Campina Grande | Paraíba
202
0 A POESIA
SÉRGIO GAIAFI
A POESIA
2020
AGRADECIMENTO
À Fernando Almeida por ter um dia acreditado na minha maneira de vislumbrar o universo onírico do sentimento de ser poeta.
01
VIDA
Minha vida...
sempre será mais do que um poema,
que clama e canta as palavras dessa vida num assovio versejando: o amor,
e, delicadamente sorrindo para dor em momentos, memórias vivas d’alma em poesia que passa pela vida em flor declamando.
Sérgio Gaiaf
02
A SOMBRA DA BRISA Em meus versos, o pensar,
Que o vento desliza pelo meu corpo,
com o nublado vento em versos d’amor, que me faz nadar pelo mar como poesias que deslizam nas ondas do azul...
ao encontro das águas, em um lindo
olhar, mirando a estrada do sol a passar, poente,
até chegar no fndar do dia, luzente, numa lua que nasce entre as estrelas, onde a brisa do orvalho se faz brisa nua em mim, um poetizar constante,
dia após dia.
Sérgio Gaiaf
03 O HOMEM DOS LENÇOIS
O navegante dos mares infndos, em silêncio, contempla a vida ao luar,
e, ao olhar os pássaros a voarem sobre o mar, ele, declama para o céu no envolto lençol de linho, uma prece,
e, tenta sonhar no seu ninho, o poetizar com carinho
para chegar em algum lugar que possa então acordar com o poema à beira-mar.
Sérgio Gaiaf
04
VIDA NUA
Minha vida diluída nas estrelas,
fez-me chorar pela gratidão de ser feliz, e, pela certeza nua desta minha vida
que suspira todos os dias
pelo sopro de vida que foi-me dado, em doação: respiro minh’alma búdica que num refrão deu-se a auriceleste de uma nova vida em mim, viagem...
Sérgio Gaiaf
05
O SANTO
Sou grato pelo tudo em um todo em mim, que o vento leva para a aurora, o sol...
existência da essência vivifcante
pelo alvorecer do dia, em pleno voo de pássaros a cantarem para mim, singelo cantar...
numa aurora celeste,
por eu ter me tornado o santo pela benevolente fé
intrínseca n’alma em gratidão plena ao doar-me em vida silenciado
na lua que a noite presenteia-me pela crepúsculo anoitecer, o viver...
Sérgio Gaiaf
06
TODOS OS TONS...
O mar olhou-me brando...
e, quando eu o vi pela primeira vez em cores vivas de todos os tons
que banharam-me em batismo,
o meu corpo bailou sobre o arco-íris sobre o meu corpo,
onde o sol deu-me a luz em ondas e, pude, então, perceber as nuvens entrelaçadas...
num namoro de cores sem fm, que a vida deu-me todos os tons
do amor que num mergulho renasce,
o amor. Sérgio Gaiaf
07
ALDRAVIAS
I meu
amor de
ontem foi-se embora.
II amar-te
não têm mais perdão,
amar.
Sergio Gaiaf
08
III vida
d’amores perdidos no
mar
ilusório.
IV
Nunca deverias me deixado a deriva.
Sérgio Gaiaf
09 UM ADEUS
Quero falar-te de tudo que não são mais sei, porque estou solitário, vagando pelas linhas paralelas dessa minha vida diluída no silêncio d’alma fustigado, fatigada por amar-te
e não te sentir pleno em minha vida fatigada;
entretanto, eu não se devo achegar-me,
pois minhas lágrimas sobre teu ser em beijo partido pelo adeus...Não. Ficarei em silêncio!
Sérgio Gaiaf
10
HAIKAIS
As aves voam Para o infndo céu...
De cores vidas.
Sombra de flores Perfume de tulipas Jardins sem luar...
As folhas secas E os galhos caídos, E terra seca.
Sérgio Gaiaf
“Nasci para a poesia porque sou páginas da minha vida.”
Sérgio Gaiaf
o