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INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE

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(1)
(2)

Presidente da República

Luiz Inácio Lula da Silva

Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão

Paulo Bernardo Silva

INSTITUTO BRASILEIRO

DE GEOGRAFIA E

ESTATÍSTICA - IBGE

Presidente

Eduardo Pereira Nunes

Diretor-Executivo

Sérgio da Costa Côrtes

ÓRGÃOS ESPECÍFICOS SINGULARES

Diretoria de Pesquisas

Wasmália Socorro Barata Bivar

Diretoria de Geociências

Luiz Paulo Souto Fortes

Diretoria de Informática

Paulo César Moraes Simões

Centro de Documentação e Disseminação de Informações

David Wu Tai

Escola Nacional de Ciências Estatísticas

Sérgio da Costa Côrtes (interino)

UNIDADE RESPONSÁVEL

Diretoria de Pesquisas

Coordenação de Contas Nacionais

(3)

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística - IBGE

Diretoria de Pesquisas

Coordenação de Contas Nacionais

Contas Nacionais

número 27

Sistema de Contas Nacionais

Brasil

2003-2007

Rio de Janeiro

2009

(4)

Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística - IBGE

Av. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil

ISSN 1415-9813 Contas Nacionais

Divulga os resultados do Sistema de Contas Nacionais relativos às

tabelas de recursos e usos, contas econômicas integradas, contas

regionais do Brasil, produto interno bruto dos municípios e matriz

de insumo-produto.

ISBN 978-85-240-4093-1 (CD_ROM)

ISBN 978-85-240-4092-4 (meio impresso)

© IBGE. 2009

Elaboração do arquivo PDF

Roberto Cavararo

Produção de multimídia

Marisa Sigolo Mendonça

Márcia do Rosário Brauns

Capa

Marcos Balster Fiore e Renato Aguiar - Coordenação de

Marketing/Centro de Documentação e Disseminação de

(5)

Apresentação

Introdução

Panorama da economia brasileira

Análise dos principais resultados das Contas Nacionais

Atividade econômica

Contas econômicas

Resultados de 2000-2006

Contas econômicas por setor institucional

Contas econômicas integradas

Contas econômicas integradas 2000-2006

Contas econômicas integradas 2000-2006: Detalhamento

da conta de uso da renda

Contas econômicas por sertor institucional - 2000-2006

1 -

Contas econômicas, a preços correntes, segundo as contas,

operações e saldos - Total da economia - 2000-2006

2 -

Contas econômicas, a preços correntes, segundo as contas,

operações e saldos - Empresas não fi nanceiras - 2000-2006

3 -

Contas econômicas, a preços correntes, segundo as contas,

operações e saldos - Empresas fi nanceiras - 2000-2006

4 -

Contas econômicas, a preços correntes, segundo as contas,

operações e saldos - Administração pública - 2000-2006

Sumário

(6)

_____________________________________________________________

Sistema de Contas Nacionais 2003-2007

5 -

Contas econômicas, a preços correntes, segundo as contas,

operações e saldos - Famílias - 2000-2006

6 -

Contas econômicas, a preços correntes, segundo as

contas, operações e saldos - Instituições sem finsl

ucrativos a serviço das famílias - 2000-2006

Tabelas de recursos e usos

Tabelas de recursos e usos 2006

Tabelas de recursos e usos 2007

Taxas de crescimento do PIB em volume

Taxa de crescimento do PIB em volume acumulada entre dois

anos - Brasil - 1947-2007

Taxa geométrica média de crescimento do PIB em volume entre dois

anos - Brasil - 1947-2007

Tabelas sinóticas

1 -

Economia Nacional Conta de bens e serviços

-2003-2007

2 -

Economia Nacional - Contas de produção, renda e

capital - 2003-2007

3 -

Economia Nacional - Conta das transações do resto do mundo

com a economia nacional - 2003-2007

4 -

Componentes do Produto Interno Bruto sob as três

óticas - 2003-2007

5 -

Produto Interno Bruto, Produto Interno Bruto per capita,

população residente e defl ator - 2003-2007

6 -

Variação real anual dos componentes do Produto Interno

Bruto pela ótica da despesa - 2003-2007

7 -

Produto Interno Bruto - PIB e Formação Bruta de Capital

Fixo - FBCF - 2003-2007

8 -

Componentes da formação bruta de capital a preços

correntes - 2003-2007

9 -

Valor adicionado bruto constante e corrente, segundo as

classes e atividades - 2003-2007

10 -

Participação no valor adicionado bruto a preços básicos,

segundo as classes e atividades - 2003-2007

11 -

Variação em volume do valor adicionado bruto a preços

básicos, segundo as classes e atividades - 2003-2007

12 -

Variação de preços do valor adicionado bruto a preços

básicos, segundo as classes e atividades - 2003-2007

13 -

Total de ocupações, segundo as classes e

(7)

Sumário

_______________________________________________________________________________________

14 -

Total de ocupações, por tipo de inserção no mercado de

trabalho, segundo as classes e atividades - 2003-2007

15 -

Rendimento médio anual, em valor corrente, segundo

as classes e atividades - 2003-2007

16 -

Principais agregados macroeconômicos das Contas

Nacionais, por setores institucionais - 2003-2007

17 -

Principais relações das Contas Nacionais, por setor

institucional - 2003-2007

18 -

Formação bruta de capital fi xo, por setores

institucionais - 2003-2007

19 -

Carga tributária e receita disponível, por esferas de

governo - 2003-2007

20 -

Receita tributária, por esferas de governo - 2003-2007

21 -

Conta de produção, por setores institucionais, classes e

atividades, segundo a operação - 2003-2007

22 -

Componentes do Produto Interno Bruto sob as três

óticas, valores correntes e constantes e índices de volume,

preço e valor - 2006-2007

Referências

Glossário

Convenções

-

Dado numérico igual a zero não resultante

de arredondamento;

..

Não se aplica dado numérico;

...

Dado numérico não disponível;

x

Dado numérico omitido a fi m de evitar a individualização da

informação;

0; 0,0; 0,00

Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de

um dado numérico originalmente positivo; e

-0; -0,0; -0,00

Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de

um dado numérico originalmente negativo.

(8)

Apresentação

O

Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística - IBGE apresenta,

nesta publicação, os resultados dos anos de 2003 a 2007 da

série do Sistema de Contas Nacionais, elaborado de acordo com as

recomendações do manual System of national accounts 1993

1

- SNA

93, com os resultados defi nitivos de 2007. Nesta publicação, foi

incor-porado um novo conjunto de tabelas com resultados das operações

econômicas por setor institucional. As contas econômicas continuam

sendo apresentadas através da Conta Econômica Integrada - CEI,

quadro tradicionalmente publicado, onde são descritas as operações

econômicas entre todos os setores institucionais para um ano

deter-minado e, a partir dessa publicação, através de um novo conjunto de

quadros. Esses quadros apresentam as operações econômicas para

um determinado setor institucional, porém, com dados a partir do ano

2000, o que permite uma análise temporal de cada setor, denominadas

Contas Econômicas do Setor - CES.

A disponibilidade de dados estabelece o âmbito e a defasagem

para cada versão do Sistema de Contas Nacionais. Como os

resulta-dos das pesquisas anuais do IBGE e do imposto de renda da pessoa

jurídica, fontes primordiais para as estimações defi nitivas, são

dis-ponibilizados para a Coordenação de Contas Nacionais no mínimo

15 meses após o ano de referência dessas pesquisas, é necessário

estabelecer um cronograma onde são divulgadas versões preliminares

das contas e, posteriormente, as versões defi nitivas baseadas em uma

base de dados ampliada. Desta forma, a cada ano, serão divulgados

1

System of National Accounts 1993 – realizado sob a responsabilidade conjunta de cinco organiza-ções: United Nations Statistical Division, World Bank, International Monetary Fund, Organisation for Economic Co-operation and Development - OECD e Commission of the European Communities.

(9)

_____________________________________________________________

Sistema de Contas Nacionais 2003-2007

Wasmália Bivar

Diretora de Pesquisas

dois grandes grupos de contas: em março, uma versão agregada com

dados do ano anterior estimada pela soma dos resultados do Sistema

de Contas Trimestrais (preliminar) e, em novembro, a versão defi nitiva

do Sistema de Contas Nacionais com as tabelas completas com dois

anos de defasagem. A estimativa inicial apresentada em março é revista

incorporando os resultados defi nitivos.

A versão anual com base no Sistema de Contas Trimestrais não

incorpora os dados das pesquisas anuais do IBGE e da Declaração de

Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ da Secretaria

da Receita Federal do Ministério da Fazenda apresentando apenas

da-dos do valor adicionado bruto para 12 atividades econômicas a preços

correntes e constantes do ano anterior. A versão defi nitiva considera

essas fontes e apresenta uma Tabela de Recursos e Usos - TRU com 56

atividades econômicas e 110 produtos, a preços correntes e constantes

do ano anterior, além das CEI.

Para o ano de 2007, apenas a Tabela de Recursos e Usos é

divul-gada, por não estarem disponíveis os dados da DIPJ que permitiriam

a compilação das CEI.

O recebimento das informações do Imposto de Renda Pessoa

Jurídica - IRPJ referentes ao ano de 2004 possibilitou que a CEI,

refe-rente a esse ano, fosse estimada e passa a ser publicada completando

a série das CEI até 2006.

(10)

Introdução

E

sta publicação apresenta os resultados defi nitivos dos anos de

2006 e 2007 da Tabela de Recursos e Usos - TRU

2

, apresentada a

preços correntes e a preços constantes do ano anterior, para 56 classes

de atividades econômicas e 110 produtos, e das Contas Econômicas

Integradas - CEI para 2006. A série das CEI foi complementada, para o

ano de 2004, a partir do recebimento das informações da Declaração

de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ.

As informações apresentadas na TRU mostram os fl uxos de oferta

e demanda dos bens e serviços e, também, a geração da renda e do

emprego em cada atividade econômica. Os dados que compõem as CEI,

núcleo central do Sistema de Contas Nacionais, oferecem uma visão

de conjunto da economia e descrevem os fenômenos essenciais que

constituem a vida econômica: produção, consumo e acumulação,

forne-cendo ainda uma representação compreensível e simplifi cada, porém

completa, deste conjunto de fenômenos e das suas inter-relações.

Consta desta publicação um conjunto adicional de 22 Tabelas

Sinóti-cas, contendo os principais agregados anuais para a economia brasileira,

para o período de 2003 a 2007. Essas tabelas são construídas através das

informações provenientes, tanto das TRU, quanto das CEI

3

.

Os resultados das tabelas complementares permitem, ao leitor,

identifi car as principais grandezas macroeconômicas calculadas nas

Contas Nacionais do Brasil. Com essas tabelas, pode-se, para cada

2 Na publicação impressa, as TRU estão disponíveis na desagregação com 12 atividades econômicas

e 12 produtos. As TRU com 56 atividades e 110 produtos estão disponíveis no portal do IBGE, na Internet, no endereço: http://www.ibge.gov.br

3 A série completa das tabelas do Sistema de Contas Nacionais, desde 2000, é divulgada no CD-ROM

(11)

_____________________________________________________________

Sistema de Contas Nacionais 2003-2007

ano, obter as informações agregadas para o conjunto da economia nacional sobre

a magnitude do Produto Interno Bruto - PIB; a composição da oferta e da demanda

agregada; a geração, distribuição e uso da renda nacional; a acumulação de capital;

a capacidade ou necessidade de fi nanciamento; as transações correntes com o resto

do mundo; a composição do PIB, segundo as três óticas (produção, despesa e renda);

população, emprego, renda per capita; evolução da carga tributária; e outras

informa-ções sobre os agregados macroeconômicos.

A seguir, são descritas as cinco primeiras tabelas que sintetizam os resultados

das TRU. Elas facilitam a compreensão da articulação das Contas das Atividades

Econômicas (Tabelas de Recursos e Usos) com as Contas dos Setores Institucionais

(Contas Econômicas Integradas).

Tabela 1 - Economia nacional - Conta de bens e serviços. Apresenta os

agrega-dos de oferta e demanda da economia nacional, calculaagrega-dos anualmente. Esta tabela é

uma síntese das TRU, que contêm uma análise detalhada da oferta e da demanda dos

110 grupos de bens e serviços produzidos, importados e consumidos pelas 56 classes

de atividade econômica e pelas categorias de demanda fi nal. Nas CEI, apresentadas

em uma tabela-síntese com todos os setores institucionais para um ano determinado

e em tabelas por setor institucional onde são apresentados os dados referentes ao

período de 2000 a 2006.

Tabela 2 - Economia nacional - Contas de produção, renda e capital. Apresenta

os resultados utilizados na construção das contas de produção, da renda e de

acumu-lação. Seus resultados podem ser decompostos por atividade econômica e por setor

institucional, a partir das TRU e das contas econômicas (CEI e CES).

Tabela 3 - Economia nacional - Conta das transações do resto do mundo com

a economia nacional. Apresenta os valores relativos às transações efetuadas pelos

agentes econômicos residentes no País com os não residentes (defi nidos nas Contas

Nacionais como resto do mundo).

Como as operações nesta conta são registradas na perspectiva do resto do

mundo, as exportações brasileiras, assim como as demais receitas registradas no

Balanço de Pagamentos, são classifi cadas como usos dos agentes residentes no

exterior. As importações e demais despesas, dos agentes econômicos residentes no

Brasil, são consideradas como recursos do resto do mundo. Por esse motivo, esta

conta é considerada uma conta-espelho das Contas Nacionais, isto é, uma conta que

refl ete as transações do resto do mundo com a economia nacional.

Tabela 4 - Componentes do Produto Interno Bruto, sob as três óticas. Apresenta

a identidade básica das Contas Nacionais entre produção, despesa e renda.

Tabela 5 - Produto Interno Bruto, Produto Interno Bruto per capita, população

residente e defl ator. Esta tabela relaciona os agregados macroeconômicos

constituin-tes do PIB com a população para estimar a renda gerada anual per capita, medida a

preços correntes e a preços constantes do ano anterior.

Ao fi nal, será apresentado um conjunto de 17 tabelas (Tabela 6 a Tabela 22) com

detalhamento e complementação das informações contidas nas tabelas acima.

(12)

Introdução

____________________________________________________________________________________

A construção das contas econômicas consiste na montagem de uma sequência

de contas de fl uxos inter-relacionadas e, ao mesmo tempo, articuladas com as contas

de patrimônio (estoques), detalhadas segundo os setores institucionais

4

(empresas

fi nanceiras, empresas não fi nanceiras, administração pública, famílias e instituições

sem fi ns de lucro a serviço das famílias). Estas contas mostram, também, as relações

entre a economia nacional e o resto do mundo, e são apresentadas em três grandes

subconjuntos:

1. Contas correntes (produção, distribuição e uso da renda);

2. Contas de acumulação (capital e fi nanceira); e

3. Contas de patrimônio (ativos e passivos de abertura e fechamento).

As contas econômicas, atualmente publicadas para o Brasil, apresentam os

resultados das contas correntes e da conta de capital.

As informações contidas nas CEI permitem analisar a forma como os agentes

econômicos (cujos dados são organizados por setor institucional) participam na

ge-ração, apropriação, distribuição e uso da renda nacional; na acumulação de ativos

fi nanceiros e não fi nanceiros; e no fi nanciamento da economia nacional.

A forma como as contas econômicas são organizadas permite ao leitor uma

visão do conjunto da economia, pois apresenta a sequência das contas dos setores

institucionais do resto do mundo, e de bens e serviços. E nas tabelas por setor, a visão

específi ca de cada um e de seu comportamento nos últimos anos

5

. Este conjunto de

tabelas encontra-se na seção correspondente.

As CEI permitem a análise das operações econômicas por e entre os setores

institucionais (por coluna ou por linha do quadro) para um determinado ano. Por

outro lado, as Contas Econômicas de cada Setor - CES possibilitam a análise sobre a

evolução de cada setor a partir do ano de 2000.

Esta publicação está dividida em três seções, além desta introdução. A primeira

consiste em um breve panorama da economia brasileira em 2007, destacando os

prin-cipais indicadores econômicos do ano. Em seguida, são apresentados e comentados

os resultados das Contas Nacionais por atividade econômica e setor institucional.

Por fi m, um conjunto de 22 tabelas sinóticas detalha o Sistema de Contas Nacionais

brasileiro.

4 As unidades institucionais são unidades econômicas capazes de possuir ativos e contrair passivos por sua própria conta,

caracterizadas por autonomia de decisão e unidade patrimonial. Elas são grupadas para formar os setores institucionais, atendendo as suas funções, comportamento e objetivos principais.

(13)

Panorama da economia brasileira

A

economia brasileira, em 2007, apresentou expansão em volume

do Produto Interno Bruto - PIB de 6,1% em relação ao ano anterior.

Em valores correntes, o resultado alcançado foi de R$ 2 661 bilhões,

e o defl ator do PIB, 5,9%. Neste período, o PIB per capita atingiu

R$ 14 183,11.

O PIB registrou taxas crescentes e positivas ao longo de 2007,

mantendo a tendência de aceleração observada a partir do início de

2006. A comparação do PIB do primeiro trimestre de 2007 com o PIB

do mesmo trimestre de 2006 aponta um crescimento de 4,2%. O PIB

do quarto trimestre de 2007, por sua vez, quando comparado ao PIB

do quarto trimestre de 2006 registra um crescimento de 5,7%

6

.

O crescimento do PIB foi favorecido pelo ciclo de redução da

taxa básica de juros (S

ELIC

) iniciado em agosto de 2005 e

interrompi-do somente em setembro de 2007, quaninterrompi-do a S

ELIC

atingiu a taxa de

11,2% ao ano. Consequentemente, a média anual da taxa básica de

juros, em 2007, foi inferior à média observada em 2006 (12,0% ao ano

contra 15,3% ao ano, respectivamente), como pode ser observado no

Gráfi co 1.

(14)

_____________________________________________________________

Sistema de Contas Nacionais 2003-2007

Fonte: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA 2006-2007. In: IBGE. Sistema de Recuperação Automática - SIDRA. Rio de Janeiro, 2007. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/>. Acesso em: set. 2009.

Jan. Fev.

Abr. Abr.

Mar. MaioJun. Jul.Ago. Set. Out. Nov. Dez. Mar. MaioJun. Jul.Ago. Set. Out. Nov. Dez.

2006 2007

Gráfico 2 - Variação da taxa de inflação mensal medida pelo Índice Nacional de Preços

ao Consumidor Amplo - Brasil - 2006-2007

0,41 0,20 0,09 -0,18 0,23 0,23 0,37 0,28 0,45 0,47 0,35 0,28 0,34 0,27 0,52 0,20 0,30 0,35 0,71 0,38 0,21 0,07 % 0,59 0,36 Jan. Fev.

Em relação ao comportamento dos preços na economia, observa-se, no primeiro

semestre de 2007, uma pequena oscilação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor

Amplo - IPCA que, após apresentar uma variação máxima no mês de janeiro (0,47%),

apresenta quedas sucessivas até atingir sua variação mínima no mês de abril (0,21%),

ao que se segue um novo aumento da taxa até o mês de junho (0,34%). No segundo

semestre, o mês de setembro apresenta a menor variação no ano (0,20%). A partir de

então, a variação mensal do IPCA segue uma tendência de crescimento, atingindo a

taxa máxima do ano (0,71%) em dezembro, como pode ser observado no Gráfi co 2. A

infl ação, segundo o IPCA, acumulou 4,4% no ano, fi cando, portanto, bastante próxima

da meta de infl ação estabelecida pelo Comitê de Política Monetária - C

OPOM

, do Banco

Central do Brasil, em 4,5%. A comparação da média de preços de 2007 com a média

do ano anterior revela, porém, que o IPCA variou 3,7%.

Gráfico 1 - Meta da taxa de juros do Sistema Especial de Liquidação e Custódia

S

ELIC

- Brasil - 2006-2007

Fonte: Séries temporais. Mercados financeiros e de capitais. Indicadores do mercado financeiro. Taxas de juros. In: Banco Central do Brasil. SGS - Sistema Gerenciador de Séries Temporais. Brasília, DF [2009]. Disponível em: <https://www3.bcb.gov.br/sgspub/ localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries>. Acesso em set. 2009.

Jan. Fev. Abr Jan. Fev. . Abr . Mar . Mar .

Maio Jul. Maio Ju

l.

Jun. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jun. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

2006 2007 17,3 16,7 16,2 15,7 15,2 15,0 14,7 14,2 14,0 13,6 13,2 13,1 12,9 12,7 12,6 12,4 12,0 11,7 11,4 11,2 11,2 11,2 11,2 17,7 %

(15)

Panorama da economia brasileira

_________________________________________________________________

R$/US$

Gráfico 3 - Média mensal entre preço de compra e preço de venda do dólar

Brasil - 2006-2007

Fonte: Séries temporais. Setor externo. Taxas de câmbio. In: Banco Central do Brasil. Sistema Gerenciador de Séries Temporais - SGS. Brasília, DF, [2009]. Disponível em: <https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries. do?method=prepararTelaLocalizarSeries>. Acesso em: set. 2009.

Jan.

Fev. Mar. Abr. MaioJun. Jul.Ago. Set. Out. Nov. Dez. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul.Ago. Set. Out. Nov. Dez.

2006 2007 2,27 2,13 2,18 2,25 2,14 2,03 1,98 1,93 2,16 2,15 2,17 2,16 2,15 2,16 1,77 1,79 1,88 1,80 1,90 1,97 2,09 2,10 2,19 2,15 Jan.

Na análise por produto, observa-se que o grupo alimentos e bebidas apresentou

um crescimento de preços de 6,8% na média de 2007 contra a média de 2006, puxado,

principalmente, pela carne, pelo leite e pelo feijão. O grupo despesas pessoais,

com-posto por serviços como barbeiro, empregada doméstica, serviços bancários, cinema

e clubes, entre outros, apresentou crescimento de 7,1%, na mesma base de

compa-ração. Outros grupos que apresentaram aumento de preços foram vestuário (4,2%),

saúde e cuidados pessoais (4,8%) e educação (4,8%). O grupo artigos de residência,

com móveis e utensílios, aparelhos eletroeletrônicos e consertos e manutenções,

apresentou variação no sentido oposto, com queda de 2,6%

7

.

Em 2007, o real manteve a tendência de apreciação frente ao dólar. A média

da taxa de câmbio passou de R$ 2,18 para R$ 1,95 por dólar, entre 2006 e 2007, com

valorização de 10,5% (Gráfi co 3). Esse movimento favoreceu as importações,

principal-mente as de bens de consumo duráveis, mas reduziu a rentabilidade das exportações,

quando avaliadas em moeda doméstica.

O ano de 2007 apresentou recordes históricos tanto nas exportações (R$ 312 bilhões)

quanto nas importações (R$ 246 bilhões) de bens, gerando um saldo de R$ 66 bilhões

no ano, com queda de 27,0% em relação ao ano de 2006. As taxas de crescimento das

importações, em volume, porém, foram signifi cativamente superiores às das exportações

no ano. Entre os setores, o melhor desempenho anual nos preços tanto de exportação

quanto de importação, em termos de variação, foram registrados pelos produtos da

agricultura e da pecuária.

A taxa de câmbio real registrou valorização de 17,8% em relação a uma cesta de

13 moedas, entre dezembro de 2007 e o mesmo mês de 2006. O índice de rentabilidade

das exportações, calculado a partir da taxa de câmbio nominal média do mês (R$/US$)

corrigida pela relação entre o índice de preço das exportações totais e o índice de custo das

exportações, teve queda de 6,7% na mesma comparação (BOLETIM F

UNCEX

..., 2007)

8

.

7 Todas as variações informadas nesse parágrafo têm como base o conceito de média contra média, usualmente aplicado

nas Contas Nacionais.

8

A Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior - FUNCEX utiliza o Índice de Preços por Atacado - IPA, da Fundação Getulio Vargas - FGV, como defl ator para a taxa de câmbio.

(16)

_____________________________________________________________

Sistema de Contas Nacionais 2003-2007

A Tabela 1, a seguir, resume os resultados dos indicadores já comentados nesta

seção para os anos de 2006 e 2007 e acrescenta os de outras variáveis derivadas do

Sistema de Contas Nacionais, que serão analisados nas seções seguintes.

Tabela 1 - Principais indicadores da economia nacional

Brasil - 2006-2007

2006 2007 Variação em volume do PIB 4,0 6,1

Remuneração/PIB 40,9 41,3

Excedente operacional bruto + rendimento misto bruto/PIB 43,8 43,4

Poupança bruta/PIB 17,6 18,1

Poupança bruta/renda disponível bruta 18,0 18,5 Taxa de autofinanciamento (Poupança bruta/formação bruta

de capital fixo) 107,0 103,7 Taxa de investimento (formação bruta de capital fixo/PIB) 16,4 17,4 Necessidade de financiamento/PIB (-) 0,9 0,2 Carga tributária bruta (impostos + contribuições/PIB) (1) 34,1 34,7 Carga tributária líquida (impostos + contribuições - subsídios

- benefícios - transferências às IPSFL/PIB) (1) 19,3 19,9 Grau de abertura da economia (importações + exportações)/PIB 25,8 25,2

S

ELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) 15,3 12,0 Taxa de câmbio (R$/US$) 2,18 1,95

IPCA (2) 4,2 3,7

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais.

(1) Não inclui as contribuições sociais imputadas. (2) Média dos preços no ano, contra média do ano anterior. Principais indicadores

(17)

O

objetivo desta seção é apresentar uma síntese do desempenho

da economia brasileira no ano de 2007 sob a perspectiva dos

resultados do Sistema de Contas Nacionais. As informações contidas

nas Tabelas de Recursos e Usos - TRU fundamentam as análises que

envolvem as atividades econômicas e produtos, e os dados das contas

econômicas servem de base para o recorte por setor institucional.

Atividade econômica

Ótica da produção

Sob esta ótica, que mede a contribuição das atividades para a

geração do valor adicionado bruto

9

, o crescimento de 6,1% do Produto

Interno Bruto - PIB foi decorrente de um acréscimo de 6,1% dos serviços,

5,3% da indústria e 4,8% da agropecuária. Os impostos sobre produtos

(6,2%) cresceram mais que o valor adicionado bruto (5,8%), e dentre

estes os que mais aumentaram foram o imposto sobre as importações

(24,2%) e os impostos sobre o valor adicionado (7,9%).

Agropecuária – A agropecuária apresentou crescimento, em

vo-lume, de 4,8% no valor adicionado bruto, em relação ao ano de 2006,

que pode ser explicado, sobretudo, pelo desempenho da lavoura no

ano de 2007.

Na atividade agricultura, silvicultura e exploração florestal

observa-se um acréscimo, em volume, de 6,6 % no valor adicionado

bruto. Segundo a pesquisa Produção Agrícola Municipal 2007, do IBGE,

9

O valor adicionado bruto é sempre a preços básicos (exclui qualquer imposto e qualquer custo de transporte faturado separadamente e inclui qualquer subsídio sobre o produto)

Análise dos principais resultados

das Contas Nacionais

(18)

_____________________________________________________________

Sistema de Contas Nacionais 2003-2007

os principais produtos com crescimento expressivo no volume de produção em 2007

foram: trigo em grão (65,6%); algodão herbáceo (41,8%); milho em grão (22,2%);

cana-de-açúcar (15,1%); e soja (10,3%).

O valor adicionado bruto da atividade pecuária e pesca cresceu 1,0%, em

volu-me, no ano de 2007, taxa inferior aos 2,9% verifi cados em 2006. Apesar do aumento

dos efetivos de aves e suínos que registraram 11,5% e 2,2%, respectivamente, em

comparação com o ano anterior, houve uma redução de 3,0% no efetivo dos bovinos,

de acordo com os dados da Pesquisa da Pecuária Municipal 2007, do IBGE.

A variação da participação da atividade agropecuária no valor adicionado bruto

da economia (de 5,5%, em 2006, para 5,6%, em 2007) resulta, além do crescimento

em volume da atividade, da elevação de 8,8% dos preços médios praticados.

Indústria – O crescimento da Indústria é explicado, principalmente, pelo

desem-penho da atividade indústria de transformação, cujo aumento, em volume, foi de 5,6%

em 2007, contra apenas 1,0% em 2006. O crescimento do volume do valor adicionado

bruto da indústria de transformação foi mais generalizado: 28 das 34 atividades que

compõem a indústria de transformação apresentaram elevação em 2007, contra 22

atividades com desempenho positivo em 2006. As atividades industriais que mais se

destacaram foram: defensivos agrícolas (23,1%); outros equipamentos de transporte

(19,0%); máquinas e equipamentos inclusive manutenção e reparos (17,5%); e máquinas

para escritório e equipamentos para informática (14,3%). Além da fabricação de

máqui-nas e da fabricação de equipamentos para informática, outras indústrias relacionadas

com o investimento, também, tiveram desempenhos positivos, possibilitando um

aumento de 13,9% da Formação Bruta de Capital Fixo - FBCF: as atividades caminhões

e ônibus e automóveis, camionetas e utilitários cresceram, respectivamente, 14,9% e

10,8%, enquanto o valor adicionado bruto da atividade cimento, principal insumo da

construção civil, cresceu 9,2%.

A indústria extrativa aumentou 3,7% em 2007, tendo sido o único dos quatro

grupos da indústria (extrativa, transformação, Serviços Industriais de Utilidade

Públi-ca - SIUP e construção civil) a apresentar taxa de crescimento inferior à de 2006. Isso

ocorreu porque o valor adicionado bruto da atividade de extração de petróleo e gás

natural, que responde por 65,0% do valor adicionado bruto desse segmento, cresceu

apenas 1,5%, o que foi apenas parcialmente compensado pelo aumento da atividade

minério de ferro (11,9%). Ao menor crescimento em volume somou-se, ainda, um

au-mento de custos no segau-mento, o que fez com que a participação da indústria extrativa

no valor adicionado bruto total caísse de 2,9%, em 2006, para 2,3%, em 2007.

A atividade construção civil, por outro lado, manteve a trajetória de crescimento

iniciada em 2004. A atividade cresceu 4,9%, em 2007, e sua participação no valor

adi-cionado bruto total aumentou de 4,7% para 4,9%. Ambos os segmentos da construção

civil registraram elevação: a produção de “edifi cações”, impulsionada pelo aumento do

crédito imobiliário (BOLETIM..., 2007) e pela expansão

da renda das famílias, cresceu

5,9%, enquanto a produção de “outros produtos da construção”, que inclui grandes

obras de infraestrutura, registrou aumento ligeiramente inferior, de 5,0% no ano.

Serviços - Em 2007, o desempenho das atividades que constituem o grupo

Serviços no Sistema de Contas Nacionais superou o de 2006. Entre as 15 atividades

desse grupo, nove registraram variações em volume superiores às verifi cadas no

ano anterior. Estes resultados garantiram o crescimento, em volume, do seu valor

adicionado de 6,1% no ano. Por outro lado, o aumento dos preços, neste grupo (7,3%

no total do grupo), colaborou para o acréscimo de 13,9% no valor adicionado bruto

a preços correntes em 2007.

(19)

Análise dos principais resultados das Contas Nacionais

_______________________________________________

A atividade com a mais alta variação em volume, em 2007, foi a de serviços de

intermediação fi nanceira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

(15,1%), resultando em ganho de participação no valor adicionado bruto, no período,

(de 7,2% para 7,7%). A seguir, destacam-se os serviços de manutenção e reparação

que apresentaram um crescimento em volume de 8,9%. O dado mais expressivo nos

serviços de intermediação fi nanceira, seguros e previdência complementar e serviços

relacionados, que têm mantido uma trajetória de expansão a taxas crescentes nos

últimos três anos

10

, esteve diretamente relacionado à expansão do crédito

11

.

Educação mercantil, com variação anual em volume, de 0,9% e administração

públi-ca e seguridade social com 3,3%, foram as atividades com as menores variações positivas.

Ressalta-se, ainda, o comportamento das atividades de serviços domésticos (-0,9%) e de

educação pública (-3,3%) como as únicas a registrarem taxas negativas no ano.

Comércio - A atividade comércio registrou crescimento de 8,4% em volume,

em relação ao resultado obtido em 2006. A Tabela 2 mostra os resultados de 2007

para o comércio no Sistema de Contas Nacionais, com o valor adicionado bruto para

as atividades comércio ambulante e feirante, comércio de veículos, comércio de

produtos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e odontológicos, e comércio

atacadis-ta e varejisatacadis-ta. Em 2007, o valor adicionado bruto do comércio como um todo foi de

R$ 253 117 milhões a preços do ano anterior. A preços correntes, o valor adicionado bruto

da atividade foi de R$ 277 370 milhões, com os preços variando 9,6%. O Comércio de

veículos foi a atividade que apresentou maior crescimento do valor adicionado bruto no

ano (21,6%), enquanto o comércio ambulante e feirante manteve-se, praticamente, no

mesmo nível do ano de 2006.

10 As taxas de variação em volume do valor adicionado bruto de serviços de intermediação fi nanceira e seguros passaram

de 1,6 ponto percentual, entre 2005 e 2004, para 3,1 pontos percentuais, entre 2006 e 2005, e 6,6 pontos percentuais, entre 2007 e 2006.

11 De acordo com o Relatório Anual 2007 do Banco Central, “as operações de crédito do sistema fi nanceiro registraram

signifi cativa expansão em 2007, movimento consistente com a trajetória declinante das taxas de juros e com os desdobra-mentos, sobre decisões relativas a consumo e a investidesdobra-mentos, associados à consolidação da estabilidade da economia do país.” (BOLETIM..., 2007). Volume em variação (%) Valor corrente (1 000 000 R$) Total 8,4 277 370 Ambulante e feirante 0,0 14 734 Veículos 21,6 29 876

Produtos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e odontológicos 2,5 17 683 Atacadista e varejista 7,4 215 077 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais.

Valor adicionado bruto Atividade comércio

da atividade comércio - Brasil - 2007

Tabela 2 - Valor adicionado bruto e variação em volume,

Ao longo de 2007, os fatores que infl uenciaram positivamente o desempenho do

comércio como um todo foram a continuidade da expansão do crédito

[principalmen-te o crédito para aquisição de automóveis, com expansão do fi nanciamento próprio

das montadoras, e o crédito direcionado à construção civil, que afeta diretamente a

venda de materiais de construção (POLÍTICA..., 2008) e a depreciação do dólar frente

ao real, barateando os preços de importados.

(20)

_____________________________________________________________

Sistema de Contas Nacionais 2003-2007

Ótica da demanda

O PIB pela ótica da demanda é composto pela soma do consumo fi nal, do saldo

externo de bens e serviços (exportações menos importações) e da formação bruta

de capital. Esta última, por sua vez, decompõe-se em formação bruta de capital fi xo

e variação de estoques

12

.

O crescimento do PIB em 2007, sob a ótica da demanda, foi decorrente,

princi-palmente, do aumento de 5,8% da despesa de consumo fi nal em volume. O aumento

de 6,3% na despesa de consumo das famílias foi impulsionado pelo crescimento de

5,4% da massa salarial real, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE. Além

disso, houve uma elevação de 18,8%, em termos nominais, do saldo das operações

de crédito do sistema fi nanceiro com recursos livres para a pessoa física (POLÍTICA...,

2008). Também apresentaram crescimento, a despesa de consumo da administração

pública (5,1%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (13,9%), que foram, entre outros

fa-tores, positivamente afetadas por uma redução média de 6,0% no custo de importação

de bens capital. A queda da taxa de câmbio (-10,5%), porém, contribuiu para uma taxa

de crescimento das importações (19,9%) muito superior que a das exportações (6,2%)

e, portanto, para uma contribuição negativa do saldo externo de comercialização de

bens e serviços para o PIB em 2007. A despesa de consumo fi nal das instituições sem

fi m de lucro a serviço das famílias teve uma queda de 2,6% em 2007.

12 Para fi ns de análise, desconsidera-se, em geral, a variação de estoques, por se constituir de uma variação de um saldo,

sem poder explicativo.

Variação real anual (%) 2006 2007

Total 4,0 6,1

Despesa de consumo final 4,5 5,8 Despesa de consumo das famílias 5,3 6,3 Despesa de consumo da administração pública 2,6 5,1 Despesa de consumo das instituições sem fins de lucro a

serviço das famílias 1,7 (-) 2,6 Formação bruta de capital fixo 9,8 13,9 Exportação de bens e serviços 5,0 6,2 Importação de bens e serviços (-) 18,4 19,9 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais.

Componentes do Produto Interno Bruto pela ótica da despesa

Tabela 3 - Variação real anual dos componentes do Produto Interno Bruto

pela ótica da despesa - 2006-2007

Em 2007, a despesa de consumo fi nal teve um crescimento, em volume, de 5,8%.

Na análise pelos bens e serviços consumidos, destacam-se o consumo de serviços de

intermediação fi nanceira, seguros e previdência complementar, (14,7%), de produtos

da indústria de transformação (7,1%) e o consumo de eletricidade e gás, água, esgoto

e limpeza urbana (6,2%), que cresceram acima da média. Por outro lado, os produtos

da agropecuária e os serviços de informação registraram menor crescimento, com

0,7% e 2,1%, respectivamente.

Os produtos da agropecuária apresentaram maior aumento de preços (10,9%),

enquanto os serviços de intermediação fi nanceira, seguros e previdência

comple-mentar fi caram na outra ponta, com queda de 1,0% em seus preços, seguidos pela

atividade eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, com variação de 0,4%.

(21)

Análise dos principais resultados das Contas Nacionais

_______________________________________________

Os produtos com menor crescimento foram os da agropecuária (0,7%) e os

serviços de informação (2,1%). A agropecuária foi o grupo com maior aumento

de preços (10,9%). Os serviços de intermediação fi nanceira, seguros e previdência

complementar e serviços relacionados fi caram na outra ponta, com queda de 1,1%

em seus preços, seguidos pela atividade eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza

urbana, com aumento de 0,4%.

Em 2007, a Formação Bruta de Capital Fixo registrou a maior variação real para

o período entre 2003 e 2007 e se manteve pelo segundo ano consecutivo com uma

expansão superior aos demais componentes da demanda. O aumento em volume

de 13,9%, frente ao acréscimo de 4,7% no preço, levou a uma alta de 19,2% em valor

corrente. Com isso, a taxa de investimento (Formação Bruta de Capital Fixo - FBCF/

PIB) subiu 1,0 ponto percentual de 16,4%, em 2006, para 17,4%, em 2007.

O desempenho do investimento foi impulsionado por máquinas e equipamentos

que vem apresentando crescimento superior às demais categorias da Formação Bruta

de Capital Fixo desde 2004 e alcançou a proporção de 54,1% do total . Este segmento

obteve, no ano, elevação de 24,9% em valor dada a variação de 22,0% em volume e

2,4% em preço.

A construção civil, que abrange desde obras em infraestrutura a construções

residenciais, teve sua participação reduzida de 40,4%, em 2006, para 38,3% do total da

Formação Bruta de Capital Fixo, em 2007. O aumento de 13,0% em valor corrente

re-sultou de uma variação real de 5,5% e de uma elevação referente ao preço de 7,1%.

Entre 2006 e 2007, o grupo “outros produtos”

13

que complementa a Formação

Bruta de Capital Fixo, também, registrou perda de participação no total da Formação

Bruta de Capital Fixo de 7,9%, em 2006, para 7,6%, em 2007. Neste caso, a variação

nominal de 14,0% repetiu o movimento observado em 2006 em que a ampliação

decorreu em maior grau do preço que, em 2007, avançou para 9,9% enquanto que o

aumento em volume foi de 3,8%.

Em 2007, o resultado do Saldo Externo Corrente fi cou defi citário, após quatro

anos seguidos de superávit. O saldo negativo de R$ 6 592 milhões ocorreu,

principal-mente, devido à retração da balança de bens e serviços. Apesar de as exportações de

bens e serviços terem superado as importações em R$ 40 390 milhões, esse resultado

é 41,3% menor que o registrado em 2006 (R$ 68 778 milhões). Parte desse resultado

é explicado pela valorização cambial de 10,5% entre 2006 e 2007 e o dinamismo da

atividade econômica doméstica.

Em termos reais, as importações de bens e serviços cresceram 19,9%, enquanto

as exportações avançaram apenas 6,2%, gerando uma contribuição negativa do setor

externo para o PIB (-1,5%).

Os bens intermediários representam a maior parte das exportações e importações

brasileiras, com cerca de 70,0% do total. Em volume, os bens intermediários tiveram

au-mento de 6,7% (exportações) e 16,3% (importações), com ligeira queda nos preços. Nas

importações, todas as categorias de uso apresentaram forte alta em volume, com destaque

para bens de capital que cresceram 43,0%, indicando que o real valorizado favoreceu o

nível de investimentos em máquinas e equipamentos das atividades econômicas.

Nas exportações, os bens de capital também tiveram alta (8,4%), especialmente pelo

resultado da atividade outros equipamentos de transporte, impulsionado pela venda de

aeronaves; caminhões e ônibus; e material eletrônico e equipamentos de comunicações,

respondendo pela metade do valor total exportado para essa categoria de uso. A Tabela 4, a

seguir, detalha as exportações e importações de bens e serviços, por categoria de uso.

(22)

_____________________________________________________________

Sistema de Contas Nacionais 2003-2007

2006 Valor corrente Variação de volume (%) 2007 A preços constantes do ano anterior Variação de preço (%) 2007 Valor corrente Variação do valor (%) Exportação FOB 340 457 6,2 361 559 (-) 1,6 355 672 4,5 Bens de capital 34 796 8,4 37 723 (-) 2,3 36 861 5,9 Bens de consumo duráveis 14 446 (-) 0,4 14 391 (-) 8,3 13 199 (-) 8,6 Bens e serviços de consumo não duráveis 57 218 (-) 2,8 55 644 6,0 59 009 3,1 Bens de consumo semiduráveis 6 377 69,9 10 835 (-) 44,9 5 975 (-) 6,3 Bens e serviços intermediários 227 619 6,7 242 966 (-) 1,0 240 628 5,7 Importação FOB (1) 271 679 19,9 325 676 (-) 3,2 315 282 16,0 Bens de capital 26 183 42,9 37 428 (-) 5,9 35 231 34,6 Bens de consumo duráveis 7 022 59,9 11 231 (-) 8,4 10 287 46,5 Bens e serviços de consumo não duráveis 34 048 11,8 38 067 3,8 39 517 16,1 Bens de consumo semiduráveis 2 610 63,4 4 265 4,6 4 459 70,9 Bens e serviços intermediários 201 817 16,3 234 686 (-) 3,8 225 788 11,9 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais.

(1) Os valores totais das importações de bens incluem estimativas de contrabando e energia elétrica importada de Itai-pu. Comércio Exterior de bens correponde ao valor FOB (free on board).

Categorias de uso

Exportação e importação de bens e serviços (1 000 000 R$)

Tabela 4 - Exportação e importação de bens e serviços, segundo as categorias de uso

Brasil - 2006-2007

No ano de 2007 a variação de estoques foi de R$ 23,7 bilhões. As principais

os-cilações foram verifi cadas nos produtos da indústria de transformação, com destaque

para os produtos da atividade automotiva, em que a variação de estoque alcançou

R$ 6,1 bilhões, para os produtos da metalurgia e siderurgia (R$ 3,4 bilhões), para as

máquinas e equipamentos (R$ 3,0 bilhões), para os produtos químicos e derivados

(R$ 3,0 bilhões) e artigos de vestuário, couro e calçados (R$ 1,8 bilhão).

Ótica da renda

A expansão de 1,6% do número de ocupações apurada pelo Sistema de Contas

Nacionais, entre 2006 e 2007, correspondeu ao acréscimo de cerca de 1,5 milhão de novos

postos de trabalho

14

. Em termos absolutos, o grupamento de atividades serviços, com o

maior peso na oferta de empregos no País

15

, respondeu em grande parte por este resultado.

No entanto, em termos relativos, a indústria foi o grupo que se destacou com a ampliação

de 4,2% no número de vagas. Em contrapartida, a ocupação na agropecuária caiu 4,3%

(de 18,4 para 17,6 milhões). O comportamento da ocupação, segundo as atividades do

Sistema de Contas Nacionais, é apresentado na Tabela Sinótica 14 e revelou, nos dois

últimos anos ganhos de participação da indústria (de 19,5% para 20,1%) e de serviços (de

60,7% para 61,4%), em detrimento da agropecuária (de 19,7% para 18,6%).

O cenário favorável do mercado de trabalho no Brasil tem se sustentado não

ape-nas na manutenção da trajetória de expansão do emprego desde 2003. O crescimento

da formalização e o aumento real dos rendimentos recebidos pelos trabalhadores têm

se apresentado como determinantes qualitativos de uma melhora considerável das

con-dições de trabalho. Os resultados relativos ao emprego formal, em 2007, corroboraram

14 Em 2007, foram contabilizados 94,7 milhões de postos de trabalho na economia. 15

Entre 2006 e 2007, o número de ocupações do grupo de atividades serviços passou de 56,6 milhões para 58,1 milhões, correspondente a uma variação de 2,6%.

(23)

Análise dos principais resultados das Contas Nacionais

_______________________________________________

com este movimento e com um incremento de 4,3% das ocupações com vínculo

16

, bem

superior ao comportamento observado nas ocupações sem o vínculo formal: autônomos,

com variação de 0,1%; e empregados sem carteira com queda de 1,2%.

No que diz respeito aos rendimentos dos trabalhadores, que já vinham

assi-nalando acréscimos desde 2003, tanto a remuneração dos empregados quanto o

rendimento misto bruto apresentaram, em 2007, aumentos signifi cativos (13,5% e

13,1%, respectivamente).

A estrutura de repartição da renda gerada no processo de produção entre os

fatores capital, trabalho e administrações públicas não sofreu alteração signifi

cati-va em relação a 2006. Entre os componentes do fator trabalho, a remuneração dos

empregados representou 41,3% da renda, enquanto o rendimento misto, 9,0%. A

proporção da remuneração do fator capital, representado no excedente operacional

bruto, correspondeu a 34,4% e a relativa às administrações públicas, 15,2%. Contudo,

ressalta-se que a parcela da remuneração de empregados vem delineando uma

tra-jetória ascendente nos últimos três anos, refl etindo a evolução positiva do mercado

de trabalho no período. Os dados do Gráfi co 4 descrevem essa trajetória.

16

Em 2007, dentre os grupos e atividades divulgadas pelo Sistema de Contas Nacionais, a Indústria sobressaiu-se com a maior expansão no total de ocupações formais (6,0%) e neste segmento em particular, a indústria de extrativa mineral, com 9,8% e a construção, com 7,5%. Em serviços, onde o emprego com vínculo formal cresceu 4,1%, os destaques foram as atividades imobiliárias e aluguel (18,1%) e os serviços de informação (10,3%).

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais.

Gráfico 4 - Composição do Produto Interno Bruto pela ótica da renda

Brasil - 2003-2007

Remuneração dos empregados Excedente operacional bruto Rendimento misto bruto Impostos líquidos de subsídios sobre a produção e importação 2003 2004 2005 2006 2007 % 39,5 39,3 40,1 40,9 41,3 35,3 35,6 35,2 34,8 34,4 10,6 9,7 9,4 9,0 9,0 15,4 15,4 15,3 15,2 14,6

Contas econômicas

Procedimentos de elaboração

As contas econômicas registram, em cada linha, as operações econômicas,

saldos e agregados, que representam a sequência de equações que retratam o

fun-cionamento da economia nacional. Iniciando na geração da renda, passando pela

(24)

_____________________________________________________________

Sistema de Contas Nacionais 2003-2007

sua apropriação, distribuição e alcançando a utilização da renda nacional, quando se

estima o consumo e a poupança da economia. Em seguida, são registrados os fl uxos

relativos à acumulação de capital da economia, que permitem estimar a capacidade,

ou necessidade de fi nanciamento da economia.

Os fl uxos provenientes das equações de acumulação determinam o sentido

(aumento ou diminuição) da variação dos ativos e passivos, os quais, quando

articu-lados com os registros de estoque referentes às contas de patrimônio de abertura e

de fechamento da economia, permitem construir a conta de patrimônio da economia

nacional. Esta última conta permite integrar as contas de fl uxo (corrente e de

acumu-lação) com a conta de estoque (de patrimônio).

Na Conta Econômica Integrada - CEI, estes registros são descritos na coluna

central da tabela que representa todos os setores institucionais, de forma a tornar mais

simples a compreensão da leitura das operações e contas, por setor institucional. A

leitura desta tabela é feita a partir da coluna central

17

, segundo:

⇒ os valores registrados nas colunas situadas à esquerda da coluna central

indicam a utilização (usos menos diminuição) dada aos recursos, para cada

setor institucional; e

⇒ os valores registrados nas colunas situadas à direita da coluna central indicam

a origem (recursos menos aumento), para cada setor institucional.

As exportações da economia nacional são registradas à esquerda da coluna

cen-tral, por representarem operações de uso para o resto do mundo. Já as importações

da economia nacional são registradas à direita da coluna central, por constituírem

recursos para o resto do mundo.

Convém observar que na montagem da Tabela-síntese das CEI, as colunas de

bens e serviços (construídas nas TRU, por atividade econômica) são colunas que

funcionam como uma conta-espelho da conta dos setores institucionais. No lado dos

usos, aparece a oferta de bens e serviços, e no dos recursos, aparece a demanda de

bens e serviços.

Nas contas econômicas por setor institucional, cada tabela representa apenas

um único setor. As operações são registradas em uma coluna inicial e os usos e

recursos e suas respectivas operações passam a ser representados nas linhas. Com

essa organização é possível apresentar nas colunas os valores das operações para

os últimos anos.

O esquema apresentado, a seguir, mostra a desagregação das contas, por

ope-ração, para cada setor institucional.

Cada uma das contas de uma conta econômica (produção, geração, etc.) se

relaciona com a conta seguinte através de um saldo (com código B.x), que é o

resul-tado entre a diferença entre os recursos e usos de cada conta. Por exemplo, a conta

1, produção, se relaciona com a conta 2.1.1, geração da renda, através do valor

adi-cionado a preços básicos (B1) resultante da diferença entre o valor bruto da produção

a preços básicos e o consumo intermediário a preços de consumidor.

A conta de produção (conta 1) mostra o resultado do processo de produção,

consumo intermediário e seu saldo, o valor adicionado bruto.

17 Por convenção, o manual System of national accounts 1993 estabelece que as operações relacionadas com os débitos

(25)

Análise dos principais resultados das Contas Nacionais

_______________________________________________

A conta de distribuição primária da renda (2.1) subdivide-se em duas subcontas:

a conta de geração da renda (2.1.1) e a conta de alocação da renda primária (2.1.2). As

rendas primárias são rendas recebidas pelas unidades institucionais por sua

partici-pação no processo produtivo ou pela posse de ativos necessários à produção.

A conta de geração da renda mostra como se distribui o valor adicionado bruto

(saldo da conta 1) entre os fatores de produção trabalho e capital e as administrações

públicas. Esta conta registra, do ponto de vista dos produtores, as operações de

dis-tribuição diretamente ligadas ao processo de produção.

Contas econômicas integradas

) $ R 0 0 0 0 0 0 1 ( s e t n e r r o c s a t n o C ) $ R 0 0 0 0 0 0 1 ( s e t n e r r o c s a t n o C Usos Recursos

P.7 Importação de bens e serviços P.6 Exportação de bens e serviços P.1 Produção

P.2 Consumo intermediário D.21-D.31 Impostos, líquidos de subsídios, sobreprodutos

B.1 Valor adicionado

bruto/Produto interno bruto B.11 Saldo externo de bens e serviços

Contas Conta do resto do mun-do Conta de bens e servi-ços (recur-sos) 1. Produ-ção/conta externa de bens e servi-ços 1. Produ-ção/conta externa de bens e servi-ços Conta de bens e servi-ços (usos) Contas Operações e saldos Códigos Seto-res insti- tucio-nais 2.1.1. Geração da renda Registros correspon-dentes à Registros correspon-dentes à Seto-res insti- tucio-nais Conta do resto do mun-do

Contas econômicas integradas

) $ R 0 0 0 0 0 0 1 ( s e t n e r r o c s a t n o C ) $ R 0 0 0 0 0 0 1 ( s e t n e r r o c s a t n o C Usos Recursos D.1 Remuneração dos empregados D.2-D.3 Impostos, líquidos de

subsídios, sobre a produção e

B.2 Excedente operacional bruto B.3 Rendimento misto bruto

(rendimento de autônomos) 2.1.2. Alocação da renda primária Seto-res insti- tucio-nais Operações e saldos Contas Registros correspon-dentes à Códigos 2.1.1. Geração da renda Registros correspon-dentes à Contas Conta do resto do mun-do Conta do resto do mun-do Conta de bens e servi-ços (usos) Seto-res insti- tucio-nais Conta de bens e servi-ços (recur-sos)

(26)

_____________________________________________________________

Sistema de Contas Nacionais 2003-2007

A conta de alocação da renda registra a parte restante da distribuição primária

da renda, ou seja, as rendas de propriedade a pagar e a receber, bem como a

remu-neração dos empregados e os impostos, líquidos dos subsídios, a receber,

respecti-vamente, pelas famílias e administrações públicas. Esta conta centra-se nas unidades

institucionais residentes como recebedoras de rendas primárias mais do que como

produtoras, cujas atividades geram rendas primárias.

Contas econômicas integradas

) $ R 0 0 0 0 0 0 1 ( s e t n e r r o c s a t n o C ) $ R 0 0 0 0 0 0 1 ( s e t n e r r o c s a t n o C Usos Recursos D.4 Rendas de propriedade 2.1.2. Alocação da renda primária

B.5 Saldo das rendas primárias brutas/Renda nacional bruta

2.2. Dis-tribuição secundária da renda Alocação da renda primária Seto-res insti- tucio-nais Contas Conta do resto do mun-do Registros correspon-dentes à Contas Seto-res insti- tucio-nais Operações e saldos Códigos Conta do resto do mun-do Conta de bens e servi-ços (usos) Conta de bens e servi-ços (recur-sos) Registros correspon-dentes à

A conta de distribuição secundária da renda (conta 2.2) mostra a passagem

do saldo da renda primária de um setor institucional para renda disponível, após o

recebimento e pagamento de transferências correntes, exclusive as transferências

sociais em espécie. Essa redistribuição representa a segunda fase no processo de

distribuição da renda.

Contas econômicas integradas

) $ R 0 0 0 0 0 0 1 ( s e t n e r r o c s a t n o C ) $ R 0 0 0 0 0 0 1 ( s e t n e r r o c s a t n o C Usos Recursos D.5

Impostos correntes sobre a renda, patrimônio, etc. D.61 Contribuições sociais D.62 Benefícios sociais, exceto

transferências sociais em D.7 Outras transferências

correntes

B.6 Renda disponível bruta 2.3.

Redis-tribuição da renda em espécie 2.2. Dis-tribuição secun-dária da renda Conta de bens e servi-ços (usos) Conta do resto do mun-do Contas Registros correspon-dentes à Seto-res insti- tucio-nais Operações e saldos Códigos Seto-res insti- tucio-nais Contas Conta do resto do mun-do 2.2. Dis-tribuição secun-dária da renda Registros correspon-dentes à Conta de bens e servi-ços (recur-sos)

(27)

Análise dos principais resultados das Contas Nacionais

_______________________________________________

A conta de redistribuição da renda em espécie (conta 2.3) leva à fase seguinte do

processo de redistribuição da renda. Mostra como a renda disponível das famílias, das

instituições sem fi ns de lucro a serviço das famílias e das administrações públicas se

transforma em renda disponível ajustada, pela receita e pagamento de transferências

sociais em espécie. As empresas fi nanceiras e não fi nanceiras não estão envolvidas

nesse processo, por não receberem transferências em espécie.

A conta de uso da renda (conta 2.4) desdobra-se em conta de uso da renda

disponível (conta 2.4.1) e conta de uso da renda disponível ajustada pelo valor das

transferências em espécie (conta 2.4.2), de forma a explicitar a despesa de consumo

e o consumo efetivo dos setores.

Contas econômicas integradas

) $ R 0 0 0 0 0 0 1 ( s e t n e r r o c s a t n o C ) $ R 0 0 0 0 0 0 1 ( s e t n e r r o c s a t n o C Usos Recursos

B.6 Renda disponível bruta

P.4 Consumo final efetivo P.3 Despesa de consumo final D.8 Ajustamento pela variação

das participações líquidas das famílias nos fundos de pensões, FGTS e PIS/PASEP

B.8 Poupança bruta B.12 Saldo externo corrente B.6 Renda disponível bruta

P.3 Despesa de consumo final P.31 Despesa de consumo final

indivuidual

P.32 Despesa de consumo final coletiva

D.8 Ajustamento pela variação das participações líquidas das famílias nos fundos de pensões, FGTS e PIS/PASEP

B.8 Poupança bruta B.12 Saldo externo corrente B.6 Renda disponível bruta B.7 Renda disponível bruta

ajustada

Ajustamento entre S7 e S6 P.4 Consumo final efetivo P.41 Consumo final efetivo P.42 Consumo final efetivo coletivo D.8 Ajustamento pela variação

das participações líquidas das famílias nos fundos de pensões, FGTS e PIS/PASEP

B.8 Poupança bruta B.12 Saldo externo corrente

2.4.1 Uso da renda nacional dispo-nível 2.4.1 Uso da renda nacional dispo-nível 2.4.2 Uso da renda nacional dispo-nível ajustada 2.4.2 Uso da renda nacional dispo-nível ajustada 2.4. Uso da renda 2.4. Uso da renda Registros correspon-dentes à Contas Conta do resto do mun-do Conta do resto do mun-do Conta de bens e servi-ços (usos) Registros correspon-dentes à Seto-res insti- tucio-nais

Códigos Operações e saldos

Seto-res insti- tucio-nais Contas Conta de bens e servi-ços (recur-sos)

(28)

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Sistema de Contas Nacionais 2003-2007

A conta de uso da renda disponível tem como objetivo mostrar como as

fa-mílias, as instituições sem fi ns de lucro a serviço das famílias e as administrações

públicas alocam sua renda disponível em consumo e poupança. A partir da renda

disponível bruta, as despesas de consumo aparecem sendo realizadas pelos setores

que efetivamente despenderam os recursos. As despesas de consumo individual das

administrações públicas e das instituições sem fi ns de lucro a serviço das famílias são

as relativas às transferências sociais em espécie para as famílias.

A conta de uso da renda disponível ajustada parte da renda disponível ajustada,

onde as transferências sociais foram recebidas, pelas famílias, das administrações

públicas e das instituições sem fi ns de lucro a serviço das famílias. Assim, o consumo

das famílias está acrescido das transferências sociais em espécie a fi m de se registrar

o consumo fi nal efetivo.

A poupança, que é o saldo da conta de uso da renda, não se altera em função

de seu desdobramento.

A poupança que é o saldo fi nal das operações correntes constitui,

naturalmen-te, o ponto de partida da contas de acumulação. A conta de capital, primeira deste

conjunto, registra as operações relativas às aquisições de ativos não fi nanceiros e

às transferências de capital que implicam em redistribuição de riqueza; seu saldo é a

capacidade/necessidade líquida de fi nanciamento.

Contas econômicas integradas

Variações de ativos

B.8 Poupança bruta B.12 Saldo externo corrente

P.51 Formação bruta de capital fixo P.52 Variação de estoques K.2 Aquisições líquidas de cessões

de ativos financeiros não-produzidos D.9 Transferências de capital a receber D.9 Transferências de capital a pagar B.9 Capacidade (+) / Neces-sidade (-) líquida de financiamento B.10.1 Variações do patrimônio líquido resultantes de poupança e da transferência de capital

Variações de passivos e patri-mônio líquido Contas de acumulação (1 000 000 R$) Contas de acumulação (1 000 000 R$) 3.1. Capital 3.1. Capital Contas Registros correspon-dentes à Seto-res insti- tucio-nais Códigos Conta do resto do mun-do Operações e saldos Seto-res insti- tucio-nais Registros correspon-dentes à Contas Conta do resto do mun-do Conta de bens e servi-ços (usos) Conta de bens e servi-ços (recur-sos)

Referências

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