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MÍDIAS NA SALA DE AULA: DO PROBLEMA Á SOLUÇÃO 1

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Academic year: 2021

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MÍDIAS NA SALA DE AULA: DO PROBLEMA Á SOLUÇÃO1

LOPES, Ramony Silva rlopes20111@hotmail.com

Acadêmica Bolsista do PIBID

Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes

VASCONCELOS, Valquíria Sarah de

valquiriasarahdevasconcelos@hotmail.com.br Acadêmica Bolsista do PIBID

Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes;

INTRODUÇÃO

Este século XXI é caracterizado por um mundo globalizado, altamente tecnológico, que Milton Santos chamou de meio técnico cientifico informacional. O planeta inteiro está interligado por redes de comunicações que fazem com que uma informação seja processada sobre toda a superfície do globo terrestre em questão de

minutos.

As mídias estão ao alcance de todos em uma escala global, onde dificilmente encontrará pessoas ou lugares que não possuem nenhum instrumento tecnológico. Até os ambientes mais remotos essas tecnologias conseguiram alcançar. Tudo que antes era

1 Trabalho referente as atividades desenvolvidas na Escola Estadual Américo Martins e na Escola Estadual Vereador Francisco Tófani pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-CAPES- Universidade Estadual de Montes Claros /MG – UNIMONTES. Subprojeto de Geografia - Construções geográficas; Cartografia, Mídias e educação para promoção de Saúde. Eixo: Mídias. Departamento de Geociências, Curso de Geografia/Laboratório de Educação Geográfica- LABEGEO.

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meramente local passa a assumir um caráter global neste século. Tudo gira em torno dessa globalização que afeta em maior ou em menor escala a sociedade como um todo.

Porém, quando se trata das mídias no ambiente escolar existe um entrave, durante ás aulas não é difícil de encontrar alunos desinteressados, distraídos com os aparatos tecnológicos e sem prestar atenção na fala do professor. Isso ocasiona em problemas de aprendizado e consequentemente os resultados no final do bimestre não serão os desejados.

Assim, os professores se veem diante de uma problemática. Não dá para reprimir totalmente o uso desses aparelhos, as vezes seu uso em sala de aula é até controlado, mas nunca totalmente, assim, estamos diante de uma realidade irreversível, pois, as mídias fazem parte do cotidiano dos alunos e isso é um fato concreto.

A proposta que então surge no cenário escolar é a inserção dessas, como uma ferramenta metodológica, auxiliadora no processo ensino-aprendizagem. Percebemos que cada vez mais, professores têm introduzido em suas aulas esses recursos para repassar os conteúdos e disciplinas trabalhadas em sala de aula, na intenção de atrair a atenção do aluno.

Recursos como o vídeo, a internet, o jornal, as revistas em quadrinhos fazem parte do cotidiano dos discentes, é algo que eles usam diariamente como uma forma de lazer, e o que propormos, é que usando essas mídias o aprendizado se tornará algo divertido aos olhos dos mesmos, é como sair do monótono e ir para algo mais dinâmico, mais prazeroso.

Partindo deste pressuposto, o subprojeto de Geografia da UNIMONTES (Universidade Estadual de Montes Claros): Geografia- Construções geográficas;

Cartografia, Mídias e educação para promoção de Saúde. Eixo: Mídias do PIBID (Programa Institucional de Incentivo á Docência), fomentado pelas CAPS (Coordenação de aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), vem trabalhando com duas escolas parceiras, a Escola Estadual Américo Martins e a Escola Estadual Vereador Francisco Tófani.

Através dos trabalhos com as mídias, o projeto leva pra dentro da sala de aula o uso de jornais, revistas, vídeos, blogs, cartilhas, enfim, as mídias como um todo. A

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intencionalidade deste projeto é fazer com que os alunos quebrem os conceitos de que as aulas de Geografia são chatas e monótonas. Com o uso de metodologias diferenciadas as aulas assumem um caráter mais prazeroso para os alunos.

OBJETIVOS

Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo geral, discutir como as mídias podem passar de problemas dentro da sala de aula para soluções. E seus objetivos específicos pretendem, descrever as diversas formas de utilização das mídias na sala de aula como uma ferramenta metodológica. Além de demonstrar a importância dos trabalhos desenvolvidos com a atuação do subprojeto- eixo mídias nas aulas de Geografia. E conhecer na visão dos alunos, em qual perspectiva o uso de Midas pode melhorar as aulas de Geografia.

METODOLOGIAS

A principio para que este trabalho começasse a ser desenvolvido, realizou-se uma extensa revisão bibliográfica sobre as mídias em sala de aula, bem como, seus benefícios e de que forma as mesmas estão presentes na sociedade. Essa estratégica metodológica foi utilizada com o intuito de se adquirir um maior embasamento teórico sobre o tema, tendo em vista que a maior parte do trabalho foi escrita com base em experiências como bolsista-acadêmica do PIBID.

Vale ressaltar que essa é uma pesquisa feita através das intervenções com as mídias na escola, neste caso, os trabalhos de campo foram essenciais na confecção deste artigo. É considerado aqui a importância dos trabalhos de campo, e também das intervenções nas escolas, as quais, sempre seguidas de inovações no desenvolvimento da disciplina.

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RESULTADOS

O subprojeto do PIBID, vem desenvolvendo trabalhos com as mídias desde o ano de 2012. A princípio, atuava somente na Escola Estadual Américo Martins situado no bairro Jaraguá II, na cidade de Montes Claros. Onde, o projeto trabalhava apenas com filmes, a partir do inicio de 2014 o subprojeto da universidade desmembrou-se e passou a trabalhar com as mídias como um todo. Foi onde, inseriu-se outra escola parceira, a Escola Estadual Vereador Francisco Tofáni localizada no bairro Roxo Verde na mesma cidade descrita acima.

Em ambas as escolas, antes de se começar as intervenções foi realizada uma dinâmica com os alunos chamada de grupo focal. O qual é uma técnica utilizada para se conhecer a opinião de um determinado grupo de pessoas, sobre algum assunto. Nosso objetivo em realizar essa técnica era conhecer a opinião dos alunos em relação às aulas de Geografia. Sobre a importância do grupo focal, onde, GATTI coloca que:

O grupo focal permite emergir uma multiplicidade de pontos de vista e processos emocionais, pelo próprio contexto de interação criado, permitindo a captação de significados que, com outros meios, poderiam ser difíceis de manifestar. Também ajuda o fato de o foco principal ser um tema de conhecimento e interesse de todos, facilitando as relações e interações.

(GATTI, 2005, p. 9).

Assim, através desta técnica conseguimos observar entre os alunos que eles anseiam por uma roupagem nova nas aulas, onde saísse um pouco dos métodos tradicionais e se inserisse dentro das aulas recursos mais dinâmicos capazes de despertar entre os mesmos um maior interesse pelas aulas.

Quando descrevemos aos estudantes a nossa proposta, que era ensinar a Geografia através de mídias todos se mostraram muito satisfeitos e alegaram que assim ás aulas de Geografia seria melhor, mais divertida e assim através desses meios de

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comunicação a aprendizagem se dariam de forma mais fácil e as dificuldades que possuíam seriam mais facilmente sanadas.

Sobre as principais dificuldades que encontramos com as turmas na qual trabalhamos se diz respeito ao desinteresse de alguns, as conversas paralelas e ao uso do celular nas horas indevidas. Em conversas com os professores regentes das turmas e nossos supervisores no projeto já havia sido explicado que esses seriam os problemas mais frequentes que teríamos que lidar.

Contudo, as experiências que tivemos com os filmes na Escola Estadual Américo Martins foram muito positivas. Foi trabalhado o filme “SHREK” enfocando a questão do bulling, da segregação racial, tendo em vista que no filme o Shrek que é um ogro é discriminado por ser “feio”, desastrado, assim fizemos com que os alunos fizesse uma associação com a realidade. No filme “RIO” que também foi repassado aos alunos foi tratado da questão urbanização, do crescimento desordenado das cidades. Com os filmes “ANIMAIS UNIDOS JAMAIS SERÃO VENCIDOS”, “OS SEM FLORESTA”

e “KIRIKU E A FEITICEIRA” foram discutidas questões ambientais. Sobre a importância do uso de filmes em sala de aula PETARNELLA e colaborares destacam:

O filme não deve ser trabalhado de forma casual, como se os alunos estivessem em casa assistindo. Este recurso precisa de atenção e tratamento especial, pois pode ser uma ferramenta maravilhosa dentro do contexto escolar e da realidade sociocultural que nos encontramos hoje. Os alunos devem ter a consciência de que é uma aula e o quanto é necessária a participação de todos, tanto no ver o filme como na participação após o filme, dentro da atividade realizada pela turma, para que as associações e fechamentos sejam feitos e que o filme tenha correlação com os conteúdos ensinados. (PETARNELLA, 2009, p.1)

Figura 01: Alunos da Escola Estadual Américo Martins assistindo o filme “RIO”

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Fonte: LOPES 2012

Assim, os resultados que obtivemos foram satisfatórios. A associação que queríamos que os alunos fizessem com o conteúdo e com a realidade foi alcançada.

Ainda os mesmos alegaram que passar o conteúdo através dos filmes foi pra eles uma maneira bem mais fácil de aprender.

No inicio deste ano os projetos do PIBID de Geografia da UNIMONTES se tornaram um único grande subprojeto, se dividindo em eixos temáticos. O eixo o qual está sendo citado no trabalho, é Mídias. Onde, além de atender a Escola Estadual Américo Martins passa também a atender a Escola Estadual Vereador Francisco Tófani.

Nestes primeiros meses, foram introduzidas nas aulas de Geografia mídias diversas. Onde, já podem perceber o quanto os alunos se mostraram satisfeitos e interessados nas aulas. Vale ressaltar que isso não quer dizer que antes das intervenções os alunos não gostavam das aulas. A pretensão é demonstrá-los, que quando é oferecido aos estudantes algo novo e dinâmico, tem grandes chances de atrair mais a atenção e despertar o interesse dos mesmos. Consequentemente resultando em uma melhor aprendizagem. Isso talvez se deva ao fato de que os alunos se sentem parte integrante e ativa neste processo, pois passa assim a ter um papel mais atuante e efetivo na sala de aula.

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Quanto as intervenções na E. E. Vereador Francisco Tófani, que iniciou neste ano de 2014, percebe-se que os alunos ansiavam por aulas com o uso de recursos diferentes. Assim, nessas intervenções de primeiro momento, optou-se por passar um filme e tratar sobre o bulling e após isso propor uma atividade na qual eles confeccionariam jornais, cartilhas e vídeos dando depoimentos, fazendo desenhos, comentários sobre o bulling. Na confecção do jornal, eles tiveram espaço para colocarem curiosidades e serviços de utilidades públicas sobre o bairro. Assim sendo uma atividade de grande relevância, onde, CAIADO fala sobre essa importância do uso de jornais na escola:

O jornal é um material considerado rico, desde que utilizado com sabedoria e principalmente planejamento. O jornal oferece uma visão ampla e atualizada que proporcionam o trabalho em conjunto dos recursos que a comunicação oferece, juntamente com tabelas, gráficos, assuntos que exploram a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade. [...] Enquanto educador, o ideal é favorecer a interação do aluno com a realidade social, sendo o jornal considerado uma das fontes para atingir tal objetivo. O jornal coloca o aluno na vivência e reflexão da atualidade, tornando um ser ativo e consequentemente participativo da realidade social. (CAIADO, 2014, p.1)

O trabalho com os jornais foi importante para os alunos, no sentido de incentiva- los a leitura e despertar nos mesmo o prazer em escrever seus próprios textos. O que os ajudaram a compreender melhor a essência da atividade. Pois, ao produzirem o material para a confecção do jornal, foi possível observar que eles não só adquiriram mais conhecimento sobre o assunto, como, refletiram sobre a gravidade de um problema que se presente na sociedade atual, o bulling. Entendendo assim, que este deveria ser um ato onde jamais poderia ocorrer em qualquer meio.

Figuras 02 e 03: Alunos da E.E. Vereador Francisco Tófani confeccionando jornais e cartilhas

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Fonte: MIRANDA, 2014.

Ainda sobre a confecção das cartilhas e dos vídeos foi percebido que os alunos se empenharam muito nesta atividade, eles expuseram suas opiniões sobre o tema através de textos, de desenhos, dos depoimentos. O que mais surpreendeu foi que os estudantes, muitas vezes contaram experiências próprias de serem vítimas de bulling, onde, numa aula expositiva dificilmente relatariam.

Outra atividade realizada na escola foi o concurso de paródias. A proposta deste concurso era que os alunos parodiassem músicas através de temas ambientais como a água, o lixo e a poluição. Este, foi um trabalho que especialmente contou com um grande envolvimento dos alunos, até mesmo daqueles mais indisciplinados. A música é algo tão presente na vida deles que quando foi proposta a atividade eles logo começaram a desenvolver suas paródias e o resultado foi surpreendente pela criatividade tamanha que foi usada nesta atividade. FERREIRA trata desta importância da música para os alunos:

A música, som ordenado, assim como é linguagem universal também é uma linguagem por meio da qual uma ideia é mais bem difundida ao longo dos tempos [...] Com a música, possível ainda despertar e desenvolver nos educandos sensibilidades mais aguçadas na observação de questões próprias à disciplina alvo [...] A música é por essa razão, um tipo de expressão humana dos mais ricos e universais e também dos mais complexos e intricados. (FERREIRA, 2005, P.9-13).

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O uso de mídias em sala de aula tem se mostrado muito eficaz, sendo capaz de despertar nos alunos um novo olhar sobre a Geografia. O que antes era visto como um problema pelas professoras regentes agora é visto como uma maneira de ensinar, e para os alunos os aparelhos eletrônicos se tornaram muito mais do que algo para lazer e distração, passou a ser uma ferramenta útil para o ensino.

Figura 3: Concurso de Paródias na E.E.Vereador Francisco Tófani

Fonte: MIRANDA, 2014

A pesquisa está em uma fase avançada onde, foram realizadas muitas intervenções, as quais obtendo bons resultados. Sendo comprovado nos vários trabalhos escritos e publicados nessa área. Assim, o subprojeto – eixo, está com grandes perspectivas de desenvolver novas atividades nas escolas parceiras, dinamizando as aulas de Geografia.

Ainda, se cumpre em ressaltar que os métodos tradicionais como o livro didático, o quadro e giz, os mapas entre outros são recursos necessários e indispensáveis neste processo de aprendizagem. A proposta aqui é que o professor use também as ferramentas que os alunos se identificam, de certa forma, ensinando-os a desenvolver boas utilidades daqueles objetos que muitas vezes atrapalham as aulas.

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REFERÊNCIAS

ARARAL, Maria Leidiane do. Geografia escolar: Múltiplas formas de aprender.

Montes Claros, 2011.

CAIADO, E.C. Brasil Escola. A importância do jornal na escola. Canal do Educador.

Disponível em: http://educador.brasilescola.com/orientacoes/a-importancia-jornal-na- escola.htm. Acesso em 26/06/2014 ás 18h35min.

FERREIRA, Martins. Como Usar a Música na Sala de Aula. São Paulo: Contexto.

2005. (Coleção como usar na sala de aula).

LEÃO, Vicente de Paula. Ensino da Geografia e mídia: linguagens e práticas pedagógicas/ Vicente de Paula Leão; Inêz Aparecida de Carvalho Leão. -2. ed.- Belo Horizonte, MG: Fino traço,2012.144p.;Il

PETARNELLA. D; MARTINS, L. T; VENDITTI, A.C. A utilização de filmes como recurso didático nas aulas de Educação Física Escolar, revista digital, pág 1,2009.

SILVA, Luciene Amaral da. O uso pedagógico de mídias na escola: práticas inovadoras. Revista Eletrônica de Educação de Alagoas. Volume 01. Nº 01. 1º Semestre de 2013.

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