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INCENTIVOS FISCAIS / FINANCEIROS

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INCENTIVOS

INCENTIVOS

FISCAIS / FINANCEIROS

FISCAIS / FINANCEIROS

(2)

Entendidas as distinções básicas das alternativas apresentadas ao fabricante ou produtor para a promoção da saída, a título de exportação de seus produtos, seja ela direta, indireta ou mesmo equiparada à exportação, há necessidade, para o desenvolvimento do processo, de um perfeito entendimento dos incentivos concedidos à exportação, em sua totalidade.

O conhecimento do universo desses incentivos permite ao fabricante ou produtor avaliar a melhor alternativa de operar em canal onde se apresente oportunidade de comercializar com o exterior.

Basicamente, os incentivos deferidos às exportações enquadram-se em duas categorias:

FINANCEIROS FISCAIS

(3)

Incentivos Fiscais

Incentivos Fiscais

(4)

Por incentivos fiscais são entendidos todos aqueles benefícios destinados a eliminar os tributos incidentes sobre os produtos nas operações de mercado interno e, assim também, outras medidas objetivando compensar tributos agregados aos produtos impossíveis de serem dissociados do seu preço interno.

A política de eliminação dos gravames contidos nos produtos comercializados internamente, quando destinados à exportação, visa possibilitar que esses produtos possam alcançar o mercado internacional em condições de competir em preço. Dificilmente um país consegue enfrentar a concorrência internacional procurando transferir, embutindo nos preços dos produtos, os impostos que oneram a comercialização no mercado interno.

(5)

O exportador, ao se predispor a competir no mercado internacional deverá, para melhor atuação, conhecer as particularidades relativas aos tratamentos deferidos pelos seguintes impostos denominados incentivos, no campo das exportações: IPI, ICMS, Cofins e PIS.

Além dos impostos e contribuições sociais enumerados, o exportador deve dominar os incentivos do drawback e das aquisições de insumos no mercado interno com suspensão do IPI, denominada drawback interno.

A seguir serão analisados isoladamente cada imposto, contribuição social, drawback e drawback interno.

(6)

Imposto Sobre Produtos

Imposto Sobre Produtos

Industrializados

Industrializados

IPI

(7)

O IPI é um tributo federal, indireto, seletivo e não-cumulativo, que grava, no mercado interno, o valor agregado ou adicionado dos produtos manufaturados. Seu caráter federal vem do inciso IV, do artigo 153 da Constituição, que estabelece competir à União sua instituição.

Sua classificação como imposto indireto se dá pelo fato de incidir sobre o produto comercializado e ser pago pelo adquirente da mercadoria enquanto seu recolhimento à União é feito pelo fornecedor do bem. A seletividade, por outro lado, ocorre pelo fato de contar com alíquotas que gravam diferentemente os mais variados produtos. Esta tributação seleciona os bens segundo o grau de essencialidade de cada um.

Esse último particular, contido na Constituição Federal brasileira através de seu inciso I, do parágrafo terceiro do mencionado artigo 153, determina:

“O imposto previsto no inciso IV serO imposto previsto no inciso IV seráá seletivo, em funseletivo, em funçção ão da essencialidade do produto

(8)

Idêntico ao mencionado para a essencialidade, o parágrafo terceiro, em seu inciso II, menciona: “será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores”. Por esta razão, a não-cumulatividade implica no fato deste imposto incidir tão-somente sobre o valor agregado ou adicionado da operação.

O termo “valor agregado” está intimamente ligado ao conceito de crédito fiscal, ou seja:

A empresa produtora, ao adquirir insumos representados por matérias-primas, materiais secundários, materiais embalagem, partes e peças destinadas à fabricação de seus produtos, receberá estes, com tributação normal, destacada na Nota Fiscal de compra, calculada sobre o valor total da aquisição;

(9)

Na entrada dos insumos adquiridos, em seu estabelecimento, o fabricante registrará os tributos constantes da Nota Fiscal de compra, a crédito, em seus registros fiscais;

b)

Ao promover a venda e respectiva saída do produto final, no mercado interno, é aplicada a tributação do IPI sobre o valor total da venda à alíquota que lhe for devida, segundo a tabela do IPI, conhecida por Tipi. O valor deste imposto implica sobre a venda, na saída do estabelecimento, registra-se a débito, em seu registro fiscal;

c)

O saldo dos registros fiscais, se devedor, apurado pelos débitos e créditos será recolhido na devida época.

(10)

No detalhamento anteriormente feito foi descrita a operação dos registros fiscais usuais no mercado interno. Para operações de exportação respeita-se o seguinte procedimento:

quando da aquisição dos insumos, procedimento idêntico ao do mercado interno, ou seja, tributados regularmente;

a)

A saída do produto manufaturado, operação imune ao IPI, por força do disposto no inciso III, do parágrafo terceiro, do artigo 153, da Constituição Federal, que reza: ”não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior”;

b)

por se tratar de uma operação imune, nada deverá ser lançado a débito no registro de apuração do IPI, quando da saída para o exterior;

(11)

os créditos fiscais relativos às aquisições dos insumos, constantes do registro fiscal do IPI, são mantidos na escrita, apesar da saída Ter sido imune a este imposto;

d)

a manutenção dos créditos fiscais relativos aos insumos caracteriza-se como um dos benefícios fiscais a exportação de produtos manufaturados.

(12)

Imposto sobre Circula

Imposto sobre Circula

ç

ç

ão de

ão de

Mercadorias e Servi

(13)

O ICMS, assim como o IPI, é um imposto indireto de competência estadual, conforme preceitua o artigo 155, em seu inciso ΙΙ, da Constituição Federal, não- cumulativo, e sua alíquota, pode ser denominada seletiva, permitindo os Estados e ao Distrito Federal tributar de forma diferenciada os produtos supérfluos. Os demais produtos são gravados com percentual único, indistintamente.

A sistemática desse imposto, no mercado interno, coincide com a anteriormente descrita para o IPI, ou seja:

Quando da compra de insumos, a Nota Fiscal vem onerada com o imposto, que tem a característica especial de, por princípio legal, ser parte integrante do preço de venda do produto no mercado interno. Por essa razão, a Nota Fiscal do fornecedor apenas o destaca em campo próprio, sem que seja adicionado ao preço;

(14)

A Constituição Federal, em seu artigo 155, parágrafo segundo, incisoΧΙ, determina: “não compreendera em sua base de cálculo, o montante do Imposto sobre produtos Industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado a industrialização ou a comercialização, configure fato gerador dos dois impostos”;

Quando da saída ou venda do produto final, no mercado interno, ou da venda de produtos a terceiros, comercializado pela empresa, este imposto é destacado na Nota Fiscal de venda;

na aquisição, o ICMS da compra é lança a crédito no registro fiscal da empresa adquirente e, quando da venda do produto final, o valor destacado na nota fiscal lançado a débito;

b)

c)

d)

e) A compensação dos créditos pelas compras , sobre os débitos pelas vendas, determinará o saldo a ser recolhido aos cofres do Estado.

(15)

Na exportação, assim como ocorre para o IPI, o ICMS dispõe de tratamento especial, pois todo produto manufaturado exportado goza da não-incidência, conforme determina a alínea “a”, do inciso Χ, do artigo 155 da Constituição Federal. O mencionado artigo assim se expressa: “não incidirá sobre operações que destine ao exterior produtos industrializados, excluídos os semi-elaborados definidos em lei complementar”.

A imunidade, inserida no campo da não-incidência, deve ser assim entendida:

A isenção é caracterizada como dispensa do pagamento do tributo a que o produto estaria normalmente sujeito;

(16)

A não- incidência estabelece a impossibilidade ou a proibição de tributar , uma vez que a lei maior – Constituição Federal-impede os Estados e Distrito Federal de onerar com o ICMS a exportação de produto manufaturados.

b)

Os efeitos fiscais são os mesmos, apesar da diversidade de terminologia empregada. Na verdade, esta determinação constitucional representa sensível redução do preço do produto manufaturado destinado ao exterior, em razão da não-adição a esse preço do respectivo tributo.

Por outro lado, é importante observar que, em se tratando de produto semi-elaborado, a constituição permite a tributação (a alíquota fixada pelo Senado Federal é de 13%), de acordo com o estabelecido em Lei Complementar.

(17)

A Lei Complementar n°87, de 13/09/96, promulgada pelo Presidente da República, veio alterar, a partir de 16/09/96, a sistemática de tributação desses produtos, que havia sido implantada com base na Lei Complementar n°24, de 07/01/75 e, Lei Complementar n°65, de 15/04/91.

A partir dessa publicação da mencionada Lei Complementar n°87/96, os produtos até então caracterizados como semi-elaborados (tributados em 13%, sobre base de cálculo reduzida), passaram a gozar da não- incidência, quando exportados e, nesta mesma determinação legal, foram incluídos os primários.

(18)

A partir dessa publicação da mencionada Lei Complementar n°87/96, os produtos até então caracterizados como semi-elaborados (tributados em 13%, sobre base de cálculo reduzida), passaram a gozar da não- incidência, quando exportados e, nesta mesma determinação legal, foram incluídos os primários.

Outro aspecto que deve ser considerado no ICMS, é o que diz respeito à manutenção dos créditos fiscais relativos aos insumos que integram o produto exportado. A importância desta particularidade está no fato de apesar da não-incidência na saída dos produtos, ser garantida a manutenção dos créditos fiscais registrados por ocasião da entrada dos insumos. Por conseguinte, nas operações de exporta, o ICMS reveste-se de características especiais, uma vez que todo produto exportado goza da não-incidência.

(19)

EXPORTA

(20)

RESUMO DO IPI E DO ICMS

RESUMO DO IPI E DO ICMS

A título de resumo da exposição relativa ao IPI e ICMS, conclui-se:

os produtos exportados gozam do seguinte tratamento do IPI e do ICMS;

a)

-- IPI -- imunidade e garantia de manutenção dos créditos fiscais relativos aos insumos contidos nos produto exportados;

-- ICMS – não--incidência e garantia de manutenção dos créditos fiscais relativos aos insumos contidos nos produtos exportados.

os produtos primários gozam do seguinte tratamento do ICMS:

b)

(21)
(22)

Imposto sobre Produtos Industrializados

Imposto sobre Produtos Industrializados

IPI

IPI

Nas exportações indiretas, assim entendidas aquelas operações de venda de produtos feitas pelo fabricante ou produtor com o fim específico de exportação, a um interveniente ou intermediário comercial, estabelecido no território nacional, o tratamento dispensado pelo IPI é o da suspensão.

Enquanto que na exportação direta IPI contempla com a imunidade a saída para o exterior, Na operação indireta de exportação, ou seja, a venda feita pelo fabricante / produtor a um interveniente ou intermediário comercial,o tratamento deferido é o da suspensão por se caracterizar como a não-aplicação do tributo, em virtude da destinação final que está reservada ao produto. A suspensão deve ser entendida como sendo uma imunidade condicionada à efetiva saída do produto para o exterior.

(23)

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e

Serviços – ICMS

Enquanto que no campo tributário do IPI não há qualquer menção quanto ao tipo de interveniente ou mesmo sua localização, o mesmo não ocorria no campo tributário do ICMS, até o advento da Lei Complementar nº 87, de 13/09/96. A partir da edição da mencionada Lei Complementar, não há necessidade, quando se pretende tratar da exportação indireta, de identificar a seguintes particularidades quanto ao interveniente:

--

seu objeto social – exclusivamente exportador ou de atividade mista;

--

sua localização – no caso de exclusivamente exportador, podia estar localizado em qualquer Unidade da Federação, porém, no caso de atividade mista, só seria alcançado pelo beneficio se estivesse localizado no território do Estado.

(24)

Em consonância com essas particularizações, a venda de produtos manufaturados, feitas ao interveniente, com o fim específico de exportação, gozará dos seguintes tratamentos fiscais na esfera de desta tributo, quando conduzida pelo fabricante/ produtor:

- Não-incidência e garantia de manutenção dos créditos fiscais relativos aos insumos que integram o referido produto.

Por força das determinações contidas na Lei Complementar nº 87, de 13/09/96, idêntico tratamento foi estendido aos produtos semi-elaborados e primários.

Com base nesse último dispositivo legal, o RICMS do Estado de São Paulo assim observa:

(25)

- Aplica-se também à saída de mercadorias, com fim específico de exportação, com destino a:

--

Empresa comercial exportadora, inclusive tradings;

--

Armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro;

(26)

Venda Equiparada

Venda Equiparada

à

à

Exposi

(27)

Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

As operações de vendas feitas pelo fabricante ou produtor a uma Empresa Comercial Exportadora (trading company), constituída nos termos do Decreto – Lei nº1248, de 29/11/72, são consideradas equiparadas à exportação e, por esta razão, deveriam gozar de tratamento idêntico àquele dispensado às exportações diretas, porém por força das alterações contidas na legislação posterior, apesar de o artigo terceiro do mencionado Decreto-Lei nº 1248/72 garantir benefícios previstos para exportação direta, as vendas feitas a esta tipo de empresa são conduzidas com suspensão do IPI. Aqui também é garantida a manutenção dos créditos fiscais relativos aos insumos que integram o produto assim comercializado.

(28)

Imposto sobre Circulação de

Mercadorias e Serviços – ICMS

Assim como o IPI, o tratamento fiscal deferido pelo ICMS à venda com fim específico de exportação, feita pelo fabricante ou produtor a uma Trading Company, constituída nos termos no Decreto-Lei nº1248/72, corresponde, em grande parte, ao conceito emitido para exportação direta, ou seja, a imunidade do tributo.

Outro item importante a ser lembrado para as operações com trading company, relativamente ao comentário feito para as desenvolvidas por intervenientes, é o fato de, apesar da Trading Company ser um empresa comercial de atividade mista, sua condição peculiar permitir que o fabricante opere com a “Não-incidência”, independente de sua localização. Esta particularidade já existia mesmo anteriormente ao advento da nova Lei Complementar nº87/96.

(29)

Resumindo os tratamentos do IPI e ICMS deferidos às operações equiparadas à exportação, de venda à Tranding Company, feita nos termos da legislação mencionada, tem-se:

a) Suspensão do IPI ;

b) Não-incidência do ICMS;

c) Manutenção dos Créditos Fiscais relativos aos insumos, tanto do IPI como do ICMS.

Produtos Primários

Para os produtos primários, por força do disposto na Lei Complementar nº87/96, também e deferido o tratamento da Não-incidência.

(30)

Contribuição para Financiamento

da Seguridade Social – Cofins

Esta contribuição, que inicialmente era denominada de Finsocial, foi criada pela Lei Complementar nº70, de 30/12/91, consistindo na aplicação de 3% sobre a receita bruta ou faturamento da empresa, nas operações de mercado interno.

O Artigo 7º da mencionada Lei Complementar já isentava desta contribuição a receita proveniente da venda de bens e serviços ao exterior, tendo sido regulamentada pelo Poder Executivo pelo Decreto nº1030, de 29/12/93.

Mais recentemente, através do artigo14 da Medida Provisória nº 2037, sucedida pela de nº2113, que com nova alteração tomou o número 2.158-35/2001, o tratamento deferido a esta contribuição foi absorvido pelo Decreto nº 4524, de 26/12/02 que em seu artigo 45 assim determina:

(31)

São isentas do PIS/Pasep e da Cofins as receitas:

II

II –– da exportação de mercadorias para o exterior;

III

III –– dos serviços prestados a pessoa física ou jurídica residentes ou domiciliadas no exterior, cujo pagamento represente

ingresso de divisas;

IV

IV –– do fornecimento de mercadorias ou serviços para uso ou consumo de bordo em embarcações e aeronaves em trafego internacional, quando o pagamento for efetuado em moeda conversível;

V

V –– do transporte internacional de cargas ou passageiros;

VI

VI –– auferidas pelos estaleiros navais brasileiros nas atividades de construção, conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações pré-registradas no Registro Especial

(32)

de frete de mercadorias transportadas entre o País e o exterior pelas embarcações registradas no REB;

VII VII ––

de vendas realizadas pelo produtor-vendedor às empresas comerciais exportadoras nos termos do Decreto-Lei nº 1248, de 29/11/72, e alterações posteriores desde que destinadas ao fim específico de exportação para o exterior;

VIII VIII ––

de vendas com o fim específico de exportação para o exterior, a empresas exportadoras registradas na Secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

IX IX ––

Essa contribuição, tradicional nos encargos empresariais, veio tomar nova vertente ao ser abordada de forma a alterar sua estrutura e mesmo sua alíquota que passou de 3% sobre a receita para 7,6% sobre essa mesma base, com a mudança expressiva de cumulativa para não-cumulativa. A alteração radical sofrida pelo Cofins, teve como ponto de partida a Medida Provisória nº 135, de 31/10/03, que além de dispor sobre uma grande variedade de temas contempla também esta contribuição.

(33)

Assim, a partir de 01/02/2004, por força da mencionada Medida Provisória, que foi transformada na Lei nº 10833, de 29/12/2003, esta contribuição social tem alterada sua alíquota e, concomitantemente, com esta alteração passa a ser não-cumulativa.

A não-cumulatividade deve ser entendida como procedimento idêntico àquele adotado tanto para o IPI como para o ICMS, ou seja, quando da compra a Cofins correspondente será lançada a crédito e , por conseguinte, quando da venda o lançamento será a débito, sendo recolhido apenas o saldo devedor que vier a ser apurado.

(34)

Programa de Integra

Programa de Integra

ç

ç

ão Social –

ão Social

PIS

PIS

No mercado interno o PIS onerava a receita das empresas em 0,65%, de forma cumulativa. Em 29/12/88, o artigo 5º, da Lei nº 7714, veio isentar da contribuição os produtos manufaturados destinados ao exterior . Em 16/03/95, ao mencionado artigo 5º foi dada nova redação, através da Lei nº 9004, excluindo a particularização “manufaturados”, ficando assim redigido:

“para efeito de determinação da base de cálculo das contribuições para o Programa de Integração Social – PIS

e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – Pasep, instituídas pelas Leis Complementares nºs 7, de 07/09/79 e, 8, de 03/12/70, respectivamente, o valor da receita de exportação de mercadorias nacionais poderá ser excluído da receita

(35)

O PIS, assim como ocorreu com a Cofins mais recentemente, também passou a ser não-cumulativo e, para esta prática a alíquota que era de 0,65% foi majorada para 1,65%.

Também aqui a não-cumulatividade pode ser entendida como o procedimento adotado tanto para o IPI como para o ICMS, registrando-se a crédito os valores correspondentes às compras e a débito os relativos às receitas.

Com a Instrução Normativa da Secretária da Receite Federal nº 365, de 29/10/2003, foi criado o Demonstrativo de Apuração da Contribuição PIS/ Pasep – Dapis, devendo este de entrega obrigatória a partir de janeiro/2004, ao final de cada trimestre.

(36)

Cr

Cré

é

dito Presumido

dito Presumido

A Medida Provisória nº 2158—35, de 24/08/2001, ratificou, em seu artigo 14, aquilo que já havia sido estabelecido em outras Medidas Provisórias, isentando as receitas provenientes da exportação de bens e serviços desta contribuição. Esta Medida Provisória foi regulamentada pelo Decreto nº 4524, de 17/12/2002, que em seu artigo 45 estabelece a isenção.

a) procedimentos anteriores à Medida Provisória nº 66, de 29/08/2002.

b) operações advindas da Medida Provisória nº 66, de 29/08/2002

- tanto o PIS como também a Cofins incidiam de forma cumulativa; - criou a figura do PIS não-cumulativo;

- manteve para certos setores o procedimento exterior – cumulativo; - a Cofins continuou sendo não cumulativa.

(37)

c) Procedimento criado com a Medida Provisória nº 135, de 30/10/2003.

-- transforma a Cofins em não--cumulativa a partir de fevereiro/2004;

-- mantém certos setores com a cumulatividade;

-- o PIS não se altera, continuando não--cumulativo e para determinados

setores cumulativo.

Analisando cada uma das particularidades acima elencadas teremos:

a) Procedimentos anteriores à Medida Provisória nº 66, de 29/08/2002;

(38)

A Lei nº 9363, de 13/12/96, criou uma figura nova na atividade exportadora, com o objetivo de ressarcir ao exportador, a título de crédito presumido do IPI, as contribuições sociais que oneram as compras de insumos nacionais feitas no mercado interno, que compuseram os produtos exportados. Para este ressarcimento, foi estabelecido o percentual de 5,37% que deveria ser aplicado pelos exportadores sobre o valor dos insumos que participaram dos produtos exportados, a saber:

-- base de cálculo representada pela receita de exportação em face

da receita operacional bruta;

-- o percentual assim obtido será aplicado sobre o valor das

aquisições de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem, nacionais, adquiridos no mercado

(39)

Opcionalmente, a Lei nº 10276, de 10/09/2001, criou uma alternativa, permitindo ao exportador optar por esta ou pela anterior, de determinação do valor a ser pleiteado a título de crédito presumido do IPI:

-- base de cálculo somatório dos custos de : matérias--primas,

produtos intermediários, materiais de embalagem, energia elétrica e combustíveis, adquiridos no mercado interno e empregados no processo produtivo, prestação decorrente de industrialização sob encomenda;

-- sobre o somatório dos custos apurados da forma acima mencionada,

deverá ser aplicado o fator de 0,0365 conforme determina o anexo da mencionada Lei:

(40)

Onde:

Rx dividido por (Rt menos C) Rt receita operacional bruta; o custo da produção

Se o quociente Rx dividido por (Rt menos C) for superior a 5, este será o limite; e não poderá superar a 80% do valor dos custos tomado como base de cálculo.

Operações advindas da Medida Provisória nº 66 de 29/08/2002, convalidada pela Lei nº10637, de 31/12/2002;

a)

Essa Medida Provisória criou a figura do PIS não-cumulativo e, por conseguinte, veio provocar a alteração tanto do percentual de 5,37% originário da Lei nº 9363/96, como também do fator de 0,0365, criado pela Lei nº 10276/01.

(41)

Não se deve esquecer que a criação do novo método, introduzido por essa Medida Provisória que foi convalidada pela Lei nº 10637/02, não generalizou o novo procedimento de vez que determinados setores não foram alcançados pelo processo da não-cumulatividade do PIS, a saber:

As empresas tributadas pelo imposto de renda com base no lucro presumido; as optantes pelo Simples; as imunes a

impostos; e os órgãos públicos, autarquias e fundações públicas federais, estaduais e municipais.

Com o advento desta Lei a alíquota da PIS foi majorada de 0,65%, aplicada sobre o total do faturamento.

Por força da implantação da sistemática da não-cumulatividade, sua análise deverá ser dividida em duas alternativas:

(42)

b) Empresas sujeitas ao recolhimento previsto na sistemática anterior, PIS de 0,65%, cumulativa e, a Cofins mantida em 3%:

- adotando-se a alternativa ditada pela Lei nº 9363/96, o crédito presumido será de 5,37%sobre o total dos insumos nacionais adquiridos no mercado interno;

- optando-se pela regra constante da Lei n º 10276/01, o fator será mantido em 0,0365;

c) Bara as empresas alcançadas pela nova forma de cálculo não-cumulativa, cuja alíquota foi elevada para 1,65% deve-se

relembrar que a Cofins permaneceu inalterada em 3%e, por conseguinte, alteram-se os percentuais que deverão compor o crédito presumido:

(43)

- para a adoção da alternativa prevista na Lei nº 9363/96, 4,04%; - para o cálculo alternativo previsto na Lei nº 10276/01, o novo fator

é de 0,03.

d) Procedimento criado pela Medida Provisória nº 135, de 30/10/2003, convalidada pela Lei nº 10833, de 29/12/2003.

Lembre-se que o advento dessa medida, cujos efeitos na área da contribuição Cofins, sob a égide da não-cumulatividade, vem encontrar o PIS sob o procedimento de não-cumulativo e, a par disto, a Medida Provisória majorou a Cofins, passando do histórico 3% para 7,6% mas, em troca, veio a não-cumulatividade, procedimento este que passará a ser praticado a partir de fevereiro de 2004.

(44)

Assim se resume o procedimento a partir do segundo mês de 2004:

c.1) empresas que têm contribuições tanto do PIS como da Cofins , cumulativas:

-- alternativa prevista na Lei nº9363/96, 5,37%;

-- opção contida na Lei nº10276/01, fator 0,0365.

c.2) empresas alcançadas pela não-cumulatividade, tanto do PIS como da Cofins: eliminação da figura do crédito presumido.

(45)

Interno

Interno

Esta operação, que consiste na aquisição de insumos no mercado interno, com tratamento particularizado, de suspensão do IPI, quando o produto final é destinado à exportação, teve sua origem no artigo terceiro da Lei nº 8.402, de 08/01/92.

(46)

Apesar de conhecido por drawback interno ou “verde/amarelo”, a legislação prevê a concessão de um regime especial de suspensão do IPI nas compras internas de insumos destinados à industrialização de produtos a serem exportados. A exigência de autorização prévia se encontra no parágrafo segundo do artigo 42, do Regulamento do IPI – Ripi, cuja forma de operacionalizar se encontra em instrução normativa expedida pela receita federal.

A mencionada instrução normativa, além de definir o entendimento sobre esta operação, de âmbito federal, estabelece a forma para sua habitação prática, mediante a formalização do “Plano de Exportação”, definindo:

que os estabelecimentos industriais ou equiparados poderão fornecer, com suspensão do IPI, insumos (matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem) de fabricação nacional e empresas industriais para a fabricação de produtos a serem exportados;

(47)

b) são definidos os estabelecimentos participantes da operação:

b.1)

b.1) fornecedor: aquele que fornece os insumos com suspensão do IPI;

b.2)

b.2) exportador: que poderá ser de dois tipos:

- industrial: a empresa que adquire os insumos, industrializa e exporta, direta ou indiretamente;

- comercial: o estabelecimento que adquire os insumos, encomenda a industrialização em estabelecimento da mesma firma ou de terceiros e efetua direta ou indiretamente a exportação dos produtos resultantes;

b.3)

b.3) industrializador: aquele que recebe os insumos para industrialização sob encomenda.

O prazo para cumprimento do “Plano de Exportação” é de um ano, prorrogável por igual período, devendo no prazo de 30 dias ser feita a comprovação do cumprimento do “Plano”.

(48)

Incentivos Financeiros

Incentivos Financeiros

Os incentivos financeiros às exportações são representados pelas linhas de financiamento que visam conceder às empresas exportadoras os recursos necessários ao desenvolvimento da produção e comercialização de produtos destinados ao exterior. O objetivo primordial dos incentivos financeiros, assim como os fiscais, é o de permitir que o produto a ser exportado possa contar com condições mais adequadas de competitividade para a comercialização com o exterior.

Basicamente os incentivos financeiros devem ser vistos como aplicáveis em duas fases da comercialização internacional, ou seja, na fase da produção de bens destinados à exportação e no financiamento de sua comercialização. No que respeita ao financiamento da produção destinada à exportação, temos os bens de longo ciclo de produção ou bens de capital, cujos recursos são originários do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, denominado BNDES-Exim, que exigem do produtor-exportador a apresentação de cronograma para a liberação dos recursos.

(49)

Outra linha de financiamento, para bens em geral, é a alternativa vinculada ao Contrato de Câmbio da Exportação, denominada Adiantamento sobre Contrato de Câmbio – ACC. Este adiantamento permite que o exportador utilize os recursos provenientes da operação de câmbio relativos à operação de exportação, no financiamento da produção dos bens que serão exportados. Por outro lado, quando se volta para a comercialização encontram-se recursos vinculados ao câmbio, denominados Adiantamento sobre Cambiais de Exportação – ACE, que consiste no desconto das cambiais originárias do processo, junto ao banco com o qual tenha sido negociada a operação.

Além do ACE, pode-se encontrar no próprio BNDES-Exim que tenha sido utilizado para financiar a produção, o financiamento complementar para a comercialização, o denominado pós-embarque, como também os recursos originados do Programa de Financiamento às Exportações – Proex.

(50)

Financiamento

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Programa BNDES

Programa BNDES

-Exim

-

Exim

É uma linha de financiamento instituída pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, com o objetivo de financiar a produção de máquinas e equipamentos destinados à exportação.

A liberação dos recursos é feita através dos agentes financeiros, de acordo com o cronograma previamente aprovado pelo BNDES.

Adiantamento sobre o Contrato de Câmbio

Adiantamento sobre o Contrato de Câmbio

ACC

ACC

Um melhor atendimento deste tipo de financiamento pode ser visto no capítulo em que foi analisada a operação de Cambio na exportação, constante do item 7, no qual foram abordadas as alternativas para a contratação do câmbio anterior e posterior ao embarque da mercadoria para o exterior. Foi comentada ainda a questão relativa ‘a obtenção de financiamento amparado no mercado de câmbio, denominada ACC .

(52)

Este financiamento, previsto no Capítulo 5, Título3, da Circular BCB nº 3231, de 25/09/1992, do Banco Central do Brasil, apesar de estar vinculado, como regra, a uma venda já efetivada - daí a denominação de adiantamento relativo’a data prevista para o embarque da mercadoria para o exterior, podendo atingir até 360 dias – denomina-se financiamento destinado a produção para a exortação em face dos recursos e prazos a que se vincula.

O ACC enquadra-se na linha de recursos destinados a suprir as necessidades financeiras impostas pela produção do bem a ser exportado. Por ser opcional a contratação de câmbio anterior ou posterior ao embarque da mercadoria, a utilização dos recursos provenientes desta operação vincula-se exclusivamente as necessidades financeiras do exportador.

(53)

Financiamento

Financiamento

à

à

Comercializa

Comercializa

ç

ç

ão

ão

Para este tipo de financiamento, o exportador poderá “lançar mão” de três linhas de financiamento, a saber:

a)

a) Adiantamento sobre Cambiais de Exportação – ACE;

b)

b) Programa de Financiamento às Exportações – Proex; e

c)

c) BNDES-Exim pós-embarque.

Programa de Financiamento às Exportações – Proex

Criado pela Lei nº 10184, de 12/02/2001, que substituiu a anterior, permite ao Tesouro Nacional pactuar encargos financeiros compatíveis com os praticados no mercado internacional, para financiamento à exportação de bens e serviços nacionais. Segundo a legislação as condições para a aplicação financiamento serão estabelecidas pelo Ministério de Estado da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, observando as disposições do Conselho Monetário Nacional.

(54)

BNDES

BNDES -

-

Exim

Exim

P

P

ó

ó

s-

s

-Embarque

Embarque

Nesta alternativa de financiamento o BNDES financia a comercialização de bens e serviços no exterior, refinanciando o exportador à semelhança do financiamento Proex, através de seus agentes financeiros, que são os bancos comerciais.

Referências

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