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A DEMOCRACIA NO SISTEMA ESCOLAR

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Academic year: 2021

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ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENA INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA – ISE

CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR

8,5

A DEMOCRACIA NO SISTEMA ESCOLAR

VANDA APARECIDA DE SANTANA RUPOLO Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo

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ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENA INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA – ISE

CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR

A DEMOCRACIA NO SISTEMA ESCOLAR

VANDA APARECIDA DE SANTANA RUPOLO Orientador: Ilso Fernandes do Carmo

“Trabalho apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Especialização em Gestão Escolar”

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ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENA INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA – ISE

CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR

BANCA EXAMINADORA

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Desde a concepção, dependemos do outro, somos seres sociais, incapazes de viver isolados, nos distinguimos das outras espécies pela consciência, necessitamos do que nos cercam para nos auto-realizar.

Acima de tudo, agradeço a Deus pelo dom da vida, pro me proporcionar condições para esta realização.

A minha família, pelo apoio e compreensão.

Ao professor Vanderlei Carvalho por me orientar, apresentar sugestões e fornecer materiais.

Enfim, agradeço a todas as pessoas que, de uma forma ou de outra, me ajudaram, pois tudo se torna mais fácil quando nos sentimos apoiados no meio em que vivemos.

A Deus, nosso supremo criador, por me dar forças na realização de mais um trabalho.

Aos meus súditos, motivo principal da necessidade de me aperfeiçoar na área educacional.

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APRESENTAÇÃO

O objetivo da presente pesquisa foi entender com amplicidade a importância da ação democrática no sistema escolar, bem como verificar as concepções de democracia, gestão democrática e participação de seis professores entrevistados. Para a coleta de dados utilizamos de um questionário com perguntas abertas para seis professores de duas escolas municipais do município de juara. Constatamos que a grande maioria dos entrevistados concebe a democracia como a garantia de poder de expressão, escolha e participação. Concebem gestão democrática como o direito de participação e gestionar. Concebem participação como a forma de darmos sugestões, cumprir e exigir que nossas decisões sejam válidas de uma forma responsável. Enfatizam que o sistema escolar deve estar garantindo a participação de todos com direitos iguais e voz ativa nas decisões. Colocam que a construção da democracia se passa pela conversa, pelo debate, pela valorização de todos os profissionais, onde cada um deve ter consciência de suas responsabilidades. Enfatizam que é preciso que se busque desenvolver atividades coletivas, criativas e de valorização de todos os envolvidos no trabalho pedagógico da escola. Enfatizam também que há muitos fatores que interferem na democracia, como o individualismo, a falta de compromisso e profissionalismo por parte de alguns profissionais, que não buscam objetivos comuns.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...07

1.0 CAPÍTULO I – REVISÃO TEÓRICA...10

1.1 – Breve histórico da democracia...10

1.2 – A administração escolar numa perspectiva democrática...12

1.3 – O conceito de administração escolar e seus paradigmas...13

2.0 CAPÍTULO II – O CONCEITO DE GESTÃO E SEUS PRINCÍPIOS...16

2.1 – A administração e a gestão da escola...17

2.2 – O conceito de participação e seus níveis...19

2.3 – A importância do projeto político pedagógico para a administração/gestão da escola e seus princípios norteadores...20

3.0 CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS...25

3.1 – Conceito de democracia...25

3.2 – Conceito de gestão democrática...26

3.3 – Conceito de participação...26

3.4 – Importância da democracia no sistema escolar...27

3.5 – Caminhos para a construção da democracia...28

3.6 – Problemas enfrentados para a implantação da democracia...28

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3.8 – Importância do projeto político pedagógico...29

3.9 – Fatores que interferem na democracia escolar...30

3.10 – Conseqüências onde não há gestão democrática...30

CONSIDERAÇÕES FINAIS...32

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...34

ANEXOS...36 06

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho é parte integrante do curso Especialização em Gestão Escolar, do Instituto Superior de Educação do Vale do Juruena, Associação Juinense de Ensino Superior do Vale do Juruena.

A participação é um direito e um dever de todos que integram uma sociedade democrática, ou seja, participação e democracia são dois conceitos estreitamente associados. Nesse contexto é possível examinar o papel histórico da educação e do conhecimento científico e geral.

Assim, a escola como instituição social tem a possibilidade de construir a democracia como forma política de convivência humana.

É neste sentido que nos aventuramos nessa pesquisa onde procuramos entender com amplicidade a ação democrática no sistema escolar bem como a sua construção e os problemas para implantá-la.

Os sujeitos da presente pesquisa foram professores da Rede Municipal de Ensino de Juara. Realizamos a coleta de dados em duas escolas, com a aplicação de um questionário com perguntas abertas.

O capítulo I enfatiza resumidamente um breve histórico da democracia. Enfatiza também a administração escolar numa perspectiva democrática, bem como o conceito de administração escolar e seus paradigmas.

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No capítulo II apresentamos e abordamos o conceito de gestão e seus princípios, bem como a administração e a gestão da escola. Abordamos também o conceito de participação e seus níveis e a importância do projeto político pedagógico para a administração/gestão da escola e seus princípios norteadores.

No capítulo III apresentamos a análise e discussão dos dados, onde os entrevistados colocam suas concepções de democracia, gestão democrática e participação. Enfatizam também, a importância da democracia no sistema escolar, bem como os caminhos para a sua construção e os problemas para sua implantação. Abordam também a importância do projeto político pedagógico e os fatores que interferem na democracia escolar.

Mediante a pesquisa de campo verificamos e analisamos que os entrevistados conhecem democracia como a garantia de poder de expressão, escolha e participação de cada cidadão dentro da sociedade em que vivem.

Concebem a gestão democrática como o direito de participar e gestionar junto com os representantes da qual escolhemos.

Concebem a participação quando damos sugestões, cumprimos e exigimos que nossas decisões sejam válidas de uma forma responsável.

Enfatizam que a importância da democracia no sistema escolar é de estar participando onde todos têm direitos iguais e voz ativa nas decisões.

Vêem que os caminhos para a construção da democracia na escola se dão pela conversa, debate, pela valorização de todos os profissionais, exigindo-se o respeito a todos e o cumprimento das obrigações, bem como cada um ter ciência de sua responsabilidade dentro do processo.

Dizem que todos têm que ter consciência de seus deveres e procurar cumpri-los. Colocam que há comodismo por parte de alguns e resistência por parte de outros.

Para que haja participação de todos falam que é preciso que se busque desenvolver atividades coletivas, criativas e de valorização de todos os envolvidos no processo ensino aprendizagem e da escola como um todo.

Colocam que o projeto político pedagógico é uma referência e sustentação de todo o trabalho desenvolvido na escola.

Enfatizam que muitos fatores interferem na democracia, como o individualismo, falta de compromisso e profissionalismo por parte de alguns profissionais,

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não buscando objetivos em comun.

Colocam que onde não há gestão democrática, o autoritarismo impera, criando um clima de descontentamento e desentendimento entre os pares.

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1.0 CAPÍTULO I – REVISÃO TEÓRICA

1.1 – BREVE HISTÓRICO DA DEMOCRACIA

A democracia é um conceito antigo e uma prática recente. As suas origens destinam-se à Grécia Antiga e sua prática ao século ao século XVIII. Segundo Chauí, apud Aranha e Martins (1996, p. 182):

“A palavra democracia vem do grego demos (povo) e kratia, de krastos (governo, poder, autoridade). Os atenienses são o primeiro povo a elaborar teoricamente o ideal democrático, dando ao cidadão a capacidade de decidir os destinos da polis (cidade-estado grego). O ideal democrático reaparece na história, com diferentes roupagens, ora no liberalismo, ora nos ideais socialistas. O seu exercício traz no bojo as idéias de conflito, abertura e rotatividade”.

Existem movimentos populares no sentido mais abrangente de lutas populares desde que o continente americano foi colonizado desde o início dos processos de dominação. Sempre houve lutas de resistência, lutas populares, mas no sentido mais recente, a década de 70 é um marco da emergência dos chamados novos movimentos sociais.

Estes movimentos emergiram no contexto das ditaduras militares na América Latina e foram um espaço de resistência, sobretudo, dos mais pobres, das classes populares na reivindicação pelo direito à sobrevivência. Esses movimentos se organizaram, num primeiro momento, pela defesa dos direitos de sobrevivência, reivindicaram água, luz, direito à escola, direito à creche, e ao mesmo tempo exerciam uma resistência política ao processo de perseguição instalado pelas ditaduras, sobretudo, na inspeção dos movimentos de direitos humanos.

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No final dos anos 70, esses movimentos populares, na medida em que começaram a se assimilar, se articular, superaram obstáculos e começaram a construir articulações, cumprindo um papel extremamente importante nos processos de redemocratização nesses países.

No início dos anos 80, esses movimentos passaram por um processo de transformação extremamente importante que é a passagem do movimento da posição de política pública, ou seja, forma-se a consciência nesses movimentos de que não era suficiente lutar por uma escola, por uma creche, por um espaço. Era necessário conquistar políticas públicas que permitissem um acesso universal a esses direitos.

Embora estejam notavelmente disseminados no mundo moderno e seja difícil encontrar argumento doutrinário contrário a elas que mereçam consenso, em muitas áreas do mundo as idéias democráticas não são postas em prática pelos sistemas políticos.

A essência da democracia como sistema político reside na separação e na independência dos poderes fundamentais do estado – legislativo, executivo e judiciário – bem como em seu exercício, em nome do povo, por meio das instituições que dele emanam.

Mesmo que, historicamente a democracia tenha surgido para garantir o exercício das liberdades públicas diante do poder irrestrito do estado, os sistemas democráticos também consagram uma série de deveres sociais que todos os cidadãos são obrigados a cumprir. Esse deveres incluem, basicamente, uma prestação pessoal de serviço – como o serviço militar, ou serviços civis que o substituíram em todas as circunstancias ou em casos de emergência – e uma contribuição econômica que se traduz, sobretudo, na aceitação e no cumprimento da obrigação de pagar impostos votados pelos representantes do povo no parlamento. Os deveres dos cidadãos baseiam-se na obrigação jurídica geral relativa ao acatamento das leis – a democracia como situação de “império da lei” – e na obediência à autoridade no legítimo exercício de suas funções, isto é, na medida em que sua atuação se ajustar ao que foi legalmente estabelecido e aprovado pelos representantes populares.

Numa democracia todos podem concordar ou discordar e debater os problemas até chegar a um certo consenso. Este debate precisa ser conduzido com civilidade, deverá haver respeito pelas diferentes opiniões e um envolvimento construtivo.

O processo democrático pode assegurar a participação das pessoas envolvidas e seu conseqüente comprometimento com as decisões tomadas. Uma segunda razão para a

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escola incorporar o espírito democrático é que os valores de inclusão, justiça, participação e diálogo essenciais à democracia, também são inerentes às escolas efetivas.

1.2 – A ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR NUMA PERSPECTIVA DEMOCRÁTICA

A organização escolar de uma forma geral sempre foi estruturada pela sociedade capitalista procurando a manutenção das relações sociais de produção, refletindo as divisões sociais existentes, com tendência a perpetuá-las e acentuá-las, enfatizando, assim, a manutenção do poder da classe dominante. Snyders (1977, p. 105-106) afirma que:

“A escola não é feudo da classe dominante; ela é terreno de luta entre a classe dominante e a classe explorada, ela é o terreno em que se defrontam as forças do progresso e as forças conservadoras. O que lá se passa reflete a exploração e a luta contra a exploração. A escola é simultaneamente reprodução das estruturas existentes, correia de transmissão da ideologia oficial, domesticação – mas também ameaça à ordem estabelecida e possibilidade de libertação. O seu aspecto reprodutivo não a reduz a zero: pelo contrário, marca o tipo de combate a travar, a possibilidade desse combate, que ele já foi desencadeado e que é preciso continuá-lo. É esta dualidade, característica da luta de classes, que institui a possibilidade objetiva de luta”.

Portanto, a escola não é apenas agencia que se reproduz as relações sociais, mas um espaço em que a sociedade produz os elementos da sua própria contradição. A escola é arena onde os grupos sociais lutam por legitimidade e poder.

A escola é um espaço de livre circulação de ideologia onde as classes dominantes espalha suas concepções, ao mesmo tempo que permite a ação dos intelectuais orgânicos rumo ao desenvolvimento da práticas educacionais em busca da democratização.

A escola como uma instituição que deve procurar a socialização do saber, da ciência, da técnica e das artes produzidas socialmente, deve estar comprometida politicamente e ser capaz de interpretar as carências reveladas pela sociedade, direcionando essas necessidades em função de princípios educativos capazes de responder às demandas sociais.

A questão da democratização da escola tem sido analisada sob três aspectos, de acordo com a percepção dos órgãos oficiais ou na perspectiva dos educadores, especialmente daqueles que fazem uma análise mais crítica do processo educacional: democratização como ampliação do acesso à instituição educacional; democratização dos processos pedagógicos e democratização dos processos administrativos.

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Os órgãos oficiais entendem a democratização do ensino como a facilidade de acesso à escola pelas camadas mais pobres da população. Para tal, desenvolvem programas que têm como principal objetivo o aumento do número de vagas com a construção de salas de aula e escolas, garantindo o seu discurso de universalização do ensino. No entanto, vemos na prática que tudo isso não acontece. Os mesmos não atentam para as condições mínimas necessárias para a efetivação desse processo democrático, não oferecendo salário digno aos professores e condições de trabalho favoráveis ao ensino e à aprendizagem.

Os educadores encaram a democratização como o desenvolvimento de processos pedagógicos que permitam a permanência do educando no sistema escolar através de ampliação de oportunidades educacionais. Também passa pelas mudanças nos processos administrativos no âmbito do sistema escolar, vislumbradas através da participação de professores e pais nas decisões tomadas, eleições para cargos diretivos, assembléias e eliminação das vias burocráticas.

1.3 – O CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO E SEUS PARADIGMAS

Historicamente, a teoria administrativa do século XX desenvolveu-se através de três escolas: a clássica, a psicossocial e a contemporânea.

A escola clássica se deu no bojo da consolidação da Revolução Industrial no início deste século e foi representada por meio de três movimentos: a administração científica de Taylor, a administração geral de Fayol e a administração burocrática originada de uma disfunção da racionalidade de Weber.

Taylor estabeleceu o controle do trabalho como essencial para a gerencia, produzindo uma nova forma de organização em que havia a necessidade de um trabalho responsável pelo planejamento e controle das atividades: o administrador, cuja ação passou a garantir ao capitalista um poder maior sobre os trabalhadores. Paro (1997, p. 65) explica que:

“[...] embora com matizes variadas, que servem para encobri suas reais dimensões e visam atender às necessidades de justificação ideológica do momento, a gerencia enquanto controle do trabalho alheio, através da apropriação do saber e do cerceamento da vontade do trabalhador, encontra-se permanentemente presente na teoria e na prática da administração em nossa sociedade, perpassando as diferentes escolas e correntes da administração neste século”.

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O segundo movimento da escola clássica aponta como bases para a teoria da administração, segundo Henri Fayol (1981), os princípios da divisão do trabalho, autoridade, disciplina, unidade de comando, unidade de direção, subordinação de interesses individuais aos interesses, remuneração, centralização, hierarquia, ordem, equidade, estabilidade no quadro de pessoal, iniciativa, espírito de solidariedade e lealdade que constituem um dos modelos da estrutura capitalista. Félix (1984), diz que a integração entre o saber técnico e a forma de organização do processo produtivo permite a combinação, no interior da empresa capitalista, do processo de desvalorização do trabalhador, da automização dos produtos com a subordinação de seu produtor.

No terceiro movimento da escola clássica da administração burocrática, como uma disfunção do princípio de racionalização elaborada por Max Weber.

A organização do trabalho e do capital na estrutura burocrática reforça a separação entre planejamento e execução, trabalho manual e intelectual, intensificando a dominação do capital sobre o trabalho, dada a sua extensão a todos os níveis da atividade humana.

A eficiência é o critério administrativo desta escola, que significa a capacidade real de produzir o máximo com o mínimo de recursos, energia e tempo, ou seja, a produtividade. Sander (1982, p. 11) diz que: “é eficiente aquele que produz o máximo com o mínimo de desperdício de custo e de esforço, ou seja, aquele que na sua atuação apresenta uma elevada relação produto/insumo”.

Para se contrapor ao critério da eficiência econômica trazida pela escola clássica de administração, surge a escola psicossocial, a partir de 1920, baseada no movimento das relações humanas da Mayo, Roethliesberger e Dickson e no comportamento administrativo de Barnard e Simon. Sander (1982, p. 09) explica que:

“os protagonistas da escola psicossocial concebem a organização como um sistema orgânico e natural, em que a administração se preocupa com a integração funcional de seus elementos componente à luz do critério de eficácia técnica aliada ao da eficiência técnica”.

Esta escola continua insistindo na ordem, no equilíbrio, na harmonia, na integração, enfim, no consenso em função dos objetivos organizacionais da sociedade.

No sistema educacional, a eficácia da administração preocupa-se com a consecução dos objetivos intrinsecamente vinculados aos aspectos pedagógicos propriamente

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ditos e a capacidade administrativa será medida pelo alcance dos objetivos educacionais propostos.

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2.0 CAPÍTULO II – O CONCEITO DE GESTÃO E SEUS PRINCÍPIOS

Entende-se que o processo de gestão escolar passou por mudanças com o objetivo de melhorar a educação, porém em algumas etapas não tem contribuído com o rendimento escolar, por ser uma administração rígida, onde os pais e alunos não tinham oportunidades de participar dando suas opiniões, formando assim uma sociedade com suas criatividades reprimidas e sem iniciativas.

Sabe-se que em primeiro lugar a estrutura física da escola precisa ser de boa qualidade e o currículo a ser administrado seja acolhedor. É preciso que toda a comunidade escolar tenha a sua participação com bom empenho, e para que isso ocorra é necessário que o diretor age como educador preocupado com o bem estar e a formação do aluno, e como o administrador; planejar, organizar o trabalho, coordenar e avaliar.

A educação é um trabalho em conjunto, onde há participação dos professores, diretores, e demais funcionários da escola para que se torne produtiva.

Segundo Dias (1998), a gestão democrática é a mais valorizada atualmente, pois o bom diretor é sempre preocupado em auxiliar os outros participantes colhendo sugestões, idéias e contribuições espontâneas. Não executando uma decisão sem se certificar se foi bem compreendida e aceita por todos, pois a participação do grupo é uma garantia de identificação de todos com o trabalho a ser realizado.

A preocupação da escola hoje é conquistar o apoio da comunidade, sendo que a primeira é construir uma imagem adequada, onde todos se sentem bem acolhido.

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É preciso ter um trabalho inovador, pois a rotina paralisa o trabalho escolar. A escola que persiste com o mesmo procedimento sem se preocupar em se aperfeiçoar, acaba realizando um trabalho não agradável e inadequado.

Há escolas que se destacam pelo bom trabalho realizado. Constata-se que essas escolas romperam com a rotina escolar, criando um clima de entusiasmo e confiança, dando o melhor de si para que o programa planejado seja alcançado com êxito, tornando-se um lugar de encontro e realização de projetos em benefício da aprendizagem, ao invés de um lugar de compadecimento obrigatório. Sabe-se que é necessário por em prática uma nova educação para uma participação de responsabilidade e ativa, para isto é importante a discussão sobre os métodos educativos para formar pessoas atuantes, participativas e responsáveis.

Para ocorrer um processo de ensino de qualidade é necessário que crie um projeto de articulação da escola com a família e a comunidade, no sentido de criar procedimentos de integração de sociedade e a escola deve ainda informar os pais ou responsáveis não só das freqüências e rendimentos dos alunos, mas também sobre a execução de propostas pedagógicas.

É através desta articulação que a escola irá desenvolver o seu projeto de preparo básico do cidadão criando vínculo de solidariedade humana no sentido de compreender o ambiente material e social e os valores em que se fundamenta a sociedade.

Não basta planejar e participar, é preciso trabalhar ativamente com a aceitação de todos dentro e fora da escola.

2.1 – A ADMINISTRAÇÃO E A GESTÃO DA ESCOLA.

Os estudos e as teorias de administração que se colocaram para a educação no Brasil, nos últimos anos surgiram com o desenvolvimento da sociedade capitalista e especialmente com os avanços da industrialização. Com o surgimento da máquina, com a divisão do trabalho em tarefa e, conseqüentemente desqualificação do profissional tradicional, surge o trabalho coletivo. Administrar trata-se de organizar e controlar o trabalho coletivo para o alcance das metas da organização. “Desta feita, a administração na prática pode ser vista como dois campos que se interpenetram e interdependem: a racionalização do trabalho, a coordenação e articulação do esforço humano coletivo”. (PARO, 1986, p.19).

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Hoje, mais do que nunca, exige-se e se espera que as pessoas tenham uma leitura crítica de mundo, uma visão de totalidade, uma percepção de que nada está acabado, pronto e isolado, mas tudo se encontra, conectado, em processo, em mudança constante, exigindo em contrapartida, buscas de soluções globalizadas e interdisciplinares dos problemas, melhoria na qualidade dos serviços educacionais de modo geral e da formação básica de modo particular. Se de um lado o quadro nos mostra que se deve apostar e considerar a capacidade de cada pessoa para a construção do conhecimento, na condição de agente, de sujeito que pensa, age, faz acontecer, reflete. (Bussmann, 1995). Por outro lado, cada vez mais se evidencia que, se o indivíduo quiser uma sociedade que o valorize como pessoa e como cidadão, isso não será conseguido sem sua participação ativa no projeto de gestão dessa construção. Participação não no sentido de fazer parte, mas no sentido de tomar parte, tomar partido, decidir e fazer com que a decisão seja cumprida. O processo pedagógico é fundamentalmente participativo porque só se aprende quando se participa. E a gestão democrática é condição para a vivência projeto político pedagógico nessa perspectiva de encaminhamento.

Para a concretização dessa tarefa tem papel fundamental a ação administrativa da escola. E prática democrática da escola apesar de parecer o caminho mais árduo e longo é o melhor caminho porque se faz com que as decisões sejam precedidas de discussão e busca de saídas envolventes.

Observando o quadro acima verifica-se que a administração escolar não escapa da questão filosófica e política e de seu exercício. Como diz Bussmann (1995, p. 42-43):

“O poder não é necessariamente bom ou mau por si. Torna-se uma coisa ou outra coisa em razão dos valores que preconiza, em detrimento de outros. Assim é impossível separar uma teoria e uma prática administrativa de uma teoria e uma prática pedagógica. Administrar é educar ou deseducar e não há meio termo”.

Pois o conceito de organização interna da escola abrange: a divisão da autoridade necessária à tomada, aplicação e manutenção das decisões de qualquer tipo, a comunicação subjacente do processo decisório (Rocha, 1986, p. 63) que ao seu turno, na prática, trazem subjacente, concepções de mundo, de pessoa, de sociedade e de teorias pedagógicas, pelo menos minimamente coerente entre si.

Disso tudo decorre que o planejamento na perspectiva de gestão democrática deve ser também democrático, portanto, participativo. Como entender a participação no processo da administração da escola?

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2.2 – O CONCEITO DE PARTICIPAÇÃO E SEUS NÍVEIS

No dizer de Bordenave (1983, p. 22) a origem da palavra participação vem de parte, fazer parte, ter parte, é possível fazer sem tomar parte. Mesmo dentro da participação ativa (tomar parte), existe diferença na qualidade de sua participação: uns professam lealdade comprometida com sua organização, outro não. A prova de fogo da participação não é o quanto se toma parte, mas como se toma parte. Como cada um participa nos grupos primários como família, grupos de amizade, vizinhança, nos grupos secundários como associações, sindicatos, empresas; nos grupos terciários como partidos políticos, movimentos de classe. Ainda segundo Bordinave (1983, pp. 64-74):

“Existe a participação simbólica em que os membros do grupo têm influência mínima (simbólica) nas decisões e nas operações, são mantidas na ilusão de que exerce o poder (como se dá na democracia representativa). Existe a participação real que consiste na influência dos membros em todos os processos da vida institucional. Os membros não participam todos da mesma maneira. Alguns como agentes expressivos, outros como agentes instrumentais. A participação real para se concretizar precisa de certas ferramentas operativas, como: conhecimento da realidade, organização, comunicação e educação para participação”.

A qualidade da participação se eleva quando as pessoas aprendem a conhecer a sua realidade. Refletir, superar condições reais ou aparentes; distinguir efeitos de causa; observações de inferências e fatos de julgamentos. Aumenta também quando as pessoas aprendem a manejar conflitos, classificar sentimentos e comportamentos; tolerar divergência, respeitar opiniões.

É incrementada quando as pessoas aprendem a organizar e coordenar encontros, assembléias e mutirão, formar comissões de trabalho, pesquisar problemas, elaborar relatório, usar meios e técnicas de comunicação.

A participação não é um conteúdo que se possa transmitir, mas uma mentalidade e um comportamento coerente com ela. É uma vivencia coletiva e não individual. Os níveis de participação, em ordem decrescente,segundo Gandin (1995), são:

1 – Formação de Marco de Referência, ou seja, frente a uma situação sócio-econômica-política ampla; faz-se opção pela construção de pessoa humana e sociedade; para dar conta de construir essa opção faz-se opção por concepção de educação, concepção pedagógica, teoria de aprendizagem tais como (educação, escola que se quer).

2 – Realização do Diagnóstico (julgamento da escola que se tem frente aquela desejada).

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3 – Elaboração da Programação. Proposta viável e exeqüível para diminuir a distância da que se tem e a para diminuir a distância da que se tem e a escola e a escola que se quer.

4 – Execução das ações previstas.

5 – Avaliação dos resultados, das ações, das medidas executadas (Gandin 1995).

Graus de participação

1 – O menor grau de participação é a informação. Os dirigentes informam os membros da escola sobre as decisões já tomadas. Quando há reação às informações, os dirigentes ou reconsideram a decisão ou a reação não é tolerada.

2 – Consulta facultativa. O dirigente pode consultar os subordinados, solicitando críticas, sugestões, dados para resolver os problemas.

3 – Elaboração/recomendação. Os subordinados elaboram propostas e recomendam medidas que a administração aceita ou rejeita mas sempre obrigando-se a justificar sua posição.

4 – Co-gestão. A administração é compartilhada mediante mecanismo de co-gestão e colegialidade (comitê, conselhos, colegiados, etc.).

5 – Delegação. Os administradores da escola têm autonomia em certos campos ou jurisdição.

6 – Autogestão. O grupo, a instituição determinam seus objetivos, meios e estabelece controles necessários sem interferência exterior.

Na escola que se coloca como democrática, exige-se da equipe diretora, como parte do coletivo: liderança e vontade firme de coordenar, dirigir e comandar o processo decisório tal e seus desdobramentos de execução.

2.3 – A IMPORTÂNCIA DO PROJETO-POLÍTICO-PEDAGÓGICO PARA A ADMINISTRAÇÃO/GESTÃO DA ESCOLA E SEUS PRINCÍPIOS NORTEADORES

A escola é o lugar de concepção, realização e avaliação de seu projeto educativo, uma vez que necessita organizar seu trabalho pedagógico com base em seus

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alunos. Nessa perspectiva, é fundamental que ela assuma suas responsabilidades, sem esperar que as esferas administrativas superiores tomem essa iniciativa, mas que lhe dêem as condições necessárias para levá-la adiante. Para tanto, é importante que se fortaleçam as relações entre escola e sistema de ensino.

Primeiramente vamos aqui buscar conceituar o que é Projeto-Político-Pedagógico.

No sentido etimológico, o termo Projeto vem do latim, projectu particípio passado do verbo projicere, que significa lançar para diante. Plano, intento, desígnio. Empresa, empreendimento. Redação provisória de lei. Plano geral de edificação (Ferreira, 1975, p. 1114).

Ao construirmos os projetos de nossas escolas, planejamos o que temos intenção de fazer, de realizar. Lançamo-nos para diante com base no que temos, buscando o possível. É antever um futuro diferente do presente. Gadotti (1994, p. 579) diz:

“Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores”.

Nessa perspectiva, o Projeto-Político-Pedagógico vai além de um simples agrupamento de planos de ensino e de atividades. Projeto não é algo que é constituído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova do cumprimento de tarefas burocráticas. Ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola.

O Projeto-Político-Pedagógico ao se constituir em processo democrático de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia as relações no interior da escola, diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças e hierarquiza os poderes de decisão.

O Projeto-Político-Pedagógico tem a ver com a organização da escola como um todo e organização da sala de aula. Sendo assim, a principal possibilidade de construção do Projeto-Político-Pedagógico passa pela autonomia da escola, sua própria identidade. É

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preciso que se resgate a escola como espaço público, lugar de debate, de diálogo, fundado na reflexão coletiva.

Para que a construção do Projeto-Político Pedagógica seja possível não é necessário convencer os professores, a equipe escolar e os funcionários a trabalhar mais, ou mobilizá-los de forma espontânea, mas propiciar situações que lhes permitem aprender a pensar e a realizar o fazer pedagógico de forma coerente.

A abordagem do Projeto-Político-Pedagógico como organização do trabalho da escola como um todo, está fundada nos princípios que deverão nortear a escola democrática, pública e gratuita que são: igualdade de condições para acesso e permanência na escola, qualidade que não pode ser privilégio de minorias econômicas sociais, gestão democrática, liberdade, valorização do magistério.

Quanto à igualdade, Sariane alerta-nos para o fato que há uma desigualdade no ponto de partida, mas a igualdade no ponto de chegada deve ser garantida pela mediação da escola. Igualdade de oportunidades requer, portanto, mais que a sensação quantitativa de ofertas; requer ampliação do atendimento com simultânea manutenção de qualidade.

Quanto ao princípio da qualidade, a escola de qualidade tem obrigação de evitar de todas as maneiras possíveis a repetência e a evasão, tem que garantir a meta qualitativa do desempenho satisfatório de todos. Qualidade para todos, portanto, vai além da meta quantitativa de acesso global, no sentido de que as crianças, em idade escolar, entrem na escola. É preciso garantir a permanência dos que nela ingressam.

A gestão democrática é um princípio que abrange as dimensões pedagógicas, administrativas e financeiras. Ela exige uma ruptura histórica na prática administrativa da escola, com o enfrentamento das questões de exclusão e reprovação, e da não permanência do aluno na sala de aula, o que vem provocando a marginalização das classes populares.

A gestão democrática exige a compreensão em profundidade dos problemas postos pela prática pedagógica. Ela visa romper com a separação entre concepção e execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e prática. Busca resgatar o controle do processo e do produto do trabalho pelos educadores. Implica o repensar da estrutura do poder da escola, tendo em vista sua socialização.

A busca da gestão democrática inclui, necessariamente, a ampla participação dos representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões/ações administrativo-pedagógico ali desenvolvidas. Nas palavras de Marques (1990, p. 21):

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“A participação ampla assegura a transparência das decisões, fortalece as pressões para que sejam elas legitimas, garante o controle sobre os acorde estabelecidos e, sobretudo, contribui para que sejam contempladas questões que de outra forma não entrariam em cogitação”.

O princípio da liberdade está sempre associado à idéia de autonomia. O que é necessário, portanto, como ponto de partida, é o resgate do sentido dos conceitos de autonomia e liberdade. A autonomia e a liberdade fazem parte da própria natureza do ato pedagógico. O significado de autonomia remete-nos para regras e orientações criadas pelos próprios sujeitos da ação educativa, sem imposições externas. Heller (1982, p. 155) afirma que:

“A liberdade é sempre liberdade para algo e não apenas liberdade de algo. Se interpretarmos a liberdade apenas como o fato de sermos livres de alguma coisa, encontramo-nos no estado de arbítrio, definimo-nos de modo negativo. A liberdade é uma relação e, como tal, deve ser continuamente ampliada. O próprio conceito de liberdade contém o conceito de regra, de reconhecimento, de intervenção recíproca. Com efeito, ninguém pode ser livre se, em volta dele, há outros que não o são”.

A valorização do magistério é um princípio central na discussão do Projeto-Político-Pedagógico.

A qualidade do ensino ministrado na escola e seu sucesso na tarefa de formar cidadãos capazes de participar da vida socioeconômica, política e cultural do país relacionam-se estreitamente a formação (inicial e continuada), com decisões de trabalho (recursos didáticos, recursos físicos e materiais, dedicação integral à escola, redução do número de alunos na sala de aula, etc.), remuneração, elementos estes indispensáveis à profissionalização do magistério.

“O esforço à valorização dos profissionais da educação, garantimos-lhes o direito ao aperfeiçoamento profissional permanente, significa valorizar a experiência e o conhecimento que os professores têm a partir da sua prática pedagógica” (Veiga e Carvalho, 1994, p. 51).

É preciso ter consciência que a dominação no interior da escola efetiva-se por meio das relações de poder que se expressam nas práticas autoritárias e conservadoras dos diferentes profissionais, distribuídos hierarquicamente, bem como por meio das formas de controle existentes no interior da organização escolar.

Acreditamos que os princípios analisados e o aprofundamento dos estudos sobre a organização do trabalho pedagógico trarão contribuições relevantes para a compreensão dos limites e das possibilidades do Projeto-Político-Pedagogico voltado para os interesses das camadas menos favorecidas. Veiga (1991, p. 82) acrescenta ainda que: “a

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importância está em garantir sua operacionalização nas estruturas escolares, pois uma coisa e estar no papel, na legislação, na proposta, no currículo, e outra é estar ocorrendo na dinâmica interna da escola, no real, no concreto”.

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3.0 CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

A presente pesquisa buscou entender com amplicidade, a importância da ação democrática no sistema escolar, bem como a sua construção e os problemas para enfrentá-la.

Os sujeitos de nossa pesquisa foram professores de duas escolas municipais de Juara, totalizando seis professores.

Aplicamos um questionário com perguntas abertas para verificarmos as concepções da democracia/gestão democrática e participação. Também buscamos entender qual a importância da democracia, os caminhos para sua construção e os problemas que a escola enfrenta para implantá-la. Também a importância do projeto político pedagógico para uma efetiva gestão democrática e os fatores que interferem na democracia escolar.

3.1 – CONCEITO DE DEMOCRACIA

Para o entrevistado A, democracia é o ato de poder expressar-se, e ir e vir livremente, respeitando a opinião dos outros.

Para o entrevistado B, democracia é o direito igual de sugerir, escolher os representantes e participar com responsabilidades das atividades.

Para o entrevistado C, democracia é uma igualdade de todos no meio social perante a lei.

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Para o entrevistado E, democracia é o direito a ter participação nas escolhas de certas “coisas”.

Para o entrevistado F, democracia é um sistema de gestão em que o objetivo é atender ao interesses da maioria.

Analisamos através das respostas dos entrevistados que cada um conceitua de uma forma a palavra democracia, mas as respostas buscam um único sentido, que é de garantir o poder de expressão, escolha e participação de cada cidadão dentro da sociedade em que vive.

3.2 – CONCEITO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA

Para o entrevistado A, gestão democrática é quando podemos participar junto às ações governamentais dando a nossa opinião sobre pontos divergentes.

Para o entrevistado B, gestão democrática é o direito de participar da escolha dos gestores da escola.

Para o entrevistado C, gestão democrática é questionar com a participação de todos.

Para o entrevistado D, gestão democrática é questionar com democracia e direitos iguais.

Para o entrevistado E, gestão democrática é planejar, organizar o que pode ser partilhado e escolhido por todos.

Para o entrevistado F, gestão democrática é uma gestão dirigida por toda a comunidade, através de seus representantes.

Quanto ao conceito de gestão democrática, a grande maioria a concebe como o direito de participar e questionar junto com os representantes do qual escolhemos.

3.3 – CONCEITO DE PARTICIPAÇÃO

Para o entrevistado A, participação é quando a pessoa ajuda a outra ou os governantes com opiniões e também ações.

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Para o entrevistado B, participação é quando responsavelmente damos sugestões, cumprimos e exigimos que as decisões sejam válidas e colaboramos para o bom desempenho das atividades.

Para o entrevistado C, participação é quando existe um grupo, uma pessoa ou um integrante, que deve dar sugestões e colher idéias e também defendê-las.

Para o entrevistado D, participação é a união de todos em uma comunidade para decidir o que é bom e ruim dando opiniões.

Para o entrevistado E, participação é buscar junto aos membros objetivos. Para o entrevistado F, participação é quando a comunidade deixa de ser espectadora e passa a fazer parte da direção.

Quanto ao conceito de participação a grande maioria a concebe como quando damos sugestões, cumprimos e exigimos que nossas decisões sejam válidas de uma forma responsável.

3.4 – IMPORTÂNCIA DA DEMOCRACIA NO SISTEMA ESCOLAR

Para o entrevistado A, a importância é para poder haver o melhor entendimento entre os funcionários, pois somos formadores de opinião, portanto, devemos respeitar a dos.

Para o entrevistado B, a principal importância è o respeito. Quando há democracia, há o direito igual a todos e isso faz com que a solidariedade prevaleça.

Para o entrevistado C, a importância da democracia porque é um dever e direito do cidadão desde que ele tem consciência de ser democrata.

Para o entrevistado D, a importância da democracia é de participar com direitos iguais a todas as pessoas e ter voz ativa sobre cada projeto.

Para o entrevistado E, a importância é da democracia é valorização humana. Para o entrevistado V, a importância da democracia é que só através dela é que teremos uma educação gratuita de qualidade.

A grande maioria dos entrevistados enfatiza que a importância da democracia no sistema escolar é de estar participando, onde todos tem direitos iguais e voz ativa nas decisões.

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3.5 – CAMINHOS PARA A CONSTRUÇÃO DA DEMOCRACIA

Para o entrevistado A, diz que conversando, debatendo, elaborando projetos juntamente com todos os funcionários.

Para o entrevistado B, diz que devemos valorizar seus profissionais, exigir respeito a todos e o cumprimento das obrigações, bem como responsabilidade.

Para o entrevistado C, diz que o caminho é seguir ao pé da letra a Lei. Fazer valer os direitos e deveres.

Para o entrevistado D, diz que o caminho da união, do companheirismo, solidariedade e direitos de ir e vir em igual tamanho.

Para o entrevistado E, diz que o caminho é a escola ser democrata.

Para o entrevistado F, diz que é conscientizando toda a comunidade escolar, desde os alunos até a direção, e que todos falem a mesma língua.

A grande maioria dos entrevistados vê que os caminhos para a construção da democracia na escola se dão pela conversa, debate, na valorização de todos os profissionais, exigindo-se o respeito a todos e o cumprimento das obrigações, bem como cada um ter ciência de sua responsabilidade dentro do processo.

3.6 – PROBLEMAS ENFRENTADOS PARA A IMPLANTAÇÃO DA DEMOCRACIA

Para o entrevistado B, a seu ver não existe dificuldade, pois todos têm consciência de sues deveres e procuram cumprir.

Para o entrevistado C, falta muito conhecimento por parte dos profissionais da educação para funcionar de forma adequada.

Para o entrevistado D, os problemas acontecem porque não se consegue o apoio de todos, e um projeto ir de água a baixo, tipo, tipo todos têm que ceder um pouco para conseguir melhorar.

Para o entrevistado E, o não cumprimento das regras que foram estabelecidas pro meio da democracia.

Para o entrevistado F, comodismo de alguns e resistência por parte de outros. Quanto aos problemas enfrentados para a implantação da democracia, a grande

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maioria diz que todos têm que ter consciência de seus deveres e procurar comprimi-los. Dizem que há comodismo por parte de alguns e resistência por parte de outros.

3.7 – ATITUDES A SEREM TOMADAS PARA UMA EFETIVA PARTICIPAÇÃO DE TODOS

Para o entrevistado A, sua escola conta com o apoio e participação da comunidade e outras entidades inclusive particulares.

Para o entrevistado B, deve-se desenvolver atividades coletivas, criativas e de valorização a todos, possibilitando que os pais e outras instituições possam participar.

Para o entrevistado C, falta incentivo e coerência para atrair a sociedade. Para o entrevistado D, ser esclarecidos atos da escola e também organizar reuniões onde pais e funcionários possam participar.

Para o entrevistado E, é preciso haver uma divulgação de objetivos a serem alcançados.

Para o entrevistado F, incentivar a participação em reuniões, com reuniões mais atrativas e realização de projetos e gincanas com prêmios para as entidades.

A grande maioria dos entrevistados vê que as atitudes a serem tomadas para que haja a participação de todos é que se busque desenvolver atividades coletivas, criativas e de valorização de todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem e da escola como um todo.

3.8 – IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Para o entrevistado A, o projeto político pedagógico pode garantir uma gestão democrática.

Para o entrevistado B, é que o grupo elabora e avalia, por isso ele é adequado o que todos possam cumprir com consciência.

Para o entrevistado C, é essencial o projeto político pedagógico na escola porque é uma conquista adquirida pelo conselho deliberativo escolar.

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com todos.

Para o entrevistado E, ele nos dá referencia, sustentação para o bom funcionamento dos conceitos do ano letivo.

Para o entrevistado F, é através dele que são iniciadas todas as bases de projetos durante o ano todo.

Analisamos através das respostas dos entrevistados que cada um vê de uma forma a importância do projeto político pedagógico, mas as respostas levam a um único sentido que o projeto político pedagógico é referência e a sustentação de todo o trabalho desenvolvido na escola.

3.9 – FATORES QUE INTERFEREM NA DEMOCRACIA ESCOLAR

Para o entrevistado B, a individualidade, a falta de compromisso e a falta de profissionalismo.

Para o entrevistado C, uma política dos políticos com corrupção, que nem se entendem.

Para o entrevistado D, política, comunidade, funcionários e outras.

Para o entrevistado E, um querendo ser mais que os outros, deixando de buscar os objetivos em comum.

Para o entrevistado F, o principal está na diferença entre fazer projeto e engavetar, ou por em prática.

Quanto aos fatores que interferem na democracia, a grande maioria enumera que há individualismo, falta de compromisso e profissionalismo por parte de alguns profissionais, não buscando objetivos em comum.

3.10 – CONSEQÜÊNCIAS ONDE NÃO HÁ GESTÃO DEMOCRÁTICA

Para o entrevistado A, onde não há democracia não há entendimento e desenvolvimento.

Para o entrevistado B, o autoritarismo permanece e isso cria atrito, criando um 30

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clima de guerra e humilhação e os direitos poderão não ser respeitados.

Para o entrevistado C, com democracia está ruim, sem pode piorar mais.

Para o entrevistado D, de não conseguir as verbas que cabe a uma entidade como a escola e também não ter ensino de qualidade.

Para o entrevistado E, acúmulos de questões não resolvidas.

Para o entrevistado F, não serão atendidos os desejos e necessidades da sociedade.

Cada um dos entrevistados enumera conseqüências diferentes, mas analisamos em suas falas que onde não há gestão democrática, o autoritarismo permanece, criando-se assim um clima de descontentamento e desentendimentos entre os pares.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho levou-nos a refletir sobre a importância da ação democrática no sistema escolar, sua construção e problemas para implantá-la. Também enfocamos neste trabalho sobre a importância do projeto político pedagógico ser construído de uma forma democrática e coletiva.

Nossos objetivos centraram-se em entender com amplicidade a importância da ação democrática no sistema escolar como um todo, bem como verificarmos as concepções de democracia e gestão democrática e de participação de seis entrevistados (professores).

Através da pesquisa de campo verificamos e analisamos que os professores concebem a palavra democracia como a garantia de poder de expressão, de escolha e de participação de cada cidadão dentro da sociedade em que vivem.

Concebem a gestão democrática como o direito de participar e gestionar junto com os representantes da qual escolhemos.

Concebem a participação quando damos sugestões, cumprimos e exigimos que nossas decisões sejam válidas de uma forma responsável.

Enfatizam que a importância da democracia no sistema escolar é de estar garantindo a participação de todos com os direitos iguais e voz ativa nas decisões.

Colocam que o caminho para a construção da democracia se passa pela conversa, pelo debate, pela valorização de todos os profissionais, exigindo-se o respeito a todos e o cumprimento das obrigações, bem como cada um ter ciência de sua responsabilidade

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dentro do processo ensino aprendizagem.

Enfatizam que todos têm que ter consciência de seus deveres e procurar cumpri-los. Colocam que há comodismo por parte de alguns e resistência por parte de outros.

Para que haja participação de todos enfatizam que é preciso que se busque desenvolver atividades coletivas, criativas e de valorização de todos os envolvidos no trabalho pedagógico da escola.

Colocam que o projeto político pedagógico é uma referência e sustentação de todo o trabalho desenvolvido na escola.

Enfatizam que muitos fatores que interferem na democracia como o individualismo, a falta de compromisso e profissionalismo por parte de alguns profissionais, que não buscam objetivos comuns.

Colocam que onde não há gestão democrática, o autoritarismo impera, criando um clima de descontentamento e desentendimento entre os pares.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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VEIGA, Ilma Passos Alencastro (org). Projeto político pedagógico da escola: uma construção possível. São Paulo: Papirus, 1995.

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ANEXOS

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ENTREVISTA A

1 – O que você entende por democracia?

É o ato de expressar-se e ir e vir livremente uns respeitando a opinião dos outros. 2 – Na sua opinião, o que é gestão democrática?

É quando podemos participar junto às ações governamentais dando a nossa opinião sobre pontos divergentes.

3 – O que você entende por participação?

É quando a pessoa ajuda a outra ou governantes com opiniões e também ações. 4 – Qual a importância da democracia no sistema escolar como um todo?

Para poder haver melhor entendimento entre ambos os funcionários, pois somos formadores de opiniões, portanto, devemos respeitar a do colega.

5 – Que caminho a escola deve seguir para construir essa democracia?

Conversando, debatendo, elaborando projetos juntamente com todos os funcionários. 6 – Quais os problemas que a escola enfrenta para implantá-la?

***

7 – Que atitudes a escola deve tomar para que haja uma efetiva participação por parte dos pais e outros funcionários de outras instituições?

Nossa escola conta com o apoio e participação da comunidade e outras entidades, inclusive particulares.

8 – Qual a importância do projeto político pedagógico para uma efetiva gestão democrática na escola?

Através do PPP podemos garantir uma gestão democrática. 9 – Quais os fatores que interferem na democracia escolar? ***

10 – Que conseqüência possível poderá existir na escola onde não há gestão democrática?

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ENTREVISTA B

1 – O que você entende por democracia?

É o direito igual de sugerir, escolher os representantes e participar com responsabilidade das atividades.

2 – Na sua opinião, o que é gestão democrática?

É o direito de participar da escolha dos gestores da escola. 3 – O que você entende por participação?

É quando responsavelmente damos sugestões, cumprimos e exigimos que as nossas decisões sejam válidas e colaboramos para o bom desempenho das atividades.

4 – Qual a importância da democracia no sistema escolar como um todo?

A principal importância é o respeito. Quando há democracia, há o direito igual a todos e isso faz com que a solidariedade prevaleça.

5 – Que caminho a escola deve seguir para construir essa democracia?

Valorizar seus profissionais, exigir o respeito a todos e o cumprimento das obrigações bem como responsabilidade.

6 – Quais os problemas que a escola enfrenta para implantá-la?

A meu ver não existe dificuldade, pois todos têm consciência de seu dever e procurar cumprir.

7 – Que atitudes a escola deve tomar para que haja uma efetiva participação por parte dos pais e outros funcionários de outras instituições?

Desenvolver atividades coletivas, criativas e de valorização a todos, possibilitando que os pais e outras instituições possam participar.

8 – Qual a importância do projeto político pedagógico para uma efetiva gestão democrática na escola?

É que o grupo elaboram e avaliam, por isso ele é adequado o que todos possam cumprir com consciência.

9 – Quais os fatores que interferem na democracia escolar?

A individualidade, a falta de compromisso e a falta de profissionalismo.

10 – Que conseqüência possível poderá existir na escola onde não há gestão democrática?

O autoritarismo permanece e isso se cria atrito, criando um clima de guerra e humilhação e os direitos poderão não ser respeitados.

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ENTREVISTA C

1 – O que você entende por democracia?

Democracia é uma igualdade de todos no meio social perante a lei. 2 – Na sua opinião, o que é gestão democrática?

É gestionar para a participação de todos. 3 – O que você entende por participação?

Quando existe um grupo, a pessoa ou integrante, deve dar sugestões e acolher idéias de também defendê-las.

4 – Qual a importância da democracia no sistema escolar como um todo?

A importância da democracia porque é um dever e direito do cidadão desde quando ele tem consciência de ser democrata.

5 – Que caminho a escola deve seguir para construir essa democracia? O caminho é seguir ao pé da letra a Lei. Fazer valer os direitos e deveres. 6 – Quais os problemas que a escola enfrenta para implantá-la?

Falta ainda muito conhecimento por parte dos profissionais da Educação, conhecer as Diretrizes e bases da Educação para funcionar de forma adequada.

7 – Que atitudes a escola deve tomar para que haja uma efetiva participação por parte dos pais e outros funcionários de outras instituições?

Falta incentivo e coerência, para atrair a sociedade.

8 – Qual a importância do projeto político pedagógico para uma efetiva gestão democrática na escola?

É essencial o PPP na escola porque é uma conquista adquirida pelo Conselho Deliberativo Escolar.

9 – Quais os fatores que interferem na democracia escolar?

Uma política dos políticos com corrupção que nem eles entendem.

10 – Que conseqüência possível poderá existir na escola onde não há gestão democrática?

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ENTREVISTA D

1 – O que você entende por democracia?

Democracia é o direito e o dever de cada pessoa cidadã. 2 – Na sua opinião, o que é gestão democrática?

Gestionar com democracia e direitos iguais. 3 – O que você entende por participação?

União de todos em uma comunidade para decidir o que é bom e ruim dando opiniões. 4 – Qual a importância da democracia no sistema escolar como um todo?

De participar com direitos iguais a todas as pessoas e ter voz ativa sobre cada projeto. 5 – Que caminho a escola deve seguir para construir essa democracia?

O caminho da união, do companheirismo, solidariedade e direitos de ir e vir em igual tamanho.

6 – Quais os problemas que a escola enfrenta para implantá-la?

De não conseguir o apoio de todos e um projeto ir de água a baixo, tipo todos têm que ceder um pouco para conseguir melhorar.

7 – Que atitudes a escola deve tomar para que haja uma efetiva participação por parte dos pais e outros funcionários de outras instituições?

Ser esclarecedora dos atos da escola e também organizar reuniões onde pais e funcionários possam participar.

8 – Qual a importância do projeto político pedagógico para uma efetiva gestão democrática na escola?

De ter tudo sobre controle e sua importância de gestionar com todos. 9 – Quais os fatores que interferem na democracia escolar?

Política, comunidade, funcionários e outros.

10 – Que conseqüência possível poderá existir na escola onde não há gestão democrática?

De não conseguir as verbas que cabem a uma identidade como a escola e também não ter ensino de qualidade.

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ENTREVISTA E

1 – O que você entende por democracia?

Direito a ter participação nas escolhas de certas coisas. 2 – Na sua opinião, o que é gestão democrática?

Planejar, organizar o que pode ser partilhado (escolhido) por todos. 3 – O que você entende por participação?

Buscar juntos os mesmos objetivos.

4 – Qual a importância da democracia no sistema escolar como um todo? Valorização humana.

5 – Que caminho a escola deve seguir para construir essa democracia? A escola ser democrata.

6 – Quais os problemas que a escola enfrenta para implantá-la?

O não cumprimento das regras que foram estabelecidas por meio da democracia. 7 – Que atitudes a escola deve tomar para que haja uma efetiva participação por parte dos pais e outros funcionários de outras instituições?

Divulgação dos objetivos a serem alcançados.

8 – Qual a importância do projeto político pedagógico para uma efetiva gestão democrática na escola?

Ele nos dá referências, sustentação para o bom funcionamento dos conteúdos do ano letivo.

9 – Quais os fatores que interferem na democracia escolar?

Uns querendo ser mais que os outros, deixando de buscar os objetivos em comum. 10 – Que conseqüência possível poderá existir na escola onde não há gestão democrática?

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ENTREVISTA F

1 – O que você entende por democracia?

Um sistema de gestão, em que o objetivo é atender os interesses da maioria. 2 – Na sua opinião, o que é gestão democrática?

Uma gestão dirigida por toda a comunidade, através de seus representantes. 3 – O que você entende por participação?

Quando a comunidade deixa de ser expectadora e passa a fazer parte da direção. 4 – Qual a importância da democracia no sistema escolar como um todo? Só através dela teremos uma educação gratuita de qualidade.

5 – Que caminho a escola deve seguir para construir essa democracia?

Conscientizando toda a comunidade escolar, desde os alunos até a direção, e que todos falem a mesma língua.

6 – Quais os problemas que a escola enfrenta para implantá-la? Comodismo de alguns, e resistência por parte dos outros.

7 – Que atitudes a escola deve tomar para que haja uma efetiva participação por parte dos pais e outros funcionários de outras instituições?

Incentivar a participação em reuniões, com reuniões mais atrativas, e realização de projetos e gincanas, com premiação para entidades.

8 – Qual a importância do projeto político pedagógico para uma efetiva gestão democrática na escola?

É através dela que são iniciadas todas as bases de projetos durante o ano. 9 – Quais os fatores que interferem na democracia escolar?

O principal está na diferença entre fazer projeto e engavetar, ou pôr em prática.

10 – Que conseqüência possível poderá existir na escola onde não há gestão democrática?

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