CURSO DE REGULARIZAÇÃO
CURSO DE REGULARIZAÇÃO
FUNDIÁRIA
FUNDIÁRIA
LINHARES/ES
SETEMBRO DE 2012
Luciano Saldanha Varela
Engenheiro Civil
PORTO ALEGRE
PORTO
PORTO
ALEGRE/RS
ALEGRE/RS
POPULAÇÃO:
1.414.104 hab
1.414.104 hab
ÁREA TOTAL:
496,80
496,80
km
km
2
2
DENSIDADE DEMOGRÁFICA:
2.846,4
2.846,4
hab/km
hab/km
2
2
(Censo 2011 – fonte: IBGE)
ÁREAS IRREGULARES:
735
735
ASSENTAMENTOS AUTOPRODUZIDOS:
485
485
LOTEAMENTOS IRREGULARES:
250
250
Regulariza
Regulariza
ç
ç
ão Fundi
ão Fundi
á
á
ria
ria
A regularização fundiária consiste no conjunto de
medidas jurídicas,
urbanísticas, ambientais
e
sociais que visam à regularização de
assentamentos irregulares e à titulação de seus
ocupantes, de modo a garantir o direito social à
moradia, o pleno desenvolvimento das funções
sociais da propriedade urbana e o direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado.
(Lei Federal 11.977/2009, Art. 46)
A REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA DEVE SER TRABALHADA NAS DIMENSÕES:
URBANÍSTICA (AMBIENTAL), JURÍDICA (REGISTRÁRIA) E SOCIAL (ART. 46 DA
LEI 11.977/2009)
URBANÍSTICA (AMBIENTAL)
URBANÍSTICA (AMBIENTAL):
: TRABALHA AS ETAPAS QUE PRECEDEM A
REGULARIZAÇÃO JURÍDICA E REGISTRÁRIA DA GLEBA. O OBJETIVO DESTA
ETAPA É A FORMATAÇÃO DE UM PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO QUE PREVÊ
A
APROVAÇÃO DE PROJETOS
NOS ÓRGÃOS PÚBLICOS,
IMPLEMENTAÇÃO DE
INFRAESTRUTURA
E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS. É NESTA ETAPA
QUE SE ENCONTRAM AS MAIORES DIFICULDADES DO TRABALHO DE
REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA. NESTE MOMENTO É QUE APARECEM OS
CONDICIONENTES URBANÍSTICOS
E AMBIENTAIS NÃO RESPEITADOS PELA
OCUPAÇÃO.
JURÍDICA (REGISTRAL)
JURÍDICA (REGISTRAL):
: VISA DAR SEGURANÇA JURÍDICA AOS MORADORES.
SOCIAL
SOCIAL:
: COM A IMPLEMENTAÇÃO DAS ETAPAS ACIMA ESTARÁ SENDO
GARANTIDO O DIREITO SOCIAL À MORADIA E AO MEIO AMBIENTE
ECOLÓGICAMENTE EQUILIBRADO E CONSEQUENTEMENTE A DIMENSÃO SOCIAL
DA REGULARIZAÇÃO
Loteamento
Loteamento
: é uma das formas de parcelamento
:
do solo urbano, com desmembramento da área
em lotes e abertura de novas vias de circulação.
Pela Lei Federal nº 6.766/79, o loteador é
obrigado a elaborar projetos para o loteamento,
aprová-los perante os órgãos municipais e depois
registrá-los no cartório imobiliário, além de ser
obrigado a realizar as obras de infraestrutura.
Somente após o cumprimento destas etapas
é possível iniciar a comercialização dos lotes.
TIPOS DE IRREGULARIDADE
TIPOS DE IRREGULARIDADE
LOTEAMENTOS CLANDESTINO E IRREGULARES
LOTEAMENTOS CLANDESTINO E IRREGULARES
-- Quando há venda de lotes por proprietário e/ou loteador;
- Falta infra-estrutura e equipamentos;
- Implantação em desacordo com legislação e sem projeto aprovado
ou com projeto aprovado faltando etapas seguintes;
- Ocupação mais ordenada: implantação com demarcação de lotes;
- Em Porto Alegre quem trata desta áreas é a Gerência de
Regularização de Loteamentos – GRL da Procuradoria de Assistência
e Regularização Fundiária – PARF.
ASSENTAMENTOS AUTOPRODUZIDOS
ASSENTAMENTOS AUTOPRODUZIDOS
- Ocupações em terrenos privados ou públicos;
- Moradores não têm nenhum contrato legal que lhes assegure a
permanência no local;
- Falta infraestrutura, equipamentos, etc.;
- A ocupação de áreas impróprias é mais significativa;
- Em Porto Alegre quem trata desta áreas é o DEMHAB –
Departamento Municipal de Habitação.
LOTEAMENTO VERDES CAMPOS
LOTEAMENTO VERDES CAMPOS
Av.
LOTEAMENTO DEMHAB
LOTEAMENTO MARIANTE
DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO
DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO
--
DEMHAB
DEMHAB
-
-ÓRGÃO GESTOR DA POLÍTICA HABITACIONAL DO MUNICÍPIO DE
PORTO ALEGRE
--
OBJETIVO GERAL – PROPICIAR O ACESSO À MORADIA DIGNA E
OBJETIVO GERAL
AO SOLO URBANO REGULARIZADO NO ÂMBITO DO PROGRAMA
MUNICIPAL DE HABITAÇÃO DE INTESSE SOCIAL DE PORTO
ALEGRE.
-
MISSÃO – PROMOVER E GERIR A POLÍTICA HABITACIONAL EM
MISSÃO
PORTO ALEGRE, PRIORITARIAMENTE A DE INTERESSE SOCIAL.
-
VISÃO – SER REFERÊNCIA NO ENFRENTAMENTO DE DÉFICIT
VISÃO
COMPETÊNCIA DA GERÊNCIA DE REGULARIZAÇÃO
COMPETÊNCIA DA GERÊNCIA DE REGULARIZAÇÃO
DE LOTEAMENTOS
DE LOTEAMENTOS
–
–
GRL
GRL
(DECRETO MUNICIPAL 15.432 DE 26 DE DEZEMBRO)
- Verificar a admissibilidade de tramitação dos processos na
GRL:
• Solicitar e analisar os documentos apresentados pela
comunidade;
• Requerer e orientar na pesquisa cartorial e mapeamento das
glebas irregulares;
- Realizar a vistoria nos loteamentos;
- Definir as “diretrizes urbanísticas para a regularização” a
serem aprovadas pela CAUGE (Comissão de Análise
Urbanística e Gerenciamento);
- Notificar os proprietários/loteadores/adquirentes (art. 38, §§
1º e 2º, da Lei 6766/79);
- Promover reuniões com adquirentes dos lotes e/ou e
comunidade;
- Orientar e mobilizar na produção e apresentação de:
• levantamento topográfico e cadastral;
• projeto urbanístico e demais projetos;
- Executar o levantamento topográfico e demais projetos
em situações submetidas à análise e deliberação da
GRL, desde que firmado Termo de Compromisso
estabelecendo a contrapartida da comunidade;
- Ingressar com ação judicial para proceder Registro
dos projetos aprovados e a produção de titulação dos
lotes ao adquirentes;
- Encaminhar à SMF para cadastramento do loteamento
e lançamentos tributários.
NÃO SERÃO OBJETO DE REGULARIZAÇÃ PELA GRL
NÃO SERÃO OBJETO DE REGULARIZAÇÃ PELA GRL
- Áreas invadidas (DEMHAB);
-Áreas de risco;
- Áreas de Preservação permanente;
-Próprios municipais e áreas públicas de outro ente
estatal (DEMHAB);
FORMAS DE ATUAÇÃO DA GRL
FORMAS DE ATUAÇÃO DA GRL
- Ações de prevenção
- Ações de repressão
AÇÕES DE PREVENÇÃO DA GRL
AÇÕES DE PREVENÇÃO DA GRL
- Fiscalização dos órgãos municipais tão logo
se tome conhecimento do parcelamento ilegal
ou clandestino do solo;
- Ingresso de Ações Civis Públicas – ACP’s para
impedir a formação do loteamento, caso as
AÇÕES DE REPRESSÃO DA GRL
AÇÕES DE REPRESSÃO DA GRL
- Encaminhamento de dossiês ao Ministério Público
noticiando crimes praticados pelos loteadores
clandestinos e irregulares e fornecendo provas.
Conforme art. 50 da Lei Federal n. 6.766/79, constitui
CRIME contra a Administração Pública dar início ou
efetuar parcelamento do solo sem autorização do
órgão público competente.
- Assinatura de Termos de Ajustamento de Conduta
entre Município e Loteador.
AÇÕES DE REGULARIZAÇÃO DA GRL
AÇÕES DE REGULARIZAÇÃO DA GRL
- Notificação do loteador para regularizar a área, conforme art. 49 da Lei Federal
nº 6.766/79. Atendimento aos responsáveis técnicos dos loteadores ou
comunidades, orientando e acompanhando todo o processo de regularização;
- Quando não é possível obter a regularização no âmbito administrativo, ingresso
de ações civis públicas visando a regularização do loteamento, quando este já
está consolidado;
- Ingresso de ações na Vara dos Registros Públicos para a regularização
loteamentos. Estas ações possibilitam, com base no Provimento More Legal da
Corregedoria Geral de Justiça, que os adquirentes dos lotes, mediante a
apresentação dos contratos de compra e venda e do projeto urbanístico
aprovado pelo Município, obtenham as matrículas individualizadas dos seus
lotes;
- Emissão do auto de demarcação urbanística, elaboração de projeto de
OBSERVAÇÕES GERAIS:
OBSERVAÇÕES GERAIS:
AS CAUSAS QUE LEVAM AS PESSOAS A OCUPAR ÁREAS EM
CONDIÇÕES INADEQUADAS À HABITAÇÃO EXPLICAM A
NECESSIDADE DE INTERVENÇÕES FÍSICAS.
OCUPAM ESPAÇOS QUE NÃO SÃO “INTERESSANTES” OU NÃO
DISPONÍVEIS NO MERCADO IMOBILIÁRIO FORMAL: APP, ALTA
DECLIVIDADE, ÁREAS DE VÁRZEA, SOBRE REDES AT, SOBRE O
SISTEMA VIÁRIO, SOBRE ATERROS SANITÁRIOS, ETC..
OCUPAM ÁREAS PUBLICAS AINDA NÃO UTILIZADAS DE
LOTEAMENTOS FORMAIS – ÁREAS VERDES
DO PONTO DE VISTA SOCIAL, BUSCA-SE GARANTIR A
PERMANÊNCIA DESSAS POPULAÇÕES NAS ÁREAS
REGULARIZADAS OU REMOVER O MENOR Nº POSSÍVEL DE
FAMÍLIAS.
CONCEITOS IMPORTANTES DA LEI 11.977/2009 QUE
CONCEITOS IMPORTANTES DA LEI 11.977/2009 QUE
INTERFEREM NO PROJETO DE REGULARIZAÇÃO
INTERFEREM NO PROJETO DE REGULARIZAÇÃO
Art. 47. Para efeitos da regularização fundiária de
assentamentos urbanos
, consideram-se:
I – área urbana: parcela do território, contínua ou não,
incluída no
perímetro urbano
pelo Plano Diretor ou por lei
municipal específica;
II – área urbana
consolidada
: 50 hab/ha. 1 hab/200 m2.
Densidade baixa. Com no mínimo
dois equipamentos de
infraestrutura urbana
implantados: drenagem pluvial, esgoto
cloacal, água, energia elétrica ou limpeza urbana.
VI – assentamentos
irregulares
: ocupações inseridas em
parcelamentos informais ou irregulares, localizadas em áreas
urbanas
públicas ou privadas
, utilizadas predominantemente
para
fins de moradia;
V –
Zona Especial de Interesse Social
- ZEIS: parcela
de área urbana instituída pelo Plano Diretor ou
definida por outra lei municipal, destinada
predominantemente à moradia de população de baixa
renda e sujeita a regras específicas de parcelamento,
uso e ocupação do solo;
OBSERVAÇÃO: AS ZEIS DEVEM SER CRIADAS POR
LEI DE IGUAL HIERARQUIA DA LEI QUE INSTITUI O
ZONEAMENTO OU DISCIPLINA O USO DO SOLO NO
MUNICÍPIO.
VII – regularização fundiária de
interesse social
:
regularização fundiária de assentamentos irregulares
ocupados, predominantemente, por população de
baixa
renda
, nos casos:
a) em que a área esteja ocupada, de forma mansa e pacífica,
há, pelo menos,
cinco anos
;
(Redação dada pela Lei nº
12.424, de 2011)
(ÁREAS OCUPADAS A MAIS DE 5 ANOS
NÃO NECESSITAM DE ZEIS)
b) de imóveis situados em ZEIS; ou
c) de áreas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios
declaradas de interesse
para implantação de
projetos de regularização fundiária de interesse social;
VIII – regularização fundiária de
interesse específico
:
regularização fundiária quando não caracterizado o interesse
social nos termos do inciso VII.
ETAPAS DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
ETAPAS DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
-
-
MORE LEGAL
MORE LEGAL
1)
TOPOGRAFIA
PARA INSTITUIÇÃO DE ZEIS (PERÍMETRO DA ÁREA A
SER REGULARIZADA) E PARA PROJETO DE REGULARIZAÇÃO;
2)
PROJETO DE REGULARIZAÇÃO: PROJETO URBANÍSTICO COM
MEMORIAL DESCRITIVO DOS LOTES (ESTUDO TÉCNICO PARA
FLEXIBILIZAÇÃO DA APP)
3) JUNTADA DA DOCUMENTAÇÃO DOS ADQUIRENTES DOS LOTES;
4) AJUIZAMENTO DE AÇÃO NA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS
SOLICITANDO O REGISTRO DO LOTEAMENTO E A EMISSÃO DE
MATRÍCULAS INDIVIDUALIZADAS PELO REGISTRADOR COM BASE NO
PROVIMENTO MORE LEGAL IV;
5)
ELABORAÇÃO DOS PROJETOS COMPLEMENTARES (CONCOMITANTE
COM EMISSÃO DE MATRÍCULAS INDIVIDUALIZADAS);
6)
OBRAS DE INFRAESTRUTURA FALTANTES (PODE-SE DAR ANTES DAS
MATRÍCULAS ESTAREM INDIVIDUALIZADAS);
7) REMOÇÃO DE FAMÍLIAS DE ÁREAS DE RISCO;
8) REGULARIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES
ETAPAS DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
ETAPAS DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
–
–
LEI 11.977/09
LEI 11.977/09
1)
TOPOGRAFIA
PARA AUTO DE DEMARCAÇÃO URBANÍSTICA E PARA
INSTITUIÇÃO DE ZEIS (PERÍMETRO DA ÁREA A SER REGULARIZADA);
2)
AUTO DE DEMARCAÇÃO URBANÍSTICA
;
3)
TOPOGRAFIA
PARA PROJETO DE REGULARIZAÇÃO;
4)
PROJETO DE REGULARIZAÇÃO DA ÁREA DEMARCADA: PROJETO
URBANÍSTICO COM MEMORIAL DESCRITIVO DOS LOTES (ESTUDO TÉCNICO
PARA FLEXIBILIZAÇÃO DA APP)
5) REGISTRO DO PROJETO COM EMISSÃO DE MATRÍCULAS
INDIVIDUALIZADAS EM NOME DOS TITULARES INDICADOS NAS MATRÍCULAS
ORIGINAIS;
6) CONCESSÃO DE TÍTULO DE LEGITIMAÇÃO DE POSSE;
7) CONVERSÃO DA LEGITIMAÇÃO EM REGISTRO DE PROPRIEDADE (APÓS 5
ANOS OU MAIS). MATRÍCULAS INDIVIDUALIZADAS. RESPONSABILIDADE DO
ADQUIRENTE;
8)
ELABORAÇÃO DOS PROJETOS COMPLEMENTARES (CONCOMITANTE COM
LEGITIMAÇÃO DE POSSE);
9)
OBRAS DE INFRAESTRUTURA FALTANTES (PODE-SE DAR ANTES DAS
MATRÍCULAS ESTAREM INDIVIDUALIZADAS);
10) REMOÇÃO DE FAMÍLIAS DE ÁREAS DE RISCO;
11) REGULARIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES (NÃO É TRATADA ESPECIFICAMENTE
NA LEI 11.977/2009).
LEVANTAMENTO FÍSICO
LEVANTAMENTO FÍSICO
Previamente ao levantamento topográfico,
deverá ser realizada uma vistoria no
loteamento, subsidiada por imagens de satélite
que permitirão estabelecer os limites da
ocupação que servirão de referência para o
levantamento topográfico.
LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
UMA
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL
DEVE CONTER AS EXIGÊNCIAS PARA O
LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO, QUE DEVERÁ CONTEMPLAR (PORTO
ALEGRE DECRETO 12.715/2000):
- DIMENSÕES DO IMÓVEL CONFORME O LOCAL;
- DIMENSÕES E ÁREA DO IMÓVEL CONFORME CERTIDÃO OU MATRÍCULA DO
REGISTRO DE IMÓVEIS, DESENHADAS SOBRE O LEVANTAMENTO;
- LOCALIZAÇÃO DA VEGETAÇÃO ARBÓREA COM ALTURA IGUAL OU MAIOR QUE 2
METROS, NUMERADA EM ORDEM SEQUENCIAL;
- LOCALIZAÇÃO DOS CORPOS D’ÁGUA, NASCENTES, TALVEGUES E
AFLORAMENTOS ROCHOSOS NO INTERIOR DO IMÓVEL OU NAS DIVISAS;
- LOCALIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES EXISTENTES COM A INDICAÇÃO DO TIPO, Nº
DE PAVIMENTOS E ATIVIDADES NELAS IMPLANTADAS;
- DIMENSÕES DO LOGRADOURO (PASSEIOS E FAIXAS DE ROLAMENTO), EM
TODOS OS VÉRTICES DA(S) TESTADAS(S) DO IMÓVEL;
-
COORDENADAS DOS VÉRTICES DO IMÓVEL, COM A INDICAÇÃO DOS PONTOS
DE REDE DE REFERÊNCIA DO MUNICÍPIO;
-
PLANO COTADO E CURVAS DE NÍVEL DE METRO EM METRO COM INDICAÇÃO
DA RN (REFERÊNCIA DE NÍVEL) UTILIZADA
;
- PLANTA DE SITUAÇÃO DO IMÓVEL E LEGENDA DAS CONVENÇÕES UTILIZADAS;
- ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – ART JUNTO AO CREA.
GEORREFERENCIAMENTO
GEORREFERENCIAMENTO
- Sistema Cartográfico Nacional adota, para a Cartografia Sistemática
Terrestre Básica, nas escalas de 1:250.000 até a de 1:25.000 , a projeção
UTM (Universal Transversa de Mercator). As cartas com escalas superiores
(1:10.000, 1:5.000, 1:2.000 etc), nas quais incluem-se as cartas cadastrais,
não possuem regulamentação sistemática no Brasil.
- A despeito dessa ausência de sistematização pode ser adotado, para a
execução do cálculo de coordenadas, distância, área e azimute, o plano de
projeção UTM.
- Dessa forma todos os cálculos, visando atender a medição, demarcação e
georreferenciamento de imóveis poderão ser realizados neste plano de
projeção UTM.
- O Referencial Planimétrico (datum horizontal), em vigor no País,
corresponde ao Sistema Geodésico Sul-americano - SAD 69 (South
American Datum, 1969), conforme sua realização de 1996.
- As altitudes fundamentais são referenciadas ao zero do marégrafo de
Imbituba, SC;
- O Referencial Altimétrico coincide com o nível médios dos mares no Porto
O MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE POR INTERMÉDIO DA
GERÊNCIA TÉCNICA DA PGM LICITOU E ESTÁ PARA DAR
ORDEM DE INÍCIO:
- LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO DE
4300 TERRENOS
–
CERCA DE 20 GLEBAS.
- PROJETO URBANÍSTICO DE
1473 TERRENOS
– CERCA DE 8
GLEBAS.
ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL
ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL
-
-
ZEIS
ZEIS
AS ZEIS PODEM SER GENERICAMENTE AGRUPADAS EM DUAS
TIPOLOGIAS BÁSICAS:
ZEIS DE ÁREAS OCUPADAS: FAVELAS, CONJUNTOS
HABITACIONAIS IRREGULARES, OS LOTEAMENTOS
IRREGULARES, AS EDIFICAÇÕES DETERIORADAS OCUPADAS
PELA POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA (CORTIÇOS), AS
OCUPAÇÕES IRREGULARES EM ÁREAS REMANESCENTES DE
QUILOMBOLAS OU EM ÁREAS DE VALOR AMBIENTAL;
ZEIS DE ÁREAS NÃO OCUPADAS: VAZIOS CONSTRUÍDOS E
OS TERRENOS E GLEBAS NÃO UTILIZADOS OU
SUBUTILIZADOS.
PROVIDÊNCIAS PARA O MUNICÍPIO INSTITUIR ZEIS
1) ARANJO INSTITUCIONAL PARA IMPLEMENTAÇÃO DE ZEIS
O PODER PÚBLICO MUNICIPAL É RESPONSÁVEL POR COORDENAR A
IMPLEMENTAÇÃO DE ZEIS, PORQUE AS MESMAS SÃO UM
INSTRUMENTO DE POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DO
MUNICÍPIO. O PONTO DE PARTIDA É A IDENTIFICAÇÃO DOS ATORES
SOCIAIS, GOVERNAMENTAIS E NÃO GOVERNAMENTAIS, QUE DEVEM
PARTICIPAR DO PROCESSO E A ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DEVE
DEFINIR UM ARRANJO INSTITUCIONAL PARA ORGANIZAR E
ARTICULAR ESSA PARTICIPAÇÃO (CONSELHO MUNICIPAL DE
DESENVOLVIMENTO URBANO)
2) LEVANTAMENTOS BÁSICOS
PRIMEIRAMENTE SE AVALIA A LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA DO
MUNICÍPIO RELATIVAMENTE ÀS ZEIS. A LEGISLAÇÃO PODE SER
COMPOSTA POR PLANO DIRETOR, LEGISLAÇÃO DE USO E
OCUPAÇÃO DO SOLO, LEGISLAÇÃO EDILÍCIA E PLANO DE
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL.
A LEI 11.977/2009 AUTORIZOU QUE O MUNICÍPIO LEGISLE
SOBRE O PROCEDIMENTO DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA EM
SEU TERRITÓRIO, OBSERVADAS SUAS PRÓPRIAS DISPOSIÇÕES
E O ESTATUTO DA CIDADE. (ARTIGO 49 - CAPUT)
ENTRETANTO, A AUSÊNCIA DESTA REGULAMENTAÇÃO
MUNICIPAL NÃO IMPEDE A REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
(ARTIGO 49, § ÚNICO), DEVENDO-SE UTILIZAR OS DISPOSITIVOS
DE LEGISLAÇÃO VIGENTE
EMBORA AS ZEIS POSSAM SER CRIADAS TANTO PELO PD
QUANTO POR LEI ESPECÍFICA, SUA INCLUSÃO NO PD REFORÇA
A VINCULAÇÃO COM O PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA
PROPRIEDADE E FACILITA SUA ARTICULAÇÃO COM OS
INSTRUMENTOS DO ESTATUTO DE CIDADE.
3) DEMARCAÇÃO DAS ZEIS:
- DEVE SER FEITA EM MAPA OFICIAL DA CIDADE,
PREFERENCIALMENTE DIGITAL E GEORREFERENCIADO;
- O PERÍMETRO DEVE SER DESCRITO MEDIANTE UMA
SEQUENCIA DE VÉRTICES, IDENTIFICADOS COM
REFERÊNCIAS CONCRETAS, EVIDENTES PARA QUALQUER
CIDADÃO, TAIS COMO RUAS, PRAÇAS, RIOS, PONTES, LINHAS
DE ALTA TENSÃO E OUTROS ELEMENTOS EXISTENTES NA
CIDADE.
- O LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO PODERÁ SER A
REFERÊNCIA.
- ELABORA-SE PLANTA E MEMORIAL QUE INTEGRARÁ A LEI.
4) INSTITUIÇÃO DA ZEIS - LEGISLAÇÃO
A ÚLTIMA ETAPA CONSISTE NA INSTITUIÇÃO DAS ZEIS, PELA
LEGISLAÇÃO DEFINIDA DE ACORDO COM O ESTABELECIDO
NO PD.
OBSERVAÇÕES:
1) A LEI DAS ZEIS TEM QUE DEFINIR A VINCULAÇÃO AO USO
PARA
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
, PARA GARANTIR
QUE, APÓS A REGULARIZAÇÃO DESTAS ÁREAS, ELAS
PERMANEÇAM VINCULADAS A ESTE USO
, EVITANDO SUA
APROPRIAÇÃO PELO MERCADO DE IMÓVEIS DESTINADOS Á
DEMANDAS MAIS RENTÁVEIS.
2) OUTRA ESTRATÉGIA QUE RESPONDE A ESSE OBJETIVO, É
A
PROIBIÇÃO DE REMEMBRAMENTO
DE LOTES EM
ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS QUE FORAM
REGULARIZADOS.
3) GRATUIDADE DO REGISTRO NO CARTÓRIO DE REGISTRO
DE IMÓVEIS (LEI DE REGISTROS PÚBLICOS LEI 6.015/73)
MINUTA DE DECRETO DE AEIS
Instituir Área Especial de Interesse Social, na categoria de
AEIS II, para Regularização do Loteamento localizado na Rua
Gedeon Leite nº 400. Define regime urbanístico para a Área e
cria a Subunidade 04.
O Prefeito Municipal de Porto Alegre, no uso das atribuições que lhe confere o art. 94, inciso II da Lei Orgânica
do Município de Porto Alegre,
Decreta:
Art.1º - Fica instituída na forma de decreto, como Área Especial de Interesse Social AEIS II, a área situada na
rua Gedeon Leite nº 400.
Art.2º - A AEIS lI ora instituída situa-se na área de ocupação intensiva – Mz 07, UEU 014, e cria a Subunidade
04 conforme limites e confrontações constantes na planta anexa.
Art.3º - Fica definido o seguinte regime urbanístico para subunidade 04:
Densidade = 140 Hab/ha
Atividade = Predominantemente Residencial
Índice de Aproveitamento = 1,0
Taxa de Ocupação = Altura máx. 9,00m e Taxa de Ocupação 66,6%
Recuo de Jardim = 4,00m .
Art.4º - Quanto aos padrões de lotes e o gabarito da via, serão aceitos os constantes no projeto urbanístico.
Art.5º - As casas constantes na planta cadastral base do Projeto Urbanístico poderão ser regularizadas
independente dos padrões definidos neste Decreto em qualquer tempo. As demais deverão atender ao
disposto no presente Decreto.
AUTO DE DEMARCAÇÃO URBANÍSTICA
AUTO DE DEMARCAÇÃO URBANÍSTICA
ARTIGO 56, §1º. O AUTO DE DEMARCAÇÃO URBANÍSTICA DEVERÁ SER INSTRUÍDO
COM:
I – PLANTA E MEMORIAL DESCRITIVO DA ÁREA A SER REGULARIZADA NOS QUAIS
CONSTEM:
- SUAS MEDIDAS PERIMETRAIS;
- ÁREA TOTAL;
- CONFRONTANTES;
- COORDENADAS PREFERENCIALMENTE GEORREFERENCIADAS DOS VÉRTICES
DEFINIDORES DE SEUS LIMITES;
- NÚMERO DAS MATRÍCULAS OU TRANSCRIÇÕES ATINGIDAS;
- INDICAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS IDENTIFICADOS;
- OCORRÊNCIA DE SITUAÇÕES MENCIONADAS NO INCISO I DO §5º.
§ 5º O auto de demarcação urbanística poderá abranger parte ou a totalidade de um
ou mais imóveis inseridos em uma ou mais das seguintes situações:
I - domínio privado com proprietários não identificados, em razão de descrições
imprecisas dos registros anteriores;
II - domínio privado objeto do devido registro no registro de imóveis competente,
ainda que de proprietários distintos; ou
II – PLANTA DE SOBREPOSIÇÃO DO IMÓVEL
DEMARCADO COM A SITUAÇÃO DA ÁREA
CONSTANTE DO REGISTRO DE IMÓVEIS E,
QUANDO POSSÍVEL, COM A IDENTIFICAÇÃO DAS
SITUAÇÕES MENCIONADAS NO INCISO I DO §5º.
III – CERTIDÃO DA MATRÍCULA OU TRANSCRIÇÃO
DA ÁREA A SER REGULARIZADA, EMITIDA PELO
REGISTRO DE IMÓVEIS, OU DIANTE DE SUA
INEXISTÊNCIA, DAS CIRCUNSCRIÇÕES
ART. 57 §4º. DECORRIDO O PRAZO SEM
IMPUGNAÇÃO, A DEMARCAÇÃO URBANÍSTICA
SERÁ AVERBADA NAS MATRÍCULAS
ALCANÇADAS PELA PLANTA E MEMORIAL
INDICADOS NO INCISO I DO §1º DO ART. 56.
ART. 58. A PARTIR DA AVERBAÇÃO DO AUTO
DE DEMARCAÇÃO URBANÍSTICA, O PODER
PÚBLICO DEVERÁ
ELABORAR O PROJETO
PREVISTO NO ART. 51
E SUBMETER O
EM PORTO ALEGRE ESTAMOS TRABALHANDO COM
DEMARCAÇÃO URBANÍSTICA EM 9 ÁREAS:
- VILA CANADÁ – 30 TERRENOS – JÁ ENCAMINHADO PARA RI
- LOTEAMENTO MARIANTE – 600 TERRENOS – EM OUTUBRO PARA RI
- LOTEAMENTO SERTÃO I – 100 TERRENOS – EM OUTUBRO PARA RI
- LOTEAMENTO SERTÃO II – 70 TERRENOS – EM OUTUBRO PARA RI
- LOTEAM. QUINTA DO PORTAL – 750 TERRENOS – EM SET PARA RI
- LOTEAMENTO BECO SERAFIM – 200 TERRENOS – AUTO PRONTO
- LOTEAM. BECO DO JUVÊNCIO – 140 TERRENOS – AUTO PRONTO
- VILA PITINGA II – 350 TERRENOS – AUTO PRONTO
- VILA BATISTA FLORES – 600 TERRENOS – EM TOPOGRAFIA
TOTAL DE 2840 TERRENOS
LOTEAMENTO QUINTA DO PORTAL
AUTO DE DEMARCAÇÃO URBANÍSTICA
MEMORIAL DESCRITIVO DO LOTEAMENTO QUINTA DO PORTAL
Um terreno, situado no Bairro Belém Velho – Rincão, com área de 445.428,00m², descrito com as seguintes indicações: Partindo de um ponto localizado na margem da Estrada Afonso Lourenço Mariante, de Coordenadas Geográficas Municipais (186.596,704;1.668.433,522), segue a divisa na direção noroeste, confrontando-se com a dita estrada na extensão total de 540,20m, metragem esta formada pelos seguintes segmentos de reta: do ponto A, segue por 44,90m no azimute de 301°48’19” até chegar ao ponto B; daí, formando um ângulo interno de 203°35’43”, segue por 35,70m até ao ponto C; deste, formando um ângulo interno correspondente a 196°04’56”, segue por 122,60m até atingir ao ponto D; a seguir, formando um ângulo interno de 192°07’36”, segue por 44,60m ao ponto E; depois, seguindo por uma extensão de
18,30m, sob um ângulo interno de 164°25’33”, chega-se ao ponto F; deste, formando um ângulo interno de 178°47’14”, segue por 24,90m até atingir ao ponto G; daí, seguindo por 22,50m sob um ângulo interno de 154°10’06” até chegar ao ponto H; a seguir, formando um ângulo interno
correspondente a 162°29’12”, segue por 12,00m ao ponto I; deste, seguindo por 20,80m sob um ângulo interno de 163°44’13” chega-se ao ponto J; segue, então, por 193,90m, até chegar ao ponto K, formando um ângulo interno de 164°03’48” com o segmento anterior. Neste ponto, a divisa deixa a Estrada e segue numa extensão total de 624,80m até chegar ao ponto L, formando um ângulo interno de 117°57’23” com o segmento anterior. Neste ponto, segue na extensão de 122,30m atingindo ao ponto M e formando, com o segmento anterior, um ângulo interno de 268°58’42”, dividindo-se com terras que são ou foram da vendedora. Neste ponto, formando um ângulo interno de 117°29’08”, segue na extensão de 104,10m até chegar ao ponto N; daí, formando um ângulo interno de 98°21’57”, segue por 244,30m, chegando ao ponto O, confrontando, do ponto M ao ponto O, com a área remanescente da matrícula nº 70.610; deste, segue por 27,00m até atingir ao ponto P, formando um ângulo interno de 129°34’35” com o segmento anterior; segue então por 210,40m até chegar ao ponto Q, formando um ângulo interno de 292°51’09” com o segmento anterior, fazendo divisa nestes dois últimos segmentos com o Lote 2, resultante do desmembramento da parcela A do Sítio do Boqueirão e pertencente a Vítor Adalberto França Kessler. Segue, após dividindo-se do ponto Q ao ponto V com a área remanescente da matrícula nº 68.048 (Lote 3, resultante do desmembramento da parcela A do Sítio do Boqueirão e que pertence a José Eduardo Chaves Barcellos), sendo que do ponto Q segue na extensão de 96,20m, sob um ângulo interno de 89°59’44” até o ponto R; deste, segue por 52,30m, até encontrar o ponto S, formando um ângulo interno de 84°23’09” com o segmento anterior; daí, segue por 152,50m, formando um ângulo interno de 268°46’20” com o segmento anterior até alcançar o ponto T; a seguir, segue por 33,70m, até encontrar o ponto U, formando um ângulo interno correspondente a 93°40’38”; depois, seguindo por 129,90m, com um ângulo interno igual a 266°12’38”, chega-se ao ponto V. Do ponto V, estabelecido pelo último segmento descrito, segue na extensão de 866,50m, sob um ângulo interno de 89°59’33”, dividindo-se ao leste, com a parcela B do Sítio do Boqueirão, pertencente a Ismael Chaves Barcellos Neto e outros, até atingir o ponto inicial desta descrição (ponto A), localizado na Estrada Afonso Lourenço Mariante, fechando o perímetro com um ângulo interno igual a 113°55’48”.
A poligonal formada pelos pontos ABCDEFGHIJKLMNOWA, constituindo a “Área de Intervenção 1” e de área de 365.764,23m², faz parte da Matrícula nº 70.610 do C.R.I. da 3ª Zona de Porto Alegre, e a poligonal formada pelos pontos WPQRSTUVW, constituindo a “Área de Intervenção 2” e de área de 79.663,77m², faz parte da Matrícula nº 68.048 do C.R.I. da 3ª Zona de Porto Alegre.