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nbr-8214-1983

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Copyright © 1983, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados

Sede: Rio de Janeiro

Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Fax: (021) 240-8249/532-2143 Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA

ABNT-Associação

Brasileira de

Normas Técnicas

Assentamento de azulejos

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Documentos complementares 3 Definições 4 Condições gerais 5 Condições específicas 6 Inspeção 7 Aceitação e rejeição

1 Objetivo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a

exe-cução, fiscalização e recebimento de revestimento de paredes internas e externas com azulejos.

1.2 Esta Norma se aplica a paredes constituídas por

concreto moldado no local, por painéis pré-moldados de concreto e por alvenarias de tijolos maciços cerâmicos, blocos cerâmicos, blocos vazados de concreto simples e blocos sílico-calcáreos.

1.3 Esta Norma não se aplica a revestimento de piscinas.

2 Documentos complementares

Na aplicação desta Norma é necessário consultar: NBR 5644 - Azulejo - Especificação

NBR 5732 - Cimento Portland comum - Especificação NBR 5736 - Cimento Portland pozolânico - Especi-ficação

NBR 5737 - Cimento Portland de moderada resis-tência a sulfatos e moderado calor de hidratação (MRS) e cimento Portland de alta resistência a sulfatos (ARS) - Especificação

NBR 6118 - Projeto e execução de obras de concreto armado - Procedimento

NBR 6453 - Cal virgem para construção - Especi-ficação

NBR 7175 - Cal hidratada para argamassas - Es-pecificação

NBR 7200 - Revestimento para paredes e tetos com argamassas - Materiais, preparo, aplicação e manu-tenção - Procedimento

NBR 7211 - Agregados para concreto - Especificação

3 Definições

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições das NBR 5644 e NBR 7200 e as definições constantes em 3.1 a 3.4.

3.1 Camada de regularização

Camada intermediária aplicada sobre a superfície da parede, com a finalidade de eliminar irregularidades exis-tentes.

Palavra-chave: Azulejo

11 páginas

Origem: Projeto 02:002.13-054/1983

CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil

CE-02:002.13 - Comissão de Estudo de Azulejos

Procedimento

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3.2 Junta

Fresta regular entre dois componentes distintos.

3.3 Junta de assentamento

Fresta regular entre dois azulejos consecutivos.

3.4 Junta de movimentação

Junta intermediária, normalmente mais larga que as juntas de assentamento, projetada para aliviar tensões provo-cadas pela movimentação da parede e/ou do próprio revestimento.

4 Condições gerais

4.1 Materiais

4.1.1 Condições exigíveis 4.1.1.1 Azulejo

Os azulejos devem satisfazer às seguintes condições: a) devem estar conforme a NBR 5644;

b) a codificação (número e/ou nome do modelo) do produto deve estar de acordo com a que foi solicitada;

c) os códigos de tonalidade indicados nas emba-lagens de fabricação devem ser idênticos para uso no mesmo ambiente;

d) devem estar conforme as dimensões de fabricação indicadas nas embalagens;

e) devem estar conforme a classe indicada nas em-balagens.

4.1.1.2 Cimento

Deve estar conforme a NBR 5732 ou NBR 5736 ou NBR 5737.

4.1.1.3 Cal

Deve estar conforme a NBR 6453 ou NBR 7175.

4.1.1.4 Agregados

Os agregados devem satisfazer às seguintes condições: a) devem estar conforme a NBR 7211;

b) o diâmetro máximo característico do agregado miúdo deve ser:

- menor ou igual a 4,8 mm para chapisco;

- menor ou igual a 2,4 mm para emboço e ar-gamassa de assentamento.

4.1.1.5 Água de amassamento

Pode-se empregar água potável retirada de poço ou fornecida pela rede de abastecimento público; águas não potáveis devem atender ao disposto na NBR 6118.

4.1.1.6 Adesivos1)

4.1.1.7 Material de enchimento de juntas

No enchimento das juntas de movimentação devem ser empregados materiais altamente deformáveis, tais como borrachas alveolares, espuma de poliuretano, manta de algodão para calafetação, cortiça, aglomerado de ma-deira (com massa específica aparente da ordem de 0,25 g/cm3), etc.

4.1.1.8 Selantes

Na vedação das juntas de movimentação devem ser empregados selantes à base de poliuretano, polissulfeto, silicone, etc.; em caso de dúvida sobre a qualidade do selante, sua adequação deve ser comprovada por labo-ratório nacional idôneo.

4.1.1.9 Tiras pré-formadas

As tiras pré-formadas eventualmente empregadas em juntas de movimentação devem ser confeccionadas com materiais resilientes, tais como PVC, elastômeros, etc.; em caso de dúvida sobre a qualidade das tiras pré-for-madas, sua adequação deve ser comprovada por labo-ratório nacional idôneo.

4.1.2 Armazenagem de materiais 4.1.2.1 Azulejos

4.1.2.1.1 Os azulejos devem ser estocados em local plano e firme, ao abrigo das intempéries para que as emba-lagens originais sejam preservadas; as caixas, contendo geralmente de 1 a 2 m2 de azulejos, devem compor pilhas

com altura máxima de 2 m.

4.1.2.1.2 Os azulejos devem, de preferência, ser estocados em grupos, cada um deles caracterizado pelas dimensões de fabricação, código de tonalidade e classe; os azulejos só devem ser retirados das embalagens originais por oca-sião da imersão em água ou imediatamente antes de serem assentados, quando se recomenda a utilização do azulejo seco.

4.1.2.2 Aglomerantes

4.1.2.2.1 O cimento e a cal devem ser armazenados em locais suficientemente protegidos da ação das intem-péries e da umidade do solo, e devem ficar afastados de paredes ou tetos dos depósitos.

4.1.2.2.2 A cal virgem para construção ao ser recebida em obra deve ser imediatamente extinta.

1) Face à inexistência no momento de normas brasileiras relativas a estes produtos, os mesmos podem ser empregados, desde que

satisfaçam ao disposto em 4.3.5, seja comprovada sua adequação por laboratório nacional idôneo e que sua utilização seja autorizada pela Fiscalização.

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4.1.2.2.3 Não se recomenda a formação de pilhas com mais de 15 sacos de cimento, quando o período de arma-zenamento for de até 15 dias, e com mais de 10 sacos, quando o período de armazenamento for superior a 15 dias.

4.1.2.3 Areia

A areia deve ser estocada em local limpo, de fácil dre-nagem e sem possibilidade de contaminação por ma-teriais estranhos que venham a prejudicar sua qualidade; na armazenagem deve-se evitar a mistura de areias com diferentes granulometrias.

4.1.2.4 Adesivos

Os adesivos com e sem cimento devem ser armazenados em suas embalagens originais, hermeticamente fecha-das, em locais secos e frescos, ao abrigo das intempéries. Devem ser seguidas as instruções do fabricante quanto ao período máximo de armazenamento.

4.2 Superfície de aplicação

Deve ser convenientemente preparada para o recebi-mento da camada de assentarecebi-mento ou da camada de regularização; de maneira geral, a superfície a ser reves-tida não deve apresentar áreas muito lisas ou muito úmi-das, pulverulência, eflorescência, bolor ou impregnações com substâncias gordurosas. Os serviços de revestimento somente devem ser iniciados se:

a) as canalizações de água e esgoto estiverem ade-quadamente embutidas, se for o caso, e ensaiadas quanto à estanqueidade;

b) os elementos e caixas de passagem e derivação de instalações elétricas e/ou telefônicas estiverem adequadamente embutidos.

4.2.1 Limpeza

A limpeza da superfície deve ser efetuada conforme disposto em 4.2.1.1 a 4.2.1.3.

4.2.1.1 A remoção de sujeira, pó e materiais soltos pode ser efetuada por escovamento ou lavagem com água. Quando necessário deve ser empregada raspagem com espátula ou escova de fios de aço.

4.2.1.2 Para remoção de substâncias gordurosas, pode-se escovar a bapode-se com uma solução de soda cáustica (30 g de NaOH para cada litro de água) ou uma solução de ácido muriático (concentração de 5 a 10%), seguindo-se com lavagem abundante com água limpa.

4.2.1.3 Para remoção de eflorescência, a superfície deve ser escovada e em seguida proceder à limpeza com so-lução de ácido muriático (concentração de 5 a 10%), seguindo-se com escovamento e lavagem abundante com água limpa.

4.2.1.4 Para remoção de bolor, pode-se escovar a superfície com uma solução de fosfato trissódico (30 g de

Na3PO4 para cada litro de água) ou com solução de hipo-clorito de sódio (4 a 6% de cloro ativo), seguindo-se com lavagem abundante com água limpa.

4.2.2 Preparo da superfície

4.2.2.1 As superfícies lisas, pouco absorventes ou com absorção heterogênea de água devem ser preparadas previamente ao assentamento de azulejos com arga-massa tradicional ou à execução de camada de regula-rização, mediante a aplicação uniforme de chapisco no traço 1:3 ou 1:4 (cimento e areia, em volume). As super-fícies de concreto podem, opcionalmente, ser picotadas.

4.2.2.2 O desvio de prumo das paredes não deve exceder H/600, sendo H a altura total considerada. Caso contrário, deve ser executada camada de regularização sobre a superfície preparada de acordo com 4.2.1 e 4.2.2.1 e pre-viamente umedecida conforme procedimento descrito em 4.2.2.2.1 e 4.2.2.2.8.

4.2.2.2.1 A camada de regularização deve ser executada com a máxima antencedência possível, com vistas a ate-nuar-se o efeito da retração da argamassa sobre o reves-timento, empregando-se argamassa mista de cimento, cal e areia com traços, em volume, podendo variar de 1:1:6 a 1:2:9, no caso de utilização de cal hidratada e 1:0,5:6 a 1:1,5:9, quando do emprego de pasta de cal ex-tinta em obra.

4.2.2.2.2 No caso de empregar-se argamassa com traço distinto ao citado em 4.2.2.2.1, recomendam-se:

a) a relação entre o volume de agregado e o volume de cimento não deve ser superior a 9;

b) as relações (r) entre o volume de agregado e o volume de aglomerantes devem ser:

2,5 ≤ r < 3,0, no caso de argamassa de cimento e cal hidratada;

3,5 ≤ r < 4,0, no caso de argamassa de cimento e pasta de cal.

4.2.2.2.3 Nos locais previstos para execução de juntas de movimentação, devem ser colocados, por ocasião da exe-cução da camada de regularização, elementos removíveis (ripas de madeira, por exemplo) ou elementos que per-maneçam no local, atuando como material de enchimento.

4.2.2.2.4 Na execução da camada de regularização, inicialmente devem ser assentadas taliscas (tacos de ma-deira com aproximadamente 1 cm de espessura) com a argamassa de regularização, de modo a obter-se o prumo desejado; a partir das taliscas externas, e com o auxílio de uma linha bem esticada, devem ser assentadas ta-liscas intermediárias com distanciamento máximo de 2,0 m conforme indicado na Figura 1.

4.2.2.2.5 A espessura da camada de regularização deve, de preferência, ser igual ou menor que 15 mm para evitar o aumento das tensões de retração. Havendo

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neces-sidade de regularização com maior espessura, esta deve ser executada em duas ou mais camadas, obedecendo ao seguinte:

a) o acabamento da superfície da camada executada deve ser adequadamente áspero; se necessário, a superfície deve ser escarificada;

b) a argamassa deve estar adequadamente endu-recida e a superfície deve ser umedecida antes da execução da camada subseqüente.

4.2.2.2.6 Estando as taliscas assentadas, deve-se lançar a argamassa de regularização de modo a constituirem-se as guias ou mestras; a argamassa deve constituirem-ser bem com-pactada contra a superfície da parede e deve ser lançada em excesso, sendo em seguida sarrafeada com uma ré-gua de madeira que deve ser deslocada sobre duas ta-liscas consecutivas em movimentos de vai-e-vem.

4.2.2.2.7 Estando executadas as guias, deve-se ir lan-çando entre elas a argamassa de regularização, sempre em excesso e sempre procurando obter o máximo de adensamento da argamassa; o nivelamento final da ca-mada de regularização é obtido com o deslocamento da

régua sobre duas mestras consecutivas, conforme in-dicado na Figura 2.

4.2.2.2.8 O acabamento da superfície da camada de re-gularização deve ser áspero.

4.3 Revestimento

4.3.1 Disposição de assentamento

Quanto à forma de aplicação, os azulejos podem ser assentados em diagonal (a), com junta a prumo (b) ou em amarração (c), conforme a Figura 3.

4.3.2 Juntas

4.3.2.1 Juntas de assentamento

4.3.2.1.1 No assentamento dos azulejos, deve-se manter entre os mesmos juntas com larguras suficientes para que haja perfeita infiltração da pasta de rejuntamento e para que o revestimento de azulejo tenha um relativo poder de acomodação às movimentações da parede e/ou da própria argamassa de assentamento.

4.3.2.1.2 De acordo com as dimensões dos azulejos, de-vem ser mantidas as juntas de assentamento mínimas constantes na Tabela 1.

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1 Guias ou mestras

2 Argamassa lançada entre duas guias

Figura 2 - Detalhe das guias e da execução da camada de regularização

(a) (b) (c)

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Tabela 1 - Dimensões mínimas das juntas de assentamento

Unid.: mm

Juntas de assentamento mínimas Dimensões dos azulejos

Parede interna Parede externa

110 x 110 1 2 110 x 220 2 3 150 x 150 1,5 3 150 x 200 2 3 200 x 200 2 4 200 x 250 2,5 4 4.3.2.2 Juntas de movimentação

4.3.2.2.1 As juntas de movimentação, longitudinais e/ou transversais, devem ser executadas nos seguintes casos: a) em paredes internas com área igual ou maior que 32 m2, ou sempre que a extensão do lado for maior

que 8 m;

b) em paredes externas com área igual ou maior que 24 m2, ou sempre que a extensão do lado for maior

que 6 m.

4.3.2.2.2 As juntas de movimentação devem aprofundar-se até a superfície da parede; a junta deve aprofundar-ser preenchida com material deformável, sendo em seguida vedada com selante flexível, conforme indicado na Figura 4.

4.3.2.2.3 A largura “ ”l da junta (ver Figura 4) deve ser di-mensionada em função das movimentações previstas para a parede e da deformabilidade admissível do selante; como regra prática, e na inexistência de um dimen-sionamento mais preciso, recomenda-se adotar para as juntas os valores indicados na Tabela 2 a seguir.

4.3.2.2.4 As juntas de movimentação podem ainda ser executadas com tiras pré-formadas constituídas por ma-teriais resilientes; essas tiras devem ser colocadas du-rante o assentamento dos azulejos e devem ter confi-guração adequada para absorver as movimentações do revestimento de azulejo e propiciar estanqueidade à junta.

4.3.3 Planeza

4.3.3.1 Na verificação da planeza do revestimento de azu-lejo, devem-se considerar as irregularidades graduais e as irregularidades abruptas.

4.3.3.2 As irregularidades graduais não devem superar 3 mm em relação a uma régua com 2 m de comprimento.

4.3.3.3 As irregularidades abruptas não devem superar 1 mm em relação a uma régua com 20 cm de comprimento; esta exigência é válida tanto para os ressaltos entre azu-lejos contíguos como para os desníveis entre partes do revestimento de azulejo contíguas a uma junta de movi-mentação.

4.3.4 Alinhamento das juntas de assentamento

Não deve haver afastamento superior a 2 mm entre as bordas de azulejos teoricamente alinhados e a borda de uma régua com 2 m de comprimento, faceada com os ladrilhos extremos.

4.3.5 Aderência

O revestimento de azulejo deve aderir adequadamente à parede; para tanto, deve satisfazer às seguintes con-dições:

a) quando o azulejo for submetido a pequenos im-pactos com instrumento rijo, não contundente, não deve produzir-se som cavo;

b) sempre que a Fiscalização julgar necessário, con-sideradas seis determinações de resistência de aderência, efetuadas nas condições descritas em 6.2, após cura do material utilizado no assenta-mento (28 dias, caso possua ciassenta-mento), pelo menos quatro valores devem ser iguais ou superiores a 0,3 MPa (3,0 kgf/cm2).

4.3.6 Proteção do revestimento ao calor

Os azulejos após assentamento devem ser protegidos de insolação direta ou de qualquer outra fonte de calor durante 72 h.

5 Condições específicas

5.1 Processo convencional de assentamento com argamassa

5.1.1 Preparo da superfície

A limpeza e o preparo da superfície devem ser efetuados conforme descrito em 4.2.

5.1.2 Produção da argamassa

A argamassa a ser utilizada no assentamento ou na camada de regularização deve satisfazer ao disposto em 5.1.2.1 e 5.1.2.2.

5.1.2.1 Dosagem

Os traços da argamassa de assentamento devem atender ao disposto em 4.2.2.2.1 e 4.2.2.2.2.

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\\

5.1.2.2 Amassamento

A argamassa deve ser adequadamente homogeneizada por meio de amassamento manual ou mecânico, conforme descrito em 5.1.2.2.1 e 5.1.2.2.2. Recomenda-se misturar inicialmente a cal hidratada, ou a pasta de cal virgem extinta na obra, com areia e água em excesso, deixando a mistura em repouso durante pelo menos 72 h antes da aplicação; a adição de cimento deve ser feita na ocasião da aplicação da argamassa.

5.1.2.2.1 O amassamento manual da argamassa a empre-gar-se excepcionalmente em pequenos volumes, deve ser realizado sobre um estrado ou superfície plana, imper-méavel e isento de contaminação com terra ou qualquer tipo de impureza. Misturar a argamassa de cal e areia, previamente preparada, com cimento, de maneira a obter-se cor uniforme; em obter-seguida adicionar aos poucos a água necessária, prosseguindo-se a mistura até a obtenção de uma massa de aspecto uniforme. Não é permitido amassar, de uma só vez, um volume de argamassa su-perior ao correspondente a 100 kg de cimento.

5.1.2.2.2 O amassamento mecânico deve ser efetuado conforme descrito a seguir:

a) a colocação dos materiais na betoneira deve ser feita na seqüência indicada a seguir:

- lançar parte da água e todo volume de arga-massa de cal e areia, preparada previamente, colocando a betoneira em funcionamento; - lançar todo volume de cimento;

- lançar o resto da água;

b) o amassamento mecânico deve durar, sem inter-rupção, o tempo necessário para permitir a perfeita homogeneização da mistura, sendo que o tempo de amassamento aumenta com o volume da amas-sada, devendo ser tanto maior quanto mais seca for a argamassa; em nenhum caso o tempo de amassamento, após terem sido colocados todos os materiais na betoneira, deve ser inferior a 3 min.

5.1.2.3 Tempo de validade da argamassa

5.1.2.3.1 As argamassas não devem ser aplicadas sempre que, após a preparação, decorrer um intervalo de tempo superior ao prazo de início de pega do cimento empre-gado, prazo este que é da ordem de 2,5 h.

5.1.2.3.2 A argamassa pode ser remisturada nos caixões junto aos pedreiros, sempre que isso se fizer necessário para restabelecer sua trabalhabilidade inicial; este proce-dimento só pode ser efetuado dentro do prazo de início de pega do cimento, empregando-se a mínima quantidade de água possível.

5.1.3 Preparação dos azulejos

5.1.3.1 Antes do assentamento, os azulejos devem ser imersos em água limpa, utilizando-se um recipiente não metálico, por um período compreendido entre 15 min e

2 h; após a imersão os azulejos devem ser encos-tados em uma superfície vertical, de modo a permitir o escor-rimento da água em excesso.

5.1.3.2 Os azulejos destinados ao arremate do revesti-mento devem ser cortado mediante emprego de ferramen-ta com corferramen-tante de meferramen-tal duro ou diamante; não devem ser aceitos azulejos com cortes irregulares nas arestas, como aqueles produzidos por torquês. Admite-se a utiliza-ção desta ferramenta para execuutiliza-ção de pequenos cortes nos cantos dos azulejos.

Nota: As perfurações devem ser feitas, de preferência, com o uso de ferramentas adequadas.

5.1.4 Assentamento dos azulejos

O assentamento dos azulejos deve ser realizado de baixo para cima, uma fiada de cada vez, conforme descrito em 5.1.4.1 e 5.1.4.2.

5.1.4.1 Nas extremidades da borda inferior da parede, to-mando-se como referência a cota prevista para o revesti-mento do piso, devem ser assentados dois azulejos, con-forme descrito a seguir, apoiados sobre calços adequa-damente nivelados, utilizando-se, por exemplo, nível de bolha:

a) umedecer a superfície da parede ou da camada de regularização;

b) colocar uma porção de argamassa de assenta-mento sobre a face não vidrada do azulejo, de mo-do que toda a superfície fique em contato com a argamassa, conforme a Figura 5-a);

c) remover com a colher de pedreiro parte da arga-massa existente nas bordas do azulejo, conforme a Figura 5-b), tomando-se cuidado para não dani-ficar o vidrado;

d) colocar a borda inferior do azulejo em contato com a parede. Em seguida o azulejo deve ser pres-sionado uniformemente contra a parede, de modo que o excesso da argamassa saia pelas bordas do azulejo. A espessura da camada de assenta-mento deve ser inferior a 15 mm;

e) se houver necessidade de ajustar o nível do azu-lejo, admite-se a execução de pequenos impactos sobre o azulejo com ferramenta não contundente, por exemplo, de madeira ou borracha;

f) as juntas e as bordas do azulejo devem ser limpas com pano úmido;

g) entre os dois azulejos assentados pode ser estica-da uma linha para servir como guia para o posi-cionamento dos demais azulejos dessa fiada, con-forme a Figura 6. Admite-se o emprego de régua de madeira ou metálica para nivelamento da fiada, em substituição à linha esticada, disposta sobre os azulejos-guia.

(8)

(a) (b)

Figura 5 - Detalhe da colocação da argamassa de assentamento sobre a face não vidrada do azulejo

5.1.4.2 Para garantir o prumo das fiadas verticais, deve-se colocar, utilizando-deve-se o mesmo procedimento indicado em 5.1.4.1-a) a g), um azulejo-guia em cada extremidade superior da parede, devidamente aprumado e nivelado conforme mostra a Figura 6.

5.1.4.3 Em seguida devem ser assentados os azulejos no espaço compreendido entre os azulejos-guia, uma fiada

de cada vez, tomando-se como referência a linha esticada ou uma régua, empregando-se o procedimento descrito em 5.1.4.1, conforme a Figura 7.

5.1.4.4 As juntas de assentamento e de movimentação, se for o caso, devem ser executadas conforme previsto em 4.3.2.

Figura 4 - Acabamento das juntas de movimentação com material de enchimento e selante Tabela 2 - Disposições construtivas das juntas de movimentação executadas com selantes flexíveis

Dimensão do painel Paredes internas Paredes externas

limitada pela(s)

junta(s)(A) Largura l da Altura h do Largura l da Altura h do

junta selante junta selante

(m) (mm) (mm) (mm) (mm) ≤ 3,0 8 8 10 8 4,0 10 8 12 8 5,0 12 8 15 10 6,0 12 8 15 10 7,0 15 10 - -8,0 15 10 -

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5.1.5.4 O excedente da pasta deve ser removido com pano úmido, assim que iniciar o endurecimento, a fim de evitar a aderência da pasta à superfície do azulejo.

5.2 Processo de assentamento com produtos pré-fabricados

A superfície a ser revestida deve estar limpa e preparada conforme descrito em 4.2.1 e 4.2.2.

5.2.1 Adesivos à base de cimento 5.2.1.1 Preparação dos azulejos

5.2.1.1.1 Os azulejos não precisam ser umedecidos antes do assentamento; todavia devem ser mantidos à sombra em local bem ventilado.

5.2.1.1.2 O corte de azulejos deve ser efetuado conforme descrito em 5.1.3.2.

5.1.5 Rejuntamento dos azulejos

O rejuntamento dos azulejos deve ser iniciado após três dias, pelo menos, de seu assentamento, verificando-se previamente, por meio de percussão com instrumento não contundente, se não existe nenhum azulejo apresen-tando som cavo; em caso afirmativo, devem ser removidos e imediatamente reassentados. O rejuntamento deve ser realizado conforme descrito em 5.1.5.1 a 5.1.5.4.

5.1.5.1 Preparar pasta de cimento branco e alvaiade, na proporção 3:1 em volume, caso se deseje rejuntamento na cor branca.

5.1.5.2 Umedecer as juntas de assentamento dos azulejos.

5.1.5.3 Aplicar a pasta de cimento branco e alvaiade em excesso com auxílio de rodo e/ou espátula.

Figura 6 - Detalhe da execução dos azulejos-guia

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5.2.1.2 Preparação da argamassa ou adesivo à base de cimento

5.2.1.2.1 Preparar a argamassa adicionando-se água ao produto pré-misturado a seco, na proporção recomenda-da pelo fabricante. Misturar até obter-se uma argamassa com consistência homogênea.

5.2.1.2.2 Manter a argamassa em repouso durante aproxi-madamente 15 min, remisturando-a antes da aplicação.

5.2.1.2.3 O emprego da argamassa deve ocorrer no máxi-mo até 2,5 h após o seu reparo, ou conforme reco-mendação do fabricante, sendo vedada a adição de água ou de outros produtos neste período.

5.2.1.3 Assentamento dos azulejos

O assentamento de azulejos com adesivo à base de ci-mento deve ser efetuado de baixo para cima conforme descrito em 5.2.1.3.1 a 5.2.1.3.5.

5.2.1.3.1 Para a aplicação da argamassa sobre a superfície a ser revestida, deve ser utilizada desempenadeira metá-lica que possa uma das arestas lisa e outra com dentes.

5.2.1.3.2 Estender a argamassa com o lado liso da de-sempenadeira formando uma camada uniforme de 3 a 4 mm, sobre uma área não superior a 1 m2.

5.2.1.3.3 Em seguida, aplicar a desempenadeira com o lado denteado sobre a camada de argamassa, formando sulcos que facilitarão o nivelamento e a fixação dos azu-lejos.

5.2.1.3.4 O azulejo, seco e limpo, deve ser aplicado sobre a camada de argamassa, fazendo-o deslizar um pouco até alcançar a posição de assentamento. Em seguida o azulejo deve ser comprimido manualmente ou aplicando-se pequenos impactos com ferramenta não contundente, por exemplo: de madeira ou borracha.

5.2.1.3.5 As juntas de assentamento e de movimentação, se for o caso, devem ser executadas conforme previsto em 4.3.2.

5.2.1.4 Rejuntamento

O rejuntamento deve ser executado conforme descrito em 5.1.5.

5.2.2 Adesivos sem cimento

No caso da utilização de produtos pré-fabricados, isentos de cimento, devem ser seguidas as instruções do fa-bricante. Recomenda-se, todavia, que o assentamento seja efetuado, de preferência, de maneira semelhante ao descrito em 5.2.1.

6 Inspeção

6.1 Princípios da inspeção

A execução do revestimento deve ser inspecionada nas suas diferentes fases, verificando-se o disposto nesta Nor-ma, devendo-se dedicar especial atenção ao seguinte:

a) recepção de materiais (cimento, cal, areia, azu-lejos, etc.) e verificação do atendimento às normas existentes;

b) limpeza da superfície a ser revestida, prumo e pre-paro da superfície;

c) dosagem, mistura e tempo de validade das arga-massas;

d) execução do revestimento, verificação das dimen-sões das juntas;

e) alinhamento das juntas, nivelamento e prumo do revestimento de azulejo;

f) rejuntamento e limpeza.

6.2 Verificação da resistência de aderência

A verificação da resistência de aderência, conforme pre-visto em 4.3.5, deve ser efetuada de acordo como o des-crito em 6.2.1 a 6.2.4.

6.2.1 Aparelhagem

Para a determinação da resistência de aderência do re-vestimento de azulejo, é necessária a aparelhagem cons-tante em 6.2.1.1 e 6.2.1.2.

6.2.1.1 Equipamento de tração

O equipamento deve permitir a aplicação lenta e progres-siva da carga, possuindo articulação para assegurar a aplicação do esforço de tração simples e dispositivo para leitura da carga com capacidade igual ou superior a 10000 N e resolução igual a 1% do fundo de escala.

6.2.1.2 Suportes

Consistem em placas metálicas de largura e comprimento iguais aos do corpo-de-prova e espessura não inferior a 15 mm, com dispositivo no centro para acoplamento do equipamento de tração.

6.2.2 Corpos-de-prova

6.2.2.1 O corpo-de-prova pode ser constituído por um azu-lejo inteiro ou parte deste assentado, isoladamente, sobre uma parede ou sobre uma base preparada em labora-tório com os materiais constituintes da parede. Esta base deve possuir dimensões maiores ou iguais a l + 10 cm, sendo l a maior dimensão do corpo-de-prova. No caso de se utilizar parte de um azulejo, recomendam-se as di-mensões de 100 x 100 mm.

6.2.2.2 O assentamento do azulejo deve ser efetuado de acordo com o procedimento a ser utilizado em obra.

6.2.3 Procedimento de ensaio

O ensaio consiste na determinação da resistência de ade-rência em seis corpos-de-prova preparados de maneira idêntica, conforme procedimento descrito em 6.2.3.1 a 6.2.3.5.

6.2.3.1 O suporte (placa metálica) deve ser colado à super-fície vidrada do azulejo por meio de adesivo à base de resina epóxi ou similar, de secagem rápida, antes de o material de assentamento completar sua cura. O excesso de adesivo deve ser removido imediatamente após a co-lagem.

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6.2.3.2 O equipamento de tração deve ser apoiado à pare-de ou base preparada em laboratório, inpare-depenpare-dentemen- independentemen-te de esindependentemen-te estar na posição horizontal ou vertical.

6.2.3.3 A carga deve ser aplicada após cura do material utilizado no assentamento do azulejo, lenta e progres-sivamente, sem interrupções, perpendicularmente ao cor-po-de-prova, de maneira a não introduzir esforços late-rais, até o deslocamento do suporte.

6.2.3.4 Após o deslocamento, a superfície do suporte deve ser examinada para verificação de eventuais falhas de aderência entre o adesivo usado e a superfície vidrada do azulejo. Caso sejam constatadas falhas desse tipo, o resultado desta determinação deve ser desprezado e o procedimento repetido em outro corpo-de prova.

6.2.3.5 Caso não haja falha de aderência do adesivo, devem ser registrados:

a) a resistência de aderência, em MPa, calculada pela relação entre a carga necessária para o deslocamento do suporte e a área do suporte; b) ocorrência dos seguintes fenômenos com as

respectivas incidências percentuais em relação à área do suporte:

- descolamento entre azulejo e argamassa ou ade-sivo de assentamento;

- descolamento entre a argamassa ou adesivo de assentamento e a parede;

- ruptura da argamassa ou adesivo de assenta-mento;

- ruptura da parede; - ruptura do azulejo.

6.2.4 Resultados

Para o conjunto de determinações realizadas devem ser consignados os valores individuais da resistência de aderência, em MPa, juntamente com as informações descritas a seguir:

a) ocorrência do deslocamento e/ou ruptura citado em 6.2.3.5-b), com as respectivas incidências percentuais em relação à área do suporte; b) o sinal ≥ (maior ou igual) deve ser acrescentado à

frente do valor da resistência de aderência, quando não ocorrer o deslocamento total do azulejo (100% da área do suporte).

7 Aceitação e rejeição

7.1 O revestimento deve ser aceito se atender às

pres-crições desta Norma.

7.2 O revestimento mal executado, apresentando

qualquer espécie de defeito, deve ser reexecutado ou reparado.

7.3 Todo revestimento reexecutado ou reparado deve ser

novamente submetido à Fiscalização para inspeção.

7.3.1 O revestimento deve ser aceito se os reparos efetua-dos colocarem-no em conformidade com o disposto nesta Norma.

Referências

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