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- Revista Virtual de Estudos de Gramática e Linguística do Curso de Letras da Faculdade de Tecnologia IPUC FATIPUC.

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Academic year: 2021

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Francisco Dequi * Resumo

A Neopedagogia da Gramática adota a fórmula da oração para introduzir todo ensino sintático. As pesquisas do Centro de Estudos Sintagramaticais levaram os docentes ligados a essa neodidática à convicção de que tomar como base a fórmula da oração constitui meio seguro e eficiente para o domínio da nossa sintaxe. Diante desse fato real e comprovado, os docentes buscam as luzes propiciadas por essa técnica não só inovadora como também facilitadora. Todos os capítulos gramaticais podem se alicerçar nesse gabarito sintático: a regência, a colocação, a concordância, a crase, a pontuação, a interpretação, a busca da clareza e da coerência, a forma dos determinantes, tudo tem como ponto de partida a fórmula da oração.

Palavras-chave: Determinante e determinado. Nome e verbo. Adnome e advérbio.

Abstract

The Neopedagogia Grammar adopts the formula of prayer to bring all teaching syntax. Research by the Centre for Studies Sintagramaticais led teachers linked to this neodidática the conviction that build upon the formula of prayer is safe and efficient means for the domain of our syntax. Given this real fact and proven teachers seek the lights afforded by this technique not only innovative but also a facilitator. All chapters can be rooted in grammatical syntactic template: the regency, the placement agreement, the backtick, scoring, interpretation, the pursuit of clarity and consistency, the shape of the determinants, everything has as its starting point the formula prayer.

Keywords: Decisive and determined. Noun and verb. Adnome and adverb.

Introdução

A Neopedagogia da Gramática reitera que todas as boas lições gramaticais têm como base e ponto de partida a “Fórmula da Oração”. Pergunta-se, teria fundamento tal afirmação?

Sim, ela é verdadeira. É muito importante, para o ensino e estudo de qualquer língua, estribar-se na fórmula da oração. Esse gabarito básico nos ajuda a entender bem quase toda a gramática. Somente a fonética e a ortografia não se apoiam nesse gabarito básico.

A Fórmula da Oração nos leva a entender e a explicar com segurança e clareza toda a estruturação sintática dos textos. Facilita a classificação morfológica das palavras, leva a assimilar bem o papel dos morfemas na formação dos nossos

*

Licenciado em Letras pela UNISINOS. Bacharel em Direito pela PUC/RS. Autor de diversas obras sobre a Neopedagogia da Gramática. Mentor da Neopedagogia da Gramática. Professor e diretor da Faculdade de Tecnologia IPUC – FATIPUC. E-mail: <profdequi@ipuc.edu.br>.

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vocábulos. E mais, auxilia-nos a redigir com correção e a interpretar com objetividade os textos bem escritos.

Quando entra em jogo o binômio genérico “determinante / determinado”, a fórmula da oração propicia base também para entender o aspecto semântico das palavras classificadas, uma vez que, em geral, o termo da direita determina, complementa, circunstancia ou especifica o da esquerda.

Para que se confirme a indiscutível utilidade dessa matriz gramatical, vamos mostrar como ficam claros os conteúdos gramaticais que se estudam ou se ensinam alicerçados nesse padrão frasal. Como sempre faz a Neopedagogia da Gramática, vamos “dizer” e, em seguida mostrar através de exemplos para que fique claro o fato estudado.

Obviamente, urge que, como ponto de partida, se apresente o visual da dita Fórmula da Oração normal. Constitui-se esse gabarito de quatro posições ligadas ao verbo: duas essenciais, uma complementar e outra circunstancial. Ou seja, nome 1 (o tradicional sujeito); verbo 2 (o tradicional núcleo do predicado); os nomes complementos verbais 3 (objeto direto, objeto indireto, agente da passiva e o próprio predicativo); nome 4 advérbio, considerado determinante circunstancial acessório do verbo.

A posição 5 da Fórmula da Oração é o revestimento acessório ou complementar do nome, esteja este em qualquer posição dentro desse gabarito. A posição 5, quase sempre é acessória, mas, quando esse determinante for regido, será preposicionado e complementar, ou seja, será um determinante integrante do nome.

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linguagem é clara e objetiva:

2 Determinantes e determinados e sua colocação

Já na apresentação da fórmula e dos exemplos, percebe-se que, na estrutura normal, o verbo 2 determina o nome 1; o nome 3 determina o verbo 2; o nome 4 também determina o verbo 2. Em todos esses casos, os sintagramas rumam da direita para a esquerda (ordem direta). Entretanto, alerte-se que os termos acessórios (advérbios e adnomes) têm colocação mais liberta – podem direcionar-se também da esquerda para a direita.

OBS.: A Fórmula da Oração ajuda ainda a entender perfeitamente a classificação das próprias orações como será mostrado adiante, no estudo da quadrimorfia dos determinantes. Essa taxionomia inspira-se no preceito básico da sintaxe neopedagógica que assegura: “Texto é uma arquitetura de determinantes e determinados em forma de palavra, grupo nominal, oração reduzida e oração desenvolvida.”

3 A fórmula e a classificação morfológica

A tese 7 da Neopedagogia da Gramática sustenta que o método mais claro e mais seguro para a classificação das palavras é o que se estriba na função sintática dos termos. Assim, a fórmula da oração constitui o gabarito seguro também para a

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classificação morfológica das palavras adotando o enfoque sintático. É por aí que se começa a perceber a grande importância que têm o domínio e a utilização desse gabarito universal e básico. Veja-se como fica segura a classificação morfológica das palavras se sua análise tiver como base a fórmula da oração e da sintaxe:

NOME é a palavra que ocupa ou pode ocupar a posição 1 da fórmula da oração, e tem ou pode ter determinantes concordantes. Confirme-o:

VERBO é o ocupante exclusivo da posição 2 da fórmula da oração e funciona como determinante máximo dentro da oração. Para externar sua subordinação e determinância dirigida ao nome 1 (sujeito), com este efetua a “concordância verbal”.

NOME 3 são os determinantes complementos verbais. Pode também ser ocupante da posição 3 pós-verbo de ligação.

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ADVÉRBIO é a palavra circunstanciadora acessória do verbo. Possui natureza nominal e ocupa a posição 4 da fórmula da oração.

ADNOME é o determinante acessório do nome. Se esse determinante do nome for regido, será considerado complemento nominal – termo integrante. Ambos sempre serão ocupantes da posição 5 da fórmula da oração. O nome-adnome (aposto) igualmente é considerado determinante 5.

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PRONOME é o substituinte do nome nas posições 1, 3, 4 ou 5 da fórmula da oração. Veja como ele representa um nome do contexto:

PREPOSIÇÃO é o introdutor universal de determinantes. Ela pode encabeçar qualquer uma das suas quatro formas: forma de palavra, forma de grupo nominal, forma de oração reduzida, ou forma de oração desenvolvida. A preposição pura, na codificação numérica, marca-se com o algarismo zero (0). Se estiver aglutinada à palavra seguinte, participará do código numérico desta.

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Na fórmula da oração, as posições essenciais 1 e 2 (nome 1 sujeito e o verbo) jamais serão introduzidos por preposição. Os determinantes pós-verbais objeto direto e o predicativo, somente em casos excepcionais, se introduzem por preposição. O nome-adnome (aposto) é determinante de um nome sem se introduzir por preposição. São sempre preposicionados os determinantes objeto indireto, agente da passiva, os complementos nominais regidos, os advérbios em forma de grupo nominal. Podem ainda ser preposicionados alguns grupos nominais não regidos (indicadores de posse ou caracterizadores do nome) com função de adnomes. São estes determinantes acessórios, podendo alguns deles ser traduzidos em palavra única. A sequência de exemplos a seguir ajuda a entender essas situações:

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CONJUNÇÃO marca a forma desenvolvida do determinante oracional. De acordo com sua função diante de um verbo ou de outra palavra regente, pode coexistir com a introdutora universal “preposição”. Assim, a conjunção encabeça o termo desenvolvido.

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4 Nomenclatura bifacial

A boa nomenclatura abrange dois aspectos na classificação de determinantes, de palavras ou classificação de afixos: o sintático e o semântico. Vemos essa nomenclatura bifacial nas classificações de adnomes, advérbios, pronomes e de orações. As nomenclaturas “adnome, advérbio e pronome” expressam o aspecto sintático, pois fazem referência à colocação. Ao tipificar como “possessivo, demonstrativo, qualificativo, indefinidor, numeral, temporal, condicional ...”, externa-se o aspecto semântico. Observe:

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Percebe-se claramente que a classificação segura das palavras baseia-se no seu papel sintático. A fórmula da oração nos ajuda a entender bem este fato gramatical. O aspecto semântico traduz o sentido injetado. Sua nomenclatura é bastante livre e subjetiva.

5 A fórmula da oração na classificação das orações

Os ocupantes das posições 1, 3, 4 e 5 da fórmula da oração, como já vimos, podem apresentar-se numa das quatro formas de determinantes ou determinados. Assim, esse gabarito oracional mostra o desfile de qualquer desses termos codificados com os números acima, como já vimos, em quatro formas: palavra, grupo nominal, oração reduzida e oração desenvolvida.

Das cinco posições da fórmula da oração apenas a 2 não adota a quadrimorfia citada. A Neopedagogia simplifica a classificação dessa posição 2, que é o determinante máximo do nome 1; ponderando apenas duas formas: verbo simples e verbo composto. O verbo simples é univocabular. O composto pode constituir-se de duas ou mais palavras. O primeiro constituinte será “verbo auxiliar” e encarrega-se de efetuar a “concordância verbal” com o nome 1 (sujeito). O último considera-se o “verbo fundamental” e é portador da semântica básica do predicado, por isto, incumbe-se de receber os complementos verbais (objeto direto, objeto indireto, agente da passiva) e os advérbios.

OBS.: Na codificação numérica, o verbo composto deve ser sublinhado, considerado como um todo e marcado com o código 2, como se faz com o simples,

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6 Fórmula da oração e a quadrimorfia dos termos

Tanto a Carta Magna da Língua Portuguesa como a Sintagramática e a Neopedagogia da Gramática focalizam as quatro formas de ocupar as posições 1, 3, 4 e 5 da fórmula da oração. O exemplário a seguir não deixa dúvida sobre essa quadrimofia dos determinantes 3, 4 e 5, bem como do determinado essencial ocupante de posição 1 desse gabarito frasal. Vejamos o desfile desses termos quadrimórficos:

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6.1 A posição 1 – (nome 1: sujeito)

6.2 A posição 3 – (nome 3: complemento verbal apreposicionado)

6.3 A posição 3 – (nome 3: complemento verbal preposicionado)

6.5 A posição 3 – (nome 3: nome ou adnome predicativo)

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6.7 A posição 5 – (adnome 5: determinante acessório do nome)

6.8 A posição 5 – (complemento nominal: determinante integrante do nome)

6.9 A posição 5 – (nome-adnome 5: o tradicional determinante aposto)

Obs.: O “QUE” que introduz oração adnominal (adjetiva 5) sempre será pronome relativo. O “QUE” que introduz orações nominais (substantivas 3) sempre será conjunção integrante (conjunção nominativa). As conjunções que introduzem orações adverbiais (4) sempre serão adverbiativas.

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7 A fórmula da oração ajuda a identificar os sufixos

Na formação de palavras por sufixação, ou seja, na sintaxe endovocabular, a fórmula da oração propicia base segura para a classificação das palavras derivadas. Os sufixos “mento, ação, ez, eza, dade...” deixam as palavras prontas para ocupar as posições nominais 1, 3 e 4, isto é, tornam as palavras verdadeiros nomes; os sufixos “oso, ível, ável, ódico, íssimo, érrimo... tornam as palavras verdadeiros adnomes, ocupantes da posição 5; o sufixo “mente” adicionado a um adjetivo no gênero feminino, torna esse adnome nato um advérbio, ocupante da posição 4. Observem esses fatos no gráfico da fórmula da oração com os sufixos criadores de novas palavras todas encaixáveis na fórmula da oração:

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Cremos ter ficado claro que a fórmula da oração ajuda a compreender a gramática natural em todos os aspectos que a envolvem. A estrutura oracional fica mais assimilável. Os determinantes maiores em forma de oração ficam envolvidos e conectados no nosso intelecto. Os morfemas sufixais igualmente têm explicações ligadas ao gabarito oracional básico que apresentamos.

A colocação, a concordância e a regência recebem luzes emitidas pela fórmula da oração normal. Partindo da sua visão geral, mostramos que o termo da direita determina o da esquerda - normalmente um nome ou um verbo. É a colocação auxiliando a identificação dos polos determinante e determinado. O introdutor preposição (ou o introdutor zero) que encabeça os determinantes, ajuda a estabelecer a ligação entre termos bem definidos. É a regência orientando esse liame. O mais nítido relacionador dos determinantes e determinados flexíveis são as desinências, que são instrumentos da concordância. Tudo é mostrado pela fórmula da oração com a ajuda dos sintagramas que apontam, que mostram, que falam.

É maravilhoso ver também que os sufixos, na determinância endovocabular, não apenas criam novas palavras para emissão das nossas mensagens, mas também deixam os vocábulos prontos e adaptados para ocupar posições claramente definidas dentro da fórmula da oração. Tudo ficou exposto de forma bem cristalina.

Assim, a gramática parece ficar mais concreta, mas palpável, mais visível. “Dizer” é pouco. É bom mostrar com sintagramas, com exemplos, tudo dentro do conhecimento da fórmula da oração.

O racional, o lógico têm deve prevalecer, a tal ponto em que se ouve os alunos dizerem: “Agora, sim, começamos a entender a tal de gramática.”

Referências

DEQUI, Francisco. Sintagramática. 7. ed. Canoas: IPUC, 2008.

______. Redação por Recomposição. 15. ed. Canoas: Faculdade de Tecnologia IPUC – FATIPUC, 2011.

______. Carta Magna da Língua Portuguesa. 5. ed. Canoas: Faculdade de Tecnologia IPUC – FATIPUC, 2011.

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______. Português – Fono-Orto-Morfo. 6. ed. Canoas: Faculdade de Tecnologia IPUC – FATIPUC, 2011.

______. Neopedagogia da Gramática – 18 teses surpreendentes. 2. ed. Canoas: Faculdade de Tecnologia IPUC – FATIPUC, 2011.

Referências

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