campos de vectores de bits
Rb; // todo o registo Rb de 8 bits
opr_a[15:8]; // os 8 bits mais significativos de opr_a
Rb[3]; // o bit 3 do registo Rb
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primitivas lógicas
• primitivas lógicas implícitas na linguagem Verilog
– representam “componentes” que implementam funções lógicas elementares • realizam operações entre sinais de 1 ou mais bits
– portas lógicas: and, nand, or, nor, xor, xnor(1º sinal é saída, restantes são entradas)
and and_1(o1, x1, x2), and_2(o2, x3, x4, x5, x6, en);
– buffers e inversores: buf, not (último sinal é a entrada e os restantes são saídas)
not inv_1(nclkout, nclkout1, nclkout2, clkin);
buf mybuffer(a, b, c, d, busout);
– buffers de 3 estados: bufif1, bufif0
bufif0 tristate_1(out, in, control);
– inversores com saída de 3 estados: notif1, notif0
notif0 my_not(not_in, in, control);
tempos de propagação
(não suportados em modelos sintetizáveis)
• na instanciação de primitivas são especificados com o operador #
and #3 and_1(o1, x1, x2, x3; // tp = 3 unidades de tempo and #(3,5) and_2(out2, a, b); // tplh=3, tphl=5
bufif1 #(3,2,5) buf_1(out, in, en) // tplh=3, tphl=2, tpHiZ=5
• para cada tempo podem ser especificados valores min, typ e max
and #(3:4:5) myand(out2, a, b); // tpmin=3, tptyp=4, tpmax=5 bufif1 #(1:2:3,2:3:4,3:4:6) buf_1(out, in, en) // atrasos min:typ:max
• o valor da unidade de tempo é definido pela directiva
`timescale
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Verilog –
modelos estruturais
• um somador de 4 bits
– usando instâncias do full-adder anterior
module four_bit_adder(a, b, cin, s, cout); input [3:0] a, b;input cin; output [3:0] s; output cout; wire [2:0] cy;
full_adder fa_0( a[0], b[0], cin, s[0], cy[0] ), fa_1( a[1], b[1], cy[0], s[1], cy[1] ), fa_2( a[2], b[2], cy[1], s[2], cy[2] ),
fa_3(.cin(cy[2]),.a(a[3]),.b(b[3]),.s(s[3]),.co(cout)); endmodule a e b são entradas de 4 bits s é uma saída de 4 bits nome do componente nomes das instâncias sinais ligados por posição sinais ligados por nome cy é um busde 3 bits
verificação funcional
• um testbench instancia o módulo
four_bit_adder.
`timescale 1ns/100ps module four_bit_adder_testbench; reg [3:0] a, b; reg cin; wire [3:0] s; wire cout;
four_bit_adder adder4(a, b, cin, s, cout); initial
begin
$monitor($time, “ ci=%b, a=%d, b=%d, s=%d, co=%b”, cin, a, b, s, cout); cin=0; a=2; b=4; #30 b=12; #30 cin=1; #30 a=4'b1110; b=4'b0110; #30 $stop; end endmodule o circuito a testar monitor de sinais estímulos de simulação
registos(seguram valores) fios(propagam valores)
controlo do simulador (pára) espera 30 unidades de tempo (30ns)
módulo sem interface (testbench)
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resultados da simulação
(formas de onda)
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verificação funcional
• Verificação
exaustiva
do somador de 4 bits
• e se fosse de 32 bits ? (com 1ns por vector seriam necessários 1170 anos!)
module four_bit_adder_testbench; reg [3:0] a, b; reg cin; wire [3:0] s; wire cout;
four_bit_adder adder4(a, b, cin, s, cout); initial
begin
$monitor($time, “ ci=%b, a=%d, b=%d, s=%d, co=%b", cin, a, b, s, cout); cin = 0; $display(“Verificacao com carry-in = %b”, cin);
for(a=0;a<15;a=a+1) for(b=0;b<15;b=b+1) #40;
cin = 1; $display(“Verificacao com carry-in = %b”, cin); for(a=0;a<15;a=a+1) for(b=0;b<15;b=b+1) #40;
$display(“Fim da simulação”); $stop; end
endmodule
constantes
• por omissão: decimal, 32 bits em complemento para dois
– são truncadas se forem atribuídas a sinais com menos bits (a partir do LSB):
• pode-se (deve-se) definir o número de bits e a base de
representação:
reg [3:0] a; ... initial begin a = 28; // 28=11100 -> a fica com 1100=1210 ... end nº de bits5’d10; // a constante decimal 10 com 5 bits 10’b1010_0011_11; // constante com 10 bits, em binário 16’h1E_C6; // 16 bits em em hexadecimal
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Verilog system tasks
• algumas funções internas do simulador (system tasks)
– $monitor()
• imprime um registo de texto formatado quando um sinal muda de estado
• a sintaxe é semelhante à função printf() da linguagem C • num projecto só pode existir activo um monitor de sinais – $time
• devolve o tempo actual do simulador (um inteiro) – $display()
• quando invocado imprime um registo de texto formatado – $stop
• interrompe a simulação mas pode ser retomada (breakpoint) – $finish
• termina a execução do simulador (só em alguns simuladores...)
modelos comportamentais
• Um modelo comportamental é formado por:
– um ou mais processos que operam concorrentemente
• assign: blocos combinacionais
• always: blocos combinacionais, sequenciais ou síncronos
• Modelo de um full-adder (combinacional)
module full_adder_comp(a, b, cin, s, cout); input a, b, cin; output s, cout; reg cout; assign s = a ^ b ^ cin; always @( a or b or cin ) begin
cout = (a & b) | (a & cin) | (b & cin); end endmodule modela blocos combinacionais sempre que... o sinal s está ligado à expressão operadores lógicos
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modelos comportamentais
• Modelo comportamental do somador de 4 bits
module four_bit_adder_c(a, b, cin, s, cout); input [3:0] a, b;
input cin; output [3:0] s; output cout; reg cout, s;
reg [5:0] ta, tb, ts; // “registos” temps. always @( a or b or cin or ta or tb or ts ) begin ta = { 1’b0, a, 1’b1 }; tb = { 1’b0, b, cin }; ts = ta + tb; cout = ts[5]; s = ts[4:1]; end endmodule sempre que... concatenação de bits somador extrair os resultados
operadores
(semelhantes aos da linguagem C)
aritméticos + - * / % 2 operandos são estendidos com zeros lógicos ! negação lógica 1 zero é falso, não-zero é verdadeiro
&& E lógico 2 retorna 1-verdadeiro ou 0-falso || OU lógico 2
relacionais > < >= <= 2 operandos considerados unsigned
igualdade == != 2 comparam apenas zeros e uns === !== 2 comparam também os valores z e x
bitwise ~ & | ^ 2 operandos são estendidos com zeros
shift >> << 2 desloca bits e preenche sempre com zeros
concatenação { } N {3’b101,1’b0,3’b111}=7’b1010111
replicação {{ }} N {N{A}}replica Nvezes o valor A
condicional ? : 3 igual à expressão condicional de C
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modelação de blocos combinacionais
• assign sinal = expressao;
– Liga permanentemente sinal ao resultado da expressao:
• always @(a or b or c or ...) begin ... end
– sempre que um sinal da lista muda de estado avalia o bloco:
opa
a
IR
b
atraso de transporte (não pode ser usado em modelos sintetizáveis)
always @(a or IR or b) begin
if ( IR[7:4] & 4’b1010 )
opa = { a<<7, (a+b) };
else
opa = { a<<7, (a-b) };
end
assign #10 opa = { a<<7, ( IR[7:4] & 4’b1010 ? (a+b) : (a-b) ) };
lista de sensibilidades
latches em blocos combinacionais
• Num modelo de um circuito combinacional
– as saídas devem ter um valor atribuído para todas as condições das
entradas
– se essa condição não for satisfeita são criadas latches transparentes
– a ocorrência de latches num bloco que se pretendia combinacional
é geralmente FATAL (a ver mais tarde)
always @(a or b or sel) begin if ( sel ) y = a; else y = b; end
always @(a or b or sel) begin
if ( sel )
y = a;
end
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construções condicionais
if (condition) statement1 else statement2 case (expression) expr1: statement1; expr2: statement2; default: statement3; endcase; (expression)?(true):(false)if (a[2:0]==3’b010 && cy) ...
casez
casex
(z é don’t care) (z e x são don’t care)
case (ir[7:4]) 4’b0001: ... 4’b0010: ... default: ... endcase casex (ir[7:4]) 4’bxx01: ... 4’bxx10: ... default: ... endcase acc=(ir[7:0]==4’b0011) ? 0 : 255; if (a[2:0]===3’b01z && cy) ...
ciclos
(utilização restrita em modelos sintetizáveis)
for(start;end_expr;update) statement; forever statement; for(i=0;i<8;i=i+1) x[i] = x[i+1] repeat(fixed_loop_count) statement; repeat(10) begin a[i]=a[i+1]; i=i+1; end;
forever #10 clock = ~clock; while(i<8) begin ... end while(condition) statement;
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modelação de circuitos síncronos
• acumulador de 8 bits
module acc(clk, reset, a, reg_sum); input clk, reset; input [7:0] a; output [7:0] reg_sum; reg [7:0] reg_sum; always @( negedge clk ) if ( reset ) reg_sum <= 8’d0; else reg_sum <= a + reg_sum; endmodule processo
síncrono com clk sempre que clk
reg_sum “segura” um valor lógico
reg_sum
a
D Q
clk
0
resetcontador up/down
module updown_counter(clk, reset, enable, down, dout, end_count); input clk, reset, enable, down;
output [3:0] dout; reg [3:0] dout; output end_count;
assign end_count = enable & (down ? (dout==0) : (dout==15) ); always @( posedge clk or posedge reset)
begin if ( reset ) dout <= 0 else begin if ( enable ) if ( down ) dout <= dout – 1; else dout <= dout + 1; end end endmodule processo síncrono com o flanco ascendente de clk e reset assíncrono processo combinacional
a avaliação do sinal de reset tem de ocorrer no início do bloco begin...end
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testbench para o contador up/down
`timescale 1ns/100ps
module updown_counter_testbench; reg clk, reset, enable, down; wire [3:0] dout;
wire end_count;
updown_counter count_1(clk, reset, enable, down, dout, end_count); initial
begin
down = 0; reset = 0; enable = 1; #2 reset = 1; // apply reset #6 reset = 0; // release reset #300 // count up 300ns enable = 0; #40 // disable counter down = 1; #100 // count down
enable = 1; #300 // enable counter, wait 300ns $stop; // stop simulation
end
initial clk = 1’b0;
always #5 clk = ~clk; // 10ns clock period endmodule estímulos instância do contador sinal de relógio
atribuições blocking/nonblocking
• Atribuições procedimentais – avaliadas em sequência
• Atribuições non-blocking – avaliadas em paralelo
begin a1=in0+in1-acc; y1=a1+b1; z1=y1+a1; end begin a1<=in0+in1-acc; y1<=a1+b1; z1<=y1+a1; end
Admitindo que in0=4,in1=4,acc=1 a1=4, b1=4, y1=8 a1 = 4+4-1 = 7; y1 = 7+4 = 11; z1 = 11+7 = 18; a1 = 7; y1 = 4+4 = 8; z1 = 8+4 = 12;
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José Carlos Alves 59
atribuições blocking/nonblocking
• Quando usar a=b ou a<=b ?
– em processos combinacionais podem-se usar os dois tipos
– em processos síncronos deve-se usar apenas non-blocking
• evita a ocorrência de race conditions que podem “encravar” o simulador always @(posedge clk) begin ... if ( dataready ) rdy = 1; ... end always @(posedge clk) begin ... if ( rdy ) begin reg = datain; ack = 1; end end
blocos sequenciais e paralelos
begin // sequencial x = k; #10 y = a + b; #5 z = y * x; end begin x = k; fork #10 y = a + b; #5 z = y * x; join end avaliadas em paralelo inicia bloco paralelo
termina bloco paralelo
x
y
z
10 5x
y
z
10 5FEUP/DEEC : EEC0055 / Projecto de Sistemas Digitais, 2006/2007
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parametrização
• módulos com parâmetros
module my_multiply(...); parameter size=16, delay=5; ...endmodule
my_multiply #(8,2) mult1(...);
valores por omissão valores atribuídos à instânciamult1
Modelação de máquinas de estados
• FSM (Finite State Machine)
– sequência determinada de estados, síncronizado com relógio
– estrutura geral
saída próximo estado registo de estadoentradas saídas (Mealy)
reset (assíncrono) reset (síncrono) clock saídas (Moore) saídas (Moore) saída
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Modelação de máquinas de estados
• Codificação de estados (feita “à mão”)
– atribuição de padrões de bits a cada estado
– o tipo de codificação influencia
• dimensão do registo de estado
• complexidade dos circuitos lógicos combinacionais
– codificações mais usadas
• sequencial – 0000 0001 0010 0011 0100 … 1101 1110 1111 • código Gray – 0000 0001 0011 0010 0110 … 1011 1001 1000 • código Johnson – 00000000 00000001 00000011 00000111 00001111 … 11100000 11000000 • one-hot – 0000000000000001 0000000000000010 0000000000000100 ...
Máquinas de estados
- Mealy e Moore
• Mealy
– as saídas dependem do estado corrente e das entradas
– o valor das saídas é associado às transições entre estados
• Moore
– as saídas dependem apenas do estado corrente
– o valor das saídas é associado aos estados
A B C i1/s1 i2/s2 D E F s3 s3 s4 i1 i3 condição de transição de estado i3 i4 valores das saídas
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Máquinas de estados
- especificação
• Tabela de transição de estados
• Diagrama de transição de estados
00 01 10 0X/1 0 1X/0 1 1 X1/0 X0/1 XX/1 S0 S1 S2 i1/Yme i1/Yme Ymo Ymo i2/Yme Yme i2/Yme
entradas estado próximo saídas i1 i2 corrente estado Yme Ymo 0 X 00 (S0) 00 (S0) 1 0 1 X 00 (S0) 01 (S1) 0 0 X 1 01 (S1) 00 (S0) 0 1 X 0 01 (S1) 10 (S2) 1 1 X X 10 (S2) 00 (S0) 1 1 saídas Mealy saídas Moore i1 i2/Yme Ymo
Máquinas de estados
- modelação em Verilog
• Modelo incorrecto
module FSM_mal(clock, i1, i2, Yme, Ymo);input clock, i1, i2; output Yme, Ymo;reg Yme, Ymo; reg [1:0] state; always @(posedge clock)
case (state) 2’b00: begin Ymo<=0; if (i1) begin state<=2’b01; Yme<=0; end else Yme<=1; end 2’b01: begin Ymo<=1; if (i2) begin state<=2’b00; Yme<=0; end else begin state<=2’b10; Yme<=1; end end 2’b10: begin
Ymo<=1; state<=2’b00; Yme<=1; end endmodule 00 01 10 0X/1 0 1X/0 1 1 X1/0 X0/1 XX/1 i1 i2/Yme Ymo
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Máquinas de estados
- modelação em Verilog
• Modelo incorrecto
module FSM_mal(clock, i1, i2, Yme, Ymo);input clock, i1, i2; output Yme, Ymo;reg Yme, Ymo; reg [1:0] state; always @(posedge clock)
case (state) 2’b00: begin Ymo<=0; if (i1) begin state<=2’b01; Yme<=0; end else Yme<=1; end 2’b01: begin Ymo<=1; if (i2) begin state<=2’b00; Yme<=0; end else begin state<=2’b10; Yme<=1; end end 2’b10: begin
Ymo<=1; state<=2’b00; Yme<=1; end endmodule 00 01 10 0X/1 0 1X/0 1 1 X1/0 X0/1 XX/1 i1 i2/Yme Ymo
• falta de reset (síncrono e/ou assíncrono) • todas as saídas são registadas
• Yme não é saída Mealy • não é definido o estado inicial • falta o estado2’b11
Máquinas de estados
- modelação em Verilog
• Modelo correcto
00 01 10 0X/1 0 1X/0 1 1 X1/0 X0/1 XX/1 i1 i2/Yme Ymoalways @(state or i1 or i2) begin case (state) 2’b00: begin nextstate=2’b00; Ymo=0; if (i1) begin nextstate=2’b01; Yme=0; end else Yme=1; end 2’b01: begin Ymo=1; if (i2) begin nextstate=2’b00; Yme=0; end else begin nextstate=2’b10; Yme=1; end end 2’b10: begin
Ymo=1; nextstate=2’b00; Yme=1; end
default: begin
Ymo=0; nextstate=2’b00; Yme=1; end
end endmodule module FSM_bem(reset, clock,
i1, i2, Yme, Ymo); input reset, clock, i1, i2; output Yme, Ymo;
reg Yme, Ymo;
reg [1:0] state, nextstate; always @(posedge clock)
if (reset) state<=2’b00; else
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Máquinas de estados
- modelação em Verilog
• Separação da lógica do próximo estado das
saídas
always @(state or i1 or i2) begin case (state) 2’b00: if (i1) nextstate=2’b01; else nextstate=2’b00; 2’b01: begin if (i2) nextstate=2’b00; else nextstate=2’b10; end 2’b10: nextstate=2’b00; default: nextstate=2’b00; end endmodule
always @(state or i1 or i2) begin case (state) 2’b00: begin Ymo=0; if (i1) Yme=0; else Yme=1; end 2’b01: begin Ymo=1; if (i2) Yme=0; else Yme=1; end 2’b10: begin Ymo=1; Yme=1; end default: begin Ymo=0; Yme=1; end end endmodule
Máquinas de estados
- modelação em Verilog
• Combinando estado corrente e próximo estado
always @(posedge clock or negedge reset)begin if (!reset) state <= 2’b00; else case (state) 2’b00: if (i1) state<=2’b01; else state<=2’b00; 2’b01: begin if (i2) state<=2’b00; else state<=2’b10; end 2’b10: begin state<=2’b00; end default: begin state<=2’b00; end end endmodule
modelandoYmocomo saída síncrona: always @(posedge clock or negedge reset) begin if (!reset) begin Ymo<=0; state <= 2’b00; end else case (state) 2’b00: if (i1) begin Ymo<=1; state<=2’b01; end else begin Ymo<=0; state<=2’b00; end ...