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ANDRES SA PEREIRA MACHADO DHYOGENES VON ANCKEN LOBO FABRICIO ALMEIDA DE SOUZA FERNANDO FREITAS FERREIRA LILIAN CHROSTOWSKI

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ESTADO DE MATO GROSSO

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ANDRES SA PEREIRA MACHADO

DHYOGENES VON ANCKEN LOBO

FABRICIO ALMEIDA DE SOUZA

FERNANDO FREITAS FERREIRA

LILIAN CHROSTOWSKI

Prof. M.a. Karen Wrobel Straub Schneider

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

MADEIRA

SINOP-MT

15-05-2017

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1. Introdução

1.1 Processo histórico da madeira

As estruturas de madeira existem desde os primeiros tempos de vida do

homem.Conhecendo a pedra, e tendo provavelmente já noção das suas

possibilidades de suporte ao contemplar o teto da caverna onde habitava, a

primeira viga ter-lhe-á surgido sob a forma de um tronco de árvore caído de

margem a margem de um curso de água e sobre o qual pôde passar

confiadamente.

A madeira, sendo leve, resistente, fácil de trabalhar, existindo em

abundância, com comprimentos e diâmetros variáveis, deu ao Homem a

possibilidade de abandonar a caverna, construindo inicialmente cabanas cuja

estrutura seria constituída por ramos e canas sendo a cobertura realizada de

folhas aglomeradas com argila ou então com peles.

A mais elementar estrutura de madeira surgiu a seguir, com a forma de

dois paus cravados no solo e ligados nas extremidades superiores, em forma

triangular, por elementos vegetais fibrosos, como o vime, por tiras de pele ou,

mais tarde, por elementos de ferro ou bronze.

A necessidade de cobrir espaços cada vez mais amplos tornou a estrutura

mais complexa; ou seja, as peças inclinadas exigiam um apoio intermédio,

surgindo assim as escoras e o contra nível, uma peça horizontal.

Para um maior aproveitamento do espaço e maior facilidade para realizar

aberturas para o exterior, as peças de suporte direto da cobertura deixaram de

estar diretamente ligadas ao solo, passando ser apoiadas em elementos verticais,

realizando assim o esqueleto de paredes, isto é, um conjunto de vigas e pilares.

1.2 Madeira como material de construção

A madeira é um material orgânico, de origem vegetal encontrada tanto em

florestas naturais quanto em florestas artificiais resultantes de reflorestamentos

industrializados.

Sua

fonte

é

abundante

e

renovável.

Esta se apresenta como material excepcional e como matéria-prima industrial de

múltiplo aproveitamento que acompanha e sustenta o desenvolvimento da qualidade de

vida do homem.

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Depois do aço é o material mais consumido na construção civil. Do ponto de

vista da utilização estrutural, a madeira compete com o concreto e o aço, embora exista

algum preconceito quanto à durabilidade e à resistência da madeira por parte daqueles

que não conhecem profundamente esse material.

A madeira é constituída principalmente por células de forma alongada

apresentando vazio interno, mas tendo tamanhos e formas variadas, de acordo com a sua

função e com a classificação botânica da árvore. A madeira natural é produto direto do

lenho dos vegetais superiores e arbustos lenhosos.

2. Características gerais da madeira

2.1 Características físicas da madeira

Outro fator a ser considerado na utilização da madeira é o fato de se tratar de um

material ortotrópico, ou seja, com comportamentos diferentes em relação à direção de

crescimento das fibras. Devido à orientação das fibras da madeira e à sua forma de

crescimento, as propriedades variam de acordo com três eixos perpendiculares entre si:

longitudinal, radial e tangencial, como pode ser visto na figura a seguir.

 Umidade

A umidade da madeira é determinada pela seguinte expressão:

Quando a árvore é cortada, ela tende a perder rapidamente a água livre existente

em seu interior para, a seguir, perder a água de impregnação mais lentamente. A

umidade na madeira tende a um equilíbrio com a umidade e temperatura do ambiente

em que se encontra.

O teor de umidade correspondente ao mínimo de água livre e ao máximo de água de

impregnação é denominado de “Ponto de saturação das fibras”. Para as madeiras

brasileiras esta umidade encontra-se em torno de 25.

 Densidade

A norma brasileira apresenta duas definições de densidade a serem utilizadas em

estruturas de madeira. A primeira delas é a “Densidade Básica” da madeira definida

como a massa específica convencional obtida pelo quociente da massa seca pelo volume

saturado e pode ser utilizada para fins de comparação com valores apresentados na

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literatura internacional. A segunda, definida como “Densidade Aparente”,

determinada para uma umidade padrão de referência de 12%, pode ser utilizada para

classificação da madeira e nos cálculos de estruturas.

 Retratibilidade

Define-se retratibilidade como sendo a redução das dimensões em uma peça da

madeira pela saída da água de impregnação.

Como visto anteriormente a madeira apresenta comportamentos diferentes de

acordo com a direção em relação às fibras e aos anéis de crescimento. Assim, a retração

ocorre em porcentagens diferentes nas direções tangencial, radial e longitudinal.

Em ordem decrescente de valores, encontra-se a retração tangencial com valores

de até 10% de variação dimensional, podendo causar também problemas de torção nas

peças de madeira. Na sequência, a retração radial com valores da ordem de 6% de

variação dimensional, também pode causar problemas de rachaduras nas peças de

madeira. Por último, encontra-se a retração longitudinal com valores de 0,5% de

variação dimensional.

Apresenta-se a seguir um gráfico qualitativo para ilustrar a retração nas peças de

madeira:

 Resistencia da madeira ao fogo

Erroneamente, a madeira é considerada um material de baixa resistência ao fogo. Isto de deve, principalmente, à falta de conhecimento das suas propriedades de resistência quando submetida a altas temperaturas e quando exposta à chama, pois, sendo bem dimensionada ela apresenta resistência ao fogo superior à de outros materiais estruturais.

Outra característica importante da madeira com relação ao fogo é o fato de não

apresentar distorção quando submetida a altas temperaturas, tal como ocorre com o aço,

dificultando assim a ruína da estrutura.

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 Durabilidade natural

A durabilidade da madeira, com relação à biodeterioração, depende da espécie e das

características anatômicas. Certas espécies apresentam alta resistência natural ao ataque

biológico enquanto outras são menos resistentes.

Outro ponto importante que deve ser destacado é a diferença na durabilidade da

madeira de acordo com a região da tora da qual a peça de madeira foi extraída, pois,

como visto anteriormente, o cerne e o alburno apresentam características diferentes,

incluindo-se aqui a durabilidade natural, com o alburno sendo muito mais vulnerável ao

ataque biológico.

 Resistência Química

A madeira, em linhas gerais, apresenta boa resistência a ataques químicos. Em

muitas indústrias é preferida em lugar de outros materiais que sofrem mais facilmente o

ataque de agentes químicos. Em alguns casos a madeira pode sofrer danos devidos ao

ataque de ácidos ou bases fortes.

2.2 Características mecânicas da madeira

As propriedades mecânicas são as responsáveis pela resposta da madeira quando solicitada por forças externas. São divididas em propriedades de resistência e elasticidade.

 Propriedades elásticas

Elasticidade é a capacidade do material de retornar à sua forma inicial, após retirada

a ação externa que o solicitava, sem apresentar deformação residual.

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Apesar de não ser um material elástico ideal, pois apresenta uma deformação residual

após a solicitação, à madeira pode ser considerada como tal para a maioria das

aplicações estruturais.

As propriedades elásticas são descritas por três constantes: o módulo de

elasticidade longitudinal (E), o módulo de elasticidade transversal (G) e o coeficiente de

Poisson ( ). Como a madeira é um material ortotrópico, as propriedades de elasticidade

variam de acordo com a direção das fibras em relação à direção de aplicação da força.

Módulo de Elasticidade (E)

 Propriedades de Resistência

Estas propriedades descrevem as resistências últimas de um material quando

solicitado

por

uma

força.

 Compressão

Três são as solicitações às quais se pode submeter a madeira na compressão: normal,

paralela ou inclinada em relação às fibras.

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 Tração

Duas solicitações diferentes de tração podem ocorrer em peças de madeira:

tração paralela ou tração perpendicular às fibras da madeira. As propriedades da

madeira referentes a estas solicitações diferem consideravelmente.

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 Cisalhamento

Existem três tipos de cisalhamento que podem ocorrer em peças de madeira

 Torção

As propriedades da madeira solicitadas por torção são muito pouco conhecidas.

A norma brasileira recomenda evitar a torção de equilíbrio em peças de madeira, em

virtude do risco de ruptura por tração normal às fibras decorrente do estado múltiplo de

tensões atuante.

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3. Industrialização da madeira

O uso da madeira como pilares e vigas foi descoberto ainda na pré-história e em

muitas civilizações ainda antes do fogo. A madeira era utilizada como principal

elemento construtivo ou combinada com outros materiais como: o barro, a palha, a

pedra, o ferro e outros.

Durante o Brasil colonial a arquitetura inicial era basicamente feita com madeira,

nas formas e estilos europeus e utilizando as técnicas indígenas locais, o que explica a

enorme miscigenação arquitetônica no período colonial. A madeira deixou por um bom

tempo de ser utilizada nas construções, para ser queimada nas embarcações que

passavam pelo litoral brasileiro. Na arquitetura ficou rebaixada à estrutura, e as casas

tendo o adobe e a taipa, como revestimento.

Apesar de estarem se tornando mais populares atualmente pela questão de

sustentabilidade, as estruturas de madeira na construção civil já começaram a ser

utilizadas desde a década de 1920 pela empresa Half , de São Paulo , contribuindo

arduamente para a industrialização e novas tecnologias deste produto neste mercado.

Segundo dados do International Tropical Timber Organization (ITTO),o Brasil

produz e consome aproximadamente 13 milhões de metros cúbicos de madeira serrada

por ano. Uma parte dessa quantidade é usada na construção civil.

Fatores que restringem a utilização da madeira na construção civil:

•falta de ensino superior e técnico na área de projeto e construção em madeira

•a necessidade de uma base de dados com propriedades de resistência e

elasticidade das madeiras brasileiras

•falta de ações junto às entidades privadas e governamentais para diminuir o

preconceito contra o uso desse material; entre outros.

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4. Classificação da madeira

Madeiras podem ser utilizadas em diversas etapas desde as fundações até os

acabamentos, passando tanto pela estrutura como por material auxiliar. Pode ser usada

também em diversos tipos de construção como em estradas de ferro, galerias, pontes,

etc

.

As madeiras podem ser classificadas em:

* Madeiras Finas: São empregadas em marcenaria e em construção corrente na

execução de esquadrias, marcos, etc.

* Madeiras Duras ou de Lei: São empregadas em construção, como suportes e vigas.

* Madeiras Resinosas: São empregadas quase que exclusivamente em construções

temporárias

* Madeiras Brandas: Possuem pequena durabilidade, porém de grande facilidade de

trabalho. Não são usadas em construção.

Tipos de madeiras usadas na construção civil, e para que servem:

Construção civil pesada interna: Engloba as peças de madeira serrada na forma

de vigas, caibros, pranchas e tábuas utilizadas em estruturas de cobertura, onde

tradicionalmente era empregada a madeira de peroba-rosa

Construção civil leve interna, de utilidade geral: Abrange as peças de madeira

serrada e beneficiada, como forros, painéis, lambris e guarnições, onde o aspecto

decorativo da madeira não é fator limitante. A referência é a madeira de

pinho-do-paraná

Construção civil leve em esquadrias: Abrange as peças de madeira serrada e

beneficiada, como portas, venezianas, caixilhos. A referência é a madeira de

pinho-do-paraná

Conhecer o tipo mais apropriado para cada situação é o primeiro passo para

utilizar a força da madeira em uma construção. Vejamos alguns exemplos de madeira e

suas aplicações recomendadas.

Para interiores

No caso de madeira serrada para vigas, caibros e tábuas utilizadas em estruturas, os

tipos mais utilizados incluem:

Peroba-Rosa;

Rosadinho;

Itaúba;

Angico-Preto;

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Para o telhado, a Garapeira e o Cambará são dois tipos indicados. Ambos, porém,

precisam de manutenção constante, e vários cuidados protetores, por causa da baixa

resistência à umidade, podendo apodrecer se não forem tratadas corretamente. É

possível utilizar também a Itaúba e a Peroba, que são mais resistentes.

Para os forros e painéis de parede os tipos mais comumente usados incluem a

Macaúba, o Louro (em suas várias espécies), o Marfim, o Pau-Amarelo (alta resistência

ao ataque de cupins) e o Mogno.

Os tipos mais viáveis na fabricação de janelas e esquadrias incluem Acapu,

Angico-Preto e o Pinho-de-Riga.

Para portas, madeira maciça. É importante que recebam tratamento adequado

(selantes, vernizes, etc.) principalmente se tratarem de portas externas. A Itaúba, o

Cedro Rosa e o Jequitibá Rosa são alguns dos materiais recomendados.

Madeiras para Exteriores

Para esse tipo de situação, há de se ter cautela na escolha. Recomendam-se o uso

de madeiras com características resistentes, como o Ipê, a Peroba, a Itaúba, a Teca e a

Garapeira.

A Peroba e a Teca são utilizadas, inclusive, na fabricação de barcos e navios, por

sua resistência à umidade. O Ipê é usado principalmente em telhados e coberturas, por

se tratar de uma madeira muito rígida.

5. Utilização da madeira na construção civil

Na construção civil a madeira geralmente é utilizada para fins estruturais e de sustentação, pois é um material naturalmente resistente e moderadamente leve, e, além disso, fornece isolamento térmico e acústico, e proporciona a diminuição de custos na obra. Tanto na engenharia civil como na arquitetura, a madeira pode ser utilizada de diferentes modos, como nas estruturas, coberturas, e vedação; como móveis rústicos e decorações; e ainda no acabamento, como em batentes, molduras, portas e pisos.

Principais Produtos de Madeira Serrada

A madeira serrada é produzida em serrarias, onde as toras são processadas mecanicamente, transformando-as em peças quadrangulares ou retangulares, de menor dimensão. Nas serrarias, as principais operações são o desdobro, o esquadrejamento, o destopo das peças e o pré-tratamento.

Os Principais Produtos de Madeira Serrada são:

Prancha e/ou Pranchão - Compreendem uma espessura de 4 a 7 cm ou mais, uma largura maior que 20 cm e comprimento de 3 a 5 m. São utilizados como terças nos telhados, e colunas ou pilares de sustentação de telhado aparente, que recebendo o tratamento adequado de óleos e seladoras podem ficar exposto a sol e chuva sem risco de danos.

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Vigas e Vigotas - As vigas possuem espessura maior que 4 cm e largura de 11 a 20 cm, já as vigotas, que são vigas menores, têm espessura de 4 a 8 cm e largura de 8 a 11 cm. Tanto as vigas como as vigotas são usadas para sustentação de telhados.

Caibro - Sua espessura varia de 4 a 8 cm e a largura de 5 a 8 cm, é um elemento componente do madeiramento do telhado, ficando localizado sobre as terças e abaixo das ripas, no sentido longitudinal da queda d'água do telhado.

Tábua - A tábua tem espessura de 1 a 4 cm e largura maior que 10 cm, e geralmente é utilizada em fôrma de concreto e como pisos.

Ripa e Sarrafo - A ripa tem espessura superior a 2cm e largura superior a 10 cm, já o sarrafo é uma ripa que se limita a espessura entre 2 e 4 cm e largura entre 2 e 10 cm. É a peça em que se apoiam as telhas, e que possui uma pequena seção transversal, se comparada com uma terça ou caibro, seu papel é melhor distribuir as cargas geradas pela cobertura.

Dormente - Sua espessura varia de 16 a 17 cm e a largura de 22 a 24 cm. O dormente normalmente desempenha a função de suporte numa ferrovia, mas na construção civil pode ser utilizado para fins estéticos como na formação de escadas.

Pontalete - Com 7,5 cm de espessura e 7,5 cm de largura, serve pode servir tanto na montagem de andaimes como em escoramentos.

Bloco - Suas dimensões são variáveis, é utilizado para decoração, como método de moldura.

Cuidados com a Madeira

É importante se preocupar com a aparência da madeira, observar se há rachaduras, fungos ou nós que comprometam sua resistência. Os principais cuidados que se devem ter no emprego da madeira na construção civil para ter maior durabilidade são:

 Evitar pontos de condensação de água, para não humedecer a madeira;

 Aplicar impermeabilizantes nos encaixes e nos apoios, para evitar a infiltração de água;

 Posicionar a madeira a 20 cm ou mais acima do solo; * Deixar espaço entre o assoalho e o solo e entre o forro e a cobertura para ter ventilação;

 Adequar o projeto às peças com medidas de mercado obedecendo às normas locais;

 Utilizar espécies adequadas ao tipo de projeto;

 Evitar perda com cortes desnecessários, adequando os a necessidade do projeto;  Verificar a possibilidade de reuso das peças, contribuindo com economia de

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Tomando todos esses cuidados pode-se prevenir a deterioração da madeira, aumentando sua vida útil, pois esses cuidados tornam a madeira mais resistente a fungos e insetos, evitando também a infiltração de água.

Madeiras de Qualidade

É importante verificar se a madeira a ser adquirida na construção está dentro do padrão e das normas estabelecidas, e também conhecer sua procedência, com o intuito de adquirir o produto visando o reflorestamento e sustentabilidade para não prejudicar o meio ambiente.

Além disso, é essencial escolher boas espécies de madeira para um bom desempenho na construção, como:

 Angelim: Utilizada para peças de decoração tanto exteriores como interiores, escadas, pisos, vigas, dormentes, estacas, tacos de assoalhos, vigamentos, portas, etc. Simples de modelar. * Cedrinho: Usada em venezianas, rodapés, guarnições, cordões, forros, etc. Apresenta retrabilidade linear e volumétrica baixa e propriedades mecânicas entre baixa e média.

 Champanhe: Usada em pontes, construção pesada, portos, estacas, obras imersas em ambiente de água doce, vigamentos, carpintaria, tacos, tábuas para assoalho, etc. Porque é muito resistente e firme.

 Garapeira: Usada na construção de estruturas externas, dormentes, postes, estacas, mourões, carrocerias, vigas, caibras, ripas, tábuas, tacos para assoalhos, marcos de portas e janelas, etc. É considerada fácil de ser trabalhada, e com bom acabamento.

 Itaúba: Usada em assoalhos, postes, pilares e dormentes, carpintaria, tacos, estrutura de pontes, cruzetas, vigas, caibros, tábuas, marcos de portas e janelas, implementos agrícolas, confecção de peças torneadas, etc. Tem baixa retratibilidade em relação à densidade, resistência mecânica alta a média e durabilidade alta.

 Jatobá: Uso na construção civil, estacas, carroçaria, postes, tonéis, dormentes, móveis finos, laminados, assoalhos, tanoaria, vigamentos, cabos, ferramentas, etc. Muito resistente aos fungos e cupins.

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 Jequitibá: Usada em estruturas de móveis, peças torneadas, molduras, compensados, cabos de ferramentas, caixotaria e construção civil para vigas, caibros, ripas, etc. Madeira um tanto pesada.

 Louro Canela: Usada como vigas, caibros, ripas, rodapés, molduras, guarnições, tábuas, pranchas, peças torneadas, marcenaria, compensados, etc. Excelente para se trabalhar e permite excelente acabamento.

 Maracatiara: Usada na fabricação de vigas, caibros, ripas, tacos e tábuas de assoalho, marcos ou batentes de portas e janelas, esquadrias, caixilhos, forros, lambris, etc. Fácil de trabalhar e tem excelente acabamento, recebe bem a pintura, verniz, lustro e emassamento. * Peroba: Usada em interiores, decoração, pisos, painéis, entalhes, esquadrias, móveis, peças torneadas, cabos de ferramentas, tacos, tábuas para assoalhos, vagões, carrocerias, etc. De resistência mecânica e retrabilidade médias.

 Pinnus: Usada como ripas, partes secundárias de estruturas, cordões, guarnições, rodapés, forros e lambris, pontaletes, andaimes, formas para concreto. Madeira fácil de tratar.

 Tatajuba: Uso em dormentes, vigas, caibros, ripas, marcos de portas e janelas, rodapés, tábuas e tacos para assoalho, cruzetas, etc. Fácil de trabalhar, mas recomenda-se perfuração prévia à colocação de pregos.

 Tauari: Uso em peças encurvadas, marcenaria, lâminas, compensados e outros. Fácil processamento, gerando superfície de acabamento liso e tem boa colagem.

6. Vantagens e Desvantagens

Usadas com consciência ambiental, estruturas de madeira são práticas, belas e duráveis.A madeira é um dos materiais de utilização mais antiga nas construções, foi utilizada por todo o mundo, quer nas civilizações primitivas, quer nas desenvolvidas, no oriente ou ocidente. Com o advento da revolução industrial, a Inglaterra, como grande potência, impôs a arquitetura em metal. Com a invenção do concreto armado os técnicos de nível superior concentraram seus estudos no novo material.

Apesar dos "novos materiais" os empreiteiros ainda guardaram por muitos anos o conhecimento prático sobre as estruturas de madeira. Entretanto, este conhecimento se perdeu com o tempo, ficando restrito a estruturas de telhados.

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⇨ Vantagens

• Produto Natural - a madeira é um produto de origem natural e renovável, cujo processo produtivo em relação a outros produtos industrializados, exige baixo consumo energético e respeita a natureza. Constitui, um dos escassos materiais de construção de origem natural, o que à partida lhe proporciona uma série de vantagens em relação aos demais. A madeira de uso corrente não é tóxica, não liberta odores ou vapores de origem química, sendo portanto segura ao toque e manejo. Ao contrário de outras matérias-primas a madeira quando envelhece ou deixa de desempenhar a sua função estrutural, não constitui qualquer perigo para o meio ambiente, já que é facilmente reconvertida.

• Renovável - fazemos uso da madeira como matéria-prima há milhares de anos. No entanto este recurso contínua disponível e a crescer em novos povoamentos florestais. Enquanto novas árvores forem plantadas de forma conscienciosa e sem comprometer os recursos naturais e, repor as abatidas, a madeira vai continuar a estar disponível.

• Armazéns de Carbono - para a formação da madeira, as árvores captam o carbono da atmosfera, e libertam oxigénio. Ao fazermos uso da madeira, estamos a armazenar o carbono absorvido durante o tempo de vida da obra ou edifício no estado sólido e portanto, a evitar que este se liberte para a atmosfera e, agrave o problema ambiental do efeito de estufa.

• Excelente Isolante - o isolamento é um aspecto importantíssimo para a redução da energia usada no aquecimento e climatização de edifícios. A madeira é um isolante natural que pode reduzir a quantidade de energia necessária na climatização de espaços especialmente quando usada em janelas, portas e pavimentos. Apresenta boas condições naturais de isolamento térmico e absorção acústica.

• Fácil de Trabalhar - trata-se de uma matéria-prima muito versátil que pode ser usada de forma muito variada e que cumpre com certas e determinadas especificações, de acordo com o tipo de aplicação pretendida. Permite ligações e emendas fáceis de executar.

• Durabilidade - Os arqueólogos pesquisam peças antigas ainda existentes em madeira tais como: sarcófagos, embarcações, esculturas, utensílios domésticos, armas, instrumentos musicais, elementos de construções. É possível observar-se algumas dessas peças em perfeito estado.

• Segurança - A madeira não oxida. O metal quando é levado a altas temperaturas pela ocorrência de fogo deforma-se, perdendo a função estrutural. Naturalmente, se o ferro do betão armado não estiver com o revestimento adequado, também este perde a função estrutural quando submetido a altas temperaturas. A madeira na natureza já desempenha uma função estrutural. Depois de serrada, quando utilizada como estrutura de um edifício, funciona como um elemento pré-moldado, de fácil montagem (leve, macio), que não passou por processos de fabrico que determinem sua resistência. O que determina a sua resistência é apenas a sua espécie.

• Versatilidade de uso - pode ser produzida em peças com dimensões estruturais que podem ser rapidamente desdobradas em peças pequenas, de uma delicadeza excepcional.

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• Propriedades físico-mecânicas - Foi o primeiro material empregue, capaz de resistir tanto a esforços de compressão como de tracção. Tem uma baixa massa volúmica e resistência mecânica elevada. Pode apresentar a mesma resistência à compressão que um betão de resistência razoável. A resistência à flexão pode ser cerca de dez vezes superior à do betão, assim como a resistência ao corte. Não se desfaz quando submetida a choques bruscos que podem provocar danos noutros materiais de construção.

• Textura - no seu aspecto natural apresenta grande variedade de padrões. ⇨ Desvantagens

• Variabilidade - é um material fundamentalmente heterogéneo e anisotrópico. Mesmo depois de transformada, quando já empregue na construção, a madeira é muito sensível ao ambiente, aumentando ou diminuindo de dimensões com as variações de humidade.

• Vulnerabilidade - é bastante vulnerável aos agentes externos, e a sua durabilidade é limitada, quando não são tomadas medidas preventivas.

• Combustível – é muito vulnerável ao fogo.

• Dimensões - são limitadas: formas alongadas, de secção transversal reduzida.

Estes inconvenientes fizeram com que a madeira fosse, numa determinada época, ultrapassada pelo aço e pelo betão armado, e substituída na execução de estruturas provisórias, como por exemplo cofragens.

No entanto, a madeira apenas adquiriu reconhecimento como material moderno de construção, com condições para atender às exigências de técnicas construtivas recentemente promovidas, quando os processos de aperfeiçoamento foram desenvolvidos e permitiram anular as características negativas que a madeira apresenta no seu estado natural.

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Referências bibliográficas

Madeireira Madecal – Madeiras para Construção. Disponível em: <http://www.madecalmadeiras.com.br/produto/madeira-para-construcao/> Acesso em: 15/05/201

Madeireira Limoeiro – Prancha de Madeira. Disponível em: <http://www.madlimoeiro.com.br/produtos/prancha-de-madeira-pranchao-tercas-telhado-madeireira-limoeiro.html> Acesso em: 15/05/2017

Tecnologias Arquitetônicas – O que é ripa. Disponível em: <http://www.colegiodearquitetos.com.br/dicionario/2009/02/o-que-e-ripa/> Acesso em 15/05/2017

Madeira – Uso Sustentável na Engenharia Civil. Disponível em: <http://a3p.jbrj.gov.br/pdf/madeira.pdf> Acesso em: 15/05/2017

Portal da madeira – A história da madeira. Disponível em: <http://portaldamadeira.blogspot.com.br/2008/12/madeira-na-histria.html> Acesso em: 15/05/2017

AP reflorestas – Industrialização da madeira. Disponível em:

<http://www.apreflorestas.com.br/noticias/construcao-civil/919/novas-tecnologias-para- industrializacao-da-madeira-vao-contribuir-para-a-popularizacao-do-material-na-construcao-civil> Acesso em : 15/05/2017

Referências

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