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AUTOVALORES E AUTOVETORES

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Academic year: 2022

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AUTOVALORES E AUTOVETORES

Definições

Seja um operador linear. Um vetor , é dito autovetor, vetor próprio ou vetor característico do operador T, se existir tal que .

O escalar é denominado autovalor, valor próprio ou valor característico do operador linear T associado ao autovetor v.

Exemplos:

1) tal que

é autovetor de T associado ao autovalor , pois .

2) tal que

é autovetor de T associado ao autovalor , pois e

é autovetor de T associado ao autovalor , pois .

Seja é um autovalor do operador linear T. O conjunto de todos os autovetores associados a juntamente com o vetor nulo , é denominado autoespaço correspondente ao autovalor .

Cálculo de Autovalores, Autovetores e Autoespaços

Seja o operador linear tal que .

Por definição, , com e .

Considere o operador identidade tal que .

Assim, .

Então, .

Pela definição de multiplicação por escalar em transformações lineares, . Pela definição de adição de transformações, .

Então, o vetor , deve pertencer ao núcleo do operador , isto é, .

Portanto, o operador linear não é injetivo, consequentemente, não é bijetivo, nem invertível.

O fato do operador linear não ser invertível é equivalente ao do determinante de sua matriz associada, dada uma certa base, ser zero.

A equação , onde é a matriz identidade de ordem n, é denominada de equação característica.

O polinômio é denominado polinômio característico de T, e suas raízes em R são os autovalores do operador linear T.

Exemplo: Seja tal que e considere a base canônica do R

2

.

Assim, e

Então,

(2)

Logo, são os autovalores do operador linear T.

Tendo encontrado os autovalores , com .

Os autovetores são os vetores tais que .

Considere uma base A para o espaço vetorial V e a equação matricial , onde é a matriz nula de ordem .

Substituindo cada autovalor encontrado na equação matricial, obtém-se um sistema de equações lineares.

Resolvendo-se cada um destes sistemas, os autovetores associados a cada um do autovalores são obtidos, e, consequentemente, os autoespaços .

Exemplo: Seja tal que com autovalores e a base

canônica do R

2

.

Para :

Para :

.

Multiplicidade de Autovalores

Sejam V um espaço vetorial, T um operador linear em V e , com , um autovalor deste operador.

O número de vezes que aparece como um fator do polinômio característico de T é denominado de multiplicidade algébrica de , denotado por .

A dimensão do autoespaço é denominada a multiplicidade geométrica de , denotado por .

Exemplos: Considerando a base canônica do R

3

.

1) tal que

e

(3)

O autovalor 2 ocorre duas vezes como raiz do polinômio característico, , e seu autoespaço possui dimensão igual a 2, . Já o autovalor 8 ocorre única vez como raiz,

, e .

2) tal que

e

O autovalor 2 ocorre duas vezes como raiz do polinômio característico, , e . O autovalor 3 ocorre única vez como raiz, , e .

Diagonalização de Operadores Lineares

Dado um operador linear , existem representações matriciais de T relativas as bases de V.

Dentre estas representações, a considerada mais simples é uma matriz diagonal.

Como a cada base corresponde uma matriz, a questão se resume na obtenção de uma certa base, cuja representação matricial do operador linear T em relação a esta base é uma matriz diagonal. Assim, esta base diagonaliza o operador linear T.

Seja V um espaço vetorial n-dimensional e um operador linear.

O operador linear T é denominado um operador linear diagonalizável se existir um base A de V tal que é uma matriz diagonal. Esta base é composta pelos autovetores do operador linear T.

Seja V um espaço vetorial n-dimensional e um operador linear. Se existem n autovalores distintos então o operador linear T é diagonalizável.

Exemplo: Seja o operador linear tal que e a base

canônica do R

3

, então .

, e

, e

, e

Sendo uma base de autovetores, .

Se existem autovalores distintos e suas multiplicidades algébricas e geométricas forem

iguais, isto é, , , então o operador linear T é diagonalizável.

(4)

Exemplo: Seja o operador tal que e a base canônica do R

3

, então .

, e

, e

Sendo uma base de autovetores, .

Exercícios

1) Verificar, utilizando a definição, se os vetores dados são autovetores:

a) .

b) .

2) Os vetores são autovetores de um operador linear associados aos autovalores e , respectivamente. Determinar .

3) Determinar o operador linear cujos autovalores são e associados aos

autoespaços e .

4) Determinar os autovalores e os autovetores dos seguintes operadores lineares no R

2

. a)

b)

5) Dado o operador linear T no R

2

tal que , encontrar uma base de autovetores.

6) Verificar se existe uma base de autovetores para:

a) tal que

b) tal que

c) tal que

7) Seja tal que . Encontrar uma base que diagonalize o

operador T.

8) O operador linear tal que

(5)

Respostas

1) a) Sim b) Não

2) e

5)

6) a) b) Sim c) Não 3)

4) a) autovalores: 2 e 3

b) não possui autovalores reais 7) e

Apêndice E – Teoremas

Seja V um espaço vetorial n-dimensional e um operador linear.

69. Se é um autovetor do operador linear T associado ao autovalor então para todo , o vetor é também um autovetor de T associado ao autovalor .

70. Seja um autovalor de T. Então é um subespaço vetorial de V.

71. Sejam os autovetores e do operador linear T associados, respectivamente, aos autovalores e distintos entre si. Então e são linearmente independentes.

72. Sejam autovetores do operador linear T associados a autovalores todos distintos . Então os autovetores são linearmente independentes.

Corolário72: Seja um operador linear e V um espaço vetorial n-dimensional. Se T possui n autovalores distintos então existe uma base constituída por autovetores.

73. Sejam V um espaço vetorial n-dimensional e um operador linear. Se existem n autovalores distintos então o operador linear T é diagonalizável.

74. Se existem autovalores distintos e para qualquer autovalor a multiplicidade algébrica for igual a sua multiplicidade geométrica, isto é, para todo , então o operador linear T é diagonalizável.

Corolário74. Se o operador linear T é diagonalizável para os autovalores com

então .

Referências

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