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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

O IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO E SEUS IMPACTOS NO

COMÉRCIO NACIONAL

Marie Strentzke Curi

Cuiabá-MT

2016

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MARIE STRENTZKE CURI

O IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO E SEUS IMPACTOS NO

COMÉRCIO NACIONAL

Monografia apresentada, para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis à UFMT – FACC.

Prof. Dr. Varlindo Alves da Silva

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FOLHA DE APROVAÇÃO/AVALIAÇÃO

Marie Strentzke Curi

O imposto de importação e seus impactos no comércio nacional. Monografia defendida e aprovada em 05/04/2017 pela banca examinadora constituída pelos professores:

________________________________ Prof. Dr. Varlindo Alves da Silva

Presidente

_________________________________ Prof. Ms. Manoel dos Santos SIlva

Membro

___________________________________ Prof. Ms. João Soares da Costa

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DEDICATÓRIA

Primeiramente, agradeço a Universidade Federal de Mato Grosso pela excelente equipe de profissionais, em seguida ao Departamento de Ciências Contábeis que sempre esta tendente a ampliar os conhecimentos dos seus alunos da melhor maneira possível, sendo guiado pelo excepcional professor Ms. Ney Mussa e sua equipe, no mais é plausivel agradecer aos professores que mais me marcaram durante o período do meu curso, foram eles, o professor Benedito Albuquerque, a professora Ana Maria e a professora Gisele Silvente.

Em especial, quero agrader ao professor Dr. Varlindo Alves Silva, que a partir do momento em que aceitou ser meu orientador, sempre esteve disposto a me orientar pessoalmente, mostrando os caminhos do conhecimento com alegria e entusiasmo e o seu conhecimento certamente fez a diferença para o enriquecimento deste trabalho. Essa disposição e profissionalismo marcaram a minha vida, com uma eterna admiração e carinho pelo senhor, pois, incansalvelmente, o senhor insistiu para que eu buscasse aprendizado, algo novo, para que eu ampliasse o meu conhecimento, e assim, possa ser uma ótima profissional, acreditando ser possível sempre melhorar.

Também agradeço aos meus pais que fizeram a diferença na formação da minha personalidade. E também me ajudaram a não desistir dos meus sonhos, vocês fizeram de mim a pessoa que sou hoje e eu só tenho motivos para agradecer.

Agradeço a professora Luci Kroetz Fernandes Maso, pela revisão de texto que melhorou da qualidade do meu trabalho.

Enfim, agradeço a todos que fazem parte da minha vida e que de alguma forma contribuíram para este trabalho.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AEC - Arancel Externo Común (Tarifa Externa Comum) AVA - Acordo de Valoração Aduaneira

BIT - Bens de Informática e Telecomunicações BK - Bienes Kapital (Bens de capital)

CAMEX - Câmara do Comércio Exterior CE - Comunidade Europeia

CL - Clasificación de productos considerados Bienes de Capital COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social CTN – Código Tributário Nacional

E/Z -Tributación Extra Zona

GATT - A General Agreement on Tariffs and Trade (Acordo Geral sobre Pautas Aduaneiras e Comércio)

I/Z -Tributación Intra Zona

ICMS – Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação

IOF - Inposto sobre Operações Financeiras IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados MERCOSUL - Mercado Comum do Sul

NCM - Nomenclatura Comum do MERCOSUL OMC - Organização Mundial do Comércio PIS – Programa de Integração Social SECEX – Secretaria de Comércio Exterior SRF – Secretaria da Receita Federal TEC – Tarifa Externa Comum

TGA -Tasa Global Arancelaria (Taxa Global Aduaneira) UVF- Unidad de Volumen Físico

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Códigos e suas especificações ... 24

Tabela 2 Códigos e suas especificações ... 32

Tabela 3 Harmonized Tariff Schedule of the United States (2016) Supplement-1 Annotated for Statistical Reporting Purposes ... 43

Tabela 4 Harmonized Tariff Schedule of the United States (2016) Supplement-1 Annotated for Statistical Reporting Purposes ... 44

Tabela 5 Harmonized Tariff Schedule of the United States (2016) Supplement-1 Annotated for Statistical Reporting Purposes ... 44

Tabela 6 Tabela NCM capítulo 84- Refrigerador... 48

Tabela 7 Tabela NCM capítulo 84 - Computador ... 48

Tabela 8Tabela NCM capítulo 87 Veículo ... 49

Tabela 9 Resumo da Base Legal de tributos e alíquotas de importação no Brasil para os produtos (Refrigerador, Computador e Veículos) ... 50

Tabela 10 Custo unitário de compra com a incidência do IOF (imposto sobre operações financeiras) - Refrigerador ... 51

Tabela 11 Custo unitário de compra com a incidência do IOF (imposto sobre operações financeiras) - Computador ... 51

Tabela 12 Custo unitário de compra com a incidência do IOF (imposto sobre operações financeiras) - Veículo ... 52

Tabela 13 Despesas Aduaneiras com incidência de IOF ... 52

Tabela 14 Corresponde ao valor total da nota fiscal referente a cada produto, o valor total da nota fiscal é o valor aduaneiro... 53

Tabela 15 Valor a ser pago do II (imposto de importação) sobre cada mercadoria ... 54

Tabela 16 Incidência de ICMS a alíquota de 17% no Estado de Mato Grosso... 55

Tabela 17 Valor do IPI a ser pago na importação ... 56

Tabela 18 Demonstração do cálculo do PIS sobre importação ... 57

Tabela 19 Demonstração do cálculo do COFINS sobre importação ... 58

Tabela 20 Exibição de todos os impostos incidentes na importação do refrigerador do NCM 8418.10.00 ... 59

Tabela 21 Exibição de todos os impostos incidentes na importação do computador do NCM 8471.30.12 ... 60

Tabela 22 Exibição de todos os impostos incidentes na importação do veículo do NCM 8703.23.10 ... 61

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7 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 10

1.1 NECESSIDADE DE SE IMPORTAR MERCADORIAS ... 10

2 BASE LEGAL ... 14

2.1 TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS ... 15

2.2 DEFINIÇÃO DOS IMPOSTOS QUE SÃO APLICADOS NA IMPORTAÇÃO ... 16

2.3 VALOR ADUANEIRO ... 16

2.4 DETERMINAÇÃO DO VALOR ADUANEIRO ... 18

2.5 TARIFA EXTERNA COMUM ... 19

2.6 CÂMARA DO COMERCIO EXTERIOR ... 20

2.7 IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO ... 21

2.7.1 Imposto de Importação ... 21

2.7.1.1 Impostos sobre produtos industrializados ... 23

2.7.1.2 Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados ... 23

2.7.1.3. RIPI (Regulamento do IPI) na importação ... 26

2.7.1.4 PIS e COFINS na importação ... 29

2.7.1.5. Do IOF – Imposto sobre Operações Financeiras ... 34

2.7.2 Taxas alfandegárias ... 35

2.7.3 Cláusulas de operações mercantis: Frete CIF (Cost, Insurance and Freight) e Frete FOB (Free On Board) ... 38

2.7.4 Impostos de Competência do Estado de Mato Grosso ... 39

2.7.4.1 ICMS - Regulamento 2014 ... 39

2.8 LEGISLAÇÃO DE IMPORTAÇÃO E IMPOSTOS INCIDENTES DOS ESTADOS UNIDOS ... 41

2.9 LEGISLAÇÃO DE IMPORTAÇÃO E IMPOSTOS INCIDENTES DO URUGUAI ... 44

3 ANÁLISE DO ESTUDO DE CASO ... 50

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8 REFERÊNCIAS ... 66 ANEXO 1 ... 70 ANEXO 2 ... 71 ANEXO 3 ... 72 ANEXO 4 ... 73 ANEXO 5 ... 74 ANEXO 6 ... 75

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9 RESUMO

Esta monografia teve como objetivo estudar e analisar o comportamento do imposto no âmbito nacional, a legislação vigente no Brasil e a necessidade da aplicação da barreira tarifária pelo governo e, por fim, comparar com outros países (Estados Unidos e Uruguai), que seguem linhas distintas de protecionismo. A metodologia utilizada para realizar a monografia foi bibliográfica, com estudo de caso que leva em consideração informações do Brasil, Estados Unidos e Uruguai. Como base bibliográfica foi utilizada as legislações vigentes que tratam de importação e dos impostos incidentes nessas operações. O tema mostrou-se relevante por comparar a aplicação do Imposto de forma que as empresas nacionais consigam competir com o mercado internacional em equivalência de oportunidades e, com o estudo de caso, mostramos a sua importância. Na fundamentação teórica abordou-se a base legal de importação dos tês países contemplados no estudo de caso. No estudo de caso do trabalho foram apresentados os aspectos fiscais e através de um exemplo demonstrou-se os aspectos contábeis relacionados ao imposto de importação. Com isso, constatou-se que, com as comparações entre os preços nacionais com o dos produtos vendidos no exterior, identificamos que há necessidade da interferência do governo pelo imposto de importação, porque a maioria dos produtos precisa de uma equivalência de preço para garantir sua manutenção no mercado nacional.

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1 INTRODUÇÃO

1.1 NECESSIDADE DE SE IMPORTAR MERCADORIAS

O comércio internacional está presente na história da humanidade, principalmente após a revolução industrial que demonstrou a importância econômica de se comercializar mercadorias entre países. A globalização fomentou o aumento do fluxo de mercadorias a serem comercializadas entre as nações e como consequência da globalização, os estados necessitaram se adequar as normas internacionais de produção, industrialização e comercialização de modo a padronizar as relações internacionais e se tornarem mais eficientes na produção especializada. Com a produção especializada haveria mais manufaturas de um determinado produto e seu excedente seria exportado para os demais países, já com os produtos que não são produzidos ou produzidos em baixa escala seria feita a importação, gerando assim, benefícios entre as nações, visto que cada país importa e exporta mercadorias, com as suas especialidades. Portanto, se houve a necessidade de uma instrução padronizada em relação ao comercio internacional.

Neste sentido podemos usar as palavras de Platão: “seria impossível fundar uma cidade num local onde não houvesse necessidade de importar nada”

A necessidade das transações se fixaram nas nações, está no fato dos povos não consumirem tudo que produzem e nem produzirem tudo que consomem, o que gerou a necessidade de se comercializar internacionalmente, o que garante o progresso das nações envolvidas.

O governo federal interfere no escoamento dessas mercadorias para que, desse modo, os produtos nacionais tenham a preferência em abastecer o mercado

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nacional, sendo assim, o governo tenta evitar que o número de exportações seja maior que o número de importações.

A balança comercial é a relação entre as exportações e as importações de um país. Quando o valor das exportações (+) é maior do que o das importações (-), a diferença positiva é denominada superávit. Na situação contrária, a diferença negativa é denominada déficit (FABRETTI, 2005, p. 53).

Os produtos não essenciais ou essenciais que possuam produto similar nacional são tributados com alíquotas mais elevadas, para dar sempre preferência aos que são produzidos ou industrializados no Brasil.

O Governo, com base na sua competência para instituir e cobrar impostos, discriminada na Constituição Federal, bem como para regulamentar as operações de comércio internacional, vale-se de vários mecanismos para instrumentalizar esta sua competência, tais como: Leis, Medidas Provisórias, Decretos-Lei, Resoluções, Portarias, Instruções Normativas e outros (MALUF, 2000, p.24).

O comércio de importação para a maioria da população é um enigma a ser decifrado, tentaremos aqui expor como o imposto de importação apresenta impactos no comércio nacional, bem como entender esse impacto vislumbrando o acesso a novos mercados, novas tecnologias e novos fornecedores, com relação às empresas e ao país, uma vez que o imposto de importação tem incidência sobre bens de vendas, por fim, a aplicabilidade do protecionismo frente ao livre cambismo em países em desenvolvimento.

No presente trabalho, abordaremos o imposto de importação e seus impactos no comércio nacional. Com foco no imposto de importação incidente sobre bens de vendas, os incentivos fiscais para importação e seus impactos no comércio nacional e a aplicabilidade do protecionismo frente ao livre cambismo em países em desenvolvimento.

Este trabalho se justifica, pois, o imposto de importação possui incidencias sobre bens de vendas o estudo sobre o mesmo é importante, para entender se a carga tributária, o protecionismo e incentivos fiscais são realmente necessários no Brasil, Uruguai e Estados Unidos.

Nesse estudo, analisamos quais as ações e objetivos aplicados pelo poder executivo em face do imposto que discrimina os produtos importados dos nacionais.

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No Brasil, o imposto de importação é praticado como forma de que as empresas nacionais consigam competir com o mercado internacional em equivalência de oportunidades e, com o estudo de caso, mostramos a sua importância.

A Importância do estudo, também está no destaque a necessidade de comparar a aplicação do Imposto de Importação, como barreira tarifaria com a de outros países que seguem a mesma linha de protecionismo.

Nesse sentido questiona-se - Qual é o impacto do imposto de importação para a gestão pública e para o comércio internacional? E qual é a relação da barreira tarifária vigente com a aplicada em outros países protecionistas?

Considera-se como objetivo principal, desse trabalho, estudar e analisar o mportamento do imposto no âmbito empresarial, a legislação vigente no Brasil e a necessidade da aplicação dessa barreira tarifária pelo governo e, por fim, comparar com outros países (Estados Unidos e Uruguai), que seguem linhas distintas de protecionismo. E de que modo a carga tributária, o incentivo fiscal e o sistema de protecionismo influenciam o mercado interno. Principalmente:

a) Analisar o imposto de importação e o seu impacto para a empresa e no preço final do bem destinado a venda;

b) Identificar e verificar a necessidade real de se proteger as empresas brasileiras frente às estrangeiras;

c) Observar o comportamento do mercado internacional e as barreiras tarifárias impostas.

A metodologia utilizada para realizar a monografia foi bibliográfica, com estudo de caso que leva em consideração informações do Brasil, Estados Unidos e Uruguai.

De posse das informações bibliográficas levantadas, realizamos reflexões e analisamos com foco no imposto de importação, assim como nos incentivos fiscais para importação, do mesmo modo que nos impactos no comércio internacional, pertinentes aos incentivos fiscais de importação.

Nosso trabalho apresenta a base legal de importação no Brasil, Uruguai e Estados Unidos. Em sequência, apresenta o estudo de caso, o qual desenvolvemos um exemplo, com o uso da ferramenta do Excel, da impotação de refrigerador, computador e veículo, que nos permitiu a comparação nos países: Brasil, Uruguai e Estados Unidos, e nas considerações finais, faz a análise em que verificamos a

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aplicabilidade do protecionismo frente ao livre cambismo no Brasil, Estados Unidos e Uruguai. Bem como, as considerações frente ao comportamento do mercado internacional e as barreiras tarifárias impostas.

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2 BASE LEGAL

A Contabilidade tem sua base legal regulamentada pelo Código Tributário Nacional (CTN), sancionado pela Lei Nº 5.172/1966, que “dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios” (BRASIL, 1966). E apresenta em seu Art. 1º as normas gerais:

Art. 1º Esta Lei regula, com fundamento na Emenda Constitucional nº 18, de 1º de dezembro de 1965, o sistema tributário nacional e estabelece, com fundamento no artigo 5º, inciso XV, alínea b, da Constituição Federal, as normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, sem prejuízo da respectiva legislação complementar, supletiva ou regulamentar (BRASIL, 1966).

Além disso, as disposições gerais do sistema tributário nacional são apresentadas na Lei Nº 5.172/1966, inicialmente em seu art. 2º e art. 3º, como segue:

Art. 2º O sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Emenda Constitucional nº 18, de 1º de dezembro de 1965, em leis complementares, em resoluções do Senado Federal e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais.

Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (BRASIL, 1966).

Outro aspecto levantado é o da natureza jurídica, conforme apesenta o art. 4º da Lei Nº 5.172/1966,

Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. (BRASIL, 1966).

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Ao referir-se a natureza jurídica do tributo, a Lei Nº 5.172/1966 diz em seu Art. 5º que “os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria” (BRASIL, 1966).

2.1 TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS

Quem regula as transações internacionais é a OMC (Organização Mundial do Comércio) e essa organização tem por objetivo:

A organização tem por objetivo estabelecer um marco institucional comum para regular as relações comerciais entre os diversos Membros que a compõem, estabelecer um mecanismo de solução pacífica das controvérsias comerciais, tendo como base os acordos comerciais atualmente em vigor, e criar um ambiente que permita a negociação de novos acordos comerciais entre os Membros (BRASIL, Ministério das Relações Internacionais. Acesso em: 08 nov. 2016).

A OMC tem em seu rol de membros 160 países, sendo que o Brasil é um dos seus membros fundadores. A OMC tem sua sede estabelecida em Genebra na Suíça e conta com três línguas oficiais, são elas: o espanhol, o francês e o inglês.

As origens da OMC remontam à assinatura do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), em 1947, mecanismo que foi responsável, entre os anos de 1948 a 1994, pela criação e gerenciamento das regras do sistema multilateral de comércio. No âmbito do GATT, foram realizadas oito rodadas de negociações comerciais, que tiveram por objetivo promover a progressiva redução de tarifas e outras barreiras ao comércio. A oitava rodada, conhecida como Rodada Uruguai, culminou com a criação de OMC e de um novo conjunto de acordos multilaterais que formaram o corpo normativo da nova Organização (BRASIL, Ministério das Relações Internacionais. Acesso em: 08 nov. 2016).

A OMC herdou do acordo GATT, um aglomerado de princípios que baseiam a regulamentação multilateral do comércio, desses podemos citar:

 o da nação-mais-favorecida, segundo o qual um Membro da OMC deve estender a todos os seus parceiros comerciais qualquer concessão, benefício ou privilégio concedido a outro Membro;

 o do tratamento nacional, pelo qual um produto ou serviço importado deve receber o mesmo tratamento que o produto ou serviço similar quando entra no território do Membro importador;

 o da consolidação dos compromissos, de acordo com o qual um Membro deve conferir aos demais tratamento não menos favorável que aquele estabelecido na sua lista de compromissos; e

 o da transparência, por meio do qual os Membros devem dar publicidade às leis, regulamentos e decisões de aplicação geral

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relacionados a comércio internacional, de modo que possam ser amplamente conhecidas por seus destinatários (BRASIL, Ministério das Relações Internacionais. Acesso em: 08 nov. 2016).

2.2 DEFINIÇÃO DOS IMPOSTOS QUE SÃO APLICADOS NA IMPORTAÇÃO

As informações contábeis do imposto de importação são de competência da União, e estão considerados no CTN, está no art. 19 “o imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional” (BRASIL, 1966).

A base de cálculo do imposto sobre o Comércio Exterior, isto é, impostos sobre a importação, conforme Lei Nº 5.172/1966, art. 20, considera:

I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;

II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País;

III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação (BRASIL, 1966).

Outro aspecto levantado pela Lei Nº 5.172/1966, Art. 21, no que se refere aos impostos sobre a importação, é a possibilidade do Poder Executivo “nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior” (BRASIL, 1966).

A despeito disso, a Lei Nº 5.172/1966, Art. 22, afirma que o Contribuinte do imposto de importação é “o importador ou quem a lei a ele equiparar” ou ainda “o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados” (BRASIL, 1966).

2.3 VALOR ADUANEIRO

A General Agreement on Tariffs and Trade - GATT (Acordo Geral sobre Pautas Aduaneiras e Comércio) foi celebrada com o objetivo de fixar um conjunto de normas comerciais e de concessões alfandegárias, em 1947, no ano seguinte teve a adesão de 23 países.

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O GATT 1947, nos anos de 1950 e 1960, contribuiu para o crescimento mundial devido às contínuas reduções de tarifas aduaneiras. No entanto, nos anos de1970 e 1980, o acordo sofreu uma crise, diante da competição brutal, período em que a Europa e os Estados Unidos da América fixaram elevadas taxas de juro, constituindo assim, o protecionismo.

Em 1994, o GATT foi atualizado, dando origem à Organização Mundial do Comércio (OMC). Os 75 países-membros do GATT e a Comunidade Europeia (CE) foram os membros fundadores desta organização, que viu a luz do dia no dia 1 de janeiro de 1995. Desta forma,

Convém ter em conta que o GATT e a OMC não são o mesmo. O GATT é um sistema de regras estipuladas pelas nações que o compõem, ao passo que a OMC é um organismo internacional. Para além do comércio de bens, competem à OMC as questões relativas ao sector de serviços e os direitos da propriedade intelectual (Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT, 2003-2016).

O amparado do valor aduaneiro está escrito no Acordo Sobre a Implementação do Artigo VII do GATT (Acordo de Valoração Aduaneira – AVA/GATT), promulgado pelo Decreto Executivo nº 1.355/1994 (BRASIL, 1994, p. 21394), o qual possui status de lei e estabelece as normas fundamentais sobre valoração aduaneira no Brasil.

A aplicação do AVA/GATT, atualmente, é disciplinada pelos Art. 76 a 83 do Decreto Nº 4.543/02 (BRASIL, 2002, p. 150) e pela Instrução Normativa SRF1 327/03((BRASIL, 2003, p. 12).

A Instrução Normativa SRF Nº 327, de 9 de maio de 2003, “estabelece normas e procedimentos para a declaração e o controle do valor aduaneiro de mercadoria importada” (BRASIL, 2003, p. 12), no intuito de orientar e estabelecer o valor aduaneiro dos produtos importados;

Art. 2º O valor aduaneiro, base de cálculo do Imposto de Importação, é o valor da mercadoria importada, conforme definido no Acordo sobre a Implementação do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio -

1SRF – A Secretaria da Receita Federal do Brasil é um órgão específico, singular, subordinado ao Ministério da Fazenda, exercendo funções essenciais para que o Estado possa cumprir seus objetivos. É responsável pela administração dos tributos de competência da União, inclusive os previdenciários, e aqueles incidentes sobre o comércio exterior, abrangendo parte significativa das contribuições sociais do País. Também subsidia o Poder Executivo Federal na formulação da política tributária brasileira, previne e combate a sonegação fiscal, o contrabando, o descaminho, a pirataria, a fraude comercial, o tráfico de drogas e de animais em extinção e outros atos ilícitos relacionados ao comércio internacional (BRASIL. Acesso em: 02 set. 2016)

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GATT 1994 (Acordo de Valoração Aduaneira), promulgado pelo Decreto nº 1.355, de 30 de dezembro de 1994.

Art. 3º Toda mercadoria submetida a despacho de importação está sujeita ao controle do correspondente valor aduaneiro.

Parágrafo único. O controle a que se refere este artigo consiste no procedimento de verificação da conformidade do valor aduaneiro declarado pelo importador às regras estabelecidas no Acordo de Valoração Aduaneira e às disposições contidas no Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002, e nesta Instrução Normativa (BRASIL, 2003, p. 12).

2.4 DETERMINAÇÃO DO VALOR ADUANEIRO

No valor aduaneiro está incluso o valor do transporte dos produtos importados de todo trajeto, bem como o custo relativo à carga, descarga, manuseio e seguro das mercadorias, como preconiza a Instrução Normativa SRF Nº 327/2003, nos artigos que seguem:

Art. 4º Na determinação do valor aduaneiro, independentemente do método de valoração aduaneira utilizado, serão incluídos os seguintes elementos: I - o custo de transporte das mercadorias importadas até o porto ou aeroporto alfandegado de descarga ou o ponto de fronteira alfandegado onde devam ser cumpridas as formalidades de entrada no território aduaneiro;

II - os gastos relativos à carga, descarga e manuseio, associados ao transporte das mercadorias importadas, até a chegada aos locais referidos no inciso anterior; e

III - o custo do seguro das mercadorias durante as operações referidas nos incisos I e II (BRASIL, 2003, p.12).

No entanto, ocorrem algumas exceções que seguem descritas:

§ 1º Quando o transporte for gratuito ou executado pelo próprio importador, o custo de que trata o inciso I deve ser incluído no valor aduaneiro, tomando-se por batomando-se os custos normalmente incorridos, na modalidade de transporte utilizada, para o mesmo percurso.

§ 2º No caso de mercadoria objeto de remessa postal internacional, para determinação do custo que trata o inciso I, será considerado o valor total da tarifa postal até o local de destino no território aduaneiro.

§ 3º Para os efeitos do inciso II, os gastos relativos à descarga da mercadoria do veículo de transporte internacional no território nacional serão incluídos no valor aduaneiro, independentemente da responsabilidade pelo ônus financeiro e da denominação adotada. (BRASIL, 2003, p.12)

Outro aspecto levantado pela Instrução Normativa SRF Nº 327/2003, Art. 5º, é de que não são incluídos no valor aduaneiro, encargos ou custos efetivamente comprovados na documentação das mercadorias importadas.

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Art. 5º No valor aduaneiro não serão incluídos os seguintes encargos ou custos, desde que estejam destacados do preço efetivamente pago ou a pagar pelas mercadorias importadas, na respectiva documentação comprobatória:

I - custos de transporte e seguro, bem assim os gastos associados a esse transporte, incorridos no território aduaneiro, a partir dos locais referidos no inciso I do artigo anterior; e

II - encargos relativos à construção, instalação, montagem, manutenção ou assistência técnica da mercadoria importada, executadas após a importação (BRASIL, 2003, p.12).

2.5 TARIFA EXTERNA COMUM

O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) representa um bloco econômico, que foi criado no ano de 1991, a partir da assinatura do Tratado de Assunção, no Paraguai. Este bloco econômico tem como objetivo garantir a circulação livre de bens, de fatores produtivos e de serviços entre os países que fazem parte dele. Conjuntamente, foram impostas restrições não tarifárias para a livre circulação de mercadorias e por meio da abolição de barreiras alfandegárias, ou ainda, outra medida que possua um efeito análogo.

Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai assinaram, em 26 de março de 1991, o Tratado de Assunção, com vistas a criar o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). O objetivo primordial do Tratado de Assunção é a integração dos Estados Partes por meio da livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos, do estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC), da adoção de uma política comercial comum, da coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais, e da harmonização de legislações nas áreas pertinentes (MERCOSUL, s/d).

O Protocolo reconhece a personalidade jurídica de direito internacional do bloco, atribuindo-lhe, assim, competência para negociar, em nome próprio, acordos com terceiros países, grupos de países e organismos internacionais. O MERCOSUL caracteriza-se, ademais, pelo regionalismo aberto, ou seja, tem por objetivo não só o aumento do comércio intrazona, mas também o estímulo ao intercâmbio com outros parceiros comerciais. São Estados Associados do MERCOSUL a Bolívia (em processo de adesão ao MERCOSUL), o Chile (desde 1996), o Peru (desde 2003), a Colômbia e o Equador (desde 2004). Guiana e Suriname tornaram-se Estados Associados em 2013. Com isso, todos os países da América do Sul fazem parte do MERCOSUL, seja como Estados Partes, seja como associado (MERCOSUL, s/d).

O aperfeiçoamento da União Aduaneira é um dos objetivos basilares do MERCOSUL. Como passo importante nessa direção, os Estados Partes concluíram, em 2010, as negociações para a conformação do Código Aduaneiro do MERCOSUL (MERCOSUL, s/d).

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ARTIGO 4 - Nas relações com terceiros países, os Estados Partes assegurarão condições equivalente de comércio. Para tal fim, aplicarão suas legislações nacionais, para incluir importações cujos preços estejam influenciados por subsídios, dumping qualquer outra prática desleal. Paralelamente, os Estados Partes coordenarão suas respectivas políticas nacionais com o objetivo de elaborar normas comuns sobre concorrência comercial (MERCOSUL, 1991).

Como previsto no Tratado de Assunção, a partir de 01/01/95, os quatro Estados Partes do MERCOSUL adotaram a Tarifa Externa Comum (TEC), com base na Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), com os direitos de importação incidentes sobre cada um desses itens.

Segundo as diretrizes estabelecidas, desde 1992, a TEC deve incentivar a competitividade dos Estados Partes e seus níveis tarifários devem contribuir para evitar a formação de oligopólios ou de reservas de mercado.

O acordo que a TEC, prevê atender aos seguintes critérios: a) ter pequeno número de alíquotas;

b) baixa dispersão;

c) maior homogeneidade possível das taxas de promoção efetiva (exportações) e de proteção efetiva (importação);

d) que o nível de agregação para o qual seriam definidas as alíquotas, era de seis dígitos (BRASIL, s/d a).

2.6 CÂMARA DO COMERCIO EXTERIOR

O Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior – CAMEX tem como uma de suas finalidades o assessoramento técnico na formulação e implementação das políticas de que trata a Resolução CAMEX n° 70, de 11 de dezembro de 2007;

A Câmara do Comércio Exterior – CAMEX é o colegiado do governo brasileiro que tem a competência de fixar a alíquota do imposto de importação, observados os compromissos internacionais do Brasil, notadamente, no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) e no MERCOSUL. Dessa maneira, a Secretaria Executiva da CAMEX coordena uma série de Grupos que analisam tecnicamente as solicitações de alterações, permanentes ou temporárias, da Tarifa Externa Comum do MERCOSUL (BRASIL, 2007).

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 Alterações permanentes são quando as alterações são estabelecidas mediante roteiro próprio e alguns critérios previamente definidos.

 Alterações Temporárias (Ex-Tarifários) é um regime criado pelo Governo, a fim de beneficiar a importação de equipamentos e máquinas de produção, permitindo a diminuição temporária de 2% da alíquota dos impostos de Importação de bens de capital (BK), de informática e telecomunicação (BIT), por dois anos, uma vez alegado não haver produção equivalente no Brasil. Atualmente, é regido pelo regime dos ex-tarifários está disposto na Resolução Camex nº 66, de 14 de agosto de 2014, que explicita requisitos e procedimentos relacionados ao tema.

 Alterações Temporárias (Lista de Exceções à TEC) - É referente a listas de produtos com tarifas de exceção temporária (de elevação ou redução), a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) mantém arquivos

referentes à TEC para consulta em seu

site: http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=3361 (BRASIL, 1998).

A aprovação da TEC também incluiu alguns mecanismos de ajuste das tarifas nacionais, através de Listas de Exceções, com prazos definidos para convergência aos níveis da TEC.

2.7 IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO 2.7.1 Imposto de Importação

O imposto de importação é um imposto extrafiscal e sua manutenção fica a cargo do poder executivo pela Câmara do Comércio Exterior – CAMEX, a barreira tarifária foi criada para equiparar os preços nacionais aos internacionais gerando um equilíbrio nos preços oferecidos. O Princípio da Seletividade seleciona o produto que será incentivado e quais serão desestimulados ao consumo.

A base de cálculo do imposto de importação é definida pelo art. 7° do acordo geral sobre tarifas e comércio – GATT2, promulgado pelo decreto n. 1355 de 30 de dezembro de 1994, que visa regular o mercado e não a arrecadação de tributos. O II – Imposto de Importação no Brasil dispõe de dois tipos de alíquotas as específicas e

2GATT é a sigla correspondente a “General Agreement on Tariffs and Trade” (significado em português: Acordo Geral de Tarifas e Comércio), referente a uma série de acordos de comércio internacional destinados a promover a redução de obstáculos às trocas entre as nações, em particular as tarifas e taxas aduaneiras entre os membros signatários do acordo.

Sua sede, até sua substituição pela OMC (Organização Mundial do Comércio), em 1995, localizava-se em Genebra, na Suíça, dividindo-localizava-se em certos órgãos intercomunicáveis, localizava-sendo os principais o Secretariado, o Conselho de Representantes e uma Assembleia anual.

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as ad valorem, porém ocorre à prevalência de tratados internacionais do direito aduaneiro em relação à legislação local.

Será realizado o estudo do modelo econômico vigente, com o intuito de proteger a indústria nacional do mercado exterior e, consequentemente, defender o estado de práticas desleais de comércio.

A incidência sobre a entrada de mercadorias estrangeiras em território nacional, sendo um tributo de caráter extra fiscal, pois funciona como um instrumento de intervenção econômica, o imposto de importação é federal, e instituído pela União. Como consta no Art. 69. O imposto de importação incide sobre mercadorias estrangeiras (BRASIL, 1966, p. 13403).

O Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de 1966 “Dispõe sôbre o Imposto de Importação, reorganiza os serviços aduaneiros e dá outras providências” (BRASIL, 1966, p. 13403) e em seu Art. 69,

O imposto sobre a importação de produtos estrangeiros (II) incide sobre a importação de mercadorias estrangeiras e sobre a bagagem de viajante procedente do exterior. No caso de mercadorias estrangeiras, a base de cálculo é o valor aduaneiro e a alíquota está indicada na Tarifa Externa Comum (TEC). No caso da bagagem, a base de cálculo é o valor dos bens que ultrapassem a cota de isenção e a alíquota é de cinquenta por cento (Brasil, 2015).

De acordo com a nova redação dada ao Decreto-Lei nº 37/66 pelo Decreto-Lei nº 2.472 de 1988, ficando assim descrito em seu Art.1º - “O Imposto sobre a Importação incide sobre mercadoria estrangeira e tem como fato gerador sua entrada no Território Nacional” (BRASIL,1988).

A base de cálculo do imposto é mencionada no Decreto-Lei nº 2.472 de 1988, no Art.2º como segue:

I - quando a alíquota for específica, a quantidade de mercadoria, expressa na unidade de medida indicada na tarifa;

II - quando a alíquota for "ad valorem", o valor aduaneiro apurado segundo as normas do art.7º do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio - GATT (BRASIL,1988).

De acordo com a Receita Federal do Brasil, o Imposto de Importação (II) é “um imposto federal, cuja finalidade é puramente econômica (regulatória) e de proteção. Ele age taxando produtos trazidos do exterior para que não haja concorrência desleal com os produtos brasileiros” (Brasil, Receita Federal. Acesso em: 23 nov. 2016).

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O Imposto de Importação é seletivo, pois varia de acordo com o país de origem das mercadorias (devido aos acordos comerciais) e com as características do produto. Suas alíquotas estão definidas na Tarifa Externa Comum (TEC), que é a tarifa aduaneira utilizada pelos países do Mercosul e é baseada na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).

A base de cálculo do imposto de importação é o valor aduaneiro da mercadoria. O Imposto de Importação é calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na TEC sobre essa base de cálculo, conforme abaixo: II = TEC (%) x Valor Aduaneiro (BRASIL, Receita Federal, Acesso em: 17 nov. 2016).

2.7.1.1 Impostos sobre produtos industrializados

Os produtos nos quais incide o imposto de consumo sobre produtos industrializados são mencionados no anexo do Decreto-Lei nº 34, de 1966.

Nesse sentido a Lei Nº 4.502/1964 “Dispõe Sôbre o Impôsto de Consumo e reorganiza a Diretoria de Rendas Internas” (BRASIL,1965). Conforme Art. 1º O Impôsto de Consumo incide sôbre os produtos industrializados compreendidos na Tabela anexa publicada.

A tabela foi modificada pelo Decreto-Lei nº 34/1966 (BRASIL, 1966), alterou a Lei nº 4.502, de 30 de novembro de 1964, extinguindo diversas taxas e dá outras providências, bem como uma nova denominação do Imposto de Consumo,

Esse imposto é constituído como fato gerador de acordo com o Art. 2º em seus incisos,

I - quanto aos produtos de procedência estrangeira o respectivo desembaraço aduaneiro;

II - quanto aos de produção nacional, a saída do respectivo estabelecimento produtor (BRASIL, 1965).

2.7.1.2 Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados

A Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - Tipi, foi aprovada pelo Decreto no 7.660, de 23 de dezembro de 2011, se refere à receita bruta relativa à venda desses produtos, conforme:

Art. 2o Poderão ser excluídos da base de cálculo das contribuições para

o PIS/Pasep, da Cofins e do IPI os valores recebidos pelo fabricante ou importador nas vendas diretas ao consumidor final dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 (veículos/ Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluindo os veículos de

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24

uso misto (station wagons ) e os automóveis de corrida.) da TIPI, por conta e ordem dos concessionários de que trata a Lei no 6.729, de 28 de novembro de 1979, a estes devidos pela intermediação ou entrega dos veículos, e o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações – ICMS incidente sobre esses valores, nos termos estabelecidos nos respectivos contratos de concessão (DOU de 26.12.2011 e retificado em 23.2.2012) (BRASIL, 2016).

Apresentamos abaixo a tabela 1, que contém os NCM classificados nas posições 87.03 e 87.04

Tabela 1 Códigos e suas especificações

CÓDIGO ESPECIFICAÇÃO DE CADA CÓDIGO

8424

Aparelhos mecânicos (mesmo manuais) para projetar, dispersar ou pulverizar líquidos ou pós; extintores, mesmo carregados; pistolas aerográficas e aparelhos semelhantes; máquinas e aparelhos de jato de areia, de jato de vapor e aparelhos de jato semelhantes.

8424.8 Outros aparelhos:

8424.81 Para agricultura ou horticultura

84.29

Bulldozers, angledozers, niveladores, raspo-transportadores (scrapers ), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsados.

8430

Outras máquinas e aparelhos de terraplenagem, nivelamento, raspagem, escavação, compactação, extração ou perfuração da terra, de minerais ou minérios; bate-estacas e arranca-estacas; limpa-neves.

8430.69 Outros

8430.69.90 Outros

84.32

Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura; rolos para gramados ou para campos de esporte.

84.33

Máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, incluindo as enfardadeiras de palha ou forragem; cortadores de grama e ceifeiras; máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas ou outros produtos agrícolas, exceto as da posição 84.37

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25

84.34 Máquinas de ordenhar e máquinas e aparelhos para a indústria de

lacticínios.

84.35

Prensas, esmagadores e máquinas e aparelhos semelhantes, para fabricação de vinho, sidra, sucos (sumos) de frutas ou bebidas semelhantes.

84.36

Outras máquinas e aparelhos para agricultura, horticultura, silvicultura, avicultura ou apicultura, incluindo os germinadores equipados com dispositivos mecânicos ou térmicos e as chocadeiras e criadeiras para avicultura.

84.37

Máquinas para limpeza, seleção ou peneiração de grãos ou de produtos hortícolas secos; máquinas e aparelhos para a indústria de moagem ou tratamento de cereais ou de produtos hortícolas secos, exceto dos tipos utilizados em fazendas.

87.01 Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09).

87.02 Veículos automóveis para transporte de dez pessoas ou mais,

incluindo o motorista.

87.03

Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluindo os veículos de uso misto (station wagons) e os automóveis de corrida.

87.04 Veículos automóveis para transporte de mercadorias.

87.05

Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo, auto-socorros, caminhões guindastes, veículos de combate a incêndio, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas, veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias.

87.06 Chassis com motor para os veículos automóveis das posições 87.01

a 87.05

8716 Reboques e semirreboques, para quaisquer veículos; outros

veículos não autopropulsados; suas partes.

8716.20.00 Reboques e semirreboques, autocarregáveis ou

autodescarregáveis, para usos agrícolas

Fonte: Site: Receita Federal do Brasil

A TIPI foi atualizada até sua publicação no Decreto nº 8.544, de 2015, mas já houve outras atualizações, que constam no site Receita Federal do Brasil até a data de 03/10/2016.

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26 2.7.1.3. RIPI (Regulamento do IPI) na importação

O Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, regulamentado pelo Decreto Nº 7.212/2010, do poder executivo, em 15 de junho de 2010, o qual “regulamenta a cobrança, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI (BRASIL, 2010, p. 4).

Conforme consta na Receita Federal do Brasil, Ministério da Fazenda, o cálculo do imposto é realizado conforme,

Art. 189. O imposto será calculado mediante aplicação das alíquotas, constantes da TIPI, sobre o valor tributável dos produtos (Lei nº 4.502, de 1964, art. 13).

Parágrafo único. O disposto no caput não exclui outra modalidade de cálculo do imposto estabelecida em legislação específica.

A mesma lei, apresenta a Base de Cálculo referente ao valor tributável, como segue:

Art. 190. Salvo disposição em contrário deste Regulamento, constitui valor tributável:

I - dos produtos de procedência estrangeira:

a) o valor que servir ou que serviria de base para o cálculo dos tributos aduaneiros, por ocasião do despacho de importação, acrescido do montante desses tributos e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis (Lei nº 4.502, de 1964, art. 14, inciso I, alínea “b”); e

O IPI é calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na TIPI sobre a base de cálculo. Na quase totalidade dos casos, a alíquota do IPI é ad valorem e o imposto devido é igual a:

IPI = TIPI (%) x (Valor Aduaneiro + II+ IOF (encargos cambiais) (BRASIL, Receita Federal, Acesso em: 17 nov. 2016).

O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que “é um tributo de competência federal e incide sobre as mercadorias relacionadas em sua tabela de incidência – TIPI, que é baseada na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM)” (BRASIL, Receita Federal, Acesso em: 17 nov. 2016), neste sentido, a legislação concebe que a tributação independe

do processo de industrialização ter ocorrido dentro das fronteiras do País ou no exterior. Justifica-se a cobrança desse imposto sobre mercadorias importadas em razão da necessidade de se promover a equalização dos

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27

custos dos produtos industrializados importados em relação aos de fabricação nacional (BRASIL, Receita Federal, Acesso em: 17 nov. 2016).

Ainda enfatiza que “o IPI na importação, além da função arrecadatória, visa atender aos objetivos da política industrial, especialmente no que diz respeito à promoção de tratamento tributário isonômico para a importação e a produção nacional” (BRASIL, Receita Federal, Acesso em: 17 nov. 2016).

Outro fato que é importante destacar é de que o IPI atende a dois princípios, que seguem:

- ao princípio da não-cumulatividade. Assim, o valor pago no momento da importação é creditado pelo importador para posterior compensação com o imposto devido em operações que ele realizar e que forem sujeitas a esse tributo.

- ao princípio da seletividade. Em outras palavras, o ônus do imposto é diferente em razão da essencialidade do produto, podendo a alíquota chegar até zero para os produtos mais essenciais (BRASIL, Receita Federal, Acesso em: 17 nov. 2016).

No que se refere à base de cálculo do IPI, o mesmo é calculado usando

O valor aduaneiro da mercadoria acrescido do valor do imposto de importação. Alguns produtos dos capítulos 21 e 22 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) (bebidas) sujeitam-se ao imposto por unidade ou quantidade de produto, conforme o caso (BRASIL, Receita Federal, Acesso em: 17 nov. 2016).

É interessante destacar o Decreto Nº 7.212, de 15 de junho de 2010, que“regulamenta a cobrança, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI” (BRASIL, 2010).

O Decreto acima mencionado apresenta entre as obrigações tributárias os sujeitos passivos dos contribuintes, como segue:

Art. 24. São obrigados ao pagamento do imposto como contribuinte:

I - o importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira (Lei no 4.502, de 1964, art. 35, inciso I, alínea “b”);

II - o industrial, em relação ao fato gerador decorrente da saída de produto que industrializar em seu estabelecimento, bem como quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar (Lei nº 4.502, de 1964, art. 35, inciso I, alínea “a”);

III - o estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato gerador relativo aos produtos que dele saírem, bem como quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar (Lei nº 4.502, de 1964, art. 35, inciso I, alínea “a”); e

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IV - os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela imunidade prevista no inciso I do art. 18 (Lei no 9.532, de 1997, art. 40).

Parágrafo único. Considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial ou comerciante, em relação a cada fato gerador que decorra de ato que praticar (Lei no 5.172, de 1966, art. 51, parágrafo único) (BRASIL, 2010, p. 4).

Outro aspecto levantado, refere-se a obrigação principal do fato gerador de hipóteses de ocorrência

Art. 35. Fato gerador do imposto é (Lei nº 4.502, de 1964, art. 2º): I - o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira; ou II - a saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial.

Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso I, considerar-se-á ocorrido o respectivo desembaraço aduaneiro da mercadoria que constar como tendo sido importada e cujo extravio ou avaria venham a ser apurados pela autoridade fiscal, inclusive na hipótese de mercadoria sob regime suspensivo de tributação (Lei no 4.502, de 1964, art. 2o, § 3o, e Lei no 10.833, de 2003, art. 80) (BRASIL, 2010, p. 4).

O Decreto-Lei nº 34, de 18 de novembro de 1966, ainda está em vigência e “dispõe sôbre nova denominação do Imposto de Consumo, altera a Lei nº 4.502, de 30 de novembro de 1964, extingue diversas taxas, e dá outras providências” (Brasil, 1966). Na tabela anexa, ao Decreto-Lei acima citado, são apresentados os Impostos de Consumo que incidem sobre os produtos industrializados.

Também, estabelece o fato gerador do imposto em seu Art. 2º, inciso I que em relação “aos produtos de procedência estrangeira o respectivo desembaraço aduaneiro” e em seu inciso II, se refere “aos de produção nacional, a saída do respectivo estabelecimento produtor” (BRASIL, 1966, p. 13345).

Decreto 7.212/2010, traz em seu texto os prazos de recolhimento, a RIPI, constitui os prazos de recolhimento do IPI, a partir de 01.05.2009, como descritos abaixo:

 até o 25º (vigésimo quinto) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, para os produtos em geral;

 para os produtos classificados no código 2402.20.00, da Nomenclatura Comum do Mercosul -NCM, até o 10º (décimo) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores.

Se o dia do vencimento não for dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder (BRASIL, 2010).

O prazo de recolhimento do IPI, para as operações de autorização da venda de produtos trazidos do exterior a título de bagagem, será no ato do pedido de

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autorização da venda podendo ser despachados com isenção do imposto ou com pagamento de tributos nas condições previstas na legislação aduaneira.

No que se refere a produto da repartição que processar o despacho, nos casos de importação, o prazo de recolhimento do IPI é antes da saída do mesmo.

2.7.1.4 PIS e COFINS na importação

No que se refere às tarifas de impostos, PIS3 e COFINS4 a Lei nº 11.933, de 28 de abril de 2009, considera no

Art. 1o O art. 18 da Medida Provisória no 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 18. O pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS deverá ser efetuado: I - até o 20o (vigésimo) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, pelas pessoas jurídicas referidas no § 1o do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991; e

II - até o 25o (vigésimo quinto) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, pelas demais pessoas jurídicas.

Parágrafo único. Se o dia do vencimento de que trata este artigo não for dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder ”(BRASIL, 2009).

A respeito do PIS e COFINS, conforme a Instrução Normativa RFB nº 1515/2014 (BRASIL, 2014), dispõe sobre a determinação e o pagamento do imposto sobre a renda e da contribuição social sobre o lucro líquido das pessoas jurídicas, disciplina o tratamento tributário da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins no que se refere às alterações introduzidas pela Lei nº 12.973/ 2014 (BRASIL, 2014), e dá outras providências.

O Programa de Integração Social (PIS) foi criado por meio da Lei Complementar n° 7/1970, o qual tinha como intenção a integração do empregado do setor privado com o desenvolvimento da empresa. A legislação que instituiu incidência de contribuição do PIS é a Lei Nº 10.865/2004, como segue:

33PIS é a sigla para Programa de Integração Social, que é a contribuição tributária de caráter social, possui como objetivo financiar o pagamento do seguro-desemprego, abono e participação na receita dos órgãos e entidades, tanto para os trabalhadores de empresas públicas, como privadas.

4Cofins é a sigla para designar um tributo federal, a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. A Cofins é uma contribuição social que tem como objetivo financiar a Seguridade Social, em suas áreas fundamentais, incluindo entre elas a Previdência Social, a Assistência Social e a Saúde Pública.

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30

Art. 1o Ficam instituídas a Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público incidente na Importação de Produtos Estrangeiros ou Serviços - PIS/PASEP- Importação e a Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social devida pelo Importador de Bens Estrangeiros ou Serviços do Exterior - COFINS-Importação, com base nos arts. 149, § 2o, inciso II, e 195, inciso IV, da Constituição Federal, observado o disposto no seu art. 195, § 6o (BRASIL, 2004).

No entanto no seu Art. 2o, as contribuições instituídas no art. 1o da Lei Nº 10.865/2004 não incidem sobre:

X - o custo do transporte internacional e de outros serviços, que tiverem sido computados no valor aduaneiro que serviu de base de cálculo da contribuição.

XI - valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido à pessoa física ou jurídica a título de remuneração de serviços vinculados aos processos de avaliação da conformidade, metrologia, normalização, inspeção sanitária e fitossanitária, homologação, registros e outros procedimentos exigidos pelo país importador sob o resguardo dos acordos sobre medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS) e sobre barreiras técnicas ao comércio (TBT), ambos do âmbito da Organização Mundial do Comércio - OMC. (Incluído pela Lei nº 12.249, de 2010) (BRASIL, 2004).

Ao entrar no território Nacional, os bens estrangeiros sujeitos ao PIS terão, segundo a Lei Nº 10.865/2004, como fato gerador:

Art. 3o O fato gerador será:

I - a entrada de bens estrangeiros no território nacional; ou

II - o pagamento, o crédito, a entrega, o emprego ou a remessa de valores a residentes ou domiciliados no exterior como contraprestação por serviço prestado (BRASIL, 2004).

Outro aspecto apresentado na Lei Nº 10.865/2004, no capítulo IV, é a base de cálculo:

Art. 7o A base de cálculo será:

I - o valor aduaneiro, na hipótese do inciso I do caput do art. 3o desta Lei; ou (Redação dada pela Lei nº 12.865, de 2013)

Art. 8o As contribuições serão calculadas mediante aplicação, sobre a base de cálculo de que trata o art. 7o desta Lei, das alíquotas: (Redação dada pela Lei nº 13.137, de 2015) (Vigência)

I - na hipótese do inciso I do caput do art. 3o, de: (Redação dada pela Lei nº 13.137, de 2015) (Vigência)

a) 2,1% (dois inteiros e um décimo por cento), para a Contribuição para o PIS/Pasep-Importação; e (Incluído pela Lei nº 13.137, de 2015) (Vigência)

b) 9,65% (nove inteiros e sessenta e cinco centésimos por cento), para a Cofins-Importação; e (Incluído pela Lei nº 13.137, de 2015) (Vigência)

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31

§ 3o Na importação de máquinas e veículos, classificados nos códigos 84.29, 8432.40.00, 8432.80.00, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01, 87.02, 87.03, 87.04, 87.05 e 87.06, da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM, as alíquotas são de:

I - 2,62% (dois inteiros e sessenta e dois centésimos por cento), para a Contribuição para o PIS/Pasep-Importação; e (Redação dada pela Lei nº 13.137, de 2015) (Vigência)

II - 12,57% (doze inteiros e cinquenta e sete centésimos por cento), para a Cofins-Importação. (Redação dada pela Lei nº 13.137, de 2015) (Vigência) (BRASIL, 2004).

A Lei Nº 10.865/2004, ainda trata do prazo de recolhimento no capítulo VII, como segue:

Art. 13. As contribuições de que trata o art. 1o desta Lei serão pagas:

I - na data do registro da declaração de importação, na hipótese do inciso I do caput do art. 3o desta Lei;

II - na data do pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa, na hipótese do inciso II do caput do art. 3o desta Lei;

III - na data do vencimento do prazo de permanência do bem no recinto alfandegado, na hipótese do inciso III do caput do art. 4o desta Lei (BRASIL, 2004).

Cabe salientar que a Instrução Normativa RFB Nº 1401, DE 09 de outubro de 2013, dispõe sobre o cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação:

Art. 1º Os valores a serem pagos relativamente à Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins-Importação) serão obtidos pela aplicação das seguintes fórmulas:

I - na importação de bens sujeitos a alíquota específica, a alíquota da contribuição fixada por unidade do produto multiplicada pela quantidade importada;

II - na importação de bens não abrangidos pelo inciso anterior, a alíquota da contribuição sobre o Valor Aduaneiro da operação;

III - na importação de serviços:

V= o valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido para o exterior, antes da retenção do imposto de renda

c = alíquota da Contribuição para o Pis/Pasep-Importação d = alíquota da Cofins-Importação

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32

A tributação do PIS e da COFINS para o importador, fabricante, comerciante atacadista ou varejista na venda de máquinas, implementos e veículos, se apresenta na Lei Nº 10.485/2002, de 3 de julho de 2002, como segue:

Art. 1o As pessoas jurídicas fabricantes e as importadoras de máquinas, implementos e veículos classificados nos códigos 87.03 (veículos/ Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis, principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluindo os veículos de uso misto (station wagons) e os automóveis de corrida.) (BRASIL, 2002).

Em janeiro de 2015, foi dada nova redação ao artigo 1ºda Lei No 10.485, de 3 de julho de 2002, pela Lei nº 12973 de 2014 que altera a legislação tributária federal relativa ao Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas – IRPJ, para aperfeiçoar a contabilidade das empresas ao estabelecer mudanças na legislação da área. A nova redação dada segue:

Art. 1o As pessoas jurídicas fabricantes e as importadoras de máquinas, implementos e veículos classificados nos códigos 73.09, 7310.29, 7612.90.12, 8424.81, 84.29, 8430.69.90, 84.32, 84.33, 84.34, 84.35, 84.36, 84.37, 87.01, 87.02, 87.03, 87.04, 87.05, 87.06 e 8716.20.00 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - Tipi, aprovada pelo Decreto no 7.660, de 23 de dezembro de 2011, relativamente à receita bruta decorrente de venda desses produtos, ficam sujeitas ao pagamento da contribuição para o Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins, às alíquotas de 2% (dois por cento) e 9,6% (nove inteiros e seis décimos por cento), respectivamente. (NR dada pela Lei nº 12973 de 2014) (BRASIL, 2002, com as alterações vigentes).

Tabela 2 Códigos e suas especificações

CÓDIGO ESPECIFICAÇÃO DE CADA CÓDIGO

7309.00

Reservatórios, tonéis, cubas e recipientes semelhantes para quaisquer matérias (exceto gases comprimidos ou liquefeitos), de ferro fundido, ferro ou aço, de capacidade superior a 300 l, sem dispositivos mecânicos ou térmicos, mesmo com revestimento interior ou calorífugo.

7310

Reservatórios, barris, tambores, latas, caixas e recipientes semelhantes para quaisquer matérias (exceto gases comprimidos ou liquefeitos), de ferro fundido, ferro ou aço, de capacidade não superior a 300 l, sem dispositivos mecânicos ou térmicos, mesmo com revestimento interior ou calorífugo.

(33)

33

7310.29 Outros

7612

Reservatórios, barris, tambores, latas, caixas e recipientes semelhantes (incluindo os recipientes tubulares, rígidos ou flexíveis) para quaisquer matérias (exceto gases comprimidos ou liquefeitos), de alumínio, de capacidade não superior a 300 l, sem dispositivos mecânicos ou térmicos, mesmo com revestimento interior ou calorífugo.

7612.90.12

Isotérmicos, refrigerados a nitrogênio (azoto) líquido, dos tipos utilizados para sêmen, sangue, tecidos biológicos e outros produtos similares

8424

Aparelhos mecânicos (mesmo manuais) para projetar, dispersar ou pulverizar líquidos ou pós; extintores, mesmo carregados; pistolas aerográficas e aparelhos semelhantes; máquinas e aparelhos de jato de areia, de jato de vapor e aparelhos de jato semelhantes.

8424.8 Outros aparelhos:

8424.81 Para agricultura ou horticultura

84.29

Bulldozers, angledozers , niveladores, raspo-transportadores (scrapers ), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsados.

8430

Outras máquinas e aparelhos de terraplenagem, nivelamento, raspagem, escavação, compactação, extração ou perfuração da terra, de minerais ou minérios; bate-estacas e arranca-estacas; limpa-neves.

8430.69 Outros

8430.69.90 Outros

84.32

Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura; rolos para gramados ou para campos de esporte.

84.33

Máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, incluindo as enfardadeiras de palha ou forragem; cortadores de grama e ceifeiras; máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas ou outros produtos agrícolas, exceto as da posição 84.37

84.34 Máquinas de ordenhar e máquinas e aparelhos para a indústria de

(34)

34

84.35

Prensas, esmagadores e máquinas e aparelhos semelhantes, para fabricação de vinho, sidra, sucos (sumos) de frutas ou bebidas semelhantes.

84.36

Outras máquinas e aparelhos para agricultura, horticultura, silvicultura, avicultura ou apicultura, incluindo os germinadores equipados com dispositivos mecânicos ou térmicos e as chocadeiras e criadeiras para avicultura.

84.37

Máquinas para limpeza, seleção ou peneiração de grãos ou de produtos hortícolas secos; máquinas e aparelhos para a indústria de moagem ou tratamento de cereais ou de produtos hortícolas secos, exceto dos tipos utilizados em fazendas.

87.01 Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09).

87.02 Veículos automóveis para transporte de dez pessoas ou mais,

incluindo o motorista.

87.03

Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluindo os veículos de uso misto (station wagons ) e os automóveis de corrida.

87.04 Veículos automóveis para transporte de mercadorias.

87.05

Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo, auto-socorros, caminhões guindastes, veículos de combate a incêndio, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas, veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias.

87.06 Chassis com motor para os veículos automóveis das posições 87.01

a 87.05

8716 Reboques e semirreboques, para quaisquer veículos; outros

veículos não autopropulsados; suas partes.

8716.20.00 Reboques e semirreboques, autocarregáveis ou

autodescarregáveis, para usos agrícolas

Fonte: Site: Receita Federal do Brasil

2.7.1.5. Do IOF – Imposto sobre Operações Financeiras

A cobrança e de como se dá o recolhimento de IOF foi instituída pela Lei nº 5.172, de 1966. No Art. 10, aponta como o IOF será cobrado

(35)

35

[...]

VI - até o décimo dia subseqüente à data da desclassificação ou descaracterização, total ou parcial, de operação de crédito rural ou de adiantamento de contrato de câmbio, quando feita pela própria instituição financeira, ou do recebimento da comunicação da desclassificação ou descaracterização (BRASIL, 1966).

Ainda nesta mesma lei, aincidência sobre operações de câmbio, do fato gerador, no

Art. 11. O fato gerador do IOF é a entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado, em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este (Lei nº 5.172, de 1966, art. 63, inciso II).

Parágrafo único. Ocorre o fato gerador e torna-se devido o IOF no ato da liquidação da operação de câmbio (BRASIL, 1966).

Cabe citar que a base de cálculo e a alíquota do IOF, é o montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição, correspondente ao valor, em moeda estrangeira, da operação de câmbio, conforme Lei nº 5.172, de 1966, art. 64, inciso II.

Exemplo: Compra de moeda estrangeira no valor de $10,00: R$3,21 x $10= R$32,1 x 0,038%= R$0,01 de IOF a pagar

Mais exemplos estão a disposição nas páginas 50, 51 e 52 deste trabalho.

2.7.2

Taxas alfandegárias

As taxas alfandegárias são impostas cobrados pelos governos de todos os países referentes aos produtos importados e exportados. Esses tributos são disciplinados por leis, decretos e instruções normativas.

Os tributos são calculados, conforme classificação fiscal da mercadoria (NCM) e da alíquota correspondente ao valor da mercadoria, do frete (quando incluído) e dos demais documentos exigidos por cada Aduana para o desembaraço da mercadoria.

Também existem as taxas de movimentação de carga, de fiscalização do peso, multas por diferenças de dados na documentação etc.

Assim como, a taxa de Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante – AFRMM, é um tributo devido, neste aspecto, cabe enfatizar o que consta no site da Subsecretaria de Tributação e Contencioso da Receita Federal do Brasil:

Referências

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