TREINO AERÓBIO
EM REABILITAÇÃO CARDIACA
ACIMA DO LIMIAR ANAERÓBIO
PAULA ALMEIDA HOSPITAL PEDRO HISPANO
INTENSIDADE TREINO
DOENTE CARDIACO
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
• COLABORAÇÃO
• BIBLIOTECÁRIOS HPH
• DRª JOANA GOMES
• DRº MADALENA TEIXEIRA e colab.
BENEFICIOS EXERC AERÓBIO
DOENTE CORONÁRIO
Cochrane Reviews, n 8440
< MORTALIDADE EM
27%
BENEFÍCIOS EXERC AERÓBIO
INSUFICIÊNCIA CARDIACA
Cochrane Rev 2004, n=1126, NYHA II e III
> VO2 máx > Limiar anaeróbio (LA) > Duração PE > Potência de esforço >Distância na prova 6’ marcha < MORTALIDADE (Belardinelli,1999, 3,3A) < Readmissão hospitalar (Belardinelli,…) < Remodelação anormal (Giannuzzi,2003)MARCADA
HETEROGENEIDADE NOS
DIVERSOS ESTUDOS
QUANTO
À INTENSIDADE E DOSE
DE EXERCÍCIO
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO
AERÓBIO
• FREQUÊNCIA (vezes/semana)
• DURAÇÃO (tempo cada sessão)
• INTENSIDADE
• PROGRESSÃO
ASSOCIAÇÃO
=
DOSE
• TEMPO DE INTERVENÇÃO
BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO
SÃO
DOSEDEPENDENTES
HAMBRECHT,1993 (Doença Coronária):
<1000Kcal/sem progressão,
1500 Kcal/sem estabilização,
2200 Kcal/sem regressão
FRANCO (POPULACIONAL):
actividade física moderada e elevada
aumenta a esperança de vida e nº anos
sem doença
Têmse multiplicado na literatura
publicações no sentido de compreender e
demonstrar os mecanismos
hemodinâmicos, circulatórios,
hemorreológicos, neuronais, metabólicos
e mesmo enzimáticos e moleculares
através dos quais o exercício exerce este
efeito benéfico,
mas não existe consenso
sobre a optimização (eficácia/segurança)
de intensidade de treino
INICIAL: 40 a 60% V02 máx (65 a 75% fc máx), Borg 11 a 12 PROGRESSÃO: 65 a 75% VO2 máx ( 75% a 85% fc máx), Borg 13(15) Belardinelli: 60% VO2 máx, Giannuzzi 60% VO2 máx Hambrecht: 70% VO2 máx ICC, 70% fc máx coronários Germânicos: 65% VO2 máx , no LA coronários Canadá: 65% VO2R (se). Noruega: 50 a 60% VO2 máx Swain: limiar de treino (30 a) 45% VO2R Os limites de intensidade de treino são amplos
VIAS BIOQUÍMICAS DE PRODUÇÃO DE ENERGIA Limiar anaeróbio é a intensidade de esforço a partir da qual existe acumulação de lactato
O LA INDICA O NÍVEL DE EXERCÍCIO TOLERÁVEL DE FORMA PROLONGADA
LA vs INTENSIDADE tradicional
Dwyer, JCR 1994. N= 36 • Treinados: LA = 65% VO2 máx =72% fc máx = 53%HRR • Não treinados: LA = 56,8% VO2 máx a 64% (cardiacos)= 73%fc máx =50%HRR • A 65% VO2 máx ( 55% HRR) metade dos indivíduos encontravamse acima do LA. A 75% HRR todos acima LA Niewland, Int J Cardiol 2002. N= 91 coronários • A fc no LA = 55 a 96% da fc máx. • A 60% HRR 30% dos doentes acima do LA CONCLUSÃO: GRANDE VARIABILIDADE. MÉTODOS TRADICIONAIS EXCEDEM LA. Borg pode ser um bom indicador do nível de exercícioNa era dos Bbloqueadores a exactidão da
intensidade com base na fc reduzse:
Wonish, Eur J CVPRehab, 2003
:
As fórmulas de prescrição por % fc máx e
%HRR nos seus limites mais elevados
levam a uma intensidade de treino
demasiado elevada nos doentes
medicados com bbloq.
Recomendase que se utilize a % VO2 máx,
% carga máxima, Borg e
se possível a
determinação do Limiar anaeróbio. Se %
fc: limites baixos
TREINO NO LIMIAR ANAERÓBIO
• MEDIDA OBJECTIVA DE INTENSIDADE RELATIVA, • ESFORÇO MODERADO • STRESS METABÓLICO UNIFORME (ventilatório e metabólico) COM BOA SOLICITAÇÃO DAS VIAS PRODUTORAS DE ENERGIA • PERMITE MELHORAR O LA COM O TREINO, LA este DETERMINANTE DA TOLERÂNCIA EFECTIVA AO ESFORÇO (INDICADOR DA CAPACIDADE DE ENDURANCE SUBMÁXIMA) e indicador de prognóstico na ICC.TREINO NO LIMIAR ANAERÓBIO
SEGURANÇA:
• Meyer, Eur H J 1995: O LA f/ precede o
limiar isquémico
• É acima do LA que se eleva o nível de
lactacidémia, com acidose e aumento de
produção de catecolaminas com maior
risco isquémico e arrítmico
TREINO NO LA: EFICÁCIA
• Klainman, Cardiology 1997: n= 52 coronários idades: 38 a 75 anos; • doença de 1,2 e 3 vasos; • com boa FVE e < 35% FE. • Duração de 6 a 9 meses de treino. • > VO2 máx, >LA (excepção doentes com 3 vasos) • Adachi, Jpn Circ J 2000 (30 min, 3x/sem, 1 ano): < hiperviscosidade sanguinea • Hilberg, Eur J Appl Physiol 2003: > fibrinoliseTREINO NO LA e
ICC
Meyer, AHJ, 2005: Defendese o uso de parâmetros submáximos de exercício (LA) em alternativa às medidas ergométricas máximas, na avaliação e treino. N= 51 (30 cor, 24 dilat). Treino 26, control 28. 57 anos média. NYHA II,III (FE 30%) Treino: 45 min no LA. 4 (5) dias/sem. 12 semanas Outcome: < fc em repouso e exercício(< drive simpático). > LA em 11,6%. Melhoria bemestar.TREINO
ACIMA
DO LA:
RISCOS: ARRITMICO E ISQUÉMICO
• Fadiga precoce • Lactacidémia – acidose metabólica • Aumento dos níveis de catecolaminas plasmáticas, temperatura corporal, resposta ventilatória, • Aumento do stress oxidativo, < vasodilatação Tegtbar, ZKardiol 2002, n= 11 coronários: 30 minutos a LA: steadystate fc 30 min a 10%>LA : aumento progressivo de lactacidémia, norepinefrina e exaustão.•Chicara Goto, Circulation 2003 (n=26 jovens)
I leve=25% VO2, I mod=50%, I elev=75%VO2 máx
30 min, 5 a 7 dias/sem, 12 semanas. Apenas I moderada > vasodilatação endotélio dependente I elevada > marcadores de stress oxidativo •Bergholm, Atherosclerosis,1999: Exerc intenso (1 h corrida), 4/sem, 7080% VO2 máx, 12 sem: < antioxidantes circulantes e < vasodilatação endotéliodependente
TREINO ACIMA DO LA
TREINO INTERVALADO EM
DOENTES
Inicialmente utilizado em doentes
debilitados, com baixa capacidade física e
reduzida tolerância ao exercicio contínuo
(pós CABG, ICC): melhoria da tolerância
até à possibilidade de esforço continuado
e melhoria AVD. Intensidade até 80%
capacidade máxima (stress periférico
predominante= reversão alterações musc)
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TREINO INTERVALADO EM ICC
Myer, Med Sci in Sports Exer, 1997 n= 18 (dil 9, cor 9), FE 21% (1/2 lista transplante), 52 anos Bicicleta 30s trabalho/ 60s recobro a 15W, 15 min. Treadmill 60s trabalho (fc bicicleta) e 60s recobro, 10min 50% carga máx em teste rápido/ abrupto (25w 10s) 3 semanas, 5 dias/sem >VO2 em 2.4 ml/kg/min A concentração de lactato mantevese baixa no treino apesar da carga de trabalho ser dupla (240%) da carga a 75% VO2 máx (Ligeiramente <LA) . Tambem os níveis de nor e epinefrina e Borg (1112) corresponderam a 75% VO2 máx. O stress cardiaco (duplo produto) era menor Permitese assim exercício intenso nos músculos periféricos revertendo as suas alterações semTREINO INTERVALADO EM ICC:
segurança sobre a função ventricular
Myer, Am J Cardiol, 1998• N=11 (<FE), C=9 (NFE): treino interv vs
contínuo
• Ventriculografia de radionuclidos
• a cargas médias semelhantes
mesmo
stress sobre o VE mas > estímulo
periférico
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TREINO INTERVALADO EM
ICC
Willenheimer et all, Eur H J 1998 65 75 anos, 29% fem, 24% dilat Treino n= 22, Control n= 27 Treino bicicleta: 90 seg 80% VO2 máx (Borg 15), 30 seg repouso Progressão: 15 min 2dias/sem até 45 minutos 3 dias/sem. Total 16 semanas Nos doentes com etiologia isquémica a função sistólica e o diâmetro enddiastólico do VE melhoraram significativamente. Globalmente melhorou a carga de esforço máximo. > VO2 máx, indice dispneiafadiga se etiologiaTREINO INTERVALADO EM ICC
Nechwatal, Z Kaiol. 2002, FE 28%(min 10%) n= 20 treino cont, n= 20 interval, control=10 3 semanas Semelhantes ganhos nos 2 tipos de treino no VO2 máx e LA (14 e 8.8.8%) Melhoria no treino intervalado no “ stroke volume index” no exercício máximo com concomitante redução da resistência periférica (melhoria hemodinâmica) A carga média de trabalho foi menor no treino intervalado (maior em períodos curtos) e o nível de lactato foi menor.TREINO INTERVALADO EM
DOENTES CORONÁRIOS
com excelente capacidade de esforço no
sentido de os treinar como os atletas
incorporando períodos curtos de esforço
perto do máximo (até 90% VO2 máx)
melhorando assim a sua performance de
endurance
Kavanagh, Circulation 2002: n=12169:
VO2 máx melhor preditivo de mortalidade
TREINO INTERVALADO NA DOENÇA CORONÁRIA Rognmo, Eur J CV Prev Rehab, 2004 • >40% FE (m= 54.8%), I= 63 anos. >3m EAM e 12m CAGG,PTCA. >9Mets • Treadmill 3 dias/sem, 10 sem
• Interval, n=11(8): 80 a 90% VO2 máx. 4 min, 3 min
a 5060% VO2 máx, 33 minutos total. Borg 14.4 • Cont, n=10(9): 50 a 60% VO2 máx, 41 minutos.
Borg 13.5
• intensidade total maior (dose igual) • > aumento de VO2 máx (17,9 vs 7,9%)
Estudo comparativo de níveis de treino Jensen, JCR 1996 50% VO2 pico vs 85% VO2 pico (progressivo) N=186 coronários, idade= 54. > 3 Mets (7Mets média). LA média 65% VO2 máx (range:40 a 90%). Borg 1112. O grupo de > Intensidade treinou em média acima do LA, MAS treinaram abaixo da fc proposta 1ano. 45 min , 3dias/sem. Adesão 64(<I) e 56% (>I) >LA. > VO2 pico. Melhoria acrescida > Intensidade