práxis de leitura e
escrita na escola
PROGRAMA DA DISCIPLINA
PROGRAMA DE DISCIPLINA 2020/2
1. Ementa
Estudo teórico e aplicado de práticas de leitura e escrita no contexto escolar, abordando seus processos de
produção, ensino-aprendizagem e compreensão por docentes e discentes.
2. Objetivos
A disciplina se propõe a:
refletir sobre práxis de leitura e escrita na escola;
apresentar questões atinentes à experiência de leitura e escrita;
repensar as práticas de escrita realizadas no contexto escolar e propor novas práticas;
estabelecer relações entre a universidade e escola;
pensar sobre o papel do brincar em nossos modos de aprender e ensinar línguas;
problematizar a oralidade em práticas de leitura e escrita; e
conjecturar sobre a formação de comunidades de aprendizagens no ensino de línguas.
3. Programa
A disciplina se organiza em torno de seis áreas temáticas a serem atravessadas. São elas: práxis,
experiência de leitura, prática de escrita, conexão escola, oralidade e comunidade de aprendizagem.
Cada uma dessas áreas temáticas configura um módulo e se trifurca nos eixos compreender-pensar,
vivenciar-sentir e experienciar-querer/fazer. O eixo compreender-pensar consiste em leituras de textos
teóricos escolhidos a partir da temática a ser trabalhada. Ao passo que o eixo vivenciar-sentir traz textos
literários de diversos gêneros que, de alguma forma, elaboram o assunto abordado e são voltados à leitura e
escrita no contexto escolar. Já no eixo experienciar-querer/fazer são propostas ações e atividades voltadas à
produção teórica e prática. Em cada um desses eixos, serão propostas leituras, conforme o quadro
apresentado.
Além disso, inicialmente, teremos um encontro para apresentação da proposta, da docente e dos
discentes. Ao final, há dois módulos de fechamento, a saber: formação de acervo e levar para a vida. No
módulo formação de acervo, os discentes serão os protagonistas, ficando responsáveis por trazerem textos
para a reflexão que estaremos realizando, assim como no último módulo do curso - levar para a vida -, em
que os estudantes apresentarão oralmente bem como entregarão escrito um artigo científico acerca das
temáticas abordadas ou o remodelo de seu projeto de pesquisa a partir dos conhecimentos percorridos na
disciplina.
Universidade de Brasília Instituto de Letras - IL
Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução - LET Programa de Pós-graduação em Linguística Aplicada - PPGLA
compreender-pensar vivenciar-sentir
práxis “Notas sobre a
experiência e o saber da experiência”, de Jorge Larrosa Bondía
“A teoria como prática libertadora”, de bell hooks
“A decolonizar las metodologias:
investigación y pueblos indígenas”, Linda Tuhiwai Smith
“O pão e a revolução”, de Ferréz
“Logradouro”, de Meimei Bastos
“Seu dotô me conhece”, de Patativa do Assaré
experiência de leitura “Escritores, intelectuais e professores”, de Roland Barthes “Leituras de operárias”, de Ecléa Bosi “Crise na leitura e formação de leitores: uma questão de política linguística?”, de Cristina Vergnano-Junger
“Prólogo 2”, de Carolina Maria de Jesus
“Não vou mais lavar os pratos”, de Cristiane Sobral A elegância do ouriço, de Muriel Barbery
“Cartas de uma menina presa”, de Debora Diniz e Talia
“Fatumbi” de Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves
prática de escrita “Escrita e pensamento crítico nos estudos sociais”, de Henri Giroux
“As fronteiras entre o saber orgânico e o saber sintético”, de Antônio Bispo dos Santos
“La transformación del silencio em lenguaje y acción”, de Audre Lorde
“Vida difícil com a memória”, de Szymborska “Escrevi uma história de amor”, de Natália C. “Carta para Carolina Maria de Jesus”, de Hildalia Fernandes Cunha Cordeiro “Da grafia ao desenho de minha mãe: um dos lugares de nascimento de minha escrita”, de Conceição Evaristo
conexão escola “O que é uma escola justa?”, de François Dubet “Abandonamos a sala da universidade: uma opção decolonial no estágio de inglês e na formação docente crítica”, de Mariana R. Mastrella-de-Andrade “Papoulas em feltro negro”, de Lygia Fagundes Telles
“Je ne parle pas bien”, de Luz Ribeiro
A terceira vida de Grange Copeland, de Alice Walker
3 “Brincar: o caminho
desdenhado”, de Gerda Verden-Zöller e Humberto R. Maturana
oralidade “Tradição viva”, de
Amadou Hampatê-Bá “Erguer a voz”, de bell hooks
“Tecer histórias é como tecer uma rede de memórias”, de Célia Xakriabá Gentileza, de Futhi Ntshingila “Senegal”, de Maya Angelou
“Dor gravada”, de Patativa do Assaré “Garganta”, de Roberta Estrela D’Alva comunidade de aprendizagem Pedagogia do oprimido, de Paulo Freire
“A construção de uma comunidade pedagógica”, de bell hooks “Aprender em comunidade”, de José Pacheco Hibisco Roxo, de Chimamanda Adichie “Eu não tenho minha aldeia”, de Eliane Potiguara
4. Atividades não presenciais a serem adotadas:
ação descrição horas/aula
Aulas síncronas on-line -via videoconferência no Google Meet com discussão dos textos e artigos científicos elencados;
20
Aulas assíncronas -videoaulas produzidas pela professora da disciplina sobre os textos literários indicados e com a indicação da atividade a ser realizada;
5
Leituras e diário de travessias -estudos, leituras e escrita do diário de travessias;
15
Orientação individual -encontro individualizada da professora com cada estudante para orientação do trabalho final;
10
Elaboração trabalho final -pesquisa, estudo e escrita do trabalho final.
5. Metodologias avaliativas das atividades não presenciais
A avaliação na disciplina se dará conforme os valores atribuídos na tabela a seguir:
ação valor
a levar para vida (trabalho final) 40% b diário de travessias 30%
c atividades 20%
d formação de acervo 10%
a. Levar para a vida (trabalho final)
De acordo com os interesses dos estudantes, poderão escolher, entre as opções abaixo, realizar como
trabalho final:
Opção b) elaboração de ensaio, artigo ou relato de experiência fruto de pesquisa de campo ou
pesquisa bibliográfica, fundamentado nas leituras e discussões do curso.
Opção a) reescrita do pré-projeto (ou projeto) de pesquisa, a partir das leituras realizadas neste
curso que contribuíram para repensar seus estudos.
b. Diário de travessias
Ao longo da disciplina será proposta a leitura, no eixo compreender-pensar, de um total de 18 (dezoito)
textos e artigos acadêmicos. Os textos indicados deverão ser lidos previamente, bem como ser realizado
resumo ou fichamento, seguido de comentários a partir da experiência de leitura no diário de travessias.
Será entregue orientação completa para a elaboração do diário de travessias, cuja valor total é de 30% da
nota final.
c. Atividades
Em cada área temática, no eixo experienciar-querer/fazer, será proposta uma atividade voltada à produção
teórica e prática, somando um total de 6 (seis) atividades. As atividades serão propostas a partir das leituras
realizadas no eixo vivenciar-sentir.
d. Formação de acervo
Indicação e apresentação de um artigo na área. Cada estudante indicará um texto ou artigo cientifico para o
grupo, realizando a explanação e discussão do conteúdo do texto indicado.
6. Forma de registro de integralização curricular
ação horas/aula
Aulas síncronas on-line 20 Aulas assíncronas 5 Leitura e diário de travessias 15 Orientação individual 10 Elaboração trabalho final 10
5
CRONOGRAMA
0. APRESENTAÇÃO Apresentação da proposta da disciplina
Diário de travessia
Quem somos nós? Memorialma. 1. PRÁXIS Compreender-pensar:
“Notas sobre a experiência e o saber da experiência”, de Jorge Larrosa Bondía
“A teoria como prática libertadora”, de bell hooks “A decolonizar las metodologias: investigación y pueblos indígenas”, Linda Tuhiwai Smith
Vivenciar-sentir:
“O pão e a revolução”, de Ferréz “Logradouro”, de Meimei Bastos
“Seu dotô me conhece”, de Patativa do Assaré Experienciar- querer/fazer:
Atividade 1 2. EXPERIÊNCIA DE
LEITURA
Compreender-pensar:
“Escritores, intelectuais e professores”, de Roland Barthes
“Leituras de operárias”, de Ecléa Bosi
“Crise na leitura e formação de leitores: uma questão de política linguística?”, de Cristina Vergnano-Junger Vivenciar-sentir:
“Prólogo 2”, de Carolina Maria de Jesus
“Não vou mais lavar os pratos”, de Cristiane Sobral A elegância do ouriço, de Muriel Barbery
“Cartas de uma menina presa”, de Debora Diniz e Talia
“Fatumbi” de Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves
Experienciar- querer/fazer: Atividade 2
3. PRÁTICA DA ESCRITA Compreender-pensar:
“Escrita e pensamento crítico nos estudos sociais”, de Henri Giroux
“As fronteiras entre o saber orgânico e o saber sintético”, de Antônio Bispo dos Santos
“La transformación del silencio em lenguaje y acción”, de Audre Lorde
Vivenciar-sentir:
“Vida difícil com a memória”, de Szymborska “Escrevi uma história de amor”, de Natália C.
“Carta para Carolina Maria de Jesus”, de Hildalia Fernandes Cunha Cordeiro
“Da grafia ao desenho de minha mãe: um dos lugares de nascimento de minha escrita”, de Conceição Evaristo Experienciar- querer/fazer: Atividade 3 4. CONEXÃO ESCOLA (DOCENTE/DISCENTE) Compreender-pensar:
“O que é uma escola justa?”, de François Dubet “Abandonamos a sala da universidade: uma opção decolonial no estágio de inglês e na formação docente crítica”, de Mariana R. Mastrella-de-Andrade
“Brincar: o caminho desdenhado”, de Gerda Verden-Zöller e Humberto R. Maturana
Vivenciar-sentir:
“Papoulas em feltro negro”, de Lygia Fagundes Telles “Je ne parle pas bien”, de Luz Ribeiro
A terceira vida de Grange Copeland, de Alice Walker
Experienciar- querer/fazer: Atividade 4
7 5. ORALIDADE Compreender-pensar:
“Tradição viva”, de Amadou Hampatê-Bá “Erguer a voz”, de bell hooks
“Tecer histórias é como tecer uma rede de memórias”, de Célia Xakriabá
Vivenciar-sentir:
Gentileza, de Futhi Ntshingila
“Senegal”, de Maya Angelou
“Dor gravada”, de Patativa do Assaré “Garganta”, de Roberta Estrela D’Alva Experienciar- querer/fazer: Atividade 5 6. COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM (pertencimento e despertencimento) Compreender-pensar:
Pedagogia do oprimido, de Paulo Freire
“A construção de uma comunidade pedagógica”, de bell hooks
“Aprender em comunidade”, de José Pacheco Vivenciar-sentir:
Hibisco Roxo, de Chimamanda Adichie
“Eu não tenho minha aldeia”, de Eliane Potiguara Atividade/ querer-fazer:
Atividade 6 7. FORMAÇÃO DE
ACERVO
Indicação e apresentação de um artigo na área. Cada estudante indicará um texto ou artigo cientifico para o grupo, realizando a explanação e discussão do conteúdo do texto indicado.
8. LEVAR PARA A VIDA Apresentação do trabalho final, que poderá ser: a elaboração de ensaio, artigo ou relato de experiência fruto de pesquisa de campo ou pesquisa bibliográfica, fundamentado nas leituras e discussões do curso; ou a reescrita do pré-projeto (ou projeto) de pesquisa, a partir das leituras realizadas neste curso que contribuíram para repensar seus estudos.