Adaptação ao meio aquático:
Aprofundamento nos princípios básicos para o início
da aprendizagem
Fases do desenvolvimento motor
De acordo com Gallahue e Ozmun (2013), o modelo das fases do desenvolvimento motor sugerido em níveis para o aprendizado das novas habilidades e padrões motores, inclusive para as habilidades aquáticas, que independem da idade, as diferenças serão encontradas apenas no tempo gasto em cada nível.
Natação sob o ponto de vista da psicomotricidade
Segundo Fonseca (2004), a motricidade aquática solicita uma nova arquitetura psicomotora diferente da terrestre em função da atenuação da gravidade.
• Interação entre impulsão e gravidade;
• Equilíbrio horizontal (novos conjuntos de informações);
•A melodia práxica conjugada com o equilíbrio respiratório e espacial, põe em jogo novos sistemas e novos esquemas de independência.
•A interação sensorial na água tem de ser aprendida em um ambiente de segurança, conforto e prazer que ocorram nos processos neurológicos a função adaptativa e a realização do desempenho motor, ilustrando uma organização de componentes psicológicos, harmoniosos e funcional.
Natação sob o ponto de vista da psicomotricidade
• A todo momento na água, o cérebro recebe informações oriundas dos olhos, pele, músculo, gravidade, da impulsão, flutuação, etc. e isto requer novos arranjos posturais e locomotores (propulsivos).
•A interação sensorial na água tem de ser aprendida em um ambiente de segurança, conforto e prazer que ocorram nos processos neurológicos a função adaptativa e a realização do desempenho motor, ilustrando uma organização de componentes psicológicos, harmoniosos e funcional.
• Essas informações devem ser organizados em um tráfego neurológico propício, caso isto não ocorra o comportamento aquático será inadequado e desajustado.
O ser práxico e aprendizagem da natação
• Segundo Ajuri (2004), a aprendizagem situa-se em três níveis:
• Corpo Agido;
• Corpo Atuante;
• Corpo Transformador.
Corpo Agido
A criança experimenta e apropria-se do meio envolvente com o espaço subjetivo, por meio da interação, intencional e recíproca com o “outro”.
• Na primeira fase o professor deve co-explorar o meio aquático em várias formas, tátil, sinestésica, vestibular (equilíbrio), proprioceptiva, auditiva, visual, etc. objetivando a apropriação da imagem corporal da criança, proporcionando o ajustamento do corpo e do cérebro à água por meio da descoberta que tragam respostas adaptativas, e estas são mais motoras que mentais e mais emocional que cortical.
• Neste momento é crucial os momentos de criação, alegria, conforto, segurança, confiança e satisfação na água.
Corpo Agido
A criança experimenta e apropria-se do meio envolvente com o espaço subjetivo, por meio da interação, intencional e recíproca com o “outro”.
• Na primeira fase o professor deve co-explorar o meio aquático em várias formas, tátil, sinestésica, vestibular (equilíbrio), proprioceptiva, auditiva, visual, etc. objetivando a apropriação da imagem corporal da criança, proporcionando o ajustamento do corpo e do cérebro à água por meio da descoberta que tragam respostas adaptativas, e estas são mais motoras que mentais e mais emocional que cortical.
• Neste momento é crucial os momentos de criação, alegria, conforto, segurança, confiança e satisfação na água.
Corpo Agido
Corpo Atuante
A criança aperfeiçoa os vários graus de liberdade diante do “outro” e ao meio exterior como espaço pré-determinado.
• Nesta segunda fase é o momento de enriquecimento adaptativo as sensações decorrentes do meio aquático. As respostas adaptativas serão produzidas desde que o corpo atuante organize as sensações proprioceptivas e intra-somáticas e as sensações exteroceptivas do envolvimento com a água.
Corpo Atuante
Corpo Transformador
A criança assume o papel de ator, de criador e ser práxico.
• Na terceira fase da aprendizagem da natação entra em jogo o “corpo transformador” visando otimização das interações sensoriais que pode implicar em deslocamentos coordenados e construtivos, no a dimensão e a profundidade lúdica das competências junto ao meio aquático entendidas como subsídio básico para a iniciação esportiva diante de um planejamento pedagógico e opcional de competição.
Corpo Transformador
As atividades aquáticas para o bebê
• A natação para o bebê pode ser traduzida em uma atividade de educação para o lazer e também a noção de sobrevivência da formação integral do ser e de uma possível iniciação ao aprendizado básico dos estilos natação.
• A partir de 3 meses aos 2 anos.
• Ações motoras estão ligadas ao desenvolvimento da maturação neurológica e de um sistema auto-organizável.
• Deve respeitar os estágios de inibição dos reflexos primitivos que são suprimidos no primeiro ano de vida gradualmente.
• Nos primeiros 6 meses as habilidades perceptivo-visual se desenvolvem rapidamente e com ela a sensibilidade a luz, acuidade visual, visão periférica, percepção de profundidade, entre outras.
As atividades aquáticas para o bebê
• Embora o bebê tenham permanecido imerso no líquido amniótico durante nove meses, após o nascimento há necessidade de fazer a adaptação.
• Água em torno de 32°c.
• Ambiente calmo, alegre colorido.
• Dependências da piscina devem ser adaptadas.
• Verificar horário de sono e alimentação do bebê.
• Aulas junto com os pais.
Bases da natação
• Pedagógicas (metodologia, estilos de ensino, didática, etc.).
• Psicológicas (ambiente, relações pessoais, sentimentos, motivação, experiência).
• Mecânicas (hidrodinâmica, leis físicas, aplicação de forças, resultantes, outros).
• Bio-fisiológicas (funções do corpo humano,
respostas aos estímulos, nutrição, etc) .
Adaptação ao meio Aquático - Atividade
• Utilização de duchas ou banhos de mangueiras no recinto da piscina.
• Alunos sentados na borda da piscina, batimento de membros inferiores.
• Entrar e sair da piscina, pelas bordas ou escadas.
• Passeios aquáticos, reconhecimento geral da piscina, andar livremente ou provocado pelo professor.
• Atividades lúdicas em geral propostas pelo professor ao aluno ou grupo.
• Jogos individuais ou em grupos.
Flutuação (Equilíbrio)
• Provar que é possível o aluno pode flutuar no meio aquático,
• Criar situações motivantes para que o aluno possa perder e recuperar o equilíbrio,
• Propiciar ao aluno situações-problemas, no sentido de imergir completamente a cabeça,
• Idem ao anterior, porem com um tempo maior de imersão e com possibilidade de permanecer com os olhos abertos
• Provocar o contato com a água e sentir a resistência que esta oferece.
• Proporcionar condições para que o aluno tenha mobilidade na água.
• Provocar situações que o aluno resolva os problemas de equilíbrio na água.
• Outros que o professor possa identificar como necessário à aquela turma ou aluno.
Flutuação (Equilíbrio) - Sugestão
• Utilizar como musiquinha Pula pula seu sapão vou encostar minha: mãozinha...; meu cotovelinho...; meu joelhinho...; minha barriguinha...; meu bumbum...; meu peitinho...; no chão.- Boa tarde Dona Água (moradora no fundo da piscina)
• Pegar objetos no fundo da piscina.
• Imitar: um xis, um triângulo, um pastel, uma bola... na água.
• Imitar um foguetinho sem movimentos
Flutuação (Equilíbrio) – Observação do professor
• É muito importante nesta unidade que o aluno perceba as possibilidades de deitar e levantar tranquilamente (perder e recuperar o equilíbrio).
• Perceber que pode flutuar (permanecer um tempo próximo da superfície).
• Observar que mesmo flutuando possa mudar de posição.
• Perceber que afundar o rosto na água não irá lhe fazer
mal e dominando o bloqueio respiratório poderá contar
com recursos de segurança.
Respiração
• Imersão completa da cabeça.
• Imersão completa prolongada.
• Respiração aquática.
• Educação respiratória.
• Respiração frontal.
• Respiração lateral.
• Respiração bilateral.
Respiração - Sugestão
• Variações das atividades utilizadas na unidade flutuação.
• Brincar de assoprar (bexigas, canudinhos, bolinhas de tênis de mesa, etc.
• Assoprar livremente pela boca na água, pelo nariz de formas variadas.
• Brincar 2 a 2, frente a frente de mãos dadas de gangorra (um sobe enquanto outro desce)
• Idem ao anterior, mostrar números variados de dedos com o objetivo de fazer com que o outro abra os olhos debaixo da água e identifique a quantidade.
• Brincar repetidamente afundar e sair da água 10, 20, 30 ou
40 vezes.
Respiração – Observação do professor
• Neste momento a criança deve dominar a inspiração (fora da água, pela boca) e expiração (dentro da água, pelo nariz se precisar pela boca).
• Verificar e “impedir” que a criança passe a mão pelo rosto (ocupar suas mãos).
• Evitar que as crianças balancem a cabeça com intuito de eliminar a água do rosto.
• Seus movimentos respiratórios não devem ser
“explosivos” e sim suaves.
• Evitar ao máximo que as mãos sejam levadas as narinas.
Propulsão
• Noções de propulsão deslocar-se com movimentos próprios sem auxílio de materiais, tanto na superfície como abaixo dela.
• Nado cachorrinho.
• Propulsão de membros inferiores.
• Propulsão de membros superiores.
• Coordenação de membros inferiores e superiores.
• Iniciação da respiração lateral.
• Sincronismo geral (estilo crawl).
Propulsão - Sugestão
• Empurrar o chão, a parede para pequenos e grandes deslizamentos.
• Solicitar ou elaborar conteste que objetivem a permanência em deslize a maior distância possível.
• Solicitar que as crianças movimentem os membros inferiores ( de acordo com a cultura local.
• As crianças poderão cantar e executar os gestos da musiquinha “...puxa, puxa, puxa a vassoura da bruxa, puxa ...(repetir)
• Solicitar aos alunos que os mesmos imitem as pás um ventilador ou os remos de um caiaque.
• Colocar algumas referências fora da piscina em um dos
lados e pedir aos alunos que quando um dos remos ou
pás passarem por baixo da água, o rosto deverá virar para
o lado do referido referencial.
Propulsão – Observação do professor
• Verificar se a criança consegue deslizar aproximadamente uns 6 metros sem auxilio de movimentos propulsivos.
• Aproveitar os recursos utilizados pelos próprios alunos como sugestões de encorajamento “ vamos imitar tal ou tal aluno”. Como é conhecido e fácil de exercitar os alunos farão os movimentos alternados de membros inferiores.
• Com o conhecimento acima os alunos serão capazes de utilizarem os MMSS alternadamente em baixo da água, neste momento o rosto deverá permanecer em baixo da água, elevando somente quando não suportar mais o bloqueio.
• Quando o aprendiz estiver iniciando a tomada de ar lateral, solicitar para que permaneça com a face encostada na superfície da água e também evitar olhar para frente no momento da expiração.
• Pedir ao aprendiz uma certa eficiência quanto ao número de repetições em relação a quantidade de braçadas/ inspirações/
expirações.
Mergulho Elementar
• Propiciar aos aprendizes saltos de fora para dentro da água. Incentivar a entrada na água com saltos em pé, agachados, em posição obliqua em relação a superfície da água e em posição invertida.
• Promover atividades onde os saltos sejam dados de locais mais altos do que as bordas da piscina bem como seu aproveitamento do deslize para chegar o mais longe possível. provar que a natação é divertida
• Criar situações motivantes para o contato com água;
• Molhar o corpo, rosto, em si e nos amigos.
• Provocar o contato com a água e sentir a resistência que esta oferece.
• Proporcionar condições para que o aluno tenha mobilidade na água.
• Provocar situações que o aluno resolva os problemas de equilíbrio na água,
• Outros que o professor possa identificar como necessário a aquela turma ou aluno.
Mergulho Elementar - Sugestão
• Saltar de fora para dentro partindo da posição em cócoras, em pé ou andando entrando na água em pé.
• Saltar de fora para dentro partindo de uma posição sentada bem próxima da superfície da água.
• Saltar partindo de uma posição onde um dos joelhos permaneça apoiado no solo enquanto o outro estará estendido para trás.
• Saltar partindo da posição em pé com os membros inferiores em semi-flexão.
• Saltar de lugares mais altos que a borda da piscina, variar posições.
Mergulho Elementar – Observação do professor
• Para estas atividades é imprescindível que seja observada a profundidade da piscina, pois existe a possibilidade do aluno chocar- se com o fundo.
• Alguns alunos podem temer este tipo de atividade e cabe ao professor incentivá-lo porém obedecendo os princípios psicológicos.
• Para aumentar a motivação o professor poderá criar situações agradáveis com musicas, materiais coloridos (arcos, cordas elásticas, materiais que afundam entre outros) de suma importância que nesta unidade o aluno sinta-se muito à vontade, motivado e seguro.
• Ao promover os saltos de lugares mais alto observar principalmente a maneira com que o corpo do aluno venha a romper a superfície da água.