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10 ANOS
ALICIA KEYS LANÇA CD PARA COMEMORAR {pág 15}
Ainda na frente
Apesar do empate com o Ceará em casa, Corinthians segue na frente; Palmeiras perde do Vasco pela segunda vez em 4 dias {págs 17 e 18}
Maridos admitem que as mulheres é que mandam
Pesquisa mostra que elas controlam o dinheiro da família e dão as cartas na hora de decidir as férias Poder de influência inclui até a escolha da roupa e da comida dos companheiros {pág 06}
Vaga para estacionar sobe o triplo da inflação
Kassab diz que vai vetar Dia do Orgulho Hétero
Prefeito afirma que lei aprovada na Câmara Municipal não traz nenhuma contribuição {pág 04}
Na Vila Olímpia, aumento no preço da diária chega a 57% em um ano {pág 03}
Falta espaço
Metrô retém
metade da verba para expansão
Dos R$ 11,9 bilhões previstos nos últimos quatro anos, foram gastos R$ 6,5 milhões {pág 02}
AGIF/FOLHAPRESS
Mín 14°C Máx 17°C
SÃO PAULO
Segunda-feira,
15 de agosto de 2011 Edição nº 1.118, ano 5
‘DE DENTRO E DE FORA’
MOSTRA OBRAS DE ARTISTAS FEITAS
NO MASP {pág 13}
SECRETÁRIO DA CULTURA FALA SOBRE OS PROJETOS PARA A CIDADE{pág 05}
Exposição abre na quarta
O governo de São Paulo in- vestiu somente a metade dos recursos previstos para aumentar a malha metro- viária paulistana. Nos últi- mos quatro anos, foram or- çados R$ 11,9 bilhões para projetos da área, mas so- mente R$ 6,5 milhões fo- ram gastos (54%).
As informações são do Si- geo (Sistema de Informa- ções Gerenciais da Execu- ção Orçamentária).
Com a falta de verba, a expansão do metrô paulista- no caminha lentamente.
Em média, São Paulo cons- trói 1,6 quilômetros de me- trô por ano. Para efeito de comparação, em Xangai, na China, o ritmo de expansão é de 28 quilômetros por ano.
Entre os projetos prome- tidos pelo governo que es- tão atrasados estão as ex- pansões das linhas 4-Amare- la, 5-Lilás e 17-Ouro (mono- trilho). Até junho, o Metrô gastou apenas R$ 600 mi- lhões (25%) dos R$ 2,4 bi- lhões previstos para todo o ano. Na comparação com o investido no primeiro se- mestre do ano passado, fo-
ram 58,2% menos recursos.
Segundo o professor da USP Telmo Porto, especialis- ta em ferrovias, o metrô cresceu pouco se compara- do ao de outras cidades.
“Ainda não é possível cha- mar os mais de 70 quilôme- tros de linhas de malha me- troviária. Temos hoje so- mente radiais. É preciso ter linhas perimetrais”, explica.
A superlotação, segundo Porto, acontece por falta de planejamento: “Deveria ter tido uma preparação para o novo fluxo que veio com a integração do bilhete único, por exemplo”. Para ele, os gargalos serão resolvidos ao longo da construção das no- vas linhas. “A Linha 6-Laran- ja, prevista para passar na Freguesia, São Joaquim e Oratório vai desafogar as li- nhas 3-Vermelha e 2-Verde”.
METRO
“O ideal seria construir 10 km por ano para, em 10 anos, termos uma malha completa.”
TELMO PORTO, PROFESSOR POLI/USP
1foco
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SEGUNDA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2011
02 são paulo
Metrô só investe 54%
da verba para expansão
Especialista diz que a malha é insuficiente para atender à cidade
Obras da Linha 2-Verde, na Vila Prudente
ALMEIDA ROCHA/FOLHAPRESS
Fatores externos prejudicam
O Metrô afirma que teve o orçamento revisado para es- te ano e que alguns gastos só são computados depois que as obras já estão em an- damento. É o caso da exten- são da Linha 5-Lilás, que te- ve o contrato assinado no último dia 30.
A companhia explica que é uma empresa inden- pendente, e os recursos pa- ra manutenção não são pro- venientes do Estado, e sim de receitas não operacio- nais e tarifas da empresa.
Ainda de acordo com a companhia, outros fatores,
como demora em desapro- priações, readequações nos projetos, remanejamento de adutora não previsto no projeto inicial entraves com licenças ambientais e investigações arqueológi- cas, emperraram o anda- mento das obras. METRO
Calçada do Ibirapuera será trocada por grama
Para cumprir um acordo que existe desde o início da construção do Auditório Ibirapuera, em 2003, a Pre- feitura de São Paulo vai ti- rar as calçadas internas do parque até o fim do ano. A
ideia é substituí-las por gra- ma para criar mais espaços permeáveis. O documento previa mais 80 mil m2per- meáveis, mas apenas 17 mil m2foram implementa- dos pela prefeitura. METRO
1/3 das reclamações por barulho vem de festas
Festas em residências e con- domínios representam 31%
do total de reclamações de barulho recebidas pela Polí- cia Militar na capital.
No primeiro trimestre do ano, foram mais de 133 mil queixas de “perturba- ção do sossego”, sendo mais de 40 mil apenas para festas em casas e aparta- mentos. Os campeões de
reclamações são os bairros Bela Vista, Americanópolis, Iguatemi, Paraisópolis e Tremembé.
Pela lei, ruídos acima de 70 decibéis são proibidos entre 22h e 6h. Perturba- ção do sossego é crime e pode resultar em até três meses de detenção, de acordo com o Código Penal Brasileiro. METRO
ZÉ CARLOS BARRETTA/FOLHAPRESS
Pedalando juntos no Dia dos Pais
Não foram apenas os restaurantes de São Paulo que ficaram lotados ontem, na co- memoração do Dia dos Pais. Apesar do tempo nublado, muitos trocaram as calo- rias por exercícios ao lado dos filhos na ciclofaixa de lazer, que passa pelos par- ques Villa-Lobos e Ibirapuera. METRO
Comemoração
Muitos aproveitaram o dia para passear na ciclofaixa NOTAS
Em 24 horas, a tempera- tura caiu 10 graus na ca- pital. Ontem, os termô- metros marcavam, às 13h, 18oC. No sábado, no mesmo horário, a temperatura era de 28oC. Hoje, o sol apare- ce entre nuvens, e as temperaturas variam entre 16oC e 26oC. Não há previsão de chuva para os próximos dias.
O governador Geraldo Alckmin anuncia hoje o o Plano Plurianual. En- tre as obras planejadas em várias áreas estão duas novas linhas de metrô – uma delas li- gando os bairros da La- pa e Moema –, 37 mil novas vagas em presí- dios, a conclusão do Teatro da Dança, a construção de 42 unida- des da Fundação Casa.
Cotações
Dólar
– 0,80%
(R$ 1,60)
– 0,80%
(R$ 2,29)
+ 0,24%
(53.473 pts) Euro
Bovespa
Selic (12,5%) Salário mínimo (R$ 545)
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SEGUNDA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2011
são paulo 03
Estacionamento sobe
3 vezes mais que inflação
Deixar o carro em estacio- namento em São Paulo fi- cou, em média, 20,6% mais caro no último ano. Em al- gumas regiões, os valores subiram mais de 50%, co- mo na Vila Olímpia (57%) e na Berrini (55%).
Os dados são de levanta- mento da consultoria Col- liers International Brasil, que comparou os valores de junho deste ano e do mesmo mês do ano passa- do. Nos últimos 12 meses a inflação medida pelo IPC- Fipe foi de 6,6%, ou seja, a diária subiu três vezes mais que a inflação.
De acordo com o levan- tamento, o aumento nos
preços é explicado pelo aquecimento do mercado imobiliário e pelo aumento da frota de carros. Segundo a consultoria, a cidade tem cada vez mais carros e me- nos espaços disponíveis.
Para tentar aumentar a oferta de vagas, a prefeitu- ra retomou o projeto de ga-
ragens verticais e subterrâ- neas na região central, que seriam feitas pela iniciativa privada.
Até o final do mês de- vem ser lançados editais para garagens na região do Mercado Municipal, na pra- ça Fernando Costa e na pra- ça Roosevelt. Também há estudos para o lançamento de um edital para garagem na rua Capri, perto da esta- ção Pinheiros do metrô.
Em 2009, a prefeitura já havia lançado um projeto de 64 garagens verticais, mas a proposta acabou abandonada por falta de in- teresse das empresas no modelo previsto. METRO
Levantamento aponta aumento médio de 20,6% em
apenas um ano Inflação no período ficou em 6,6% Preço da vaga sobe até 57% Diária, em R$
Barra
Funda Berrini Faria
Lima Itaim Paulista Pinheiros Roque
Petroni Vila Olímpia
Junho/10 Junho/11
18 14
20 31
25 33
25 26 31
22 20 22
18 22
34,50 35,50
57%
é quanto aumentou o valor do
estacionamento na Vila Olímpia. Na região da Berrini, preço subiu 55%.
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SEGUNDA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2011
04 são paulo
Após reforçar efetivo, PM já prendeu 17 nas marginais
Depois de quase um mês da criação do batalhão para patrulhar os 43 quilôme- tros das marginais Pinhei- ros e Tietê, a PM (Polícia Mi- litar) prendeu 17 pessoas suspeitas de praticarem roubos nas vias. Quinze fo- ram presos em flagrante.
A PM afirma que, depois dessas prisões, o número de ocorrências caiu nas duas marginais.
O batalhão especial foi criado no dia 21 de julho, após diversos arrastões que
ocorriam durante conges- tionamentos nas duas vias.
A nova unidade é respon- sável pelo patrulhamento de 54 pontos. Em cinco de- les, há viaturas estaciona- das por 24 horas. Nos ou-
tros 49 pontos, há reveza- mento no patrulhamento.
Os policiais usam um dispo- sitivo localizador automáti- co de viaturas. O equipa- mento funciona como um GPS e fica acoplado à farda dos policiais de moto e ser- ve para enviar informações ao comando.
A polícia criou ainda con- tas no Twitter (@Pmnasmar- ginais) e no Facebook para informar sobre condições do trânsito e acidentes nas duas marginais. METRO
Preso
suspeito de matar
jornalista
A Polícia Civil prendeu an- teontem um dos suspeitos de ter participado do assal- to que resultou na morte do jornalista Walter Pimen- tel, 43, no dia 5 de agosto.
O crime aconteceu em um supermercado na região do Tucuruvi, na zona norte de São Paulo.
Segundo a SSP (Secreta- ria de Segurança Pública), a polícia foi acionada depois que uma mulher viu o sus- peito na rua e o reconhe- ceu por meio de imagens divulgadas pela polícia. O suspeito foi preso e levado para o 39º DP, na Vila Gus- tavo, onde uma funcioná- ria do supermercado o re- conheceu. Ele teve prisão temporária decretada e foi transferido para o 77º DP, em Santa Cecília.
METRO
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse que vai vetar o projeto de lei que cria o Dia do Orgulho Heterossexual na capital paulista. Em entrevista ao jornal “Agora S. Paulo”, Kassab disse que a proposta é despropositada.
“O heterossexual é maioria, não é vítima de violência, não sofre discri- minação, preconceito, ameaças ou constrangi- mentos. Não precisa de dia para se afirmar”, disse. Se- gundo o prefeito, a lei, aprovada pela Câmara Mu- nicipal no dia 2 de agosto, não traz nenhuma contri- buição para a cidade. Na semana passada, vereado- res do PT e do PSDB ha- viam pedido ao prefeito que vetasse a proposta. Li- deranças do movimento gay também protestaram dizendo que a lei incenti- varia a homofobia.
Em nota divulgada on- tem, o vereador Carlos Apolinário (DEM), autor do projeto, lamentou o veto.
“O prefeito havia dado a palavra de que não sancio- naria nem vetaria o proje- to, deixando para a Câmara
promulgar.” Membro da igreja Assembleia de Deus, Apolinário disse que a deci- são do prefeito foi tomada por causa da “pressão dos gays” e afirma que vai con- tinuar lutando “democrati- camente, combatendo os excessos e privilégios da- dos aos gays”.
Na entrevista, o prefeito também declarou que é fa-
vorável à proibição de ce- lulares em bancos, propos- ta também aprovada na Câmara. Kassab, no entan- to, disse que o projeto ain- da precisa passar por aná- lise da assessoria jurídica antes da decisão de sancio- ná-lo. Kassab disse, ainda, que não pretende internar viciados em crack de for- ma compulsória. METRO
Kassab vai vetar Dia
do Hétero
Prefeito afirma também que é favorável à lei que proíbe o uso de celulares dentro de agências bancárias
54é o número de pontos monitorados nas marginais Pinheiros e Tietê.
Acidente em
Pinheiros fere 4
Um acidente envolvendo um táxi e um carro deixou quatro pessoas feridas na manhã de ontem. A batida aconteceu no cruzamento das ruas Arruda Alvim e Car- deal Arcoverde, em Pinhei- ros. Após a colisão, um dos carros atingiu um poste e fi- cou tombado. As vítimas fo- ram levadas para o Hospital das Clínicas. No momento do acidente, os semáforos
estavam desligados.
Em outro acidente, qua- tro carros colidiram na al- tura do número 3.800 da avenida Aricanduva, na zona leste. Não houve feri- dos. Na avenida Rio Bonito, na zona sul, um policial militar ficou levemente feri- do em outro acidente envol- vendo dois carros. Após a batida, o policial ficou preso nas ferragens. METRO
Quatro veículos bateram em cruzamento da zona leste
MARIO ANGELO/FUTURA PRESS
Kassab durante inauguração de campo de futebol ontem
ANDRÉ VICENTE/FOLHAPRESS
Polícia faz patrulhamento em acesso da marginal Tietê
ZÉ CARLOS BARRETTA/FOLHAPRESS
Interiorização da cultura e integração dos projetos. É por essas duas bandeiras que o paulistano Andrea Matarazzo espera ser lem- brado pela sua passagem à frente da Secretaria de Cul- tura do Estado, posto que ocupa desde 2010. Um dos raros remanescentes do pri- meiro escalão do governo anterior na equipe atual, Matarazzo atribui ao tempo em que ocupou a pasta dos Serviços e Subprefeitura da Sé (com José Serra) e, poste- riormente, a Secretaria das Subprefeituras (com Gilber- to Kassab) o fato de ter se encantado pela administra- ção pública. Apesar de já ter ocupado cargos de desta- que, foi agora, aos 54 anos, que esse administrador de empresas de formação e que carrega um dos sobre- nomes mais tradicionais de São Paulo resolveu sonhar com uma eleição majoritá- ria pelo seu partido, o PSDB.
Matarazzo falou ao Metro, em visita à sede do jornal.
Secretário, a Cultura tem para este ano orçamento de R$ 1 bi- lhão. O sr. vai investir tudo?
Sim, no ano passado já in- vestimos tudo. Não faltou, eu diria que foi bem. Este ano, com R$ 1 bi, dá para fa- zer muita coisa.
Dinheiro na Cultura, então, não é problema...
Não. Você tem que fazer coi- sas que vão se consolidando.
Senão, é que nem jogar água demais no vaso; ele transborda. Tem que espe- rar a terra absorver.
E o que o Estado tem feito para fazer a Cultura chegar a todos?
As Fábricas de Cultura. Es- tamos fazendo dez na capi- tal. São os dez pontos iden- tificados pela Fundação Seade como os de maior vulnerabilidade para jovens e adolescentes. São grandes centros culturais, sensacio- nais desde sua arquitetura até a qualidade dos equipa- mentos e programação, to- da voltada para a formação.
Já tem duas funcionando. A da Vila Curuçá, no primeiro mês, recebeu 10 mil pes- soas. Sapopemba, com uma semana tinha 1,3 mil inscri- ções. Vamos inaugurar mais oito até fevereiro, seis ou sete ainda este ano.
E para o interior, não vai?
Por enquanto não. O que temos feito no interior é apoiar prefeituras em pro- jetos locais, como a refor- ma de bibliotecas e centros culturais, e orientado na programação. Por exemplo:
na capital nós fizemos a Bi- blioteca São Paulo, no Par- que da Juventude. Um con- ceito completamente dife-
rente. São 30 mil visitantes por mês, igual ao Museu do Futebol. E por quê? Porque é acessível, tem de tudo, de quadrinhos a Shakespeare.
Então temos convidado muitos prefeitos para ver como funciona. Tem ainda o Cine MIS. Só 120 municí- pios do Estado têm cinema, por isso estamos fazendo com as prefeituras um pro- jeto, eles veem onde insta- lar e nós damos um kit, com tela, amplificador, som, projetor... E o MIS faz a programação. Já fizemos 50 e poucos e vamos fazer mais. Outro exemplo: leva- mos ópera para 15 municí- pios. Esse ano estamos indo para 40. E temos outros dois programas, o Circuito Cultural Paulista, que leva a cerca de 70 cidades sem- pre alguma coisa diferen- ciada, para criar o hábito, e o Viagem Literária, em que todo mês um grande autor fala sobre sua obra na bi- blioteca local. E tanto a Osesp como a São Paulo
Companhia de Dança estão fazendo itinerância bem mais do que faziam. Estou levando a Pinacoteca para o interior, a primeira será em Botucatu.
O sr. pretende que isso seja um legado seu?
Sem dúvida. A interioriza- ção será um legado. E o ca- minho contrário também, como o Revelando São Pau- lo, por exemplo, em que 300 cidades trazem à capi- tal sua cultura de raiz. Pas- saram um milhão de pes- soas por lá ano passado.
Um milhão! Tem também a integração. Integrei o Pro- jeto Guri com a base de ini- ciação, depois com o con- servatório de Tatuí e a Es- cola Tom Jobim de Música;
com a academia da Osesp e, por fim, com a própria Orquestra, com a Jazz Sin- fônica, a Banda Sinfônica e a Orquestra do Theatro São Pedro. Um não falava com o outro. Hoje, o jovem do Guri vê uma perspectiva.
E o Museu de Arte Contempo- rânea [MAC, que ocupará o an- tigo prédio do Detran], será inaugurado antes de o sr. sair?
Acredito que sim, o prédio principal está pronto. Para os anexos, faltam mais um mês e meio. O MAC vai dar possibilidade de mostrar o
mais importante acervo de arte moderna da América Latina, que hoje tem só 0,2% exposto. Vai chegar a 10%, quem sabe. São 40 mil m2de espaço, num grande polo cultural, que era o grande objetivo do Ciccilo Matarazzo [tio-avô] quando doou seu acervo. A data agora só depende da USP.
Eu acho que este ano ainda.
E o Teatro da Dança, sai?
Sai. É um Complexo Cultu- ral. Serão três teatros, um de 600 lugares, outro de 700 e mais um grande audi- tório, para 1,8 mil pessoas, com fosso. Serve para músi- ca clássica, ópera. Estamos concluindo o projeto, de- mos uma redefinida...
Redefinida é enxugamento?
É voltar ao que o Herzog &
de Meuron [escritório au- tor do projeto] tinha feito.
Por quê? Ficou exagerado?
Puseram muita coisa den- tro. A própria secretaria co-
meçou a colocar. Não é crí- tica, mas eu acho que ele tem que ser menor porque temos que pensar muito no custeio depois.
Passando da cultura para a po- lítica: o sr. é candidato a pre- feito da capital?
Pré-candidato. Eu conver- sei com o governador que gostaria de disputar. O momento agora é de discu- tir as prévias, qual será o modelo.
Qual foi a reação dele?
Normal.
Normal é o quê?
Ele acha bom, primeiro porque você tem mais gen- te disputando, isso é im- portante para o partido. Se- gundo, o debate que se abre de agora até as pré- vias é uma chance de movi- mentar o partido, motivar.
O sr. então não vai usar estra- tégia de negar até a última ho- ra que é candidato...
Não. Nesse aspecto, é um desejo que eu tenho, por afinidade com a cidade. Eu nunca quis disputar elei- ção, mas eu me encantei no período em que fiquei na prefeitura. É uma coisa visível em mim, então se- ria inútil esconder.
E o sr. prevê que haverá um consenso fácil no seu partido, ou disputa acirrada?
Por mim, haverá consenso.
A discussão será boa e a re- sultante, para quem ficar, será um programa mais completo. Acho positivo.
E qual será sua grande bandei- ra, se for o candidato?
Não sei ainda. Minha preo- cupação no momento é com a Secretaria de Cultu- ra, por um lado, e, por ou- tro, com a definição das prévias.
De certa forma, o sr. já está conciliando a secretaria com a aproximação dos eleitores, não? Até novela o sr. comenta no Twitter...
Ah, isso eu sempre fiz! Se você olhar o meu histórico, vai ver. Eu gosto de novela, eu acho que elas te conec- tam com a sociedade. Re- des sociais também. Para mim, na prefeitura, foi o grande instrumento de tra- balho. Pude contar com as pessoas como grandes fis- cais da cidade. Eu sempre fui cidadão, sempre gostei da cidade, desde que fazia campanha pelos bairros, com Fernando Henrique, com Covas. Não vou mudar meu jeito porque sou can- didato. Você nunca me viu de jeans e camiseta visitan- do a periferia, não vai me ver agora. Eu sou como eu sempre fui. METRO
Metro entrevista
O secretário da Cultura, Andrea Matarazzo: sobrenome de peso na história da cidade
Secretário de Estado da Cultura fala sobre projetos na capital e no interior Na política, se lança como pré-candidato do PSDB à prefeitura
“Disputar a eleição é uma coisa visível em
mim. Seria inútil esconder.”
SOBRE FALAR ABERTAMENTE DA PRÉ-CANDIDATURA
ANDREA MATARAZZO
‘ABERTURA DO MAC SÓ DEPENDE DA USP’
FOTOS: ANDRÉ PORTO/METRO
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SEGUNDA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2011
são paulo
Nome: Andrea Matarazzo Idade: 54
Nascido em: São Paulo, na maternidade Matarazzo, Jardim Paulista
Família: Casado com Sonia Matarazzo, dois filhos
É: Secretário da Cultura do Estado de São Paulo (desde 2010)
Já foi: Secretário de Coordenação das Subprefeituras de São Paulo (2007 a 2009);
subprefeito da Sé (2005 a 2007); secretário municipal de Serviços (2005 e 2006); em- baixador do Brasil na Itália (2001 e 2002);
ministro- chefe da Secretaria de Comunica- ção de Governo da Presidência (1999 a 2001); secretário de Energia do Estado de São Paulo (1998), entre outros cargos Projeto: Ser prefeito de São Paulo Internet: www.andreamatarazzo.com.br Twitter: @AndreaMatarazzo
(16.820 seguidores)
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SEGUNDA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2011
06 brasil
As mulheres dão as cartas.
E não apenas na hora de fa- zer as compras para o al- moço ou escolher os produ- tos de higiene do marido – assuntos em que 86% e 82%
dos entrevistados disseram que a vontade das mulhe- res define a decisão, res- pectivamente –, mas em praticamente todas as questões da casa.
Os dados foram revela- dos por uma pesquisa do instituto Data Popular, que entrevistou 9.141 homens casados ou que moram jun- to com a mulher em 251 municípios do país.
A vontade feminina é decisiva desde a hora de ad-
ministrar o dinheiro da ca- sa (82% dos homens disse- ram que elas administram o orçamento doméstico e 65%, inclusive as econo- mias pessoais) até a roupa que o marido vai usar . Se- gundo 82% dos entrevista- dos, mesmo as roupas que eles vestem passam pela vontade da mulher.
Na hora de planejar as férias, o cenário é o mes- mo. Segundo 82% dos ho-
mens, elas definem quan- do, como e onde o casal vai descansar. As mulheres também têm poder de deci- são sobre os aparelhos ele- trônicos em mais da meta- de dos casos (56%) e ainda dão a palavra final na hora de trocar o carro ou a moto da família (69%).
Renda
Além de mandar em casa, as mulheres estão ganhan- do mais. De 2002 para 2011, a massa de renda feminina cresceu 68,2%, crescendo de R$ 412 bilhões para R$ 693 bi. Em comparação, a mas- sa de renda masculina cres- ceu apenas 43%. METRO
Um coronel aposentado de Belém (PA) foi reconhecido por quatro ex-soldados que combateram a Guerrilha do Araguaia (1972-74) como o médico de bases militares onde há suspeitas de terem ocorrido torturas e uso de injeções letais.
O jornal “Folha de S.
Paulo” apresentou aos qua- tro ex-soldados uma foto da candidatura do coronel aposentado a deputado fe- deral em 2002. Ele não foi eleito. Segundo as testemu-
nhas, Walter da Silva Mon- teiro, 74 anos, era conheci- do como “capitão Walter”
Os ex-soldados contaram que se falava nos quartéis que duas guerrilheiras ha- viam sido mortas com inje- ções letais aplicadas pelo coronel, na época capitão.
O coronel aposentado nega que tenha combatido no Araguaia. Ele se recusou a informar os locais em que trabalhou com o Exército e afirmou que tinha 16 anos e nem era formado na épo-
ca. No entanto, documen- tos apontam que ele tinha 35 anos.
O nome do coronel apo- sentado surgiu em abril deste ano, em relatos regis- trados em vídeos que inte- grantes do governo que tra- balham para achar os ossos de ativistas políticos desa- parecidos durante a ditadu- ra estão recolhendo.
O coronel vai ser chama- do para depor na Comissão sobre Mortos e Desapareci- dos Políticos. METRO
Elas decidem
Porcentagem de maridos que dizem que a mulher manda
nos alimentos 86%
que consomem
nos produtos de 82%
higiene que usam
no controle da 82%
renda familiar
no planejamento 82%
das férias
nas roupas 77%
que vestem
Carrinho que caiu do brinquedo
MARCOS VELOSO/FUTURA PRESS
Elas escolhem a roupa de 77% dos maridos e também dão a palavra final na hora de trocar o carro da família
Homens admitem que as
mulheres mandam na casa
Médico que aplicava injeção letal no Araguaia é reconhecido por 4
Menina morre em acidente em brinquedo
Uma jovem de 17 anos mor- reu e 8 pessoas ficaram feri- das num acidente em um parque de diversões no Rio de Janeiro na madrugada de ontem. Um carrinho do brinquedo Tufão, com seis pessoas, se soltou e acertou a jovem, que estava na bi- lheteria comprando um in- gresso. Os seis ocupantes e mais duas pessoas ficaram feridos. METRO
82%dos maridos dizem que a companheira controla o orçamento familiar, segundo pesquisa com 9.141 homens no país.
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SEGUNDA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2011
brasil 07
A polícia do Rio de Janeiro diz ter recebido pelo menos uma informação valiosa pa- ra a investigação do assassi- nato da juíza Patrícia Louri- val Acioli, 47, morta na últi- ma quinta-feira com 21 ti- ros, em Niterói.
Até a tarde de ontem, 64 telefonemas sobre o crime foram recebidos pelo Dis- que Denúncia. De acordo com a polícia, não há hipó- teses descartadas para o mo- tivo do assassinato. Milícias, grupos de extermínio e má- fias de vans estão entre os principais suspeitos. A juíza era conhecida por aplicar punições severas a policiais.
O nome dela estava em uma lista de pessoas “mar- cadas para morrer”. O nome de Patrícia aparece ao lado
do de outras 11 pessoas em uma relação encontrada com um chefe de uma milí- cia carioca.
Outro suspeito é o namo- rado da juíza, o cabo da PM Marcelo Poubel. De acordo com a Secretaria de Segu- rança do Rio de Janeiro, em 2006, uma queixa foi regis- trada contra o policial por uma agressão sofrida pela juíza em uma churrascaria.
Outra queixa por agressão foi registrada no início deste ano, quando os dois esta- vam separados. O PM inva- diu a casa da juíza e a fla- grou no quarto com outro homem. Poubel prestou de- poimento anteontem.
A juíza foi assassinada em uma emboscada em frente a sua casa, em Niterói. METRO
Pelo menos 15 pessoas pre- sas na Operação Voucher, da Polícia Federal, devem ser denunciadas à Justiça pelo Ministério Público pe- los desvios no Ministério do Turismo. Elas são acusados de formação de quadrilha, peculato e improbidade ad- ministrativa.
Entre os nomes que de-
vem ser denunciados, está o do nº2 do ministério, Fre- derico da Silva Costa.
De acordo com a Polícia Federal, cerca de R$ 3 mi- lhões destinados à capaci- tação de funcionários de turismo no Amapá foram desviados do ministério. O MP diz que as aulas nunca aconteceram. METRO
Familiares se emocionam durante enterro da juíza
RAFAEL ANDRADE/FOLHAPRESS
Namorado de Patrícia Acioli, PM está entre os suspeitos do crime
Ligação pode esclarecer morte de juíza do Rio
MP deve denunciar 15 por desvios no Turismo
O Ministério da Agricultura pagou R$ 6,5 milhões a uma empresa com sede de fachada e registrada em no- me de laranjas.
Segundo informações di- vulgadas ontem pela “Folha de S.Paulo”, a Commerce Comércio de Grãos Ltda es- tá entre as dez empresas que mais receberam di- nheiro do ministério em 2011. Com 1 ano e 2 meses de existência, a empresa es-
tá registrada no endereço de um sobrado em Mogi- Mirim que não traz qual- quer identificação.
As pessoas registradas co- mo donas da empresa mo- ram em casas simples da pe- riferia de Belo Horizonte e são funcionárias de um gru- po de empresários acusados pelo MP (Ministério Público) de fazer parte de um grande esquema de sonegação de impostos. METRO
Agricultura pagou R$ 6,5 mi a laranjas
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SEGUNDA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2011
08 economia
Mulheres decidem
compra por qualidade
As consumidoras brasilei- ras valorizam mais a quali- dade do que o preço, se- gundo a pesquisa Mulheres do Amanhã, realizada pela Nielsen, empresa especiali- zada em informação e pes- quisa de mercado.
O estudo mostra que o principal fator de fideliza- ção das mulheres a uma marca é a qualidade dos produtos, seguida pela con- fiança e, apenas em tercei- ro lugar, o preço.
Segundo a consultoria, o preço é um elemento racio- nal de fidelização, mas, com a melhora da renda da população, elementos co- mo bem-estar e sofisticação ganham importância.
No que diz respeito à confiança feminina em uma marca, o estudo da Nielsen mostra que a reco- mendação de conhecidos é a fonte de propaganda mais confiável entre as mulhe- res. METRO
Preço é apenas a terceira preocupação das mulheres
FERNANDO DONASCI/FOLHAPRESS
Moagem de cana está abaixo das expectativas Sem matéria-prima, produção de etanol é prejudicada
Falta do produto no mercado vai inflacionar o preço
Preço do álcool vai subir
Entressafra pode durar seis meses, o que vai levar ao encarecimento do etanol
CESAR GRECO/FOTOARENA/FOLHAPRESS
O “yield” (indicador que re- flete o preço das passagens) da companhia aérea Gol deve subir de 4% a 5% nos próximos meses. Segundo a companhia, isso não sig- nifica que essa alta será re- passada integralmente ao preço das tarifas .
No segundo trimestre do ano, o yield da operadora caiu 13,8% em relação ao mesmo período do ano pas- sado, e 8,2% no comparati- vo com os três primeiros
meses de 2011. A situação era considerada anormal pela Gol, que justificou a elevação do indicador pelo aumento de custos, como mão de obra e petróleo.
Recentemente, a TAM também já havia anunciado que prevê uma recuperação de 5% no yield para o tercei- ro trimestre. O índice repre- senta o valor médio pago por passageiro para voar um quilômetro. O aumento do indicador pode ser feito,
por exemplo, com a dimi- nuição de promoções.
Webjet
A Gol, que anunciou on- tem um prejuízo no se- gundo trimestre, espera incorporar os resultados da Webjet em seu balanço já no próximo trimestre. A companhia low-cost, que teve a aquisição divulgada no mês passado, tem uma dívida de R$ 214,7 mi- lhões. METRO
Aumento do “yield” não será repassado integralmente ao preço das passagens, diz a companhia
ADRIANO VIZONI/FOLHAPRESS
Passagens da Gol vão ficar até 5% mais caras
Prejuízo
Perda crescente: O prejuí- zo líquido foi de R$ 358,7 milhões no último trimes- tre, contra resultado tam- bém negativo de R$ 51,9 milhões no mesmo perío- do do ano passado.
Motivos: A empresa diz que o resultado se deve ao ce- nário competitivo no mer- cado brasileiro e pressão nos custos operacionais.
O motorista pode se prepa- rar para pagar mais caro, pois o etanol vai subir nas próximas semanas. O moti- vo é o fraco resultado da sa- fra 2011/2012 de cana-de- açúcar até aqui. Na última semana, a Unica (União da Indústria da Cana-de- Açúcar) revisou para baixo a estimativa da moagem.
A nova projeção aponta para uma moagem de 510,24 milhões de tonela- das, uma redução de 4,36%
em relação à última revi- são (533,50 milhões) e que- da de 8,39% sobre o valor fi- nal da safra passada (556,95 milhões).
Isso deverá antecipar o encerramento da colheita, aumentar a entressafra e desabastecer o mercado.
Com menos álcool combus- tível à disposição, os postos vão ter de aumentar o pre- ço cobrado do consumidor.
“Os dados de julho mos-
traram que a geada e o flo- rescimento da cana impac- taram a produtividade com maior intensidade do que havíamos inicialmen- te previsto”, explica o dire- tor técnico da Unica, Anto- nio de Padua Rodrigues.
Muitas usinas do centro- sul vão antecipar a colheita em até três meses, para o início de setembro. Com is- so, a entressafra vai durar seis meses, provocando uma grande pressão sobre os preços até o mês de abril do ano que vem.
O encarecimento do combustível, no entanto, pode chegar já neste mês:
houve queda de 17,48% na produtividade agrícola da área colhida em julho, mo- tivo pelo qual deve faltar cana para a produção do etanol. Os postos que não tiverem o produto em esto- que podem enfrentar desa- bastecimento. METRO
0 500 1000
Moagem
As projeções da Unica apontam para o aumento de preços
556,9 533,5 510,2
SAFRA 2010 PROJ. PASSADA PROJ. ATUAL
21bilhões de litros de etanol serão produzidos com a cana desta safra, uma que- da de 6,8% em relação à última projeção. Na safra passada foram 25,39 bilhões de litros, ou 17,2% a mais.
Julgamento de
Mubarak recomeça
Egípcios se juntam para acompanhar a primeira parte do julgamento, no último dia 3
MOHAMED ABD EL GHANY/REUTERS
O histórico julgamento do ex-ditador egípcio Hosni Mubarak recomeça hoje. A primeira sessão em tribu- nal contra um líder depos- to durante as revoltas no mundo árabe teve início no último dia 3, mas só deve ser concluída hoje.
Mubarak, que estaria en- frentando graves proble- mas de saúde, está interna- do em um hospital próxi- mo ao Cairo, onde será rea- lizado o julgamento. Na primeira audiência, o ex-di- tador – que assumiu o po- der em 1981 e só caiu no úl- timo mês de fevereiro – chegou de maca ao tribunal e respondeu às perguntas da procuradoria deitado, utilizando um microfone.
Mubarak e seus filhos
podem ser condenados à pena de morte se forem considerados culpados por planejar o ataque contra os manifestantes que pediam a sua renúncia.
O ex-ministro do Inte- rior Habib al-Adly também está sendo julgado. A sua sessão, que ocorria ontem, foi adiada para o próximo dia 5 de setembro. METRO
Ex-ditador do Egito e seus filhos podem receber a pena de morte
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SEGUNDA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2011
mundo 09
850manifestantes foram mortos pelo exército egípcio durante a re- volta do início do ano, entre janeiro e feverei- ro. Mubarak é acusado de ordenar os ataques.
DARREN STAPLES/REUTERS
Ingleses pedem paz
Centenas de pessoas participaram ontem de uma manifestação pela paz em Birmingham, segunda maior cidade do Reino Unido. O país foi atingido por uma série de distúrbios na semana passada.
Distúrbios
Mulher reza; três muçulmanos foram mortos em Birmingham durante os tumultos
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SEGUNDA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2011
10 mundo
Obama está em baixa entre os eleitores
A aprovação do governo do presidente Barack Obama nos EUA caiu para 39% – o menor nível desde a sua posse, em janeiro de 2009 –, segundo pesquisa do ins- tituto Gallup.
O levantamento, divul- gado ontem, também a -
ponta que 54% dos entre- vistados desaprovam a per- formance do presidente, o maior índice de rejeição re- gistrado desde que Obama chegou à Casa Branca. A crise financeira do país é o que mais vem desagradan- do aos eleitores. METRO
Atirador volta à ilha para reconstituição
A polícia da Noruega levou o atirador Anders Behring Breivik de volta à ilha de Utoeya para a reconstitui- ção do massacre de 69 pes- soas que participavam de um encontro de jovens do Partido Trabalhista do país, no último dia 22.
Dezenas de agentes acompanharam Breivik, e um helicóptero da polícia sobrevoou a ilha durante toda a reconstituição, que
durou cerca de oito horas.
Breivik explicou em de- talhes como cometeu o ata- que, e mostrou como e on- de fez os disparos. METRO
200estavam sen-pessoas tadas na área VIP entre o palco e a arquibancada, onde houve o desabamento.
Rajadas de vento causam acidente em feira de música country Governo do Estado de Indiana declara emergência Evento foi cancelado ontem
Palco de show desaba e
mata 5 nos EUA
Fãs e equipes de emergência buscam vítimas abaixo da lona do palco após desabamento
STEVE BAKER/REUTERS
A presidente argentina, Cristina Kirchner, foi a mais votada na prévia para as eleições presidenciais do país, marcadas para o pró- ximo mês de outubro. Cris- tina recebeu 45% dos votos no pleito, realizado para excluir da lista final de can- didatos aqueles que não fo- rem escolhidos por pelo menos 1,5% dos eleitores.
Eduardo Duhalde e Ri- cardo Alfonsín vieram logo na sequência da presiden- te, com 20% e 19%, respecti- vamente. Kirchner e o ex- vice-presidente Duhalde pertencem ao peronismo, mas são candidatos por frentes diferentes, por isso não competem entre si.
Houve participação de 65% do eleitorado, índice considerado alto pelas au- toridades argentinas. Esta foi a primeira vez que a Ar-
gentina realizou prévias para definir os candidatos de uma eleição. Além das vagas para a presidência, houve votação para deputa- dos provinciais e senado- res. METRO
Cristina Kirchner sai na frente na corrida eleitoral
Pelo menos cinco pessoas morreram e outras 40 fica- ram feridas após o palco da feira de Indianápolis, nos EUA, desabar na madruga- da de ontem. No momento do acidente, nenhuma ban- da estava se apresentando, mas os fãs aguardavam a apresentação da dupla country Sugarland.
Segundo autoridades do Departamento de Seguran- ça da cidade, uma forte ra- jada de vento causou o aci- dente. Equipes médicas e de resgate se deslocaram para a State Fairgrounds, onde é realizada anual- mente a feira.
O governo informou que os feridos foram levados imediatamente para os hospitais Wishard e Metho- dist e os participantes do
evento foram evacuados.
De acordo com relatos de pessoas que estavam presentes no evento, a ven- tania começou de repente.
A cantora Sara Bareilles, que abriu as apresentações, comentou com o público que a noite estava muito bonita logo após terminar o seu show, apenas 30 mi- nutos antes da tragédia.
O escritório do Departa- mento de Segurança Nacio- nal no Estado de Indiana declarou nível de emergên- cia 1 devido aos ventos, de acordo com a rede de tele- visão americana Fox. A fei- ra não abriu ontem.
A State Fairgrounds é realizada anualmente em Indianápolis e tem shows, competições e venda de ga- do. METRO COM AGÊNCIAS
MÉXICO CANADÁ
Indiana ESTADOS UNIDOS
A M É R I C A D O N O R T E
Golfo do México Indianapolis
Localização
Indianápolis é a capital de Indiana, no centro-oeste dos EUA
19%RICARDO ALFONSÍN
45%CRISTINA KIRCHNER
OUTROS16%
EDUARDO 20%
DUHALDE
Boca de urna
Resultado prévio, segundo pesquisa da TV C5N
Luta contra o câncer
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, retornou ontem a Caracas após encerrar a segunda fase do tratamento de qui- mioterapia em Havana, capital de Cuba. Diferentemente de outras oportunidades, em que esbanjava otimismo em rela- ção à sua luta contra o câncer, desta vez o líder socialista en- fatizou que ainda não superou a doença.
“O que quero dizer ao povo é o que Fidel insistia: ‘Chávez, não se deixe levar pelos impulsos. Você mesmo pode se convencer de que tudo já passou,
e o povo pode começar a acreditar que tudo já passou’. Não passou.”
“Ele não se mostrou impassível, mas não apresentou nenhum sinal de arrependimento.”
PAL-FREDRIK HJORT, PORTA-VOZ DA POLÍCIA
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turismo www.metropoint.com
SEGUNDA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2011
11
Hotel Randolph
Pelas ruas de
Oxford
A cidade de Oxford, na In- glaterra, vibra com a his- tória e é difícil não ser inspirado por sua arquite- tura impressionante. O principal marco da cidade são as 38 universidades, onde grandes mentes flo- resceram, como Oscar Wilde e JR Tolkien, autor da obra de ficção “O Se- nhor dos Anéis”.
Além de receber profes- sores e alunos de sucesso, as antigas faculdades fo- ram cenário de alguns fil- mes da saga do bruxo Har- ry Potter. O salão da Igreja Christ serviu de modelo para a grande sala de jan- tar de Hogwarts. Os claus- tros do Colégio Novo foi o local onde Draco Malfoy, um dos personagens do longa, foi transformado em furão no filme “Harry Potter e o Cálice de Fogo”.
Mas não são apenas as faculdades de Oxford que atraem os turistas. Os mu- seus da cidade também são impressionantes. En- tre eles destaca-se o museu de história natural da uni- versidade Victorian Gothic e o Ashmolean, museu mais antigo da Grã-Breta-
nha. Fundado em 1683, o Ashmolean é um tesouro de descobertas. Após a visi- ta, os turistas podem de- gustar da gastronomia me- diterrânea no restaurante do museu e apreciar as paisagens da cidade no ter- raço do local.
Outro ponto turístico in- dispensável nos roteiros de viagem é o Castelo de Ox- ford. Essa imponente forta- leza foi uma prisão até 1996, mas agora é o lar de restaurantes, bares e um hotel boutique glamouro- so: a Malmaison.
EMMA E. FOREST
METRO INTERNACIONAL
800
anos foi o período em que Oxford foi a casa de realezas e estudio- sos. A Universidade de Oxford é um dos pon- tos turísticos mais visi- tados na região, já que é a faculdade mais an- tiga da Inglaterra.
Arquitetura e universidades da cidade inglesa atraem turistas
FOTOS: METRO INTERNACIONAL
Aonde ir
O Metro dá dicas para melhorar a sua viagem a Oxford Restuarante: o ele- gante Grand Cafe (www.thegrandcafe.
co.uk) é um ótimo local para almoçar, tomar um drink ou um café no meio do dia. A arquitetura do local é outro ponto forte da casa.
Bares: para relaxar em estilo inglês, a dica é o pub Freud.
(www.freud.edu).
Noite inglesa: para desfrutar de uma noite tipicamente inglesa, a sugestão é o coral do New College, que acontece todas as noites, às 18h15.
CAMILA.BEM
@METROJORNAL.COM.BR
Em pleno inverno, sabo- rear um chá forte para espantar o frio combina perfeitamente com um de- licioso cupcake, que vem conquistando cada vez mais fãs pelo Brasil. Com uma receita fácil e muita imaginação, é possível pro-
duzir mais que simples do- ces: fazer cupcake vira arte divertida de comer.
Eles lembram os boli- nhos tipo muffins, só que mais delicados, e, aqui no Brasil, são decorados com diferentes tipos de cobertu- ra: creme de manteiga,
chantilly, glacê, geleia, fru- tas, chocolate, entre outras delícias.
Se traduzirmos, a pala- vra cupcake significa “bolo na xícara”. Ele tem esse no- me não só pelo tamanho como pela forma que se media (e ainda se mede) a
quantidade dos ingredien- tes: com uma xícara.
Febre no Brasil de al- guns anos para cá, o boli- nho cheio de charme já es- tá presente em festas, casa- mentos, reuniões ou sim- plesmente como sobreme- sa. Os cupcakes combinam com qualquer ocasião e, pela diversidade de sabo- res, coberturas e formatos, causam boa impressão a quem vê, além de muita vontade de experimentar todos os tipos.
Origem
O cupcake foi criado na Inglaterra no início do sé- culo 19 e era apenas um
pequeno bolo de baunilha coberto com fondant (pasta especial que serve para co- brir e rechear bolos), servi- do no tradicional chá das cinco inglês.
Originalmente os sabo- res eram básicos, feitos pa- ra crianças. Hoje se encon- tram as mais diversas com- binações de massas, re- cheios e coberturas.
Além disso, o original não possui recheios, mas, para ser adaptado ao nosso paladar, o cupcake recebeu recheios deliciosos, entre frutas e outras delícias.
Com variedade de sabores, doce inglês vem conquistando brasileiros de todas as idades Coberturas vão de geleias e frutas a creme de manteiga, glacê e chocolate
Cupcake é
o bolinho da vez
Doce de tamanho ideal é ótima sugestão de presente
gastronomia
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SEGUNDA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2011
Do seu jeito
Ele pode ter as cores que você mais gosta e o seu sabor preferido Massa
Existem muitas receitas diferentes de cupcake, basta procurar na inter- net que em cinco minu- tos você será capaz de encontrar mais de cem delas. Escolha a que mais o agrada.
Recheios exóticos Para adaptar-se ao gos- to dos brasileiros, há re- cheios deliciosos como:
trufados; geleias de mo- rango, framboesa, da- masco, maracujá, amo- ra, nozes, castanha de caju, cupuaçu, goiaba, graviola; creme de bau- nilha, doce de leite;
ganache de limão e chocolate.
Cobertura
O tradicional possui co- bertura de fondant, mas aqui ele também ganhou diversos tipos de cober- tura: creme de manteiga, chantilly, glacê, geleia, frutas, chocolate, entre outras delícias.
Confeitos
Para tornar a brincadei- ra ainda mais divertida, você pode enfeitar o seu cupcake com o que quiser, inclusive perso- nalizar com carinhas di- vertidas ou outros doci- nhos coloridos.