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Aula nº 07 Regimes Aduaneiros Especiais parte II. Legislação Aduaneira p/ Analista- Tributário da Receita Federal Prof.

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Aduaneiros Especiais parte II

Legislação Aduaneira p/ Analista-

Tributário da Receita Federal

(2)

Regimes Aduaneiros Especiais – parte II ...3

1.DRAWBACK ... 4

1.1. Drawback Suspensão ... 7

1.2. Drawback Isenção ... 13

1.3. Drawback Restituição ... 14

2.RECOF ... 15

2.1. RECOF SPED ... 17

3.REPETRO ... 20

4.REGIMES ADUANEIROS APLICADOS EM ÁREAS ESPECIAIS ... 22

4.1. Zona Franca de Manaus ... 22

4.2. Amazônia Ocidental ... 27

4.3. Áreas de Livre Comércio... 27

4.4. Zonas de Processamento de Exportação ... 30

Questões comentadas pelo professor ... 32

Lista de questões ... 51

Gabarito ... 62

Resumo direcionado ...63

(3)

Regimes Aduaneiros Especiais – parte II

Olá pessoal! Tudo certo?

Hoje, continuaremos nossos estudos sobre os Regimes Aduaneiros Especiais: Drawback, RECOF, REPETRO e os Regimes Aduaneiros aplicados em áreas especiais.

O Drawback é o principal regime aduaneiro especial e sempre cai em prova. Destaco, também, o RECOF, que é um regime muito parecido com o Drawback, mas a competência é apenas da RFB, ao contrário do Drawback que tem competência compartilhada entre RFB e SECEX.

São matérias importantes e certamente cairão no próximo concurso.

Vamos lá?

Bons estudos!

Rodrigo Mineiro

E-mail: prof.rodrigomineiro@gmail.com Instagram: @professor_rodrigomineiro LinkedIn: linkedin.com/in/rodrigomineiro

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1. Drawback

O drawback foi instituído no ordenamento jurídico brasileiro através do Decreto nº 994, de 28/07/19361, como uma restituição (devolução, nos termos do decreto) dos tributos pagos na importação de matérias primas necessárias à produção de mercadorias reconhecidas em condições de concorrer, no exterior, com as similares estrangeiras. A Lei nº 3.244/57 revogou o referido Decreto, dispondo que seria concedida “remissão total ou parcial do imposto relativo a produto utilizado na composição de outro a exportar (‘draw-back’), nos termos do Regulamento a ser baixado por proposta do Conselho de Política Aduaneira”. Ainda hoje é tratado dessa forma em diversos ordenamentos jurídicos, da mesma forma como é tratado o Drawback Restituição em nosso Regulamento Aduaneiro.

Entretanto, o termo “drawback” utilizado no Brasil tem uma abrangência maior, definido como um regime aduaneiro especial que compreende a não incidência dos tributos na importação de insumos a serem utilizados na produção de itens a serem exportados. É um incentivo à exportação, amplamente utilizado pelas empresas em nosso país, em suas modalidades “suspensão”, “isenção” e “restituição”.

O Decreto-lei 37/66, ainda em vigor, assim trata do drawback:

Art.78 - Poderá ser concedida, nos termos e condições estabelecidas no regulamento:

I - restituição, total ou parcial, dos tributos que hajam incidido sobre a importação de mercadoria exportada após beneficiamento, ou utilizada na fabricação, complementação ou acondicionamento de outra exportada;

II - suspensão do pagamento dos tributos sobre a importação de mercadoria a ser exportada após beneficiamento, ou destinada à fabricação, complementação ou acondicionamento de outra a ser exportada;

III - isenção dos tributos que incidirem sobre importação de mercadoria, em quantidade e qualidade equivalentes à utilizada no beneficiamento, fabricação, complementação ou acondicionamento de produto exportado.

1DECRETO N. 994 – DE 28 DE JULHO DE 1936

“Considerando a necessidade de estimular a iniciativa particular quanto ao desenvolvimento das industrias nacionaes, creando desse modo novas fontes de trabalho, com a possibilidade de maior expansão commercial; Considerando ser actualmente indispensavel o emprego da matéria prima estrangeira para o preparo e apresentação do producto de manufactura nacional, de modo a poder este competir, fóra do paiz, com os similares estrangeiros, Decreta: Art. 1º Fica instituido o “drawback” com remissão total dos direitos de importação constantes da Tarifa das Alfandegas, para as materias primas necessarias á producção das mercadorias reconhecidas em condições de concorrer, fóra do paiz, com as similares estrangeiras, e só applicavel aos productos effectivamente exportados”

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A diretriz básica para entendermos o drawback é a concepção de livre comércio. E a condição necessária para o estabelecimento do livre comércio para as atividades exportadoras é o livre acesso aos insumos (tanto os insumos importados quanto os insumos adquiridos no mercado interno) a serem utilizados na produção de itens a serem exportados, isentos de tributos. O produto exportado deve ser desonerado de tributação, bem como os insumos utilizados em sua produção, e a escolha entre fornecedores internos ou externos dos insumos deve ser realizada a preços internacionais, ou seja, a preços não distorcidos pela tributação.

O regime de drawback é considerado incentivo à exportação.

As importações efetuadas ao amparo do regime de drawback estão sujeitas a Licenciamento Automático.

As leis 11.945/2009 e 12.350/2010 possibilitaram a suspensão e a isenção também na aquisição no mercado interno dos insumos utilizados na industrialização do produto a ser exportado, denominando os regimes como “drawback integrado”.

Lei nº 11.945/2009

Art. 12. A aquisição no mercado interno ou a importação, de forma combinada ou não, de mercadoria para emprego ou consumo na industrialização de produto a ser exportado poderá ser realizada com suspensão do Imposto de Importação, do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação.

Lei nº 12.350/2010

Art. 31. A aquisição no mercado interno ou a importação, de forma combinada ou não, de mercadoria equivalente à empregada ou consumida na industrialização de produto exportado poderá ser realizada com isenção do Imposto de Importação e com redução a zero do IPI, da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação.

§ 4º Para os efeitos deste artigo, considera-se mercadoria equivalente a mercadoria nacional ou estrangeira da mesma espécie, qualidade e quantidade, adquirida no mercado interno ou importada sem fruição dos benefícios referidos no caput, nos termos, limites e condições estabelecidos pelo Poder Executivo.

Temos, portanto, três modalidades de Drawback: Suspensão, Isenção e Restituição.

Art. 383. O regime de drawback é considerado incentivo à exportação, e pode ser aplicado nas seguintes modalidades:

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I - suspensão - permite a suspensão do pagamento do Imposto de Importação, do Imposto sobre Produtos Industrializados, da Contribuição para o PIS/PASEP, da COFINS, da Contribuição para o PIS/PASEP- Importação e da COFINS-Importação, na importação, de forma combinada ou não com a aquisição no mercado interno, de mercadoria para emprego ou consumo na industrialização de produto a ser exportado (Lei nº 11.945, de 4 de junho de 2009, art. 12, caput);

II - isenção - permite a isenção do Imposto de Importação e a redução a zero do Imposto sobre Produtos Industrializados, da Contribuição para o PIS/PASEP, da COFINS, da Contribuição para o PIS/PASEP- Importação e da COFINS-Importação, na importação, de forma combinada ou não com a aquisição no mercado interno, de mercadoria equivalente à empregada ou consumida na industrialização de produto exportado (Lei nº 12.350, de 2010, art. 31, caput); e

III - restituição - permite a restituição, total ou parcial, dos tributos pagos na importação de mercadoria exportada após beneficiamento, ou utilizada na fabricação, complementação ou acondicionamento de outra exportada (Decreto-Lei nº 37, de 1966, art. 78, caput, inciso I).

Como vimos, o drawback exige uma industrialização do insumo que, em regra geral, é realizado pelo detentor do Ato Concessório. Entretanto, há a possibilidade da industrialização ser realizada por encomenda:

empresas industriais ou comerciais, detentoras de ato concessório, após realizarem a importação ou a aquisição no mercado interno, enviarão o respectivo insumo, por sua conta e ordem, a estabelecimento industrial para industrialização, sob encomenda, devendo a exportação do produto final ser realizada pela própria detentora do ato concessório de drawback.

Atenção

!! Este tema já caiu em prova!

ESAF – AFRFB - 2012

O regime aduaneiro especial de drawback objetiva desonerar de tributos os insumos utilizados na produção de bens destinados à exportação.

Comentário:

Afirmativa certa. O regime de drawback tem como objetivo desonerar os insumos utilizados na produção de bens destinados à exportação.

ESAF – ATRFB - 2012

O Regime de Drawback não é considerado um incentivo à exportação.

Comentário:

Afirmativa errada. O regime de drawback é considerado incentivo à exportação.

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Outro tema que era polêmico e ficou esclarecido nesta última década foi o prazo decadencial do Drawback, ou seja, o prazo limite para que a fiscalização efetue o lançamento tributário, em caso descumprimento do regime, e como contar o prazo.

Conforme disposto no artigo 752 do Regulamento Aduaneiro, como regra geral, o direito de exigir o tributo extingue-se em cinco anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que poderia ter sido lançado. O parágrafo 3º do referido artigo definiu o termo inicial para a contagem no regime de drawback:

Modalidade suspensão: o primeiro dia do exercício seguinte ao dia imediatamente posterior ao trigésimo dia da data limite para exportação; e

Modalidade isenção: o primeiro dia do exercício seguinte à data do registro da declaração de importação na qual se solicitou a isenção.

Por qual razão, no caso do drawback suspensão, o legislador definiu como o dia imediatamente posterior ao trigésimo dia da data limite para exportação, considerado como o dia em que o lançamento poderia ter sido efetuado, para fins de contagem do prazo decadencial?

Porque o importador, em caso de inadimplemento do compromisso de exportar, tem o prazo de até trinta dias do prazo fixado para exportação para adotar alguma das providências: devolução ao exterior; destruição, sob controle aduaneiro, às expensas do interessado; destinação para consumo das mercadorias remanescentes, com o pagamento dos tributos suspensos e dos acréscimos legais devidos; ou entrega à Fazenda Nacional, livres de quaisquer despesas e ônus, desde que a autoridade aduaneira concorde em recebê- las. Até o final desse prazo a RFB não poderia efetuar o lançamento, pois o importador ainda tinha outras opções para extinguir o regime.

1.1. Drawback Suspensão

De acordo com o texto regulamentar, o Regime Aduaneiro Especial de Drawback Suspensão é o que permite a suspensão do pagamento dos tributos e contribuições, na importação, de forma combinada ou não com a aquisição, no mercado interno, de mercadoria para emprego ou consumo na industrialização do produto a ser exportado.

O Regime de Drawback poderá ser concedido na operação que se caracterize como transformação, beneficiamento, montagem, renovação ou recondicionamento, e acondicionamento ou reacondicionamento.

Aplica-se também à aquisição no mercado interno ou à importação de mercadorias para emprego em reparo, criação, cultivo ou atividade extrativista de produto a ser exportado.

São previstas as seguintes submodalidades de Drawback Suspensão:

(I) Genérico - operação especial concedida apenas na modalidade suspensão – seja integrado, fornecimento ao mercado interno ou embarcação –, em que é admitida a discriminação

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genérica da mercadoria e o seu respectivo valor, dispensadas a classificação na NCM e a quantidade;

(II) Sem expectativa de pagamento - operação especial, concedida exclusivamente na modalidade suspensão, que se caracteriza pela não expectativa de pagamento, parcial ou total, da importação. O efetivo recebimento referente à exportação corresponderá à diferença entre o valor total da exportação e o valor da parcela sem expectativa de pagamento da importação;

(III) Intermediário - operação especial concedida a empresas denominadas fabricantes- intermediários, que importam e/ou adquirem no mercado interno mercadorias destinadas à industrialização de produto intermediário a ser fornecido a empresas industriais-exportadoras, para emprego na industrialização de produto final destinado à exportação. Uma mesma exportação poderá ser utilizada para comprovar ato concessório de drawback do fabricante- intermediário e da industrial-exportadora, proporcionalmente à participação de cada um no produto final exportado;

(IV) Embarcação - importação de mercadoria utilizada em processo de industrialização de embarcação, destinada ao mercado interno, conforme o disposto no § 2º do art. 1º da Lei nº 8.402, de 8 de janeiro de 1992;

(V) Fornecimento no mercado interno - operação especial concedida para importação de matérias-primas, produtos intermediários e componentes destinados à fabricação no País de máquinas e equipamentos a serem fornecidos, no mercado interno, em decorrência de licitação internacional, contra pagamento em moeda conversível proveniente de financiamento concedido por instituição financeira internacional, da qual o Brasil participe, ou por entidade governamental estrangeira, ou ainda, pelo BNDES, com recursos captados no exterior.

→ Considera-se licitação internacional aquela promovida tanto por pessoas jurídicas de direito público como por pessoas jurídicas de direito privado do setor público e do setor privado (Lei nº 11.732, de 2008, art. 3º, caput).

→ Na licitação internacional, as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado do setor público deverão observar as normas e procedimentos previstos na legislação específica, e as pessoas jurídicas de direito privado do setor privado deverão observar as normas e procedimentos das entidades financiadoras (Lei nº 11.732, de 2008, art. 3º,

§ 1º).

→ Na ausência de normas e procedimentos específicos das entidades financiadoras as pessoas jurídicas de direito privado do setor privado observarão o disposto no Decreto nº 6.702, de 2008, que instituiu normas e procedimentos aplicáveis às licitações internacionais promovidas por pessoas jurídicas de direito privado do setor privado.

A concessão do regime é de competência da Secretaria de Comércio Exterior, e é feita com base nos registros e nas informações prestadas pelo interessado por intermédio de módulo específico drawback integrado do SISCOMEX, disponível no ambiente WEB. Após a análise do pleito do interessado, a SECEX emitirá o Ato Concessório de Drawback, com validade de um ano (regra geral), período este que a empresa

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beneficiária poderá efetuar as importações com suspensão do pagamento dos tributos federais incidentes, e deverá efetuar as exportações vinculadas ao regime.

As condições legais previstas no Regime de Drawback Suspensão são: (i) a utilização dos itens importados ou adquiridos no mercado interno na industrialização e (ii) a exportação do produto resultante dessa industrialização.

Quanto à competência dos órgãos intervenientes, a questão já foi objeto de esclarecimento desde os anos 1990, com a edição da Portaria nº 594/92 do então Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento. Nos seus artigos 2º e 3º, essa portaria distribuía as competências relativas à matéria entre os órgãos que faziam parte do Ministério:

Art. 2º - Constitui atribuição da Secretaria Nacional de Economia – SNE2, nos termos do art. 2º, da Lei nº 8.085, de 23 de outubro de 1990, a concessão do regime, compreendidos os procedimentos que tenham por finalidade sua formalização, bem como o acompanhamento e a verificação do adimplemento do compromisso de exportar.

Art. 3º - Constitui atribuição do Departamento da Receita Federal – DpRF a aplicação do regime e a fiscalização dos tributos, nesta compreendidos o lançamento do crédito tributário, sua exclusão em razão do reconhecimento do benefício e a verificação, a qualquer tempo, do regular cumprimento, pela importadora, dos requisitos e condições fixados pela legislação pertinente.

Não precisa decorar os termos da Portaria acima reproduzida, mas entender a distinção das competências do regime de drawback. Importante destacar que compete à SECEX a concessão do regime, e isso já caiu em prova algumas vezes!

O atual regulamento aduaneiro, Decreto nº 6.759/2009, mantém a competência bipartida: a competência para a concessão do regime é da SECEX (artigo 386) e a fiscalização continua com a Secretaria da Receita Federal do Brasil (artigos 15 e 19), sem prejuízo aos demais diplomas que dão competência fiscalizadora à Receita Federal.

A Portaria Conjunta RFB/SECEX nº 1.618 também esclareceu, no parágrafo 1º do artigo 6º, que a análise da SECEX se refere à concessão, não a comprovação do regime.

A matéria atualmente já se encontra sumulada no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais/MF, pela Súmula CARF nº 100, a qual tem efeito vinculante em relação à administração tributária federal, conforme determina a Portaria MF nº 277, de 7 de junho de 2018:

2 O DECEX, à época, fazia parte da Secretaria Nacional de Economia – SNE. Atualmente, faz parte da Secretaria de Comércio Exterior – SECEX.

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Súmula CARF nº 100: O Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil tem competência para fiscalizar o cumprimento dos requisitos do regime de drawback na modalidade suspensão, aí compreendidos o lançamento do crédito tributário, sua exclusão em razão do reconhecimento de benefício, e a verificação, a qualquer tempo, da regular observação, pela importadora, das condições fixadas na legislação pertinente.

As mercadorias admitidas no regime, na modalidade de suspensão, deverão ser integralmente utilizadas no processo produtivo ou na embalagem, acondicionamento ou apresentação das mercadorias a serem exportadas. O excedente de mercadorias produzidas ao amparo do regime, em relação ao compromisso de exportação estabelecido no respectivo ato concessório, poderá ser consumido no mercado interno somente após o pagamento dos tributos suspensos dos correspondentes insumos ou produtos importados, com os acréscimos legais devidos.

As mercadorias admitidas no regime que, no todo ou em parte, deixarem de ser empregadas no processo produtivo de bens, conforme estabelecido no ato concessório, ou que sejam empregadas em desacordo com este, ficam sujeitas aos seguintes procedimentos:

→ no caso de inadimplemento do compromisso de exportar, em até trinta dias do prazo fixado para exportação:

• devolução ao exterior;

• destruição, sob controle aduaneiro, às expensas do interessado;

• destinação para consumo das mercadorias remanescentes, com o pagamento dos tributos suspensos e dos acréscimos legais devidos; ou

• entrega à Fazenda Nacional, livres de quaisquer despesas e ônus, desde que a autoridade aduaneira concorde em recebê-las;

→ no caso de renúncia à aplicação do regime, adoção, no momento da renúncia, de um dos procedimentos acime referidos; e

→ no caso de descumprimento de outras condições previstas no ato concessório, requerimento de regularização junto ao órgão concedente, a critério deste.

Os atos concessórios de drawback poderão ser deferidos, a critério da Secretaria de Comércio Exterior, levando-se em conta a agregação de valor e o resultado da operação. Consta, ainda, do artigo 387 do Regulamento Aduaneiro a previsão do “drawback financeiro”, ou seja, o drawback concedido e comprovado com base unicamente na análise dos fluxos financeiros das importações e exportações, bem como da compatibilidade entre as mercadorias a serem importadas e aquelas a exportar.

Na concessão do regime serão desprezados os subprodutos e os resíduos não exportados, quando seu montante não exceder de 5% do valor do produto importado.

O drawback suspensão pode ser entendido com base no seguinte esquema:

(11)

Atenção

!! Este tema já caiu em prova!

ESAF – ATRFB – 2012

A concessão do Regime de Drawback na modalidade suspensão é de competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Comentário:

Afirmativa incorreta. A competência para a concessão do regime é da SECEX.

Importante mudança nas normas do regime foi trazida com a edição da Lei nº 12.350/2010 (conversão da MP 497 de 17/07/2010), cujo art. 32 deu nova redação ao art. 17 da Lei nº 11.774/2008, passando a prever de forma expressa a equivalência, ou seja, a possibilidade de substituição dos insumos importados ao amparo do Drawback Suspensão, por outros produtos nacionais ou importados:

Art. 32 (deu nova redação ao art.17 da Lei nº 11.774/2008)

“Art. 17 - Para efeitos de adimplemento do compromisso e exportação nos regimes aduaneiros suspensivos, destinados à industrialização para exportação, os produtos importados ou adquiridos no mercado interno com suspensão do pagamento dos tributos incidentes podem ser substituídos por outros produtos, nacionais ou importados, da mesma espécie, qualidade e quantidade, importados ou adquiridos no mercado interno sem suspensão do pagamento dos tributos incidentes, nos termos, limites e condições estabelecidos pelo Poder Executivo.

§ 2º A Secretaria da Receita Federal do Brasil e a Secretaria de Comércio Exterior disciplinarão em ato conjunto o disposto neste artigo” (NR)

Insumos desonerados

• Importados e/ou

• Adquiridos no mercado interno

Industrialização

Exportação

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Tal dispositivo legal expressamente determinou a regulamentação, em ato conjunto da Secretaria da Receita Federal do Brasil e da Secretaria de Comércio Exterior, dos termos, limites e condições para a substituição de produtos importados ou adquiridos no mercado interno com suspensão de pagamento de tributos, por insumos similares, adquiridos sem o benefício.

Atendendo ao previsto no dispositivo legal, ainda que com um considerável atraso, a Secretaria da Receita Federal do Brasil e a Secretaria de Comércio Exterior editaram a Portaria Conjunta RFB/SECEX nº 1.618, de 2 de setembro de 2014, que alterou a redação da Portaria Conjunta RFB/SECEX nº 467/2010, que “disciplina o regime especial de Drawback Integrado, que suspende o pagamento dos tributos que especifica”. Assim dispõe o artigo 5º da Portaria Conjunta RFB/SECEX nº 467/2010, incluído pela Portaria Conjunta RFB/SECEX nº 1.618, de 2 de setembro de 2014:

Art. 5º-A Para efeitos de adimplemento do compromisso de exportação no regime de que trata o art. 1º, as mercadorias importadas ou adquiridas no mercado interno com suspensão do pagamento dos tributos incidentes podem ser substituídas por outras, idênticas ou equivalentes, nacionais ou importadas, da mesma espécie, qualidade e quantidade, importadas ou adquiridas no mercado interno sem suspensão do pagamento dos tributos incidentes.

A referida Portaria assim definiu as condições para que as mercadorias fossem consideradas como idênticas ou equivalentes:

→ serão consideradas como idênticas, para fins de substituição no produto exportado, aquelas mercadorias iguais em tudo, ou seja, em suas características físicas, qualidades e reputação comercial, admitidas pequenas diferenças na aparência;

→ serão consideradas como equivalentes:

• aquelas classificadas no mesmo código da NCM;

• aquelas que realizarem as mesmas funções;

• aquelas obtidas a partir dos mesmos materiais;

• aquelas comercializadas a preços equivalentes; e

• aquelas com as mesmas especificações, que as tornem aptas ao emprego ou consumo na industrialização de produto final exportado informado. Destaca-se que os critérios são cumulativos, ou seja, para considerar a mercadoria como equivalente, ela deve observar todos os critérios definidos na norma.

(13)

1.2. Drawback Isenção

Já o Regime Aduaneiro Especial de Drawback, modalidade isenção, é aquele que permite a isenção do Imposto de Importação e a redução a zero do IPI, do PIS e da COFINS, na importação, de forma combinada ou não com a aquisição, no mercado interno, de mercadoria equivalente àquela empregada ou consumida na industrialização de produto exportado. É conhecido como Regime de Reposição de Estoques.

O artigo 78 do Decreto-Lei nº 37/1966 assim tratou dessa modalidade de Drawback:

III - isenção dos tributos que incidirem sobre importação de mercadoria, em quantidade e qualidade equivalentes à utilizada no beneficiamento, fabricação, complementação ou acondicionamento de produto exportado.

Já a previsão para a aquisição no mercado interno (Drawback Integrado) foi instituída pela Lei nº 12.350/2010:

Art. 31. A aquisição no mercado interno ou a importação, de forma combinada ou não, de mercadoria equivalente à empregada ou consumida na industrialização de produto exportado poderá ser realizada com isenção do Imposto de Importação e com redução a zero do IPI, da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação.

As condições legais previstas no Regime de Drawback Isenção são: (i) a importação ou aquisição no mercado interno, em momento anterior, de insumos utilizados na industrialização de produto exportado; (ii) a consequente exportação do produto industrializado; e (iii) a vinculação das mercadorias equivalentes à empregada ou consumida na industrialização de produto exportado. Esta última será aquela que terá o benefício da isenção.

Ao contrário do Regime de Drawback Suspensão, tratam-se de condições suspensivas, não resolutivas.

Cumpridas as condições (exportação inicial, importação ou aquisição dos insumos, e equivalência dos insumos), objetiva-se a isenção.

O beneficiário do Drawback Integrado Isenção poderá optar pela importação ou pela aquisição no mercado interno da mercadoria equivalente, de forma combinada ou não, considerada a quantidade total adquirida ou importada com pagamento de tributos.

O Regime de Drawback Integrado Isenção aplica-se também à aquisição no mercado interno ou à importação de mercadoria equivalente à empregada: em reparo, criação, cultivo ou atividade extrativista de produto já exportado; e, na industrialização de produto intermediário fornecido diretamente à empresa industrial-exportadora e empregado ou consumido na industrialização de produto final já exportado.

A concessão do regime, na modalidade de isenção, é de competência da Secretaria de Comércio Exterior, devendo o interessado comprovar o atendimento dos requisitos e condições para utilização do regime.

Essa modalidade de drawback pode ser resumida com base no seguinte esquema:

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1.3. Drawback Restituição

Já o Drawback Restituição, que é a figura clássica de Drawback e similar em diversos ordenamentos jurídicos, trata-se de restituição total ou parcial dos tributos pagos na importação de mercadoria exportada após beneficiamento, ou utilizada na fabricação, complementação ou acondicionamento de outra exportada, com previsão legal do artigo 78 do Decreto-Lei nº 37/1966.

Compra de insumos

• Importados e/ou

• Adquiridos no mercado interno

Com pagamento de tributos

Industrialização

Exportação

Continuará a industrializar o produto utilizando o mesmo insumo?

Solicita o Ato Concessório de Drawback Isenção

Importa mercadorias equivalentes àquelas utilizadas para reposição de seu estoque

•Com isenção

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Tal modalidade é de competência exclusiva da Secretaria da Receita Federal do Brasil, ao contrário das demais modalidades, nas quais apresentam competência concorrente entre esta e a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX).

Para usufruir do regime, o interessado deverá comprovar a exportação de produto em cujo beneficiamento, fabricação, complementação ou acondicionamento tenham sido utilizadas as mercadorias importadas com pagamento dos tributos.

Atenção

!! Este tema já caiu em prova!

ESAF -ATRFB – 2012

A concessão do regime de drawback, na modalidade de restituição, é de competência da secretaria da Receita Federal do Brasil, e poderá abranger, total ou parcialmente, os tributos pagos na importação de mercadoria exportada após beneficiamento, ou utilizada na fabricação, complementação ou acondicionamento de outra exportada.

Comentário:

Afirmativa certa. A competência para a concessão do regime de drawback restituição é da RFB, ao contrário das demais modalidades. Trata-se da restituição dos tributos pagos na importação de mercadoria exportada após industrialização.

2. RECOF

O Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Aduaneiro Informatizado (RECOF) é o que permite à empresa beneficiária importar ou adquirir no mercado interno, com suspensão do pagamento de tributos, mercadorias a serem submetidas a operações de industrialização de produtos destinados à exportação ou ao mercado interno. É também permitido que parte da mercadoria admitida no regime, no estado em que foi importada ou depois de submetida ao processo de industrialização, seja despachada para consumo, ou seja, destinada ao mercado interno, com o posterior recolhimento dos tributos suspensos. A mercadoria, no estado em que foi importada, poderá também ser exportada, reexportada ou destruída.

O RECOF possibilita a suspensão dos tributos incidentes na operação de entrada dos insumos (II, IPI, PIS/Pasep, Cofins e AFRMM).

As operações de industrialização limitam-se a:

✓ montagem de produtos;

✓ transformação, beneficiamento e montagem de partes e peças utilizadas na montagem dos produtos; e

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✓ acondicionamento e reacondicionamento de partes e peças a serem comercializadas no mesmo estado em que foram importadas.

Também poderão também ser admitidos no regime:

→ produtos e suas partes e peças, inclusive usadas, para serem:

o submetidos a testes de performance, resistência ou funcionamento; ou o utilizados no desenvolvimento de outros produtos;

→ produtos estrangeiros, usados, para serem submetidos a operações de renovação, recondicionamento, manutenção ou reparo, na hipótese de:

o produtos da indústria aeronáutica, inclusive suas partes e peças; ou

o produtos dos setores automobilístico, de informática e telecomunicações e de semicondutores e componentes de alta tecnologia;

→ mercadorias a serem utilizadas nas operações acima descritas;

→ produtos usados da indústria aeronáutica para desmontagem e posterior exportação ou reexportação, bem como:

o hélices, rotores e suas partes, classificados no código 8803.10.00 da NCM; e o trens de aterrissagem e suas partes, classificados no código 8803.20.00 da NCM.

Para habilitação no regime, o interessado deverá atender aos seguintes requisitos (redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1904, de 31 de julho de 2019):

-Regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional;

-Sistema informatizado de controle de entrada, estoque e saída de mercadorias, de registro e apuração de créditos tributários devidos, extintos ou com pagamento suspenso, com registro de eventos;

-Possuir autorização para o exercício da atividade, expedida pela autoridade aeronáutica competente, se for o caso;

-Não ter sido submetida ao regime especial de fiscalização de que trata o art. 33 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, nos últimos três anos;

-Comprovar situação regular perante o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);

-Habilitação para operar no comércio exterior;

-Ter optado pelo Domicílio Tributário Eletrônico (DTE) .

Para sua manutenção no regime, o interessado deverá atender aos seguintes requisitos (redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1904/2019, e pela Instrução Normativa RFB nº2.013/2021):

-Exportar produtos industrializados resultantes dos processos, que contenham ou não mercadorias admitidas no regime, no valor mínimo anual equivalente a 50% do valor total das mercadorias adquiridas no regime, no mesmo período;

-Aplicar anualmente, na produção dos bens que industrializar, pelo menos 70% das mercadorias estrangeiras admitidas no regime.

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Atenção

!! Este tema já caiu em prova!

ESAF – ADA – 2012

o regime aduaneiro especial de entreposto industrial sob controle informatizado (Recof) permite a empresa beneficiária importar ou adquirir no mercado interno, com suspensão do pagamento de tributos, mercadorias a serem submetidas a operações de industrialização de produtos destinados à exportação ou ao mercado interno, sem pagamento dos tributos suspensos em quaisquer dos dois casos.

Comentário:

Afirmativa incorreta. O RECOF permite a empresa beneficiária importar ou adquirir no mercado interno, com suspensão do pagamento de tributos, mercadorias a serem submetidas a operações de industrialização de produtos destinados à exportação ou ao mercado interno, com pagamento dos tributos suspensos em caso de destinação ao mercado interno.

O prazo de suspensão do pagamento dos tributos incidentes na importação será de até um ano, prorrogável por período não superior a um ano, podendo, ainda, ser prorrogado por período não superior, no total, a cinco anos, observada a regulamentação editada pela RFB. A partir do desembaraço aduaneiro para admissão no regime, a empresa beneficiária responderá pela custódia e guarda das mercadorias na condição de fiel depositária.

A normatização da aplicação do regime é de competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

A Instrução Normativa n° 2.019, de 9 de abril de 2021, reduziu excepcionalmente em 50% os percentuais estabelecidos para manutenção no regime previstos na Instrução Normativa RFB nº 1.291/2012, para os períodos de apuração dos regimes encerrados entre 1º de maio de 2020 e 30 de abril de 2022. A referida IN também prorrogou excepcionalmente os prazos de vigência do regime, que foram acrescidos em um ano no caso de mercadorias admitidas no regime entre o dia 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2021.

2.1. RECOF SPED

Uma grande evolução no Regime de Entreposto Industrial deu-se com a implementação do Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob controle informatizado do “Sistema Público de Escrituração Digital – SPED”, denominado de RECOF-SPED, através da Instrução Normativa nº 1.612/2016. O RECOF-SPED também é um regime de industrialização voltada à exportação, que permite a empresa beneficiária importar

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ou adquirir no mercado interno, com suspensão do pagamento de tributos, mercadorias a serem submetidas a operações de industrialização de produtos, partes ou peças, destinados à exportação ou ao mercado interno.

A referida modalidade procurou atacar a principal causa da baixa adesão ao RECOF: o custo do sistema informatizado de controle. No RECOF-SPED, tem-se uma maior simplificação dos procedimentos, além da facilidade de acesso e redução do custo de implementação e manutenção do regime, em relação à modalidade comum do regime.

Nessa modalidade não é necessário o desenvolvimento de um sistema informatizado integrado aos sistemas corporativos da empresa, conforme as especificações estabelecidas pela Receita Federal. O controle do regime dá-se através da escrituração eletrônica de seus livros contábeis digitais no Sistema Público de Escrituração Digital – SPED, com especial obrigação da escrituração do BLOCO K, que trata do registro de controle da produção e do estoque (antigo livro modelo 3 do IPI).

Houve, também, uma ampliação das modalidades de industrialização admitidas:

→ montagem;

→ transformação;

→ beneficiamento; e

→ acondicionamento e reacondicionamento.

A autorização para operar no regime é de competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Para habilitação no regime, o interessado deverá atender aos seguintes requisitos (redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1904, de 31 de julho de 2019):

-Regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional;

-Adimplência com as obrigações de entrega da Escrituração Fiscal Digital relativas ao ICMS e ao IPI (EFD-ICMS/IPI), nos termos da legislação específica em vigor;

-Possuir autorização para o exercício da atividade, expedida pela autoridade aeronáutica competente, se for o caso;

-Não ter sido submetida ao regime especial de fiscalização de que trata o art. 33 da Lei nº 9.430/96, nos últimos três anos;

-Habilitação para operar no comércio exterior;

-Comprovar situação regular perante o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);

-Opção pelo Domicílio Tributário Eletrônico (DTE).

Para sua manutenção no regime, o interessado deverá atender aos seguintes requisitos:

-Exportar produtos industrializados resultantes dos processos, que contenham ou não mercadorias admitidas no regime, no valor mínimo anual equivalente a 50% do valor total das mercadorias adquiridas no regime, no mesmo período;

-Aplicar anualmente, na produção dos bens que industrializar, pelo menos 70% das mercadorias estrangeiras admitidas no regime;

-Entregar regularmente a Escrituração Fiscal Digital (EFD).

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O prazo do regime é de (um) ano, contado da data do respectivo desembaraço aduaneiro ou aquisição no mercado interno, podendo ser prorrogado 1 (uma) única vez, por igual período, pelo titular da unidade da RFB responsável pela fiscalização de tributos sobre o comércio exterior com jurisdição sobre o domicílio da sede da empresa interessada.

O regime é extinto com a adoção, pelo beneficiário, de uma das seguintes providências:

→ exportação:

o de produto no qual a mercadoria, nacional ou estrangeira, admitida no regime tenha sido incorporada;

o da mercadoria estrangeira no estado em que foi importada; ou o da mercadoria nacional no estado em que foi admitida;

→ reexportação da mercadoria estrangeira admitida no regime sem cobertura cambial;

→ despacho para consumo:

o das mercadorias estrangeiras admitidas no regime e incorporadas a produto industrializado ao amparo do regime; ou

o da mercadoria estrangeira no estado em que foi importada;

→ destruição, sem o recolhimento dos tributos devidos, às expensas do interessado e sob controle aduaneiro, na hipótese de mercadoria importada sem cobertura cambial; ou

→ retorno ao mercado interno de mercadoria nacional, no estado em que foi admitida no regime, ou após incorporação a produto acabado, observado o disposto na legislação específica.

A Instrução Normativa n° 2.019, de 9 de abril de 2021, reduziu excepcionalmente em 50% os percentuais estabelecidos para manutenção no regime previstos na Instrução Normativa RFB nº 1.612/2016, para os períodos de apuração dos regimes encerrados entre 1º de maio de 2020 e 30 de abril de 2022. A referida IN também prorrogou excepcionalmente os prazos de vigência do regime, que foram acrescidos em um ano no caso de mercadorias admitidas no regime entre o dia 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2021.

O regime pode ser assim esquematizado:

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3. REPETRO

O REPETRO é o regime aduaneiro especial de exportação e de importação que dá tratamento especial às operações que envolvam bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e de gás natural. A Lei nº 13.586/2017 promoveu alterações no antigo regime e prorrogou sua vigência até 31 de dezembro de 2040.

A Instrução Normativa RFB nº 1781/2017, com alterações da Instrução Normativa RFB nº 1880/2019, disciplinou o regime tributário e aduaneiro especial de utilização econômica de bens destinados às atividades de exploração, desenvolvimento e produção das jazidas de petróleo e de gás natural, que passou a ser denominado de REPETRO-SPED, com os seguintes tratamentos aduaneiros ou tributários:

I - exportação, sem que tenha ocorrido a saída do bem do território aduaneiro, e posterior aplicação de uma das modalidades de importação previstas nos itens III a V, no caso de bens principais de fabricação nacional vendidos a pessoa jurídica domiciliada no exterior;

II - exportação, sem que tenha ocorrido a saída do bem do território aduaneiro, e posterior aplicação do regime, no caso de partes e peças de reposição, nacionais ou estrangeiras, destinadas a bens principais já admitidos em uma das modalidades de importação previstas nos incisos III a V;

III - importação de bens para permanência definitiva no País com suspensão do pagamento dos tributos federais incidentes na importação;

IV - admissão temporária para utilização econômica com dispensa do pagamento dos tributos federais proporcionalmente ao tempo de permanência dos bens no território aduaneiro;

Insumos

desonerados Industrialização

Exportação

Mercado Interno

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V - admissão temporária para utilização econômica com pagamento dos tributos federais proporcionalmente ao tempo de permanência dos bens no território aduaneiro; e

VI - aquisição no mercado interno de produto final industrializado no âmbito do regime especial de industrialização de bens destinados às atividades de exploração, de desenvolvimento e de produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos (REPETRO-INDUSTRIALIZAÇÃO).

REPETRO INDUSTRIALIZAÇÃO

A Instrução Normativa RFB nº 1.901 disciplinou a aplicação do regime especial de industrialização de bens destinados às atividades de exploração, de desenvolvimento e de produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos (Repetro-Industrialização). Este regime foi criado no âmbito do novo Repetro.

Para ter direito aos benefícios tributários, a pessoa jurídica que aderir ao Repetro-Industrialização deve ser fabricante de produtos que tenham como destinatário final pessoa jurídica habilitada no Repetro ou no Repetro-Sped. Tais regimes beneficiam empresas que atuam nas áreas de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e de gás natural.

Os contribuintes habilitados a utilizar o Repetro-Industrialização podem adquirir matérias-primas e outros bens no mercado interno com suspensão do pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep, da Cofins e do IPI. Também podem importar esses insumos desonerados da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação, da Cofins-Importação e do IPI vinculado à importação.

O Repetro-Industrialização constitui-se em alternativa à importação pela indústria do petróleo de máquinas e equipamentos prontos, o que coloca em pé de igualdade o produto nacional em relação ao importado. A partir da publicação da Instrução Normativa, os contribuintes já poderão proceder à habilitação e então usufruir do novo Repetro- industrialização.

Para se habilitar no novo regime, a pessoa jurídica deve comprovar sua regularidade fiscal e estar adimplente com as obrigações de entrega de sua escrituração fiscal e com o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, além de outras exigências previstas na Instrução Normativa.

Fonte: https://receita.economia.gov.br/noticias/ascom/2019/julho/receita-define-condicoes-para-habilitacao-ao- repetro-industrializacao

O Repetro-Industrialização é o regime que permite à pessoa jurídica habilitada importar ou adquirir no mercado interno, com suspensão do pagamento de tributos federais, matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem para serem utilizados integralmente no processo de industrialização de produto final destinado às atividades de exploração, de desenvolvimento e de produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos.

(22)

4. Regimes Aduaneiros aplicados em Áreas Especiais

4.1. Zona Franca de Manaus

De acordo com o artigo 1º do Decreto-lei nº 288/67 a Zona Franca de Manaus é uma área de livre comércio de importação e exportação e de incentivos fiscais especiais, estabelecida com a finalidade de criar no interior da Amazônia um centro industrial, comercial e agropecuário dotado de condições econômicas que permitam seu desenvolvimento, em face dos fatores locais e da grande distância, a que se encontram, os centros consumidores de seus produtos.

A política tributária vigente na Zona Franca de Manaus é diferenciada do restante do país, oferecendo benefícios locacionais, objetivando minimizar os custos amazônicos. Referente aos tributos federais, tem-se os seguintes benefícios fiscais:

Redução de até 88% do Imposto de Importação sobre os insumos destinados à industrialização;

Isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados;

Redução de 75% do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, inclusive adicionais de empreendimentos classificados como prioritários para o desenvolvimento regional, calculados com base no Lucro da Exploração até 2013; e

Isenção da contribuição para o PIS/PASEP e da Cofins nas operações internas na Zona Franca de Manaus.

Os benefícios fiscais se classificam conforme a destinação/origem da mercadoria:

Benefícios fiscais na entrada;

Benefícios fiscais na internação; e

Benefícios fiscais na exportação.

Com a promulgação da Constituição Federal, em 1988, a Zona Franca de Manaus teve seu prazo modificado por meio do artigo 40 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), o qual estabeleceu a validade dos incentivos fiscais por 25 anos (até 2013). Posteriormente ocorreu nova prorrogação em 2003, com a edição da Emenda Constitucional nº 42, que modificou o artigo 42 do ADCT e estendeu os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus por mais dez anos, com validade prevista até o ano de 2023.

Em 2014, o Congresso Nacional promulgou a Emenda Constitucional 83/2014, que prorrogou os incentivos fiscais especiais da Zona Franca de Manaus até o ano de 2073. A emenda inseriu o artigo 92-A no ADCT da Constituição Federal, acrescentando 50 anos ao prazo fixado no dispositivo, segundo o qual a vigência dos benefícios se encerraria em 2023.

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Atenção

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ESAF – ATRFB – 2012

O art. 40 do Ato das disposições constitucionais transitórias (ADCT), manteve a Zona Franca de Manaus, com suas características de área de livre comércio, de exportação e importação, e de incentivos fiscais, pelo prazo de vinte e cinco anos, a partir da promulgação da Constituição Federal.

Comentário:

Afirmativa certa. O art. 40 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), manteve a Zona Franca de Manaus, com suas características de área de livre comércio, de exportação e importação, e de incentivos fiscais, pelo prazo de vinte e cinco anos, a partir da promulgação da Constituição Federal.

Benefícios Fiscais na Entrada

A entrada de mercadorias estrangeiras na Zona Franca de Manaus, destinadas a seu consumo interno, industrialização em qualquer grau, inclusive beneficiamento, agropecuária, pesca, instalação e operação de indústrias e serviços de qualquer natureza, bem como a estocagem para reexportação, será isenta dos impostos de importação e sobre produtos industrializados. Destaca-se que a isenção é apenas para mercadorias estrangeiras: produtos nacionais exportados para o exterior e, posteriormente, importados pela Zona Franca de Manaus, não são isentos!

A entrada das mercadorias com isenção deverá ocorrer em porto, aeroporto ou recinto alfandegados, na cidade de Manaus.

Exceções na isenção:

Isenção na entrada

Imposto de

Importação IPI

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armas e munições;

fumo;

bebidas alcoólicas;

automóveis de passageiros; e

produtos de perfumaria ou de toucador, e preparados e preparações cosméticas, salvo os classificados nas posições 3303 a 3307 da Nomenclatura Comum do Mercosul, se destinados, exclusivamente, a consumo interno na Zona Franca de Manaus ou quando produzidos com utilização de matérias-primas da fauna e da flora regionais, em conformidade com processo produtivo básico.

Atenção

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ESAF – ATRFB - 2012

A isenção do Imposto de Importação e do Imposto sobre Produtos Industrializados prevista no art. 30 do Decreto-Lei n. 288, de 28 de fevereiro de 1967, para a Zona Franca de Manaus, abrange também os automóveis de passageiros.

Comentário:

Afirmativa incorreta. A isenção do Imposto de Importação e do Imposto sobre Produtos Industrializados prevista no art. 30 do Decreto-Lei n. 288, de 28 de fevereiro de 1967, para a Zona Franca de Manaus, não abrange também os automóveis de passageiros. Questão recorrente em provas da ESAF.

Um importante ponto merece nossa atenção:

Equipara-se à exportação para o exterior, para efeitos fiscais, a remessa de mercadorias de origem nacional para consumo ou industrialização na Zona Franca de Manaus, ou posterior exportação. Entretanto, tal equiparação não se aplica aos benefícios do regime de drawback nem aqueles previstos no Decreto-Lei 1.248/72 que trata das Trading Companies.

Benefícios Fiscais na Internação

E o tratamento tributário e aduaneiro aplicado às mercadorias que saem da Zona Franca de Manaus com destino a outros Estados brasileiros?

Denomina-se internação, a entrada, em outros pontos do território aduaneiro, de mercadoria procedente da Zona Franca de Manaus.

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No caso de mercadorias estrangeiras importadas para a Zona Franca de Manaus, quando saírem da Zona Franca para outros pontos do território aduaneiro, ficam sujeitas ao pagamento de todos os impostos exigíveis sobre importações do exterior, exceto nos seguintes casos:

✓ bagagem de viajante;

✓ internação de produtos industrializados na Zona Franca de Manaus com insumos estrangeiros;

✓ saída, para a Amazônia Ocidental, de produtos compreendidos na pauta a que se refere o art. 516 do RA; e

✓ saída de mercadorias para as áreas de livre comércio localizadas na Amazônia Ocidental.

No caso de produtos industrializados na Zona Franca de Manaus, quando dela saírem para qualquer ponto do território aduaneiro, estarão sujeitos ao pagamento do imposto de importação relativo a matérias- primas, produtos intermediários, materiais secundários e de embalagem, componentes e outros insumos de origem estrangeira neles empregados, calculado o tributo mediante coeficiente de redução de sua alíquota ad valorem, desde que atendam a nível de industrialização local compatível com processo produtivo básico para produtos compreendidos na mesma posição e subposição da Nomenclatura Comum do Mercosul.

Mas o que é processo produtivo básico (PPB)?

PPB = conjunto mínimo de operações, no estabelecimento fabril, que caracteriza a efetiva industrialização de determinado produto.

E qual seria o coeficiente de redução?

Bens de Informática – coeficiente de redução resultante da relação entre os valores de matérias-primas e outros insumos nacionais e da mão-de-obra empregada no processo produtivo, e os valores de matérias-primas e demais insumos nacionais e estrangeiros e da mão-de-obra empregada

Automóveis, tratores e outros veículos terrestres – coeficiente de redução acrescido de cinco pontos percentuais

Demais produtos – redução de 88% (oitenta e oito por cento)

Para fins da redução do imposto de importação, os produtos deverão estar previstos em projeto aprovado pelo Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus.

Também estão isentas do IPI todas as mercadorias produzidas na Zona Franca de Manaus que se destinem ao seu consumo interno, ou à comercialização em qualquer ponto do território aduaneiro, observados os requisitos estabelecidos para o processo produtivo básico.

Benefícios Fiscais na Exportação

Por fim, temos a isenção do imposto de exportação de mercadorias da Zona Franca de Manaus para o exterior, qualquer que seja sua origem, conforme disposto no artigo 5º do Decreto-Lei no 288, de 1967.

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Atenção

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ESAF – ATRFB - 2012

A exportação de mercadorias da Zona Franca de Manaus para o exterior, qualquer que seja sua origem, está isenta do imposto de exportação.

Comentário:

Afirmativa certa. O artigo 5º do Decreto-Lei no 288, de 1967 dispõe que a exportação de mercadorias da Zona Franca de Manaus para o exterior, qualquer que seja sua origem, está isenta do imposto de exportação.

PIS e COFINS

Quanto ao PIS e COFINS, temos os seguintes benefícios:

Na importação, suspensão do PIS– Importação e da COFINS-Importação:

• Importação incidente sobre bens novos destinados à incorporação ao ativo imobilizado de pessoa jurídica importadora estabelecida na Zona Franca de Manaus. A suspensão converte-se em alíquota 0 (zero) após decorridos 18 (dezoito) meses da incorporação do bem ao ativo imobilizado da pessoa jurídica importadora.

• Importações efetuadas por empresas localizadas na Zona Franca de Manaus de matérias- primas, produtos intermediários e materiais de embalagem, para emprego em processo de industrialização por estabelecimentos industriais localizados na ZFM com projetos aprovados pela Suframa.

Nas operações de mercado interno, redução a 0 (zero) das alíquotas de PIS/PASEP e COFINS:

• Receitas de vendas de mercadorias destinadas ao consumo ou à industrialização na Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio, por pessoa jurídica estabelecida fora da ZFM.

• Receitas decorrentes da comercialização de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem, produzidos na Zona Franca de Manaus para emprego em processo de industrialização por estabelecimentos industriais instalados na própria ZFM com projetos aprovados pela SUFRAMA

Nas operações do mercado interno, redução das alíquotas de PIS/PASEP e COFINS:

• Vendas de mercadorias produzidas na Zona Franca de Manaus e vendidos por empresa industrial estabelecida na ZFM, com projeto aprovado pela SUFRAMA, aplicando-se alíquotas diferenciadas

(27)

4.2. Amazônia Ocidental

Os benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus estendem-se às áreas pioneiras, zonas de fronteira e outras localidades da Amazônia Ocidental, quanto aos seguintes produtos de origem estrangeira:

→ motores marítimos de centro e de popa, seus acessórios e pertences, bem como outros utensílios empregados na atividade pesqueira, exceto explosivos e produtos utilizados em sua fabricação;

→ máquinas, implementos e insumos utilizados na agricultura, na pecuária e nas atividades afins;

→ máquinas para construção rodoviária;

→ máquinas, motores e acessórios para instalação industrial;

→ materiais de construção;

→ produtos alimentares; e

→ medicamentos.

Mas, o que seria Amazônia Ocidental?

É a área constituída pelos Estados do Amazonas, do Acre, de Rondônia e de Roraima.

Atenção

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ESAF – ATRFB - 2012

De acordo com o Decreto-lei n. 291, de 28 de fevereiro de 1967, a Amazônia ocidental é constituída pelos Estados do Amazonas, do Acre, de Rondônia e de Roraima.

Comentário:

Afirmativa certa. A Amazônia Ocidental é a área constituída pelos Estados do Amazonas, do Acre, de Rondônia e de Roraima.

4.3. Áreas de Livre Comércio

As Áreas de Livre Comércio são consideradas como regime aduaneiro aplicado em áreas especiais, que se constituem em áreas de livre comércio de importação e de exportação sob regime fiscal especial, que são estabelecidas com a finalidade de promover o desenvolvimento de áreas fronteiriças específicas da Região Norte do País.

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As áreas de livre comércio são configuradas por limites que envolvem, inclusive, os perímetros urbanos dos municípios de Tabatinga (AM), Guajará-Mirim (RO), Boa Vista e Bonfim (RR), Macapá e Santana (AP) e Brasiléia, com extensão para o município de Epitaciolândia, e Cruzeiro do Sul (AC).

Mas, qual seria o benefício?

Suspensão do pagamento dos impostos de importação e sobre produtos industrializados na entrada de produtos estrangeiros, que será convertida em isenção quando os produtos tiverem a seguinte destinação:

→ consumo e venda internos;

→ beneficiamento, em seu território, de pescado, recursos minerais e matérias-primas de origem agrícola ou florestal;

→ beneficiamento de pecuária, restrito às áreas de Boa Vista, Bonfim, Macapá, Santana, Brasiléia e Cruzeiro do Sul;

→ piscicultura;

→ agropecuária, salvo em relação à área de Guajará-Mirim;

→ agricultura, restrito à área de Guajará-Mirim;

→ instalação e operação de atividades de turismo e serviços de qualquer natureza;

→ estocagem para comercialização no mercado externo;

→ estocagem para comercialização ou emprego em outros pontos do País, restrito à área de Tabatinga;

→ atividades de construção e reparos navais, restritas às áreas de Guajará-Mirim e Tabatinga;

→ industrialização de produtos em seus territórios, restritas às áreas de Tabatinga, Brasiléia e Cruzeiro do Sul; e

→ internação como bagagem acompanhada, observado o mesmo tratamento previsto na legislação aplicável à Zona Franca de Manaus.

Temos as seguintes exceções ao regime:

✓ armas e munições, perfumes, fumo e seus derivados, bebidas alcoólicas e automóveis de passageiros; e

✓ bens finais de informática, para as áreas de Tabatinga e Guajará-Mirim.

A venda de mercadorias nacionais ou nacionalizadas, efetuada por empresas estabelecidas fora das áreas de livre comércio de Boa Vista e de Bonfim para empresas ali sediadas, será, para os efeitos fiscais, equiparada a uma exportação.

E as saídas para outros pontos do território aduaneiro, de mercadorias estrangeiras importadas, ficam sujeitas ao tratamento fiscal e administrativo dado às importações do exterior, com exceção, em relação ao pagamento dos impostos, nas saídas para Zona Franca de Manaus, Amazônia Ocidental e outras áreas de livre comércio.

As áreas de livre comércio também são administradas pela Superintendência da Zona Franca de Manaus.

(29)

Temos, ainda, a aplicação subsidiária da legislação pertinente à Zona Franca de Manaus às áreas de livre comércio.

Atenção

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ESAF – ATRFB - 2012

A venda de mercadorias nacionais ou nacionalizadas, efetuada por empresas estabelecidas fora das áreas de livre comércio de Boa Vista – ALCBV e de Bonfim ALCB, de que trata a Lei n. 8.256, de 25 de novembro de 1991, para empresas ali estabelecidas, fica equiparada à exportação.

Comentário:

Afirmativa certa. A venda de mercadorias nacionais ou nacionalizadas, efetuada por empresas estabelecidas fora das áreas de livre comércio de Boa Vista e de Bonfim para empresas ali sediadas, será, para os efeitos fiscais, equiparada a uma exportação.

ESAF – ATRFB - 2012

As Áreas de Livre Comércio serão administradas pela Superintendência da Zona Franca de Manaus.

Comentário:

Afirmativa certa. As áreas de livre comércio também são administradas pela Superintendência da Zona Franca de Manaus.

Novidade

!!

A Instrução Normativa 1.913, de 30 de outubro de 2019, promoveu uma desburocratização no controle de saída temporária de veículos das Áreas de Livre Comércio (ALC) para outros municípios dentro do mesmo Estado em que forem localizadas essas áreas, desde que comprovada a necessidade de deslocamento em razão do exercício de profissão ou ofício, ou por outra motivação que o justifique de forma repetida.

A saída temporária de bens ingressados na Zona Franca de Manaus (ZFM) ou Áreas de Livre Comércio (ALC) para o restante do território aduaneiro com os benefícios fiscais previstos na legislação específica requer a emissão da Declaração de Saída Temporária (DST).

A partir de agora, a Declaração de Saída Temporária (DST) terá prazo de validade improrrogável de 90 (noventa) dias, de forma a permitir que o veículo possa circular na Amazônia Ocidental (Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima) e no Estado do Amapá sem a emissão do documento para cada saída.

(30)

Fonte: https://receita.economia.gov.br/noticias/ascom/2019/outubro/receita-simplifica-a-saida-temporaria-repetida-de- veiculos-das-areas-de-livre-comercio-para-municipios-situados-no-mesmo-estado

4.4. Zonas de Processamento de Exportação

As ZPE caracterizam-se como áreas de livre comércio de importação e de exportação, destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no exterior, objetivando a redução de desequilíbrios regionais, o fortalecimento do balanço de pagamentos e a promoção da difusão tecnológica e do desenvolvimento econômico e social do País. São consideradas zona primária para efeito de controle aduaneiro.

A instalação de empresa em ZPE depende de prévia autorização do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE).

Os bens a serem produzidos pela empresa limitam-se àqueles relacionados em ato emitido pelo CZPE, de acordo com sua respectiva classificação na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).

As importações efetuadas por empresa autorizada a operar em zonas de processamento de exportação serão efetuadas com suspensão do pagamento do imposto de importação, do imposto sobre produtos industrializados, da COFINS-Importação, da contribuição para o PIS-Importação e do adicional ao frete para renovação da marinha mercante.

Somente poderá instalar-se em zona de processamento de exportação a pessoa jurídica que assuma o compromisso de auferir e manter, por ano-calendário, receita bruta decorrente de exportação para o exterior de, no mínimo, oitenta por cento de sua receita bruta total de venda de bens e serviços.

Os produtos industrializados em zona de processamento de exportação, quando vendidos para o mercado interno, estarão sujeitos ao pagamento do imposto de importação e do adicional ao frete para renovação da marinha mercante relativos a matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem de procedência estrangeira neles empregados, com acréscimo de juros e multa de mora.

Destaca-se que é permitida a aplicação de regimes aduaneiros suspensivos em zonas de processamento de exportação, observados os termos, limites e condições do regime.

Atenção

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ESAF – ATRFB - 2012

Não é permitida a aplicação de regimes aduaneiros suspensivos em Zonas de Processamento de Exportação.

Comentário:

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Afirmativa incorreta. É permitida a aplicação de regimes aduaneiros suspensivos em Zonas de Processamento de Exportação, desde que observados os termos, limites e condições do regime.

ESAF – AFRFB - 2012

de acordo com a legislação em vigor, as empresas instaladas em Zonas de Processamento de Exportação (ZPE), caracterizadas como áreas de livre comércio com o exterior, não podem vender produtos para o mercado interno.

Comentário:

Afirmativa incorreta. As empresas instaladas em Zonas de Processamento de Exportação (ZPE) devem auferir e manter, por ano-calendário, receita bruta decorrente de exportação para o exterior de, no mínimo, 80% de sua receita bruta total de venda de bens e serviços, ou seja, podem vender parte de seus produtos para o mercado interno. Aqueles produtos industrializados vendidos para o mercado interno estarão sujeitos ao pagamento do imposto de importação e do adicional ao frete para renovação da marinha mercante relativos a matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem de procedência estrangeira neles empregados, com acréscimo de juros e multa de mora.

Terminamos a parte teórica da aula. Agora vamos resolver algumas questões prova!

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