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PARECER ÚNICO Nº /2014 (SIAM) INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO: Revalidação da Licença de Operação VALIDADE DA LICENÇA: 8 anos

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Av. Manoel Diniz, nº145, Varginha, MG, CEP: 37062-480 Telefax: (35) 3229-1816

PARECER ÚNICO Nº 0193059/2014 (SIAM)

INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO:

Licenciamento Ambiental 00085/1980/097/2013 Sugestão pelo Deferimento FASE DO LICENCIAMENTO: Revalidação da Licença de Operação VALIDADE DA LICENÇA: 8 anos

PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS: PA COPAM: SITUAÇÃO:

Licença de Operação 00085/1980/078/2007 Concedida

EMPREENDEDOR: Alcoa Alumínio S.A. CNPJ: 23.637.697/0001-01 EMPREENDIMENTO: Alcoa Alumínio S.A. CNPJ: 23.637.697/0001-01

MUNICÍPIO: Poços de Caldas ZONA: Urbana

COORDENADAS GEOGRÁFICA

(DATUM): SAD 69 LAT/Y -21º 50’ 38” LONG/X -46º 35’ 20”

LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO:

INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO USO SUSTENTÁVEL X NÃO BACIA FEDERAL: Rio Grande BACIA ESTADUAL: Rio Mogi-Guaçu/Pardo

UPGRH: GD6 SUB-BACIA: Ribeirão das Antas

CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSE B-04-01-4 Metalurgia dos metais não-ferrosos em formas primárias, inclusive metais preciosos 3 CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO: REGISTRO:

Engenheiro de Minas – Ciro Terêncio Russomano Ricciardi CREA/SP 600871181

RELATÓRIO DE VISTORIA: 206/2013 DATA: 06/12/2013

EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA Marianne da Cunha Barros – Analista Ambiental (Gestora) 1224641-9 Original Assinado Leandro Alvarenga Ueda – Analista Ambiental 1316685-5 Original Assinado Fabiano do Prado Olegário – Analista Ambiental de Formação Jurídica 1196883-1 Original Assinado De acordo: Jandyra Luz Teixeira – Diretora Regional de Apoio Técnico 1150868-6 Original Assinado De acordo: Anderson Ramiro Siqueira – Diretor de Controle Processual 1051539-3 Original Assinado

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1. Introdução

O empreendimento ALCOA ALUMÍNIO S.A., localizado em Poços de Caldas, formalizou processo de Revalidação da Licença de Operação dos “Filtros Horizontais para Calcinadores” em 31/10/2013 nesta Superintendência.

A Licença de Operação foi concedida durante 43ª Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Política Ambiental, realizada no dia 03/03/2008, com validade de 06 anos.

Esta atividade enquadra-se no código “B-04-01-4 – Metalurgia dos metais não-ferrosos em formas primárias, inclusive metais preciosos” da DN COPAM 74/2004, sendo classe 3, devido ao seu pequeno porte e grande potencial poluidor.

A vistoria ao empreendimento ocorreu no dia 06/12/2013, não sendo necessário solicitar informações complementares.

O Relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental – RADA foi elaborado sob responsabilidade técnica do Engenheiro de Ciro Terêncio Russomano Ricciardi, CREA/SP 600871181.

2. Caracterização do Empreendimento

Os Filtros Horizontais para Calcinadores destinam-se à separação do hidrato de alumínio do fluxo de solução cáustica. Estes substituíram os filtros a vácuo tipo tambor, ocorrendo melhorias nas condições de alimentação dos calcinadores e na qualidade do produto final. Esta substituição também proporcionou o aumento da eficiência do processo de remoção de água e consequentemente diminuição de perdas de água na etapa de calcinação. Os filtros a vácuo tipo tambor foram mantidos em condições de operação e são utilizados para a manutenção dos filtros horizontais.

A capacidade nominal instalada é de 84 t/h de Hidrato de Alumínio e o percentual médio de utilização desta capacidade nos últimos dois anos foi 52%.

O produto principal do processo de filtragem é o Hidrato de Alumínio (5 a 5,5% de umidade) e o produto secundário é a Solução Cáustica, que é recirculada na fábrica. Segue tabela contendo consumo de matéria-prima e insumos:

Matérias-primas

Identificação Fornecedor (es) Consumo mensal Máximo Atual Solução cáustica contendo Hidrato de

Alumínio Alcoa 60,48 t 39,98 t

Insumos

Identificação Fornecedor (es) Consumo mensal Máximo Atual

Condensado de vapor de água Alcoa 10.692 t 10.692 t

Água industrial Alcoa 10.800 m³ 10.800 m³

Panos filtrantes Industrial Parts &

Equipament 54,4 unidades 32

unidades

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Os filtros horizontais para calcinadores possuem quatro setores de filtragem distintos:

O primeiro setor é destinado à retirada da solução cáustica do hidrato de alumínio;

O segundo e terceiro setores são utilizados para a lavagem do hidrato de alumínio para a retirada do sódio solúvel, proveniente do hidróxido de sódio que permanece no hidrato de alumínio;

O quarto setor é utilizado para a lavagem dos panos de filtro.

O processo de filtragem começa no direcionamento da solução cáustica contendo Hidrato de Alumínio, a partir do tanque de estocagem existente situado na área de Precipitação, para os filtros horizontais.

O filtrado do primeiro setor do filtro horizontal e o filtrado obtido na lavagem dos panos são direcionados para um tanque, chamado separador de vácuo, onde ocorre a separação do filtrado e do ar atmosférico captado durante a operação de filtragem, utilizando-se para isto uma bomba de vácuo conectada ao tanque. Esse efluente é denominado filtrado forte. O filtrado forte é então direcionado para um segundo tanque.

O filtrado do segundo e terceiro setores, das etapas de lavagem da torta, também são direcionados para um tanque separador de vácuo e este efluente é chamado de filtro fraco. O filtrado fraco é então direcionado para um segundo tanque no qual é adicionado um anti-espumante e onde ocorre mistura com parte do filtrado forte, que é direcionado para este tanque por overflow (transbordo).

O filtrado misturado desse tanque é utilizado no quarto setor de filtragem, onde ocorre a lavagem dos panos. A vazão utilizada é de cerca de 20m³/h.

O excesso do segundo tanque de filtrado forte é bombeado para dois outros tanques, sendo que a escolha da direção do fluxo depende da necessidade operacional, sabendo-se que um é reserva do outro. A partir desses tanques, parte do filtrado forte (cerca de 3 a 15 m³/h) é injetado no sistema de alimentação do filtro horizontal com o objetivo de diluir e acertar a densidade do fluxo líquido na saída do tanque de estocagem. O excesso deste tanque, cerca de 15 a 30 m³/h, é encaminhado para um outro tanque. O restante do filtrado é injetado no sistema de saída do tanque de excesso, em um segundo tanque e no precipitador, com o objetivo de diluir e acertar a densidade dos fluxos líquidos dos três equipamentos, que são bombeados para o tanque de estocagem de hidrato.

O vácuo utilizado nos filtros horizontais para calcinadores é gerado por meio de duas bombas

de vácuo do tipo “anel líquido”, uma para cada filtro, situadas na parte inferior dos mesmos. A água

industrial tratada utilizada para o resfriamento e selagem das bombas de vácuo é direcionada para o

Lago de Controle da Refinaria (Lago G), por meio do sistema de drenagem pluvial implantado.

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Fluxograma do processo produtivo:

3. Utilização e Intervenção em Recursos Hídricos

O empreendimento possui Portaria de Outorga nº 03295/2010, válida até 16/12/2015, que o autoriza a captar uma vazão de 378 m³/h durante 24 h/dia, 12 meses/ano no ribeirão das Antas.

Deste total, 15 m³/h são utilizados para resfriamento e selagem das bombas de vácuo, totalizando 10.800 m³/mês.

4. Autorização para Intervenção Ambiental (AIA)

Não há e não haverá Intervenção Ambiental nesta fase do licenciamento e em qualquer outra fase do licenciamento desta unidade.

5. Reserva Legal

O empreendimento está localizado em área urbana, portanto o mesmo encontra-se

dispensado de averbação de reserva legal.

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6. Impactos Ambientais e Medidas Mitigadoras

Ocorre a geração de efluentes líquidos industriais e resíduos sólidos no fluxograma deste processo produtivo.

6.1. Efluentes Líquidos

No processo produtivo ocorre geração de efluente líquido industrial em três etapas:

Lavagem dos filtros, realizada a cada 100 horas de operação;

Sistema de alívio do demister (desumidificador); e Resfriamento e selagem das bombas de vácuo.

Não houve alteração na geração de efluente líquido sanitário do empreendimento, pois não ocorreu aumento no quadro de funcionários da Alcoa, pois na época em que foi realizada esta modificação do empreendimento não houve necessidade de aumentar o quadro de funcionários da Alcoa. Sendo assim não há que se falar em mitigação de impactos referentes á geração de efluentes sanitários bem como o seu monitoramento, tendo em vista que a empresa já possui ETE sanitária e o seu monitoramento já se encontra estabelecido na licença principal referente ao processo n°00085/1980/074/2007.

Medidas Mitigadoras: A solução da lavagem dos filtros e o vapor liquefeito do sistema de alívio do demister são encaminhados para o tanque misturador de lama e, de lá, bombeada juntamente com o resíduo de bauxita para as Áreas de Disposição de Resíduos de Bauxita – ARBs.

Da mesma forma, qualquer líquido proveniente de transbordo ou vazamento dos filtros horizontais também é caminhado para o misturador de lama e direcionado para as ARBs.

A fração líquida bombeada para as ARBs da Alcoa é recirculada no processo industrial, conforme plano de reaproveitamento hídrico existente no empreendimento.

A água industrial tratada utilizada para o resfriamento e selagem das bombas de vácuo é encaminhada para o Lago de Controle da Refinaria (Lago G) existente, onde os efluentes são controlados (caso necessário) e monitorados, antes do seu lançamento para o meio ambiente através de sistema de neutralização e controle de temperatura. Os dados qualitativos do monitoramento realizado neste lago refletem a situação geral da fábrica e não apenas dos Filtros Horizontais para Calcinadores, pois não há um monitoramento exclusivo do efluente advindo do mesmo.

6.2. Resíduos Sólidos

A cada 400 (quatrocentos) horas de operação dos Filtros Horizontais para Calcinadores, cerca de 1 (um) mês de operação, haverá a necessidade de troca dos panos filtrantes.

Medidas Mitigadoras: os panos filtrantes possuem características semelhantes aos do

resíduo de bauxita e por isso são destinados às Áreas de Disposição de Resíduos de Bauxita –

ARBs.

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Os sistemas de disposição de resíduos foram sendo aprimorados ao longo dos anos de operação da fábrica. Os depósitos são projetados e construídos de acordo com normas técnicas e especificações de engenharia mais avançadas, sendo dotados de sistemas de drenagem de fundo, impermeabilização com camada de argila compactada (inclusive nos taludes internos), membranas de PVC e Geotêxtil impregnado com calda de cimento.

A reabilitação das ARBs se dá mediante a disposição de camadas de argila compactadas para evitar a infiltração de águas pluviais, finalizando com cobertura de solo orgânico e plantio de espécies nativas.

Atualmente o empreendimento possui 09 (nove) ARBs das quais, cinco encontram-se recuperadas, uma está em reabilitação, duas estão em operação

wet (úmido) e uma está em

operação por alteamento por montante.

6.3. Emissões Atmosféricas

Não há geração de lançamento na operação dos Filtros Horizontais para Calciandores, uma vez que o empreendimento possui os sistemas de alívio de ar e vapor d’água e o vapor de alívio do demister (desumidificador) é liquefeito e misturado à solução cáustica que recircula no processo industrial.

7. Compensações

Não há incidência de compensações ambientais, tendo em vista não se tratar de empreendimento de significativo impacto ambiental, bem como por não haver intervenção em Área de Preservação Permanente – APP e/ou supressão de vegetação.

Assim, não foi determinada a incidência de compensação ambiental.

8. Avaliação do Desempenho Ambiental

Foram estabelecidas no Parecer Único n° 628148/2008 as seguintes condicionantes referentes à LO n° 010/2008, concedida em 03/03/2008.

Item Descrição Prazo

1

Apresentar cronograma de troca dos filtros, sua composição química e sua destinação quando da troca, expondo claramente a viabilidade da destinação.

120 dias

2 Apresentar caracterização dos lançamentos das emissões de vapor

d’água. 120 dias

8.1. Cumprimento das Condicionantes de LO

O empreendedor protocolou um ofício em 29/07/2008, R090878/2008, informando que os

Filtros Horizontais para Calcinadores ainda não estavam operando em modo de operação estável e

que devido a esta instabilidade operacional ainda não havia sido possível caracterizar os efluentes

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atmosféricos e o resíduo denominado panos filtrantes.

As informações solicitadas pelas condicionantes 1 e 2 foram protocoladas em 13/01/2010 sob nº R004309/2010 e informavam:

Condicionante 1: A cada 400 horas de operação dos filtros horizontais (cerca de um mês de operação) existe a necessidade de troca dos panos filtrantes, sendo que os mesmos serão encaminhados para a Área de Resíduos de Bauxita da fábrica. A caracterização do resíduo de pano de filtro, segundo a norma da ABNT NBR 10.004:2004 classificou-o como sendo IIA – Resíduo não inerte.

Condicionante 2: Após a estabilização do processo foi possível realizar a caracterização do vapor d’água que é condensado nos demisters. Durante o processo de caracterização foi verificado que o condensado coletado na entrada e saída dos demisters apresentou valores médios de pH=10,4, portanto o condensado seria conectado ao processo produtivo da refinaria.

Em 10/05/2010 o empreendedor informou através do ofício R051375/2010 que as alterações nos demisters haviam sido concluídas conforme planejado.

Portanto as condicionantes 1 e 2 foram cumpridas.

8.2. Avaliação dos Sistemas de Controle Ambiental

Conforme informado no item 6 deste parecer, ocorre a geração de efluentes líquidos e resíduos sólidos no funcionamento dos Filtros Horizontais.

Os efluentes líquidos gerados na lavagem dos filtros e no sistema de alívio do demister são encaminhados para o tanque misturador de lama e em seguida para as Áreas de Disposição de Bauxita – ARBs. A fração líquida bombeada para as ARBs é recirculada no processo industrial. Já a água utilizada para resfriamento e selagem das bombas de vácuo segue para o Lago de Controle da Refinaria (Lago G) existente, onde os efluentes são controlados e monitorados através de sistema de neutralização e controle de temperatura. Ressalta-se que o monitoramento do Lago de Controle da Refinaria (Lago G) encontra-se estabelecido na licença principal da empresa. Não há que se falar em desempenho ambiental neste momento, tendo em vista que a licença principal da empresa será revalidada em 2015, momento onde será discutido o desempenha ambiental como um todo. Porém foram consultados alguns relatórios de monitoramento referente ao Lago G, local para onde são destinados os efluentes líquidos desta sessão do empreendimento. Foram consultados aleatoriamente os seguintes protocolos R381128/2013, R25042/2012, R051308/2011. R039253/2010 e R257079/2009, nesta verificação foi constatado que o lançamento dos efluentes tratados no Lago G atendem aos limites de lançamentos estabelecidos por lei, bem como os lançamentos de efluentes sanitários tratados nas fossas sépticas 01 e 05.

Os panos filtrantes, resíduos sólidos gerados na operação dos Filtros Horizontais, possuem características semelhantes aos do resíduo de bauxita e por isso são destinados às Áreas de Disposição de Resíduos de Bauxita – ARBs.

A equipe interdisciplinar SUPRAM SM entende que as medidas de controle adotadas pelo

empreendimento são adequadas.

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Ressalta-se que a empresa deverá dar continuidade ao programa de monitoramento ambiental já definido no processo de licenciamento ambiental n.º 00085/1980/074/2007 (licença principal da fábrica).

9. Controle Processual

Este processo foi devidamente formalizado contendo um requerimento de revalidação de licença de operação – Rev. LO, que será submetido para deliberação da Unidade Regional Colegiada – URC.

A licença que se pretende revalidar vencerá em 3/11/2014. Este processo foi formalizado em 20/11/2013, com antecedência que confere ao requerente a prerrogativa da revalidação automática da licença.

A Lei Complementar nº140/2011 fixa norma para o procedimento de revalidação de licença e no parágrafo quarto do artigo 14 estabelece que a renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade, caso em que ficará automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental:

“Art. 14. Os órgãos licenciadores devem observar os prazos estabelecidos para tramitação dos processos de licenciamento.

§ 4o A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente.”

No processo de revalidação da licença de operação é analisado pelo Órgão ambiental o Relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental – RADA. De acordo com a regra extraída do inciso I do artigo 3º da Deliberação Normativa COPAM nº17/1996:

“Art. 3º - A Licença de Operação será revalidada por período fixado nos termos do art. 1º, III e parágrafo único, mediante análise de requerimento do interessado acompanhado dos seguintes documentos:

I - relatório de avaliação de desempenho ambiental do sistema de controle e demais medidas mitigadoras, elaborado pelo requerente, conforme roteiro por tipo de atividade aprovado pela respectiva Câmara Especializada.”

O Relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental - RADA é um estudo constituído pelo

conjunto de informações acumuladas durante o prazo de validade da licença. Este estudo deve

reproduzir o desempenho de cada uma das medidas de controle ambiental implantadas na empresa

para reduzir, mitigar o impacto negativo das fontes de poluição existente. Ao órgão ambiental cabe

analisar os dados e aferir a existência de desempenho ambiental destas medidas, condição sem a

qual o requerimento de revalidação da licença está fadado ao indeferimento.

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No momento da revalidação da licença será avaliado o cumprimento das condicionantes, da licença que se pretende revalidar, e o desempenho, ou seja, a eficiência das medidas de controle por intermédio da avaliação de laudos e monitoramento dessas fontes de poluição.

Segundo consta no item 8.1, dedicado a avaliação do cumprimento das condicionantes, verifica-se que o houve o cumprimento das condicionantes da licença que se pretende revalidar.

A avaliação técnica constatou desempenho ambiental das medidas de controle ambiental adotadas na empresa para amenizar, mitigar os impactos negativos que a atividade ocasiona no meio ambiente.

Tendo em vista o cumprimento das condicionantes; considerando que a avaliação do RADA demonstra a existência de desempenho ambiental das medidas de controle ambiental adotadas pela empresa para mitigar os impactos negativos da sua atividade no meio ambiente, conclui-se que a empresa faz jus a revalidação da licença de operação.

O prazo de validade da licença de operação em revalidação foi de 6 anos.

De acordo com o parágrafo primeiro do artigo 1º da Deliberação Normativa COPAM nº17/1996, que dispõe sobre prazo de validade de licenças ambientais, caso a empresa NÃO tenha sofrido aplicação de multa com decisão definitiva até a data do requerimento da revalidação, o prazo de validade da Licença terá acrescido dois anos, portanto o prazo de validade da licença será de oito anos.

“Art. 1º - As licenças ambientais outorgadas pelo Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM são: Licença Prévia - LP, Licença de Instalação - LI e Licença de Operação - LO, com validade pelos seguintes prazos:

(...)

§ 1º - Caso o empreendimento ou atividade tenha incorrido em penalidade prevista na legislação ambiental, transitada em julgado até a data do requerimento de revalidação da Licença de Operação, o prazo de validade subseqüente será reduzido de 2 (dois) anos, até o limite mínimo de 4 (quatro) anos, assegurado àquele que não sofrer penalidade o acréscimo de 2 (dois) anos ao respectivo prazo, até o limite máximo de 8 (oito) anos.”

Os custos de análise foram recolhidos conforme previsto na Resolução Semad nº 870/2009.

A Resolução SEMAD 412/1995, que disciplina procedimentos administrativos dos processos de licenciamento e autorização ambientais, determina que o Conselho não poderá deliberar sobre o pedido de licença caso seja constato débito de natureza ambiental:

“Art. 13 - O encaminhamento do processo administrativo de licença ambiental para julgamento na instância competente só ocorrerá após comprovada a quitação integral da indenização prévia dos custos pertinentes ao requerimento apresentado e a inexistência de débito ambiental.”

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Realizada consulta no Sistema Integrado de Informação Ambiental – SIAM, CERTIDÃO Nº 0172748/2014 verifica-se a inexistência de débito de natureza ambiental e, portanto, o processo está apto para deliberação do Conselho.

DE ACORDO COM PREVISÃO DO DECRETO ESTADUAL Nº 44.844/2008, EM SEU ANEXO I, CÓDIGO 124, CONFIGURA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA GRAVÍSSIMA DEIXAR DE COMUNICAR A OCORRÊNCIA DE ACIDENTES COM DANOS AMBIENTAIS ÀS AUTORIDADES AMBIENTAIS COMPETENTES. NO CASO DE ACIDENTE ENTRE EM CONTATO COM O (NEA SISEMA) (31) 98223947 e (31) 9825-3947.

10. Conclusão

A equipe interdisciplinar da Supram Sul de Minas sugere o deferimento da Revalidação da Licença de Operação, para o empreendimento Alcoa Alumínio S.A. para a atividade de “Metalurgia dos metais não-ferrosos em formas primárias, inclusive metais preciosos”, no município de Poços de Caldas, MG, pelo prazo de 8 anos, vinculada ao cumprimento das condicionantes e programas propostos.

As orientações descritas em estudos, e as recomendações técnicas e jurídicas descritas neste parecer, através das condicionantes listadas em Anexo, devem ser apreciadas pela Unidade Regional Colegiada do Copam Sul de Minas.

Oportuno advertir ao empreendedor que o descumprimento de todas ou quaisquer condicionantes previstas ao final deste parecer único (Anexo I) e qualquer alteração, modificação e ampliação sem a devida e prévia comunicação a Supram Sul de Minas, tornam o empreendimento em questão passível de autuação.

Cabe esclarecer que a Superintendência Regional de Regularização Ambiental do Sul de Minas, não possui responsabilidade técnica e jurídica sobre os estudos ambientais apresentados nesta licença, sendo a elaboração, instalação e operação, assim como a comprovação quanto a eficiência destes de inteira responsabilidade da(s) empresa(s) responsável(is) e/ou seu(s) responsável(is) técnico(s).

Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção, pelo requerente, de outras licenças legalmente exigíveis. Opina-se que a observação acima conste do certificado de licenciamento a ser emitido.

11. Anexos

Anexo I. Relatório Fotográfico da Alcoa Alumínio S.A.

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ANEXO I

Relatório Fotográfico da Alcoa Alumínio S.A.

Empreendedor: Alcoa Alumínio S.A.

Empreendimento: Alcoa Alumínio S.A.

CNPJ: 23.637.697/0001-01 Município: Poços de Caldas

Atividade: Metalurgia dos metais não-ferrosos em formas primárias, inclusive metais preciosos.

Código DN 74/04: B-04-01-4 Processo: 00085/1980/097/2013 Validade: 8 anos

Foto 01. Filtros Horizontais Foto 02. Filtros Horizontais

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