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DOSSIER ECOEFICIÊNCIA. Artigo Técnico entrevistas Depoimentos Divulgações produtos / 35

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/ 35

DOSSIER

E

COEFICIÊNCIA

Artigo Técnico

entrevistas

Depoimentos

Divulgações

produtos

(2)

Soluções Construtivas

Influência da Inércia Térmica nos Consumos de Energia

2 - C

LASSE DE

I

NÉRCIA

T

ÉRMICA DOS

E

DIFÍCIOS

Pode entender-se por inércia térmica de um edifício como a capacidade que os seus elementos construtivos têm em captar e armazenar calor e em devolvê-lo posteriormente. Se o edifício e os seus sistemas energéticos forem cons-truídos de modo a que o calor seja armazenado quando se encontra em excesso e fornecido ao ar interior quando ele está mais frio que o desejável, os picos de calor e de frio são suavizados ou mesmo anulados e é necessária menos energia para manter condições de conforto (Raimundo e Gaspar 2010).

A inércia térmica de um edifício está directamente relacio-nada com a massa e com a capacidade térmica das suas soluções construtivas. Em termos genéricos, a inércia de uma solução construtiva aumenta com a massa dos mate-riais que a compõem e com a facilidade com que estes tro-cam calor com o ar interior. Ou seja, a inércia de um ele-mento construtivo é “anulada” pela aplicação de isolaele-mento térmico pelo lado em contacto com o interior e é “maximiza-da” se o isolamento térmico for aplicado pelo exterior. A apli-cação de isolamento térmico no interior de uma solução construtiva da envolvente “anula” a contribuição da massa dos materiais localizados para o exterior deste. Por outro lado, a colocação de isolamento no interior de um elemento de compartimentação interior não altera a inércia do edifício. Inicialmente pensou-se em considerar os edifícios construí-dos com determinaconstruí-dos tipos de soluções construtivas e ape-nas alterar a densidade dos materiais para desse modo obter a inércia térmica desejada. Tal não foi feito por se con-siderar mais interessante realizar a análise recorrendo a soluções construtivas usualmente utilizadas em Portugal. Para definição da classe de inércia térmica utilizam-se neste trabalho os limites sugeridos pelo RCCTE (Decreto-Lei 80/2006), em que a inércia térmica de um edifício é classifi-cada em função do índice de inércia (It) do mesmo, definido

como a razão entre a massa superficial útil (Msi) das

solu-ções construtivas associadas aos espaços climatizados e a área de pavimento (Ap) desses mesmos espaços (It= Msi/

Ap), conforme se apresenta na Tabela 1.

TABELA1.

CLASSES DE INÉRCIA SEGUNDO ORCCTE (DL 80/2006).

Ecoeficiência

Autoria do Trabalho: António M. Raimundo, antonio.raimundo@dem.uc.pt David A. Mateus, dmateus87@hotmail.com

Dep. de Eng. Mecânica, FCTUC, Universidade de Coimbra, https://woc.uc.pt/dem/

1. I

NTRODUÇÃO

Uma parte significativa dos consumos de energia asso-ciados ao funcionamento de um edifício de serviços deve-se à climatização. Assim sendo, a necessidade da sua redução torna-se importante. De entre as várias características construtivas de um edifício com influên-cia no seu consumo de energia para climatização desta-cam-se a sua “arquitectura solar passiva”, a área, pro-priedades, orientação solar e sombreamentos dos envi-draçados, a área e o coeficiente de transferência super-ficial das soluções construtivas e a inércia térmica do edifício.

A primeira abordagem para reduzir os consumos de energia com a climatização de um edifício de serviços passa pelo recurso a soluções construtivas termicamen-te bem isoladas (logo com baixos valores de coeficientermicamen-te de transferência superficial) e envidraçados que apesar de permitirem uma boa entrada de iluminação natural tenham poucos ganhos térmicos solares. No entanto, os consumos com a climatização também dependem da inércia térmica dos materiais utilizados na construção do edifício, nomeadamente se o mesmo estiver equipado com sistemas destinados à minimização de consumos térmicos (Xu 2006; Raimundo e Gaspar 2010). Assim, este trabalho tem como objectivo caracterizar o compor-tamento de um edifício de serviços em função da inércia térmica dos materiais utilizados na sua construção. Para realizar este estudo escolheram-se dois edifícios com utilização muito diferente entre si, um lar de idosos (cargas térmicas internas reduzidas e ocupação perma-nente) e um supermercado (cargas térmicas internas elevadas e ocupação intermitente cíclica). O comporta-mento térmico e energético dos dois edifícios é analisa-do para três classes de inércia (forte, média e fraca) assumindo a existência ou não de sistemas de recupe-ração do calor contido no ar de rejeição e a existência ou não de sistemas de freecooling.

O comportamento térmico e energético dos edifícios foi obtido através de simulação dinâmica detalhada multi-zona com recurso ao programa EnergyPlus através da sua interface gráfica DesignBuilder. Trata-se de um

soft-wareque executa a simulação de um edifício completo,

através do qual é possível analisar o conforto dos ocu-pantes e contabilizar os consumos de energia para aquecimento, arrefecimento, iluminação, ventilação, águas quentes sanitárias e para outros processos. O

EnergyPlusbaseia-se numa das metodologias de

cálcu-lo descritas na norma EN ISO 13790-2006 e, conforme o exigido pela regulamentação nacional (RSECE, 2006), encontra-se acreditado segundo a norma ASHRAE 140-2004. Classe de inércia It [ kg / m2] Fraca It < 150 Média 150 ≤ It ≤ 400 Forte It > 400

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3 - C

ARACTERIZAÇÃO DOS

E

DIFÍCIOS

Em termos de exposição climática ambos os edifícios foram considerados localizados na periferia da cidade de Coimbra, cujo clima em termos nacionais pode ser considerado como médio (zona climática I1 - V2 norte). Em ambos os edifícios existe ventilação mecânica em todos os espaços, a qual cum-pre os requisitos mínimos impostos pelo RSECE para o caudal de ar novo. A climatização é assegurada por um sistema basea-do num Chiller / bomba de calor (com COP = 4 para a função de aquecimento e EER = 3 para a de arrefecimento), com sub-sistema de distribuição a água a 4 tubos e ventiloconvectores como unidades terminais. No caso de existir freecooling, este só está activo quando a temperatura do ar exterior é pelo menos 4ºC inferior à do ar interior e apenas durante os meses de Maio a Setembro. No caso de existir, a recuperação de calor do ar de rejeição é efectuada com uma eficiência de 60% e só está activa de Novembro a Março (assume-se que durante os restantes meses é feito um by-pass ao recuperador). Nas zonas em que está disponível sistema de climatização impôs-se para o ar interior uma temperatura mínima de 20ºC para a estação de aquecimento e uma temperatura máxima de 25ºC para a de arrefecimento, não sendo imposto qualquer set-point de tempe-ratura nas zonas não climatizadas. Não foram impostos

set-pointspara a humidade relativa do ar interior.

As soluções construtivas foram escolhidas de modo a obter a inércia térmica pretendida para o edifício em questão. No en -tanto e por terem pouco impacto em termos de inércia, alguns elementos foram mantidos inalterados e iguais para ambos os edifícios, os quais se apresentam a seguir (com os materiais a serem especificados do exterior para o interior):

- Pilares exteriores constituídos por 2 cm de reboco tradicional, 22 cm de betão armado, caixa-de-ar não ventilada com 1 cm, 4 cm de isolamento XPS, tijolo furado de 7 cm e 2 cm de reboco;

- Vigas exteriores constituídas por 2 cm de reboco tradicional, 20 cm de betão armado, caixa-de-ar não ventilada de 3 cm, 4 cm de XPS e 2 cm de reboco;

- Pilares interiores formados por 2 cm de reboco, 20 cm de betão armado e 2 cm de reboco (que no caso de estarem em contacto com um espaço não climatizado acresce 4 cm de XPS e tijolo furado de 4 cm);

- Paredes em contacto com o solo constituídas por 20 cm de betão armado, sistema de impermeabilização, 4 cm de XPS, tijolo furado de 4 cm e 2 cm de reboco;

- Caixa de estore constituída por 2 cm de reboco, 5 cm de betão armado, 20 cm de espaço-de-ar fortemente ventilado, 4 cm de XPS, 5 cm de betão armado e 2 cm de reboco; - Envidraçados simples, de correr, com caixilharia em alumínio

com corte térmico, vidro duplo incolor (4+12+6) e com per-sianas exteriores de réguas horizontais plásticas (lar de ido-sos) ou sem dispositivos de protecção solar (supermercado).

Foram utilizadas as seguintes soluções construti-vas para a obtenção de inércia térmica forte, em que os sucessivos materiais estão especificados do exterior para o interior:

- Paredes exteriores constituídas por 2 cm de reboco, tijolo furado de 15 cm, de caixa-de-ar com 2 cm, 4 cm de isolamento XPS, tijolo furado de 11 cm e reboco com 2 cm;

- Paredes interiores em contacto com espaços não climatizados compostas por 2 cm de reboco, tijo-lo furado de 7 cm, 4 cm de XPS, tijotijo-lo furado de 11 cm e 2 cm de reboco;

- Paredes interiores de compartimentação consti-tuídas por 2 cm de reboco, tijolo furado de 11 cm e 2 cm de reboco;

- Cobertura exterior formada por 5 cm de seixo, 3 cm de betonilha, sistema de impermeabilização, 4 cm de XPS, 28 cm de betão armado e 2 cm de reboco;

- Lajes compostas por 2 cm de reboco, 28 cm de betão armado, 4 cm de XPS, 3 cm de betonilha e mosaico cerâmico (ou pavimento flutuante); - Pavimento térreo formado por 10 cm de betão,

sistema de impermeabilização, 4 cm de XPS, 14 cm de betonilha e mosaico cerâmico (ou pavi-mento flutuante).

A partir da substituição de algumas das soluções construtivas por outras de materiais mais leves, os edifícios passam a ter inércia térmica média: - Alteração das paredes interiores (em contacto

com espaços não climatizados e de comparti-mentação) para painel sandwich de 8 cm; - Alteração da cobertura exterior para chapa

metá-lica, painel sandwich de 6 cm, espaço-de-ar não ventilado com 10 cm e 2 cm de gesso cartona-do;

- Alteração das lajes para lajes constituídas por 2 cm de reboco, 15 cm de betão cavernoso e mosaico cerâmico (ou pavimento flutuante). Para a obtenção de inércia térmica fraca:

- Alteração das paredes exteriores para painel

sandwichde 8 cm, caixa-de-ar de 2 cm e 2 cm de

gesso cartonado;

- Alteração do pavimento térreo para 10 cm de betão, sistema de impermeabilização, 4 cm de XPS, 3 cm de betonilha e mosaico cerâmico (ou pavimento flutuante).

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Ecoeficiência

3.1 - EDIFÍCIO COM OCUPAÇÃO PERMANENTE - LAR DE IDOSOS

O edifício de ocupação permanente em apreço (lar de idosos) desenvolve-se em três pisos, cave, rés-do-chão e primeiro andar e encontra--se representado na Figura 1. A cave é compos-ta pelas salas de máquinas, espaços para arre-cadações e depósitos de roupa. Nos pisos supe-riores existem zonas de quartos e salas de estar, sendo que no rés-do-chão existe ainda uma cozinha, uma sala de refeições, balneários, ins-talações sanitárias de uso geral e arrumos. No primeiro piso existem gabinetes, salas de estar, zonas de quartos, sala de reuniões, instalações sanitárias e espaços para arrumos.

O edifício foi projectado para albergar 36 pes-soas, das quais 28 podem estar acamadas. Para o efeito estão previstos 8 quartos simples (4 no rés-do-chão e 4 no primeiro piso) e 10 quartos duplos (5 no rés-do-chão e 5 no primeiro piso). A área bruta de pavimento é de 1427 m2e tem um

pé-direito de 3 m. A cave do edifício encontra-se enterrada excepto do lado das fachadas volta-das a sudeste e sudoeste. Nas fachavolta-das a nor-deste e noroeste existe algum sombreamento devido à inclinação do terreno. No espaço a sul do edifício existem árvores de folha caduca com uma altura média de 3 m (não representadas na Figura 1), as quais provocam sombreamentos nas fachadas do rés-do-chão voltadas a sudoes-te e numa das fachadas a sudessudoes-te, não sudoes-tendo qualquer impacto ao nível de sombreamentos do primeiro piso.

Para efeitos de simulação a cave (de 183 m2) foi

considerada como pertencendo toda a uma única zona não climatizada, o rés-do-chão (de 628 m2) foi repartido por 10 zonas climatizadas e

o primeiro piso (de 616 m2) por outras 10

tam-bém climatizadas. Este edifício é caracterizado por ter ocupação permanente, cargas térmicas internas reduzidas e baixa densidade de ilumi-nação artificial.

3.2 - EDIFÍCIO COM OCUPAÇÃO INTERMITENTE CÍCLICA - SUPERMERCADO

O edifício com ocupação intermitente (supermercado) foi projectado para uma ocupação máxima de 215 pessoas, tem a forma paralelepipédica, desenvolve--se por um único piso e encontradesenvolve--se representado em perspectiva na Figura 2. O edifício apresenta quatro orientações distintas, com a fachada principal orien-tada a sul e é composto pela zona de exposição de produtos do supermerca-do, por quatro lojas, instalações sanitárias gerais, uma cafetaria, um escritório, uma zona de apoio ao supermercado (onde existem vestiários e espaços de apoio ao talho), uma zona de armazém e uma zona técnica (casa das máqui-nas). Este edifício não beneficia de obstruções solares dignas de relevo. Apresenta uma área bruta de pavimento de 1445 m2(1277 m2climatizados e

168 m2não climatizados) e tem um pé-direito médio de 3,6 m. Para efeitos de

simulação foi compartimentado em 7 zonas, das quais apenas a zona do arma-zém e a zona técnica não são climatizadas. Este edifício é caracterizado por ter ocupação intermitente cíclica, cargas térmicas internas elevadas e alta densi-dade de iluminação artificial.

4 - R

ESULTADOS E

D

ISCUSSÃO

Nos gráficos que se apresentam utiliza-se o seguinte código de cores:

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4.1 - EDIFÍCIO COM OCUPAÇÃO PERMANENTE- LAR DE IDOSOS

Para edifício de ocupação permanente em apreço (lar de idosos), representa-se na Figura 3 o consumo anual de energia pelos sistemas de aquecimento, na Figura 4 o con-sumo para arrefecimento e na Figura 5 o concon-sumo global para climatização, correspondendo à adição dos dois ante-riores.

Da análise das Figuras 3, 4 e 5 constata-se que:

- Independentemente da situação considerada em termos de freecooling e de recuperação de calor do ar de rejei-ção, os consumos anuais de energia para climatização diminuem sempre com o aumento da inércia térmica do edifício;

- Dependendo do caso em apreço, os consumos anuais de energia para arrefecimento representam entre 67% e 86% dos consumos de energia para climatização;

- A poupança de energia com recurso ao freecooling aumenta com o aumento da inércia do edifício, pas-sando de 10% se a inércia for fraca para 13% no caso de ser forte;

- O recurso a sistemas de recuperação de calor do ar de rejeição reduz os consumos para climatização em 16% para inércia fraca, em 17% para média e em 19% para forte;

- Em termos de redução do consumo de energia para cli-matização, a recuperação de calor do ar de rejeição tem mais influência do que o freecooling;

- No caso de existir em simultâneo recuperação de calor e freecooling a poupança de energia é a que resulta da soma das poupanças individuais em virtude de pratica-mente não existir interdependência entre os benefícios promovidos por estes sistemas.

Figura 4. Lar de idosos - consumo anual de energia para arrefecimento. Figura 5. Lar de idosos - consumo anual de energia para climatização.

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Ecoeficiência

4.2 - EDIFÍCIO COM OCUPAÇÃO INTERMITENTE CÍCLICA - SUPERMERCADO

Para edifício de ocupação intermitente em apreço (supermercado), apresenta-se na Figura 6 o consumo anual de energia pelos sistemas de aquecimento, na Figura 7 o consumo para arrefecimento e na Figura 8 o consumo global para climatização.

Analisando as Figuras 6, 7 e 8 observa-se que:

- Independentemente da situação considerada em termos de

freecoo-linge de recuperação de calor do ar de rejeição, a inércia térmica

forte apresenta os menores consumos anuais de energia para cli-matização (no entanto, a diferença entre estes consumos para inér-cia térmica forte e média é muitíssimo pequena);

- Dependendo da situação, os consumos anuais de energia para arre-fecimento representam entre 95% e 99% dos consumos de energia para climatização;

- No que toca à redução dos consumos globais de energia para cli-matização, a influência de freecooling é significativa (24% para inér-cia fraca, 25% para média e 26% para forte) e a da recuperação de calor do ar de rejeição é desprezável (cerca de 2%) o que torna este tipo de sistema de poupança de energia pouco interessante para esta tipologia de edifício;

5 - C

ONCLUSÕES

- A inércia térmica forte dá sempre origem a menores consumos anuais de energia para climatização e a inércia fraca aos maiores (no entanto, no caso do supermercado praticamente não existe dife-rença de comportamento entre inércia térmica forte e média). - No lar de idosos os consumos anuais de energia para arrefecimento

representam pelo menos 67% dos consumos para climatização, pas-sando para pelo menos 95% no caso do supermercado.

- No que toca à redução dos consumos globais de energia para cli-matização, a influência dos sistemas de poupança de energia anali-sados é muito dependente da tipologia do edifício. Para o lar de ido-sos ambos os sistemas são eficazes, mas a recuperação de calor do ar de rejeição tem mais influência do que o freecooling. No caso do supermercado a influência do freecooling é significativa e a da recu-peração de calor do ar de rejeição afigura-se desprezável.

- Para ambos os edifícios analisados a influência dos sistemas de poupança de energia analisados cresce com o com o aumento da inércia térmica do edifício.

- De notar que devido ao facto de se considerarem solu-ções construtivas diferentes para conseguir inércias tér-micas dos edifícios diferentes resultaram coeficientes de transmissão térmica superficial diferentes, com valores tendencialmente menores quanto menor era a inércia térmica. Este facto leva a que os edifícios com inércia mais fraca apresentem menores perdas e ganhos de calor pela envolvente. Conforme foi possível constatar este efeito não foi suficiente para anular os benefícios conseguidos com o aumento da inércia térmica. Ou seja, se fossem mantidos iguais os valores dos coeficientes de transmissão térmica superficial, os benefícios de ter uma inércia térmica forte ainda seriam muito mais acentua-dos.

- Neste estudo constatou-se que a influência da inércia térmica e da existência ou não de sistemas de recupera-ção de calor do ar de rejeirecupera-ção e de arrefecimento gratui-to (freecooling) depende essencialmente da tipologia do edifício em apreço. Pensa-se que este comportamento tem pouco a ver com a circunstância de a ocupação ser permanente ou intermitente e está mais relacionado com o facto de o edifício ser termicamente dependente das trocas de calor através da sua envolvente (como é o caso do lar de idosos) ou das cargas térmicas internas (como é o caso do supermercado).

6 - R

EFERÊNCIAS

- ASHRAE 140-2004 (2004), Standard method of test for the evaluation of building energy analysis computer programs, American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers. - DesignBuilder (2010). DesignBuilder EnergyPlus

interface, Tutorials and training, http://www.designbuilder.co.uk/.

- EnergyPlus (2010). EnergyPlus building energy simulation program, Tutorials and training,

http://apps1.eere.energy.gov/buildings/energyplus/. - EN ISO 13790 (2006). Energy performance of

buildings - calculation of energy use for space heating and cooling, Centre European for Normalization & ISO, Genève, Switzerland.

- Raimundo, António M.; Gaspar, Adélio M. (2010). Módulos técnicos de RCCTE e RSECE dos cursos de formação do SCE, Departamento de Engenharia Mecânica, FCTUC, Universidade de Coimbra, https://woc.uc.pt/dem/2modulecursos.do?idcurso=8. - RCCTE - Regulamento das características de

com-portamento térmico dos edifícios (2006). Decreto-Lei nº 80/2006 de 4 de Abril, Diário da República nº 67 - I Série - A.

- RSECE - Regulamento dos sistemas energéticos de climatização dos edifícios (2006). Decreto-Lei nº 79/2006 de 4 de Abril, Diário da República nº 67 - I Série - A.

- Xu, P. (2006). Evaluation of demand shifting strategies with thermal mass in large commercial buildings, SimBuild 2006 Conference, MIT, IBPSA-USA.

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Entrevista

Presente no mercado dos revestimentos há cerca de 40 anos, a Colowall é uma marca pioneira no sector da decoração. Ao longo dos anos, a empresa tem acompanhado a evolução do mercado, e feito parte da dian-teira no que diz respeito a novos produtos.

Fernando Luís, responsável do departamento Colowall da Torraspapel em Portugal, em entrevista dada à revista “Materiais de Construção” aborda os produtos que comercializam, assim como as preocupações existentes ao nível da sustentabilidade e do meio ambiente.

Colowall - Revestimentos

Fernando Luís, Responsável de departamento

QUAL O PERCURSO QUE A EMPRESA TEM TIDO DESDE A SUA CRIA -ÇÃO, TANTO A NÍVEL DA PRÓPRIA EMPRESA COMO DA SUA GAMA DE PRODUTOS?

O Departamento de Colowall - Revestimentos existe em Portugal há mais de 40 anos.

Nessa época, o que se vendia era papel de parede, papel de forro, colas e pouco mais.

Com a mudança nos gostos e tendências, a Colowall cres-ceu e adaptou-se aos novos tempos e novos produtos. Continuamos a ter papel de parede cuja procura tem inclu-sivamente aumentado, mas o forte das nossas vendas actualmente estão em produtos de alta qualidade em pavi-mentos para interior e exterior, tectos, portas, revestimen-tos e isolamenrevestimen-tos térmicos e acústicos, massas colas e acessórios.

QUAL A POLÍTICA DA EMPRESA RELATIVAMENTE À CONSERVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE? DE QUE FORMA TEM VINDO A SER IMPLEMENTADA?

A Torraspapel, proprietária da marca Colowall, deu forma-ção aos seus funcionários no ano de 2008 na sequência das certificações FSC e PEFC dos seus produtos.

Os produtos mais importantes comercializados pela Colowall, como por exemplo o pavimento Kronotex, têm certificações EPLF e PEFC, entre outras.

É por isso uma política activa e de exigência crescente tanto nos produtos da nossa produção como nos outros que distri-buímos.

DA GAMA DE PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM, QUAL DESTACARIA COMO SENDO O MAIS EFICIENTE E AO MESMO TEMPO COM UM MENOR IMPACTO AMBIENTAL?

Como referi, tentamos que todos os nossos produtos tenham a maior eficiência possível, e o maior impacto positivo em ter-mos ambientais.

Para isso, usamos produtos naturais, nomeadamente nos nossos produtos de isolamento, interior e exterior, permitindo assim um ganho de eficiência energética e acústica.

POSSUEM ALGUMA SOLUÇÃO ESPECÍFICA PARA O MERCADO DA REA -BILITAÇÃO?

No que diz respeito aos revestimentos que comercializamos, estes podem na sua maioria ser utilizados quer em obra nova, quer em recuperações e renovações.

No entanto, mesmo assim, em alguns produtos temos o cui-dado de produzir com espessuras mais finas, de forma a que numa recuperação, não se perca o espaço útil que as pes-soas podem utilizar.

É aí que existe um maior investimento e investigação para produzir esses produtos e que todos os anos temos

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sentado em feiras como a Tektónica, no seu “Espaço Inovação”.

CONSIDERA QUE O CONSUMIDOR É HOJE EM DIA MAIS SENSÍVEL A ESTA TEMÁTICA? DE QUE FORMA?

É sem dúvida mais sensível.

No entanto, nem sempre essa sensibilidade é suficiente para que sejam utilizados esses tipos de produtos, pois implicam geralmente um valor mais elevado, não tanto pelo seu custo unitário, mas pelo facto de se ter de com-prar e aplicar mais produto do que o que é visível. Se tomarmos como exemplo uma reabilitação onde se pretende reduzir as diferenças térmicas no interior de um quarto, isolando pelo exterior, não pode simples-mente isolar a parede que considera mais fria, mas todas as paredes exteriores desse quarto, ou na reali-dade não resultará.

Se forem apresentadas as soluções devidamente e com os ganhos previstos a curto e médio prazo, penso que nos próximos anos não haverá restauro que não con-temple uma ou mais medidas e produtos ecoeficientes. É o futuro!

O MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM GANHO UMA IMPORTÂNCIA CRESCENTE NOS ÚLTIMOS ANOS. HAVENDO UMA ESTREITA LIGAÇÃO ENTRE A ECOEFICIÊNCIA E A SUSTENTABILIDADE, SERÁ ESTE UM CONTRIBUTO IMPORTANTE PARA A RECUPERAÇÃO DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO?

A reabilitação ainda não tem a expressão que deveria ter no nosso mercado e comparativamente com outros mercados europeus idênticos, mas sem dúvida que tem crescido e esperamos que assim continue.

Independentemente do período difícil que o mercado da construção está a atravessar, penso que quer a obra nova quer a reabilitação vai incorporar de forma cres-cente e até em alguns casos por imperativo legal, pro-dutos ecoeficientes amigos do ambiente e que contri-buem para a sustentabilidade, diminuindo a nossa “pegada” no meio ambiente que nos envolve.

Quero acreditar que já estamos a construir as cidades do futuro, e porque não a recuperar ao mesmo tempo o mercado da construção.

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Entrevista

A Imperalum, empresa funda-da em 1968, é actualmente um dos mais importantes fabrican-tes da península ibérica de pro dutos betuminosos para im -per meabilização, além de ser lí der em Portugal na co mer cialização de isolamentos tér -micos, acústicos, drenagens e geotexteis.

Nesta entrevista à revista “Ma -te riais de Construção” Jorge Ra mos, Director Geral da em -pre sa, além de falar da em-pre- empre-sa, dos produtos e das preocu-pações com o meio ambiente, ainda aborda o mercado da construção.

Imperalum

Jorge Ramos, Director Geral da empresa

QUAL O PERCURSO QUE A EMPRESA TEM TIDO DESDE A SUA CRIAÇÃO, TANTO A NÍVEL DA EMPRESA COMO DA GAMA DE PRODUTOS?

A Imperalum, fundada em 1968, foi a primeira empresa nacio-nal e das primeiras a nível ibérico a produzir membranas betu-minosas de impermeabilização para edifícios, tendo sido pre-cursora a nível mundial na modificação de betumes asfálticos no sentido de adequar esta matéria prima às mais exigentes necessidades do mercado.

Fruto de uma estratégia de diversificação e inovação, a Imperalum lidera actualmente o mercado nacional das imper-meabilizações e isolamentos - térmicos e acústicos - tendo como missão contribuir para a qualidade de vida dos edifícios de uma forma duradoura e sustentável.

De referir que foi a Imperalum a primeira empresa em Portugal a homologar sistemas de impermeabilização de coberturas de edifícios através do LNEC, tendo integrado por protocolo com o IPQ, o Organismo de Normalização do Sector, cujo objectivo se centrou no acompanhamento da normalização europeia, cuja resultante foi a obtenção da Marcação CE para as membranas betuminosas de impermeabilização.

O acompanhamento do projecto de impermeabilização é uma actividade muito importante dentro da empresa, tendo a Imperalum desenvolvido toda uma plataforma técnica

disponí-vel no site da empresa, que permite aos projectistas encarar o projecto de impermeabilização como se de um projecto de especialidade se tratasse e aportan-do assim níveis de fiabilidade e segurança a esta área tão importante na construção em Portugal.

QUAL A POLITICA DA EMPRESA RELATIVAMENTE À CONSER -VAÇÃO E SUSTENTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE? DE QUE FORMA TEM VINDO A SER IMPLEMENTADA?

Eu dividiria a resposta em duas dimensões distintas mas contudo complementares;

Em primeiro lugar na dimensão industrial:

A Imperalum foi pioneira a nível europeu quando cer-tificou a empresa ao abrigo da ISO 14001, dando assim corpo à sua estratégia de sustentabilidade, que passa por introduzir nas suas práticas industriais e produtivas processos que minimizem o impacte ambiental. Posso dar como exemplo a incorporação de plásticos de embalagem na produção de mem-branas betuminosas, no controle rigoroso de efluen-tes gasosos para a atmosfera, na politica de separa-ção de resíduos e na sua reutilizasepara-ção, na utilizasepara-ção racional da água de arrefecimento, na racionalização dos consumos de energia na empresa, promovendo desta forma produtos com uma menor pegada eco-lógica.

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Em segundo lugar na dimensão comercial:

A Imperalum produz e comercializa produtos que se destinam a promover a qualidade de vida nas edificações, através da isenção de humidades resultantes de infiltrações assim como da promoção de isolamentos térmicos e acústicos. Desta melhoria de qualidade resulta também uma maior conserva-ção de energia, tendo como consequência um menor impacte ambiental e construções mais sustentáveis.

DA GAMA DE PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM, QUAL DESTACARIA COMO SENDO O MAIS EFICIENTE E AO MESMO TEMPO COM UM MENOR IMPACTO AMBIENTAL?

Destacaria não um produto mas sim dois sistemas.

O sistema das coberturas ajardinadas, que permite transportar para as coberturas dos edifícios os espaços verdes inexisten-tes nas urbanizações, com inúmeras vantagens ambientais das quais destacaria o amortecimento de caudais e o evitar das cheias localizadas, o aumentar níveis de oxigénio nas cidades por contrapartida de diminuição de níveis de CO2, assim como do contributo para o abaixamento das temperatu-ras nas cidades - diminuição do efeito de estufa.

O sistema de impermeabilização com membranas revestidas a granulado de ardósia branca, que permitem um incremento da reflexão da luz solar, permitindo dessa forma diminuir o impacto na temperatura dos edifícios, contribuindo desta forma para a poupança energética. Um excelente exemplo é o da Autoeuropa em Palmela, onde este nosso conceito e siste-ma foi aplicado com sucesso.

POSSUEM ALGUMA SOLUÇÃO ESPECÍFICA PARA O MERCADO DA REA -BILITAÇÃO?

Estamos a divulgar um sistema de reabilitação de coberturas em terraço, através da aplicação de um isolamento térmico inovador - PIRMATE - constituído por uma espuma de poliiso-cianurato - o qual pela sua leveza e elevada capacidade de isolamento, permite em conjunto com as nossas membranas de impermeabilização reabilitar em termos térmicos e em ter-mos de impermeabilidade, coberturas em terraço degradadas.

CONSIDERA QUE O CONSUMIDOR É HOJE EM DIA MAIS SENSÍVEL A ESTA TEMÁTICA?

É inclusivamente obrigado a isso. Repare, em 2001 exe-cutaram-se um Portugal 110 mil fogos. Em 2010 prova-velmente não se concluíram 30 mil. Significa que se por um lado a construção nova abrandou drasticamente, não existem também neste momento condições econó-micas e de acesso ao crédito que permitam crescimen-to neste seccrescimen-tor. Assim as pessoas vêm-se na contingên-cia de adiarem investimentos em compra de nova habi-tação e canalizarem investimentos para a conservação e reabilitação do parque existente. Esta é contudo uma realidade já consolidada noutros países europeus. Exemplo da Alemanha onde a reabilitação representa mais de 80% do volume de investimento na construção.

O MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM GANHO UMA IMPORTÂNCIA CRESCENTE NOS ÚLTIMOS ANOS. HAVENDO UMA ESTREITA LIGAÇÃO ENTRE A ECOEFICIENCIA E A SUSTENTABILIDADE, SERÁ ESTE UM CONTRIBUTO IMPORTANTE PARA A RECUPERAÇÃO DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO?

A recuperação do mercado não passa de facto pela construção nova. A reabilitação é uma inevitabilidade pelo que a adaptação dos processos construtivos e dos materiais coloca desafios enormes à indústria. Dou como exemplo o simples facto de adaptar uma constru-ção antiga aos novos requisitos do RCCTE. Veja o impacto da melhoria da eficiência térmica e higrométrica das coberturas, a substituição das caixilharias, dos vidros, etc. Quando falamos em reabilitação/renovação estamos a falar da reactivação da fileira da construção em Portugal. Outro bom exemplo, as obras do Parque Escolar. A politica de reabilitação integrada de edifícios escolares ao abrigo do POPH, cujo investimento ascen-de a mais ascen-de 7 mil milhões ascen-de euros, está a ter um impacto na economia portuguesa, nomeadamente no sector da construção, determinante para que não assis-tamos ao colapso anunciado da construção em Portugal.

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Entrevista

Consciente das mudanças visíveis no sector, a Vimasol afirma-se como uma importante alternativa ambiental para todos os intervenientes na construção, tendo como objectivo, melhorar signifi-cativamente a forma como se utilizam os recursos energéticos.

Eduardo Ferreira, como Administrador, lidera uma equipa de profissionais que na prestação de serviços e das melho-res soluções, satisfazem as necessi-dades e preocupações dos clientes.

Vimasol - Energias Renováveis

Eduardo Ferreira, Administrador

QUAL O PERCURSO QUE A EMPRESA TEM TIDO DESDE A SUA CRIAÇÃO, TANTO A NÍVEL DA PRÓPRIA EMPRESA COMO DA SUA GAMA DE PRODUTOS?

A Vimasol - Energias Renováveis está presente no mercado desde Maio de 2003. Recuando até à data de fundação, a empresa traçou o seu caminho a par-tir do solar térmico, quando constituía uma aplicação verdadeiramente inovado-ra painovado-ra a produção de água quente. Em 2008 partiu painovado-ra o sector da microgeinovado-ra- microgera-ção, tendo sido a primeira empresa da zona norte a ligar uma instalação de microprodução à rede. A introdução, em 2005 de sistemas domésticos a pellets foi outro passo muito importante no crescimento da empresa.

Entretanto, a Vimasol passou a ser, em 2009, representante da prestigiada marca alemã de caldeiras a biomassa HDG-Bavaria. Esta parceria permitiu abrir um novo mercado de instalação de grandes centrais térmicas para aquecimento a biomassa, especialmente dedicada a edifícios de serviços, municipais e de indústria. Ao mesmo tempo, tem vindo a oferecer soluções de aquecimento ambiente com bombas de calor.

Para além da comercialização e instalação de sistemas de energias renováveis, áreas às quais se tem dedicado desde a sua fundação, a Vimasol fez uma clara aposta no fabrico de pellets, actividade que tem vindo a desenvolver desde o final de 2008.

O trabalho da Vimasol tem vindo a contribuir substancialmente para a conscien-cialização do mercado sobre a necessidade de preservar os recursos naturais, para além de, de facto, contribuir para a melhoria da qualidade ambiental. Dividindo a sua actividade em duas áreas principais, a de prestação de serviços de climatização, aquecimento ambiente, produção de aquecimento e microgera-ção de electricidade, e a produmicrogera-ção de pellets de madeira, promove uma real pou-pança energética e ambiental.

QUAL A POLÍTICA DA EMPRESA RELATIVAMENTE À CONSERVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE? DE QUE FORMA TEM VINDO A SER IMPLEMENTADA?

Um aspecto fundamental consagrado na missão da Vimasol é o sentido de res-ponsabilidade ambiental, inerente à própria actividade da Vimasol. O facto de a Vimasol ser uma empresa especializada em energias renováveis, acaba por con-ferir de imediato um estatuto de “sobre-responsabilidade” relativo à conservação e sustentabilidade do meio ambiente. Todos os processos são controlados nesse sentido, desde a selecção das marcas e equipamentos com que trabalhamos, à permanente busca por soluções inovadoras e com um ciclo de vida sustentável no longo prazo. A unidade de produção de pellets de madeira, em Celorico de Basto, apresenta um processo produtivo rigoroso e controlado. A produção de calor necessário à secagem do serrim no fabrico de pellets é obtida pela queima

controlada de resíduos florestais, aumentando desta forma a valorização de recursos endóge-nos e a sustentabilidade do processo. É endóge-nosso objectivo melhorar continuamente a produtivida-de eliminando produtivida-desperdícios produtivida-desnecessários no processo de produção, investindo na permanen-te actualização e inovação permanen-tecnológica.

Parte da nossa responsabilidade estende-se ao meio que nos rodeia e ao mercado em que actuamos. Por esse motivo levamos permanen-temente o nosso conhecimento e a nossa pers-pectiva acerca das renováveis até às escolas cir-cundantes, por meio de palestras e conferências. Acreditamos que ao formar convenientemente os mais novos podemos realmente esperar um futu-ro ambiental sustentável.

DA GAMA DE PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM, QUAL DESTACARIA COMO SENDO O MAIS EFICIENTE E AO MESMO TEMPO COM UM MENOR IMPACTO AMBIENTAL?

É possível destacar desde logo a marca de cal-deiras a biomassa HDG, da qual somos repre-sentantes exclusivos em Portugal. Para além da gama dedicada exclusivamente a lenha, apre-sentam soluções que permitem a queima de esti-lha, aparas e pellets de madeira. Estes sistemas utilizam de forma racional o recurso renovável biomassa, com contabilização neutra de emis-sões de CO2, constituindo um passo significativo no que respeita a soluções para aquecimento ambiente e apoio às águas quentes sanitárias. Por outro lado, podemos também destacar os sistemas solares térmicos que propomos, apre-sentando níveis de eficiência muito elevados. Os colectores solares térmicos que compõem o sis-tema são de elevadíssimo rendimento e são for-necidos com 10 anos de garantia, o que permite reconhecer a sua elevada fiabilidade e qualidade no longo prazo. Estes dois tipos de sistemas per-mitem, sem dúvida, reduzir o impacto ambiental e, simultaneamente, atingir níveis de poupança de eficiência elevados.

POSSUEM ALGUMA SOLUÇÃO ESPECÍFICA PARA O MER -CADO DA REABILITAÇÃO?

As nossas soluções são tipicamente passíveis de ser adaptadas a diferentes cenários. O de reabi-litação não é excepção. Quando se trata de rea-bilitação, o objectivo passa por dar uma nova vida aos edifícios, e uma solução energética renovável é praticamente imprescindível. De todos os nossos sistemas para aquecimento ambiente, desde caldeiras a biomassa a bombas de calor, para além do aspecto técnico e prático dos equipamentos, existe também a componente de design, tornando-os sistemas imperceptíveis e enquadrados nos vários ambientes.

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/ 47 CONSIDERA

QUE O CONSU -MIDOR É HOJE EM DIA MAIS SENSÍVEL A ESTA TEMÁTICA? DE QUE FORMA?

Não há dúvidas de que os con-sumidores estão mais atentos às questões relacionadas com a susten-tabilidade, o que não significa que não haja ainda muito trabalho a fazer. O papel da Vimasol é apresentar sistemas alternativos energeticamente racionais, que constituam uma verdadeira opção aos sistemas existentes. As opções tradicionais, que incluem combustíveis fósseis e gas-tos energéticos acentuados, só podem ser abandona-das se os consumidores tiverem confiança nas novas propostas. Isso vai-se conseguindo porque a poupan-ça pode ser avassaladora, e a qualidade dos equipa-mentos dignifica a procura por soluções renováveis.

O MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM GANHO UMA IMPORTÂN -CIA CRESCENTE NOS ÚLTIMOS ANOS. HAVENDO UMA ESTREI -TA LIGAÇÃO ENTRE A ECOEFICIÊNCIA E A SUSTEN-TABILIDADE, SERÁ ESTE UM CONTRIBUTO IMPORTANTE PARA A RECUPERA -ÇÃO DO MERCADO DA CONSTRU-ÇÃO?

Pode ser, sem dúvida, um contributo valioso, até por-que se apresentam como conceitos de valor acrescen-tado. No pacote de energia consumida numa habita-ção, a maior componente é a do aquecimento e/ou cli-matização, que em Portugal apresenta um valor na ordem dos 45%. Apostar em sistemas de aquecimento ou climatização que promovam a sustentabilidade energética no mercado da reabilitação é também uma forma de viabilizar esses projectos, um vez que se vai reduzir de forma drástica os custos associados à com-ponente energética. O mercado da reabilitação encon-tra-se receptivo a sistemas que tenham em vista a sus-tentabilidade e continua a apresentar um potencial de mercado muito elevado.

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Depoimento

Comprometida com o meio ambiente, a Amorim Cork Composites, mantém a contí-nua procura das melhores soluções ecológi-cas e sustentáveis, nomeadamente no que respeita ao isolamento acústico e de anti--vibração.

O Departamento de Comunicação e Mar ke ting, voz da empresa, apresenta as suas ca -racterísticas e filosofias sustentáveis, nunca esquecendo a principal matéria-prima, a cor-tiça.

Amorim Cork Composites

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ERCURSO DA EMPRESA

A Amorim Cork Composites (ACC) é uma empresa sustentável, utili-zando na produção dos seus produtos fontes de matérias-primas totalmente naturais e recicláveis. É uma empresa que se preocupa com a qualidade dos seus produtos e serviços. É a primeira empre-sa certificada pelo FSC (Forrest Stewardship Council), é membro da Rede Ibérica de Comércio Florestal da WWF e detém a certificação ISO 1400:1. Desta forma, a ACC oferece aos seus clientes soluções com materiais recicláveis, ecológicos e sustentáveis.

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OLÍTICA DA EMPRESA FACE À SUSTENTABILIDADE

A ACC é uma empresa da Corticeira Amorim, cuja actividade é para -digmática em termos de desenvolvimento sustentável. Na base a viabilização das florestas de sobro do Mediterrâneo Ocidental, um recurso natural com um desempenho vital na retenção de CO2,na preservação da biodiversidade e no combate à desertificação.

Além disso, todo o processo industrial é “amigo” do ambien-te. Na ACC, os desperdícios gerados pela produção são rea-proveitados ou utilizados para a produção de energia. Em 2009 a Amorim Cork Composites foi distinguida pelo Programa “Motor Challenge” da Comissão Europeia devido à melhoria da eficiência energética. As alterações instaura-das na empresa evitaram a emissão de 238 tonelainstaura-das de CO2, por ano, e permitiram diminuir o consumo energético e de electricidade.

Além disso, a ACC tem um projecto interno TEKGREEN -que é um compromisso público da ACC e dos seus colabo-radores no aumento de dois factores estratégicos na activi-dade industrial, sendo eles, os produtos e as práticas inter-nas. Toda a estrutura de Colaboradores está alinhada e proactivamente empenhada em dar resposta ao objectivo da Empresa de afirmar, cada vez mais, a vertente sustentável e

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tecnológica da cortiça. Esta atitude, marca o novo posi-cionamento da ACC em termos de tecnologia, em merca-dos exigentes, onde as empresas entendem que o res-peito pelo meio-ambiente é algo que funciona para as organizações e não contra elas.

P

RODUTOS E SOLUÇÕES EFICIENTES

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ERCADO DA REABILITAÇÃO

Falando sobre a área da construção, podemos referir as nossas soluções AcoustiCORK® que oferecem produtos

de elevada performance na redução do ruído, resistindo a elevadas cargas e com duração ilimitada. Além disso, estão a decorrer 4 certificações ambientais de produtos, a nível de Underlays (subpavimentos) & Underscreed (isolamento da betonilha).

A solução mais recente que apresentámos para o merca-do da reabilitação é o CORKwall®, que é um produto

direccionado para a reabilitação de fachadas exteriores e paredes interiores, tendo também uma função decorati-va. Funciona como isolamento acústico e térmico, repre-sentando uma eficiente barreira térmica, que previne per-das de energia, fissuras, funcionando ao mesmo tempo como um acabamento final. Este novo produto resulta numa mistura de granulado de cortiça e resinas

poliméri-cas, que é aplicado através de projecção. É muito fácil e rápido de ins-talar e pode ser usado para cobrir qualquer tipo de superfície, mesmo que pouco porosa, desde metal até argamassas já existentes.

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COEFICIÊNCIA E SUSTENTABILIDADE

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ECUPERAÇÃO DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO

Sem dúvida que existe uma ligação entre a ecoficiência e a sustenta-bilidade e que esta ligação tem ajudado o sector da construção, princi-palmente às empresas que oferecem produtos naturais e sustentáveis, devido às exigências das EPDs (Declarações Ambientais de Produto), que são um meio de fornecer aos clientes e outras partes interessadas dados ambientais específicos do produto. As EPDs são elaboradas através da avaliação e documentação de um produto ou de todo o ciclo de vida do grupo do produto. Assim, denota-se uma maior preocupa-ção deste sector em procurar e utilizar este tipo de produtos, pois aju-darão a cumprir as normas exigidas.

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CONSUMIDOR

Pensamos que o consumidor está mais sensível com esta temática. Nota-se cada vez mais uma maior exigência por parte dos clientes, por exemplo, o facto de solicitarem as certificações de produto, assim como, o pretenderem saber quais as características ambientais do mesmo.

FONTE: DEPARTAMENTO DECOMUNICAÇÃO EMARKETING, AMORIMCORKCOMPOSITES

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Depoimento

Knauf GmbH

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ERCURSO DA EMPRESA

A empresa Knauf GmbH foi fundada em 1932 em Iphofen na Alemanha e, embora sendo um negócio familiar, é actualmente o maior fabricante de pla-cas de gesso laminado em todo o mundo, com uma capacidade de produ-ção superior a 1000 milhões de m² e com mais de 20 mil funcionários. Em 1991 foi construída na Península Ibérica, na Catalunha, a nossa pri-meira fábrica de placas de gesso laminado e ao longo dos anos temos cria-do, continuamente, um reconhecimento e prestígio na qualidade dos nos-sos produtos.

Para nós, resulta essencialmente da oferta aos nossos clientes, não ape-nas de um produto, mas da melhor solução do ponto de vista de economia de energia e de eficiência energética.

Portanto, a nossa verdadeira missão destina-se à poupança e à eficiência energética para a nova arquitectura sustentável, oferecendo soluções ino-vadoras, sustentáveis e de qualidade.

P

OLÍTICA DA EMPRESA FACE À SUSTENTABILIDADE

Apenas como exemplo vou citar dois casos recentes. O primeiro aconteceu apenas à uma semana atrás, quando comemoramos com cerca de 350 crianças das escolas próximas do nosso centro de produção, o “Dia da Árvore" e 2011 como o "Ano Internacional das Florestas", com a plantação de mais de 450 árvores numa das áreas já arborizadas, que antigamente era uma das pedreiras de onde era extraído o gesso para a produção das placas.

O segundo exemplo é de 09 de Março, quando recebemos uma estação de televisão num dos nossos centros de produção, para uma reportagem sobre a nossa empresa, considerada como uma mais-valia para a região de Guixers, uma das poucas onde não há desemprego.

As situações retratadas são dois dos muitos exemplos que melhor definem a nossa filosofia. Por outro lado, posso falar de como realizamos os traba-lhos de arborização das pedreiras onde extraímos a nossa matéria-prima (reconhecido pela Administração como um modelo); dos programas de pou-pança e eficiência energética que aplicamos nos nossos centros; do siste-ma de gestão total da qualidade e de concepção ecológica aplicada aos

nossos produtos; dos trabalhos em desenvolvi-mento, investigação e inovação realizados dia-riamente no nosso departamento de I&D; dos trabalhos e campanhas que levamos a cabo através de organismos como a fundação "A Casa da Poupança", da qual fazemos parte, ou até de acordos de investigação, em colaboração com as universidades.

O nosso objectivo não é apenas aplicar, mas também para partilhar, divulgar e promover na sociedade, os nossos valores de sustentabilida-de, os cuidados com o meio ambiente e envol-vente, a responsabilidade social e o diálogo e a comunicação com todos.

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RODUTOS E SOLUÇÕES EFICIENTES

M

ERCADO DA REABILITAÇÃO

A reabilitação consiste em revitalizar o edifício. E parece que muitos não compreendem e limitam-se apenas a pintar a fachada. Após a quebra acentuada de construção do novo edificado, o futuro deve passar pela reabilitação de edifícios, mas com melhorias: mudança de calhas, melho-ria de acessibilidades, substituição de cobertu-ras, aumento de isolamento térmico, instalação de energias renováveis, entre outros.

A Knauf tem, dentro de sua gama de produtos e sistemas, uma variedade de alternativas em fun-ção das necessidades de habitafun-ção, soluções de revestimento interior de fachada, com siste-mas de extradorso de placa de gesso, para melhorar o isolamento térmico e a eficiência energética dos edifícios, bem como o isolamen-to acústico. Estes sistemas fazem parte da gama de sistemas Knauf há vários anos. Os

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sis-/ 51

temas de gesso cartonado sempre se destacaram na área de reabilitação, pela sua leveza, limpeza e versatilidade. No entanto, gostaria ainda de destacar uma inovação, no domí-nio da reabilitação, o sistema de revestimento exterior de fachada, Aquapanel, que fornece, não só uma nova facha-da ao prédio, mas que melhora também as suas qualifacha-dades de isolamento térmico, acústico e problemas de condensa-ções no interior da fachada.

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COEFICIÊNCIA E SUSTENTABILIDADE

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ECUPERAÇÃO DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO

A reabilitação é a solução para a construção nos próximos anos. Não só porque o mercado não consegue absorver todo o parque habitacional existente, mas também porque o ritmo de construção de novo edificado dificilmente se man-teria.

Em Espanha e Portugal estamos ainda muito longe dos níveis de reabilitação de outros países europeus, que per-ceberam mais cedo a necessidade de reabilitação e onde existe uma cultura clara de aposta neste sector. A reabilita-ção tem sido o mecanismo de sobrevivência do mercado alemão, promovendo, entre outras coisas, a exigências tér-micas e acústicas.

A reabilitação e a renovação supõem um impulso claro para o desenvolvimento económico.

O boom da construção nos últimos anos tem favorecido as deficiências energéticas nos edifícios. Muitas destas habi-tações foram construídas sem os necessários critérios de eficiência energética e de protecção térmica.

Os edifícios podem-se tornar em verdadeiros consumidores de energia, se considerarmos, por exemplo, que o consumo de energia das famílias espanholas é de cerca de 20% do consumo total no país e que nos últimos 15 anos observa-mos um crescimento ascendente.

A queima de combustíveis contribui para a libertação de substâncias nocivas para o meio ambiente como a presen-ça do dióxido de carbono ( CO2) na atmosfera. O aumento

descontrolado das emissões de CO2contribui para o aque-cimento global, e hoje está a causar grandes mudanças no clima global.

A fachada de um edifício é responsável pelo consumo de energia destinado à climatização do mesmo, o que repre-senta metade do total de energia gasta nas habitações, e um grande custo para os seus usuários.

Mais do que nunca falamos em eficiência energética, cujo objectivo é a redução do consumo energético sem reduzir o conforto, nem a qualidade de vida, protegendo assim o meio ambiente e promovendo a sustentabilidade do abas-tecimento energético. As normas de construção são cada vez mais exigentes em relação à eficiência energética e ao meio ambiente.

A União Europeia desenvolveu uma directiva, exigindo que os estados membros a estabeleçam requisitos mínimos de eficiência energética nos edifícios e certificação energética.

Entre todas as alternativas para aumentar a eficiência energética dos edifícios, o isolamento térmico é a mais rentável, apresentan-do custos mais baixos e prazos mais curtos de amortização. No edifício, isolamento térmico com qualidade certificada é o único que cumpre os três requisitos:

- Redução de custos: reduz as facturas de energia para os utili-zadores

- Melhor a qualidade de vida no interior das habitações, graças a uma temperatura constante

- Protecção do meio ambiente, reduzindo a carga de substâncias nocivas de CO2

Entre as medidas convencionais, encontramos o isolamento de paredes ou fachadas, telhado ou coberturas, madeira exteriores, janelas e vidros e, especialmente, pontes térmicas como aquelas que formam nas vigas estruturais que unem o exterior com o inte-rior do edifício.

Com a incorporação de soluções construtivas Knauf, de elevado isolamento, as habitações não retêm o frio do inverno, mantendo o calor no interior, impedindo, também, a passagem de tempera-turas elevadas no verão. O consumidor consegue uma poupança significativa no aquecimento de água ou nos aparelhos de climati-zação, e evita o impacto ambiental dos custos energéticos. A Knauf afirma que, entre as medidas alternativas para aumentar a poupança de energia de uma habitação, o revestimento interior de fachada, é a solução mais rentável e eficaz.

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Ecoeficiência

Recer atenta à Construção

Sustentada e Bio-construção

A Recer, enquanto entidade responsável no contexto da edifi-cação, está atenta ao crescente desenvolvimento da Construção Sustentada e da Bio-construção.

Nestes campos, o material cerâmico assume um papel relevan-te e os produtos Recer prosseguem o seu desenvolvimento no sentido de contribuir para o equilíbrio ecológico, no respeito pelo ambiente, pensando no bem-estar e saúde dos utilizado-res/moradores.

Desde os processos de fabrico, às matérias-primas utilizadas, ou às cores e texturas apresentadas pelos produtos, existe o cuidado constante de contribuir para a valorização ambiental. Os pavimentos e revestimentos cerâmicos de um edifício são expostos a solicitações de diversa natureza, pelo que devem sempre ser escolhidos em função das específicas condições de prestação.

Um material de construção, como as peças cerâmicas Recer, quando utilizado em revestimento ou pavimento, é por definição

um componente dotado de propriedades que lhe permite resistir, por tempo indeterminado, à acção e solicitação provenientes do ambiente. Resistir signi-fica conservar as suas características dimensionais, técnico-funcionais e estéticas.

Para além destas características, os produtos cerâ-micos Recer quando devidamente prescritos e apli-cados, contribuem para o equilíbrio térmico de edifí-cios em que são utilizados. Vejam-se os exemplos da sua aplicação em pisos radiantes ou mais recen-temente em fachadas ventiladas que tão grandes vantagens trazem ao equilibro térmico (e acústico) dos edifícios onde são incorporados.

A empresa tem essencialmente pugnado por adqui-rir tecnologia que lhes permita desenvolver uma vasta gama de ofertas em produto cerâmico que, por ser mais fino se adapta às diferentes aplicações no edificado e que tende a contribuir para a redução dos consumos energéticos.

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O material cerâmico que hoje produzem apresenta em pavi-mento interior e revestipavi-mento, mas essencialmente em reves-timento exterior, características que o posicionam na linha da frente dos produtos eleitos para esse fim.

É um produto ágil e que adaptado a cada situação contribui efi-cazmente para o equilíbrio das variações térmicas dos edifí-cios a que se agrega.

As séries Heron, Time, Arts e Planitum da Recer, são alguns dos produtos que referenciam. As vantagens principais são, a

par da durabilidade e desempenho estético, a capaci-dade de protegerem de forma eficaz o edificado, salien-tando a sua perfeita aplicação no sistema de fachadas ventiladas ou pavimentos sobre elevados, cada vez mais usados nas novas edificações, mas igualmente nas obras de reabilitação.

A evolução da procura deste tipo de materiais tem sido positiva, pois existe hoje por parte de todos os interve-nientes da construção do edificado uma crescente preo-cupação com a eficiência energética.

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Ecoeficiência

Tarkett inova em produtos

amigos do ambiente

A Tarkett, empresa especialista em pavimentos e solu-ções para superfícies desportivas, traz até ao mercado de revestimentos significativas novidades. Os produtos Tarkett contribuem para melhorar a qualidade do ar inte-rior nos seis segmentos de negócio da empresa: habita-ção, saúde, educahabita-ção, geriatria, desporto e lazer. Todos os pavimentos que a Tarkett produz e vende na Europa têm emissões COV (composto orgânico volátil) 10 vezes menores (inferiores a 100 mg/m3) do que as ditadas

pelas actuais normas europeias (1000 mg/m3). Isso faz

com que a Tarkett seja uma referência da indústria para a redução das emissões COV. Este é o resultado de vários anos de avançada investigação e desenvolvi-mento, o que levou à criação de produtos inovadores e processos optimizados de produção.

Além disso, na procura da contínua melhoria do seu pro-grama de sustentabilidade, a Tarkett desenvolveu tags que dão informações sobre o conteúdo dos seus produ-tos e de como eles contribuem para o desenvolvimento sustentável, permitindo que os clientes façam escolhas equilibradas. Para isso a Tarkett concentrou-se em qua-tro áreas-chave: utilização dos melhores materiais, naturais e renováveis sempre que possível; escolha de revestimentos produzidos com poucos recursos;

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garan-/ 55

tir produtos mais seguros e sau-dáveis que contribuam para o bem-estar das pessoas e reutili-zação através da participação activa na reciclagem.

"A sustentabilidade na Tarkett é

colocada em prática todos os dias seja na nossa forma de projectar seja na fabricação dos nossos produtos. Na Tarkett ambição é ir ainda mais longe em termos de redução de COV, a fim de garantir melhor qualida-de do ar em edifícios e casas",

sublinha Jaime Vasconcelos, directorgeral da Tarkett Portu -gal.

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Novo Centro Operacional dos CTT

Modelo de eficiência operacional e de sustentabilidade

Ecoeficiência

O novo Centro Operacional de Correio do Norte, na Maia - o mais recente projecto arquitectónico concluído pela Broadway Malyan em Portugal -, é considerado um modelo de eficiência operacional no tratamento de corres-pondência mas, também, um exemplo de sustentabilidade energética e ambiental. É o maior investimento já realizado pelos CTT em infra-estrutu-ras, com um valor superior a 10 milhões de euros.

Segundo Margarida Caldeira, arquitecta responsável pelo escritório da Broadway Malyan em Portugal e pelo desenvolvimento de projectos na América Latina, “na concepção do edifício partiu-se de uma lógica de

sus-tentabilidade, tendo sido debatidas e implementadas diversas medidas e soluções técnicas que contribuem para a redução dos consumos e para a minimização do impacto ambiental da própria construção”.

O Centro Operacional de Correio do Norte - equipamento que tem como função o tratamento de toda a correspondência da zona Norte do País -está implantado numa área de 18 mil m² e é considerado o maior investi-mento já realizado pelos CTT em infra-estruturas, com um valor superior a 10 milhões de euros.

Para a elaboração do projecto foi previamente analisado o funcionamento dos diferentes centros de tratamento de correspondência a nível nacional e estudados exemplos de edifícios do mesmo cariz no estrangeiro. Com uma vocação maioritariamente industrial, o edifício foi pensado com base num organigrama funcional, complexo, que relaciona e localiza os diferentes departamentos que o compõem, visando a máxima eficiência operacional no tratamento da correspondência. Caracteriza-se por uma imagem contemporânea e uma linguagem actual, adaptadas à imagem e identidade dos CTT.

Segundo a responsável pela Broadway em Portugal e América Latina, “houve uma enorme preocupação com o bem-estar e segurança dos

traba-lhadores, com preocupações ao nível do conforto térmico, do controlo acús-tico, da ergonomia, e de garantir níveis luminosos adequados aos diferentes tipos de trabalho com predominância da luz natural. Foi ainda considerado fundamental dotar o edifício de um conjunto de valências e serviços de apoio aos utilizadores e a adopção de soluções técnicas que contribuíssem para a redução dos consumos energéticos, com o aproveitamento dos recursos dis-poníveis, na óptica de uma política de sustentabilidade.

“Tudo foi pensado e estudado ao pormenor - adianta a responsável da

Broadway Malyan - desde a selecção de materiais de acordo com critérios de durabilidade, qualidade, robustez, natureza, proximidade, potencial de reutilização e de reciclagem, às questões da orientação solar e aproveita-mento da iluminação natural, à climatização natural do ar novo que entra no edifício, ao aproveitamento das águas pluviais da cobertura para refor-ço de sistemas de rega e consumos diferenciados, com uma reserva pró-pria de água pluvial.”

A cobertura da nave operacional do edifício está estudada e calculada para poder vir a integrar mantas fotovoltaicas, que poderão ocupar uma área de cerca de 12 mil m² da cobertura, capaz de fornecer uma parte significativa da energia eléctrica que o edifício consome.

O espaço envolvente foi também alvo de projecto de arquitectura paisagis-ta da Broadway Malyan, ocupado por zonas ajardinadas que preservaram parte da mata e orla associadas ao coberto arbóreo existente, tendo como princípio a criação de espaços exteriores de distinção onde se cumpram objectivos de ordem estética, funcional e ecológica.

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Produtos

A Barbot lança o BarboTherm Cork, um produto 100% made in Portugal, desen-volvido a partir de placas em aglomerado de cortiça expandida - placas de isola-mento térmico. Criado em parceria com a Amorim Isolaisola-mentos, a nova referência desta área vai ao encontro de preocupações reais, soluções amigas do ambiente, energeticamente eficazes, nas quais foi adicionada a melhoria substancial do iso-lamento acústico.

Ecoeficiência

Sistema Térmico Ecológico

Bostik Sistema PAD - Nova Geração é um sistema com-posto por um mástique ultra-forte com efeito ventosa que por si só permite a fixação imediata de painéis pesados e de grandes dimensões e por uma fita auto-adesiva que garante o posicionamento de materiais com peso especí-fico elevado, como por exemplo, a pedra. A fita tem ainda a função de “espaçador”, garantindo que os painéis sucessivos ficam todos à mesma distância do suporte. As restrições impostas pela legislação europeia exigiram novas soluções para os produtos químicos perigosos. É neste sentido que o Bostik Sistema PAD evolui para uma nova geração, mais forte, mais rápida e mais ecológica com 0% de solventes e muito baixas emissões de COV´s.

Mástique mais Ecológico

O novo sistema térmico ecológico permite maior isolamento e protecção, do exterior para o interior, sem perda de espaço interior no edifício; o que assegura a manutenção das temperaturas adequadas ao longo de todo o ano e evita a intervenção de apare-lhos climatizados, tornando realidade a existência de ambientes interiores onde o conforto e a poupança energética imperam. Paralelamente, permite a prevenção do sur-gimento e da expansão de inestéticas fissu-ras, assim como, a redução significativa da condensação nas paredes e tectos interio-res, causadores do aparecimento de inde-sejáveis fungos.

O BarboTherm Cork apresentou óptimos resultados nos ensaios rigorosos do LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil), de acordo com a norma europeia ETAG 004, emitida pela EOTA - European Organization for Technical Approvals.

FONTE: GRUPOYOUNGNETWORK

Este sistema alia diversas vantagens, como, uma presa imediata, mesmo em tectos (10 segundos), uma aplicação simples e rápida, um suporte até 370 ton/m², uma aplicação em ambientes húmidos e uma boa adesão à maio-ria dos matemaio-riais.

Bostik Sistema PAD - Nova Geração é uma evolução apenas possível devido à investiga-ção permanente da Bostik em busca de novas tecnologias aliando a eficácia que lhe é carac-terística ao objectivo ambiental, o que visa o desenvolvimento de produtos para uma cons-trução sustentável.

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Deck Ecológico

O sistema P3ductal, da Decflex, distingue-se pelo alto desempenho técnico, e pelas suas características de comportamento em caso de incêndio ou terra-moto. Características que revelam a sua importância nomeadamente nas fases iniciais e de propagação do incêndio, ficando muito acima do desempe-nho de outros materiais.

As condutas têm um baixo grau de participação no fogo, não têm fugas nem fumos de combustão tóxicos, nem soltam partículas, garantindo o melhor com-portamento, sendo o único capaz de simular um incêndio em larga escala real. Também no que respeita aos gases de combustão, o P3ductal responde posi-tivamente.

A alta rigidez, resistência à deformação, a leveza e o alto coeficiente de amorteci-mento também garantem um elevado nível de segurança em caso de terramoto. Importante também em termos de eficiência energética, a condutibilidade tér-mica de 0,024 W / (m °C) a 10ºC que permite uma espessura inferior à neces-sária com outro tipo de isolamento, em conformidade com o DL79/2006. Em relação aos ensaios de estanquidade estes são plenamente satisfeitos, poden-do-se atingir a Classe C.

Condutas de Distribuição de Ar

A Coprax acaba de lançar o novo Deck Copwood Amazon, através da sua divisão de WPC. Este novo produto vem contribuir para o alargamento da nossa oferta na gama de deck’s compósitos, sendo uma opção interes-sante de pavimento ou revestimento exterior.

Este novo modelo, tem como factor diferenciador o facto de ser liso, não perdendo contudo as caracterís-ticas de anti-derrapante. Apresenta um padrão não uniforme que o aproxima do aspecto da madeira natu-ral.

O Copwood é um material 100% reciclável. Resultante da combinação de reciclados de madeira com termoplástico, é um material compósito que reúne o melhor de cada um dos materiais: o toque e aparência únicos da madeira, com a resistência ímpar do termoplástico. Permitindo a sua reutili-zação integral, dá um forte contributo para o reaproveitamento de materiais e torna-o num pro-duto amigo do ambiente.

Como principais características destacam-se: a elevada resistência aos raios UV; resis-tência à chuva, fungos e insectos; dispensa manutenção com óleos, tintas e imunizado-res; resistência ao desgaste; não abre fissuras nem cria farpas; elevada resistência à absorção de água.

Este produto tem como dimensões 4.000 mm; 140 mm de largura 24 mm de altura; um peso de 2,4 kg por metro linear e está disponível nas cores Brown e Grey.

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Ecoeficiência

A Duo-Thermo desenvolveu um sistema de aquecimento em tudo idêntico à laje-radiador. O Bloco Radiante é composto por um bloco encastrado na parede completamente invisível, contendo uma resistência, que fica ligada a um termóstato ambiental, regulador da tempe-ratura pretendida.

Máxima eficiência energética, com aproveitamento da capacidade inércia/térmica da pare-de, o calor irradiado pelo bloco radiante não é apenas irradiado para o exterior, mas acu-mula na parede, acabando por aquecer o verso da parede em que está instalado, estabe-lecendo-se assim uma permuta térmica entre as diferentes salas, o que permite uma redu-ção progressiva do consumo ao longo do Inverno.

Cada bloco-radiante fica ligado a um termóstato, para uma leitura da temperatura ambien-te correcta, evitando perdas escusadas de energia. Sem tubagens, nem canalizações, o

Bloco Radiante

A Domal, marca especialista de sistemas de caixilharia em alumínio, reco-menda a instalação de sistemas de alumínio com ruptura do ponto térmico, pois estes asseguram um isolamento térmico e acústico superior aos siste-mas sem ruptura térmica, e funcionam como um complemento natural ao vidro duplo. Simultaneamente, a escolha deste tipo de sistema garante níveis de poupança de energia e recursos mais elevados, e reflecte-se num maior conforto e bem-estar na sua casa.

A série top da domal é a mais recente novidade lançada pela marca no mer-cado português, e a melhor escolha para enfrentar este Inverno. Possui rup-tura térmica e os seus sistemas de caixilharia garantem a melhor prestação térmica de sempre em sistemas da marca. Está disponível em duas ver-sões: Top 55 e Top 65. O sistema Top 55 possui um aro de 55 mm e uma folha de 64,5 mm e permite um envidraçamento entre 6 mm e 46 mm; por seu lado, o sistema Top 65 possui um aro de 65 mm e uma folha de 74,5 mm e suporta um envidraçamento de 6 mm a 56 mm, o que garante as melhores prestações térmicas.

Em total cumprimento com o sistema nacional de certificação energética e da qualidade do ar interior SCE, no que respeita à renovação de ar no inte-rior dos edifícios, as ferragens incluem um sistema de microventilação. Assim, todos os caixilhos possuem o sistema de ventilação integrado. Este sistema permite, em função das medidas das folhas e segundo a ocupação da habitação, cumprir com as necessidades de ventilação da habitação.

FONTE: PORTERNOVELLI

Série Top

calor é obtido com exactidão onde, quando e quanto necessário

A capacidade acumuladora da pare-de permite aquecer durante a noite a uma temperatura um pouco mais ele-vada (por exemplo 20º), de modo a acumular o máximo de calor por um preço mais baixo (tarifa bi-horária), para manter durante o dia a tempera-tura ambiente pretendida sem consu-mo, durante horas.

Optimização do espaço, como fica dentro da parede, não ocupa espaço e não constitui nenhum obstáculo a outros objectos, tornando-se ideal para creches, infantários, lares de terceira idade ou centos de recupera-ção, permitindo a livre circulação nos variados espaços.

Funcionamento extremamente sim-ples tanto na instalação, como na uti-lização, sem precisar de manuten-ção, o bloco-radiante é um sistema de aquecimento que está sempre operacional: basta apenas regular o termóstato para a temperatura ambiente pretendida.

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A Fagor apresenta uma nova gama de fornos de última geração: Pirólise 2.0. Este avançado sistema de limpeza, o seu design e ergonomia, fazem destes fornos os mais seguros, precisos e eficientes do mercado.

Esta nova gama de fornos introduz uma porta extra fria de 4 vidros. O quarto vidro permite um perfeito isolamento do interior do forno garantindo uma maior eficácia na limpeza e no cozinhado, já que aproveita o máximo do calor gera-do logo, uma maior economia e eficiência no consumo. Este último, unigera-do ao novo design de ventilação permite que a corrente de ar que chega ao exterior flua entre os vidros, ajudando a manter a porta a uma temperatura óptima evi-tando o risco de queimaduras.

A função Auto-Pyro, permite ajustar o consumo energético, calculando o tempo exacto de limpeza segundo o grau de sujidade detectado. Todos os fornos piro-líticos dispõem de um catalisador de vapores e odores que favorecem um ambiente mais puro e mais limpo.

A nova gama de fornos da Fagor, agora mais cómodos, permitem a auto-lim-peza pirolítica integral, incluindo os tabuleiros e as guias laterais, uma vez que foram tratados com um esmalte especial capaz de suportar altas temperaturas inerentes à pirólise. O interior dos fornos foi redesenhado para que a limpeza pirolítica chegue a todos os recantos e para garantir uma higiene total. Para isso, juntou-se à nova cavidade interior, ao esmalte especial e ao grill superior rebatível um novo desenho da contra-porta, cujo vidro cobre toda a superfície da porta, evitando as ranhuras onde se possa acumular sujidade.

Referências

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