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A 8 ANOS DE IDADE / PHONOLOGICAL AWARENESS ABILITIES WITH. Tema: habilidades em consciência fonológica. Objetivo: verificar as habilidades em

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REFERÊNCIA:CIELO, Carla Aparecida. Habilidades em Consciência Fonológica em Crianças de 4 a 8 Anos de Idade. Pró-Fono, Barueri, v.14, n.3, p. 301-312, set 2002.

OBSERVAÇÃO: este artigo foi extraído da Tese de doutoramento da autora, sob

orientação do Dr. José Marcelino Poersch.

TÍTULO: HABILIDADES EM CONSCIÊNCIA FONOLOGICA EM CRIANÇAS DE 4

A 8 ANOS DE IDADE / PHONOLOGICAL AWARENESS ABILITIES WITH CHILDREN BETWEEN 4 AND 8 YEARS OLD

Carla Aparecida Cielo

RESUMO

Tema: habilidades em consciência fonológica. Objetivo: verificar as habilidades em consciência fonológica de crianças e sua seqüência de emergência. Material e Método: crianças de 4 a 8 anos de idade, de ambos os sexos, submetidas à triagem fonoaudiológica, avaliação do quociente de inteligência e aplicação de um protocolo de teste, elaborado pela autora. Resultados: houve progressão do desempenho, conforme a idade, nos diferentes tipos de consciência fonológica, bem como em seus diferentes níveis de complexidade. Conclusão: as habilidades em consciência fonológica aparecem gradualmente e a habilidade em consciência fonêmica parece sofrer influência da alfabetização.

SUMMARY

Background: abilities in phonological awareness. Aim: to verify the abilities in phonological awareness of children and its emergency sequence. Material and Method: both male and female 4 to 8 year-old children, submitted to the speech, language and hearing screening, to the IQ Test as well as to the test protocol created by the author. Results: progressive increase in performance according to the age, in the several types of phonological awareness, as well as in the several degrees of complexity. Conclusion: the abilities in phonological awareness appear gradually and that the ability in phonemic awareness seems to be influenced by literacy.

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UNITERMOS: consciência fonológica; metafonologia; consciência lingüística;

metalinguagem

KEY WORDS: phonological awareness; metaphonology; linguistic awareness;

metalinguistic

1 INTRODUÇÃO

Compreender e produzir fala são considerados processos lingüísticos básicos, rápidos e automáticos em função do seu objetivo central que é permitir a comunicação entre as pessoas.

No entanto, algumas necessidades culturais como a auto-correção de erros durante os processos básicos de produção e compreensão da fala, a expansão e a testagem das possibilidades de utilização da língua durante a aquisição desses processos comunicacionais básicos e a necessidade de aprender o código escrito fazem com que surjam processos de análise da fala mais elaborados e lentos, denominados de consciência lingüística, que propiciam a evolução da habilidade em comunicação.

A habilidade em analisar a fala explicitamente em seus componentes fonológicos é chamada consciência fonológica, um subtipo da consciência lingüística, sendo imensamente importante para compreender a mensagem escrita, uma vez que, para ler e escrever, é preciso realizar as correspondências grafo-fonológicas, analisar os signos semiológicos em fonemas e sintetizar os fonemas em signos semiológicos.

Isso subentende o reconhecimento de que o signo semiológico consiste em uma seqüência de unidades individuais, os fonemas, independentemente de seu referente, e que os fonemas existem em número limitado na língua e podem ser recombinados infinitamente mediante determinadas regras lingüísticas, criando novas palavras (Lewkowicz, 1980, Williams, 1980, Tunmer et al., 1988, Ball e Blachman, 1991, Cardoso-Martins, 1991, Gombert, 1992).

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A consciência fonológica provavelmente aparece gradualmente, ao longo de um continuum que engloba desde um grau nulo de consciência, passando pela sensibilidade, pelo “dar-se conta”, até a consciência em si que pressupõe a capacidade de explicitação verbal do produto desse tipo de habilidade (Poersch, 1998).

O desenvolvimento desse continuum evolutivo provavelmente seja resultado do maior número de sinapses neuroniais que vão sendo construídas e da mielinização, mediante o aumento da experiência e estimulação da criança, e do funcionamento em paralelo e distribuído do cérebro, possibilitando não apenas a atenção a dois objetos ao mesmo tempo, como a forma e o conteúdo lingüístico, mas também possibilitando o isolamento e análise de um, a despeito do outro, caracterizando um nível crescentemente superior de processamento cerebral.

A exposição ao meio e a plasticidade neurológica propiciam o desenvolvimento cerebral e acredita-se que o processo de aquisição da linguagem – substrato neurológico inato associado às modificações e crescimento sináptico pelos estímulos do meio e próprios – vai permitindo à criança desempenhar a comunicação conforme um padrão lingüístico cultural adquirido, ou seja, a criança parece abstrair os padrões que organizam determinada língua à qual está exposta (Ellis, 1998), o que vai de encontro às concepções simbolistas inatistas que afirmam a existência de regras gramaticais inatas, prontas na “mente”.

O paradigma conexionista assume que os processos mentais/cerebrais, incluindo a aquisição de conhecimento/aprendizagem e linguagem são resultado da atividade químico-elétrica inter-sináptica cerebral (Young e Concar, 1992, Shanks, 1993, Harder e Togeby, 1993, Haykin, 1994, Dubois, 1994, Plunkett, 1995 e 1997) e que o comportamento lingüístico, apesar de poder ser descrito por regras, não é governado por elas (Ellis, 1998).

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ao longo de sua maturação cronológica e interação com o meio sem regras lingüísticas pré-determinadas e que, portanto, deve haver tarefas de consciência fonológica mais e menos difíceis de resolver, conforme o desenvolvimento infantil.

Um ponto marcante do desenvolvimento cognitivo infantil é o estágio piagetiano das operações concretas que inicia na faixa dos 6 ou 7 anos de idade, favorecendo a desvinculação dos aspectos concretos e o aumento da capacidade de abstração da realidade imediata, permitindo que a consciência fonológica se torne cada vez mais avançada.

Esta fase propicia o aprendizado do código alfabético, o início da escolarização da criança, observando-se que, conforme a literatura, mesmo com algumas habilidades em consciência fonológica, a criança, ao iniciar a alfabetização, adquire seu tipo mais complexo, a consciência fonêmica, que consiste na consciência sobre os fonemas da língua, permitindo, ao mesmo tempo, o avanço no domínio do código alfabético, pois, segundo Zifcak (1981), os símbolos gráficos representam a fala no nível mais abstrato, o nível fonológico.

Existem evidências científicas de que crianças que apresentam um bom nível de consciência fonológica apresentam bom desempenho em leitura, sendo o contrário também verdadeiro (Yavas e Haase, 1988).

Um baixo nível de consciência fonológica pode prejudicar a aquisição das habilidades em leitura e escrita de uma criança, levando a conseqüências negativas com o passar do tempo. A criança passa a evitar o material escrito por medo de falhar na leitura, tornando-se cada vez menos exposta a situações de leitura, praticando menos e não automatizando as correspondências grafo-fonológicas.

Isso faz com que, ao tentar ler, haja uma demanda cognitiva exagerada sobre os aspectos básicos da recodificação (que não puderam ser automatizados), prejudicando a compreensão que é o objetivo principal da leitura (Stackhouse, 1997).

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Desta forma, uma adequada avaliação das habilidades em consciência fonológica permite realizar um prognóstico sobre o posterior desenvolvimento das habilidades em leitura e escrita ou da alfabetização, podendo-se elaborar, com base nos resultados das avaliações, programas de treinamento em consciência fonológica de caráter preventivo de falhas nessas habilidades ou de caráter potencializador da alfabetização (Cielo, 1996).

Outro ponto muito importante que justifica uma adequada avaliação da consciência fonológica é a necessidade da realização de planejamento e monitoramento terapêuticos na área da reabilitação dos distúrbios da leitura e escrita, de forma que o objetivo da terapia seja claro e mais rapidamente atingido, em função de um perfil estabelecido por meio de avaliação das habilidades em consciência fonológica.

Na Fonoaudiologia, os distúrbios da comunicação escrita e falada podem ou não aparecer associados ou em decorrência dos distúrbios do processamento auditivo central, uma nova área de pesquisa que tem enfatizado o papel da consciência fonológica na comunicação do indivíduo. Torna-se evidente que a consciência fonológica vem recebendo um crescente grau de valorização com os resultados das pesquisas sobre a comunicação humana.

No entanto, qualquer tipo de intervenção na área de consciência fonológica, reabilitadora ou estimuladora, necessita de um planejamento prévio, com o estabelecimento de objetivos que direcionem o trabalho para que seja efetivo. A realização de um plano de terapia direcionado às necessidades que devem ser trabalhadas apenas é possível por meio de uma avaliação que permita verificar quais são essas necessidades.

No Brasil, a literatura a respeito da consciência fonológica é escassa, principalmente no tangente à avaliação, o que limita a verificação das necessidades nessa área para realizar qualquer tipo de intervenção e também para monitorar os resultados dessa intervenção.

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Desta forma, torna-se interessante, e necessário, tentar encontrar o perfil de consciência fonológica infantil para que se possa avaliar com melhores critérios quais habilidades são esperadas para determinada idade.

Este trabalho teve como objetivo verificar as habilidades em consciência fonológica de crianças entre 4 e 8 anos de idade e a seqüência de emergência dessas habilidades.

2 MÉTODO

Este trabalho foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição de origem, sob o protocolo de número 0125, sendo que todos os responsáveis pelos sujeitos da pesquisa concordaram com sua realização e com a divulgação dos resultados, mediante a assinatura do termo de consentimento informado (conforme a norma 196/96 da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – CONEP).

2.2 Seleção da amostra - critérios de inclusão

A seleção da amostra de sujeitos foi realizada conforme a autorização dos pais ou responsáveis para participar do estudo e da coleta do nome completo, data de nascimento e nível escolar em que se encontravam as crianças, junto às secretarias das escolas envolvidas.

Para a avaliação do nível intelectual das crianças que participaram da pesquisa, foi aplicado o Teste de Matrizes Progressivas de Raven, específico para a faixa infantil, por ser um teste de aplicação relativamente rápida e fácil, sob a responsabilidade de uma psicóloga. Com base neste instrumento, os sujeitos foram classificados, quanto ao nível intelectual, em superior, médio-superior, médio, médio-inferior e inferior ou deficiente. O teste foi aplicado individualmente e o diagnóstico foi feito segundo uma escala do próprio instrumento. Para homogeneizar a amostra, foram desconsiderados aqueles sujeitos que apresentaram nível intelectual inferior ou deficiente, conforme Anastasi (1977).

As crianças submeteram-se à inspeção do meato acústico externo de cada orelha, através de um otoscópio Welch Allyn, a fim de verificar-se a presença de tampão ou

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excesso de cerúmen obstruindo a via aérea. Aquelas que apresentaram esse tipo de obstrução foram encaminhadas ao médico otorrinolaringologista para que o mesmo fizesse a limpeza do meato acústico externo, possibilitando, desta forma, a realização da triagem audiológica por via aérea.

A triagem audiológica por via aérea foi realizada com o uso de um aparelho de screening auditivo, modelo Screening Audiometer AS15 da marca Interacoustics, que emite tons puros em intensidades variadas, controlados e calibrados biologicamente pelo examinador. Individualmente, em sala silenciosa, explicava-se à criança que, através do fone de ouvido, ela ouviria “alguns apitinhos” ou “barulhinhos” em uma orelha de cada vez e que deveria levantar a mão do mesmo lado em que ouvisse o som.

As freqüências consideradas para a triagem foram as de 1000, 2000 e 4000 Hz com respectivas intensidades mínimas para resposta de 20, 20 e 25 dB NA. As respostas eram anotadas em um protocolo específico e as crianças que falharam na testagem foram retestadas uma vez mais durante a mesma sessão, conforme preconizam Northern e Downs (1989) e Barrett (1999). Todas as crianças que falharam na triagem foram encaminhadas ao médico otorrinolaringologista e ao fonoaudiólogo para avaliação audiológica completa, através do serviço de orientação escolar (SOE) de cada instituição.

A triagem fonoaudiológica constou de observação da fala, voz, linguagem e órgãos fonoarticulatórios e funções estomatognáticas, buscando-se detectar desvios nessas áreas a fim de excluir da pesquisa crianças com alterações, uma vez que alterações desse tipo poderiam se constituir em variáveis intervenientes.

A voz foi triada de forma perceptivo-auditiva quanto aos parâmetros de tipo vocal, pitch, loudness e ressonância. O tipo vocal foi classificado como rouco, soproso, áspero, comprimido, normal ou outro; o pitch foi caracterizado como adequado, agudizado ou agravado; a loudness como adequada, forte ou fraca; a ressonância foi classificada como

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equilibrada, laríngica, faríngica, laringo-faríngica, hipernasal, hiponasal ou denasal (Behlau e Pontes, 1995).

Os órgãos fonoarticulatórios e as funções estomatognáticas foram triados seguindo os itens apontados em Marchezan (1998a), Marchezan (1998b) e Bianchini (1998). Desta forma, analisou-se a forma, simetria e postura das estruturas, bem como sua movimentação. Quanto às funções estomatognáticas, os processos de mastigação, deglutição e respiração também foram triados com base nos mesmos autores.

A fala e a linguagem foram triadas durante a conversa inicial com cada criança, observando-se a articulação dos fonemas, a presença ou ausência de desvios fonológicos, a construção de frases e a compreensão da fala do examinador.

Todas as crianças que apresentaram alterações foram encaminhadas para profissionais tais como ortodontistas, fonoaudiólogos, neuropediatras, otorrinolaringologistas, dependendo da necessidade, através do SOE de cada instituição e não fizeram parte da amostra da pesquisa.

De todas as crianças de 4 a 8 anos, de ambos os sexos, freqüentadoras das três escolas que concordaram com a realização da pesquisa em suas dependências, após a seleção e homogeneização da amostra, obteve-se um total de 85 sujeitos (46 meninas e 39 meninos) aos quais foi aplicado o Protocolo de Tarefas de Consciência Fonológica.

2.3 Protocolo de Tarefas de Consciência Fonológica

Para a coleta de dados foi utilizado o Protocolo de Tarefas de Consciência Fonológica. Este instrumento foi elaborado pela pesquisadora, com base em vários trabalhos já publicados na área, procurando compilar diversos tipos de tarefas de consciência fonológica, variando seu grau de complexidade e adaptando-as ao Português brasileiro e ao vocabulário da faixa etária selecionada para a pesquisa (Cielo, 2001).

As tarefas de consciência fonológica incluíram segmentação de frases em palavras; realismo nominal; detecção de rimas; síntese silábica; segmentação silábica; detecção de

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sílabas; reversão silábica; exclusão fonêmica; detecção de fonemas; síntese fonêmica; segmentação fonêmica e reversão fonêmica, com várias subtarefas, representando diferentes graus de complexidade dentro de uma mesma tarefa.

Todo o protocolo foi aplicado oralmente e, para cada tarefa, houve dois treinos prévios a fim de que a criança compreendesse a ordem dada. Para os itens de cada subtarefa, havia duas tentativas de resposta, valendo 2 pontos a resposta correta na primeira tentativa, 1 ponto a resposta correta apenas na segunda tentativa ou zero, em caso de erro em ambas as tentativas. Cada subtarefa foi suspensa após três erros consecutivos em ambas as tentativas. O detalhamento sobre a estrutura e aplicação do referido protocolo encontra-se integralmente no trabalho de CIELO (2001).

A partir do tratamento estatístico, obteve-se os resultados médios do desempenho em cada tarefa de consciência fonológica em função da idade (Md), apontando o desvio padrão (DP), e, como critério de êxito em cada subtarefa, foi considerado o fato de mais de 50% das crianças de cada faixa etária terem atingido uma pontuação igual ou superior a 5, o que equivale à metade da pontuação máxima em cada subtarefa.

Salienta-se que o sexo não se constituiu em variável neste estudo, em função dos resultados dos trabalhos de Wallach et al. (1977) e de Salles (1999) que não encontraram diferença significativa entre os sexos quanto ao desempenho em tarefas de consciência fonológica, mostrando que o desenvolvimento da consciência fonológica independe do sexo.

Quanto ao grau de escolaridade, todas as crianças até seis anos de idade foram consideradas não alfabetizadas, uma vez que as primeiras séries eram compostas pela faixa de seis anos e essas crianças foram testadas no primeiro bimestre do ano letivo, estando, portanto, sem domínio do código alfabético.

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3 RESULTADOS

Quadro1 - Tarefas (T) realizadas com êxito por faixa etária, média de acertos (Md) e desvio padrão (DP)

TAREFAS 4 ANOS 5 ANOS 6 ANOS 7 ANOS 8 ANOS

T1Duas pal. (Md 7.33, DP 3.88) (Md 6.11, DP 3.55) (Md 5.74, DP 3.44) (Md 8.22, DP 2.69) (Md 8.69, DP 2.68) T1Três pal. (Md 6.67, DP 2.92) (Md 6.96, DP 3.24) (Md 8.06, DP 2.02) T1Quatro pal. (Md 5.56, DP 3.50) (Md 6.52, DP 3.69) (Md 8.44, DP 2.1) T1Cinco pal. (Md 6.48, DP 3.48) (Md 8.38, DP 1.86) T1Seis pal. (Md 6.15, DP 3.12) (Md 7.19, DP 2.88) T1Sete pal. (Md 4.96, DP 3.26) (Md 7.63, DP 2.83) T2 (Md 6.50, DP 0.84) (Md 7.44, DP 2.65) (Md 8.04, DP 2.50) (Md 9.44, DP 1.01) (Md 9.69, DP 0.7) T3Diss. (Md 6.11, DP 3.82) (Md 7.0, DP 3.21) (Md 8.67, DP 2.27) (Md 8.75, DP 1.57) T3Triss. (Md 6.11, DP 3.52) (Md 6.85, DP 3.24) (Md 8.74, DP 1.58) (Md 8.75, DP 1.69) T4Diss. (Md 9.50, DP 0.55) (Md 10.0, DP 0) (Md 9.85, DP 0.53) (Md 9.63, DP 1.92) (Md 10.0, DP 0) T4Triss. (Md 9.50, DP 1.22) (Md 9.78, DP 0.67) (Md 9.93, DP 0.38) (Md 9.63, DP 1.92) (Md 10.0, DP 0) T4Quadriss. (Md 10.0, DP 0) (Md 9.33, DP 1.0) (Md 9.70, DP 0.87) (Md 9.48, DP 1.93) (Md 10.0, DP 0) T5Diss. (Md 9.50, DP 0.84) (Md 10.0, DP 0) (Md 10.0, DP 0) (Md 9.63, DP 1.92) (Md 10.0, DP 0) T5Triss. (Md 9.67, DP 0.52) (Md 9.89, DP 0.33) (Md 9.93, DP 0.27) (Md 9.56, DP 1.93) (Md 9.94, DP 0.25) T5Quadriss. (Md 9.50, DP 0.84) (Md 9.22, DP 1.72) (Md 9.56, DP 1.37) (Md 9.48, DP 1.99) (Md 10.0, DP 0) T6Inicial (Md 5.44, DP 3.40) (Md 8.0, DP 2.37) (Md 8.59, DP 2.48) (Md 9.31, DP 1.70) T6Final (Md 5.67, DP 2.83) (Md 6.74, DP 2.78) (Md 7.89, DP 2.28) (Md 8.81, DP 1.33) T6Medial (Md 4.78, DP 3.87) (Md 5.70, DP 3.34) (Md 7.04, DP 2.08) (Md 8.06, DP 2.29) T7Diss. (Md 5.48, DP 4.25) (Md 7.26, DP 4.07) (Md 8.44, DP 3.35) T7Triss. (Md 5.59, DP 3.86) (Md 7.06, DP 3.21) T7Quadriss. (Md 4.74, DP 3.46) (Md 6.38, DP 2.9) T8Inicial (Md 5.89, DP 4.45) (Md 8.06, DP 3.3) T8Final (Md 7.37, DP 4.14) (Md 9.06, DP 2.52) T8Medial (Md 7.41, DP 4.08) (Md 8.63, DP 2.9) T9Inicial (Md 4.89, DP 2.42) (Md 6.26, DP 3.64) (Md 8.07, DP 2.63) (Md 9.0, DP 2.48) T9Final (Md 4.85, DP 3.16) (Md 6.96, DP 2.19) (Md 8.0, DP 2.25) T9Medial (Md 6.59, DP 2.75) (Md 7.69, DP 2.33) T10Três fon. (Md 7.07, DP 3.52) (Md 8.31, DP 2.55) T10Quatro fon. (Md 6.19, DP 3.84) (Md 8.5, DP 2.58) T10Cinco fon. (Md 4.48, DP 3.65) (Md 5.5, DP 3.27) T10Seis fon. (Md 4.11, DP 3.81) (Md 6.44, DP 3.31) T10Sete fon. (Md 4.06, DP 3.64) T11Três fon. (Md 5.44, DP 4.55) (Md 7.69, DP 3.42) T11Quatro fon. (Md 5.22, DP 4.90) (Md 7.69, DP 3.94) T11Cinco fon. (Md 4.33, DP 4.48) (Md 6.81, DP 4.26) T11Seis fon. (Md 6.75, DP 4.3) T11Sete fon. (Md 6.75, DP 4.25) T12Dois e três fon. (Md 4.74, DP 4.11) (Md 5.75, DP 3.32)

T12Quatro e cinco fon.

Legenda: T = tarefa; T1 = divisão de frases em palavras; T2 = realismo nominal; T3 = detecção de rimas; T4 = síntese silábica; T5 = análise silábica; T6 = detecção silábica; T7 = reversão silábica; T8 = exclusão fonêmica; T9 = detecção fonêmica; T10 = síntese fonêmica; T11 = análise fonêmica; T12 = reversão fonêmica.

Salienta-se que, apesar de algumas médias se encontrarem discretamente abaixo de 5 (metade da pontuação máxima por subtarefa), foi utilizado o critério de êxito descrito no item anterior para considerar a tarefa realizável por determinada faixa etária.

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4 DISCUSSÃO

Em uma análise geral, os resultados da presente pesquisa mostram maior dificuldade das crianças com tarefas que apresentam um número elevado de unidades a serem processadas e a influência da aquisição e domínio do código alfabético e de noções elementares de matemática sobre as habilidades que envolvem a consciência fonêmica (Bezerra,1982).

Observou-se que a maior parte das tarefas apresentou resultados do desempenho com diferença significativa entre os 4, 5 e/ou 6 e os 7 e/ou 8 anos de idade, formando dois grupos com diferença marcada de desempenho entre si. Esse fato pode ser relacionado ao amadurecimento cerebral das áreas de associação, cujos picos ocorrem em torno dos 6 ou 7 anos de idade e na adolescência (Vygotsky, 1993), permitindo a melhora do desempenho relativo a determinados processos cerebrais como a linguagem, e à aquisição do código alfabético que permite às crianças representar a fala em unidades graças ao aprendizado das correspondências grafo-fonológicas.

De modo geral, as pesquisas apontam para uma seqüência em ordem crescente relacionada à emergência dos diferentes tipos de habilidades em consciência fonológica: habilidade em consciência sobre palavras na fala  habilidade em consciência de rimas (consciência de seqüências fonológicas – nível global e não analítico de consciência)  habilidade em consciência silábica  habilidade em consciência fonêmica (consciência segmental) habilidade em consciência de traços fonéticos (Cazden, 1976, Tunmer et al. 1988, Treiman e Zukowski, 1991, Duncan et al., 1997, Morais, 1991).

Através do presente trabalho, verificou-se, aos 5 e 6 anos, a presença da habilidade em consciência de palavras, de rimas e de sílabas e, aos 7 e 8 anos, a presença de todos os tipos de habilidades em consciência fonológica. Porém, aos 4 anos, a seqüência pareceu discretamente alterada em relação ao que preconiza a literatura, uma vez que a habilidade

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consciência de rimas que, teoricamente, também deveria estar bem desenvolvida, resultou ainda incipiente.

Conforme Treiman e Zukowiski (1991), apesar de incipiente em crianças de três e quatro anos de idade, a habilidade em consciência de rimas só é bem desenvolvida em crianças pré-escolares maiores. Capovilla e Capovilla (1998), em pesquisa com crianças brasileiras de três a oito anos de idade, observaram que, de forma geral, as tarefas envolvendo a consciência silábica foram mais fáceis do que aquelas envolvendo a consciência de rimas, o que pode justificar, no presente trabalho, a consciência de rimas presente, mas incipiente aos quatro anos de idade, tendo sido suplantada pela consciência silábica.

Quanto à habilidade em detecção de fonemas, comprovou-se a afirmação de Morais (1991) de que ela não necessita de consciência fonêmica, podendo ser considerada uma forma holística de consciência fonológica, uma vez que se revelou presente, mesmo que de forma incipiente, desde os quatro anos, quando as crianças deste estudo ainda não dominavam o código alfabético.

Conforme a literatura, a habilidade dos indivíduos em transformar seus próprios conhecimentos a fim de obedecer às exigências da tarefa com que são confrontados (pensamento operacional) geralmente se manifesta mais explicitamente durante a fase intermediária da infância, dos 4 aos 8 anos de idade, que é o período no qual a criança começa a se conscientizar de como pode controlar seus processos intelectuais e refletir sobre eles (Yavas, 1989). Em outras palavras, ela desenvolve a "cognição sobre a cognição" - metacognição - e é nessa fase que se dá o início da escolarização formal.

Nessa fase também manifesta-se, mais marcadamente, a consciência lingüística, parecendo serem ambas - as habilidades metacognitivas e em consciência lingüística - fruto do desenvolvimento cognitivo, da maturação do indivíduo e de sua relação com o ambiente externo que inclui a exposição formal ou informal ao código alfabético.

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Conforme Magnusson (1989), parece haver aumento do nível de consciência lingüística, correlacionado positivamente com o aumento da idade cronológica, mesmo em crianças com desvios lingüísticos. Segundo Gombert (1992), a consciência lingüística inicia em torno da idade de 4 anos e 6 meses e tende a aumentar com a idade (Cazden, 1976, Yavas, 1989) e com a escolaridade, o que está de acordo com os resultados desta pesquisa.

Segundo Ellis (1998), ao mesmo tempo em que o ser humano nasce com um programa genético que determina uma estrutura cerebral comum e limitada em certos aspectos, o seu cérebro possui uma característica denominada plasticidade neuronial que se refere ao desenvolvimento do sistema nervoso central por meio da modificação das ligações entre os neurônios (sinapses inter-neuroniais), da criação de novas conexões (reorganização neuronial), da existência de períodos críticos e de especializações hemisféricas, havendo interações que ocorrem em todos os níveis, dos genes ao meio ambiente, englobando a escolarização (perspectiva Emergentista), originando formas e comportamentos emergentes, como a consciência lingüística, por exemplo.

Uma vez que os neurônios funcionam como unidades do cérebro para o processamento da informação, a plasticidade neuronial é a responsável pela adaptação do organismo ao meio que o circunda, através da aquisição de conhecimento.

A quantidade de experiência à qual o ser humano está exposto desde sua concepção e durante todo o seu crescimento, incluindo a escolarização, promove o desenvolvimento e o aprendizado de várias funções, inclusive da linguagem e da consciência lingüística (Ellis, 1998).

Atualmente, alguns autores como Damásio (1996) e Ellis (1998) também afirmam que a especialização cerebral decorre do aprendizado e do desenvolvimento e que existem múltiplas áreas cerebrais envolvidas com o processamento lingüístico em ambos os

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Vista desta perspectiva, a consciência lingüística não emerge de uma hora para outra num cérebro infantil, mas é resultado do desenvolvimento e amadurecimento biológico em constantes trocas com o meio ou contexto, fazendo com que a criança esteja em um constante processo de aquisição de novos conhecimentos e de crescente complexidade quanto à sua manipulação ou seu processamento e provavelmente também quanto à manipulação ou processamento dos novos conhecimentos em função de tarefas de consciência lingüística.

O desenvolvimento desse continuum evolutivo provavelmente seja resultado do maior número de sinapses neuroniais que vão sendo construídas, mediante o aumento da experiência, do aprendizado e da estimulação da criança, e do funcionamento em paralelo e distribuído do cérebro, possibilitando não apenas a atenção a dois objetos ao mesmo tempo, como a forma e o conteúdo lingüístico, mas também possibilitando o isolamento e análise de um, a despeito do outro, caracterizando um nível crescentemente superior de processamento cerebral.

É importante salientar que se atribui um papel de destaque às habilidades em consciência lingüística em relação à aquisição da língua oral e escrita, afirmando-se que existe uma mútua influência exercida pelas habilidades em consciência lingüística sobre o aprendizado da leitura e vice-versa, e que os pré-escolares, bem como crianças mais velhas, possuem habilidades em consciência lingüística, em graus variados (Flores, 1992), o que, no caso desta pesquisa na área da consciência fonológica, foi confirmado.

Conforme Morais et al. (1998), a forma analítica de consciência fonológica é fortemente influenciada pela aprendizagem do código alfabético e envolve a habilidade em manipulação consciente e eficiente das unidades menores da língua, os fonemas. Na ausência do aprendizado do código alfabético, não há acesso consciente ao fonema e isso engloba tanto adultos iletrados quanto crianças não alfabetizadas.

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Os resultados do estudo de Salles (1999) mostraram que a performance de crianças de 2ª série do ensino fundamental brasileiro em tarefas de consciência fonológica foi superior à performance das crianças de 1ª série, sugerindo que o aprendizado da leitura desempenhou um papel favorecedor no desenvolvimento da consciência fonológica.

O presente trabalho comprovou diretamente os resultados de Salles (1999) no que se refere à consciência fonêmica, uma vez que o desempenho das crianças de sete a oito anos de idade foi superior ao desempenho das crianças de seis anos, ainda sem domínio do código alfabético.

Além disso, o desempenho das crianças testadas foi, de forma geral, melhor nas tarefas de realismo nominal e de síntese e segmentação silábica e foi pior na tarefa de reversão fonêmica, provavelmente em função da necessidade do domínio do código alfabético para a correta realização da última.

Treiman et al. (1997) postulam que, à medida que praticam o alfabeto, as crianças não apenas aprendem os nomes e formas visuais de letras específicas, mas também aumentam sua consciência fonológica, aprendendo sobre os padrões fonológicos que caracterizam os nomes das letras. A consciência fonológica, por sua vez, beneficia a leitura, favorecendo o domínio das correspondências grafo-fonológicas.

Neste trabalho, foi evidente a inter-influência entre a aquisição do código alfabético, em torno dos 7 e 8 anos, e determinadas habilidades em consciência fonológica como a consciência fonêmica.

Para Sthal e Murray (1994), certos níveis de consciência fonológica precedem o aprendizado da leitura, enquanto níveis mais avançados podem ser resultantes do aprendizado da mesma. Observou-se também, na presente pesquisa, que, antes da aquisição da leitura e da escrita, existem algumas habilidades em consciência fonológica como as habilidades em consciência de palavras, rimas e sílabas.

(16)

Além da alfabetização, Bezerra (1982) aponta a introdução de outra variável interveniente, fruto da escolarização: as noções elementares de matemática que auxiliam a manipulação das diversas unidades de fala. McLure et al. (1996) afirmam que, à medida que as crianças ficam mais velhas e mais instruídas, sua velocidade de processamento pode aumentar e elas podem desenvolver melhores estratégias para manejar a memória de trabalho, faciliando o desempenho em tarefas mais complexas, como o que ocorreu neste trabalho com o número de tarefas realizadas por faixa etária e com o aumento do número de unidades a serem manipuladas pelos sujeitos.

5 CONCLUSÕES

Considerando-se os dados de baixo desempenho em cada grupo como indício da existência incipiente de determinado tipo de habilidade em consciência fonológica, observou-se que todos os tipos de habilidade em consciência fonológica existiam a partir da faixa de 6 anos. Aos 4 e 5 anos, a habilidade (desempenho) em consciência fonêmica foi ausente, pois as crianças não responderam corretamente a nenhum dos itens de nenhuma das tarefas desse grupo.

Aos 4 anos, considerou-se consolidada a habilidade em consciência de palavras e de sílabas; aos 5 e 6 anos, consolidou-se a habilidade em consciência de palavras, de rimas, de sílabas e, aos 6 anos, também a habilidade em detecção de fonemas e, aos 7 e 8 anos, todos os tipos de habilidade em consciência fonológica, incluindo a habilidade em consciência fonêmica, pareceram solidificados.

A seqüência de emergência dos diferentes tipos de habilidades em consciência fonológica seguiu a ditada pela literatura: habilidade em consciência de palavras, seguida pela de rimas, depois de sílabas e, por último de fonemas, com exceção da faixa etária de 4 anos, para a qual a seqüência iniciou pela habilidade em consciência de palavras, seguida pela de sílabas e depois pela de rimas.

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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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(22)

22

ANEXO – Protocolo de tarefas de consciência fonológica NOME:

ESCOLA:

DATA NASCIMENTO: DATA APLICAÇÃO: IDADE:

1) DIVIDIR AS FRASES EM PALAVRAS: TREINO: -PEDRO CAIU. - O LEÃO MORDE.

DUAS PALAVRAS 1ªT 2ªT TRÊS PALAVRAS 1ªT 2ªT QUATRO PALAVRAS 1ªT 2ª T

OI MAMÃE! O COPO QUEBROU. O SUCO ESTÁ DOCE.

BRUNA GRITOU. ESTAMOS TE ESPERANDO. O RECREIO FOI ÓTIMO.

ALÔ GAROTINHO! O GATO ARRANHA. A PROFESSORA ESTÁ ZANGADA.

BEM FEITO! COMO SE FAZ? PAPAI COMPROU UM CARRO.

JÁ AGRADECI! PERTO DO MURO. EU E MAMÃE SAÍMOS.

CINCO PALAVRAS 1ªT 2ªT SEIS PALAVRAS 1ªT 2ªT SETE PALAVRAS 1ªT 2ªT A CHAVE TRANCOU A

PORTA.

O VOVÔ MORA NO PRÉDIO AZUL. OS GATOS MIAM E OS CACHORROS LATEM. A CALÇA RASGOU NO

JOELHO.

ESTAMOS PENSANDO EM TOMAR CHOCOLATE QUENTE.

A GELADEIRA ESTRAGOU E O GELO DERRETEU. EU FUI AO CINEMA ONTEM. MEU PRIMO TEM UM CAVALO

PRETO.

O VASO QUEBROU E A PLANTA MURCHOU. A MOCHILA ESTÁ MUITO

CHEIA.

MEUS LÁPIS DE COR SÃO LINDOS. A GAIOLA ABRIU E O PASSARINHO VOOU. PENSEI QUE VOCÊ NÃO

VINHA.

O FILME DO REI LEÃO ACABOU. NÃO PUDE BRINCAR COM A BICICLETA ONTEM. 2) EU VOU DIZER DUAS PALAVRAS. QUAL É A MAIOR? PENSE NO TAMANHO DA PALAVRA E NÃO NO TAMANHO DA COISA. TREINO: - trem / mosquito - martelo / lápis

PALAVRAS 1ª T 2ª T ELEFANTE / PINTO PIA / SABONETE CAVALO / MÃO TARTARUGA / ÔNIBUS UNHA / PANELA

3)DETECÇÃO DE RIMAS: EU VOU DIZER TRÊS PALAVRAS. DUAS RIMAM E UMA NÃO. QUAL PALAVRA NÃO RIMA? TREINO: - LATA, MEDO, DEDO - CHUPETA, BIGODE, ROLETA

DISSÍLABOS 1ªT 2ªT TRISSÍLABOS 1ªT 2ªT

PENTE, SUCO, DENTE PERUCA, BIGODE, MUTUCA

MOLA , GOLA, POTE BANQUETA, CHUPETA, REPÓRTER

PAPEL, BACIA, MACIA ÁRVORE, BERINGELA, PANELA

PLANTA, MATO, JANTA CENOURA, CABELO, VASSOURA

PEITO, JEITO, GOLA ARMÁRIO, ROSÁRIO, GALINHA

4) EU VOU FALAR COMO UM ROBÔ. ADIVINHE A PALAVRA QUE O ROBÔ DIZ. TREINO: CO-PO SA-PA-TO DISSÍLABOS 1ªTENTAT. 2ªTENTAT. TRISSÍLABOS 1ªTENTAT. 2ªTENTAT. QUADRISSÍL. 1ªTEN

TAT.

2ªTEN TAT.

PA-TO CA-BE-ÇA BI-CI-CLE-TA

SO-PA SOL-DA-DO CHO-CO-LA-TE

LEI-TE PA-LI-TO ES-PE-TI-NHO

LA-GO SOR-VE-TE CA-PA-CE-TE

GE-LO LE-GU-ME E-LE-VA-DOR

5) AGORA VOCÊ VAI FALAR COMO UM ROBÔ. TREINO: - TAPA - COLEGA

DISSÍLABOS 1ªTENT. 2ªTENT. TRISSÍLABOS 1ªTENT. 2ªTENT. QUADRISSÍL. 1ªTENT. 2ªTENT.

SUCO CALADO OMELETE

COLHER CABELO ELEFANTE

PREGO SACADA BORBOLETA

OVO MACACO TARTARUGA

FACA COBERTOR MACACADA

6) EU VOU DIZER TRÊS PALAVRAS. DUAS COMEÇAM OU TERMINAM COM O MESMO PEDACINHO OU TÊM O MESMO PEDACINHO DO MEIO E UMA NÃO. QUAIS PALAVRAS COMEÇAM OU TERMINAM COM O MESMO PEDACINHO OU TÊM O MESMO PEDACINHO DO MEIO? TREINO: - MOLA, BOCA, BOBO - PALA, BELA, MOTO - MULATO, BONITA, COLADA

INICIAL 1ªT 2ªT FINAL 1ªT 2ªT MEDIAL 1ªT 2ªT

CAMA, LATA, LÁPIS CÔCO, SOCO, LATA MALUCO, PELUDO, SACADA

BOLA, SINO, BOTE POTE, SACI, BATE MENSAGEM, CANETA, PASSADO

VACA, VASO, LUPA PATO, SALA, MOLA BARRIGA, PALITO, TERRÍVEL

MESA, COPO, COLA CAÇA, MASSA, CÔCO CEREJA, MORENA, SAPATO

(23)

7)EU VOU DIZER OS PEDACINHOS DAS PALAVRAS DE TRÁS PARA FRENTE. TENTE COLOCAR NA ORDEM PARA ADIVINHAR A PALAVRA. TREINO: - LA-SA - CO-SA-CA

DISSÍLABOS 1ªT 2ªT TRISSÍLABOS 1ªT. 2ªT. QUADRISSÍLABOS 1ªT 2ªT

PO-CO ÇA-BE-CA TA-CLE-CI-BI

TO-PRA DO-DA-SOL TE-LA-CO-CHO

CHO-GAN TE-VE-SOR NHO-TI-PE-ES

LO-GE ME-GU-LE TE-CE-PA-CA

TE-LEI RA-DU-VER RA-SSO-FE-PRO

8)SE EU TIRAR O... DE....SOBRA...? TREINO: - TIRAR O /Z/ DE GELA - TIRAR O /K/ DE CANA

INICIAL 1ªT. 2ªT. FINAL 1ªT. 2ªT. MEDIAL 1ªT. 2ªT

/Z/ DE GEMA /R/ DE SAIR /S/ DE RESTO

/P/ DE POMAR /W/ DE SOL /S/ DE PASTA

/L/ DE LATA /R/ DE CAÇAR /R/ DE PARTE

/K/ DE CAMA /S/ DE PÉS /R/ DE CORTA

/R/ DE REI /A/ DE COMERÁ /N/ DE MANTA

9) EU VOU DIZER TRÊS PALAVRAS. DUAS COMEÇAM OU TERMINAM COM A MESMA LETRINHA OU TÊM A MESMA LETRINHA DO MEIO E UMA NÃO. QUAIS PALAVRAS COMEÇAM OU TERMINAM COM A MESMA LETRINHA OU TÊM A MESMA LETRINHA DO MEIO? TREINO: -MATO, GELO, MICO - MAR, LUA, VER

INICIAL 1ªT 2ªT FINAL 1ªT 2ªT MEDIAL 1ªT 2ªT

FACA, TIRO, FOGO TIRO, VACA, FOGO LAR, SIM, TAL

VASO, GELO, JOGO VASO, GEMA, CALA COR, MEL, PÉS

VACA, VILA, PATO XALE, BOTE, GOMA CARTA, PORCO, COSME

TAPA, BOLA, TUDO CANA, SACO, VACA ISCA, ARMA, ESTE

SACI, BOCA, BEBÊ GARI, PATO, SOCO CÉU, GOL, POR

10)AGORA EU VOU FALAR COMO UM ROBÔ, TENTE ADIVINHAR A PALAVRINHA. TREINO: - L-U-A

-K-A-Z-A

3 FON. 1ªT 2ªT 4 FON. 1ªT 2ªT 5 FON. 1ªT 2ªT 6 FON. 1ªT 2ªT 7 FON. 1ª T 2ª T

S-Ó-W M-A-T-O T-Ã-M-P-A S-A-P-A-T-O A-R-M-A-R-I-O

M-A-W J-E-L-O L-E-I-T-E S-E-R-E-J-A E-S-T-Ã-N-T-E

É-L-A S-A-P-O M-A-R-I-A T-O-M-A-T-E S-E-N-O-U-R-A

Ã-N-A L-I-X-O L-A-R-G-O D-O-E-N-T-E E-S-T-R-A-D-A

R-U-A F-A-C-A K-A-R-T-A M-A-C-A-C-O M-A-S-K-A-R-A

11)AGORA EU VOU DIZER A PALAVRINHA E VOCÊ VAI DIZÊ-LA COMO O ROBÔ. TREINO: - LUA -CASA

3 FON. 1ªT 2ªT 4 FON. 1ªT 2ªT 5 FON. 1ªT 2ªT 6 FON. 1ªT 2ªT 7 FON. 1ª T 2ª T

PAW BÓLA RÉSTO MOLÉKE LAGARTA

MÉW TACO PÓRTA CABELO KADEIRA

KAY VACA SÉRTO BARRIGA LOTERIA

VIW DADO BRASO ÓKULOS ABÓBORA

SÉW GATO LIVRO PLÃNTA FORMIGA

12) VAMOS DIZER AS PALAVRAS DE TRÁS PARA FRENTE PARA VER NO QUÊ DÁ?

2 E 3 FONEMAS 1ª T 2ª T 4 A 5 FONEMAS 1ª T 2ª T

RÊS (SER) ROMA (AMOR)

MISS (SIM) ASSIM (MISSA)

OVA (AVÓ/Ô) RIAS (SAIR)

AI (IA) ROTA (ATOR)

ALHO (OLHA) OMAR (RAMO)

OBSERVAÇÃO:

ESTA PÁGINA DO PROTOCOLO DEVE ESTAR CONFORME O

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