• Nenhum resultado encontrado

Estudo do papel da Biblioteca Desembargador Fernando Américo Veiga Damasceno do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região de Brasília, como apoiadora do processo de tomada de decisão

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "Estudo do papel da Biblioteca Desembargador Fernando Américo Veiga Damasceno do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região de Brasília, como apoiadora do processo de tomada de decisão"

Copied!
61
0
0

Texto

(1)

Universidade de Brasília - UnB Faculdade de Ciência da Informação - FCI

Graduação em Biblioteconomia

Inês Iacira Mendes Duarte

Estudo do papel da Biblioteca Desembargador Fernando Américo Veiga Damasceno do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região de Brasília, como

apoiadora do processo de tomada de decisão.

Brasília 2015

(2)

INÊS IACIRA MENDES DUARTE

Estudo do papel da Biblioteca Fernando Américo Veiga Damasceno do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região de Brasília, como apoiadora do

processo de tomada de decisão.

Monografia apresentada à Universidade de Brasília como requisito parcial para obtenção do título de Bacharela em Biblioteconomia.

Orientador: Dr. Rogério Henrique Araújo Júnior

Brasília 2015

(3)

D812 Duarte, Inês Iacira Mendes.

Estudo do papel da Biblioteca Fernando Américo Veiga Damasceno do Tribunal Regional do Trabalho 10 Região de Brasília, como apoiadora do processo de tomada de decisão / Inês Iacira Mendes Duarte -- Brasília, DF, 2015.

Monografia (Graduação em Biblioteconomia) – Universidade de Brasília, Faculdade de Ciência da Informação, 2015.

Orientador: Prof. Dr. Rogério Henrique de Araújo Júnior

1 Tomada de decisão. 2 Qualidade da informação. 3 Atuação organizacional – profissional. I.Título

(4)

Agradecimentos

Agradeço primeiramente a minha mãe por seu exemplo de vida e de maternidade por sempre estar ao meu lado nesta caminhada de 4 anos e meio, não somente nos momentos difíceis, mas por acreditar em minhas vitórias e em minha capacidade mesmo quando ninguém o fazia.

A minha irmã Yaciara com seu exemplo de ser humano e de profissional que me fez repensar o meu papel como estudante e a valorar o meu curso e a compreender a sua importância e acreditar na função transformadora da Biblioteconomia no contexto social.

A meu pai pelo apoio prestado e as lições durante o curso.

Aos meus amigos e colegas, os da vida e os de curso que com seus exemplos de vida me ensinaram a ser melhor como estudante e como pessoa.

Enfim, ao meu orientador Rogério Henrique de Araújo Júnior pela condução deste trabalho e por ter aceitado a minha proposta de estudo.

(5)

Resumo

O presente trabalho traz uma visão geral do papel da Biblioteca Fernando Américo Damasceno do Foro de Brasília que pertence ao TRT 10ª Região de Brasília, como apoiadora da tomada de decisão dos servidores desta instituição. É destacada a importância do material fornecido pela unidade de informação como insumo para a tomada de decisão dos funcionários, sendo em âmbito de sua área de atuação organizacional ou em sua especialização como profissional. Busca, por meio de pesquisa entre os usuários da biblioteca saber a qualidade da informação recebida e qual seria a sua destinação.

Palavras- Chave: Atuação Organizacional e profissional. Qualidade da informação. Tomada de decisão. Unidade de Informação.

(6)

Abstract

The present work presents an overview of the role of the Library Desembargador Fernando Américo Veiga Damasceno of Foro of Brasília that belongs to TRT 10th Region of Brasilia as supporter of the decision-making of staff of this institution. It is highlighted the importance of the material provided by the unit of information as input to the decision-making of these officials, being in their area of expertise or organizational in their expertise as a professional.

Search, through survey among the users of the library know the quality of this information received and what would be the destination.

Keywords: Organizational and professional performance. Quality of information . Decision- making . Information Unit

(7)

Lista de gráficos

Gráfico 1 - Cargos ou funções dos entrevistados TRT 10 Foro de Brasília ... 41

Gráfico 2 - Frequência de uso da biblioteca ... 42

Gráfico 3 - Razões da não utilização da biblioteca ... 43

Gráfico 4 - O acervo e sua adequação às necessidades do usuário ... 44

Gráfico 5 - O usuário considera que o acervo da Biblioteca Fernando Américo Veiga Damasceno seja de qualidade? ... 45

Gráfico 6 - Critérios de avaliação do acervo ... 46

Gráfico 7 Há importância da informação da biblioteca para tomada de decisão? ... 47

Gráfico 8 - A importância da informação consumida nas diferentes esferas ... 48

Gráfico 9 - Os fins de utilização da biblioteca Fernando Américo Veiga Damasceno ... 49

Gráfico 10 - Atendimento da biblioteca em relação a livros e artigos ... 50

Gráfico 11 - Ocasiões em que a biblioteca não possui o material solicitado pelo usuário ... 51

Gráfico 12 - Situações nas quais os materiais da biblioteca são importantes... 52

Lista de quadros Quadro 1 - Correlação entre pressupostos, variáveis e questões ... 39

(8)

Sumário

1 INTRODUÇÃO ... 10

2 JUSTIFICATIVA ... 11

3 PROBLEMA ... 12

4 OBJETIVOS ... 14

4.1 Objetivo Geral ... 14

4.2 Objetivos Específicos ... 14

5 REVISÃO DE LITERATURA ... 15

5.1 O uso da informação ... 15

5.1.1 O uso de informação para a tomada de decisão ... 16

5.2 Comportamento Informacional ... 17

5.3 Fontes de informação ... 19

5.4 Estudos de uso e usuários da informação ... 21

5.5 Necessidades de informação ... 24

5.6 Gestão da informação ... 25

5.7 Serviços de Referência ... 27

5.8 Qualidade da Informação ... 29

5.8.1 Atributos de qualidade da informação ... 30

5.8.2 A qualidade da informação para a tomada de decisão ... 31

5.9 Aspectos Institucionais ... 32

5.9.1 Histórico da Instituição ... 32

5.9.2 A Escola Judicial ... 34

5.9.3 A Seção de Pesquisa e Documentação ... 34

5.9.4 Histórico da Biblioteca Fernando Américo Damasceno ... 35

CONCLUSÃO DA REVISÃO DE LITERATURA ... 36

6 PRESSUPOSTOS E VARIÁVEIS ... 37

6.1 Pressupostos ... 37

6.2 Variáveis ... 37

7 METODOLOGIA ... 38

7.1 Problema ... 38

7.2 Instrumento de coleta de dados ... 39

7.3 Teste Piloto ... 40

8 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ... 41

(9)

9 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 54 9.1 Propostas para estudos futuros ... 55 Referências ... 56 APÊNDICE A - Questionário sobre importância da informação para a tomada de decisão e qualidade da informação ... 60

(10)

1 INTRODUÇÃO

A qualidade da informação recebida pelo usuário é importante para o aprimoramento dos serviços de uma unidade de informação. Saber se a informação recebida é de qualidade e qual a sua destinação é um dos mecanismos para que a biblioteca aperfeiçoe seus serviços e foque cada vez mais nas necessidades específicas de seu público alvo.

Compreender a necessidade do usuário é uma questão tradicional de estudo na Biblioteconomia, na verdade, é uma das bases para a área de serviços de informação. Não se trata muitas vezes de quantificar, mas qualificar esta necessidade, destacando pontos e metas a serem atingidas para que a informação fornecida atinja o usuário específico em sua necessidade.

Este trabalho tem como enfoque a qualidade da informação oferecida aos servidores que utilizam a Biblioteca Fernando Américo Veiga Damasceno. O que estes usuários pensam sobre a informação fornecida? Ela é de qualidade? Atende suas necessidades de informação?

Analisar as questões citadas fornece insumos para melhoramentos futuros na biblioteca como: compra de novos materiais, diversificação do acervo, disponibilização de outros suportes de informação e melhoria no atendimento.

Outra questão discutida no trabalho é o destino da informação recebida pelos servidores, se eles a utilizam para tomada de decisão e em quais esferas: a organizacional, utiliza a informação para conhecer mais sobre sua área de atuação como por exemplo, informações sobre direito do trabalho, jurisprudência, etc. A outra esfera analisada é a profissional, se o usuário utiliza a informação para o seu aperfeiçoamento profissional:

mestrado, doutorado, etc.

Analisar a questão de como o usuário utiliza a informação para sua tomada de decisão possibilita que a biblioteca dirija melhor seu foco ao público que atende, ressaltando suas necessidades e especificidades, preocupando-se mais com a qualidade da informação fornecida.

(11)

2 JUSTIFICATIVA

Uma Unidade de Informação (UI) fornece uma gama de materiais a seu público, por isso é importante verificar se a informação fornecida realmente é utilizada pelo usuário, se de fato sua necessidade foi satisfeita.

Diante do estudo de usuários realizado na Biblioteca Fernando Américo Veiga Damasceno pode-se otimizar o uso de informação por parte dos usuários e aprimorar técnicas de gerenciamento da informação, propondo melhoria na qualidade de serviços oferecidos pela biblioteca.

Sendo uma área de grande interesse para a atuação bibliotecária, é necessário o estudo de caso sobre a importância da informação recebida pelos servidores da Biblioteca Fernando Américo Damasceno pertencente ao Foro Trabalhista do TRT 10ª Região de Brasília. Estes resultados servirão de proposta para que a biblioteca aprimore seus serviços e apresente suportes e informações específicas para cada tipo de usuário.

Utilizar a informação de forma racional e técnica permite às pessoas o desenvolvimento de sua capacidade analítica. Assim, saber ordenar os problemas organizacionais, analisá-los e buscar soluções são habilidades fundamentais dos profissionais da atualidade, constantemente expostos à tomada de decisão nas organizações em que atuam (MOTTA, 2004, p.24).

Entre os fatores analisados estão em destaque: a qualidade da informação e a importância dela para a tomada de decisão dos servidores do TRT. Por isso, nota-se a necessidade de investigar se o acervo da Biblioteca do Tribunal Regional do Trabalho é de relevância.

Outro ponto a ser destacado é a importância da informação recebida na biblioteca para a tomada de decisão deste usuário, visto que a informação tem função de modificar o estado de conhecimento do indivíduo.

Em que pontos da tomada de decisão (acadêmica, profissional, pessoal) a informação recebida na biblioteca torna-se fundamental? Este é um fator que pode auxiliar a biblioteca a melhorar o seu acervo de acordo com a especificidade de informação requisitada pelo seu público ao dispor serviços como disseminação seletiva da informação.

(12)

3 PROBLEMA

Na Unidade de Informação em estudo, o público atendido é composto por desembargadores, juízes, estagiários, auxiliares judiciários, servidores requisitados, diretores de secretarias, advogados, técnicos e analistas judiciários. O empréstimo mensal é no máximo de 25 livros sendo que varia de 7 a 25, que é um número pequeno se comparado a outras bibliotecas do poder judiciário, como: TST (mais de 10 vezes o número de empréstimos da biblioteca do Tribunal Regional do Trabalho).

A quantidade pequena de empréstimos é uma questão a ser verificada para qualquer biblioteca, já que o papel de uma unidade de informação é fornecer material para suporte ao usuário e trabalhar primordialmente oferecendo serviços de informação,

No caso da biblioteca em questão, seu auxílio ao usuário é feito com o empréstimo do livro físico e como será exposto posteriormente, a falta deste material prejudica o usuário fazendo com que ele recorra a outras bibliotecas. Um baixo número de empréstimos tem de ser investigado como um possível equívoco no fornecimento de informação.

A biblioteca que não empresta materiais geralmente é utilizada unicamente para a disponibilização do espaço físico e este sozinho não representa as funções principais de uma unidade de informação que é fornecer serviços diversos: acervo de qualidade, espaço cultural, serviços de referência com qualidade.

Ressalta-se que não é função deste trabalho pesquisar todas as possíveis causas do baixo número de empréstimos, mas somente verificar se a qualidade da informação fornecida pode ser o motivo deste número. Porém, é importante destacar as possíveis causas: a biblioteca pode não possuir um acervo satisfatório em qualidade ou quantidade, talvez o material emprestado não tenha sido suficiente ao usuário, portanto ele não retornou à Unidade de Informação. Busca-se investigar apenas um aspecto: se a qualidade da informação fornecida ao usuário é suficiente em relação: atualidade, abrangência, especificidade e como esta informação influencia na sua tomada de decisão.

O bibliotecário e a equipe da biblioteca necessita conhecer o destino da informação fornecida porque esta é uma das funções de qualquer unidade de informação, tomar conhecimento de como este material fornecido influencia na vida de seu usuário e se este a utiliza no seu dia-a-dia, para satisfação de uma necessidade pessoal, melhorias e aperfeiçoamento em sua área de atuação: pós-graduação, mestrado e doutorado, ou simplesmente retira o material da biblioteca porque se interessa em aperfeiçoar seu trabalho

(13)

interno conhecendo mais sobre sua esfera de atuação, no caso dos usuários pesquisados, a área trabalhista.

O estudo de usuário teve como enfoque os usuários da Biblioteca Fernando Américo Damasceno; analistas judiciários, técnicos judiciários e magistrados. Algumas questões foram investigadas nesta amostra, como base para este trabalho: como os usuários avaliam o acervo em relação à abrangência, especificidade, atualização e pertinência? Como os usuários avaliam a qualidade da informação recebida e em que campos utilizam esta informação?

Como estes usuários utilizam esta informação para a tomada de decisão?

Respostas como estas servirão para que futuramente a biblioteca aperfeiçoe os seus serviços e reveja seu planejamento estratégico e buscando atender melhor o seu público.

(14)

4 OBJETIVOS 4.1 Objetivo Geral

Verificar a qualidade da informação fornecida pela Biblioteca Fernando Américo Damasceno, a partir da percepção de seus usuários.

4.2 Objetivos Específicos

1) Traçar o perfil de consumo da informação dos usuários da Biblioteca Fernando Américo Damasceno.

2) Verificar como os usuários da Biblioteca Fernando Américo Damasceno avaliam o acervo.

3) Verificar como os usuários percebem a importância da informação para a sua tomada de decisão.

(15)

5 REVISÃO DE LITERATURA

5.1 O uso da informação

A utilização do conhecimento de uma maneira correta e bem direcionada facilita a tomada de decisão, otimiza o processo de aprendizagem e principalmente faz com o que o conhecimento construído tenha como alicerce uma base sólida. Saber utilizar a informação disponível é uma habilidade a ser constituída, que em certos termos é engenhosa, em função fato da diversidade de conhecimento disponível na internet, livros e experiências pessoais adquiridas ao longo da vida.

Alguns teóricos sintetizaram a ideia de uso da informação, como Choo (2003) que propôs um modelo enfatizando a autonomia do usuário no uso da informação, que neste momento ele é atuante sobre a informação encontrada, podendo solucionar problemas e tomar decisões. O resultado final é a mudança de seu estágio de conhecimento, ele tornando-se capaz de decidir.

Saber utilizar a informação com o advento da tecnologia e o crescimento das organizações passou a ser fator primordial para o crescimento econômico e político. Possuir conhecimento sobre um determinado tema é base para se estar à frente na competição organizacional e também satisfazer as necessidades próprias de conhecimento do usuário.

Como exposto por Petró (2008), a transformação da informação é a sua utilização propriamente dita: a informação que antes era um dado transforma-se em conhecimento. O usuário pode fazer dela mecanismo para tomada de decisão, construções de raciocínio e soluções de problemas.

O gerenciamento do uso desta informação necessita focar no usuário como principal beneficiário de suas políticas visto que ele tem papel ativo em seu uso e é entendido como a chave para melhorias nos serviços de informação. Taylor (1986) expõe que a informação sem conexão com o usuário não tem valor.

O bom uso da informação passa por vários aspectos, pode-se destacar como o conhecimento disponível é armazenado, recuperado e disseminado. Em outras palavras, sua gestão é requisito básico para que a necessidade informacional seja atendida. Agregar valor a esta informação significa valorizar seu potencial levando os usuários a fazerem um bom proveito dela.

(16)

Rodrigue e Blattmann (2014) enfatizam justamente isto que para garantir o uso devido da informação é necessário agregar valor e para tal é importante que a informação esteja de acordo com o contexto. Neste caso pode-se apresentar as necessidades informacionais, o tipo de Unidade de Informação ou a categoria de usuários que atende.

Estes conceitos são importantes para o estudo de caso que é apresentado neste trabalho.

O objetivo deste é justamente citar estas necessidades de informação dos usuários da Biblioteca Desembargador Fernando Américo Veiga Damasceno e os resultados servirão de proposta para a formulação de políticas informacionais da referida biblioteca, auxiliando o usuário ao bom uso da informação disponível.

5.1.1 O uso de informação para a tomada de decisão

Na sociedade da informação, o poder está na mão de quem detêm o conhecimento, no momento certo e com uma qualidade considerável para a tomada de decisão. Nas organizações ele é valorizado porque gera recursos informacionais somando vantagens em meio à competitividade do mercado (PERUCCHI, 2012). Além de gerar recursos, o conhecimento possibilita as inovações, o aperfeiçoamento pessoal, profissional e acadêmico.

Oliveira (2004) e Mota (2004) afirmam que a tomada de decisão possui etapas, entre elas está a escolha das informações disponíveis, ou seja, o decisor opta por alternativas viáveis e busca aquela que solucione seu problema de maneira eficaz. O outro aspecto é a intuição, o decisor intui o que seria melhor, muitas vezes sem basear-se na lógica, mas simplesmente nas suas experiências.

A informação reduz as incertezas colocando o decisor em um campo mais confortável, diminuindo as dúvidas no processo decisório (BARBOSA, 1997).

Perucchi (2012 apud Ferreira, 1997) entende que para a tomada de decisão, o usuário primeiramente tem de entender sua necessidade, buscar meios para saná-la e posteriormente utilizar a informação.

Entre os problemas de uso na tomada de decisão, Perucchi (2012) expõe os seguintes aspectos que dificultam a ação: o grande volume de informação disponível, quantidade e fidedignidade dos dados, capacidade de acesso às diversas fontes de informação e sua análise.

Para Choo (2006), o processo de tomada de decisão não somente envolve o conhecimento necessário, mas também aspectos pessoais. Portanto, o decisor precisa reunir a

(17)

informação necessária para sua escolha de maneira hábil e correta, deixando de lado aspectos pessoais que talvez o levem a tomar decisão inadequada.

Segundo Perucchi e Sousa (2012), as informações precisam ser absorvidas para tornarem-se úteis para o processo decisório. Decifrar este valor estratégico das informações é saber utilizá-las para criar vantagens competitivas. A informação pontual no momento correto pode fazer uma organização enxergar os pontos fortes e fracos em sua gestão, verificar suas possíveis falhas e analisar a concorrência.

Para o usuário, a informação pode guiá-lo em uma busca mais concisa em relação aos seus objetivos da pesquisa, colocando-o em contato com informações fidedignas, atualizadas e que atendam sua necessidade específica e colabore para a solução de problemas.

O profissional tem que possuir a capacidade de analisar alternativas mediante a um universo repleto de informações materiais e imateriais. Saber utilizá-las de maneira eficaz e eficiente permite a ele ter qualidade em suas escolhas facilitando assim, suas decisões profissionais, acadêmicas e pessoais.

5.2 Comportamento Informacional

O crescimento da produção de dados com o desenvolvimento das tecnologias de armazenamento e disseminação da informação alterou significantemente o papel e o comportamento dos usuários que passou de transitório, fragmentado e parcial para dinâmico.

Segundo Vitorino e Piantola (2011), no contexto das práticas sociais, essas transformações implicam uma necessidade constante de aprendizado e consequentemente uma demanda por conteúdos informacionais das mais variadas fontes. Portanto, o acesso a esta diversidade de informações apenas será benéfico quando seus usuários utilizarem para a solução de problemas informacionais.

As primeiras ideias sobre comportamento informacional vieram ainda da conceituação de estudos de uso e usuários. Segundo Wilson (2000, n.p.), a competência informacional é uma evolução destes conceitos. O autor ainda propõe definições para o comportamento de informação:

Comportamento informacional: a totalidade do comportamento humano em relação ao uso de fontes e canais de informação, incluindo a busca da informação passiva ou ativa;

Comportamento de busca da informação: a atividade ou ação de buscarinformação em consequência da necessidade de atingir um objetivo;

Comportamento de pesquisa de informação: o indivíduo interage com os sistemas de informação;

(18)

Comportamento do uso da informação: constitui o conjunto dos atos físicos e mentais envolve a incorporação da nova informação aos conhecimentos prévios do indivíduo.

Uma das definições importantes sobre competência informacional é da American Librarian Association (2000), segundo a qual o indivíduo competente em informacão é aquele capaz de encontrar, avaliar e usá-lade forma eficaz na solução de problemas e na tomada de decisão. Esta definição, no entanto, foi ultrapassada por outras mais abrangentes, como a conceituação de Bawden (2001, p. 251):

Para lidar com as complexidades do atual ambiente informacional, é necessária uma forma complexa e ampla de competência. Ela deve abranger todas as competências baseadas em habilidades, mas não pode se restringir a elas nem a qualquer tecnologia em particular ou conjunto de tecnologias, compreensão, significado e contexto devem lhe ser centrais.

O fragmento citado nos mostra o quanto é importante para o usuário dominar não somente uma habilidade de busca da informação, mas compreender o ambiente em que esta está inserida. A competência, portanto, não está associada unicamente ao conhecimento dos mecanismos para se buscar a informação: base de dados, acervo bibliográfico, internet, ou em alguma outra tecnologia, mas sim na junção destes dois aspectos. O entendimento de como estes mecanismos funcionam e o contexto informacional no qual estão inseridos têm de ser o foco para lidar com a complexidade do atual ambiente informacional.

A ocorrência do comportamento informacional abrange a procura da informação e posteriormente sua avaliação e uso (WILSON, 1999). Estes dois fatores englobam um conjunto que estabelece como o usuário pesquisa, suas limitações e prerrogativas neste processo de busca de conhecimento.

Gasque e Costa (2013, p. 31) reforçam que a competência informacional faz-se importante em qualquer contexto, inclusive naqueles que não estão diretamente ligados à produção de conhecimento.

Como enfatizado pelas autoras, as competências são importantes em qualquer contexto, desde um funcionário de jardinagem que utiliza técnicas de procedimento adotadas para o plantio, ou qualquer outro indíviduo, para aprimorar seu conhecimento. Podemos citar também, o profissional da informação que precisa conhecer as novas tecnologias, do surgimento de novos estudos e outras habilidades que são primordiais para o aperfeiçoamento profissional.

(19)

Dudziak e Beluzzo (2008, p.45) observam que:

Não se pode ser competente só e isolado. Os meios mobilizáveis pelas pessoas destinados à aquisição de suas competências não se traduzem apenas aos entes de sua individualidade (saber-saber, saber-fazer e saber-ser). Acham-se também fora das próprias dos em diferentes ambientes onde se inserem socialmente.

A competência informacional é estabelecida pelo modo do qual o usuário lida com o conhecimento disponível, como este se coloca a sua disposição. Como exposto no exemplo da jardinagem e do próprio profissional da informação, procurar aprofundar-se em conhecimentos de outras áreas é requisito fundamental para o desenvolvimento da competência informacional, pois fornece ao usuário autonomia na busca de informação em diversas fontes e áreas do conhecimento, processo que pode resultar em uma excelência no processo de aprendizagem.

Crow (2007) enfatiza que a motivação pessoal do indivíduo é a base da competência informacional, o fundamento para toda a vontade de aprender e utilizar a informação de maneira independente e criativa. Portanto, para ser competente em informação, o usuário necessitar dar o primeiro passo em busca do conhecimento que quer adquirir.

São fatores que auxiliam na construção do indivíduo competente em informação:

ambiente propício, ferramentas que possam auxiliá-lo no desenvolvimento das competências, como por exemplo, um profissional da informação que possa guiá-lo e fontes de informação de qualidade disponíveis para o uso.

5.3 Fontes de informação

Os processos de identificação, localização, acesso, interpretação e avaliação da informação são cruciais em qualquer área técnica. (CUNHA, 2010, p. 8). A identificação de boas fontes de informação depende de todas as etapas citadas, pois para a obtenção da qualidade da informação a ser disponibilizada ao usuário, os processos listados têm de ser bem executados para que informação relevante seja entregue. Podemos analisar separadamente, estes processos:

a. Identificação: identificar as fontes mais precisas e coerentes a serem buscadas;

b. Localização: verificar a base de dados onde esta informação pode ser encontrada ou simplesmente localizá-la rapidamente para a utilização;

(20)

c. Acesso: possibilidade de acesso da informação; internet, base de dados ou informação física;

d. Interpretação: capacidade de transpor a informação encontrada para um contexto;

e. Avaliação: avaliar se a informação encontrada é relevante para atender às necessidades de informação.

Rodrigue e Blattmann (2014) descrevem as fontes de acordo com o seguinte conceito:

um meio que responde a uma necessidade informacional de quem demanda a informação, o que inclui produtos e serviços, pessoas e rede de contatos, programas de computador, meios digitais, sites e portais. As fontes, portanto, são um meio para se alcançar a informação necessária, diante de uma demanda por conhecimento.

Diante da infinidade de fontes, a gestão da informação é importante para disponibilizar a informação a seu usuário e principalmente fazer com que este processo seja feito de maneira eficiente e eficaz. A realização eficiente desta gestão somente poderá ser feita se realmente as fontes forem conhecidas, tanto as fontes de informação internas como as externas que envolvem o ambiente em que está inserida a organização, pois estas fontes variam em formatos, natureza e conteúdos, o que irá influenciar no processo de uso de forma correta.

Rodrigue e Blattmann (2014) enfatizam a gestão da informação com base para a escolha adequada das fontes e esta diversidade de formatos e suporte cria dificuldade de gerência. Gerir bem significa apropriar-se das ferramentas de gerenciamento, aprimorar critérios de seleção, armazenamento e recuperação de informação para que as fontes sejam disponíveis e acessíveis.

As fontes são divididas em algumas classes para o melhor entendimento. Cunha (2001) exemplifica alguns tipos: manuscritos e publicações impressas; objetos como amostras minerais, obras de arte ou peças museológicas, que podem dividir-se em algumas características: documentos primários, documentos secundários e documentos terciários.

Os documentos primários são baseados na visão do próprio autor; os documentos secundários são cópias com um arranjo definido em classes, por exemplo: dicionários e enciclopédias; os documentos terciários são guias contidos nas fontes primárias e secundárias, neste caso, as bibliografias.

No ambiente organizacional, Petró (2008) ressalta que as fontes variam conforme as áreas e grupos profissionais, de acordo com a finalidade e a situação informacional. Com a devida identificação, classificação, seleção e organização das fontes de informação pode-se desenvolver o processo de uso dessas fontes nas diferentes atividades organizacionais.

(21)

Com o crescimento da tecnologia de informação, o estudo das fontes de informação virtual tornou-se necessário, pois com o uso frequente destas por parte dos usuários e principalmente com a dispersão da informação na rede mundial, não se conhece as fontes originais de criação do conteúdo na internet e sua veracidade.

As fontes de informação na internet, segundo Brum e Barbosa (2009) são divididas em lista de discussão, e-mail, informativos via correio eletrônico (newsletter, e-mail marketing), informativos comerciais via correio eletrônico, salas de bate-papo virtual (chat), mensageiros instantâneos, sítios ou ferramentas de busca, intranets, extranets e sites de internet.

Nas questões que envolvem as percepções de qualidade das fontes de informação, Tomaél et al. (2004) definem dez critérios de qualidade para avaliar as fontes de informação na Internet: identificação da informação, de identificação, consistência das informações, confiabilidade das informações, adequação da fonte, links internos, links externos, facilidade de uso, restrições percebidas e suporte ao usuário.

A diversidade de fontes disponíveis faz com que a busca de informação seja mais difícil. É importante que à frente desta gestão de informação se tenha um profissional da informação qualificado e capaz de, com os recursos disponíveis, filtrar a informação a seu usuário ou capacitá-lo para uma busca mais criteriosa.

5.4 Estudos de uso e usuários da informação

Estudos de usuários são investigações que se fazem para saber o que os indivíduos precisam em relação a informação, ou então, para saber se a necessidade de informação por parte dos usuários de uma biblioteca ou de um centro de informação estão sendo atendidas e de uma forma correta (FIGUEIREDO, 1994).

Estes estudos são importantes para verificar como a informação é utilizada pelo usuário. No estudo de usuário, ele é encorajado a mostrar suas necessidades informacionais para que estas sejam atendidas pela biblioteca. Segundo Figueiredo (1994), o estudo também é importante porque abre um canal de comunicação entre a biblioteca e o público que atende e ajuda a prever as demandas ou mudanças de produtos e serviços, permitindo sua alocação no momento correto.

(22)

Na área de Ciência da Informação, três vertentes foram estudadas para tentar explicar o comportamento do usuário em relação ao uso que ele faz da informação: sistêmica, cognitiva e a social. (COSIJN; INGWERSEN, 2000).

A abordagem sistêmica baseia-se na interação do usuário com o sistema de informação, sua interação com este conhecimento e a utilização no processo de busca. Na abordagem cognitiva é levado em consideração, o ambiente em que e o usuário está inserido, como ele interage com a informação e como a utiliza no processo de busca (information seeking). Presser e Silva (2012) reforçam que esta abordagem se baseia no conhecimento e na necessidade de informação que é direcionada para um contexto social, permitindo um entendimento mais completo sobre o fenômeno informacional fornecendo subsídios para a concepção de sistemas de informação que atendam às necessidades e as características particulares e sociais de seus usuários.

Ainda sobre a perspectiva cognitiva, Minocha (1999) enfatiza a importância de se conhecer o ambiente social em que o usuário está inserido. Uma abordagem centrada no usuário não quer apenas descrever suas necessidades, mas compreender o contexto no qual o sistema informacional irá trabalhar e ainda fazer descobertas para delimitar o impacto do sistema na rotina de trabalho. Eram voltadas de acordo com Devin (1982), Belkin (1980) e Brookes (1980) para os processos mentais e a passagem do conhecimento de um estágio para outro, porém não considerava o usuário como pertencente a um contexto social.

A evolução destes pensamentos entendeu o estudo de usuários de informação em uma perspectiva multidimensional, abrangendo as necessidades dos usuários e os seus processos de busca, uso e transferência de informação em distintos contextos (PETTIGREW et al, 2001 apud PRESSER; SILVA, 2012).

A mudança da perspectiva cognitiva e da perspectiva baseada nos sistemas de informação permitiu o desenvolvimento da abordagem social. Wilson (2000) propõe a questão de que as necessidades pessoais são importantes para a motivação no momento da busca, mas estas necessidades são decorrentes do ambiente social que o indivíduo está inserido.

Diante destas abordagens, uma baseada nos sistemas de informação, a outra na perspectiva cognitiva e a última na perspectiva social foi possível analisar posteriormente o comportamento informacional dos usuários.

Dentre os tipos de estudos de usuários podemos citar, de acordo com as ideias de Figueiredo (1994, p.20) os seguintes: “estudos orientados à uma biblioteca ou centro de

(23)

informação individual; estudos voltados aos usuários, investigação sobre um grupo particular de usuários, como este grupo obtêm a informação necessária para o seu trabalho”.

A importância de se investigar o comportamento informacional do usuário de uma unidade de informação ocorreu pela mudança deste comportamento ao longo do tempo. Com a tecnologia e a internet, as demandas de informação cresceram e tornaram-se mais específicas, exigindo do profissional da informação estudos mais criteriosos sobre o usuário.

Diante da necessidade de se estudar estes usuários de informação, dois conceitos são relevantes, o de estudo de uso e o de estudo de usuários.

Segundo Vergueiro (1988), os estudos de uso são aqueles que se iniciam a partir da necessidade do usuário de informação. Estes estudos são baseados em materiais de uma biblioteca onde se busca investigar o uso destes materiais. A partir destes estudos é possível verificar a qualidade do acervo da instituição, e principalmente o tipo de usuário que é atendido e suas demandas pessoais de informação.

Outro conceito citado pelo autor é o de estudo de usuário que começa analisando pessoas e pergunta se ou quanto elas utilizam os materiais da biblioteca e talvez, quais tipos de materiais utilizam. Esta abordagem se baseia na circulação de materiais na unidade de informação. Pode-se dizer que analisar dados de circulação de materiais é importante para se ter uma visão geral da situação da biblioteca.

Como foi citado no problema deste trabalho, o número baixo de circulação de materiais pode apontar para possíveis falhas nos serviços de informação da biblioteca, o acervo pode não estar cumprindo sua função e os usuários utilizando somente o espaço fornecido, não obtendo resposta às suas necessidades de informação.

Houve uma mudança no perfil do usuário da informação que até então passivo na busca do conhecimento. Atualmente, a biblioteca medeia o acesso à informação e cria serviços para o usuário, aperfeiçoando os já existentes, por exemplo: o estudo de usuários passou a ser mais utilizado, serviços de bibliografias e índices, disseminação seletiva da informação, visando satisfazer a necessidade específica do usuário (FIGUEIREDO, 1994).

Os estudos de usuários têm importante contribuição para o aperfeiçoamento das técnicas bibliotecárias, pois guiam a política de seleção do acervo de acordo com os interesses dos usuários, fornecem propostas para a compra de acervo e apontam as diretrizes para o serviço de referência e de disseminação seletiva da informação.

Na perspectiva na qual o usuário está inserido como não somente frequentador do espaço da biblioteca, mas também como avaliador de seus serviços de informação, este estudo

(24)

de caso é importante para servir de ferramenta para os usuários da Biblioteca Desembargador Fernando Américo Veiga Damasceno qualificarem a informação recebida da biblioteca.

5.5 Necessidades de informação

Necessidade de Informação é a carência que o indivíduo deve suprir para realizar uma pesquisa buscando sua atualização pessoal, tomada de decisão aperfeiçoamento profissional.

Nascimento e Weschenfeld (2002) enfatizam que a necessidade varia de pessoa para pessoa e de grupo para grupo. Ela é expressa na forma de um desejo ou na solicitação específica de um usuário em uma Unidade de Informação (arquivo, bibliotecas, museus, redes ou sistemas de informação).

As abordagens dos estudos de usuários são feitas nas seguintes óticas: abordagem tradicional, estudos que enfocam o uso de unidades de informação e abordagem alternativa, estudos que enfocam a ótica do usuário. Segundo Dervin e Nilan (1986 apud NASCIMENTO;

WESCHENFELD, 2002), a abordagem tradicional foca no usuário real e a utilização que ele faz dos recursos disponíveis no sistema de informação.

A outra abordagem é a alternativa, novos paradigmas dos estudos de usuários centrados no ser humano, um ser pensante, que elabora ideias e conceitos, tanto individualmente como em grupo. Segundo Dervin e Nilan (1986, NASCIMENTO;

WESCHENFELD, 2002), o foco central agora são os usuários, não somente os sistemas de informação tendo como prioridade os seguintes pontos:

a. As necessidades dos usuários que devem se tornar o foco central da operação de sistemas;

b. Os serviços de informação que devem ser ajustados às necessidades específicas do indivíduo, e não o contrário;

c. O foco dos sistemas de informação dirigidos devem ser dirigidos às tecnologias e conteúdos aos respectivos usuários.

Conforme Miranda (2006), ao perceber lacunas de conhecimento em uma situação de solução de problemas, uma pessoa busca por informação guiada pelos níveis de necessidade e incerteza e estas necessidades são guiadas pelo ambiente que o usuário está inserido.

(25)

A Necessidade de informação é derivada de uma carência informacional inicial.

Segundo Le Coadic (1998), ela é também evolutiva e extensiva, porque muda com o tempo e gera outras demandas.

A necessidade de informação não pode estar separada do contexto, da situação e do ambiente, elementos que são essenciais para estabelecer o seu diagnóstico. A questão de que a necessidade muda com o tempo é importante. Esta mudança é significativa para o usuário, pois, faz com que ele ganhe autonomia na construção do seu conhecimento, buscando adaptar-se às novas tecnologias e procurar informações aprofundadas.

5.6 Gestão da informação

A gestão da informação ocorre quando se usam os recursos disponíveis em uma unidade de informação fazendo com que eles cheguem de maneira rápida e seja eficaz para o usuário.

O modelo de gerenciamento da informação de McGee e Prusak (1994) identifica tarefas consideradas como as principais: a identificação de necessidades e requisitos de informação; classificação/armazenamento e tratamento/apresentação da informação;

desenvolvimento de produtos e serviços de informação e disseminação da informação. Abaixo exemplifica-se mais detalhadamente estas tarefas:

a. Identificação de necessidades: para a boa gestão é necessário a identificação das necessidades de informação do usuário, ou seja, qual o seu perfil de consumo de informação;

b. Classificação/armazenamento: classificar e armazenar são tarefas importantes para a organização da informação disponível;

c. Tratamento/apresentação: é uma fase estrutural da informação, um tratamento de excelência é capaz de recuperar com mais facilidade a informação desejada;

d. Desenvolvimento de produtos e serviços de informação: são os próprios serviços de informação disponíveis que visam o atendimento das necessidades dos usuários;

e. Disseminação da informação: é a junção das tarefas anteriores, somente é bem executada se todas as fases anteriores forem bem planejadas. Esta tarefa é o produto final, dirigido ao usuário específico.

Na visão de Davenport (1998), são necessários quatro passos fundamentais para a gestão da informação: determinação das exigências ou identificação das necessidades;

obtenção dos recursos; distribuição e uso da informação.

(26)

Choo (2003) identifica seis processos para a gestão da informação: identificação das necessidades , aquisição, organização e armazenamento da informação, desenvolvimento de produtos e serviços de informação, distribuição da informação e uso da informação.

O primeiro processo diz respeito à identificação das necessidades de informação. Ele enfatiza que esta identificação é relevante para o processo de gerenciamento. É necessário que o usuário esteja à vontade para expressar suas necessidades informacionais ou, que os estudos de usuários sejam bem elaborados pela equipe da biblioteca.

O segundo processo é a aquisição guiada pela necessidade que tornou-se uma tarefa árdua em função da diversidade de formatos e fontes . Quando realizada de forma eficaz implica em um bom acervo que atende a todos os tipos de usuários com suas diversas demandas por informação.

O terceiro processo consiste na organização e armazenamento da informação coletada ou criada no ambiente organizacional. Isso tem que ser feito com o objetivo de recuperá-la visando a utilização para solucionar problemas e interpretar situações (CHOO, 2003). Uma boa organização facilita a gestão, pois permite que os recursos cheguem com mais eficiência ao usuário ou facilitando a própria recuperação por parte dele.

O quarto processo consiste no desenvolvimento de produtos e serviços de informação que é condensada em diversos níveis, de acordo com a necessidade informacional de cada usuário. (CHOO, 2003). O desenvolvimento destes produtos e serviços é uma das etapas finais do processo de gestão da informação, pois é nesta etapa que o usuário de fato irá utilizá- la.

O quinto processo que trata da distribuição da informação, Choo (2006) expressa que o processo de distribuição possibilita a disseminação e o compartilhamento da informação a partir de diversas fontes. Quando este compartilhamento é feito de maneira correta, propicia maior aprendizado organizacional gerando novas visões e soluções.

A distribuição propicia que os pedidos dos usuários sejam atendidos em suas especificidades, como enfatizado por Choo (2006), este processo permite a disseminação da informação em diversas fontes, sem dúvida isto é importante para que a informação distribuída seja de qualidade atingindo as necessidades particulares de cada um.

O sexto processo se refere ao uso da informação. Para Choo (2003), ela deve ser usada para criar conhecimentos, significados e na interpretação de situações para a tomada de decisão. A junção de todos estes processos citados resulta em seu uso efetivo para solucionar problemas organizacionais e pessoais, já que é um dos objetivos da gestão da informação.

(27)

A importância de uma boa gestão da informação disponível, tanto em uma organização como em uma Unidade de Informação é fornecer ao usuário um produto final que satisfaça suas necessidades e que possa servir para que ele seja autônomo na busca do conhecimento.

Choo (2003) ressalta que uma forma de gerenciar as informações é procurar usufruir do conhecimento dos profissionais da informação contando com as tecnologias. Não se pode como exemplificado neste texto, deixar de lado a importância do planejamento, da seleção e do uso das fontes de informação, de monitorá-las e avaliar sua qualidade.

5.7 Serviços de Referência

O serviço de referência é “uma função organizada de resposta personalizada a um pedido explícito de informação documental ou de documentação” (BERTRAND, 1996, p.

185). Esta definição sugere que para a execução de um serviço de referência é necessário que o usuário exponha sua necessidade para que o bibliotecário possa encontrar recursos viáveis para a solução do problema.

O Serviço de atendimento ao usuário é o cerne de qualquer Unidade de Informação.

Este serviço inclui: auxílio na pesquisa , criação ou reformulação de estratégias de busca;

aulas de ABNT, auxílio ao usuário em relação a base de dados utilizada, disponibilização de artigos de periódicos e solicitação de empréstimos em outras bibliotecas, caso a biblioteca em questão não possua o material requerido pelo usuário.

Macedo (1984) define o serviço de referência como sendo a assistência pessoal e especializada dada pelo bibliotecário ao usuário que deseja uma informação específica para diversos propósitos, entre eles, os de estudo e de pesquisa.

Grogan (1995) propõe alguns passos para o serviço de referência são eles: o problema baseado na informação que o usuário deseja; a necessidade de informação que são as questões a serem respondidas sobre o problema; a questão negociada que é a pergunta inicial do usuário traduzida para uma linguagem mais clara; a estratégia de busca que seria a formulação das questões a serem postas nos mecanismos de busca; a resposta que é o resultado final das estratégias de busca e por último, a solução que se baseia no resultado positivo, ou seja, o bibliotecário realmente encontrou um material útil para o usuário.

(28)

O serviço de informação auxilia o usuário de uma unidade de informação em um problema específico. O bibliotecário, como mediador da informação tenta ao máximo filtrar esta necessidade deixando-a mais específica e fornecendo algum material pertinente.

Segundo Grogan (1995), o processo de referência tem como requisitos:

a.Procurar mediar usuários na relação com as máquinas ou materiais de informação;

b. O bibliotecário participa do processo quando acionado pelo usuário. Sem este pré-requisito o serviço de informação não ocorre, pois, o usuário tem que expor sua necessidade ao bibliotecário para que ele lhe ofereça uma resposta;

c. É importante a competência profissional e pessoal do bibliotecário para disponibilizar os recursos necessários para a resolução do problema do usuário;

d. É um processo cíclico, ou seja, não necessariamente respeita passos pré-estabelecidos;

e. O uso do computador não altera o processo de referência, mas o potencializa;

f. É imprescindível a participação do bibliotecário como atuante no processo.

Alves e Faqueti (2002) colocam o bibliotecário de referência como intermediário entre as fontes de informação e o usuário. Assim, segundo Chagas, Arruda e Blattmann (2002), para facilitar o manuseio de tão diversas fontes informacionais, geralmente os bibliotecários realizam treinamento individual ou em grupo de usuários dentro da própria biblioteca. Alguns participam da criação de tutoriais para disseminar de maneira mais simples e correta a utilização desses recursos.

Não podemos falar sobre serviços de referência, sem mencionarmos o serviço de referência virtual, definido como “mecanismo pelo qual as pessoas podem enviar perguntas e obter respostas através de email, chat ou formato Web”. (SAUNDERS, 2001). Esta definição é importante para compreendermos os serviços de informação, diante do advento das tecnologias e principalmente da difusão da internet na sociedade da informação.

Com o crescimento da informação digital, algumas Unidades de Informação já oferecem este serviço. Segundo Arellano (2001) podemos citar: a Library of Congress que disponibiliza este serviço online no seu site. Alguns servidores desta biblioteca são designados a responder perguntas de usuários em qualquer lugar, a qualquer hora e através de uma rede de bibliotecas digitais. Outro sistema de referência virtual é o ERIC- Education Resources Information Center que é maior fonte de informação existente na área de educação.

Esta base de dados é atualizada mensalmente e conta com periódicos e resumos de documentos.

(29)

O conceito de referência ampliou-se com o passar dos anos mais precisamente com a diversificação dos serviços prestados pela biblioteca e o advento das novas tecnologias. O usuário agora é atendido por telefone, carta, computador; utiliza coleções bibliográficas e multimeios do próprio sistema de informação ou da base de cooperação com outras bibliotecas. Esta nova maneira de atender o público diversifica os serviços da biblioteca e não trata os usuários como um conjunto, mas com suas demandas individuais de informação.

Portanto, esta gama de informações disponíveis em rede deve ser utilizada da melhor maneira pelo usuário e a função do profissional da informação é selecionar as melhores ferramentas para que eles possam encontrá-las e capacitá-los para que possam ser autônomos nesta busca.

5.8 Qualidade da Informação

A norma NBR ISO 8402 define qualidade como a totalidade das características de uma entidade que lhe confere a capacidade de satisfazer as necessidades explícitas e implícitas. As necessidades explícitas em uma unidade de informação seriam o atendimento a um público externo e as implícitas, o próprio estudo de usuário do público assíduo à biblioteca que utiliza o sistema de informação e busca o conhecimento disponível no acervo digital e físico.

Alguns autores enfatizam princípios de qualidade estudados por Deming (1990), Ishikawa (1997), Juran e Gryna (1992) como: completeza, acurácia, atualização e os seus respectivos benefícios com relação ao atendimento das expectativas e necessidades do cliente, tais como confiabilidade, efetividade, eficiência, entre outros. Tais características facilitam o estudo de usuários em uma Unidade de Informação que são importantíssimos para a análise do produto final que a biblioteca oferta.

Marchand (1989, p.23) apresenta algumas abordagens na definição do conceito de qualidade da informação:

transcendente - é a abordagem que tende a perceber o valor da informação como absoluta e universalmente reconhecida (sinônimo de excelência), seja, qualidade intrínseca (por exemplo: um poema, uma fórmula matemática; baseada no usuário - julgamento da excelência com relação às particularidades individuais, ou seja, os tipos e fontes de informação que mais satisfazem ao usuário seriam considerados os de melhor qualidade.

(30)

Essa abordagem prioriza a necessidade do usuário e enfatiza a ideia de que o produto final é baseado nos critérios do público que o utiliza. Outras abordagens são as baseadas no produto e produção:

baseada no produto - considera a qualidade da informação em termos precisos e identificáveis, sendo seus atributos passíveis de ser mensurados e quantificados (trata a informação enquanto coisa); baseada na produção - vê a qualidade como adequação aos padrões estabelecidos da necessidade de informação do consumidor.

Desvios em relação a estes padrões significariam redução da qualidade da informação (LOPES, 2004, online)

A abordagem baseada na produção também preza pela destinação final, que é o usuário. Esta produção seria priorizar atividades de indexação, catalogação e classificação para facilitar a utilização dos recursos , ou seja, que esta organização da informação tenha como tarefa atender de melhor maneira possível o usuário.

5.8.1 Atributos de qualidade da informação

Avaliar a qualidade é importante para o desenvolvimento de todos os sistemas de informação. Arouck (2011) conceitua a importância desta atribuição de qualidade nos sistemas de informação, pois ela permite a mensuração das variáveis em estudos de usuários e isto é essencial para a gestão dos serviços e produtos.

Wang (1995) propõe a seguinte sequência para melhor compreensão do aspecto da qualidade: usuário deve ser capaz de obter os dados, ou seja, eles devem ser acessíveis;

compreender a sintaxe e semântica da informação; a informação deve ser útil e a informação deve possuir credibilidade para o usuário.

O autor coloca como critérios de qualidade: acessibilidade, possibilidade de interpretação, utilidade, credibilidade. Acessibilidade é sinônimo de que o item tem de estar disponível; utilidade deve ser oportuna para uso do público; para ser crível, o usuário deve considerar a completude da informação, coerência, precisão e credibilidade.

A qualidade é avaliada de acordo com uma metodologia, Lee et al.( 2002) propõem vários critérios de avaliação, sendo eles a qualidade do serviço, atualidade, segurança da informação, dimensões da qualidade da informação utilizável, credibilidade, acessibilidade, facilidade de manipulação, fidedignidade e valor agregado.

Amaral e Sousa (2012) listam alguns aspectos que visam aprimorar os estudos sobre qualidade da informação, entre eles:

(31)

a. Acurácia/veracidade: nível de acurácia da informação;

b. Atualidade/temporalidade: data de geração da informação; horário de geração da informação; e intervalo de tempo entre cada nova geração de informação;

c. Disponibilidade: meio de acesso à informação; horário de disponibilização da informação; e tempo decorrido entre a solicitação e o acesso da informação;

d. Confidencialidade/privacidade: público alvo; e predileções informacionais do público alvo;

e. Existência: Localização do armazenamento do conteúdo informacional;

f. Abrangência/escopo: a informação abrange o seu público;

g. Integridade: nível de integridade da informação;

h. Ineditismo/raridade: disponibilidade de informações idênticas e similares;

i. Contextualização: caracterização da informação;

j. Precisão: nível de precisão da informação;

k. Confiabilidade: credibilidade da fonte; e credibilidade da informação;

l. Originalidade;

m. Pertinência/agregação de valor: valor potencial da informação/ Valor entregue pela informação;

n. Identidade: nome; sinônimos; e autoria.

As atribuições de qualidade como atualização, a pertinência, a abrangência e a especificidade serão objeto de estudo neste trabalho. O objetivo é pesquisar entre os usuários da Biblioteca Fernando Américo Damasceno, como estes avaliam o acervo da unidade de informação nestes níveis pré- estabelecidos.

5.8.2 A qualidade da informação para a tomada de decisão

A tomada de decisão, entendida como processo pelo qual são escolhidas algumas ou apenas uma entre as possibilidades para ações a serem realizadas, é considerada por alguns autores como a conversão de informações no ato de sua execução (OLIVEIRA, 2004).

Nas organizações, informação correta no momento certo pode gerar bons resultados para um setor, possibilitando ao decisor escolhas bem feitas e criteriosas. No que se refere ao indivíduo, a qualidade da informação recebida pode sanar uma dúvida cotidiana ou auxiliá-lo

(32)

na decisão dentro da sua esfera de trabalho; auxiliando em suas tarefas e na sua tomada de decisão.

Segundo Motta (2006) utilizar a informação de forma racional e técnica permite ao ser humano o desenvolvimento da análise. Assim, saber ordenar os problemas organizacionais, analisá-los e buscar soluções para as questões da empresa na qual estão inseridos são habilidades fundamentais dos profissionais da atualidade, constantemente expostos à decisão na esfera organizacional.

A análise da qualidade da informação nas empresas deve passar pela observação subjetiva dos indivíduos envolvidos com a informação, analisando tanto a informação, quanto o contexto que estes indivíduos estão inseridos. (YANG, 2002).

As mudanças socioeconômicas, culturais e tecnológicas, vivenciadas nas últimas décadas com o advento da globalização, da sociedade da informação e/ou do conhecimento têm colocado em pauta dois problemas: o excesso de informação disponível, que contribui e dificulta a sua recuperação e a necessidade de decisões cada vez mais rápidas, na medida em que a tecnologia fornece os meios de comunicação instantânea necessários e a concorrência global assim exige.

O excesso de informações tende a relativizar a qualidade da informação a ser utilizada, porém deve ocorrer o oposto, ou seja, a qualidade deve ser priorizada para que o usuário ao receber a informação tenha firmeza para tomar a decisão mais acertada.

Um dos pontos destacados neste trabalho é justamente como os usuários avaliam o acervo da Biblioteca Desembargador Fernando Américo Veiga Damasceno. Como os usuários avaliam o acervo é essencial para que a biblioteca reveja sua política de aquisição, seleção e desbaste de material.

Neste trabalho foi analisado o quanto a informação fornecida é importante para a tomada de decisão. Com os resultados desta pesquisa pode-se propor à biblioteca melhorias no fornecimento de informação para que esta seja fornecida com qualidade.

5.9 Aspectos Institucionais

5.9.1

Histórico da Instituição

A primeira ideia de criação de uma jurisdição trabalhista surgiu por meio da Lei 1.637, de 5/11/1907, que previa em seu artigo 8º os conselhos permanentes de conciliação e

(33)

arbitragem. Posteriormente a Lei 1.869, de 10/10/1922, criou em São Paulo os tribunais rurais os primeiros tribunais trabalhistas do país. Já existia o Patronato Agrícola, ligado à Secretaria de Agricultura, que se ocupava de tais questões. Entendeu o Governo estadual de São Paulo, à época, que o modelo de solução entre trabalhadores e proprietários rurais era inadequado.

Em 1922 são instituídas no Brasil as convenções coletivas de trabalho como forma de composição de interesses entre trabalhadores e empregadores, reflexo da forte influência italiana entre nós, estimulada pela grande imigração de europeus - daí derivando a necessidade de um órgão com competência para conhecer e dirimir eventuais conflitos decorrentes desta prática coletiva. Com isso, surgiram então as Comissão Mistas de Conciliação, cuja função era conciliar os dissídios coletivos e, no mesmo momento, criaram- se as juntas de Conciliação e Julgamento, que conciliava e julgava os dissídios individuais do trabalho.

Seguiram-se outras instituições extrajudiciais com funções semelhantes em setores localizados, como as Juntas de Trabalho Marítimo e o Conselho Nacional do Trabalho, ambos de 1933. A organização da Justiça do Trabalho semelhante à que tivemos até a edição da Emenda Constitucional n.º 24, de 09/12/1999, deu-se pela Lei de 01/05/1941, mantendo-a, porém, à margem do poder Judiciário, embora com atribuições jurisdicionais, não sendo, entretanto, implantado de fato. Somente com o advento do Decreto-Lei 9.797 é que foi organizada a Justiça do Trabalho como hoje funciona, integrando-a ao Poder Judiciário.

À Justiça do Trabalho, parte componente do Poder Judiciário, compete dirimir os conflitos que envolvam questões decorrentes das relações de trabalho. É integrada pelo Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Juntas de conciliação e Julgamento, os quais exercem sua competência no âmbito territorial que lhes for fixado. O artigo 114 da CF define a competência da Justiça do Trabalho.

O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região foi criado em 1981, pela Lei nº 6.927/81, com jurisdição abrangendo, à época, a área que hoje corresponde ao Distrito Federal aos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins. Devido à previsão constitucional do artigo 112, em cada Estado e no Distrito Federal deve existir pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho. Desta forma, em 9 de novembro de 1989 foi criada a 18ª Região, com sede em Goiânia (GO). Em 8/6/1992 e 9/6/1992 foram criadas, respectivamente, a 23ª Região, sediada em Cuiabá (MT) e a 24ª, em Campo Grande (MS). Apenas o Distrito Federal e o Estado do Tocantins permanecem hoje na 10ª Região. No início, o TRT/10 era composto por oito juízes, que atuavam em composição plenária.

(34)

Atualmente, por força das Leis nºs. 7.325/85 e 8.474/92 15 juízes exercem atividade, e o Tribunal atua em Pleno e dividido em turmas, de acordo com a espécie de processo a ser examinado. Dentre os 17 juízes, 11 são togados e vitalícios, sendo 1/5 dos cargos de juiz togado preenchidos por profissionais oriundos do Ministério Público e da advocacia, alternadamente. A Emenda 24/99 extinguiu a representação paritária de empregados e empregadores na estrutura da Justiça do Trabalho, mas garantiu aos juízes classistas com mandato em curso o seu respectivo cumprimento, nos três níveis de jurisdição. Com a extinção da representação classista, a composição dos tribunais trabalhistas passou a ser apenas de juízes de carreira e juízes integrantes da classe dos advogados e do Ministério Público, conforme determina o artigo 94 da Constituição Federal.

5.9.2 A Escola Judicial

O surgimento da Escola Judicial está atrelado a formação e atualização dos magistrados da justiça.

Seus objetivos fundamentais são: o aprimoramento e a atualização dos magistrados da Justiça Trabalhista da 10ª Região. Para alcançá-los, promove cursos e eventos culturais, recolhe e organiza a jurisprudência do TRT da 10ª Região, elabora publicações para a divulgação de trabalhos jurídicos doutrinários e administra a Biblioteca do Tribunal.

A Escola Judicial possui a seguinte estrutura:

● Coordenadoria Técnica da Escola Judicial - CDTEJ

● Seção de Formação Jurídica - SCFJU

● Seção de Educação a Distância - SCEAD

● Seção de Formação Técnico-Administrativo e Gerencial - SCFTG

● Seção de Pesquisa e Documentação - SCPED

● Seção Administrativa e de Apoio a Eventos - SCAPE

5.9.3 A Seção de Pesquisa e Documentação

A Seção de Pesquisa e Documentação é responsável pela Biblioteca e pela Jurisprudência. Sua tarefa principal diz respeito aos serviços de atendimento e pesquisa, com

(35)

vistas à recuperação da informação, bem como o controle das atividades de empréstimo, devolução e circulação dos documentos que compõem o acervo bibliográfico.

Atende a consultas e questões relativas a dados referenciais formulados pelos magistrados e usuários, por meio do acesso às bases de dados internas, à Rede Virtual de Bibliotecas e sites na internet.

A SCPED também é a responsável pelo Caderno Jurídico, que é elaborado pela equipe da Biblioteca.

5.9.4 Histórico da Biblioteca Fernando Américo Damasceno

Fundada em 14 de fevereiro de 1996, sob a gestão do Desembargador Fernando Américo da Veiga Damasceno, a Biblioteca do TRT 10 conta atualmente com mais de 10 mil volumes em seu acervo, dentre livros especializados em Direito do Trabalho, além de diversos títulos de periódicos e obras de referência.

O público atendido é formado por: magistrados da justiça, servidores do TRT, advogados do Foro Trabalhista e estagiários.

O acervo da Biblioteca do Foro do TRT 10 de Brasília conta atualmente com mais de 10 mil volumes em seu acervo, dentre livros especializados em Direito do Trabalho, além de diversos títulos de periódicos e obras de referência e ainda conta com o Caderno Jurídico que é feito pela Escola Judicial e revisado pela Biblioteca.

A Biblioteca Fernando Américo Veiga Damasceno possui também o acervo do clube do livro que são exemplares formados por livros de literatura infanto-juvenil. Este acervo foi criado para atender as demandas dos estagiários do TRT 10 ª Região são obras de Machado de Assis, Ana Machado, Stephen King e vários autores relevantes nesta área.

O sistema de informação utilizado é o SIABI que é a resposta à criação de uma solução completa para bibliotecas de instituições de ensino que possuem a necessidade de trabalhar com padrões nacionais e internacionais de catalogação com o objetivo de atender às exigências das Comissões do MEC, assim como bibliotecas especializadas em Direito, sendo o software padrão utilizado pela INFRAERO e por todos os TRTs no país. Por ser compatível com a ISAD(g) e NOBRADE o sistema também atende a Museus, Memoriais e Arquivos Correntes com tabela de temporalidade padrão CONARQ.

Referências

Documentos relacionados

O Processo Seletivo Interno (PSI) mostra-se como uma das várias ações e medidas que vêm sendo implementadas pela atual gestão da Secretaria de Estado.. Importante

Então os pais divulgam nosso trabalho, e a escola também ela divulga todos os resultados, então nós temos alguns projetos que desenvolvemos durante o ano letivo, que

O fortalecimento da escola pública requer a criação de uma cultura de participação para todos os seus segmentos, e a melhoria das condições efetivas para

Ressalta-se que mesmo que haja uma padronização (determinada por lei) e unidades com estrutura física ideal (física, material e humana), com base nos resultados da

De acordo com o Consed (2011), o cursista deve ter em mente os pressupostos básicos que sustentam a formulação do Progestão, tanto do ponto de vista do gerenciamento

Todas as outras estações registaram valores muito abaixo dos registados no Instituto Geofísico de Coimbra e de Paços de Ferreira e a totalidade dos registos

insights into the effects of small obstacles on riverine habitat and fish community structure of two Iberian streams with different levels of impact from the

Neste estágio, assisti a diversas consultas de cariz mais subespecializado, como as que elenquei anteriormente, bem como Imunoalergologia e Pneumologia; frequentei o berçário