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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Atelier Maurício Vieira (Guarda)

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IREI

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Poiytechnic of Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Design de Equipamento

Paulo Eduardo Vanzeler Oliveira

‘fl

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Escola Superior de Tecnologias e Gestão

Instituto Politécnico da Guarda

R E L AT Ó R I O D E E S T Á G I O

PAULO EDUARDO VANZELER OLIVEIRA

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO EM DESIGN DE EQUIPAMENTO

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Ficha de Indicações

Aluno

Instituição

Nome: Paulo Eduardo Vanzeler Oliveira

Numero de Aluno: 1010876 Curso: Design de Equipamento

Escola Superior de Tecnologias e Gestão

Instituto Politécnico da Guarda

Atelier Maurício Vieira

Morada: Rua António Sérgio 49 2ºdto, 6300 - 665 Guarda Tel. Empresa: ( +351) 271 213 201

Supervisor: João Carvalho Sítio: www.mauriciovieira.com

Início: 11 de Junho de 2015 Fim: 24 de Julho de 2015

D.er Maurício Vieira Empresa

Estágio Curricular

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Conforme a adenda ao regulamento de estágios do Instituto Politécnico da Guarda, subsistem alguns fatores que devem ser tidos em conta para corresponder às exigências estruturais pretendi-das. Uma das recomendações é a utilização da fonte tipográfica Times New Roman, tamanho doze e espaçamento de um e meio. Contudo, após uma formação em design, onde o porquê e o porque eram tema de discussão todos os dias, elevando as exigências funcionais, estéticas e éticas na constante procura da “boa forma”, e após o estágio onde experienciei momentos em que a questão “se está bem ou mal” era crucial, pois só assim podemos corresponder às necessidades e acompanhar a constante evolução do Homem; surge a oportunidade para questionar as recomendações pré-estabelecidas com o intuito de propor alternativas que se apresentam como mais adequadas ao formato do documento em questão.

A tipografia com serifa é normalmente utilizada para textos corridos e extensos, logo, a opção da Times New Roman parece acertada. Porém existem dois fatores que demonstram alguns défi- ces para este caso em concreto. Um deles é a forte acentuação no contraste, que a longo prazo pode tornar-se numa mancha de texto compacta e pesada para a leitura. Outro fator é o tamanho doze, que não beneficia este tipo de letra, sendo esta reconhecida pelo realce vertical o tamanho excessivo desequilibra a relação entre as partes.

“Os corpos de letras mais legíveis são 8, 9, 10 e 11 pontos(…). A legibilidade depende sobretu-do da altura(…). Se o tipo escolhisobretu-do tem uma grande altura o corpo deverá variar entre 8 a 10 pontos. A assimetria ou simetria excessiva de uma página também pode afastar o interesse imedia-to e dificultar a leitura geral. Existem públicos com preferências estéticas imedia-totalmente assimétricas e que acabam por não se identificar com uma diagramação excessivamente simétrica”.1

Um equilíbrio entre a formatação dos textos e a tipografia utilizada são fundamentais para cativar e garantir uma correta interação com o leitor. Com base nesses estudos e fundamentos, o relatório será apresentado com várias disposições: em certos momentos em texto corrido, mas também em determinados momentos em colunas, a tipografia utilizada é a Times New Roman em tamanho onze.

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A realização deste trabalho não teria sido possível sem a colaboração, estímulo e empenho de certas pessoas. Reflete, portanto, um pouco dos “sumos” que tive a oportunidade de provar desde que iniciei a minha formação, entre outros pormenores que se vincularam ao meu espirito, toma-dos das pessoas excepcionais que me acolheram, me ensinaram... que conseguiram suportar toda a energia que liberto e que, acima de tudo, se moldaram e me fizeram moldar de uma maneira incrível, tornando-me a pessoa que sou e despertando a paixão que estava adormecida, dormente, no meu interior.

Assim, quero agradecer ao Professor Maurício Vieira, orientador deste trabalho e CEO da empresa que me acolheu - AMV, pela motivação, ensinamentos e permanente disponibilidade mostrada ao longo de todo este processo. Com as suas observações críticas e conselhos foi possível desenvolver o espírito e o desejo de querer adquirir mais conhecimentos e colocar em prática tudo o que fui aprendendo ao longo destes anos.

Aos meus colegas de curso e em especial à Bárbara Duarte que me “sacudiu o espírito”, me acompanhou durante esta digressão, levando-me a criar elevados objetivos de vida. À equipa de trabalho e amigos, André Cadavez, Carlos Félix e Alexandre Piedade pela força, companheiris-mo, apoio e ensinamentos fundamentais que me transmitiram.

À minha família, pelo carinho, apoio e por estarem sempre presentes, principalmente neste momento decisivo para o meu futuro, especialmente à minha mãe que fez de mim Homem, dedi-co-lhe todo o meu trabalho.

Ao Carl Sagan, Neil deGrasse Tyson, Ross Lovegrove, Leonardo da Vinci, Victor Wooten...pela inspiração que me oferecem em todos os momentos da vida.

Deixo também um agradecimento ao meu grupo de amigos de longa data, Joel Lourenço, José Alfredo, Luís Pinto, Hugo Marques, Rafael Cavaco, João Esteves e Rodrigo Gomes pelo tempo que dispensaram em chamar-me à razão e me conseguirem estimular a voltar ao ativo.

Por fim, a todo o corpo docente do curso de Design de Equipamento e todos os colaboradores dos laboratórios e oficinas de Design, com especial atenção aos Professores Miguel Lourenço, Paulo Costa, Raúl Pinto, Rui Pitarma e Sérgio Lemos. E a todos os que, direta ou indiretamente, contribuíram de alguma forma para a realização deste trabalho.

A todos, Muito Obrigado.

Agradecimentos

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Plano de Estágio Curricular

Pretende-se com este estágio compreender a inserção no mundo de trabalho assim como, desen-volver algumas competências para, da melhor forma, responder às necessidades e exigências do mercado.

Assim são definidos os seguintes pontos a serem abordados pelo estagiário:

- Relação com a equipa de trabalho e métodos usados;

- Participação concreta em trabalhos de comuni-cação, produto e ambientes;

- Apoio em momentos de produção de espaços relacionados com o tema Design de Ambientes;

- Noção de custos de criação e produção;

- Contacto com o cliente e avaliação do trabalho final;

- Cruzamento de conhecimentos de forma a entender o perfeito equilíbrio entre os momentos de projeto e a sua concretização real.

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Resumo

O presente relatório caracteriza sumariamente a instituição acolhedora, atelier Maurício Vieira Unipessoal Lda., e descre-ve as principais atividades realizadas no âmbito do estágio curricular.

No decorrer do estágio foram desenvolvidos diversos traba-lhos, dos quais se destacam dois projetos, ambos relacionados com desenvolvimento de produto. O primeiro projeto trata da conceção de um candeeiro suspenso de luz cénica, realizado para um cliente privado do atelier, este foi tido como projeto de referência. O segundo consta da criação de uma churras-queira modular, sendo este projeto de âmbito indústrial, para apresentação ao cliente/empresa Pedrasina.

Para além da realização destes projetos primordiais foram desenvolvidos outros trabalhos que surgiram pontualmente, com tarefas maioritariamente de pesquisa, investigação e apoio à equipa de trabalho, alguns destes culminaram no esboço de soluções e em maquetes virtuais.

Estes trabalhos foram desenvolvidos, na sua maioria, em colaboração com os Designeres Tiago Isidro e Ana Silva, e supervisão do Eng. João Carvalho e do Prof. Maurício Vieira. A realização de todo o trabalho seguiu, principalmente, a metodologia aplicada no atelier, porém, adotou-se um espírito crítico e pró-ativo, questionando e sugerindo a adequação dessa metodologia, tendo em conta alguns princípios da profissão e experiências de certos autores. Deste modo, simplificou-se a orientação durante o processo projetual.

A metodologia na área do design é uma ferramenta funda-mental, porque permite um avanço gradual, sustentado e seguro das fases do projeto, apresentando soluções que vão ao encontro das necessidades e pretenções dos utilizadores.

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“A curiosidade é mais importante que o conhecimento...” - Albert Einstein

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Índice

iii v vii ix xiii xix xxiii xxv xxvii xxix 1 3 4 6 6 6 6 7 8 9 9 10 11 12 13 15 17 17 18 20 21 Nota Prévia Agradecimentos Plano de Estágio Curricular Resumo Índice Índice de Figuras Índice de Esquemas Índice de Tabelas/Quadros Índice de Anexos Lista de Abreviaturas Relatório de Estágio Opiniões Introdução Geral Capítulo 1 - Abordagem ao Estágio 1.1 - Empresa 1.1.1 - Apresentação da Empresa 1.1.2 - Localização 1.1.3 - Organização Interna 1.1.4 - Instalações/Área de Trabalho 1.1.5 - Portfólio e Clientes 1.2 - Objetivos 1.3 - Metodologias em Análise 1.3.1 - Modelos de Gui Bonsiepe 1.3.2 - Metodologia do Atelier Maurício Vieira 1.3.3 - Design Thinking como processo metodológico Capítulo 2 - Projeto de Referência - Glow Light 2.1 - Introdução ao Projeto 2.2 - Objetivos do Projeto 2.3 - Análise de Tipologia 2.4 - Conceito 2.5 - Projeto Ideia

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Índice

21 22 22 23 24 25 26 28 30 30 31 32 35 37 38 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 53 55 2.5.1 - Idealização - Opção A 2.5.2 - Idealização - Opção B 2.5.3 - Idealização - Opção C 2.6 - Mock Up’s 2.7 - Refinamento do Produto 2.8 - Produto Final 2.8.1 - Detalhes Técnicos - Glow C 2.8.2 - Detalhes Técnicos - Glow O 2.9 - Enquadramento no Espaço 2.9.1 - Estudos - Glow Modelo C 2.9.2 - Estudo - Glow Modelo O 2.10 - Fotomontagens Capítulo 3 - Projeto Industrial - Barbicú 3.1 - Introdução ao Projeto 3.2 - Objetivos do Projeto 3.3 - Estudo do Mercado 3.4 - Projeto Ideia - Grelhador 3.4.1 - Aspeto Final e Pormenores 3.4.2 - Detalhes Técnicos 3.5 - Projeto Ideia - “CUT” 3.5.1 - Aspeto Final e Pormenores 3.5.2 - Detalhes Técnicos 3.6 - Projeto Ideia - Copa 3.6.1 - Aspeto Final e Pormenores 3.6.2 - Detalhes Técnicos 3.7 - Abordagem Ergonómica e Antropométrica 3.8 - Proposta para acessórios 3.9 - Produto Final Capítulo 4 - Projeto Gráfico - Viúva Monteiro 4.1 - Introdução ao Projeto

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Índice

55 56 58 59 61 62 63 64 64 65 66 69 71 73 A B C 4.2 - Normas da Marca

4.3 - Propostas para Cartão 4.4 - Solução Final Capítulo 5 - Vários Projetos 5.1 - Oppidani Bar - Estante 5.2 - Olipal - Aplicações 5.3 - Iberian Resins 5.4 - FMP - Estacionário - Arte Final 5.5 - Quinta da Biaia - Garrafa 5.6 - Stand Egipneus - Proposta de Remodelação 5.7 - Maria Gira - Rótulo para Compotas Conclusão Referências Bibliograficas Anexos Anexo 1 Anexo 2 Anexo 3

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Índice de

Figuras

6 8 9 17 19 20 21 22 22 23 24 24 25 25 27 27 29 30 30 31 31 32 33 35 37 38 39 39 42 42 45 48 Figura 1: Logótipo/Marca do Atelier Maurício Vieira

Figura 2: Compilação - Ambiente e Zonas de Trabalho Figura 3: Compilação - Entidades/Clientes do Atelier Figura 4: Ambiente de Inserção - Moradia Particular Figura 5: Análise Sincrónica - Pendant Light Figura 6: Composição de Imagens Moodboard Figura 7: Ideation Sketch´s - Opção A (Candeeiro Articulado) Figura 8: Ideation Sketch´s - Opção B Figura 9: Ideation Sketch´s - Opção C Figura 10: Mockups - Detalhes Figura 11: Desenhos de Refinação do Modelo C Figura 12: Desenhos de Refinação do Modelo O Figura 13: Produto Final - Glow O Figura 14: Produto Final - Glow C Figura 15: Detalhes da Fita LED e Tecido Figura 16: Pormenor Técnico da Suspensão Figura 17: Modelo O - Detalhes Técnicos Figura 18: Modelo C - Glow Light Figura 19: Enquadramento no Espaço - Modelo C Figura 20: Modelo O - Glow Light Figura 21: Enquadramento no Espaço - Modelo O Figura 22: Fotomontagem - Modelo O Figura 23: Fotomontagem - Modelo C Figura 24: Esboço do Conjunto Barbicú Figura 25: Esboço de Idealização Figura 26: Composição de Análise do Mercado Figura 27: Esboços de Pesquisa - Grelhador Figura 28: Esboço Final Figura 29: Esboço Ideia - Cut Figura 30: Compilação de Esboços Finais Figura 31: Compilação de Esboços - Copa Figura 32:Dimensões Antropométricas Relevantes para o Projeto

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Índice de

Figuras

49 49 50 50 51 51 55 56 57 58 61 61 62 62 62 62 62 63 63 63 63 64 64 64 65 65 66 66 67 Figura 33: Esboços para Pega da Grelha

Figura 34: Esboços para Plataforma de Repouso Figura 35: Produto Final - Render de Conjunto Figura 36: Produto Final - Render de Conjunto Figura 37: Produto Final - Ensaio de Luz Figura 38: Produto Final - Fotomontagem Figura 39: Logótipo - Versão Complementar Figura 40: Propostas para Cartão de Motorista - Op. 1 e 2 Figura 41: Propostas para Cartão de Motorista - Op. 3 e 4 Figura 42: Resultado Final Figura 43: Notas de Construção de Estante Figura 44: Dimensões Gerais de Estante Figura 45: Produção da Grafismos - Corte em Vinil Figura 46: Produção da Grafismos - Corte em Vinil Figura 47: Aplicação no Veículo Figura 48: Resultado Final Figura 49: Resultado Final Figura 50: Estudo 1 Figura 51: Estudo 2 Figura 52: Estudo 3 Figura 53: Estudo 4 Figura 54: Logótipo FMP - Código de Cor Figura 55: Logótipo FMP - Aplicação sobre Fundo Escuro Figura 56: Composição do Aspeto e Planificação da Garrafa Figura 57: Compilação de Fotomontagens - Proposta para Stand Figura 58: Esboço Explicativo para Composição do Stand Figura 59: Selo da Tampa Figura 60: Rótulo - Proposta Final Figura 61 - Resultado Final - Render

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Índice de

Esquemas

7 11 11 11 12 13 18 19 26 28 40 41 43 44 46 47 55 Esquema 1: Organograma do Atelier Maurício Vieira

Esquema 2: Processo Linear de Bruce Archer Esquema 3: Processo de “Feedback” de B. E. Burdek Esquema 4: Processo CIcular de Bob Borzak Esquema 5: Metodologia do Atelier Maurício Vieira Esquema 6: Modos da Metodologia do Design Thinking Esquema 7: Análise Diacrónica - Evolução do Candeeiro Suspenso Esquema 8: Análise Diacrónica - Evolução do Candeeiro Suspenso Esquema 9: Vista Explodida da Peça Esquema 10: Vista Explodida - Modelo O Esquema 11: Pormenores do Grelhador Esquema 12: Vista Explodida do Grelhador Esquema 13: Pormenores da “CUT” Esquema 14: Vista Explodida da “CUT” Esquema 15: Aspeto e Pormenores da “COPA” Esquema 16: Vista Explodida de “COPA” Esquema 17: Valores Cromáticos

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Índice de

Quadros/

Tabelas

26 28 41 44 47 48 Tabela 1: Componentes do Modelo C

Tabela 2: Componentes do Modelo O Tabela 3: Componenetes do Grelhador Tabela 4: Componentes da “CUT” Tabela 5: Componentes da COPA Tabela 6: Dados Antorpométricos da População Portuguesa

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Índice de

Anexos

A

B C Anexo 1: Desenhos Técnicos - Glow Light

Anexo 2: Desenhos Técnicos - Barbicú Anexo 3: Estacionário - FMP

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Lista de

Abreviaturas

Bidimensional Tridimensional

Acrylonitrile Butadiene Styrene

Alumínio

Atelier Maurício Vieira

Associação Portuguesa de Designers Cerca

Chief Executive Officer (Diretor Executivo) Computer Numeric Control

centímetro Diâmetro Designer Dimensão Engenheiro Espessura Exemplo Figura

Instituto Politécnico da Guarda

Light Emitting Diode

metro milímetro Mockup Opção Página Século

Styrene Butadiene Rubber

2D 3D ABS AL AMV APD c. CEO CNC cm d D.er dim Eng. esp. ex. Fig. IPG LED m mm MU Op. pág. séc. SBR

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Opiniões

Durante todo o percurso académico muitas opiniões divergiram ao tentar definir o que é o design. Embora se possa afirmar que a área do Design é multi-discipilinar, permitindo e depen-dendo da inter-relação de várias áreas técnicas e científicas, visando responder a um propósito, não devemos deixar de explorar outras opiniões, por forma a desenvolver uma consciência funda-mentada em relação a esta área tão bela e surpreendente.

Dado isto, e para melhor compreender o que é o Design, devemos, primariamente, perceber a área de intervenção do designer. Segundo a APD, nesta constante mudança em que vivemos “(...)o designer é chamado a antecipar problemas, definir estratégias, gerar oportunidades e liderar proje-tos multidisciplinares. Essa circunstância de ter que interagir com os diferentes intervenientes no processo coloca-o numa posição ideal dentro das empresas ou instituições para conduzir e articu-lar processos de mudança.”2 Ou seja, “(...)o designer exerce uma actividade projetual – que

incor-pora e produz inovação – destinada a estabelecer as qualidades formais e funcionais de objectos, espaços, processos, serviços, sistemas e mensagens, tendo em conta a sua interação com o homem e considerando um ciclo de vida completo – da produção à utilização e eventual extinção.”3

Assim percebemos a amplitude desta área e as responsabilidades subjacentes à sua prática, contudo ainda não se “quebrou” a ambiguidade na definição de Design. Para isso, faz-se uma análise às definições mais vibrantes de quem participa nesta tão vasta atividade.

O professor de história da cultura e do design, Beat Schneider, define Design como “(...)a visualização criativa e sistemática dos processos de interação e das mensagens de diferentes atores sociais; é a visualização criativa e sistemática das diferentes funções de objetos de uso e sua adequação às necessidades dos utilizadores ou aos efeitos sobre os recetores.”4

Na mesma linha de pensamento, mas de uma forma mais incisiva, Mônica Moura sugere que “(...) Design significa ter e desenvolver um plano, um projeto, significa designar. (...)significa pesquisar e trabalhar com referências culturais e estéticas, com o conceito da proposta. É lidar com a forma, com o feitio, com a configuração, a elaboração, o desenvolvimento e o acompanha-mento do projeto.”5 Então, o Design está em permanente adaptação para que possa, da melhor

forma, responder às necessidades atuais e prever as futuras, não obstante as responabilidades e/ou consequências que esse design transporta. De uma forma simplista, Eames defende que o Design trata de “um plano para organizar elementos de tal forma a melhor realizar um propósito particu-lar.”6

Concluí-se que o Design é mesmo isto: uma explosão de ideias de diferentes atores e agentes, condicionadas pelo problema, dirigidas às necessidades.

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Introdução Geral

Este trabalho foi realizado com o objetivo de obter o grau de licenciado em Design de Equipamento. Permitiu aplicar e consolidar os mais variados conhecimentos científicos, técnicos e artísticos adquiridos durante a formação académica no âmbito do estágio curricular.

O relatório visa apresentar a sequência do trabalho elaborado no período de estágio. Reflete, portanto, as novas experiências adquiridas em diversas áreas, com vários profissionais, assim como a consolidação da formação anteriormente conseguida com o conhecimen-to pessoal. Regisconhecimen-tos foconhecimen-tográficos, planeamenconhecimen-tos metodológicos, procura e definição de problemas, desenhos de estudo, execução de maquetes físicas e virtuais, estudos de protótipagem, apresentação de soluções e viabilidade produtiva das mesmas, são ocasiões que retratam a peculiaridade de todo o processo de design tido durante o estágio.

Atuar no mercado de trabalho exige o desenvolvimen-to de várias competências, capacidade de interacção com equipas de trabalho, bem como o desenvolvimento de uma atitude e postura pró-ativa. Para melhor enfren-tar as mais variadas dificuldades do dia a dia é funda-mental ter uma visão aberta e encarar os obstáculos como um desafio em vez de fazer destes um problema que impeça alcançar a meta final. O design é criativo, tem de inovar, acrescentar mais valia ao projeto, é uma atividade que promove diariamente a imaginação, o sonho com as mais variadas soluções, formas, relações em estudo. É portanto, a alocação de fortes energias em prol dos mais variados propósitos e necessidades.

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Em suma, e para além de toda a experiência ganha e competências desenvolvidas, o principal objetivo deste estágio passou pelo desenvolvimento dos seguintes projetos:

- Glow Light, Candeeiro Suspenso - Projeto de Referência;

- Barbicú, Churrasqueira Modular - Projeto Industrial; - Criação de Elementos de Comunicação (Cartão de Motorista - Viuva Monteiro; Rótulo de Doces - Maria Gira.);

- Apresentação de Propostas de Comunicação (Vetor-ização de Motivos de Antigas Civilizações - Oppidani Bar; Criação de Símbolos - Iberian Resins.);

- Modelações 3D e Maquetizações Virtuais (Expositor - Oppidani Bar; Stand/Receção - Egipneus.)

- Preparação e Aplicação de Elementos de Comuni-cação (Corte em Viníl; ApliComuni-cação em Moradia Privada; Aplicação em Veículos - Olipal; Aplicação em Estabe-lecimentos Comerciais - Estrela Mar.);

- Vários (Criação de Esboços; Estimativas de Produção/Orçamentação; Apoio à Equipa de Trabalho no Desenvolvimento de Projetos.).

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Capítulo 1 - Abordagem ao Estágio

1.1 - Empresa

1.1.1 - Apresentação da Empresa

Em Janeiro do ano 2000, foi criado o Atelier Maurício Vieira, Unipessoal Lda. Inicialmente muito ligado ao design gráfico e de comunicação, foi rapidamente conhecido como um dos ateliers de design mais conceituados da cidade da Guarda. Um dos fatores que lhe deu esse recon-hecimento foi o facto do jornal «O Interior», ter sido considerado o melhor jornal regional do País. Este, foi o primeiro projeto de referência do atelier tendo colaborado na estruturação e paginação do jornal, sendo um dos fatores dessa eleição a inovação do projeto gráfico, fazendo assim parte integrante do jornal até hoje, e mesmo parte do seu concelho editorial.

Atualmente a empresa atua no setor do design de Ambientes, Equipamento e Comunicação. Consciente da importância que o design tem na intervenção da qualidade de vida da sociedade, as suas intervenções visam encontrar soluções estéticas, técnicas, funcionais e emocionais nas várias vertentes que o design proporciona, procurando conceitos criativos e sustentáveis que melhorem significativamente a promoção e divulgação da instituição, dos seus produtos, espaços e equipa-mentos realizados.

O designer Maurício Vieira (fundador do atelier) passou por algumas empresas conceituadas, das quais se destacam, a OLIVA (Industrias Metalúrgicas) e a FORM (Leon – França) participou ainda numa publicação da conhecida revista alemã “novum”.

Atualmente administra o atelier Maurício Vieira e é Professor Especialista na área do design no (IPG) Instituto Politécnico da Guarda.

1.1.2 - Localização e Contactos da Empresa Atelier Maurício Vieira

Rua António Sérgio, N 49, 2ºDTO 6300-665 Guarda +351 271 213 201 +351 271 213 224 info@mauriciovieira.com mauriciovieira@mauriciovieira.com

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Figura 1: Logótipo/Marca do Atelier Maurício Vieira Fonte: www.mauriciovieira.pt/ [acedido a: 1/6/2015]

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1.1.3 - Organização Interna A equipa de trabalho do atelier Maurício Vieira é composta por três elementos fundamentais: O designer Maurício Vieira é o diretor criativo e gerente do atelier, tomando todas as decisões máximas, delegando, acompanhando e supervisionando os trabalhos desenvolvidos, nas diversas fases, pela equipa.

O engenheiro, marketeer e designer João Carvalho, elabora os projetos de interiores (plantas, cortes, equipamentos, desenhos técnicos, orçamentos, etc). É responsável assim pelo departamen-to de engenharia do atelier. Intervindo também em alguns processos de design gráfico.

O designer gráfico Tiago Isidro desenvolve trabalhos gráficos, desde cartazes, logótipos outdoors entre outros, faz também trabalhos de exterior relacionados com o seguimento dos proje-tos desenvolvidos internamente na empresa ao nível de aplicações nos seguintes suportes: em vinil autocolante e papel de parede.

Atualmente o atelier conta com mais uma colaboradora, Ana Sofia Silva, mestre em Design de Interiores. Esta é a responsável pela maquetização virtual (3D) e renderização de espaços perten-centes a projetos em execução no atelier.

Apesar da constituição da empresa ter uma hierarquia piramidal, o ambiente que a envolve, transmite igualdade, liberdade de expressão e acima de tudo consideração por todas as opiniões.

Designer Maurício Vieira

(Administrador do Atelier)

Engenheiro João Carvalho

(Responsável pelo departamento de engenharia do atelier)

Designer Gráfico Tiago Isidro

Designer Multimédia e Interiores Ana Sofia Designer de Equipamento

Eduardo Vanzeler

(Estagiário)

Esquema 1: Organograma do Atelier Maurício Vieira Fonte: Elaboração Própria

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1.1.4 - Instalações/Área de Trabalho

O atelier Maurício Vieira está munido de tecnologia, dispositivos e ferramentas necessários para a elaboração de projetos de comunicação, interiores e equipamento, com maior ênfase nas tecnologias que permitem a realização de projetos gráficos e de comunicação, em vários suportes.

O local de trabalho nem sempre foi no interior do atelier, alternando entre o contacto no exterior com outras empresas/clientes. Desta forma, foram proporcionadas todas as condições necessárias para cumprir com os objetivos propostos.

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Figura 2: Compilação - Ambiente e Zonas de trabalho do Atelier Fonte: www.mauriciovieira.pt/ [acedido a: 4/6/2015]

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1.1.5 - Portfólio/Clientes

O aterlier Maurício Vieira participou em bastantes projetos, dentro e fora de Portugal. Conse-guiu fidelizar alguns clientes pela a qualidade prestada nos trabalhos elaborados.

Conta já com um vasto portfólio, composto por mais de cinquenta projetos, para mais de vinte empresas/clientes. Os trabalhos alternam sobretudo, entre identidade visual e interiores/ambien-tes.

A imagem seguinte mostra alguns dos principais clientes do atelier Maurício Vieira.

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1.2 - Objetivos

O principal objetivo deste estágio consiste em aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo da formação académica nas diversas áreas de competências, referente à licenciatura em Design de Equipamento.

A colaboração com a empresa prestou-se essencialmente nas áreas de design de interiores, equi-pamento e comunicação. Os objetivos definidos pelo orientador implicavam dominar um vasto

Figura 3: Compilação - Entidades/clientes do atelier Fonte: www.mauriciovieira.pt/ [acedido a: 4/6/2015]

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Especificamente as competências exigidas, no interior do atelier, são:

- Capacidade de interagir e de integração com a equipa de trabalho e colaboradores; - Sistematização dos processos, com o intuito de concretizar os objetivos predefinidos; - Capacidade de analisar e executar projetos virtuais em 2D e 3D;

- Aplicar os conhecimentos adquiridos na formação académica; - Questionar, observar, definir e aplicar metodologias projetuais; - Capacidade de resposta rápida às necessidades do mercado;

- Domínio de softwares de: Modelação virtual 2D e 3D; Render; Post-Processing; Ilustração; - Domínio de técnicas de Sketching e Rendering manuais, por forma a conseguir uma comuni-cação eficaz e definir estruturas.

Já para o ambiente exterior pretende-se que o estagiário tenha:

- Capacidade de deslocação aos locais para levantamentos dimensionais e fotográficos de ambientes para concretização de futuros projetos;

- Capacidade para acompanhar e realizar aplicações diretas em espaços interiores ou exteriores, dos projetos elaborados no atelier;

- Capacidade em colaborar com profissionais de outras áreas com objetivo de criar harmonia profissional para um bom desenvolvimento de projeto.

1.3 - Metodologias em análise

Para o desenvolvimento de cada projeto, existem vários métodos e técnicas que permitem ajudar na resolução de questões inerentes ao projeto. Não há contudo uma única metodologia ou técnica que se ajuste aos vários projetos, pois estes variam conforme a sua natureza e tipo.

Todo o produto de design é o resultado de um processo de desenvolvimento determinado por condições e decisões. A metodologia projetual não tem como objetivo estabelecer um único método no processo projetual, mas sim, é o processo que o designer utiliza para chegar a uma solução, considerando todas as características e processos pelos quais um produto deverá passar para atender satisfatoriamente às funções pré determinadas.

Segundo Gui Bonsiepe, a atitude racional que caracteriza estes esforços tem um objetivo duplo: “por um lado, evitar um comportamento errático colocando-se metas precisas a atingir gradual-mente; por outro lado, motivar as decisões projetuais, isto é, fornecer a explicação de como um projeto chegou a uma determinada solução e não outra.”7

Dada a tendência para academizar a metodologia projetual, e a pouca importância que dá à prática projetual concreta, recorde-se aqui o juízo de C. Alexander:

“Desde que o livro foi publicado desenvolveu-se em torno da ideia de ‘metodologia projetual’ um setor académico inteiro(...)desejo declarar publicamente que rejeito a ideia da metodologia projetual como objeto de estudo, porque acho absurdo separar o estudo do processo projetual da sua prática.”8

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7 Bonsiepe, Gui. Teoria e Prática do Design Industrial, Elementos para um manual crítico. Centro Português de Design, 1ª Edição, 1992, pg. 203. 8 ALEXANDER, C. Notes on the Synthesis of Form, Harvard University Press, Cambridge, 1971, prefácio à 6ª Edição.

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Atendendo ao juízo de C. Alexander, e em concordância com o mesmo, pode constatar-se que para uma metodologia projetual ser eficiente e eficaz terá de ser colocada em prática na concreti-zação real de projetos.

Posto isto, será feita uma análise a várias metodologias e por fim comparadas à metodologia aplicada no atelier Maurício Vieria, por forma a selecionar a mais adequada aos projetos em desenvolvimento.

1.3.1 - Modelos de Gui Bonsiepe

O modelo de classificação de metodologias de Bonsiepe, distingue quatro grupos, definidos por ele como os tipos de classificação da macro-estrutura9 do processo projetual.

Estes grupos têm em conta:

tipo 1 - Linearidade;

tipo 3 - Circularidade;

tipo 2 - Feedback;

tipo 4 - Flexibilidade entre etápas;

Processo alemão, mais complexo. (sem relevância para o estudo)

Problema Análise da Situação Definição do Problema Concepção e Geração de Alternativas Avaliação e Escolha Realização

Esquema 2: Processo línear de Bruce Archer Fonte: Um Modelo de Classificação

para Metodologias de Design.

Esquema 3: Processo de “feedback” de B. E. Burdek Fonte: Ibid. Estabelecimento de um programa Coleção de dados Análise Síntese Desenvolvimento Comunicação 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 7 1. Percepção do Problema 2. Identificação do Problema 3. Detalhar o Problema 4. Desenvolvimento de Conceitos 5. Desenvolvimento de soluções e alternativas 6. Realização e avaliação de soluções 7. Comunicação 1 2 3 4 5 6 7 8

(45)

1.3.2 - Metodologia do Atelier Maurício Vieira

Em cada projeto a desenvolver há que respeitar as necessidades e objetivos do cliente. Após contacto desenvolvido com o cliente culminando com a entrega do briefing, dá-se inicio ao proje-to, tendo em conta o orçamento (Budjet) proposto.

Assim a metodologia aplicada no atelier apresenta-se como ilustra o esquema 5.

1ª Fase 2ª Fase 3ª Fase 4ª Fase 5ª Fase 6ª Fase 7ª Fase

1ª Fase Briefing - Objetivos - Target - Budjet 2ª Fase Análise de Situação - Documentos - Recolha fotográfica - Equipamentos - Cliente 3ª Fase Conceito - Definição do problema - Esboços - Materiais - Desenvolvimento inicial do projeto 4ª Fase Refinação

- Seleção da solução que melhor se adequa aos objetivos - Refinação da solução 5ª Fase Avaliação e Escolha - Aprovação (Feedback positivo -o pr-ojet-o avança para a proxima fase)

- Reprovação

Retorno à 3ª fase, caso se verifique uma má definição do problema, ou retorno à 1ª fase caso se verifique uma má interpretação dos objetivos e target. 6ª Fase Finalização do Projeto

- Desenhos e Estudos Finais

7ª Fase

Execução/Realização

- Implementação do Projeto - Materialização do Projeto

12

Esquema 5: Metodologia do Atelier Maurício Vieira Fonte: Elaboração Própria

(46)

Estudar o público-alvo para o qual se está a projetar, a partir da observação, entrevistas ou mesmo experimentação.

Quem é o utilizador? Quais os seus interesses?

Criar um ponto de vista baseado nas necessidades e introspecções do(s) utilizador(es).

O que necessitam eles?

Criar “brainstormings” por forma a idealizar o maior número de soluções criativas. Encorajar ideias selvagens. Representar/prototipar uma ou mais soluções de maneira a mostrar aos outros.

De que forma posso mostrar a minha ideia?

Partilhar o protótipo com o utilizador para obter o seu “feedback”.

O que funcionou? O que não funcionou?

1.3.3 - “Design Thinking” como processo metodológico “Desde sempre, o Design tem sido um catalisador em processos de inovação e no desenvolvi-mento de novos produtos e serviços. Na última década o termo Design Thinking, ganhou popula-ridade nas organizações, transformando-se numa referência para a consciencialização de que muitos profissionais podem beneficiar com a forma de pensar e trabalhar dos designers. O Design

Thinking é hoje um dos principais tópicos na Gestão, na Inovação, na Engenharia e na Educação.

A maneira como o designer percepciona e interpreta objetos e situações, criando novas aborda-gens e soluções, abre novos caminhos para a inovação empresarial.”10

O seguinte modelo metodológico define um processo que incide no user-centered-design e permite uma percepção e definição, mais corretas, do problema em estudo assim como possibilita a geração de uma maior número de ideias e a participação do próprio utilizador no processo de desenvolvimento do projeto. Assim, sempre que possível, será conciliado (parcialmente ou por inteiro) este processo metodológico com a metodologia do atelier Maurício Vieira.

Empatia

Definir

Idealizar

Prototipar

Testar

(47)
(48)

LIGHT

Projeto de

Referência

(49)
(50)

2.1 - Introdução ao Projeto

O seguinte projeto refere-se a um candeeiro suspenso de luz cénica.

Foram inicialmente definidos alguns parâ-metros a ter em consideração, tais como: Criar um artefacto luminso que se enquadre no espaço existente (Fig. 4); Ir ao encontro das necessidades e pretensões do cliente-alvo; Utilização de tecido com o objetivo de oferecer um aspeto visual dinâmico e inovador.

Tratando-se de um projeto exclusivo, teve-se especial consideração no processo de produção necessário para a obtenção do artefacto de modo a contornar gastos desnecessários em matéria-prima, mão de obra e tecnologia/pro-dução do mesmo. Dado isto, desenvolveu-se um conjunto de soluções para o objeto, passan-do por produtos articulapassan-dos, produtos com carisma industrial e produtos de produção (semi) manual de baixo custo.

2.2 - Objetivos do Projeto

Os artefactos luminosos com um princípio cénico, quando inseridos num determinado ambiente, promovem a beleza e o encanto do local sem perturbar a disposição geral já existente.

Capítulo 2 - Projeto de Referência // GLOW Light

Por norma respondem ao gosto e sensibili-dade de quem os adquire e utiliza. Além de um produto com determinada função é também um produto de charme, decorativo, servindo de complemento expositivo para o espaço.

Assim, pretende-se conceber um candeeiro suspenso para uma sala de estar/jogo, que toque em detalhes de panejamento e gere uma solução harmoniosa para o espaço envolvente, despertando sensações e emo-ções aos utilizadores.

A importância de conceber produtos que geram emoções e que passam da simples matéria e propósito funcional, para algo que cause uma reação afetiva ao utilizador é fundamental nos dias de hoje. Um dos fatores chave de compra, tido pela sociedade em geral, é o gosto ou prazer que o indivíduo tem em contemplar a peça. Neste sentido, o proje-to Glow focou-se na procura do belo.

(51)

2.3 - Análise de Tipologia11

Candeeiros12 suspensos podem ser expostos pendurados no teto, ou noutro suporte, em single ou em aglomerado.

Os primeiros exemplares de candeeiros suspensos são produzidos em argila, apresentando um reservatório para gordura animal ou óleos. Posteriormente aparecem os vasos de óleo.

Os romanos tinham vários nomes para os candeeiros a óleo portáteis, que permitiam a atividade noturna, tais como: Lampas; Lucerna; Lanterna. Estes contentores de óleo eram construídos em terracota ou metal, com formas variadas ou mesmo decorações elaboradas, contudo os elementos básicos eram os mesmos consistindo numa roda fechada que suportava o azeite ou óleos perfuma-dos, um ou mais pavios e uma asa (pega).

Um enorme passo na evolução das luminárias suspensas foi a utilização do vidro, pois a luz poderia ser projetada para baixo.

O advento de fontes de luz mais eficazes, tais como a parafina e a lâmpada incandescente, redu-ziram a funcionalidade do candeeiro de cristal. Foi então impelido a este tipo de candeeiros uma nova posição, a decoração por si só, mesmo quando apagados.

O candeeiro suspenso tem uma longa história, e o seu estilo foi mudando, nenhum outro tipo de luminária nos mostrou tanto exagero na proposta para formas. Os candeeiros suspensos são mais do que aparelhos de iluminação simples: pela primeira vez, os nomes dos fabricantes individuais (que também foram inicialmente os designers) começaram a aparecer - Parker William, Perry William, e F. & C. Osler na Inglaterra, Baccarat na França. Entre o cristal boémio são Schonbek e Swarovski, Josef Lobmeyer, na Áustria, a fábrica de vidro do Monte Washington nos Estados Unidos, e muitos mais.

18

Lamparina suspensa Barro e gordura animal

2700 a.C. Lamparina Grega Barro e óleo c. 500 a.C. Lamparina Romana Vidro e óleo Séc. III d.C. Candeeiro Bizantino Vidro e óleo Séc. XI d.C. Gaiola Asiática Metal e vela Séc. XVII d.C. Esquema 7: Análise diacrónica - Evolução do Candeeiro Suspenso

Fonte: www.designboom.com/history/p_origin.html [Acedido a: 23-6-2015]

11 History of pendant lamps: the chandelier - Artigo publicado no website Designboom (www.designboom.com/history/p_origin.html) 12 A palavra candeeiro tem a sua origem da palavra “Chandelle”, em francês - Vela.

(52)

O crescente mercado de classe média, entretanto, estava satisfeito com versões mais acessíveis, com escala e custo reduzidos.

O candeeiro permaneceu popular até ao início do séc. XX, contudo os novos estilos decorativos da época, tais como Arts&Crafts, Art Nouveau, Art Deco na generalidade optaram por outras formas de iluminação. Após a segunda Guerra Mundial a direção subconsequente para novas formas de cada elemento do interior doméstico trouxe o candeeiro suspenso de volta à vida, com o trabalho dos italianos Gino Sarfatti e Achille Castiglioni e o alemão Ingo Maurer.

O esquema anterior e o esquema a baixo (Esquema 7 e 8, respetivamente) refletem uma breve diacronia nesta tipologia de produtos, por forma a se conseguir o enquadramento desejado para o artefato a projetar.

Contudo é também necessário “dar uma volta” pelo panorama atual desta tipologia (Fig. 5), para que se perceba os limites tecnológicos e estéticos já superados e implementados.

Esquema 8: Análise Diacrónica - Evolução do Candeeiro Suspenso. Fonte: www.designboom.com/history/p_origin.html [Acedido a: 23-6-2015]

Candeeiro por Gino Sarfatti para a FLOS, 1956 Birdy por Ingo Maurer 2002 Pendant Lamp para Designboom 1920’s

Heavy guys Lamp Misha Vos para Trico, 2001

Campari light Raffaele Celentano Ingo Maurer, 2002

(53)

2.4 - Conceito

Este projeto baseia-se em detalhes de paneja-mento e na fluorescência emitida pela difusão da luz no tecido, procurando a beleza em padrões tão assimétricos e aleatórios que compõem uma dinâmica impar na apresentação e enquadramen-to do artefacenquadramen-to.

Foram exploradas algumas configurações simples para a estrutura do objeto, tendo em conta uma produção de baixo custo e o tipo de pessoa para o qual se direciona o projeto.

A máxima tomada para a idealização do artefacto foi: Mais beleza com menos recursos.

Tratando-se de um artefacto de luz cénica, foi dada maior enfâse à aparência do que à eficácia luminosa que este tem. Está, portanto, prevista a utilização de fitas LED para a emissão de luz, por forma a criar o efeito pretendido.

O produto tem de revelar algum charme e evocar o requinte necessário para se enquadrar no espaço que se pretende, visto que se trata de uma área completamente personalizada, sendo a maioria dos objetos envolventes exclusivos.

Um dos materiais que fará parte da peça é o alumínio polido, pois transmite uma sensação de limpeza e depuração. É um material leve, resis-tente e duradouro com um brilho encantador.

Pretende-se que a conjugação deste material com o tecido crie uma atmosfera harmoniosa em volta do produto.

20

Figura 6: Composição de imagens - Moodboard Fonte: Pesquisa variada na web.

(54)

2.5 - Projeto Ideia

2.5.1 - Idealização - Opção A

Inspirada em articulações anatómicas esta solução apresenta-se como um objeto transformável permi-tindo várias posições de iluminação. Com a articula-ção é conseguido um dinamismo peculiar colocando o tecido esticado quando a peça se encontra “estendi-da”, quando extremidade da peça é rebatida o tecido acompanha o movimento da parte criando uma confi-guração aleatória na sua disposição (como ilustra a figura 7).

Pretende-se que a estrutura interna seja concebida em alumínio (perfis circulares - 6 mm). O tecido será posteriormente feito à medida para a estrutura e costurado nas extremidades, terá de apresentar alguma elasticidade. A iluminação será feita por fitas LED, agregadas aos perfis internos da estrutura.

(55)

2.5.2 - Idealização - Opção B

Esta solução mostra-se mais simples do que a anterior, não permitindo qualquer movimento.

O candeeiro é suspenso por duas barras de alumínio polido que atravessam um eixo central horizontal. Este eixo está agregado a dois cilindros que suportam a eletrónica da iluminação. As extremidades são ligadas ao eixo central, por soldadura, por um perfil que acolherá a iluminação (fita LED). Posterior-mente passarão cabos a conectar as extremi-dades ao centro, de maneira a suportar o tecido mantendo a configuração circular.

O desenho ao lado (Fig. 8), reflete o aspeto idealizado para esta solução.

2.5.3 - Idealização - Opção C

Seguindo o princípio da solução anterior, esta opção varia em dimensões e quantidade de peças utilizadas. Em vez de ser suportada por 2 barras que atravessam o centro da peça, será suspensa por dois cabos de aço coloca-dos nas extremidades, dispensando também o eixo central horizontal, ou seja, o tecido cobrirá toda a zona de iluminação de uma extremidade à outra.

A ligação dos cabos de suspensão à extre-midade permitirá ajustar a distância da peça em relação ao teto.

22

Figura 8: Ideation Sketch’s - Opção B Fonte: Elaboração Própria

Figura 9: Ideation Sketch’s - Opção C Fonte: Desenho de Maurício Vieira

(56)

2.6 - Mock up´s

Os mock up´s serviram para a discussão de pormenores e apresentação em desenho tri-dimen-sional dos modelos idealizados, não vinculando a forma final do objeto, sendo necessária uma refinação posterior para a solução escolhida pela equipa de trabalho.

Concluíu-se que o opção B seria demasiado dispendiosa em comparação às outras soluções, devido à quantidade de material e mão de obra necessária para a sua realização.

As opções A e C, são as que melhor se enquadram nos parâmetros delimitados inicialmente. Sendo duas propostas completamente distintas é necessária uma avaliação profunda dos encargos materiais e laborais inerentes a cada uma das soluções, não obstante do enquadramento no espaço e preferência do cliente. Opção A: Articulado Metal Tecido Fita LED Opção B: Metal Tecido Fita LED Opção C: Altura Regulável Metal Tecido Fita LED

(57)

2.7 - Refinação do Produto

Entre as soluções idealizadas a escolhida foi a opção C, por se apresentar com a melhor viabili-dade produtiva, além de uma construção simples e elegante.

A configuração fisica do objeto irá sofrer algu-mas alterações, relativamente ao MU apresenta-do anteriormente, passanapresenta-do da forma circular para uma forma trapezoidal. A vista frontal também apresenta uma ligeira alteração, sendo que as extremidades assumiram uma posição diagonal em detrimento do paralelismo, o que confere à peça um ótimo dinamismo evocando o movimento.

Serão feitas duas propostas para esta solução: Na primeira, o tecido irá envolver toda a estrutu-ra por forma a criar um efeito de difusão de luz no tecido, deixando que se perceba o brilho. O tecido será algo como tule de lycra ou organza, que apresentam microperfurações. Já na segunda solução a fonte de luz não será envolvida, ou seja, haverá projeção direta da luz para o solo, tendo esta solução um âmbito mais funcional. O tecido aplicado na segunda proposta será veludo, já que não se pretende uma difusão de luz pelo tecido mas sim pela abertura da peça.

24

Figura 11: Desenhos de Refinação do Modelo “C” Fonte: Elaboração Própria

Figura 12: Desenhos de Refinação do Modelo “O” Fonte: Elaboração Própria

(58)

2.8 - Produto Final

Glow Light é uma luminária de luz cénica que se inspira no efeito de insetos coléopteros (biolumi-nescentes). É composto por dois modelos, um de luz direta, outro de luz difusa.

Glow é revestido por um tecido, que permite a difusão de luz criando um efeito de fluorescência.

O tecido é um pouco mais comprido que a estru-tura por forma a criar as oscilações típicas do pane-jamento.

Os acabamentos em alumínio polido combinam de tal forma com o tecido conferindo, à peça, um “ar” leve e depurado.

A zona de ataque ao teto é igual para ambos os modelos e é composta por duas chapas finas de alumínio e dois batentes de borracha (Fig.16).

Figura 13: Produto Final - Glow O Fonte: Elaboração Própria

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1 3 2 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8 Extremidades (AL) Perfil (AL - 12x12mm) Tecido

Cabo de Aço (1mm esp.) Chapa Proteção (AL) Chapa de Suspensão (AL) Batente (SBR - “Borracha”) Cabo de Suspensão (1mm esp.)

2 1 1 7.5 m 1 1 2 2.2 m Peça Qtd. Suspensão - Pormenor Técnico na Fig.16, pág. 27

2.8.1 - Detalhes Técnicos - Glow C

A refinação do produto apresenta algumas alterações em relação à solução incial (opção C - mockup).

O modelo apresentado no esquema 9 refere-se ao Glow C, candeeiro de luz difusa - totalmente revestido a tecido.

Pretende-se com esta refinação melhorar a viabilidade de produção, reduzindo os custos de material e tempo. Assim, como mostra a explosão do objeto, será utilizada uma barra central de alumínio (12x12mm) ligada às extremidades por soldadura. Será também utilizado um cabo de aço (cerca de 7 metros de comprimento, com 1mm de espessura) que unirá as extremidades para sustentar o tecido. Na barra central serão instaladas as fitas LED (c. 3m).

As extremidades foram idealizadas para produção em Alumínio polido, por forma a dar um acabamento mais elegante e depurado ao artefacto.

Para o tecido apresentaram-se duas soluções: Preto perfurado - Tule de Lycra ou Poliéster - de maneira a permitir a passagem de luz; Branco - Tecido Organza.

A escolha destes materiais e cores vão ao encontro do ambiente em que se pretende inserir a peça.

26

Esquema 9: Vista Explodida da Peça Fonte: Elaboração Própria Tabela 1: Componentes do Modelo C

(60)

Fitas LED coladas à Barra central

Estria para segurança do tecido Cabos de Aço (1mm) -

O propósito destes cabos é criar tensão para sustentar o tecido. 50 35 2 3 1, 5 195 170 6 6 99 Batentes -

Com furo para pasagem de parafuso M6

Cabos de suspensão -

Cabo de aço de 1mm espesura.

Chapa de Aço Inox -

Chapa de cobertura em Inox Polido

Chapa central -

Chapa de Inox (3mm) para passagem de cabos de suspensão e montagem no tecto

Figura 15: Detalhes da Fita LED e Tecido Fonte: Elaboração Própria

(61)

4 5 6 7 Suspensão - Pormenor Técnico na Fig.16, pág. 27 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Extremidades (AL) Varão (AL - d 6mm) Tecido

Chapa (AL esp.1,5mm) Chapa Proteção (AL) Chapa de Suspensão (AL) Batente (SBR - “Borracha”) Cabo de Suspensão (1mm esp.) Fita LED 2 4 1 2 1 1 2 2.8 m 1 m Peça Qtd. 8 3 9 4 2 1

2.8.2 - Detalhes Técnicos - Glow O

O modelo apresentado no esquema 10 refere-se ao Glow O, candeeiro de luz direta - parcial-mente revestido a tecido.

Para esta solução engendrou-se uma simples montagem de peças, das quais fazem parte duas barras de alumínio de 1,5 mm de espessura que encaixam a duas outras peças nas extremidades. Quatro varões de alumínio (6 mm diametro) serão o suporte para o tecido e encaixarão nas peças referidas anteriormente. O tecido terá uma baínha costurada em volta dos varões inferiores, serão feitos furos em cada um dos lados e no meio do mesmo e colocadas ilhóses. Isto servirá de bloqueador, para evitar a sua deslocação.

Para este modelo selecionou-se tecido de veludo, pois não necessitamos que a luz o trespasse. A textura apresentada pelo veludo parece a mais adequada ao objetivo, além de se tratar de um material com um certo requinte reflete também a luminosidade do LED, direcionando a luz para o solo.

Uma das barras de alumínio estará colocada em cima do tecido, com isto pretende-se criar um contraste de texturas atrativo.

A luminária será presa aos cabos de suspensão por duas pequenas peças que enroscam na estru-tura.

28

Esquema 10: Vista Explodida - Modelo O Fonte: Elaboração Própria Tabela 2: Componentes do Modelo O

(62)

Pormenor do topo da luminária

-Chapa de alumínio sobreposta ao tecido

Pormenor do encaixe dos cabos de suspensão

-Parafusos atravessam a chapa superior e enroscam na chapa inferior. O tecido passa entre as duas chapas. Nas zonas de aperto dos parafusos o tecido contém furos rematados com ilhóses.

Pormenor do Interior

-O tecido será costurado em volta das barras inferiores. A fita LED será colada na zona assinalada a vermelho.

(63)

2.9 - Enquadramento no Espaço 2.9.1 - Estudo - Glow Modelo C

A imagem em baixo reflete o que se pretende do fluxo e direção luminosa que o objeto oferece. Como referido anteriormente, este modelo trata-se de uma luminária de luz indireta e difusa, o tecido em volta do objeto faz com que a lumi-nosidade desvaneça gradualmente reduzindo o fluxo luminoso. Contudo cria uma fluoresncên-cia em volta do candeeiro, em todas as direções.

O posicionamento da luminária é um fator bastante importante para que se enquadre da melhor forma no espaço e responda ao seu propósito. Dado isto, sugere-se que o produto seja colocado em concordância com o centro da mesa de snooker, a 80 cm da mesma (altura reco-mendada pela ARG-Bilhares) para que possibili-te uma boa qualidade de jogo sem perturbar a visão de quem se encontra de pé.

30

800

Fluxo Intenso Fall-Off

Modelo C - Luz Indireta Difusa

Dim. mm Figura 18: Modelo C - Glow Light

Fonte: Elaboração Própria

Figura 19: Enquadramento no Espaço - Modelo C Fonte: Elaboração Própria

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2.9.2 - Estudo - Glow Modelo O

A imagem em baixo reflete a estimativa do fluxo e direção luminosa que o objeto ofere-ce.

Sendo esta luminária um tipo de foco - luz direta numa direção - deve ter-se em especial consideração a distância a que esta se encon-tra da mesa.

A altura da luminária sobre a mesa de jogo deverá ser definida com base nas dimensões humanas, de modo a não obstruir a visualiza-ção nem encadear os jogadores. A altura dos olhos, estando o indivíduo em posição de jogo, é uma das medidas a ter em considera-ção, contudo deve ter-se em conta o espaço para a movimentação do jogador. Outra medida a ser considerada é a altura dos olhos do indivíduo observador (estando de pé - Percentil 5-Homem) para que a luminária não o encadeie.

“A solução ideal é que a altura da luminária seja regulada de acordo com preferências pessoais.”13

A informação na imagem é util para fixação de parâmetros iniciais de altura como base para uma boa qualidade de jogo, e seguindo as recomendações de ARG-Bilhares.

690 - 800

800

Modelo O - Luz Direta

Figura 20: Modelo O - Glow Light Fonte: Elaboração Própria

(65)

2.10 - Fotomontagens

32

Figura 22: Fotomontagem - Modelo O Fonte: Elaboração Própria

(66)
(67)
(68)

Projeto

Industrial

Capítulo 3

Figura 24: Esboço do Conjunto Barbicú Fonte: Elaboração Própria

(69)
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3.1 - Introdução ao Projeto

O seguinte projeto refere-se a uma churrasqueira e acessó-rios de apoio à confeção.

Na fase inicial foram definidos alguns constragimentos, tais como: Utilização de chapas de aço; Projetar em vista à tecnolo-gia de produção de quinagem, soldadura e rebitagem, podendo utilizar ligações por parafusos; Simplificar a ação da produção e reduzir custos.

Entre os anteriores constragimentos, foram também defini-dos outros pontos a ter em consideração. Os objetos a projetar têm de ser transportáveis e modulares, facilitando a interação do utilizador e recriando um espaço com as condições necessá-rias para uma churrascada segura e prática.

Trata-se portanto de um projeto de três peças fundamentais: Um grelhador que suporte a agregação de alguns acessórios de apoio ao grelhado; Uma zona de preparação de alimentos, com capacidade de arrumação de outros acessórios de apoio à preparação; Uma zona de lavagem (tipo copa). Estas três peças têm de possibilitar a agregação entre elas e conter rodas que facilitem o transporte.

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Barbacue carvão bonito

Campingáz

Ajustável: 3 posições Mesa lateral rebatível Preço: 127,70€ Currasqueira Carvão Bronpi Estrutura em Inox, FF e chapa Preço: 546€ Klassen Grelhador IKEA Estrutura em Inox, cobertura em pó de poliéster Preço: 199€ Fogareiro Cobre EcoGrill Exterior em Cobre Interior em termo-cerâmica e Inox Preço: 276,75€ Pr eço 100200300400500+600 € Performer Deluxe Weber Reservatório de carvão Controlo de Temperatura Preço: 400€ Barbicù Alessi Estrutura em Inox 2 grelhas Peças vendidas em separado Preço: 663€ 3.2 - Objetivos do Projeto

Pretende-se com este projeto chegar a soluções funcionais, esteticamente agradá-veis e com viabilidade produtiva, para um conjunto de churrasqueira transportável e modular.

É tido como ponto fulcral a segurança dos utilizadores, criando objetos práticos e fáceis de utilizar em aço.

O desafio deste projeto é conseguir uma solução que ofereça variadas opções de esco-lha ao consumidor, podendo este escolher entre o conjunto completo de módulos, ou simplesmente, adquirir a peça principal (grelhador) e os vários equipamentos (acessó-rios) de pequeno porte.

O projeto seguiu um caminho de otimiza-ção do processo industrial, por forma a cativar a empresa que pretende produzir as peças.

3.3 - Estudo do Mercado

De todas as pesquisas que envolveram este projeto, as imagens que ao lado demonstram vários produtos que serviram para conhecer algumas nuances do mercado, de formas, materiais e preços.

Fez-se uma coleção dos modelos que mais se destacam nesta tipologia de produtos, desde low-prices a produtos de elite, passan-do por marcas como Campingáz à tão presti-giada marca italiana Alessi.

38

Figura 26: Composição de Análise do Mercado Fonte: Imagens de Pesquisa da Web

(72)

3.4 - Projeto Ideia - Grelhador Os desenhos ao lado represen-tam parte da pesquisa, de formas e funcionamento, dos componentes que fazem parte do grelhador.

Numa fase inicial, em que apenas se explorava, mercado e formas, foi tido como princípio a representação de artefactos de fácil montagem. Ao fim de uma análise superficial às ideias iniciais estimou-se uma produção de custos desnecessários.

Posteriormente teve-se em conta a otimização dos proces-sos de produção assim como a fácil montagem para o utiliza-dor.

Chegou-se ao esboço repre-sentado ao lado (Fig. 28). Como se pode perceber, as pernas do grelhador são também os níveis/guias para a grelha e servem de aperto à placa traseira de proteção.

Figura 27: Esboços de Pesquisa Fonte: Elaboração Própria

Figura 28: Esboço Final Fonte: Elaboração Própria

(73)

Rodas de Plástico

Pneus de Borracha

Pormenor das guias e encaixe de acessórios

Soldadura das guias para grelha

Tabuleiro de suporte (ex.: Saco de carvão) Pino para

montagem de acessórios

3.4.1 - Aspeto Final e Pormenores

40

Esquema 11: Pormenores do Grelhador Fonte: Elaboração Própria

(74)

1 - Queimador - Aço Inox

2 - Pernas - Tubo (25x25mm) - Aço 3 - Grelha - Aço Inox

4 - Rede de Proteção

5 - Proteção Traseira (Aço Inox) 6 - Rodas (ABS)

7 - Eixo p/ Rodas (Aço)

8 - Tabuleiro de Repouso (Aço Inox)

Pernas e Guias da Grelha (Aço Inox)

Grelha (Aço Inox)

Queimador (Aço Inox)

Rede de Proteção

Proteção

Traseira (Aço Inox)

1 2 3 4 5 6 Rodas (ABS e Borracha) 1 2 1 1 1 2 1 1 Peça Quantidade 3.4.2 - Detalhes Técnicos

O Queimador e o Tabuleiro de Repou-so são produzidos a partir de quinagem de chapa da Aço.

As pernas são compostas por perfis quadrangulares (25x25mm) e ligadas por soldadura. Estas agregam-se ao grelhador por parafusos.

Tabela 3: Componentes do Grelhador Fonte: Elaboração Própria

(75)

3.5 - Projeto Ideia - Cut

Deu-se o nome de “Cut” ao elemento dedicado à preparação de alimentos e arrumação de acessó-rios.

Os seguintes esboços são um pequeno apanhado da pesquisa que mais se aproxima da pretenção para este projeto. Porém, não vinculam os detalhes finais do produto, mesmo apresentando alguns planos técnicos (elaborados à mão livre).

42

Figura 29: Esboços Ideia - CUT Fonte: Elaboração Própria

Figura 30: Compilação de Esboços Finais - CUT Fonte: Elaboração Própria

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Gavetas p/ Arrumação de utensílios (4x) 350 15 350 15 Dimensões em milímetros Superfície de trabalho Porta Rebatível Arrumação de especiarias Rodas de Plástico Pneus de Borracha

Pormenor das guias das gavetas

(77)

1 - Superfície de Trabalho

2 - Pernas - Tubo (25x25mm) - Aço 3 - Porta Rebatível

4 - Gavetas de Arrumação 5 - Guias para gavetas 6 - Paredes de Revestimento 7 - Zona para encaixe da Pega 8 - Rodas 1 4 1 4 8 4 1 2 Peça Quantidade Superfície de Trabalho 1 Perfis de aço (25x25) 2 Gavetas de arrumação 4 Guias para gavetas 5 Porta rebatível 3 Paredes de revestimento 6

Zona para encaixe de pega

7

Rodas (abs)

8

3.5.2 - Detalhes Técnicos

A estrutura de suporte serão perfis de secção quadrangular (25x25). A superfície de trabalho, gavetas e paredes são produzidas a partir de quinagem de chapas de aço.

Este produto apresenta-se com 4 gavetas de arrumação e um compartimento de dois decks.

44

Esquema 14: Vista Explodida da “cut” Fonte: Elaboração Própria

Tabela 4: Componentes do “Cut” Fonte: Elaboração Própria

(78)

3.6 - Projeto Ideia - Copa

Os seguintes desenhos represen-tam a Copa - Zona de limpeza de utensílios e acessórios. Pretende-se passar por uma análise da disposi-ção da banca de lavagem e torneira, tendo em conta o depósito ou descarga de líquidos e a ligação à fonte de água externa.

Outro fator a ter em consideração é o utilizador: Faixa etária a que se direciona o produto; Quais as suas dimensões antropométricas; Limi-tações ou condicionalismos durante a utilização do equipamento. Este fator foi tido em conta desde o início da idealização de todo o projeto Barbicú, sendo que a abor-dagem ao fator humano revela uma especial importância nesta fase final de idealização do projeto, pois a próxima fase trata a aprovação para a operacionalização do proje-to.

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Banca Lava-loiça (400x400) Torneira (Monocomando) Rodas de Abs Pneus de Borracha 2 Portas Rebatíveis

3.6.1 - Aspeto Final e Pormenores A Copa foi desenvolvida com base na estrutura da Cut tendo como elementos adicionais a tornei-ra e a banca de lavagem, em que ambas serão selecionadas a partir de catálogos de marcas que direcionam a sua produção para este tipo de produtos.

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Esquema 15: Aspeto e Pormenores - “copa” Fonte: Elaboração Própria

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1 - Torneira

2 - Banca de Lavagem 3 - Perfis de Aço (25x25) 4 - Chapa da Aço (lateral) 5 - Eixo para Porta 6 - Porta Rebatível 7 - Eixo para Rodas 8 - Rodas 1 1 8 2 2 2 1 2 Peça Quantidade Torneira Monocomando 1 Banca de Lavagem 2 Perfis de Aço (25x25) 3 Chapa Lateral de Aço 4 Eixo de Rotação da Porta 5 Porta Rebatível 6 Eixo para Rodas 7 Rodas (abs) 8 3.6.2 - Detalhes Técnicos

O seguinte esquema ilustra a composição das várias partes do produto.

Tabela 5: Componentes da “Copa” Fonte: Elaboração Própria

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Dimensões Percentis Homem Mulher 5 50 95 1 - Estatura 2 - Altura do Cotovelo 3 - Altura do Punho 4 - Alcance Frontal Apreensão 1.566 1.456 1.690 1.565 1.814 1.674 966 890 1.050 965 1.134 1.040 664 620 735 685 806 750 627 620 730675 833730 1 2 3 4

3.7 - Abordagem Ergonómica e Antropométrica A adequação dos produtos às dimensões humanas é talvez o maior constragimento a ter em considera-ção na concepconsidera-ção de qualquer objeto. A disciplina que faz a “ponte” entre a concepção (Design) e a utilização é a Ergonomia.

“A ergonomia já foi definida como a «tecnologia do projeto» baseada nas ciências biológicas huma-nas(...) Noutras circunstâncias foi simplesmente definida como «uma ciência interdisciplinar que estuda as relações entre pessoas e os seus ambien-tes».”14

Este projeto (barbicú) é direcionado para jovens/a-dultos, com idades compreendidas entre os 20 e os 60 anos, cuja a utilização será totalmente praticada de pé com o princípio de funcionamento de bancadas de trabalho (preparação e confeção de alimentos).

As medidas com maior relevância para a concep-ção deste projeto são a estatura, altura do cotovelo e alcance frontal de preensão. Estas medidas, depois de uma análise geral aos percentis 99, 95, 50, 5 e 1, deverão ser baseadas entre os percentis 5 do homem e da mulher, pois a atividade inerente ao produto trata-se de alcances de preensão e de conforto no trabalho manual (preparação e confeção do alimen-tos), isto é, para se conseguir satisfazer o conforto dos utilizadores nessa atividade a bancada de traba-lho não deverá ser superior à altura do cotovelo do utilizador mais baixo nem inferior à altura do punho do utilizador mais alto.

Sendo que uma pessoa de baixa estatura consegue exercer a sua atividade baseada em alcances, uma pessoa de maior estatura conseguirá, com o mesmo conforto e mais facilidade, exercer essa mesma ativi-dade.

As dimensões humanas consideradas no desenvol-vimento do projeto servem de referência, não vincu-lando as dimensões do produto, contudo servem de restrições às dimensões mínimas e máximas, então o projeto adaptou-se às dimensões exigidas por forma a responder às necessidades fisionómicas do utiliza-dores-alvo. (Anexo B - Desenhos Técnicos)

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Tabela 6: Dados Antropométricos - População Portuguesa Fonte: Estudo Antropométrico

da População Portuguesa - ISHST

Figura 32: Dimensões Antropométricas Relevantes para o Projeto Fonte: Elaboração Própria

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Figura 34: Esboços para Plataforma de Repouso Fonte: Elaboração Própria

3.8 - Proposta para Acessórios As seguintes imagens ilustram a proposta para alguns acessórios que acompanham o grelhador, dos quais fazem parte a pega para a grelha e uma plataforma para repouso de utensílios ou pratos.

A pega é composta por um cabo de madeira e uma zona metálica para suporte da grelha. Como se pode compreender na Fig. 33, a pega dispõe de dois encaixes para preensão da grelha e um canal (semi-circular) junto ao cabo que fará pressão no rebordo da grelha, evitando o movimento desta.

A plataforma representada na Fig. 34 encaixará nos pequenos pinos laterais do grelhador (Esque-ma 11, pág. 40). Este acessório confere valor ao produto em geral, pois oferece ao utilizador, que não pretenda adquirir os carrinhos de “Cut” e “Copa”, uma opção para repouso de utensílios e preparação de alimentos.

Nota Pessoal: Estas peças estão apenas ilustradas à mão, a título de proposta, não sendo necessário recorrer à modela-ção virtual para que estas sejam perceptíveis.

Figura 33: Esboços para Pega de Grelha Fonte: Elaboração Própria

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Figuras 35/36: Produto Final - Render de Conjunto Fonte: Elaboração Própria

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Figuras 37: Produto Final - Ensaio de Luz Fonte: Elaboração Própria

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Projeto

Gráfico

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Referências

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