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Academic year: 2022

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POLÍTICAS PÚBLICAS DE LEITURA:

CON VERSA SOBRE CON TEXTO ATUA L A S POLÍTICA S NACIONAIS D O LIVRO E DA LEITU RA : PA N ORA MA E MA RCOS H ISTÓRICOS (IN L, FN LIJ, PRÓ -L E R , PRO-LEITU RA , PN BE, LEI D O LIVRO, PN LL)

1. POLÍTICA S PÚ BLICAS – CON CEITOS PRIN CIPAIS 2. H ISTÓRICO DA S POLÍTICA S PÚ BLICA S D E IN CEN TIVO À LEITU RA N O BR A SIL 3. A ATUA ÇÃ O D O ESTA D O BRA SILEIRO NA Á REA D O LIVRO E DA LEITU RA 4. D OCU MEN TÁRIO: LEITURA SEM FIM

Paulo Verano 28 abr. 2020 CJE, ECA, USP

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CONVERSA SOBRE CONTEXTO ATUAL

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AULA DE HOJE 1º TEMPO

1. Políticas públicas: conceitos principais

RODRIGUES, Marta M. A. Políticas públicas. São Paulo: Publifolha, 2010; Folha Explica n. 84.

2. Histórico das políticas públicas de incentivo à leitura no Brasil

ROSA, Flávia. Histórico das políticas públicas de incentivo à leitura no Brasil. In. Revista Observatório Itaú Cultural, n. 17 (ago./dez. 2014).

São Paulo: Itaú Cultural, 2007, p. 41-47.

(4)

AULA DE HOJE 2º TEMPO

3. A atuação do Estado brasileiro na área do livro e da leitura.

(Seminário)

OLIVEIRA, Daniela Pierligi Weiers de. A atuação do Estado brasileiro na área do livro e da leitura (cap. 2). In: Políticas públicas de fomento à leitura: agenda governamental, política nacional e práticas locais.

Dissertação de Mestrado. São Paulo: Fundação Getúlio Vargas Escola de Administração de Empresas do Estado de São Paulo, 2011. (seminário) 4. Documentário: Leitores sem fim

SEABRA, Roberto. Leitores sem fim. TV Câmara, fev. 2016. 37’10’’.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=152xuy762QY>.

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1. POLÍTICAS PÚBLICAS CONCEITOS PRINCIPAIS

Referência bibliográfica:

RODRIGUES, Marta M. A. Políticas públicas. São Paulo: Publifolha,

2010; Folha Explica n. 84.

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POLÍTICAS PÚBLICAS CONCEITOS PRINCIPAIS

POLÍTICA: “No contexto da política pública, a política é entendida como um conjunto de procedimentos que expressam relações de poder e que se orienta à resolução de conflitos no que se refere aos bens públicos.” (p. 13)

POLÍTICA PÚBLICA: “É o processo pelo qual os diversos grupos que compõem a sociedade — cujos interesses, valores e objetivos são divergentes — tomam decisões coletivas, que condicionam o conjunto dessa sociedade.” (p. 13)

▪ As políticas públicas envolvem a produção de bens públicos — e não privados.

▪ Política pública: “A intervenção do Estado no ordenamento da sociedade por meio de

ações jurídicas, sociais e administrativas.” (p. 19)

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POLÍTICAS PÚBLICAS CONCEITOS PRINCIPAIS

PODER: “É a capacidade do ser humano de influenciar o comportamento de outro ser humano.” (p. 15)

▪ Max Weber: Poder é a probabilidade de um ator social (p. ex. burocracia) levar adiante a sua vontade.

▪ Aristóteles: Três tipos de poder: (1) paterno; (2) despótico; (3) político. Se o

poder é exercido pelo interesse de quem governa e de quem é governado, tem-se

o “Bom Governo”. Do contrário, tem-se o governo viciado ou nocivo à pólis.

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POLÍTICAS PÚBLICAS CONCEITOS PRINCIPAIS

ESTADO: “Conjunto de instituições públicas que envolvem múltiplas relações com o complexo social num território determinado.” (p. 17)

▪ Da organização burocrática do Estado nasce a administração pública: “O conjunto das atividades ou ações do Estado (...) que visa à execução de tarefas de interesse público”. (p. 17-18)

▪ “O Estado detém o poder e a autoridade para fazer valer, para toda a

população que vive num território determinado, as políticas que se processam

de diversos interesses, necessidades e demandas da sociedade.” (p. 18)

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POLÍTICAS PÚBLICAS CONCEITOS PRINCIPAIS

GOVERNO: “Conjunto de indivíduos que orientam os rumos da sociedade.”

(p. 19)

▪ Para atenderem às demandas e interesses da sociedade, os indivíduos que fazem parte do Governo operam por meio de sistemas complexos de

tomadas de decisões: definição de agenda; formulação, implementação e

avaliação de programa; decisão sobre o futuro da política ou programa.

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POLÍTICAS PÚBLICAS CONCEITOS PRINCIPAIS

CICLOS OU PROCESSOS DE GESTÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS:

1. Preparação da decisão política: formulação da questão a ser resolvida.

2. Formação da agenda: o problema escolhido como questão ganha status de

“problema público”. (“Janela de oportunidade”)

3. Formulação: Tradução da questão que entrou na agenda pública em desenho de programa/política.

4. Implementação: Aplicação da política pela máquina burocrática do Estado.

5. Monitoramento

6. Avaliação

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POLÍTICAS PÚBLICAS CONCEITOS PRINCIPAIS

ATORES POLÍTICOS: Aqueles que, “ao exercerem suas funções, mobilizam os recursos necessários para realizá-las” (p. 21).

▪ Podem ser: individuais ou coletivos; públicos ou privados.

INSTITUIÇÕES: “Regras formais e informais que moldam o comportamento dos atores, redefinem suas alternativas políticas e mudam a posição relativa entre

eles.” (p. 61)

▪ A eficácia das instituições políticas depende de como estas funcionam na prática.

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2. HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO À LEITURA NO BRASIL

Referência bibliográfica:

ROSA, Flávia. Histórico das políticas públicas de incentivo à leitura no Brasil. In.

Revista Observatório Itaú Cultural, n. 17 (ago./dez. 2014). São Paulo: Itaú

Cultural, 2007, p. 41-47.

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HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO À LEITURA NO BRASIL

1500 — Formar uma sociedade leitora nunca foi objetivo dos colonizadores. Durante o período colonial, a atividade editorial relacionada à publicação de livros esteve proibida. Os poucos livros eram importados da Europa. Ausência de um sistema

educacional minimamente organizado, exceto pelos jesuítas.

1549 — Jesuítas trazem os primeiros livros para o Governo Geral,

em Salvador. Objetivo principal de catequização. Marcam início

das atividades administrativas, sociais e econômicas no país.

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HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO À LEITURA NO BRASIL

Fim do século XVI — Primeira biblioteca montada em Salvador pelos jesuítas. Atividades culturais só se iniciam a partir da

instalação dos conventos dos jesuítas franciscanos, carmelitas e beneditinos. Companhia de Jesus.

1759 — Marques de Pombal expulsa jesuítas e abandona

biblioteca e acervos. Descaso, abandono e empilhamento.

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HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO À LEITURA NO BRASIL

1808 — Chegada da família real. Condições para instalação da Corte de D. João VI. Instalação da Imprensa Régia no Rio de

Janeiro (1808). Instalação de cursos superiores – Academia Real da Marinha, Cirurgia (Bahia e Rio), cursos de Direito em Recife e São Paulo (1827). Influência desses cursos no começo da atividade editorial brasileira. Livrarias serviriam de editoras para abastecer os cursos.

1809 — É publicada a primeira gazeta nacional por Silva Serva.

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HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO À LEITURA NO BRASIL

1810 — É impresso o primeiro livro no Brasil: Marília de Dirceu, de

Tomás Antônio Gonzaga.

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HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO À LEITURA NO BRASIL

1818 — Circula no Brasil a Idade d’Ouro do Brazil, graças ao editor Silva Serva. O editor Silva Serva publica cerca de 176 títulos (Religião, Direito e Medicina).

1844 — É publicado o romance A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, tido como o primeiro romance do Brasil.

Surgem primeiros jornais e gazetas.

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HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO À LEITURA NO BRASIL

Meados do século XIX até início do século XX — Primeiras editoras a configurarem uma “indústria editorial” no Brasil não vêm das universidades. Iniciam com imigrantes que se instalam no Brasil. Livrarias/editoras da época, como

Laemmert (1833) e Garnier (1844), são francesas. Nessa época, 84% da população era analfabeta. Livrarias eram também casas publicadoras. Machado de Assis elogiava

Garnier por seu corpo de funcionários fixo e pelo pagamento

de direitos autorais aos autores e aos tradutores. Surgimento

dos livreiros-editores, como Francisco Alves. É dessa época o

início da publicação de livros didáticos no país.

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HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO À LEITURA NO BRASIL

1889-1930 — Na República Velha, começa a haver uma certa expansão, com redes de educação e maior autonomia da produção artística.

1918 — Monteiro Lobato e a editora Revista do Brasil.

1926 — Lobato e a Companhia Editora Nacional. Grande influência na modernização da indústria editorial. Lobato ajudou a aumentar o número de pontos de venda de livros (papelarias, bancas, armazéns etc.). Início da venda por consignação. De 30 livrarias, número de pontos de

distribuição passa para 2 mil no país. Entre os principais autores-editores:

Monteiro Lobato e Frederico Schmidt (publicou Rachel de Queiroz,

Graciliano Ramos, Gilberto Freyre).

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HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO À LEITURA NO BRASIL

Década de 1930 — Destaca-se a Editora José Olympio. Publicação de autores que se tornariam famosos, como Graciliano Ramos, Rachel de

Queiroz, Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda. Relação tensa com

Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) de Getúlio Vargas. Nos

anos 1960, dedica-se à publicação de livros didáticos. Tem-se ainda uma

ausência de políticas nacionais de leitura. Desde o século XIX, a política

adotada no Brasil foi protecionista. Mecenato e apoio governamental a

autores.

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HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO À LEITURA NO BRASIL

1930-1945 — Período significativo para as políticas públicas brasileiras.

1937 — Criação do Instituto Nacional do Livro (INL), por iniciativa do Ministro da Educação Gustavo Capanema que se tornou decreto-lei por Getúlio

Vargas. Primeiro órgão criado para estabelecer uma política para as

bibliotecas públicas e para se responsabilizar pelo “compartilhamento, a

difusão e o uso da informação para as comunidades”. Criação da Enciclopédia Brasileira e do Plano Nacional de Educação (PNE).

Críticas ao INL: financiou a produção de editoras privadas com a compra de livros

para bibliotecas; foco somente na produção e distribuição, e não na formação de

leitores ou no incentivo a práticas de leitura. Mesmo assim, é inegável a contribuição

do INL para a difusão das bibliotecas e para a área de biblioteconomia.

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HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO À LEITURA NO BRASIL

1938 — Início de programas de distribuição de livros didáticos.

1968 — Criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pela gestão de recursos para a aquisição de obras didáticas (PNLD).

1990 — INL passa suas funções para a Fundação Biblioteca Nacional (FBN).

1992 — Surgimento do Instituto Pró-Leitura, voltado à formação continuada

de professores. Busca por corrigir os problemas do INL. Programa Nacional

de Incentivo à Leitura (PROLER): decreto 519/92 — formação de leitores

nos espaços sociais.

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HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO À LEITURA NO BRASIL

1998 — Atualização e consolidação da Lei de direitos autorais (9.610/98).

2003 — Política Nacional do Livro. Lei do Livro (10.753/03).

2004 — Lei de desoneração fiscal da produção de livro — isenção na produção, comercialização e importação — levou, de fato, à diminuição no preço do livro.

2006 — Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL).

2018 — Assinatura da Lei Castilho.

Prossegue a ausência de integração nas políticas do livro, leitura e biblioteca no país. Seria ideal unificar o programa de livros didáticos (MEC) com os

programas do Minc (Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca) e PNLL.

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HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO À LEITURA NO BRASIL

2019 — Substituição da Lei Rouanet pela Lei de Incentivo à Cultura (22 abr.).

https://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2019/04/22/o-que- bolsonaro-decidiu-mudar-na-lei-

rouanet.htm?fbclid=IwAR0FBE9dAHxjDOmLnqAs2Bsa2ooEuSq5zdsiyndOX2B

2i4fXQLr6Yr0pioM

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HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO À LEITURA NO BRASIL

Leituras complementares:

PINHEIRO, Ricardo Queiroz. In: As políticas do livro e da leitura no Brasil:

breve esboço. In: Política pública de leitura e participação social: o

processo de construção do PMLLLB de São Paulo. Dissertação de Mestrado.

São Paulo: Escola de Comunicações e Artes/Universidade de São Paulo, 2016; p. 36-63.

ROSA, Flávia & ODDONE, Nanci. Políticas públicas para o livro, leitura e

biblioteca. In: Ci. Inf. Brasília, v. 35, n. 3, p. 183-193, set./dez. 2006.

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3. A ATUAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRA NA ÁREA DO LIVRO E DA LEITURA

Seminário:

OLIVEIRA, Daniela Pierligi Weiers de. A atuação do Estado brasileiro na área do livro e da leitura (cap. 2). In: Políticas públicas de fomento à leitura: agenda governamental, política nacional e práticas locais.

Dissertação de Mestrado. São Paulo: Fundação Getúlio Vargas Escola de Administração de Empresas do Estado de São Paulo, 2011.

1 grupo: Fernanda, Arthur

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4. LEITORES SEM FIM

Documentário

SEABRA, Roberto. Leitores sem fim. TV Câmara, fev. 2016. 37’10’’.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=152xuy762QY>.

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PRÓXIMAS AULAS

5 de maio: As políticas estaduais do livro e da leitura.

Textos para seminário:

GOUVEIA, Gustavo. Caminhos percorridos pela cultura da leitura. In: Revista

Observatório Itaú Cultural, n. 17 (ago./dez. 2014). São Paulo: Itaú Cultural, 2007, p. 116-126.

NETO, José Castilho Marques. Acesso, Mediação e Encantamento! Plano Estadual do Livro e Leitura do Rio de Janeiro. In: Plano Estadual de Cultura. Rio de Janeiro:

Secretaria de Estado de Cultura/Governo do Rio de Janeiro, 2012; p. 1-4.

1 grupo: Amanda, Mariana, Isabella

Referências

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