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ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS Cap Inf RONEY MAGNO DE SOUSA O EMPREGO DE UMA COMPANHIA DQBRN EM APOIO A UMA BRIGADA DE INFANTARIA MECANIZADA NO ATAQUE Rio de Janeiro 2019

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Cap Inf RONEY MAGNO DE SOUSA

O EMPREGO DE UMA COMPANHIA DQBRN EM APOIO A UMA BRIGADA DE INFANTARIA MECANIZADA NO ATAQUE

Rio de Janeiro

2019

(2)

O EMPREGO DE UMA COMPANHIA DQBRN EM APOIO A UMA BRIGADA DE INFANTARIA MECANIZADA NO ATAQUE

Dissertação de Mestrado apresentada à Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, como requisito parcial para a obtenção do grau de mestre em Ciências Militares.

Orientador: Cel Com Carlos Henrique do Nascimento Barros.

Rio de Janeiro

2019

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O EMPREGO DE UMA COMPANHIA DQBRN EM APOIO A UMA BRIGADA DE INFANTARIA MECANIZADA NO ATAQUE

Dissertação de Mestrado apresentada à Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, como requisito parcial para a obtenção do grau de mestre em Ciências Militares.

Aprovado em 03 de dezembro de 2019.

COMISSÃO DE AVALIAÇÃO

___________________________________

NELSON DE SOUZA JÚNIOR – CEL Presidente

____________________________________________

SÉRGIO LUIZ AUGUSTO DE ANDRADE – TC 1° Membro

_____________________________________________________

CARLOS HENRIQUE DO NASCIMENTO BARROS – CEL

2° Membro

(4)

A Deus que, na sua infinita bondade, tem permitido muitas bênçãos em minha vida.

Ao Cel Nascimento, meu orientador, pela paciência, dedicação e cordialidade durante os trabalhos da presente dissertação.

Ao Cel Vasconcelos, Comandante do 1° Btl DQBRN e ao Maj Brezolini, Comandante da Cia DQBRN do COPESP, pela amizade e pelo apoio incondicional à Seção DQBRN da EsIE e às pesquisas de campo deste trabalho acadêmico.

Ao Ten Cel Lorenzoni, Oficial de Ligação junto ao Centro de Excelência de Apoio à Manobra – Fort Leonard Wood e, posteriormente, Instrutor-chefe do Curso de Engenharia da EsAO, por todo o apoio durante o Curso Avançado de DQBRN no Exército Americano e durante as pesquisas de campo.

Ao Ten Cel Netis, Comandante da Escola de Instrução Especializada, pelo apoio às atividades de desenvolvimento de doutrina da Seção DQBRN da EsIE.

Aos diversos companheiros que contribuíram sobremaneira com a minha dissertação, entre eles: os instrutores da Seção DQBRN e os oficiais e sargentos do 1° Btl DQBRN e da Cia DQBRN do COPESP.

À minha família, em especial, à minha esposa, que diariamente me apoia em

todas as áreas da minha vida.

(5)

Apresenta estudo sobre o emprego de uma Companhia (Cia) de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN) em apoio a uma Brigada de Infantaria Mecaniza (Bda Inf Mec) no ataque, utilizando, principalmente, revisão de literatura, exercícios de mesa e observação das tropas DQBRN do Exército Brasileiro (EB).

Inicia com uma revisão dos manuais relacionados às operações ofensivas e à função de combate Proteção. Revisa os manuais DQBRN e DQBRN nas Operações, acrescentando informações oriundas de literaturas nacionais e estrangeiras, civis e militares, atualizadas e confiáveis. Traça um paralelo com a doutrina do Exército Americano para comparação e estudo de aplicabilidade na doutrina brasileira. Cria temas fictícios para exercícios de mesa com Brigadas de Infantaria Mecanizada realizando ataques. Entrevista militares de notório saber na área, quais sejam: os comandantes do 1° Batalhão DQBRN e da Cia DQBRN do Comando de Operações Especiais (COPESP). Aplica questionários em militares especializados em DQBRN que exercem funções diversas nas tropas DQBRN e obtém uma visão panorâmica que preenche as lacunas no conhecimento. Cria generalizações e propõe um manual de emprego da Cia DQBRN em apoio a uma Bda Inf Mec no ataque.

Palavras-chave: Companhia DQBRN. Brigada de Infantaria Mecanizada.

Reconhecimento e Vigilância QBRN. Descontaminação QBRN. Proteção QBRN.

(6)

This dissertation presents an study on employment of a Chemical, Biological, Radiological and Nuclear Company (CBRN Co) in support to a Mechanized Infantry Brigade performing attacks, mainly using literature review, table exercises and observation of Brazilian Army CBRN troops. It begins with a review of field manuals related to offensive operations and warfight function Protection. It revises both brazilian field manuals CBRN and CBRN Operations, adding information from national and foreign, civil and military, current and reliable literature. It draws a parallel with US Army doctrine for comparison and applicability study in Brazilian doctrine. It creates fictitious themes of a Mechanized Infantry Brigade executing coordinated attacks to perform table-top exercises. Officers with remarkable knowledge are interviewed: 1st CBRN Battalion commander and CBRN Co (organic of the Special Operations Command) commander. Questionnaires are applied to CBRN specialists who serve in CBRN troops to get a panoramic view that fills the gaps in knowledge. It creates generalizations and proposes a field manual named CBRN Company in support to a Mechanized Infantry Brigade attacking.

Keywords: CBRN Company. Mechanized Infantry Brigade. CBRN Reconnaissance

and Surveillance. CBRN Decontamination. CBRN Protection.

(7)

Quadro 1 - Operacionalização da variável independente...28

Quadro 2 - Operacionalização da variável dependente...29

Quadro 3 - Corte cronológico para cálculo da influência das Psb Ini sobre o emprego da Cia DQBRN para cada forma de manobra...30

Quadro 4 - Relação da população...33

Quadro 5 - Delineamento da pesquisa...36

Quadro 6 - Sequência das ações para busca, crítica e tabulação dos dados...40

Quadro 7 - Relação Instrumentos/amostra/corte cronológico...42

Quadro 8 - Processos, subprocessos e tarefas do PPCOT...58

Quadro 9: Relação persistência, alvos prioritários e efeitos causados...118

Quadro 10: Relação ação fisiológica, efeitos no organismo, velocidade de ação e formas comuns de disseminação...119

Quadro 11: Agentes Biológicos - Principais informações...120

Quadro 12: Vantagens e desvantagens das Técnicas de Rec QBRN...151

Quadro 13: Dados para escolha do nível de proteção das roupas protetoras...158

Quadro 14: Exemplo de Diretriz de ciclos de trabalho, descanso e reidratação...172

Quadro 15: Níveis de descontaminação de ações a realizar...175

Quadro 16: Síndrome da Irradiação Aguda...206

Quadro 17: Sintomas de doenças resultantes da exposição aguda à radiação ionizante, em função do tempo...207

Quadro 18: Relação entre grau de ameaça e capacidade DQBRN...214

(8)

Quadro 20: Estrutura da O Op...273

Quadro 21: Índice do Manual "A Cia DQBRN em apoio a uma Bda Inf Mec no

ataque"...375

(9)

Gráfico 1: Distribuição da energia de um arrebentamento nuclear na atmosfera...124

Gráfico 2: Proporção militares de carreira/temporários...309

Gráfico 3: Proporção especializados/não-especializados...309

Gráfico 4: Área dos especialistas (combatente/logística)...309

Gráfico 5: Oficiais e ST/Sgt aperfeiçoados/não aperfeiçoados...310

Gráfico 6: Emprego do Pel Rec/Vig QBRN...311

Gráfico 7: Opinião sobre emprego do Pel Rec/Vig QBRN durante a execução do desbordamento...312

Gráfico 8: Opinião sobre logística das frações Rec/Vig QBRN...313

Gráfico 9: Opinião sobre o emprego do Pel Descon...314

Gráfico 10: Opinião quanto ao emprego da fração de Ptç Idv...314

Gráfico 11: Medidas para mitigar falta de Ap DQBRN avançado (%)...316

Gráfico 12: Opinião sobre qual tropas da Bda devem possuir Capacitação intermediária...317

Gráfico 13: Tropas que deveriam ter Cpcd DQBRN das Tr da Bda (em %)...318

Gráfico 14: Opinião sobre qual atividade QBRN engloba a PAC...319

Gráfico 15: Opinião sobre qual atividade engloba o tratamento de saúde QBRN.. 320

Gráfico 16: Opinião sobre os escalões "módulo" e "grupo"...321

Gráfico 17: Opinião sobre o escalão "pelotão"...322

Gráfico 18: Opinião sobre quem deve descontaminar a tripulação das Vtr...322

(10)

Figura 1 - Marcha para o Combate...61

Figura 2 - Aproveitamento do Êxito...62

Figura 3 - Esquema de manobra de uma DE no Desbordamento...67

Figura 4 - Operação de Envolvimento...68

Figura 5 - Divisão de Exército na Penetração...69

Figura 6 - Esquema de manobra de uma Op infiltração nível Btl...70

Figura 7 - Manutenção do Objetivo de uma brigada...100

Figura 8 - Manutenção do Objetivo de uma brigada...101

Figura 9 - Esquema de manobra de uma Bda Inf na Penetração...103

Figura 10 - Esquema de manobra de uma Bda Inf Mtz no Desbordamento ...106

Figura 11 - A Bda na infiltração tática...109

Figura 12: Perigos QBRN...117

Figura 13: DDR...122

Figura 14: DER...122

Figura 15 - Níveis de capacidade DQBRN...125

Figura 16 - Relação entre princípios e atividades DQBRN...125

Figura 17 - Organização genérica de uma om DQBRN...126

Figura 18: Níveis de detecção...128

Figura 19: Exemplo de croqui de Rec QBRN de rota...131

Figura 20: Croqui de Rec QBRN de área...132

(11)

Figura 22: Variante QBRN do Stryker americano...138

Figura 23: Variante da viatura turca PARS 6x6...139

Figura 24: Técnica do Zigue-zague...142

Figura 25: Técnica da Faixa...143

Figura 26: Técnica do Trevo...144

Figura 27: Técnica da Grade...145

Figura 28: Técnica da Triangulação...146

Figura 29: Técnica do Próximo-afastado...146

Figura 30: Técnica da Caixa...147

Figura 31: Técnica da Estrela...147

Figura 32: Técnica do Retorno e ultrapassagem...148

Figura 33: Técnica da Pernada...149

Figura 34: Técnica da Taxa de dose pré-selecionada...150

Figura 35: Formas, modos, métodos e técnicas de Reconhecimento e Vigilância QBRN...152

Figura 36: Níveis de proteção dos EPI QBRN...154

Figura 37: Tipo de EPI...159

Figura 38: Níveis de MOPP...159

Figura 39: Croqui de um APC básico...165

Figura 40: Barraca usada como ACC...166

Figura 41: Relação entre ameaça e nível de MOPP...171

(12)

Figura 43: Descontaminação de Pessoal...183

Figura 44: Descontaminação Física de Vtr...184

Figura 45: Exemplo de Tenda para descontaminação técnica...186

Figura 46: Área de Controle de Contaminação...187

Figura 47: Controle da Contaminação no modelo americano...188

Figura 48: Exemplo de Croqui de ACC a céu aberto...189

Figura 49: Exemplo de croqui de ECC a céu aberto...190

Figura 50: Predição QBRN...194

Figura 51: Ações do Ap Sau em ambiente QBRN...196

Figura 52: Sequência de evacuação de feridos QBRN...200

Figura 53: Fases do efeito biológico produzido pela radiação ionizante...207

Figura 54: Escalões DQBRN segundo o FM 3-11...233

Figura 55: Estrutura Operacional das tropas DQBRN americanas na AO do C Ex. ...234

Figura 56: Distribuição das frações QBRN americanas em um TO com três C Ex. ...235

Figura 57: Os quatro tipos de companhia DQBRN do Exército Americano...237

Figura 58: Exemplo de tempo de planejamento dentre os escalões...246

Figura 59: Ciclo das operações...246

Figura 60: O Trabalho de Comando em paralelo ao Exame de Situação...250

Figura 61: Análise da Missão...252

(13)

Figura 63: Análise do Terreno e Condições Meteorológicas...261

Figura 64: Etapas do estudo dos efeitos ambientais sobre as operações...262

Figura 65: Análise dos meios...263

Figura 66: Análise do Tempo...265

Figura 67: Análise das considerações civis...266

Figura 68: Alinhamento de conceitos...274

Figura 69: Escala de ensaios...276

Figura 70: Esquema de manobra da 41ª Bda Inf Mec no desbordamento...371

Figura 71: Esquema de manobra da 51ª Bda Inf Mec na penetração...372

Figura 72: Modelo de Matriz de Sincronização de Proteção...376

Figura 73: Lista de Meios a Defender (LMD)...377

(14)

Organograma 1 - Brigada de Infantaria Motorizada...83

Organograma 2: Capacidades QBRN para grandes forças (Major force capabilities). ...223

Organograma 3: Unidades operacionais do Corpo Químico do Exército Americano. ...224

Organograma 4: Pel Rec QBRN da Cia DQBRN de Apoio à Manobra da Bda Stryker...225

Organograma 5: Pel Descon L da Cia DQBRN Ap Man...228

Organograma 6: Cia DQBRN Ap Man...229

Organograma 7: Btl DQBRN americano...230

Organograma 8: Bda DQBRN americana...231

Organograma 9: Unidades DQBRNE americanas...231

Organograma 10: CBRN HR Co segundo Major James P. Harwell, em 2015...236

Organograma 11: 1° Btl DQBRN do Exército Brasileiro...238

Organograma 12: Cia DQBRN - COPESP...239

Organograma 13: Proposta inicial de Seç Cmdo da Cia DQBRN em Ap a uma Bda Inf Mec...244

Organograma 14: Organização de uma Cia DQBRN...330

(15)

AAe Antiaérea

ADM Armas de destruição em massa

Apvt Exi Aproveitamento do êxito

Art Artilharia

Atq Ataque

Atq Pcp Ataque principal

Atq Scd Ataque secundário

B Log Batalhão Logístico

Bda Brigada

Bia Bateria

Btl Batalhão

C Mec Cavalaria mecanizada

C2 Comando e controle

Cia Companhia

Cmb Combatentes, combate

Cmt Comandante

Coor Coordenado, coordenar

COPESP Comando de Operações Especiais

COTER Comando de Operações Terrestres

Ctt Contato

DAMEPLAN Dados médios de planejamento

DE Divisão de Exército

DECEx Departamento de Educação e Cultura do Exército

Descon Descontaminar, descontaminação

Dsb Desbordamento

E Prog Eixo de progressão

EB Exército Brasileiro

EM Estado-maior

Eng Engenharia

Env Envolvimento

EPC Equipamento de proteção coletiva

EPI Equipamento de proteção Individual

(16)

EsAO Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais

EsIE Escola de Instrução Especializada

Esqd Esquadrão

F Cmb Função de combate

F Ter Força Terrestre

FAMES Flexibilidade, adaptabilidade, modularidade, elasticidade e sustentabilidade

FTC Força Terrestre Componente

GAC Grupo de Artilharia de Campanha

GU Grande Unidade

Inf Infantaria

Infl Infiltração

Intlg Inteligência

L Aç Linha de ação

LMC Lista de meios críticos

LMD Lista de meios a defender

LP Linha de partida

M Cmb Marcha para o combate

MC Manual de campanha

Mdd Medidas

ME Manual de ensino

Mec Mecanizada

MIT Material industrial tóxico

MITMeTC Missão, inimigo, terreno, meios, tempo e considerações civis

Obj Objetivo

Of Oficiais

OM Organização militar

Op Operações, operacional

Op Ng Operações de não guerra

P Atq Posição de ataque

P Distr Posto de distribuição

PAC Predição da área contaminada

(17)

PDDMT Plano de Desenvolvimento da Doutrina Militar Terrestre

PE Polícia do Exército

PITCIC Processo de integração terreno-condições

meteorológicas-inimigo-considerações civis

Pntr Penetração

PPCOT Processo de Planejamento e Condução das Operações Terrestres

ProCol Proteção coletiva

Prsg Perseguição

Psb Possibilidade

Ptç Proteção

QDM Quadro de Distribuição de Material

QO Quadro de organização

Rec Reconhecimento

Rec F Reconhecimento em força

Res Reserva

SARP Sistema de aeronave remotamente pilotada

Seç Seção

SECOD Seção de Coordenação Doutrinária

Sgt Sargentos

SIDOMT Sistema de Doutrina Militar Terrestre

SU Subunidade

Tot Total

TTP Táticas, técnicas e procedimentos

U Unidade

VANT Veículo aéreo não-tripulado

Vig Vigilância

Z Aç Zona de ação

Z Reu Zona de reunião

(18)

1 INTRODUÇÃO ………..……….….. 19

1.1 PROBLEMA ……….………..………... 19

1.2 OBJETIVOS ………...………..………. 21

1.2.1 Objetivo geral………..………..………... 22

1.2.2 Objetivos específicos ……...………..……….…. 22

1.3 QUESTÕES DE ESTUDO..……….……….…... 22

1.4 JUSTIFICATIVAS…………..………..……….. 23

2 METODOLOGIA ……….……..………... 26

2.1 OBJETO FORMAL………..…………..……… 26

2.1.1 Variáveis………....……… 27

2.2 AMOSTRA………..………... 31

2.3 DELINEAMENTO………..………... 33

2.3.1 Procedimentos para a revisão de literatura………. 36

2.3.2 Procedimentos metodológicos………... 37

2.3.3 Instrumentos………..…....……….. 40

2.3.4 Análise dos dados……..……….... 43

3 REVISÃO DE LITERATURA……….. 44

3.1 O SISTEMA DE DOUTRINA MILITAR TERRESTRE …....……… 44

3.2 CONCEPÇÕES E CONCEITOS DOUTRINÁRIOS DAS OPERAÇÕES………. 45

3.2.1 O manual de Operações……..……….. 46

3.2.2 O manual de Operações Ofensivas e Defensivas….…...……….……. 59

3.2.3 O manual Infantaria nas Operações………..…..………….. 71

3.3 CONCEPÇÕES E CONCEITOS DOUTRINÁRIOS DA FUNÇÃO DE COMBATE PROTEÇÃO……..………...………. 74

3.4 CONCEPÇÕES E CONCEITOS DOUTRINÁRIOS DA BRIGADA DE INFANTARIA……….………. 80

3.5 TAREFAS, ATIVIDADES, POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES DA CIA DQBRN……….. 116

3.5.1 Revisão de literatura do Manual de DQBRN ……….. 116

3.5.2 Perigos e ameaças QBRN ……… 116

3.5.3 Capacidade operativa de DQBRN ……….. 124

(19)

3.5.5 A atividade de Segurança QBRN ………... 153

3.5.6 A atividade de Sustentação QBRN ……… 172

3.5.7 A atividade de Sistema QBRN ……… 190

3.5.8 O apoio de saúde em ambiente QBRN ………. 195

3.5.9 Revisão de literatura do Manual de DQBRN nas Operações …….. .. 201

3.5.9.1 Características do ambiente QBRN ……….. 201

3.5.9.2 Preparo em DQBRN ……… 210

3.5.9.3 Organização da DQBRN ………. 214

3.5.9.4 Planejamento e emprego ……… 241

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO…………...……….. 277

4.1 RESULTADOS DA REVISÃO DE LITERATURA ……… 278

4.2 RESULTADOS DAS ENTREVISTAS ……… 303

4.3 RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS ………. 308

4.4 RESULTADOS RELATIVOS AOS DAMEPLAN ………. 323

4.5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ……….. 327

5 CONCLUSÃO ……….. 328

REFERÊNCIAS……….… 332

APÊNDICES ………. 335

ANEXOS ……… 376

(20)

1 INTRODUÇÃO

Desde a Segunda Batalha de Yprès, em 22 de abril de 1915 (marco da Guerra Química Moderna), passando pelos ataques atômicos a Hiroshima e Nagasaki, e pela criação da Biopreparat (ALIBEK, 1999), surgiram novos conceitos relacionados à Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN), que hoje engloba toda gama de materiais capazes de causar destruição em massa (BRASIL, EB70-MC10.233, 2016, p. 2-1).

O presente estudo entra no bojo de uma crescente produção literária militar sobre DQBRN e pretende concluir sobre os fatores a serem considerados no emprego de uma Companhia (Cia) DQBRN.

1.1 PROBLEMA

1.1.1 Antecedentes do problema

O acrônimo QBRN reúne ameaças com características similares, no entanto, cada tipo de arma de destruição em massa (ADM) tem uma história distinta. A primeira tropa DQBRN criada para fazer face às ADM foi a Special Brigade, como se verifica no livro Chemical Soldiers (RITCHER, 2014), o qual conta a história da primeira tropa aliada criada para fazer frente aos ataques químicos alemães durante a Primeira Guerra Mundial (I GM).

E a humanidade não parou de desenvolver ADM, nas áreas química, biológica, radiológica e nuclear, por vezes, associadas a explosivos convencionais.

No campo nuclear, os eventos mais marcantes da História foram as detonações das bombas americanas Fat Man e Little Boy, sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, ao final da II GM.

Na história da Guerra Biológica, tem grande destaque a criação, na década de 1970, da Biopreparat, maior agência de Guerra Biológica da União Soviética, que chegou a ter um efetivo de quase 30.000 (trinta mil) trabalhadores, conforme explica Ken Alibek (1999), Coronel do Exército Soviético, em seu livro Biohazard.

Exemplos mais recentes do uso e da prevenção contra o uso de agentes

QBRN podem ser citados: a utilização do neurotóxico Sarin contra civis na Síria, em

(21)

2018, bem como as diversas tratativas entre o presidente americano Donald Trump e o líder norte-coreano Kim Jong-un para desnuclearização da Coréia do Norte.

No Brasil e, em particular, no Exército, os eventos mais importantes relacionados às tropas DQBRN foram:

- a criação da Companhia (Cia) Escola (Es) de Guerra Química (1953), sua transformação em Cia DQBN (1987) e em Batalhão (Btl) DQBRN (2012);

- a criação do Pel DQBN, dentro do Comando de Operações Especiais (COPESP), e sua posterior transformação para Cia DQBRN

1

;

- o emprego da Cia DQBN no apoio ao acidente radiológico de Goiânia em 1987; e

- o emprego das tropas DQBRN nos Grandes Eventos de 2007 a 2019.

Com relação à doutrina DQBRN, ressaltam-se:

- a criação da Seção DQBN da Escola de Instrução Especializada (EsIE), em 1943;

- a criação dos Cursos de Especialização em DQBRN para oficiais (Of) e sargentos (Sgt) na EsIE, em 1944;

- a publicação dos manuais C 3-40 Defesa contra Ataques QBN e C 3-5 Operações QBN, ambos em 1987; e

- a recente aprovação dos novos manuais de campanha EB70-MC-10.233 DQBRN e EB70-MC-10.234 DQBRN nas Operações, sendo que este último revogou o C 3-5.

Os dois manuais da série EB70 foram criados dentro do Plano de Desenvolvimento da Doutrina Militar Terrestre (PDDMT) 2016/2017, tendo sido enquadrados como publicações de 2° e 3° nível, respectivamente, as quais versam sobre tática dos escalões da Força Terrestre (F Ter), ou seja, a forma pela qual são empregados seus meios (BRASIL, PDDMT 2015, p. A-2).

O manual EB70-MC-10.233 caracteriza a ameaça e o perigo QBRN, explica a capacidade operativa DQBRN, detalha as atividades de sensoriamento, segurança, e sustentação, e como elas são coordenadas pelo sistema QBRN. Aborda, ainda, o Gerenciamento de Consequências e o Apoio de Saúde em ambiente contaminado.

O manual EB70-MC-10.234 relata características do ambiente QBRN e traz, nos capítulos de III a VII, considerações gerais importantes para o emprego de uma

1 BRASIL. Exército. COPESP. Disponível em <http://www.copesp.eb.mil.br/index.php/institucional-

2/14-editoria-b/78-companhia-de-defesa-quimica-biologica-radiologica-e-nuclear> 2013. Acesso

em: 16 AGO 2018, 13:30:00.

(22)

Organização Militar (OM) DQBRN, quais sejam: o preparo, a organização, o planejamento, a redução da vulnerabilidade, e a DQBRN em situação de guerra.

Os capítulos citados no parágrafo anterior variam em quantidade de informações, porém, estão todos no patamar de considerações gerais, e não se aprofundam nos detalhes que o Comandante (Cmt) de uma Cia DQBRN precisa saber.

Isso é comum no EB, onde os manuais são hierarquizados dentro de atividades afins. Exemplo deste fato é constatado na seguinte sequência: EB70-MC- 10.228 A INFANTARIA NAS OPERAÇÕES, C 7-30 BRIGADAS DE INFANTARIA, C 7-20 BATALHÕES DE INFANTARIA, C 7-10 COMPANHIA DE FUZILEIROS, e assim, sucessivamente.

Desta maneira, foram publicados os manuais DQBRN mais generalistas;

contudo, ainda não foram redigidos os manuais do Btl DQBRN, da Cia DQBRN e dos pelotões DQBRN.

1.1.2 Formulação do problema

Diante do supracitado, verificou-se a existência de lacunas no conhecimento e, para saná-las, ainda que parcialmente, formulou-se o seguinte problema:

Como empregar uma Cia DQBRN em apoio a uma Brigada (Bda) de Infantaria (Inf) Mecanizada (Mec), durante um ataque (Atq) coordenado (Coor), em operações de combate convencional?

1.2 OBJETIVOS

Como ensina Rodrigues (2006, p. 59), com o intuito de responder à pergunta formulada como problema de investigação, deve ser apresentado o objetivo geral, que descreve a finalidade principal da investigação, e os objetivos específicos, que descrevem o caminho lógico a ser percorrido para solucionar o problema.

Seguem-se, então, o objetivo geral e os específicos.

(23)

1.2.1 Objetivo geral

- Propor táticas, técnicas e procedimentos (TTP) que orientem o preparo e emprego de uma Cia DQBRN em apoio a uma Bda Inf Mec durante um ataque.

1.2.2 Objetivos específicos

- Descrever concepções e conceitos doutrinários das operações militares e da função de combate Proteção.

- Descrever concepções e conceitos doutrinários da Brigada de Infantaria.

- Descrever esquemas de manobras de ataque nível Bda dentro de temas específicos.

- Explicar as tarefas das tropas DQBRN, bem como suas possibilidades e limitações.

- Experimentar e formular Dados Médios de Planejamento (DAMEPLAN) de DQBRN.

- Analisar as informações dos objetivos supracitados e debater, por meio do PPCOT e do Exame de Situação, casos esquemáticos onde uma Cia DQBRN apoia uma Bda Inf Mec realizando um Atq Coor, para concluir sobre como a forma de manobra da Bda e as possibilidades inimigas influenciam nesse apoio.

- Organizar os fatores a serem considerados quanto à localização, logística e comando e controle (C2) das frações da Cia DQBRN, que constituirão as TTP do emprego desta Subunidade (SU) em Ap a uma Bda Inf Mec no Atq.

- Avaliar e validar as TTP relativas ao emprego de uma Cia DQBRN em Ap à uma Bda, durante exercícios de mesa.

- Elaborar uma proposta de Manual de Ensino com o título: A Companhia DQBRN em apoio a uma Brigada de Infantaria Mecanizada no Ataque.

1.3 QUESTÕES DE ESTUDO

- Quais são as concepções e conceitos doutrinários das operações e da função de combate Proteção?

- Quais são as concepções e conceitos doutrinários da Brigada de Infantaria?

- Quais os esquemas de manobra de ataque nível Bda?

(24)

- Quais são as tarefas das tropas DQBRN?

- Quais são as possibilidades e limitações das tropas DQBRN?

- Quais os DAMPELAN das tropas DQBRN?

- Como o Cmt Cia DQBRN realiza o PPCOT e o Estudo de Situação, quando em apoio a uma Bda Inf Mec no Atq Coor?

- Quais as influências do esquema de manobra da Bda na localização, logística e C2 das frações de uma Cia DQBRN em apoio a uma Bda Inf Mec?

- Quais as influências das possibilidades inimigas na localização, logística e C2 das frações de uma Cia DQBRN em apoio a uma Bda Inf Mec?

- Quais os fatores a serem considerados quanto à localização, logística e comando e controle (C2) das frações da Cia DQBRN?

- Quais as TTP aplicáveis ao emprego de uma Cia DQBRN em Ap a uma Bda Inf Mec?

- Como avaliar e validar as TTP relativas ao emprego de uma Cia DQBRN em Ap à uma Bda, durante exercícios de mesa?

1.4 JUSTIFICATIVAS

A primeira justificativa é a atualidade do tema. Além dos fatos elencados na subseção antecedentes do problema, destaca-se a situação interna corrente do Brasil, e a sua posição no cenário internacional.

A polarização política da sociedade, aliada às mudanças no poder, criou solo fértil para manifestações, nem sempre pacíficas, das quais participam movimentos sociais, políticos, religiosos, dentre outros, que podem facilmente recorrer ao uso de armamentos e explosivos convencionais, associados a agentes QBRN, para tentar alcançar, à força, seus objetivos.

Além disso, aos moldes de anos recentes, o Brasil continua a sediar grandes eventos. Em 2019, por exemplo, os jogos da Copa América ocorrerão em cinco sedes brasileiras, provavelmente, com a presença de líderes de outros países, e com possibilidade de manifestações de pessoas ou grupos que podem tentar se aproveitar da cobertura midiática para divulgar seus ideais.

Outro exemplo de tensão com repercussão internacional é o caso da fronteira

do Brasil com a Venezuela. Destarte a crise vivida no vizinho sulamericano, e a

(25)

diferença ideológica em comparação com o atual Governo brasileiro, o fato é que a região de Pacaraima tem sido palco de distúrbios que podem agravar-se.

Nesta conjuntura, “para que o EB cumpra sua destinação constitucional, deve manter a F Ter em permanente estado de prontidão”

2

, e para que uma tropa seja operativa, necessita de uma Doutrina que guie a organização do pessoal, a aquisição do material e a forma de combater (BRASIL, EB10-IG-01.005, 2017).

Por este motivo, o Comando de Operações Terrestres (COTER) publicou dois manuais recentes de 2° e 3° nível, respectivamente: o EB70-MC-10.233 (DQBRN) e o EB70-MC-10.234 (DQBRN nas Operações). O primeiro, introduz a Doutrina DQBRN, e o segundo, apresenta conceitos básicos, bem como detalhes sobre organização, preparo e emprego, sem explicar, minuciosamente, o emprego de uma Cia DQBRN.

Isso caracteriza o ineditismo da presente dissertação, pois não existe um manual de campanha ou de ensino que aborde a maior quantidade de informações possíveis sobre o emprego de uma Cia DQBRN.

A Cia DQBRN assessora e apoia as tropas valor Brigada (BRASIL, EB70-MC- 10.234, 2017, p. 4-12), e o mau desempenho de uma Cia DQBRN pode acarretar prejuízo à missão da Bda, pois esta perderá, total ou parcialmente, a proteção contra ataques ou acidentes QBRN.

Essa falta de literatura sobre a Cia DQBRN foi percebida pelo autor, que está atualmente no quarto ano como instrutor da Divisão DQBRN da EsIE, onde é realizado o Curso (C) de Especialização (Esp) em DQBRN para Of combatentes (Cmb).

Percebeu-se que, quando o Oficial realiza este curso, ele estuda a disciplina TTP, onde deve aprender, entre outras coisas, o planejamento do emprego de frações DQBRN até o nível Cia; todavia, o aluno usa apostilas antigas, não publicadas segundo as normas atuais do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), e que foram feitas muito antes dos novos manuais DQBRN.

Outro fator motivador para o presente estudo foi a obervação das tropas DQBRN do EB. O 1° Btl DQBRN e a Cia DQBRN do COPESP realizam adestramentos regulares, baseados em experiências de missões anteriores e em raciocínios dos seus comandantes, seguindo planejamentos de militares altamente

2 BRASIL. Exército. Exército Brasileiro: missão e visão de futuro. Disponível em

<http://www.eb.mil.br/missao-e-visao-de-futuro> 2018. Acesso em: 16 AGO 2018.

(26)

capacitados. A experiência dessas tropas é fonte rica de informações que, somadas a outras fontes, dentro de um processo científico, pode ser aproveitada na consolidação de um manual.

Por todas essas razões, conclui-se quanto à importância do estudo do emprego de uma Cia DQBRN em Ap a uma GU. Ele servirá de base para o adestramento das tropas DQBRN já existentes, e para o ensino da disciplina TTP do C Esp DQBRN para Of combatentes; poderá ser útil na montagem dos temas da Seção de Coordenação Doutrinária (SECOD) da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO), bem como servir de apoio para a revisão dos Quadros de Organização (QO) e Quadros de Dotação de Material (QDM) do 1° Btl DQBRN e da Cia DQBRN do COPESP.

Além de todas estas razões, é importante destacar que o objetivo maior é

manter as tropas preparadas para um possível emprego em missões reais.

(27)

2 METODOLOGIA DA PESQUISA

A seguir, demonstra-se como foi concebida a construção do conhecimento sobre o objeto de estudo e o caminho planejado para resolver o problema descrito na seção anterior.

Explica-se como foram aplicados os conceitos teóricos sobre pesquisa científica ao caso concreto do estudo do emprego da Cia DQBRN e elucidará:

- as variáveis escolhidas, o motivo da escolha, e como mensurá-las;

- detalhes diversos sobre a população e a amostra;

- o delineamento da pesquisa;

- a estratégia para absorver o conteúdo da revisão de literatura; e - os intrumentos usados para coleta de dados.

2.1 OBJETO FORMAL DE ESTUDO

O objeto formal deste estudo é o emprego de uma Cia DQBRN, em apoio a uma Bda Inf Mec. Conforme se verifica no Manual de Operações (BRASIL, 2017, EB70-MC-10.223, p. 2-22), para empregar uma Cia DQBRN (ou qualquer outra tropa do EB), utilizam-se, normalmente, o Exame de Situação e o Processo de Planejamento e Condução das Operações Terrestres (PPCOT).

O Exame de Situação é uma metodologia para estudar os fatores da decisão (missão, inimigo, terreno e condições meteorológicas, meios, tempo e considerações civis) de maneira organizada e orientada; já o PPCOT é mais amplo e usa o exame de situação para avaliar, continuamente, o planejamento, preparo e execução das operações (BRASIL, 2017, EB70-MC-10.223, p. 2-22).

Desta maneira, o estudo do emprego de uma tropa em operações terrestres se caracteriza pela aplicação do PPCOT e do Exame de Situação para analisar, contínua e sistematicamente, os fatores da decisão, os quais se referem a “tudo aquilo que pode assumir diferentes valores ou diferentes aspectos, segundo casos particulares ou circunstâncias, estando sujeitos a medição”, como explica Rodrigues (2006, p. 64).

Como seria inviável realizar exames de situações para todas as

possibilidades de ocorrência desses fatores, foi usado o recurso dos temas, nos

quais foram fixadas as variáveis intervenientes, para que, variando as formas de

(28)

manobra da Bda, bem como os ataques do Ini em cada forma de manobra, fosse deduzido em que condições de emprego uma Cia DQBRN pode proporcionar à Bda Inf Mec o maior grau de proteção possível contra Atq QBRN.

Em outras palavras, ao estudar o emprego da Cia DQBRN, valendo-se de um método científico, os fatores da decisão se constituem nas próprias variáveis dependente, independente e intervenientes, que serão explicadas a seguir.

2.1.1 Variáveis

Variável independente: a manobra e inteligência da Bda Inf Mec.

Variável dependente: o Ap da Cia DQBRN a uma GU.

Variáveis intervenientes: terreno e condições meteorológicas, meios, tempo e considerações civis.

Para estudar as variáveis, foram escolhidos aspectos mensuráveis, quantitativa e qualitativamente, e depois foram criados casos esquemáticos que pudessem simular variações possíveis de ocorrer no combate.

Em relação à variável independente (VI), foram utilizados temas com as cinco formas de manobra do ataque, variando os ataques inimigos, desde uma simples granada de mão química até bombas nucleares.

As formas de manobra foram dimensionadas nos seguintes aspectos:

- tamanho e formato das frentes e profundidades das frações da Bda;

- probabilidade de cada OM da Bda sofrer ataque.

Os ataques inimigos foram mensurados nos seguintes parâmetros:

- alcance dos meios de lançamento;

- grau de letalidade;

- nível de persistência do agente QBRN;

- tamanho da área contaminada.

Segue o quadro de operacionalização da variável independente:

Variável Dimensão Indicadores Forma de medição

Manobra e

inteligência Frente Distância entre os limites laterais e formato geométrico das zonas de ação das frações.

- Observação e medição na carta;

- Revisão de literatura.

(29)

Manobra e inteligência

Profundidade

Distância entre os limites da frente e da retaguarda e formato geométrico das zonas

de ação das frações

- Observação e medição na carta;

- Revisão de literatura.

Probabilidade de cada OM da Bda sofrer

ataque

Estimativa em razão da função de cada OM na manobra

(composição dos meios)

- Revisão de literatura;

- Questionários.

Alcance dos meios de lançamento

Ini

Características dos meios de

lançamento - Revisão de literatura.

Grau de

letalidade Características do agente

QBRN - Concentração, nível de radiação.

Nível de persistência

Características do agente QBRN

- Volatilidade, fórmula molecular, meia-vida.

Área contaminada

Características dos meios de lançamento e dos agentes

QBRN

- DAMEPLAN e escala da carta

Quadro 1 - Operacionalização da variável independente.

Fonte: O autor

Em relação à variável dependente (VD), ou seja, ao emprego da Cia DQBRN, foram dimensionadas as atividades de reconhecimento/vigilância, descontaminação e proteção, nos seguintes aspectos:

- Reconhecimento/vigilância: tamanho do eixo, área ou zona reconhecidos/vigiados;

- Descontaminação: número de pessoas e materiais descontaminados e tempo necessário para isso;

- Proteção: quantidade (Qnt) de equipamentos de proteção individual (EPI) e de proteção coletiva (EPC).

Segue quadro de operacionalização da variável dependente:

Variável Dimensão Indicadores Forma de medição Ap da Cia

DQBRN a uma GU

Localização de

cada fração Coordenadas - Distância em relação ao

Ini.

(30)

Ap da Cia DQBRN a uma GU

Reconhecimento Tamanho do

eixo/área/zona - Revisão de literatura;

- Entrevistas e questionários.

Vigilância Tamanho da área/zona

Descontaminação Efetivo e materiais - Revisão de literatura;

- Entrevistas e questionários.

Proteção Qnt EPI/EPC

Quadro 2 - Operacionalização da variável dependente.

Fonte: O autor.

Conforme nos ensina Rodrigues (2006, p. 67), ao relacionar as variáveis, surge uma correlação entre elas, uma “variação interdependente, ou seja, as variáveis modificam seus comportamentos uma em função da outra e vice-versa”.

A seguir, informa-se como foram observadas as correlações entre as variáveis.

2.1.1.1 Correlações da manobra com o apoio da Cia DQBRN

- Frente/profundidade: ao alterar a forma de manobra, há uma variação no tamanho e no formato da frente e da profundidade da Zona (Z) de Ação (Aç) da Bda, e, consequentemente, uma mudança no emprego da Cia DQBRN. Exemplo: em uma penetração ou ataque frontal, as frentes dos Btl 1° Esc estão próximas, e a profundidade não é muito grande; assim, é possível que o Pel Descon apoie tanto o Atq principal (Pcp) quanto o secundário. Na infiltração, no desbordamento e, principalmente, no envolvimento, a distância entre as frentes irá dificultar ou até impossibilitar esse apoio. Em suma, a correlação é frente/profundidade da Z Aç e possibilidade ou não de apoio a mais de uma OM, com a consequente priorização do apoio;

- Composição dos meios: para cada forma de manobra de Atq Coor, há uma

variação na composição dos meios, ou seja, na função de cada OM da Bda. Em

razão dessa função e considerando a doutrina Ini, cada OM tem maior ou menor

probabilidade de ser atacada, o que impacta, diretamente, no emprego da Cia

DQBRN. Exemplo: em uma penetração ou ataque frontal, é mais provável que o Ini

tenha condições de realizar fogos indiretos, tanto sobre o Atq Pcp quanto sobre o

secundário. Já em um envolvimento, pode ser que o Ini não seja capaz de defender

duas frentes, ou seja, ele teria que escolher uma frente para defender; com isso,

(31)

pode-se aceitar o risco de não ter disponível o apoio da Cia DQBRN em uma das frentes. Em suma, a correlação consiste na composição de meios da Bda e na priorização do apoio DQBRN.

2.1.1.2 Correlações dos Atq Ini com o emprego da Cia DQBRN

- Alcance dos meios de lançamento: quanto maior o alcance dos meios de lançamentos de agentes QBRN Ini, maior o número de tropas que podem sofrer ataque, e portanto, maior é a necessidade de proteção QBRN, e talvez essa necessidade de apoio seja maior que a capacidade da Cia DQBRN. Nesse sentido, cresce de importância o estudo das prioridades de Rec/Vig e Descon. Além disso, a própria localização das frações da Cia DQBRN será influenciada, pois deve-se buscar ficar fora do alcance Ini; assim quanto maior for este alcance, mais longe do Ini será a localização das frações da Cia DQBRN, exceto as de Rec/Vig;

- Grau de letalidade: quanto maior o grau de letalidade do agente QBRN, maior o risco de morte nas frações atacadas, mesmo que essas frações possuam capacitação básica, e maior também será a necessidade do apoio em DQBRN;

- Nível de persistência: idem ao grau de letalidade;

- Área contaminada: quanto maior for a área contaminada, menor será a liberdade de manobra, crescendo de importância o Rec de eixos/áreas/zonas alternativos.

O pesquisador entendeu que seria mais didático medir as dimensões da VI aos moldes do CAO de Infantaria da EsAO, onde são estudas as dimensões Ini para cada forma de manobra, conforme quadro cronológico abaixo:

1° Passo Escolha da forma de manobra.

2° Passo Mensuração das dimensões da Z Aç Bda Inf Mec.

3° Passo Cálculo dos impactos dessas dimensões no emprego da Cia DQBRN.

4° Passo Seleção das Linhas (L) de Ação (Aç) de emprego da Cia DQBRN.

5° Passo Simular diferentes dimensões do Ini para cada L Aç.

6° Passo Definir a melhor L Aç quanto ao emprego da Cia DQBRN para cada dimensão do Ini.

7° Passo Estabelecer generalizações.

Quadro 3 - Corte cronológico para cálculo da influência das Psb Ini sobre o emprego da Cia DQBRN para cada forma de manobra.

Fonte: O autor.

(32)

Em relação às variáveis intervenientes, considerou-se que as tropas possuem os meios previstos em QCP, tanto os existentes quanto aqueles que não foram adquiridos, mas podem ser comprados sem dificuldades.

Foram considerados terrenos de características medianas, levando em conta os seis biomas brasileiros, ou seja, terreno movimentado sem montanhas, sem vastas regiões alagadas, sem florestas densas, sem grandes áreas áridas e sem planícies extensas. Além disso, as operações ocorreram dentro de condições meteorológicas comuns (temperatura mediana, sem chuva, etc) e com pouca influência da opinião pública.

Em termos de alcances, foram esgotadas as possibilidades de localização das frações da Cia DQBRN dentro das cinco formas de manobra da Bda, bem como sua sincronização com as demais frações da Bda, ao longo da fase de preparação, Atq e consolidação.

Em termos de limites, foram excluídas possibilidades de localização que não permitissem cumprir as missões: terreno impeditivo, insuficiência de espaço para desdobramento, ocupação de áreas já previstas para outras unidades, etc. Foram excluídas, também, Op com características especiais, combate em localidade, ambientes de montanha, selva, caatinga, pantanal, etc, para que o estudo não se tornasse muito extenso.

O estudo em questão não pretendeu alterações de QCP ou QDM, porém, ao propor as medidas para o emprego de uma Cia DQBRN, naturalmente, surgiram sugestões de melhoria para aqueles documentos.

2.2 AMOSTRA

Normalmente, a amostra é utilizada para medir as dimensões das variáveis.

Salienta-se que a presente dissertação valeu-se de questões de estudo e não utilizou hipóteses com variáveis facilmente mensuráveis.

A medição das frentes e profundidades de cada forma de manobra foi

matemática. A estimativa da probabilidade de cada OM da Bda sofrer ataque, bem

como o impacto das dimensões da Z Aç da Bda no emprego da Cia DQBRN, ou

seja, a correlação da variável forma de manobra/inteligência com a localização,

logística e C2 das frações da Cia DQBRN, dependeu de análise, que variou de

pessoa para pessoa.

(33)

As pessoas escolhidas para realizar essa análise foram os especialistas em DQBRN servindo no 1° Btl DQBRN e na Cia DQBRN do COPESP. Essa foi considerada a população. Tentou-se entrevistar e questionar todos, contudo, não foi possível. Os entrevistados/questionados foram considerados a amostra.

Ao selecionar uma forma de manobra e padronizar o emprego da Cia DQBRN, o cálculo das dimensões do Ini, também, foi matemático. O impacto dos ataques Ini no emprego da Cia DQBRN dependeu de análises nem sempre consensuais.

Para calcular, quantitativa e qualitativamente, tais impactos, foram utilizados os formulários, entrevistas e exercícios de mesa aplicados a uma amostra de especialistas na área, que buscou representar, com alto grau de confiança, o pensamento de toda a população de militares DQBRN.

A análise das variáveis, como anteriormente dito, variou de militar para militar, pois cada um tem sua maneira de enxergar o combate, fruto principalmente de sua experiência profissional; porém, foi possível definir um equilíbrio, em termos de preponderância de fatores que orientam o melhor emprego da Cia DQBRN.

Como foram calculadas então a população e a amostra?

O EB dispõe de um Btl DQBRN (1° Btl DQBRN) com dupla subordinação (COTER e 1ª DE), e uma Cia DQBRN subordinada ao COPESP. Para comandar as frações DQBRN dessas tropas, os Of/Sgt realizam os Cursos DQBRN na EsIE, onde há uma Seção DQBRN com Of/Sgt instrutores com experiência em DQBRN.

Pelo motivo acima, a população de especialistas envolvidos com as missões DQBRN foi definida assim:

Qtde Posto/Grad Função

01 Cel Cmt 1° Btl DQBRN

02 Of Sp Instrutores (Instr) da EsAO 02 Cap/Ten S3/S2 1° Btl DQBRN

02 Cap S1/S4 1° Btl DQBRN

02 Cap Cmt Cia/1° Btl DQBRN

01 Maj Cmt Cia DQBRN

(34)

01 Cap S Cmt Cia DQBRN

03 Cap Instrutores Div DQBRN

02 Ten Cmt Pel Descon

02 Ten Cmt Pel Rec

01 Ten Cmt Pel Cmdo Ap

30 Sgt Cmt Gp

Resumo Parcial

04 Of Sp Cmt OM DQBRN/Instr EsAO

05 Of Itr Responsáveis (Rspnl) por Plj/

Doutrina

10 Of Itr/Sublt Envolvidos/executantes no Plj

30 Sgt Executantes do Plj

Resumo Final

04 Of Sp Cmt OM DQBRN/Instr EsAO

15 Of Rspnl/Envlv/Exec Plj

30 Sgt Exec Plj

49 militares (população)

Quadro 4 - Relação da população.

Fonte: O autor.

O cálculo da amostra

3

resultou em 45 (quarenta e cinco) especialistas de uma população de 49 (quarenta e nove), o que representa 91,84%.

Na presente Dissertação de Mestrado, foi realizada uma amostragem não probabilística e intencional, em que foram escolhidos os membros da população por aderência ao tema (vide quadro 04 – Relação da população), aos moldes do preconizado por Da Costa e Da Costa (2016, p. 43 e 44).

2.3 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Conforme ensina Rodrigues (2006, p. 69 a 73), devem ser descritos, nesta subseção, entre outras informações, o método de pesquisa, o tipo de pesquisa e as técnicas de pesquisa.

Os métodos podem ser classificados em:

3 Cálculo realizado através da calculadora amostral, online, disponível em:

http://comentto.com/calculadora-amostral/ acesso em 27 FEV 2019.

(35)

- métodos de abordagem (lógicos): dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico; e

- métodos de procedimentos (técnicos): comparativo, histórico, estudo de caso e estatístico.

A classificação do tipo de pesquisa pode ser:

- quanto à natureza: básica ou aplicada;

- quanto à forma de abordagem: quantitativa ou qualitativa;

- quanto ao objetivo geral: exploratória, descritiva ou explicativa; e

- quanto aos procedimentos técnicos: experimental, levantamento, estudo de caso, ex-post facto, pesquisa-ação e pesquisa participante.

A técnica de pesquisa é classificada quanto à obtenção de dados e pode ser coleta documental, questionário/formulário, entrevista, observação, análise de conteúdo e escalas para medir atitudes.

O método indutivo de abordagem foi utilizado durante a fase inicial da pesquisa, quando observou-se o emprego das tropas DQBRN e percebeu que, por meio de testes e processos técnicos estatísticos, poderiam ser estabelecidos os DAMEPLAN (tempo para desdobramento, deslocamento, etc) necessários aos estudos de caso de emprego da Cia DQBRN.

Contudo, o método hipotético-dedutivo predominou ao longo de todo o trabalho, dentro de uma cadeia descendente doutrinária, onde foram abordados concepções e conceitos de operações, passando pelas operações ofensivas, em particular, o ataque, mais especificamente, a Bda Inf Mec no ataque, e os fundamentos da DQBRN nas operações.

A partir daí, foi usado o silogismo para, de posse dos conhecimentos anteriormente citados, realizar estudos de caso, dentro de temas hipotéticos e construir, de maneira lógica, as premissas relativas ao emprego de uma Cia DQBRN em apoio à Bda Inf Mec.

Com relação ao método de procedimentos, predominaram os estudos de caso, com temas criados pela SECOD e C Inf da EsAO, utilizados para as formas de manobra exequíveis por uma Bda Inf Mec.

Quanto à natureza, tratou-se de pesquisa aplicada, pois visou produzir

conhecimentos para aplicação prática dirigidos ao emprego de uma tropa peculiar

(Cia DQBRN) em apoio a uma Bda Inf Mec, valendo-se, para tal, dos métodos

indutivo e, principalmente, hipotético-dedutivo, conforme explicação supracitada.

(36)

Quanto ao tipo de abordagem, a presente pesquisa foi qualitativa com apoio quantitativo (mista), onde a amostra equivaleu quase a toda a população, e onde as dimensões das variáveis foram medidas, parcialmente, com dados numéricos precisos (DAMEPLAN) e, parcialmente, através de análises de especialistas que tentaram “compreender problemas militares e conceber soluções abrangentes” (BRASIL, EB70-MC-10.223, 2017, p. 2-22).

Tentou-se ao máximo quantificar as dimensões das variáveis, porém, não foi possível determinar, exatamente, o quão correta foi cada decisão de emprego.

Essa é uma característica das operações militares. Tenta-se estabelecer critérios numéricos para embasar uma decisão, contudo, há variáveis como moral da tropa, opinião pública, perfil dos comandantes, cultura local, etc, que não são possíveis definir numericamente (BRASIL, EB70-MC-10.223, 2017, p. 2-22).

Quanto ao objetivo geral, houve a fase exploratória, com as pesquisas iniciais, de modo a familiarizar-se com o problema e construir questões de estudo e, principalmente, com os testes para consolidar DAMEPLAN.

Houve, também, a fase descritiva, após a análise semântica dos textos dos manuais e dos depoimentos colhidos em entrevistas e questionários e, o detalhamento das tarefas DQBRN, do Exame de Situação e do PPCOT.

Prevaleceu, todavia, a fase explicativa, após os estudos de caso com exercícios na carta e experimentos de campo, quando foram identificados os fatores mais importantes para o emprego de uma Cia DQBRN em Ap à Bda Inf Mtz.

Quanto ao tipo de procedimentos técnicos, foram usados a pesquisa bibliográfica, documental, experimental (DAMEPLAN) e os estudos de caso, com temas escolares desenvolvidos pela SECOD e pelo C Inf da EsAO. Nos apêndices F e G pode-se verificar os esquemas de manobra utilizados.

Com relação às técnicas de pesquisa, foi utilizada a coleta documental, principalmente, como revisão bibliográfica; os questionários/formulários e as escalas para medir atitudes, a fim de extrair dados das amostras de oficiais e sargentos; as entrevistas com os Cmt OM DQBRN, devido ao alto grau de conhecimento, não só na área DQBRN, como, também, com relação a manobras nível Bda; e a observação das tropas DQBRN em ação.

Segue-se o quadro resumo do delineamento da pesquisa:

(37)

Pesquisa Classificação Modalidade

Método De abordagem Hipotético-dedutivo

De procedimentos Estudos de caso

Tipo

Natureza Aplicada

Abordagem Mista

Objetivo Geral Explicativa

Procedimentos técnicos

Bibliográfica Documental Experimental Estudos de caso

Técnica Obtenção de dados

Coleta documental Questionários/formulários

Entrevista Observação

Quadro 5 - Delineamento da pesquisa.

Fonte: O autor.

O corte cronológico é de mais fácil visualização quando da explicação dos instrumentos. A ideia geral foi, inicialmente, dominar as concepções e conceitos doutrinários; depois, coletar dados frutos das experiências dos especialistas; e realizar testes práticos para consolidar os DAMEPLAN.

Após essa etapa, foram usados temas para as cinco formas de manobra de Atq e realizados estudos de caso para propor as TTP da Cia DQBRN. Por fim, foram testadas as TTP em exercícios que ocorrem anualmente.

2.3.1 Procedimentos para a revisão de literatura

Foi buscado o máximo de produções literárias recentes, diretamente ligadas ao tema, na busca do “estado da arte” em referências bibliográficas, incluindo:

- manuais, dissertações, revistas e livros nacionais;

- manuais, revistas e livros americanos;

- revistas especializadas em DQBRN: CBRN World, CBNW e Army Chemical Review.

A pesquisa em bases de dados eletrônicas teve as seguintes ideias-chave

pesquisadas:

(38)

- Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear;

- Companhia DQBRN;

- Batalhão DQBRN;

- Brigadas de Infantaria;

- Operações Ofensivas;

- Função de combate proteção;

- CBRN Defense;

- CBRN Company;

- CBRN Battalion;

- Warfight function Protection.

2.3.2 Procedimentos metodológicos

Antes da coleta de dados, foram revisadas as publicações literárias:

- manuais nacionais: os manuais de campanha EB70-MC-10.223 Operações, EB70-MC-10.202 Op Ofensivas e Defensivas, EB70-MC-10.228 A Infantaria nas Operações, C 7-30 Brigadas de Infantaria, EB20-MC-10.208 Proteção, EB70-MC- 10.233 DQBRN, EB70-MC-10.234DQBRN nas Operações;

- Manuais estrangeiros: os manuais americanos Protection, NATO CBRN Defence, TTP for CBRN Defense, TTP for CBRN Command and Control, CBRN Reconnaissance and Surveillance, Combined Arms Countering WMD, NATO CBRN Defence on Operations;

- Livros e revistas estrangeiros: Chemical Soldiers, Biohazard, NBCW, CBRN World.

Paralelamente à revisão bibliográfica, foram planejadas as entrevistas com militares de notório saber da área de manobra nível Bda e da área DQBRN: 01 (um) Instrutor da SECOD

4

de Infantaria, o Instrutor Chefe (Instr Ch) do Curso de Engenharia (C Eng) da EsAO, o Cmt Btl DQBRN, integrantes do EM e Cmt Cia DQBRN/COPESP (atual e dois antecessores). Seguem os objetivos que nortearam cada entrevista:

4 A Seção de Coordenação Doutrinária (SECOD) da EsAO tem por missão, entre outras,

supervisionar e coordenar a aplicação da Doutrina Militar Terrestre (DMT) brasileira no ensino da

EsAO, e conta com Oficiais possuidores do Curso de Comando e Estado-Maior (CCEM) da

Escola de Comando e Estao-Maior do Exército (ECEME).

(39)

- Instrutor da SECOD/EsAO: definição dos melhores temas para cada forma de manobra, pelo prisma do planejador da manobra;

- Instr Ch C Eng/EsAO: análise dos temas pelo prisma da função Proteção;

- Cmt Btl DQBRN: análise dos temas, correlação entre as variáveis, composição dos meios da Cia DQBRN, condutas durante Atq Ini, sob a ótica de quem cede uma fração;

- Cmt Cia DQBRN/COPESP: entendimento dos temas, correlação entre as variáveis, composição dos meios, TTP das frações da Cia DQBRN, na visão de quem comanda a Cia DQBRN.

Considerando o preconizado por Rodrigues (2006, p. 78), as entrevistas aos três primeiros militares supracitados foram semi-estruturadas, pois eles possuem mais conhecimento que o autor, e para que eles tivessem liberdade de abordar o tema de maneira mais didática, facilitando a obtenção do máximo de informações ligadas aos objetivos de cada entrevista, sem tomar direções equivocadas.

Já a entrevista com o Cmt Cia DQBRN foi estruturada, pois ele possui conhecimento equiparável ao do autor, e para que se ganhasse em riqueza de detalhes sobre as TTP da Cia DQBRN.

Os roteiros das entrevistas encontram-se nos apêndices A a E.

Foram planejados também os questionários/formulários a serem distribuídos aos Cmt Cia do Btl DQBRN, integrantes do EM Btl DQBRN, S Cmt Cia DQBRN/COPESP, 02 (dois) instrutores da Div DQBRN, Ten Cmt Pel e Sgt Cmt Gp.

A intenção foi obter o ponto de vista da “ponta da linha”, ou seja, dos executantes das missões, e deduzir possíveis influências no planejamento e emprego de uma Cia DQBRN.

Os questionários/formulários dos Cmt Cia, integrantes do EM Btl DQBRN, S Cmt Cia DQBRN/COPESP e 02 (dois) instrutores da Div DQBRN tiveram perguntas abertas e mistas. Os Ten Cmt Pel e Sgt Cmt Gp receberam perguntas fechadas.

Os modelos de questionários/formulários encontram-se nos apêndices D e E.

Importante frisar que, tanto as entrevistas quanto os questionários só foram aplicados após exaustiva revisão bibliográfica, para não se correr o risco de precisar repetir algum desses procedimentos.

Foram também solicitados exercícios à EsIE com a participação do Btl

DQBRN e da Div DQBRN. A intenção foi aproveitar os exercícios que o Btl já

(40)

realizaria, rotineiramente, para coletar dados relativos aos DAMEPLAN. Mesmo procedimento foi feito com a Cia DQBRN.

Manteve-se estreita ligação com os oficiais de operações (S3) dessas duas OM para ter acesso ao calendário de atividades das mesmas, e assim pôde planejar e coordenar observações de campo.

Exemplo: o 1° Btl DQBRN teve que desdobrar um Posto de Descontaminação Total para algumas missões. Foi marcado, então, o tempo dessa atividade em condições similares ao combate, ou seja, considerando todo o pessoal disponível e adestrado, material loteado, etc. Foram escalados observadores e avaliadores para verificar se, realmente, o Posto tinha condições de cumprir eventuais missões. Tudo foi filmado para registro da atividade e posterior análise e, até mesmo, como meio auxiliar de instruções futuras.

Assim, no primeiro exercício executado em 2019, foi solicitada a realização de um pré-teste de observação e de aplicação de alguns questionários/formulários, que serviram de base para padronizar a melhor forma de obtenção, organização e tabulação dos dados.

Como critérios de inclusão e coerência, só foram estudadas atividades passíveis de serem aproveitadas para o Ap de uma Cia DQBRN a uma Bda Inf Mec em um ataque. Isso incluiu DAMEPLAN de Descon, de Rec/Vig, e de Comunicações (Com) entre as frações, bem como informações de emprego tático das Bda Inf segundo a Doutrina brasileira.

Como critérios de exclusão e coerência, não foram estudadas atividades realizadas em um ambiente interagências; por isso, não foi considerada a participação do Btl DQBRN na Copa América, nem no Exercício Brasileiro para os Países da América Latina e Caribe (EXBRALC).

Também, não foram analisadas Op Of distintas do Atq coordenado, ou operações defensivas. Além disso, não foram aceitas informações sobre emprego tático de Bda Inf estrangeiras.

Com relação às TTP de Com, Descon e Rec/Vig, não se aprofundou em detalhes que não tivessem influência nos DAMEPLAN, ou seja, que não fossem necessários ao Plj emprego da Cia DQBRN.

A sequência das ações para a obtenção, crítica e tabulação dos dados

desejados ficou assim:

(41)

Ord Atividade Objetivo Revisão bibliográfica.

Obtenção de dados Aplicação de questionários/formulários em parte da amostra

envolvida com a execução das TTP de Descon, Rec/Vig e C2.

Observação de execução das TTP de Descon, Rec/Vig e C2.

Padronização dos DAMEPLAN.

Entrevista com os militares envolvidos no Plj do emprego das tropas DQBRN.

Análise, organização e tabulação dos dados obtidos até esse ponto e conclusão parcial das generalizações.

Teste das generalizações na turma do Estágio C2, e conclusão final.

Crítica dos dados

Quadro 6 - Sequência das ações para busca, crítica e tabulação dos dados.

Fonte: O autor.

Especificamente, para a crítica, foi planejado o seguinte roteiro de perguntas:

- O processo decisório foi realizado corretamente?

- A solução encontrada está de acordo com a Doutrina em vigor?

- A solução encontrada permite o cumprimento da missão da melhor forma possível? Há sugestões de aprimoramentos?

- A solução encontrada pode servir como um modelo para o ensino do emprego da Cia DQBRN em Ap a uma Bda?

- As soluções encontradas podem ser formatadas e compiladas em um manual de campanha ou ensino?

2.3.3 Instrumentos

Antes de citar os instrumentos, é importante relembrar os dados quantitativos e qualitativos a serem mensurados.

Dados quantitativos:

Para estabelecer DAMEPLAN, foram tabulados os seguintes dados, fruto dos exercícios práticos:

- Tempo necessário para as frações do Pelotão de Reconhecimento (Rec) e Vigilância (Vig) reconhecerem um eixo de 1 km por 50 m e uma área de 12 km² (frente da Bda);

- Frente que o Pelotão de Reconhecimento (Rec) e Vigilância (Vig) consegue

vigiar;

(42)

- Tempo de deslocamento de um Pel Descon embarcado;

- Tempo necessário para desdobrar postos de descontaminação de características diferentes em condições diferentes;

- Tempo necessário para descontaminar uma SU Inf Mtz;

- Necessidades de EPI e insumos DQBRN para proteção individual e coletiva da Cia DQBRN;

- Distâncias que permitem ao Centro DQBRN comandar e controlar suas frações;

- Influências do esquema de manobra da Bda na localização, logística e C2 das frações de uma Cia DQBRN em apoio a uma Bda Inf Mtz;

- Influências das possibilidades inimigas na localização, logística e C2 das frações de uma Cia DQBRN em apoio a uma Bda Inf Mtz.

Dados qualitativos:

- Consequências de cada forma de manobra da Bda para o emprego da Cia DQBRN;

- Consequências das diferentes estimativas que cada OM da Bda tem de sofrer ataque, para o emprego da Cia DQBRN,

- Consequências do alcance dos meios de lançamento Ini para o emprego da Cia DQBRN;

- Consequências do grau de letalidade dos Atq Ini para o emprego da Cia DQBRN;

- Consequências do nível de persistência dos agentes QBRN Ini para o emprego da Cia DQBRN;

- Consequências do tamanho da área contaminada para o emprego da Cia DQBRN.

Para medir os dados supracitados, segue resumo dos instrumentos a serem

utilizados e seu corte cronológico:

Referências

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