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T R I B U N A L S U P E R I O R E L E I T O R A L (Lei N.« 1.164 — 1950, art. 12, *'u" )

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T R I B U N A L S U P E R I O R E L E I T O R A L (Lei N.« 1.164 — 1950, art. 12, *'u" )

ANO X X BRASÍLIA, MAIO DE 1971 N.° 238

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL Presidente:

Ministro Djaci Falcão Vice-Presidente:

Ministro Barros Monteiro Ministros:

Amaral Santos Armando Rolemberg Márcio Ribeiro

Célio Silva

Hélio Proença Doyle Procurador-Geral:

Xavier de Albuquerque Secretário do Tribunal:

Geraldo da Costa Manso

SUMÁRIO

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL Atas das Sessões

Jurisprudência

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROJETOS E DEBATES LEGISLATIVOS

LEGISLAÇÃO NOTICIÁRIO

ÍNDICE

T R I B U N A L SUPERIOR E L E I T O R A L

ATAS DAS SESSÕES

ATA DA 28.

a

SESSÃO, EM 4 DE MAIO DE 1971 SESSÃO ORDINÁRIA

Presidência do Senhor Ministro Djaci Falcão.

Compareceu o Senhor Procurador-Geral Eleitoral, Doutor Xavier de Albuquerque. Secretário, Senhor Alcides Joaquim de SanfAnna.

As dezoito horas foi aberta a sessão, achando-se presentes os Senhores Ministros Barros Monteiro, Thompson Flores, Célio Silva, Hélio Proença Doyle e Márcio Ribeiro.

Deixaram de comparecer por motivo justificado os Srs. Ministros Amaral Santos e Armando Ro- lemberg.

Foi lida e aprovada a Ata da 27

?

Sessão.

Homenagem

O Senhor Ministro-Presidente faz a seguinte co- municação ao Tribunal: "Senhores Ministros, tenho em mãos o ofício do Sr. Ministro Amarílio Benja- min, Presidente do Tribunal Federal de Recursos, no qual comunica que foi eleito o Sr. Ministro Márcio Ribeiro para funcionar como Juiz efetivo deste T r i - bunal, na vaga aberta pelo Sr. Ministro Antônio Neder, nomeado para o Supremo Tribunal Federal.

Está presente o eminente Ministro, a quem convido para prestar o compromisso legal."

O Sr. Ministro Márcio Ribeiro toma posse pro- ferindo as seguintes palavras: "Prometo, bem e fiel- mente, cumprir os deveres do meu cargo de confor-

midade com as leis da República."

Os Srs. Ministros Presidente e Hélio Proença Doyle, Drs. Xavier de Albuquerque, Procurador-Geral Eleitoral e Marcos Heusi Netto, em nome dos advo- gados, saudaram o novo membro do Tribunal, que agradeceu as manifestações. (*).

Julgamentos

a) Processo n? 4.317 — Classe X — Mato Grosso (Cuiabá).

Ofício do Sr. Desembargador-Presidente do T.R.E.

solicitando destaque de Cr$ 30.000,00.

Relator: Sr. Ministro Hélio Proença Doyle.

Decidiu-se no sentido da informação do Diretor- Geral, por decisão unânime.

Protocolo n? 875-71.

b) Habeas Corpus n<> 48 — Classe I — Recurso

— São Paulo (84» zona — Paraibuna).

Recurso interposto pelo Dr. Décio Roberto Duarte em favor de Paulo de Carvalho Alves, contra acórdão do T . R . E . que denegou a ordem impetrada.

Recorrente: Décio Roberto Duarte.

Recorrido: T . R . E .

(*) Os discursos constam do "Noticiário" deste

Boletim Eleitoral.

(2)

626 B O L E T I M ELEITORAL N? 238 Maio de 1971 Paciente: Paulo de Carvalho Alves.

Relator: Sr. Ministro Hélio Proença Doyle.

Julgou-se prejudicado, por decisão unânime.

Protocolo n? 156-71.

c) Processo n"> 3.718 — Classe X — Mato Grosso (Cuiabá).

Ofício do Sr. Desembargador-Presidente do T.R.E.

encaminhando consulta formulada pelo Juiz Eleitoral da 18» Zona — sobre a possibilidade de imprimir novas fórmulas de requerimentos de inscrições de eleitores.

Relator: Sr. Ministro Célio Silva.

Aprovou-se a fórmula de requerimento de ins- crição proposta pelo relator, unanimemente.

Protocolo n? 2.279-68.

d) Consulta n<> 4.054 — Classe I — Maranhão (São Luiz).

Telegrama do Desembargador-Presitíente do T.R.E.

consultando sobre se "a relação contida no § 1? do art.' 33, do Código Eleitoral, é extensiva também a parentes de membros dos diretórios dos partidos po- líticos ou, apenas, a parentes dos candidatos a cargos eletivos".

Relator: Sr. Ministro Márcio Ribeiro.

Respondeu-se negativamente, com a recomenda- r ã o contida no voto do relator. Decisão unânime.

Protocolo n? 1.932-70.

Nada mais havendo a tratar, o Senhor Ministro- Presidente encerrou a sessão às dezenove horas. E, para constar, eu, Geraldo da Costa Manso, Secretário do Tribunal, lavrei a presente Ata, que vai assinada pelo Senhor Ministro-Presidente e demais membros do Tribunal.

Brasília, 4 de maio de 1971. — Djaci Falcão, Pre- sidente. — Barros Monteiro. — Thompson Flores.

— Célio Silva. — Hélio Proença Doyle. — Márcio Ribeiro. — Xavier de Albuquerque, Procurador-Geral Eleitoral.

ATA DA 29.

a

SESSÃO, EM 6 DE MAIO DE 1971 SESSÃO ORDINÁRIA

Presidência do Senhor Ministro Djaci Falcão.

Compareceu o Senhor Procurador-Geral Eleitoral, Doutor Xavier de Albuquerque. Secretário, Senhor Alcides Joaquim de Sant'Anna.

Às dezoito horas foi aberta a sessão, achando-se presentes os Senhores Ministros Barros Monteiro, Thompson Flores, Armando Rolemberg, Márcio R i - beiro, Célio Silva e Hélio Proença Doyle.

Foi lida e aprovada a Ata da 28» Sessão.

Julgamentos

a) Recurso de Diplomação ní> 287 — Classe V — Ceará (Fortaleza).

Contra a diplomação de Ricardo Pontes, eleito Deputado Estadual, pela ARENA — eleições de 15 de novembro de 1970.

Recorrente: Irenildo Pereira de Oliveira, candi- dato a Deputado Estadual pelo M . D . B .

Recorridos: T . R . E . e Ricardo Pontes, candidato eleito Deputado Estadual pela ARENA.

Relator: Sr. Ministro Hélio Proença Doyle.

Conhecido e provido, por decisão unânime, nos termos do voto do relator. Fêz ressalva o Sr. M i - nistro Célio Silva.

Protocolo tí> 408-71.

Falou pelo recorrente o Dr. Marcuos Heuse Neto.

b) Recurso de Diplomação 156 — Classe V — Sergipe (Aracaju).

Contra a diplomação dos eleitos a 3-10-58 aos cargos de Governador, Vice-Governador, Senador e respectivo suplente, Deputados Federais e Estaduais,

pertencentes à União Democrática Nacional, Partido Social Democrático e Partido Republicano.

Recorrente: Partido Trabalhista Brasileiro.

Recorridos: União Democrática Nacional e os eleitos.

Relator: Sr. Ministro Célio Silva.

Julgou-se prejudicado, por decisão unânime.

Protocolo n? 1.160-59.

c) Processo n? 4.314 — Classe X — Minas Gerais (Belo Horizonte).

Ofício do Sr. Desembargador-Presidente do Tri- bunal de Justiça comunicando a indicação de lista

tríplice composta dos Drs. José Fernandes Filho, Ariosvaldo de Campos Pires e Severo José Lopes da Silva, para provimento da vaga de juiz efetivo do T . R . E . , da categoria de advogado, ocorrida em face da nomeação do Dr. Ivan Moraes de Andrade, para exercer o cargo de advogado-geral do Estado.

Relator: Sr. Ministro Márcio Ribeiro.

Aprovou-se a indicação, por decisão unânime.

Protocolo n? 1.547-71.

Nada mais havendo a tratar, o Senhor Ministro- Presidente encerrou a sessão às dezenove horas. E, para constar, eu, Geraldo da Costa Manso, Secre- tário do Tribunal, lavrei a presente Ata, que vai assi- nada pelo Senhor Ministro-Presidente e demais mem- bros do Tribunal.

Brasília, 6 de maio de .1971. — Djaci Falcão, Pre- sidente. — Barros Monteiro. —> Thompson Flores.

— Armando Rolemberg.

ATA DA 30.

a

SESSÃO, EM 11 DE MAIO DE 1971 SESSÃO ORDINÁRIA

Presidência do Senhor Ministro Djaci Falcão.

Compareceu o Senhor Procurador-Geral Eleitoral, Doutor Xavier de Albuquerque. Secretário, Doutor Geraldo da Costa Manso.

As dezoito horas foi aberta a sessão, achando-se presentes os Senhores Ministros Barros Monteiro, Amaral Santos, Armando Rolemberg, Márcio Ribeiro,

Célio Silva e Hélio Proença Doyle.

Foi lida e aprovada a Ata da 29» Sessão.

Julgamentos

a) Recurso n<> 3.592 — Classe / V — Rio de Ja- neiro (61» Zona — Sapucaia).

Da decisão do T . R . E . que negou provimento a recurso para manter decisão do Juiz Eleitoral da 61» Zona, que diplomou o candidato Luiz José Da- flon Gomes, eleito ao cargo de Prefeito Municipal de Sapucaia, pela Sublegenda 2, da ARENA, no pleito de 15-11-70.

Recorrente: José Wantuil de Freitas, candidato a Prefeito de Sapucaia, pela ARENA.

Recorridos: T . R . E . e Luiz José Daflon Gomes.

Relator: Sr. Ministro Hélio Proença Doyle.

Não se conheceu do recurso, por decisão unânime.

Protocolo n? 777-71.

6) Recurso ni 3.543 — Classe IV — Rio Grande do Norte (19» Zona — São Tome).

Da decisão do T . R . E . que negou provimento a recurso contra a Junta Eleitoral da 19» Zona, que anulou votos sufragados a candidatos da ARENA — eleições de 15-11-70.

Recorrente: ARENA.

Recorridos: T . R . E . e M . D . B .

Relator: Sr. Ministro Barros Monteiro.

Não se conheceu do recurso, por decisão unânime.

Protocolo n? 5.578-70.

c) Recurso de Diplomação n? 277.— Classe V — Rio Grande do Norte (Natal).

Contra a diplomação de Asclepíades Fernandes

e Silva, eleito Deputado Estadual pelo M . D . B . —

eleições de 15-11-70..

(3)

Maio de 1971 BOLETIM ELEITORAL N? 238 627- Recorrente: ARENA.

Recorridos: T . R . E . e M . D . B .

Relator: Sr. Ministro Barros Monteiro.

Não se conheceu do recurso, por decisão unânime.

Protocolo n? 163-71.

d) Recurso de Diplomação n? 296 — Classe V — Mato Grosso (Cuiabá).

Contra a diplomação de Londres Machado, can- didato a Deputado Estadual, eleito pela ARENA — eleições de 15-11-70.

Recorrente: Valdevino Rodrigues Guimarães, can- didato a Deputado Estadual pela ARENA.

Recorridos: T . R . E . e Londres Machado, por seu advogado.

Relator: Sr. Ministro Amaral Santos.

Negou-vse provimento, por decisão unânime, nos termos do voto do relator.

Protocolo n? 1.209-71.

e) Conflito Negativo de Jurisdição n? 2 — Clas- se III —i Minas Gerais (Conceição das Alagoas — 72» Zona).

Suscitante: Dr. Antônio Hélio Silva, Juiz Elei- toral da 72» Zona.

Suscitado: Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.

Relator: Sr. Ministro Armando Rolemberg.

Reconheceu-se a competência do juízo suscitante, por decisão unânime.

Protocolo n? '357-70.

/) Recurso de Diplomação n9 286 — Classe V — Pernambuco (Recife).

Contra a diplomação dos candidatos da ARENA, Airon Carlos da Silva Rios, como Deputado Federal, e Antônio Corrêa de Oliveira Andrade Filho, Edson Lustosa Cantarelli, Felipe Coelho, Eriberto Gueiros, Newton D'Emery Carneiro e José Magalhães Melo, como Deputados Estaduais — eleições de 15-11-70.

Recorrente: G i l Teobaldo de Azevedo, candidato a Deputado Estadual pela ARENA.

Recorridos: T . R . E . , Diretório Regional da ARENA e os Deputados Airon Rios, Edson Cantarelli, Felipe Coelho e Antônio Correia de Oliveira, Eriberto Gueiros, Newton D'Emery Carneiro e José Magalhães Melo.

Relator: Sr. Ministro Célio Silva.

Não se conheceu do recurso, em relação ao re- corrido Airon Carlos da Silva Rios, Deputado Federal.

Negou-se provimento ao recurso, em relação aos de- mais recorridos. Determinou-se ainda a remessa dos autos ao Corregedor do T . R . E . , com base no art. 22 da Lei Complementar n? 5, de 29-4-1970. Decisão unânime.

Protocolo n? 388-71.

g) Recurso n? 3.569 — Classe IV — Minas Gerais (65» Zona — Carmo do Cajuru).

Contra acórdãos do T . R . E . que indeferiu solici- tação do Juiz Eleitoral da 65» Zona — Carmo do Cajuru, no sentido de que fosse retificada a votação do candidato a Deputado Estadual Alvimar Mourão

•— eleições de 15-11-70.

Recorrente: Alvimar Mourão, candidato a Depu- tado Estadual pela ARENA.

Recorrido: T . R . E .

Relator: Sr. Ministro Amaral Santos.

Não se conheceu do recurso, por decisão unânime.

Protocolo n» 285-71.

h) Recurso n? 3.580 — Classe IV — Agravo — Pernambuco (25» Zona — Goiana, Município de Con- dado) .

Do despacho do Sr. Desembárgador-Presidente do T . R . E . que inadmitiu recurso de decisão que dan- do provimento a apelo determinou a reoontagem de todas as urnas do Município de Condado — eleições de 15-11-70.

Recorrente: Ludovico Gouveia de Andrade, can- didato a Prefeito pela Sublegenda 1 da ARENA, do Município de Condado).

Recorrido: Desembárgador-Presidente do T . R . E . Relator: Sr. Ministro Célio Silva.

Deu-se provimento ao recurso, por decisão unâ- nime, nos termos do voto do relator.

Protocolo n? 581-71.

i) Recurso de Diplomação n? 290 — Classe V — Pará (Belém).

Da decisão do T . R . E . que determinou expedição de diploma a Paulo Ronaldo de Mendonça Albuquer- que, como Deputado Estadual pelo M . D . B . — eleições de 15-11-70.

Recorrente: Prccurador Regional Eleitoral.

Recorridos: T . R . E . e Paulo Ronaldo de Men- donça Albuquerque, eleito Deputado Estadual.

Relator: Sr. Ministro Célio Silva.

Negou-se provimento, por decisão unânime.

Protocolo n? 506-71.

j) Recurso 3.595 —> Classe IV — Agravo —.

Pernambuco (64» Zona — Águas Belas, Município de Itaíba) .

Do despacho do Sr. Desembárgador-Presidente do T . R . E . , que negou seguimento a recurso contra acór- dão, que não conheceu de apelos, por versarem sobre matéria preclusa, referentes à impugnação da apu- ração das 5», 6» e 7» Seções do Município de Itaíba

— eleições de 15-11-70.

Recorrente: Diretório Regional da ARENA, por seu Delegado.

Recorridos: T . R . E . e M . D . B . Relator: Sr. Ministro Célio Silva,

Deu-se provimento ao recurso, por decisão unâ- nime, nos termos do voto do Relator.

Protocolo n? 821-71.

k) Recurso n<> 3.599 — Classe IV — Minas Gerais (Belo Horizonte).

Da decisão do T . R . E . que indeferiu reclamação da ARENA, contra o resultado apresentado no rela- tório da Comissão Apuradora, com relação à votação do candidato a Deputado Estadual, Alvimar M '

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— eleições de 15-11-70. . . . Recorrente: ARENA, por seu Delegado.

Recorrido: T . R . E .

Relator: Sr. Ministro Amaral Santos.

Conhecido e provido, por decisão unânime, nos termos do voto do relator.

Protocolo n? 1.009-71.

Nada mais havends a tratar, o Senhor Ministro- Presidente encerrou a sessão às dezenove horas. E, para constar, eu, Geraldo da Costa Manso, Secre- tário do Tribunal, lavrei a presente Ata, que vai assi- nada pelo Senhor Ministro-Presidente e demais mem- bros do Tribunal.

Brasília, 11 de maio de 1971. — Djaci Falcão, Pre- sidente. — Barros Monteiro. — Amaral Santos. —>

Armando Rolemberg. — Márcio Ribeiro. — Célio Silva. — Hélio Proença Doyle. — Xavier de Albu- querque, Procurador-Geral Eleitoral.

ATA DA 32.

a

SESSÃO, EM 18 DE MAIO DE 1971 SESSÃO ORDINÁRIA

Presidência do Senhor Ministro Djaci Falcão.

Compareceu o Senhor Procurador-Geral Eleitoral, Doutor Xavier de Albuquerque. Secretário, Doutor Geraldo da Costa Manso.

Às dezoito horas foi aberta a sessão,; achando-se

presentes os Senhores Ministros Barros Monteiro,

Amaral Santos, Armando Rolemberg, Márcio Ribeiro,

Célio Silva e Hélio Proença Doyle. Foi lida e aprovada

a Ata da 31» Sessão.

(4)

628 B O L E T I M ELEITORAL N<? 238 Maio de 1971 Julgamentos

a) Recurso re? 3.560 — Classe IV — Bahia (Mu- nicípio de Cocos, Carinhanha — 125» Zona).

Da decisão do T . R . E . que não conheceu de re- curso voluntário, tendo em vista o prazo preclusivo do art. 149 do C . E . , interposto contra a apuração em separado da Urna W 1.871, da 18» Seção do Muni- cípio de Cocos.

Recorrentes: Antônio Rodrigues da Silva, Dele- gado Especial da Sublegenda n? 2 da ARENA, Dire- tório Municipal de Cocos.

Recorridos: T . R . E . e Alair Botelho Lacerda, De- legado Especial da Sublegenda n? 1 da ARENA, Seção de Cocos.

Relator: Sr. Ministro Armando Rolemberg.

Conhecido e provido o recurso, por decisão unâ- nime, para que o T . R . E . julgue o mérito do recurso, de que não conheceu.

Falou pelo recorrente o Dx. Ivon Taig Torres;

pelo recorrido o Dr. Custódio Toscano.

Protocolo n? 116-71.

b) Recurso n° 3.207 — Classe IV — Bahia (Sal- vador) .

Da decisão do T . R . E . que negou provimento a recurso em que Uára de Carvalho Pinto, extranume- rário-mensalista, solicita seu enquadramento na classe inicial de Auxiliar Judiciário.

Recorrente: Uára de Carvalho Pinto, funcionário do T . R . E .

Recorrido: T . R . E .

Relator: Sr. Ministro Armando Rolemberg.

Conhecido e provido o recurso, para assegurar o enquadramento do recorrente na classe inicial de Auxiliar Judiciário PJ-9, por decisão unânime.

:• Falou pelo recorrente o Dr. Josaphá Marinho.

Protocolo n? 2.872-68.

c) Recurso 3.272 — Classe IV — Bahia (Sal- vador) .

Da decisão do T . R . E . que aproveitou em vagas existentes na carreira de Auxiliar Judiciário PJ-9, servidores mensalistas do Quadro de sua Secretaria

— Alega o recorrente não caber o benefício, em face dos interessados terem sido admitidos para cargos inexistentes e que por tramitar no T . S . E . matéria idêntica, pendente de julgamento, o T . R . E . não po- deria conhecer do processo.

Recorrente: Procurador Regional Eleitoral.

Recorridos: T . R . E . e Uára de Carvalho Pinto e outros.

Relator: S r . Ministro Armando Rolemberg.

Não conhecido, por decisão unânime.

Protocolo n? 3.446-69.

ã) Processo n? 4.324 — Classe X — Guanabara (Rio de Janeiro).

Oficio do Sr. Desembargador-Vice-Presidente do T . R . E . comunicando o afastamento da Justiça Co- mum do Desembargador Alberto Mourão Russell, Pre- sidente do T . R . E . , pelo prazo de trinta dias, a contar de 20-5-71.

Relator: Sr. Ministro Amaral Santos.

Aprovado o afastamento, contra o voto dos M i - nistros Célio Silva e Barros Monteiro.

Protocolo n? 1.918-71.

Nada mais havendo a tratar, o Senhor Ministro- Presidente encerrou a sessão às dezenove horas. E, para constar, eu, Geraldo da Costa Manso, Secre- tário do Tribunal, lavrei a presente Ata, que vai assi- nada pelo Senhor Ministro-Presidente e demais mem- bros do Tribunal.

Brasília, 13 de maio de 1971. — Djaci Falcão, Pre- sidente. — Barros Monteiro. — Amaral Santos. — Armando Rolemberg. — Márcio Ribeiro. — Célio Silva. — Hélio Proença Doyle. — Xavier de Albu- querque, Procurador-Geral Eleitoral-.

A T A D A 33.

a

SESSÃO, E M 20 D E M A I O B E 1971 SESSÃO A D M I N I S T R A T I V A

Presidência do Senhor Ministro Djaci Falcão.

Compareceu o Senhor Procurador-Geral Eleitoral Doutor Xavier de Albuquerque. Secretário Doutor Geraldo da Costa Manso.

Às dezoito horas foi aberta a sessão, achando- se presentes os Senhores Ministros Barros Monteiro, Amaral Santos, Armando Rolemberg, Márcio Ribeiro, Célio Silva e Hélio Proença Doyle.

Foi lida e aprovada a Ata da 32» sessão.

O Tribunal apreciou assuntos de ordem admi- nistrativa.

O Senhor Ministro Presidente encerrou a sessão as dezoito horas e trinta minutos. E, para constar, .eu Geraldo da Costa Manso, Secretário do Tribunal

lavrei a presente Ata, que vai assinada pelo Senhor Ministro Presidente e demais membros do Tribunal.

Brasília, 20 de maio de 1971. — Djaci Falcão, Presidente. — Barros Monteiro. — Amaral Santos.

— Armando Rolemberg. — Márcio Ribeiro. — Celso Silva, —i Hélio Proença Doyle. — Xavier ãe Albu- . querque, Procurador-Geral Eleitoral.

A T A D A 3 4

a

SESSÃO, E M 20 D E M A I O DE 1971 SESSÃO ORDINÁRIA

Presidência do Senhor Ministro Djaci Falcão.

Compareceu o Senhor Procurador-Geral Eleitoral Doutor Xavier de Albuquerque. Secretário Doutor Geraldo da Costa Manso.

Às dezoito horas e trinta minutos foi aberta a sessão, achando-se presentes os Senhores Ministros Barros Monteiro, Amaral Santos, Armando Rolem- berg, Márcio Ribeiro, Célio Silva e Hélio Proença Doyle.

Foi lida e aprovada a Ata da 33» sessão.

Julgamentos

a) Recurso de Diplomação n? 299 — Classe V — Ceará (Fortaleza).

Contra a diplomação de Marcelo Caracas Linha- res eleito deputado federal pela ARENA — eleições de 15-11-70.

Recorrente: Wilson Roriz, candidato a deputado federal.

Recorridos: T R E e Marcelo Caracas Linhares.

Relator: Senhor Ministro Hélio Proença Doyle.

Não se conheceu do recurso, por decisão unâ- nime.

Protocolo n? 1.551-71.

O Professor Xavier de Albuquerque se ausentou após o julgamento deste recurso. Falou pelo recor- rido o Dr. Custódio Toscano.

b) Recurso ãe Diplomação ni 284 — Classe V — Alagoas (Maceió).

Contra a diplomação do candidato Vinícius Can- sanção Filho, como deputado federal pelo MDB — eleições de 15-11-70.

Recorrente: José Carneiro da Cunha Sarmento, candidato pela ARENA a deputado federal.

Recorridos: T R E e Vinicius Cansanção Filho, eleito deputado federal, pelo M D B .

Relator: Senhor Ministro Barros Monteiro.

Não se conheceu do recurso, por decisão unâ- nime.

Protocolo n? 376-71.

Falou pelo recorrente o Dr. João Vilas Boas.

Pelo recorrido o Dr. Marcos Heusi Neto.

c) Processo n? 4.319 — Classe X — Ceará (Fortaleza).

Ofício do Senhor Desembargador Presidente do

Tribunal de Justiça comunicando haver organizado

lista tríplice composta dos Drs. Reinaldo da Costa

Moreira, Jesus Xavier de Brito e Luis Sérgio de

Holanda Bazerra, para provimento da vaga de juiz

(5)

Maio de 1971 BOLETIM ELEITORAL 238 629 substituto, categoria de advogado, que ocorrerá com

o término a 6-8-72, do 1? biênio do Dr. Anibal Me- nezes Craveiro.

Relator: Senhor Ministro Amaral Santos.

Aprovada a lista tríplice, por decisão unânime.

Protocolo n? 1.640-71.

d) Mandado de Segurança nv 396 — Classe II — Sergie (Aracaju).

Contra decisão do T R E que reformou despacho do juiz relator do recurso de diplomação n? 1-71 para determinar a realização de perícia nos livros de filiação partidária do MDB em Aracaju solicitam os impetrantes a concessão de medida liminar — eleições de 15-11-70.

Impetrantes: Edmo Sabino Ribeiro Chaves, Jo- nas da Silva Amaral Neto e Manoel da Silva, verea- dores à Câmara Municipal de Aracaju, pelo M D B .

Impetrado: T R E .

-Relator: Senhor Ministro Amaral Santos.

Conhecido contra o voto do Ministro Célio Silva, deferiu-se o mandado, para se anular o acórdão recorrido e determinar-se que outro seja proferido, com observância das formalidades legais, por decisão unânime.

Protocolo n? 508-7Ü.

Processo n? 4.328 — Classe X — Mato Grosso (Cuiabá).

Ofício do Senhor Desembargador Presidente do TRE solicitando crédito especial de Cr$ 4.562,28.

Relator: Senhor Ministro Barros Monteiro.

Deferiu-se o encaminhamento de mensagem, por decisão unânime.

Protocolo n? 1.727-71.

Nada mais havendo a tratar, o Senhor Ministro Presidente encerrou a sessão às dezenove horas e trinta minutos. E, para constar, eu Geraldo da Costa Manso, Secretário lavrei a presente Ata, que vai assinada pelo Senhor Ministro Presidente e demais membros do Tribunal.

Brasília, 20 de maio de 1971. — Djaci Falcão, Presidente. — Barros Monteiro. — Amaral Santos.

— Armando Rolemberg. — Márcio Ribeiro. — Célio Silva. — Hélio Proença Doyle. — Xavier ãe Albu- querque, Procurador-Geral Eleitoral.

A T A DA 35.

a

SESSÃO, E M 21 B E MAIO D E 1971 SESSÃO A D M I N I S T R A T I V A

Presidência do Senhor Ministro Djaci Falcão.

Secretário Doutor Geraldo da Costa Manso.

As dezoito horas foi aberta a sessão, achando- se presentes os Senhores Ministros Amaral Santos, Armando Rolemberg, Márcio Ribeiro, Célio Silva e Hélio Proença Doyle.

Deixaram de comparecer por motivo justificado o Senhor Ministro Barros Monteiro e o Procurador- Geral Eleitoral Doutor Xavier de Albuquerque.

Foi lida e aprovada a Ata da 34» sessão.

O Tribunal apreciou assuntos de ordem admi- nistrativa .

O Senhor Ministro Presidente encerrou a sessão às dezoito horas e trinta minutos. E, para constar,

eu Geraldo da Costa Manso, Secretário lavrei a presente Ata que vai assinada pelo Senhor Ministro Presidente e demais membros do Tribunal.

Brasília, 21 de maio de 1971. — Djaci Falcão, Presidente. — Amaral Santos. — Armando Rolem-

berg. — Márcio Ribeiro. — Célio Silva. — Hélio Proença Doyle.

A T A D A 36.

a

SESSÃO, E M 24 D E M A I O D E 1971 SESSÃO A D M I N I S T R A T I V A

Presidência do Senhor Ministro Djaci Falcão.

Compareceu o Senhor Procurador Geral Eleitoral Douior Xavier de Albuquerque. Secretário Doutor Geraldo da Costa Manso.

Às dezoito horas foi aberta a sessão, achando- se presentes os Senhores Ministros Thompson Flores, Amaral Santos, Armando Rolemberg, Márcio Ribeiro, Célio Silva e Hélio Proença Doyle. Deixou de com- parecer por motivo justificado o Senhor Ministro Barros Monteiro.

Foi lida e aprovada a Ata da 35» sessão.

Julgamentos

a) Processo re? 4.316 — Classe X — Distrito Federal (Brasília).

A Comissão Provisória encarregada das provi- dências necessárias à obtenção do registro do Par- tido Democrático Republicano, requer a expedição do modelo de listas de eleitores a que se refere o

art. 11 da Lei Orgânica dos Partidos.

Relator: Senhor Ministro Hélio Proença Doyle.

Foi aprovado o modelo apresentado pelo relator, inclusive com a adoção do seu voto, por decisão unânime.

Protocolo tí> 1.597-7.1.

Nada mais havendo a tratar, o Senhor Ministro Presidente encerrou a sessão, as dezenove horas. E, para constar, eu Geraldo da Costa Manso, Secre- tário lavrei a presente Ata, que vai assinada pelo Senhor Ministro Presidente e demais membros do Tribunal.

Brasília, 24 de maio de 1971. — Djaci Falcão, Presidente. — Thompson Flores. — Amaral santos.

— Armando Rolemberg. — Márcio Ribeiro. — Célio Silva. — Hélio Proença Doyle. — Xavier de Albu- querque, Procurador-Geral Eleitoral.

JURISPRUDÊNCIA

ACÓRDÃO N.° 4.624

Habeas Corpus n.° 44 (Recurso) — Classe I

— Pernambuco

O acórdão que constitui objeto do recurso

"não contém fundamentação". E esta consti- tui "essência da decisão", e não mera forma- lidade que se possa relevar. — Assim é de se dar provimento ao recurso para anular o acór- dão recorrido para que outro seja prolatado.

Vistos, etc.

Acordam os Juizes do Tribunal Superior Elei- toral, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso para anular a decisão recorrida, na confor- midade das notas taquigráficas em apenso e que ficam fazendo parte integrante da decisão.

Sala das Sessões do Tribunal Superior Eleitoral.

Distrito Federal, 6 de outubro de 1970. — Pre- sidiu o julgamento o Senhor Ministro Eloy da Ro- cha. — Antônio Neder, Relator. — Xavier de Albu- querque, Procurador-Geral Eleitoral.

(Publicado no D. J. de 4-5-71)

RELATÓRIO

O Senhor Ministro Antônio Neder (Relator) — Trata-se de recurso interposto de decisão com que o egrégio Tribunal Regional Eleitoral de Pernam- buco denegou "habeas corpus" impetrado em favor de Ernestina Alves de Souza, denunciada pelo M P do referido Estado como oo-autora do crime previsto no art. 290 do Código Eleitoral.

O acóitião que constitui objeto do recurso acha- se redigido nestes termos:

"Vistas, relatados e discutidos cs presentes

autos do Processo n? 6-70 -r- Classe II, em

que o Bel. Jorge Tasso de Souza requer, pre-

(6)

630 BOLETIM ELEITORAL N? 238 Maio de 1971 ventivamente, "Habeas corpus" em favor de

Ernestina Alves de Souza, que, se diz amea- çada de prisão por parte do Exnv? Sr. Doutor Juiz Eleitoral da 86» Zona — Agrestina.

A paciente encontra-se envolvida em um processo por crime eleitoral, por ter insinuado a uma menor de 18 anos a se inscrever como

•eleitor, circunstância que se positivou.

O Dr. Juiz Eleitoral de Agrestina, em sua informação de fls. 45, nega a existência de ameaça de prisão contra Ernestina Alves de Souza, para a seguir explicar que o Processo se encontra em sua fase final, acrescentando que a fraude existiu na insinuação da menor Maria Josélia da Silva de fazer seu próprio registro com a idade que não tinha, juntando declarações falsas.

Sustenta ainda o Dr. Juiz, que não há de sua parte qualquer prevenção contra a pa- ciente, e o que fêz, foi tão-sòmente em aten- dimento ao cumprimento do dever.

O Douto Procurador Regional Eleitoral Substituto, em seu parecer às de fls. 52, é de opinião que, não existindo, como não existe, prevenção por parte do Dr. Juiz Eleitoral nem ameaça de prisão contra a paciente, é de se julgar prejudicado o "Habeas corpus" preven- tivo, como medida de boa justiça.

Acordam, os Juizes do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, por unanimidade, em denegar o "Habeas corpus" preventivo em fa- vor de Ernestina Alves de Souza.

Publique-se, comunique-se e registre-se."

Nesta Superior Instância, a egrégia Procuradoria Geral Eleitoral. emitiu o seguinte parecer:

"1. O venerando acórdão recorrido, que é extremamente lacônico, não chega a declinar os fundamentos da denegação do "habeas cor- pus". Limita-se a relatar a espécie, mas não contém qualquer motivação. Não há declara- ções de voto.

2. Somos, preliminarmente, pela anulação do acórdão, para que outro, devidamente mo-

tivado, seja proferido."

É o relatório.

VOTO

O Senhor Ministro Antônio Neder (Relator) — O acórdão que constitui objeto do recurso não con-

tém fundamentação. E esta constitui essência da decisão, e não mera formalidade que se possa rele- var.

O CPP expressa que se verifica a nulidade no caso em que falta a sentença, e a falta da senten- ça, como é óbvio, se verifica, também, no caso que lhe faltam os fundamentos em que tem assento o dispositivo ou decisório (CPP, 564, III, *'m").

Além disto, o mesmo Código expressa que é nulo o ato a que falte elemento essencial (art. 564, I V ) ; e o seu art. 381, III, impõe ao julgador que indi- que, no texto da sentença, os fundamentos em que tiver assento o decisório.

Voto no sentido de o T R E anular o acórdão recorrido para que outro seja prolatado.

Decisão unânime.

E X T R A T O D A A T A

"Habeas corpus" n? 44 — P E — Relator Ministro Antônio Neder.

Recorrente: Ernestina Alves de Souza — Recor- rido: T R E e Procurador Regional Eleitoral.

Decisão: Deram provimento, para anular a de- cisão recorrida.

•Presidência do Senhor Ministro Eloy da Rocha.

Presentes à sessão os Senhores Ministros Djaci Fal- cão, Barros Monteiro, Márcio Ribeiro, Antônio Neder, Célio Silva, Hélio Proença Doyle e o Dr. Xavier de Albuquerque, Procurador-Geral Eleitoral. (Sessão de 6-10-70).

ACÓRDÃO N.° 4.759 (*)

Recurso n.° 3.348 — Classe IV — Maranhão (Itapecuru-Mirim)

O disposto no art. 150, parágrafo único, letra "e", da Emenda Constitucional n? 1, não autoriza considerar inelegível candidato cujo registro foi feito com apoio no art. 146, inciso III, letra "c", da Constituição de 1937, em sua redação originária. — Recurso especial não conhecido.

Vistos, etc.

Acordam os Juizes do Tribunal Superior Elei- toral, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso, na conformidade das notas taquigráficas em

apenso e que ficam fazendo parte integrante d í decisão.

Sala das Sessões do Tribunal Superior Eleitoral.

Distrito Federal, 12 de fevereiro de 1971. — Djaci Falcão, Presidente. — Célio Silva, Relator. — Xavier de Albuquerque, Procurador-Geral Eleitoral.

(Publicado no D. J. de 4-5-71)

RELATÓRIO

O Senhor Ministro Célio Silva (Relator) — Se- nhor Presidente, o parecer da douta Procuratíoria- Geral Eleitoral, com a costumeira exatidão, assim resume a hipótese dos autos:

"1. Registrado antes da vigência da nova redação dada à Constituição pela Emenda n? 1, de 21 de outubro de 1969, o candidato da A R E - NA-1 viu-se eleito e diplomado rio cargo de Prefeito do município de Itapecuru-Mirim, no

Estado do Maranhão.

2. Seu concorrente, o candidato da A R E - NA-2, impugnou-lhe a apuração dos votos, ar- güindo faltar-lhe o domicílio eleitoral no mu- nicípio por prazo de, ao menos, um ano ante- rior à eleição, a teor do art. 151, parágrafo único, letra e, da Constituição emendada. Re- pelida a impugnação, recorreu para o Egrégio Tribunal Regional Eleitoral e, agora, para este Colendo Tribunal Superior, sob o fundamento de vulneração desse dispositivo constitucional".

E opina:

3. O venerando acórdão recorrido ajusta- se à jurisprudência deste Egrégio Tribunal Su- perior (Acórdãos ns. 4.441 e 4.451, relatores, respectivamente, os Senhores Ministros Barros

• Monteiro e Armando Rolemberg), razão de opinarmos pelo não conhecimento do recurso ou, em última análise, pelo seu não provi- mento."

É o relatório.

VOTO

Senhor Presidente, o recurso, embora verse a inelegibilidade, refere-se a pleito municipal; portan- to, é especial.

Os precedentes apontados no parecer da douta Procuradoria Geral Eleitoral cuidaram da mesma quaestio júris versada no presente processo.

Neles, decidiu o Tribunal que o disposto no ar- tigo 1?, rv, c, do Decreto-lei n? 1.063, de 21 de outubro de 1969, não se aplica às eleições munici- pais realizadas a 30 de novembro de 1969, face ao disposto no Decreto-lei n? 1.069, de 4 de novembro de 1969 (v. acórdão n? 4.441, Relator o eminente Senhor Ministro Barros Monteiro); e que o disposto no art. 150, parágrafo único, lecra e, da Emenda Constitucional n? 1, não autoriza cancelamento de

(*) São idênticos os Acórdãos de ns. 4.761, 4.762,

4.763, 4.784, referentes aos Recursos ns. 3.351, 3.352,

3.353, 3.354 e 3.355.

(7)

Maio de 1971 BOLETIM ELEITORAL N

9

238 831 registro de candidatura feito com apoio no art. 146,

inciso III, letra c, da Constituição de <1967, em sua redação originária (v. acórdão n? 4.451, Relator o erninente Senhor Ministro Armando Rolemberg).

No caso dos autos, o próprio recorrente, ao afir- mar que o recorrido estaria inscrito no Município h á apenas três meses, esclarece que o mesmo sem- pre residiu em São Luís (v. fls. 18).

Estou em que a decisão recorrida não contra- riou a regra do art. 150, parágrafo único, letra e, da Emenda Constitucional tí> 1; ao contrário, deu- lhe aplicação correta, além de aplicar a norma cons- titucional vigente à época em que se procedeu ao registro da candidatura do recorrido.

Pelo exposto, não conheço, em preliminar, do recurso. . . , i , AÍÍÍÍ

Decisão unânime.

EXTRATO DA ATA

(Recurso n? 3.348 — ÍMA — Relator Ministro Célio Silva — Recorrente: Hercílio do Lago Pilho

— Recorrido T R E .

Decisão: Não se conheceu do recurso, por decisão unânime.

Presidência do Senhor Ministro Djaci Falcão.

Presentes à sessão os Senhores Ministros Barros Monteiro, Armando Rolemberg, Antônio Neder, Célio Silva, Hélio Proença Doyle, Amaral Santos e o Dr.

Xavier de Albuquerque, Procurador-Geral Eleitoral.

(Sessão de 12-2-71)

ACÓRDÃO N.° 4.769

Recurso n.° 3.159 — Classe IV — Guanabara (Rio de Janeiro)

A Lei nf 3.906, ãe 19 ãe junho ãe 1961, só se aplica aos que participaram ãe operações ãe guerra e não aos que apenas prestaram ser- viços na zona ãe guerra definida e delimitada pelo Decreto nf 10.49O-.il, ãe 25 ãe setembro de 1942. Recurso especial conhecido e provido.

Vistos, etc.

Acordam os Juizes do Tribunal Superior Elei- toral, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso, na conformidade das notas taquigráficas em apenso e que ficam fazendo parta integrante da decisão.

Sala das Sessões do Tribunal Superior Eleitoral.

Distrito Federal, 12 de fevereiro de 1971. — Djaci Falcão, Presidente. — CéZio Silva, Relator. — Xavier de Albuquerque, Procurador-Geral Eleitoral.

(Publicação de 7-5-71)

RELATÓRIO

O Senhor Ministro Célio Silva (Relator) — Se- nhor . Presidente, Raul da Silva Villela Sobrinho, Oficial Judiciário, PJ-4, do Quadro da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral da Guanabara, em 17 de dezembro de 1965, requereu e lhe foi deferida, aposentadoria nos termos dos arts. 176, H , e 184, II, da Lei n? 4.049, de 1962.

Posteriormente, em 25 de abril de 1967, alegando precedente do Tribunal Regional Eleitoral da Gua- nabara, requereu revisão, para considerá-lo aposen- tado no cargo de Chefe de Zona Eleitoral, símbolo PJ-2, a título de promoção nos termos da Lei nú- mero 3.906, de 1931, mais as vantagens do art. 184, da Lei n» 1.7111, e do art. 3', da Lei n? 4.049.

Para isso, apresentou certidão fornecida pelo Corpo de Bombeiro do Estado da Guanabara oonstando:

a) que o Corpo de Bombeiro estava incluído na Zona de Guerra definida e delimitada pelo art. .1?

do Decreto n? 10.490-A, de 25 de setembro de 1942;

b) que, ao passarem para a inatividade (reforma), todos os oficiais, graduados e praças que serviram no Corpo de Bombeiro, no período de 1942 a 1945, foram amparados pelos favores da Lei n? 616, de 2 de fevereiro de 1949, modificada pela Lei n? 1.156, de 12 de julho de 1950; c) que o requerente era bombeiro da ativa durante o período de guerra, e que dos 6.057 dias de efetivo exercício que o reque- rente prestou àquela Corporação, 981 dias foram na

Zona de Guerra definida e delimitada pelo art. 1?

do Decreto n? 10.490-A, de 1942.

Oficiando no feito, a douta Procuradoria Regio- nal Eleitoral manifestou-se pelo indeferimento- do pedido, dizendo (fls. 25):

O requerente foi aposentado no cargo final da classe a que pertencia, não havendo mais acesso para fazer jus ao benefício citado, tendo obtido a vantagem do art. 184, itsm II, dos Estatutos dos Funcionários, de vez que contava mais de 35 anos de serviço público.

Entendemos que não pode ser deferida a vantagem da promoção pretendida, posto que obteria o requerente o acesso da classe final de um cargo de carreira para um cargo iso- lado, duas letras acima daquele em que foi aposentado, o que vale dizer, a concessão de três vantagens".

Submetido o pedido de revisão a julgamento, foi deferido pelo Acórdão de fls. 30-43, assim emen- tado:

"Aposentadoria: acumulação de vantagens do funcionário que satisfaz condições do Es- tatuto dos Funcionários Públicos Civis da União e da Lei especial premiando por serviços de guerra — Lei n? 1.7111-52, art. 184, é Lei n? 3.806-61."

•Entendeu a douta maioria ser possível acumular os benefícios da Lei tí> 1.711, de 1952, com os da Lei n? 3.906, de 1961, quando o funcionário preen- cher as condições exigidas pelos dois diplomas, legais.

Entendeu, ainda, que o fato do funcionário já ocu- par a última classe de sua carreira nãD lhe tira, ao aposentar-se, o benefício da Lei n? 3.906, que não fala em promoção na carreira e sim em promoção no Quadro, se houver cargo mais elevado.

Ficou vencido o eminente Juiz, Dr. Evandro Gueiros Leite, com o seguinte voto: (fls. 38) :

"Senhor Presidente, data venia do voto do eminente Juiz Relator, e nos termos do pare- cer da douta Procuradoria Regional Eleitoral, nego a revisão. Assim faço, com fundamento em voto meu anterior, no caso semelhante de

•Lucindo Alves Baptista.

Peço licença para ler trecho desse voto, pronunciado nesse processo anterior, que, tam-

bém, ainda está pendente de julgamento, por- que com vista ao Dr. Olavo Tostes. O trecho do voto é o seguinte:

"Embora tivesse o requerente serviço de guerra, ocupava cargo isolado, que a lei geral (art. 184, n? H I , 1.711) exclui do bene- tfício e que a lei especial (art. 1', 3.906) não alterou, porque, quando trata de aposenta- doria com promoção ao cargo imediatamente

superior, se existir tal categoria no quadro, refere-se àqueles cargos que podem ser pro- vidos mediante promoção, ou seja, os cargos de carreira, uma vez que os cargos isolados são sempre providos por nomeação".

Com a única ressalva, relativamente ao provimento inicial dos primeiros que, também, é por nomeação.

Este é, pois, o meu voto, Senhor Presi- dente."

Recorreu a douta Procuradoria Regional Eleito-

ral e o recorrido, em contra-razões, reportou-se aos

fundamentos da decisão recorrida.

(8)

632 B O L E T I M ELEITORAL 238 Maio de 1971 Subiram os autos e, nesta instância, a douta

Procuradoria Geral Eleitoral manifestou-se pelo provimento ao recurso, nos termos seguintes (fo- lhas 58):

tt

5. Parece-nos assistir razão ao recorrente, vez que entendemos ser a promoção destinada, tão só, aos cargos de carreira, consoante o dis- posto no art. 39 da Lei n ' 1.711-52. No caso dos autos, admitiu-se a promoção de funcio- nário ocupante de um cargo final de carreira a um cargo isolado.

6. A promoção ao cargo imediatamente superior está condicionada à existência de igual categoria no quadro, resultando claro que se trata daqueles cargos que podem ser providos mediante promoção, ou sejam: os cargos de carreira, de idênticas atribuições.

7. Diante do exposto, opinamos no sen- tido de que seja dado provimento ao recurso manifestado pelo Exmo. Sr. Procurador Re- gional Eleitoral".

É o relatório.

VOTO

O Senhor Ministro Célio Silva (Relator) — Se- nhor Presidente, o recorrido foi aposentado quando contava mais de trinta e cinco anos de serviço; por ser ocupante da última classe da respectiva carreira

—: Oficial Judiciário, PJ-4 — não se lhe pôde aplicar o disposto no inciso I, do art. 184, do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, ou seja, apo- sentadoria com provento correspondente ao venci- mento da classe imediatamente superior; aplicou-se- lhe, porém, o disposto no inciso II, do mesmo dispo- sitivo legal, isto é, aposentadoria com provento au- mentado em 20%. Assim, o Egrégio Tribunal a quo reconheceu, desde logo, a inexistência de classe ime- diatamente superior àquela em que se situa o cargo ocupado pelo recorrido, quando em atividade.

Posteriormente, julgando o pedido de revisão da aposentadoria, e o E . Tribunal a quo entendeu que o recorrido tombem faria jus ao benefício concedido pela Lei n? 3.906, de 19 de junho de 1961, porque teria participado de operação de guerra, e, como fosse ocupante de cargo da última classe da respectiva car- reira, entendeu de nomeá-lo, pela via transversa da promoção, para o cargo isolado de provimento efetivo de Chefe de Zona Eleitoral, Símbolo PJ-2.

Estou em que o Acórdão recorrido violou, dupla- mente, a Lei n? 3.803, de 1961; à uma, porque a aplicou a quem, por ela, não fora beneficiado; ã outra, porque, sob pretexto de promover, fêz nomea-

ção para cargo isolado, em momento algum auto- rizada por aquela lei.

A Lei n? 3.906, de 1961, só favorece os que par- ticiparam de operações de guerra; não se estende aos que prestaram serviços em zona de guerra, sem par- ticiparem em operações de guerra. Para cs funcio- nários civis não há norma equivalente à Lei n? .1.193, de 12 de julho de 1950, que estendeu os benefícios da Lei n"? 616, de 2 de fevereiro de 1949 (iguais aos do art. 1? da Lei n? 3.906, de 11961), aos militares que prestaram serviços na zona de guerra definida e delimitada pelo Decreto n? 10.490-A, de 25 de se- tembro de 1942.

O recorrido foi militar e prestou serviços na aludida zona de guerra, conforme se vê da certidão de fls. 20-21. Todavia, aposentou-se como funcio- nário civil e não como militar. As Leis ns. 616, de

1949, e 1.156, de 1950, conferem um direito que só se efetiva no momento õa aposentadoria a que elas se referem. São leis reguladoras da aposentadoria dos militares. Ora, o recorrido antes de ter o direito

efetivado, isto é, antes de tê-lo integrado no seu pa- trimônio, deixou de ser militar para ser funcionário civil. A sua aposentadoria, obviamente, rege-se pelas leis reguladoras da aposentadoria dos funcionários civis e não pelas leis especificas dos militares.

Por outro lado, importa distingídr a promoção e a nomeação, propriamente dita. A promoção é a nomeação do funcionário para o cargo da classe ime- diatamente superior, numa série de classe, ou seja, na mesma carreira. Está condicionada a existência do conjunto de classes da mesma natureza de tra- balho, dispostas hierarquicamente, A nomeação, pro- priamente dita, é a designação para uma função nova, sem condicionamento à natureza do trabalho ante-

riormente exercido, em se tratando de nomeação de quem já era funcionário.

A Lei tí> 3.906, de 1951, cuidou tão-somente de promoção. Não cogitou de nomeação por acesso, ins- tituto também totalmente diferente do da promoção.

Pelo exposto, Senhor Presidente, conheço e dou provimento ao recurso para o fim de, reformado o Acórdão recorrido, indeferir o pedido de revisão for- mulado pela recorrido.

E o meu voto.

Decisão unânime.

E X T R A T O D A A T A

Recurso n ' 3.159 — G B — Relator: Ministro Célio Silva — Recorrente: Procurador Regional Elei-

toral — Recorrido: Tribunal Regional Eleitoral.

Decisão: Deu-se provimento ao recurso, por de- cisão unânime, nos termos do voto do Relator.

Presidência do S r . Ministro Djaci Falcão. Pre- sentes à sessão os Srs. Ministros Barros Monteiro —

Armando Rolemberg — Antônio Neder — Célio Silva

— Hélio Proença Doyle — Amaral Santos e o Doutor Xavier de Albuquerque, Procurador-Geral Eleitoral.

(Sessão de 12-2-71).

ACÓRDÃO N.° 4.794

Recurso de Diplomação n.° 267 — Classe V

— Sao Paulo

Tendo sido intempestivo o pedido feito para a inclusão da variação em nome do recorrente e, por isso mesmo, não se justificando a rea- lização da reeontagem pleiteada, é ãe se negar provimento ao recurso.

Vistos, etc.

Acordam os Juizes do Tribunal Superior Eleitoral, por unanimidade de votos, negar provimento ao re- curso, na conformidade das notas taquigráficas em apenso e que ficam fazendo parte integrante da de- cisão.

Sala das Sessões do Tribunal Superior Eleitoral.

Distrito Federal, 16 de março de 1971. — Djaci Falcão, Presidente. — Armando Rolemberg, Relator.

— Xavier de Albuquerque, Procurador-Geral Eleitoral.

(Publicado no D. J. de 4-5-71) .

RELATÓRIO

O Senhor Ministro Armando Rolemberg (Relator)

— Fernão Guedes de Souza, candidato à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo nas últimas elei- ções, recorre contra a expedição de diploma a todos

cs candidatos da Aliança Renovadora Nacional a Deputado Estadual, alegando que, havendo requerido à Comissão Apuradora do Tribunal Regional Elei- toral a reeontagem de votos e indeferida tal pre- tensão, viu prejudicada a sua eleição, pois não havia sido considerada na apuração, porque não incluído

•no índice onomástico dos candidatos, a variação de seu nome como Coronel Guedes, embora requerida oportunamente por êle recorrente e pelo Partido.

Pede, afinal que lhe seja expedido o diploma

de Deputado Estadual, com a reeontagem ou não de

seus votos.

(9)

Maio de 1971 BOLETIM ELEITORAL N? 238 "S^S- ^~ 633 Instruído o processo o Sr. Desembargador-Pre-.

sidente do T . R . E . proferiu o despacho seguinte:

" i l . Remetam-se os autos ao E . Tribunal Superior Eleitoral, ex vi do parágrafo único do art. 277 do Código Eleitoral, observadas as devidas formalidades.

2. A titulo de informação, presto os se- guintes esclarecimentos, que as razões do re- curso justificam:

O recorrente alega que grande número de votos a êle atribuídos, com a designação de

"'Coronel Guedes", teriam sido anulados, por- que o índice de variações de nomes dos can- didatos, organizado pela Secretaria desta Corte, em cumprimento a decisão normativa a respeito, omitiu sua patente de Coronel da Reserva da Polícia Militar Estadual.

Ocorre, todavia, que nem o candidato, nem o partido, requereram, tempestivamente, a ano-

tação de tal patente. Como bem se esclarece na informação de fls. 26 destes autos — e é corroborado pela petição junta por cópia a fls. 31

— foi por descuido do partido que tal pedido deixou de ser feito em tempo, só vindo a ser formulado no dia 4 de novembro, quando já se enoontravam impressos os aludidos índices.

Daí sua não inclusão nos mesmos, dada a im- possibilidade material de fazê-lo.

Não obstante, o próprio candidato, bem orientado pela Secretaria deste Tribunal, diri- giu petição às Juntas Eleitorais (fls. 20) e uma outra a esta Presidência (fls. 19), requerendo a contagem, em seu favor, dos votos que se apresentassem com aquela designação de Co- ronel Guedes. Esta última petição foi, por mi- nha determinação, transmitida por cópia xero- gráfica a todas as Juntas da Capital.

Era quanto se poderia fazer para atender à pretensão do recorrente que, a partir desse momento, deveria estar atento, por intermédio da fiscalização de seu partido, à eventual anula- ção de algum voto seu. No entanto, não foi êle capaz de apontar um único caso concreto de anulação que houvesse impugnado, de modo a tornar viável qualquer recurso da apuração.

Em conseqüência, o que realmente pretende com o presente apelo — e já o tentara perante a Comissão Apuradora, que não o atendeu (fo- lhas 29) — é a reabertura de todas as urnas e a reeontagem, pura e simples, de todos os votos anulados, para que entre estes se des- cubram os que, supostamente, o tenham sido por constar das cédulas a designação de Co- ronel Guedes, para assim atingir o total que vislumbra necessário a sua colocação entre os eleitos por seu partido.

Não usou o recorrente, no momento opor- tuno, que era o da leitura das cédulas e sua alegada (e não provada) anulação, do direito de impugnação que justificaria o recurso pos- terior (art. 169 e seus parágrafos do Código Eleitoral).

3. Cumpra-se a determinação do item 1?

deste despacho."

Com apoio no despacho lido a Prccuradoria-Geral Eleitoral, nesta instância, opinou pelo não provimento do recurso.

É o relatório.

^ * *

(Pala pelo recorrente o Dr. Fernão Guedes de Souza).

VOTO

O Senhor Ministro Armando Rolemberg (Relator)

— Estabelece o Código Eleitoral no art. 95:

"O candidato poderá ser registrado sem o prenome, ou com o nome abreviado, desde que a supressão não estabeleça dúvida quanto à sua identidade".

A indicação de variação do nome do candidato para o efeito de inclusão na lista, portanto, deve ser feita quando do pedido de registro.

Ora, o prazo para a apresentação do requeri- mento de registro de candidato a Deputado Estadual terminou no dia 25 de agosto de 1970, de acordo com a Lei n? 5.581, art. 8?, § 6?, e somente foi pedida a inclusão da variação Coronel Guedes, no nome do requerimento, em 4 de novembro, como informou a Secretaria da Comissão Apuradora, ao esclarecer:

"Fernão Guedes de Souza, candidato a Deputado Estadual pela ARENA, reclama "con- tra a apuração de seus votos", alegando que:

1 — ao se inscrever como candidato, por ser Coronel da Polícia Militar, apresentou a variação de "Coronel Guedes", dizendo ter jun- tado, naquela oportunidade, a necessária do- cumentação de sua patente junto à Polícia M i - litar;

2 — que pediu também o registro da va- riante de seu primeiro sobrenome, Guedes, já que nenhum outro candidato possuia esse pa- tronímico;

3 — que em 4 de novembro passado, preo- cupado com a não inclusão da variante "Co- ronel Guedes", entre as autorizadas pelo Egré- gio Tribunal, a ARENA renovou o pedido, rei- terando-o dois dias após, para que aquela va- riação constasse do índice Onomástico organi- zado pela Secretaria;

4 — que em 8 de novembro, o reclamante dirigiu uma circular às Zonas Eleitorais, soli- citando a oontagem dos votos dados em nome do "Coronel Guedes".

5 — que, não obstante, a referida variante não constou do índice citado, o que reputa uma falha lamentável, causando-lhe prejuízos, já que votos seus, dados com aquele nome, foram anulados em grande número pelas Juntas Elei- torais, fato de que teve conhecimento esta Se- cretaria, segundo alega.

Em conclusão, pede a reeontagem dos votos anulados por esse motivo.

Quanto às alegações do reclamante, cabe a esta Secretaria informar o seguinte:

1 — ao contrário do que afirma a petição, não foi o pedido de registro da candidatura do reclamante instruído com documentação rela- tiva a sua patente militar, nem veio acompa- nhado de pedido de anotação da variante "Co- ronel Guedes". Somente na declaração de bens (fls. 15) e no requerimento dirigido à 1» Audi- toria da 2» Circunscrição Judiciária Militar

(fls. 12) é que se encontra menção àquele posto;

2 — no dia 4 de novembro, o delegado da ARENA, Sr. William Alfredo Attuy requereu a anotação do posto de Coronel, do reclamante,

"que — afirma textualmente a petição — por lapso desta Procuradoria, deixou de constar no requerimento enviado a esse Egrégio Tribunal Regional Eleitoral". Em sessão de 5 de novem- bro, o pedido foi indeferido por extemporâneo, salientando o V . Acórdão n? 61.971, publicado no dia 11 seguinte, que o indeferimento se devia ao fato de que, "a esta altura, já estão sendo confeccionados os impressos relativos ao pleito eleitoral do próximo dia 15,. já não ha- vendo tempo para acréscimos ou alterações nos registros feitos". Voltou à carga o Partido, em petição protocolada no dia 6 e apreciada em sessão de 10 de novembro, sugerindo uma errata para acompanhar os índices onomásticos, su- gestão essa considerada, pelo V . Acórdão núme- ro 62.000, como "descabida".

Inteiramente intempestivo foi, assim; o pedido feito para a inclusão da variação Coronel Guedes em nome do recorrente e, por isso mesmo, não se justi- ficava a realização da reeontagem que pleiteou.

Nego provimento ao recurso.

Decisão unânime.

(10)

634 BOLETIM ELEITORAL' N? 238 Maio de 1971 EXTRATO DA ATA

Recurso de Diplomação n? 267 — SP — Rela- tor: Ministro Armando Rolemberg — Recorrente:

Fernão Guedes de Souza — Recorrido: T . R . E . Decisão: Negou-se provimento, por decisão unâ- nime.

Presidência do Sr. Ministro Djaci Falcão. Pre- sentes à sessão os Srs. Ministros Barros Monteiro — Amaral Santos — Armando Rolemberg — Antônio Neder — Célio Silva — Hélio Proença Doyle e o Dr. Xavier de Albuquerque, Prccurador-Geral Elei- toral.

(Sessão de 16-3-71) .

ACÓRDÃO N.° 4.795

Recurso de Diplomação n.° 278 — Classe V

— Santa Catarina

O parentesco, por consangüinidade ou afi- nidade, de candidato a Deputado Estadual com Prefeito, não constitui causa ãe inelegibilidade, porque a eleição para a Assembléia Legislativa

se processa em território ãe jurisdição estadual, e não, exclusivamente, em território municipal.

— Nega-se provimento ao recurso.

Vistos, etc.

Acordam os Juizes do Tribunal Superior Eleitoral, por unanimidade de votos, negar provimento ao re- curso, na conformidade das notas taquigráficas em apenso e que ficam fazendo parte integrante da de- cisão .

Sala das Sessões do Tribunal Superior Eleitoral.

Distrito Federal, 18 de março de 1971. — Djaci Falcão, Presidente. — Antônio Neder, Relator. — Xavier de Albuquerque, Procurador-Geral- Eleitoral.

(Publicado no D. J. de 4-5-71).

RELATÓRIO

O Senhor Ministro Antônio Neder (Relator) — O parecer da Egrégia Procuradoria Geral Eleitoral expõe e aprecia em termos completos a matéria ver- sada no presente recurso.

Adotando-o como relatório, faço a leitura do seu texto para o Tribunal.

Ei-lo (fls. 42-43):

"1. Deputados Estaduais eleitos em Santa íCatarina têm sua diplomação impugnada por- que, possuindo, cada, um parente em grau proi- bido investido no cargo de Prefeito de Muni- cípio no qual logrou decisiva votação, estariam alcançados pela inelegibilidade recomendada à lei complementar pelo parágrafo único, letra d, do art. 151 da Constituição, verbis:

"Parágrafo único. Observar-se-ão as seguintes normas, desde já em vigor, na ela- boração da lei complementar:

d) a inelegibilidade, no território de jurisdição do titular, do cônjuge e dos paren- tes consangüineos ou afins, até o terceiro grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado, ou de Território, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito".

2. O recorrente Teconhece que a Lei Com- plementar n? 5-70 não prevê, para o caso em tela, a inelegibilidade argüida. Acusa-a, porém, de haver tangenciado a norma constitucional, ignorando-lhe o conteúdo. E postula a apli- cação, em primeira mão, da própria regra cons- titucional, que considera auto-aplicável e i n - dependente, por sua hierarquia, de qualquer di- ploma legal de nível inferior.

3. A matéria foi apreciada, antes das elei- ções, pelo Egrégio Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, que, respondendo a consulta, decidiu que Deputado Estadual, parente em grau proibido de Prefeito Municipal, pode can- didatar-se à reeleição para a Assembléia L e - gislativa e ser votado no Município do qual seu parente é Prefeito (fls. 29-30).

4. É possível que, de lege ferenda, assista ' razão ao recorrente, e que a hipótese dos autos

e as razões do recurso constituam advertência a ser considerada pelo legislador. Antes, porém, que se modifique a legislação vigente, não é possível acolher o recurso. Como tem sido i n - variavelmente entendido, as regras genéricas do parágrafo único do art. 151 da Constituição constituem normas pragmáticas cuja especifi- cação coube a lei complementar, e se exauriu nos limites em que esta a realizou.

5. Pelo não provimento."

Feita a exposição da matéria, proponho-me a votar, Sr. Presidente.

VOTO

O Senhor Ministro Antônio Neder (Relator) — Aos fundamentos do parecer supratranscrito, acres- cento que a cláusula "no território de jurisdição", que se lê no texto constitucional acima referido, restringe a inelegibilidade por parentesco à jurisdição do cau- sante, isto é, à eleição que se processa na jurisdi- ção do causante para os cargos ou mandatos da sua jurisdição.

Assim, o parentesco, por consangüinidade ou afi- nidade, de candidato a Deputado Estadual com Pre- feito, não constitui causa de inelegibilidade, porque a eleição para a Assembléia Legislativa se processa em território de jurisdição estadual, e não, exclusi- vamente, em território municipal.

Note-se que a norma constitucional expressa "ter- ritório de jurisdição-", e não, "território",.e não " j u - risdição".

Com este acréscimo, nego provimento ao recurso.

É o que voto.

* Ç 4

(Usa da palavra o Dr. Custódio Toscano, pelo recorrente).

Decisão unânime.

EXTRATO DA ATA

Recurso de Diplomação n? 273 — SC — Relator:

Ministro Antônio Neder — Recorrente: Gentil Bellani

— Recorridos: T . R . E . , João Bertoli, Walter Vicente Gomes, Deputados Estaduais pela ARENA.

Decisão: Negou-se provimento ao recurso, por decisão unânime.

Presidência do Sr. Ministro Djaci Falcão. Pre- sentes à Sessão os Srs. Ministros Barros Monteiro — Amaral Santos —. Armando Rolemberg — Antônio Neder — Célio Silva — Hélio Proença Doyle e o Dr. Xavier de Albuquerque, Procurador-Geral Elei- toral.

(Sessão de 18-3-71) .

ACÓRDÃO N.° 4.797

Recurso de. Diplomação n.° 280 — Classe V

— Sao Paulo

Recurso contra diplomação de suplentes ãe Deputado Estadual, pretendendo reeontagem de

votos. — £ ãe se negar provimento, uma vez que a reeontagem só seria possível se houvesse sido interposto recurso imediatamente após a apuração, o que não ocorreu.

Vistos, etc.

Acordam os Juizes do Tribunal Superior Eleitoral,

por unanimidade de votos, negar provimento ao re-

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