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Retratos de fragmentos e memória afrofuturista: produção de um fotolivro com temática afrofuturista.

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Academic year: 2023

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE NÚCLEO DE DESIGN E COMUNICAÇÃO

CURSO DE DESIGN

VALDEMI TAVARES DE PONTES NETO

RETRATOS DE FRAGMENTOS E MEMÓRIA AFROFUTURISTA: Produção de um fotolivro com temática afrofuturista

Caruaru 2023

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VALDEMI TAVARES DE PONTES NETO

RETRATOS DE FRAGMENTOS E MEMÓRIA AFROFUTURISTA: Produção de um fotolivro com temática afrofuturista

Memorial descritivo de projeto apresentado ao Curso de Design da Universidade Federal de Pernambuco, Campus do Agreste, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Design.

Orientadora: Prof.ª. Dra. Daniela Nery Bracchi

Caruaru 2023

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VALDEMI TAVARES DE PONTES NETO

RETRATOS DE FRAGMENTOS E MEMÓRIA AFROFUTURISTA: Produção de um fotolivro com temática afrofuturista

Projeto de Graduação em Design apresentado ao Curso de Design da Universidade Federal de Pernambuco, Campus do Agreste, como requisito para obtenção do título de bacharel em Design.

Aprovado em: 17 / 02 / 2023.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________

Prof.ª. Dra. Daniela Nery Bracchi (orientador) Universidade Federal de Pernambuco

______________________________________________

Prof.ª. Dra. Amanda Mansur Custódio Nogueira Instituição

______________________________________________

Prof.ª. Dra. Juliana Andrade Leitão Instituição

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Dedico este trabalho a todos os estudantes negros deste país para que tenham cada vez mais espaço e voz.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer a minha mãe que foi fundamental para eu estar aqui hoje desenvolvendo este trabalho, que apesar de todas as dificuldades sempre me apoiou e encorajou a seguir meus sonhos e principalmente sempre me incentivou e incentiva a minha vida acadêmica.

Ao meu parceiro/ noivo Eggleston que conheci no início da minha graduação, e esteve comigo nos melhores e piores momentos sempre me encorajando a nunca desistir.

A minha avó Regina que não está mais entre nós, mas a carrego no meu coração, o ser humano incrível que ela foi e a educação que me deu.

Ao meu amigo Marcus Firmo que nós apoiamos no curso desde o início, sempre esteve disponível a me auxiliar em os meus trabalhos, inclusive este.

A Adine minha amiga e modelo que foi extremamente disponível a participar do ensaio para a produção deste fotolivro, com certeza ela enriqueceu muito esta história.

Um agradecimento especial a professora Daniela Bracchi, que foi minha orientadora, sempre muito atenciosa e me deu a oportunidade de estagiar no Fotolab que foi onde me apaixonei por narrativas fotográficas.

E a todos que de forma direta ou indireta contribuíram com este projeto.

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“O falar não se restringe ao ato de emitir palavras, mas de poder existir. ” (RIBEIRO, 2017, n.p.).

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RESUMO

Fotolivros são um meio do campo artístico e fotográfico que utiliza imagens como ponto central na criação de narrativas, uma alternativa de autores/ fotógrafos mostrarem seu ponto de vista e carregarem os mais diferentes significados e podem ser encontrados em forma física ou digital. Este memorial descritivo visa mostrar os procedimentos adotados para a concepção de um fotolivro com imagens autorais e abordar o afrofuturismo que é um movimento artístico, estético social e cultural que fantasia sobre o futuro e o passado sempre da perspectiva negra, e surgiu para questionar a falta de representatividade e protagonismo negro em produções visuais. O projeto final leva o título Retratos de Fragmentos e Memória Afrofuturista e foi concebido através da metodologia projetual de Bruno Munari (2015).

Palavras-chave: fotolivro; fotografia; afrofuturismo; negritude.

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ABSTRACT

Photobooks are a means of the artistic and photographic field that uses images as a central point in the creation of narratives, an alternative for authors/photographers to show their point of view and carry the most different meanings and can be found in physical or digital form. This descriptive memorial aims to show the procedures adopted for the design of a photobook with authorial images and address Afrofuturism, which is an artistic, social and cultural aesthetic movement that fantasizes about the future and the past, always from a black perspective, and emerged to question the lack of representativeness and black protagonism in visual productions. The final project is entitled Portraits of Fragments and Afrofuturist Memory and was conceived through the design methodology of Bruno Munari (2015).

Keywords: photobook; photography; afrofuturism; blackness.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.………... 11

1.1 OBJETIVO GERAL.………... 11

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.………... 12

1.3 JUSTIFICATIVA.………... 12

2 PROJETO.………... 13

2.1 METODOLOGIA………... 13

2.2 DESENVOLVIMENTO PROJETUAL………... 14

2.2.1 Problema/ Definição do problema………... 14

2.2.1.1 Construção do fotolivro………... 14

2.2.1.2 Utilizar estética afrofuturista………... 15

2.2.2 Componentes do problema………... 15

2.2.2.1 Utilizar estética dos movimentos afrofuturista nas fotografias………... 15

2.2.2.2 Definir público alvo………... 15

2.2.2.3 Selecionar fotolivros que usem a mesma estética ou parecido…... 15

2.2.2.4 Produção do ensaio………... 16

2.2.2.5 Limitar número de fotos a serem usadas………... 16

2.2.2.6 Seleção de software para a diagramação………... 16

2.2.3 Coleta de Dados/ Análise de Dados………... 16

2.2.3.1 Pesquisa por fotolivros, filmes e narrativas que farão parte das referências visuais e de construção para o projeto... 16

2.2.3.2 Espaço, figurino, iluminação e equipamento para a produção das fotografias 23 2.2.4 Criatividade………... 23

2.2.4.1 Realização do ensaio fotográfico………... 23

2.2.4.2 Produção da sequência das fotos para a narrativa………... 24

2.2.4.3 Tratamento das imagens………... 24

2.2.4.4 Componentes textuais………... 24

2.2.5 Materiais e tecnologia/ Experimentação………... 24

2.2.5.1 Diagramação do fotolivro………... 24

(11)

2.2.5.2 Protótipo………... 25

2.2.6 Modelo………... 26

2.2.6.1 Corrigir erros da etapa anterior………... 26

2.2.7 Verificação/ Desenho de construção………... 27

2.2.7.1 Testes finais/ Solução de problemas anteriores………... 27

2.2.8 Solução………... 28

2.2.8.1 Fotolivro finalizado………... 28

2.3 DETALHAMENTO TÉCNICO E ESPECIFICAÇÕES………... 29

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES………... 29

REFERENCIAS... 30

ANEXO A - FOTOLIVRO: RETRATOS DE FRAGMENTOS E MEMÓRIA AFROFUTURISTA... 31

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1 INTRODUÇÃO

Desde que comecei a me interessar por fotolivros sempre quis introduzir a temática de fotografia, moda e arte. Também queria produzir algo moderno com ilustrações então baseadas em muitas produções musicais que acompanho que utilizam a estética afrofuturista.

O afrofuturismo é um movimento artístico, estético social e cultural que fantasia sobre o futuro e o passado sempre da perspectiva negra, e surgiu para questionar a falta de representatividade e protagonismo negro em produções artísticas. O termo Afrofuturismo teve o surgimento em 1994, através do cineasta Mark Dery. Ele dirigiu o filme “Black to the future”, que questionava os padrões de estereótipos sobre os negros, comumente usados nas produções de Hollywood, e buscava a consolidação da comunidade imaginária e da identidade negra (FRANK, 2016).

Portanto, o afrofuturismo emprega o resgate a mitologia e histórias africanas e se junta com componentes da ciência, dispondo como objetivo a liberdade de expressão, autoconfiança e empoderamento negro. Tal conceito foi concebido ao mainstream com personalidades como Outkast e Janelle Monáe (FRANK, 2016).

O fotolivro ainda que não seja popularizado, tem uma grande importância pois é um meio de mostrar narrativas que contém a conhecimentos de cada autor através de fotografias, ele mantém uma relação mais próxima com os consumidores do que exposições de arte pois é possível tê-lo em casa, também é mais fácil compartilhar suas ideias através de suas publicações de acordo com Gerry Badger (2015).

O surgimento do fotolivro se deu antes de 1920, mas há poucas fontes sobre a sua trajetória. As épocas que mais produziram fotolivros foram 60 e 70, na América Latina eram mais representativos do cotidiano, da urbanização e da posição política da época, segundo Horácio Fernandez (2011).

Pernambuco é o quinto estado que mais produz fotolivros no país com 3,9% dos projetos nacionais, temos um número de publicações considerável. Mas apenas 5% das publicações nacionais são feitas por pessoas negras (GRIGOLIN; AYERBE; DAVIÑA, 2016), e o trabalho em questão refere-se ao afrofuturismo e contribui para a valorização e discussão de movimento sociais negros.

Tendo em vista que, para apresentar a narrativa de acordo com o conceito estudado pelo autor além das fotografias, é necessário o desenvolvimento de um projeto gráfico e artístico por isso é importante também para este projeto conclusão do do curso de design. É significativo promover a pesquisa de fotolivros pois são maneiras eficazes de passar mensagens e um jeito muito bonito de popularizar a arte para a sociedade, segundo Badger (2015) o fotolivro é capaz de transportar as pessoas para vários lugares pela visão exclusiva do autor de forma complexa, intrigante e criativa.

1.1 OBJETIVO GERAL

Produzir um fotolivro com o uso da estética e temática afrofuturista.

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1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Compreender os tipos narrativas fotográficas contidas no universo do fotolivro;

• Levantar projetos similares;

• Compreender o âmbito das ilustrações digitais na fotografia;

• Levantar um tema para a narrativa que permita delimitar as imagens escolhidas;

• Usar meios gráficos, técnicas e materiais enquanto experimentação criativa para produzir o fotolivro.

1.3 JUSTIFICATIVA FOTOLIVROS

O fotolivro é como uma nova possibilidade estética no meio da fotografia, pois é um meio particular de transmitir uma mensagem com o foco principal na fotografia a partir do trabalho de um conjunto de competências como ser editor, pesquisador fotógrafo, designer e artista. Esses livros são a forma mais importantes nos quais um autor/fotógrafo exibe seus trabalhos levantando discussões de temas dos mais diversos interesses, pode ser mais conceitual ou mais comercial também como os mais relevantes abordando questões identitárias.

Segundo Martin Parr e Gerry Badger no primeiro volume da série The Photobook: A History, fotolivro é "[...] um livro - com ou sem texto - em que a mensagem principal da obra é transportada através de fotografias" (PARR eBADGER, 2004, p. 6, tradução nossa). Isto mostra que a função principal de comunicar uma mensagem no fotolivro fica por responsabilidade das imagens e o livro apenas serve de suporte para o que irá ser dito.

AFROFUTURISMO

O Afrofuturismo é um movimento intelectual e um gênero artístico transdisciplinar que combina afrocentrismo, artes, fantasia, tecnologia, religião, espiritualidade e misticismo não-ocidentais, numerologia, sátira, ficção científica e realidade virtual, para desafiar as representações estéticas sobre África, através de uma linguagem que reimagina e propõe um passado, presente e futuro da experiência negra na diáspora transnacional, segundo Mark (1994).

Desse modo, a abordagem afrofuturista chega no Brasil através de produções acadêmicas e dos próprios movimentos artísticos trazidos principalmente dos Estados Unidos.

Além de ser transdisciplinar como foi visto a cima, o mesmo relata a vivência alienante dos negros, com o duplo objetivo de entreter e elucidar, esforçando-se para destruir as limitações raciais, étnicas e sociais. O mesmo tem o intuito de preparar e livrar os indivíduos para que sejam eles próprios e manifestem as suas subjetividades.

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2 PROJETO

2.1 METODOLOGIA

Este capítulo apresenta o passo a passo da elaboração e concepção do fotolivro Retratos de Fragmentos e Memória Afrofuturista Tendo em vista que é um trabalho projetual, foram utilizados os procedimentos metodológicos do livro Das Coisas Nascem Coisas (2015) criado pelo designer Bruno Munari. Este método estabelece uma sequência de procedimentos para a resolução de um problema.

Esta metodologia de Munari foi escolhida pois apresenta uma ordem de processos necessários e lógicos para a finalidade do projeto. Deve-se considerar que ainda não existe uma metodologia projetual específica consolidada para a produção de fotolivros, e essa metodologia por sua objetividade contempla várias áreas de desenvolvimento do design.

Segundo Munari (2015, p. 10), “o importante é que as operações necessárias sejam realizadas segundo uma ordem ditada pela experiência. ” E sua metodologia é construída a partir de doze passos listados a seguir, para enfim chegar no final que é a solução.

● Problema – problema do projeto;

● Definição do problema – especificação dos desafios;

● Componentes do problema – elementos do problema;

● Coleta de dados – pesquisa por materiais para estudo;

● Análise de dados – análise da pesquisa, definição do que serve ou não para o projeto;

● Criatividade – geração de possibilidades a partir do que já foi previamente estabelecido;

● Materiais e tecnologia – escolher materiais e técnicas mais adequadas para o projeto;

● Experimentação – elaboração de teste;

● Modelo – teste em tamanho real, mas ainda não projeto finalizado;

● Verificação – teste final com correções de erros das etapas anteriores;

● Desenho de construção - últimos reparos para o produto;

● Solução – produto finalizado.

A seguir o quadro que explica a aplicação dos passos da metodologia neste projeto específico.

Quadro 1: aplicação da metodologia de Bruno Munari 1. Problema/Definição

do problema

● Construção de um fotolivro

● Utilizar estética afrofuturista;

2. Componentes do problema

● Utilizar estética do movimento afrofuturista nas fotografias;

● Definir público alvo;

● Selecionar fotolivros que usem a mesma estética ou parecido;

● Produção do ensaio;

● Seleção das fotografias produzidas no ensaio;

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● Seleção de software para a diagramação.

3. Coleta de dados / Análise de dados

● Pesquisa por fotolivros, filmes e narrativas que farão parte das referências visuais e de construção para o projeto;

● Espaço, figurino e iluminação para a produção das fotografias.

4. Criatividade ● Realização do ensaio fotográfico;

● Produção da sequência das fotos para a narrativa;

● Tratamento das imagens;

● Componentes textuais.

5. Materiais e tecnologia/

Experimentação

● Diagramação do fotolivro;

● Protótipo.

6. Modelo ● Corrigir erros da etapa anterior;

7. Verificação/

Desenho de construção

● Testes finais;

● Solução de problemas anteriores.

8. Solução ● Fotolivro finalizado.

Fonte: Autoria própria (2022).

2.2 DESENVOLVIMENTO PROJETUAL

A partir deste tópico caminharemos para o maior detalhamento dos passos descritos na tabela acima referentes a metodologia de Bruno Munari, desenvolvida no livro Das Coisas Nascem Coisas, que tem como objetivo detalhar todos os passos do desenvolvimento de um projeto de design. Neste caso em específico, a metodologia é aplicada à elaboração de um fotolivro, importante tipo de publicação do campo do design gráfico.

2.2.1 Problema/ Definição do problema 2.2.1.1 Construção do fotolivro

Como foi citado acima o problema principal de design neste processo é a produção de um fotolivro, que se trata de um meio utilizado por muitos fotógrafos e artistas para expor e difundir seus projetos conceituais a partir de uma narrativa visual contida neste produto que é o livro.

Este problema surge a partir da necessidade de obedecer aos parâmetros estabelecidos dentro do projeto de graduação do curso de design, pois para a construção de

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um fotolivro demanda um conhecimento no âmbito do design gráfico e editorial para elaborar maneiras eficazes e criativas de apresentar essa narrativa contida no fotolivro.

Também surge uma afeição pessoal para contribuir para o estudo e a vontade de fomentar a realização destes livros, pois se trata de projetos multidisciplinares que unem as áreas de design, fotografia e artes visuais pelas quais desejo continuar trilhando minha vida acadêmica.

2.2.1.2 Utilizar estética afrofuturista

Uma característica muito importante para agregar a este projeto é a estética afrofuturista, que como já foi citada anteriormente na justificativa se trata de um movimento artístico social e cultural que reivindica o protagonismo de pessoas pretas em produções artísticas, para questionar a falta dessas pessoas nessas obras e também vislumbrar um presente ou futuro a partir de um ponto de vista negro.

Para incorporar esta estética é importante utilizar elementos que fazem parte da cultura negra e principalmente africana, como cores, estampas e padrões, mas principalmente dar este papel de destaque à negritude, que tanto foi colocada como coadjuvante.

Por último, este trabalho tem como objetivo compreender a importância de questionar a presença de pessoas negras nas produções artísticas, e o porquê desta falta de representação por tanto tempo.

2.2.2 Componentes do problema

2.2.2.1 Utilizar estética dos movimentos afrofuturista nas fotografias

Para dar ênfase a ideia do afrofuturismo é importante introduzir elementos que remetem a cultura negra já durante a realização do ensaio fotográfico, como a escolha do modelo, acessórios, figurino, cabelo e até mesmo elementos decorativos e paleta de cores que irão compor as imagens.

2.2.2.2 Definir público alvo

O público alvo que este trabalho se direciona são pesquisadores de áreas como design, artes visuais, fotografias e ilustração digital. Abrange também os estudiosos dos movimentos negros e cultura negra e produtores de conteúdos relacionados ao afrofuturismo.

2.2.2.3 Selecionar fotolivros que usem a mesma estética ou parecido

Nesta etapa é importante a pesquisa de fotolivros em bancos de dados online, que tenham a estética afrofuturista e também da cultura negra, para ter como referência para produzir a identidade visual do fotolivro. Além disso, é muito importante se situar como são as publicações recentes com essa temática para se inspirar.

Muito importante também para ter como referência questões mais técnicas ligadas à

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fotografia como enquadramento, iluminação, locação onde serão capturadas as imagens e outros elementos que ajudarão na composição da narrativa contida no fotolivro em questão.

Este ponto está mais bem desenvolvido no item 2.2.3, situado abaixo.

2.2.2.4 Produção do ensaio

Como este fotolivro irá usar a temática do afrofuturismo, o ensaio vai procurar enaltecer pessoas negras e lugares onde elas se sintam protagonistas da sua própria história, já que um dos principais fundamentos deste movimento é reivindicar o protagonismo de pessoas pretas e mostrá-las a partir de uma visão afrocentrada.

A ideia é tentar retratar na narrativa um personagem encontrando com sua própria essência através de sua ancestralidade, com elementos de arte regional. Estas imagens serão feitas em uma varanda ao ar livre com o intuito de capturar a iluminação natural. A seleção de figurino e acessórios será com peças que deem a ideia de elementos produzidos manualmente como alfaiataria e renda, além de colares feitos à mão que também remetem à cultura africana.

2.2.2.5 Limitar número de fotos a serem usadas

Depois do ensaio pronto, chega o momento de selecionar as fotos que serão utilizadas na narrativa. Este é um ponto muito importante pois as imagens precisam fazer sentido isoladas e em grupo, para realmente passar a mensagem desejada no planejamento do fotolivro. É preciso selecionar uma quantidade razoável de imagens para não ficar cansativo nem breve demais, assim como é importante que a narrativa seja entregue ao consumidor do produto de uma forma que capte o interesse dele e entregue a reflexão sobre o assunto principal, que é o afrofuturismo.

2.2.2.6 Seleção de software para a diagramação

Será utilizado o programa Procreate, que é um software feito para o sistema IOS, sendo muito utilizado para pintura digital, mas que também funciona para inserir elementos textuais e o processo de diagramação das imagens no tipo de página desejado.

2.2.3 Coleta de Dados/ Análise de Dados

2.2.3.1 Pesquisa por fotolivros, filmes e narrativas que farão parte das referências visuais e de construção para o projeto

Como este trabalho visa utilizar da estética indenitária de um movimento social negro, é importante que os projetos que irão servir de referência para essa criação façam parte desse imaginário afrofuturista, onde o negro é posto em lugar de protagonismo e inserido dentro de sua própria cultura. Nossa pesquisa identificou um primeiro exemplo que será descrito a seguir, o Fotolivro Rio Baile Funk, de Vincent Rosenblatt.

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Figura 1 - Rio Baile Funk, Vincent Rosenblatt (2022)

Fonte: https://livrosdefotografia.org/publicacao/39816/rio-baile-funk. Acesso em 23 de dez. 2022.

Este fotolivro mostra a dedicação do autor Vincent Rosenblatt, um francês que desde 2005 captura esses momentos de festividades em ambientes estigmatizados, de cultura majoritariamente negra e favelada, muito importantes para a construção da identidade de povos pretos e pardos no Brasil.

O funk carioca é uma ostentação de ritmo, rituais, territórios e identidades, e o trabalho é um vai e vem entre tentar dar conta dos movimentos coletivos e dos detalhes individuais: corpos funkeiros como manifestos de liberdade de expressão. o funk me toca, especialmente, quando amplifica os limites do que temos o direito de expressar. Seja ele guerreiro, político ou sexual, o funk dança na fronteira da liberdade. Isso tem a ver com a fotografia, que busca continuamente ampliar os domínios do visível. O que nos permitimos fotografar? Onde nos permitimos ver a beleza do mundo? Os funkeiros compartilham comigo a responsabilidade e o risco de produzir imagens de lugares “proibidos”, estigmatizados pela imprensa e constantemente ameaçados pela violência do Estado. Eles sabiam que os bailes mais lindos estavam fadados a expressão e a destruição e que essa beleza precisava ser documentada. Nos ultimos anos. enquanto a repressão aos bailes aumentava, uma geração de jovens produtores negros reinventou as noites cariocas. As “festas pretas” - Batekoo, Yolo Love Party e outras - expandiram a revolução funkeira. Nelas, a celebração da identidade sem discriminação, cria espaço-tempos seguros para viver pra sonhar (ROSENBLATT, 2022, s.p).

Este projeto é muito importante pois destaca essa cultura que infelizmente é tão marginalizada do Brasil, e mostra que apesar de toda negação que existe em ver beleza sobre os movimentos sociais pretos que segrega a população favelada, ainda existe um ponto de resistência que continua provando que essas pessoas são donas da própria identidade, beleza e principalmente de suas histórias.

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É muito fácil fazer um paralelo entre o discurso que este fotolivro carrega com o tema do afrofuturismo, já que a ideia principal é exaltar as narrativas negras, e tentar mostrar para mais pessoas a importância em dar voz para essas vivências que produzem um capital cultural de imenso valor, ao invés de negá-las e perpetuar esse ambiente que só vê beleza no que é branco.

Outra característica interessante que chama muita atenção é a estética que esse livro apresenta através da fotografia, de uma maneira mais técnica é o tipo de iluminação com imagens com fundo mais escuros e estouradas. A obra retrata bem este ambiente festivo e dá destaque aos personagens que fazem parte desta narrativa.

Figura 2 - Página interna do fotolivro Rio Baile Funk, Vincent Rosenblatt (2022)

Fonte: Adaptado de https://vimeo.com/713708478. Acesso em 23 de dez. 2022.

Figura 3 - Página interna do fotolivro Rio Baile Funk, Vincent Rosenblatt (2022)

Fonte: Adaptado de https://vimeo.com/713708478. Acesso em 23 de dez. 2022.

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Figura 4 - Página interna do fotolivro Rio Baile Funk, Vincent Rosenblatt (2022)

Fonte: Adaptado de https://vimeo.com/713708478. Acesso em 23 de dez. 2022.

Figura 5 - Página interna do fotolivro Rio Baile Funk, Vincent Rosenblatt (2022)

Fonte: Adaptado de https://vimeo.com/713708478. Acesso em 23 de dez. 2022.

Figura 6 - Página interna do fotolivro Rio Baile Funk, Vincent Rosenblatt (2022)

Fonte: Adaptado de https://vimeo.com/713708478. Acesso em 23 de dez. 2022.

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Figura 7 - Página interna do fotolivro Rio Baile Funk, Vincent Rosenblatt (2022)

Fonte: Adaptado de https://vimeo.com/713708478. Acesso em 23 de dez. 2022.

Esta característica visual na iluminação dessas fotografias também servirá como referência para o fotolivro que irá ser desenvolvido neste trabalho, é bastante interessante esse jogo de luz e sombra, fazendo esse efeito de dar à luz ao ponto central da imagem que é a pessoa.

Outra referência muito importante para este fotolivro é o álbum visual da cantora Beyoncé em parceria com a Disney, que se chama Black is King, trata-se de uma reinterpretação do conto africano infantil O Rei Leão. É uma produção audiovisual no formato liveaction que usa a estética afro futurista para mostrar um olhar moderno sobre uma história clássica e apropriar-se desse conto vindo do continente africano.

Figura 8 - Black Is King, Beyoncé (2020)

Fonte: https://www.folhape.com.br/cultura/album-visual-de-beyonce-black-is-king-ganha-trailer-e- poster/147910/. Acesso em 23 de dez. 2022.

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Nesta produção, a escolha e junção de fotografia, efeitos gráficos, cenário, figurino trazem a estética desse movimento, mostrando elementos de passado, presente e futuro a partir de uma percepção preta. É também mostrando uma história de perda e recuperação de suas raízes, como uma retomada de poder quando o personagem principal retorna a sua origem e descobre quem realmente é.

Isto é um tema bem pertinente no afrofuturismo, quando pessoas negras tomam posse de suas narrativas por conhecerem suas raízes, e se orgulharem delas para saber quem são de fato perante uma sociedade que nega a beleza de suas histórias recorrentemente, e a partir daí construir um futuro sabendo de seu verdadeiro valor.

Figura 9 - frame do filme Black Is King, Beyoncé (2020)

Fonte: Adaptado de https://disneyplus.com/movies/black-is-king/7daDvpFdBXPs?sharesource=iOS.

Acesso em 4 de fev. 2023.

Figura 10 - frame do filme Black Is King, Beyoncé (2020)

Fonte: Adaptado de https://disneyplus.com/movies/black-is-king/7daDvpFdBXPs?sharesource=iOS.

Acesso em 4 de fev. 2023.

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Figura 11 - frame do filme Black Is King, Beyoncé (2020)

Fonte: Adaptado de https://disneyplus.com/movies/black-is-king/7daDvpFdBXPs?sharesource=iOS.

Acesso em 4 de fev. 2023.

Figura 12 - frame do filme Black Is King, Beyoncé (2020)

Fonte: Adaptado de https://disneyplus.com/movies/black-is-king/7daDvpFdBXPs?sharesource=iOS.

Acesso em 4 de fev. 2023.

Para completar o quadro de referências, apresentamos o fotolivro Traslado, de Mariana Tassinari, que foi publicado em 2020 durante os primeiros meses da pandemia do COVID-19. Ele foi feito em formato digital, pois era a única maneira de fazer um lançamento naquele momento de isolamento social por risco de exposição ao vírus. É um exemplo bem coeso de fotolivro neste tipo de configuração, em questões como diagramação, transição entre as fotografias, uso de cores bem vibrantes, já que não há preocupação com impressão e tipografia dos elementos textuais para ter uma leitura mais fluida e agradável vistos de uma tela, como exemplo na Figura 13.

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Figura 13: Capa do fotolivro Traslado, Mariana Tassinari (2020)

Fonte: https://fotoeditorial.com/produto/traslado/. Acesso em 4 de fev. 2023.

2.2.3.2 Espaço, figurino, iluminação e equipamento para a produção das fotografias

O plano inicial é que as fotografias sejam feitas em um lugar aberto para aproveitar a iluminação natural e não ter que recorrer a nenhum tipo de luz artificial. O ensaio será realizado no final da tarde para ter uma iluminação mais difusa e menos sombras.

O figurino será de peças próprias e também garimpadas em brechós para usar apenas peças existentes e não apoiar a produção de mais lixo. Também irá contar com peças artesanais e de alfaiataria, pois lembram as referências citadas anteriormente.

2.2.4 Criatividade

2.2.4.1 Realização do ensaio fotográfico

O ensaio foi realizado em local aberto, sem o uso de nenhuma iluminação artificial ou rebatedor de luz. A modelo que é a personagem principal da narrativa é uma mulher negra que também contribuiu muito para a produção da narrativa idealizada, por se identificar com a história. Foram utilizadas três esculturas de barro feitas pela artista caruaruense Joane, do Alto do Moura, para fazer a composição das imagens e ajudar a narrativa a ser contada.

O figurino da modelo foi pensado para fazer referência aos figurinos usados no filme citado acima Black Is King, Beyoncé (2020), que foi assinado pela personal stylist e pesquisadora Zerina Akers, onde os elementos mais marcantes eram peças de alfaiataria e trabalhos manuais como renda e acessórios étnicos com muitas cores e também dourados.

Os cabelos apresentam-se em tranças tradicionais das origens africanas. A maquiagem foi feita com o intuito de ser bem iluminada e mais moderna, com tons que ficassem harmoniosos na paleta de cores usada na produção das fotografias.

Foram feitas imagens principalmente da modelo, pois ela é um dos elementos principais da história e também de elementos à parte como as esculturas e quadros, de modo que esses elementos irão compor também a sequência da narrativa.

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2.2.4.2 Produção da sequência das fotos para a narrativa

Durante o ensaio foram feitas cerca de 500 fotografias da modelo e de todos os itens selecionados. A partir dessa quantidade foi feita uma análise das imagens de uma a uma e chegou-se a uma quantidade de 48 fotos que tinham mais elementos em comum e poderiam construir uma narrativa coerente. Depois do tratamento das imagens houve mais um corte na quantidade de imagens, utilizando os mesmos critérios e também retirando as imagens que poderiam parecer repetitivas, e por fim restaram apenas 20 imagens definitivas. Elas foram agrupadas a partir de semelhanças que tinham e também brincando com comparações feitas entre a personagem e os itens que compunham as fotografias, e todas com algum elemento parecido na transição de uma para a outra. Uma técnica muito importante que foi utilizada para finalizar a narrativa foi imprimir essas imagens que já estavam selecionadas e fazer manualmente essa sequência, uma vez que a fotografia impressa mostra uma perspectiva e enriquece muito esta etapa.

2.2.4.3 Tratamento das imagens

Depois da primeira seleção foram tratadas um total de 48 fotos. Os softwares para edição de imagens utilizados foram o Adobe Lightroom, e VSCO apenas para correção de luz, saturação e corte de algumas fotografias. A intenção nesta fase era fazer as imagens ficarem mais vivas que o original e também acentuar a harmonia das cores do cenário e do figurino que estavam todos com uma paleta de cores terrosas e quentes que tendiam mais para o amarelo.

2.2.4.4 Componentes textuais

Os componentes textuais foram adicionados pelo mesmo software que foi feita a diagramação, o Procreate. Os textos estão presentes na capa com o título e nome do autor, incorporando uma interferência na fotografia. Na página final há o texto “Quando crescemos sem referências, chega um momento que é difícil até de reconhecer quem realmente somos.

A intenção aqui é mostrar a partir de uma perspectiva preta a retomada da confiança e o reconhecimento da sua própria beleza depois do encontro com sua ancestralidade, para conhecer e se apropriar de sua história e a partir disso conduzir sua narrativa tendo consciência de quem é de verdade. Um agradecimento especial a modelo Adine, que foi muito participativa e disponível na produção das fotos e a artista Joana do Alto do Moura em Caruaru que fez as esculturas que foram muito importantes para a construção dessa narrativa. ” Este texto funciona apenas como uma breve explicação do conceito das imagens e um agradecimento para as pessoas que contribuíram para a realização do ensaio.

2.2.5 Materiais e tecnologia/ Experimentação 2.2.5.1 Diagramação do fotolivro

A diagramação foi feita já com as imagens selecionadas prontas, distribuindo as imagens, centralizando-as na página e deixando todas as imagens numa proporção que fique harmônica de uma página para outra, mesmo sendo de tamanhos diferentes, conforme

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demonstrado na Figura 14 e figura 15.

Figura 14: Print da tela de diagramação no programa Procreate.

Fonte: Autoria própria (2022).

Figura 15: Print da tela de diagramação no programa Procreate.

Fonte: Autoria própria (2022).

2.2.5.2 Protótipo

É muito importante citar que este fotolivro que está sendo desenvolvido neste trabalho será apresentado de forma digital. Este é um formato que ficou em evidência durante o período da pandemia do COVID-19, pois permite que os fotógrafos e artistas ainda consigam lançar seus projetos de forma segura e com ampla distribuição. Um exemplo muito interessante de produção desse tipo de obra são as publicações da editora Fotô Editorial,

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responsável pela distribuição de fotolivros digitais como o Traslado (2020) da Marina Tassinari, que foi citado acima como referência.

A partir disso, o primeiro protótipo que pode ser observado na Figura 16 foi feito com essa consciência que o fotolivro não precisaria se preocupar com custos de impressão. A publicação teria que atender a noções básicas de design gráfico que facilitasse o entendimento, como utilizar tipografia sem serifa para obter uma leitura mais fluida dos elementos textuais, assim como aplicar um fundo de página amarelo para combinar com a paleta de cores das fotografias.

Figura 16: Print da tela do protótipo no programa Procreate.

Fonte: Autoria própria (2022).

2.2.6 – Modelo

2.2.6.1 Corrigir erros da etapa anterior

Na etapa anterior foi feita a diagramação das imagens e já foi inserido os componentes textuais na fase do protótipo. Então, depois de uma análise chegou-se à conclusão que era

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preciso uma mudança na parte dos componentes textuais, pois a família tipográfica usada no texto final não atendia plenamente o conceito do livro. Foi necessário procurar uma nova tipografia para o título, pois o texto manuscrito que estava lá poderia não fazer sentido com a temática afrofuturista abordada neste projeto. A partir daqui a ideia era usar uma tipografia mais moderna, sem serifas e que tivesse uma clareza e fluidez na leitura.

2.2.7 - Verificação/ Desenho de construção

2.2.7.1 Testes finais/ Solução de problemas anteriores

Na fase anterior foi apresentado um problema com elementos textuais e diante disso foram elaboradas alternativas para solucioná-los. Realizou-se uma pesquisa por tipografias que se adequasse melhor ao projeto, com testes sobre o posicionamento e saturação da cor do texto em cima da imagem. Mostra-se a seguir as figuras com a configuração já selecionada para capa e texto final.

Figura 17: Capa do fotolivro com tipografia atualizada.

Fonte: Autoria própria (2022).

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Figura 18: Página final com tipografia atualizada.

Fonte: Autoria própria (2022).

O critério usado para a seleção destas opções da figura 17 e 18 foi selecionar uma família tipográfica que passasse a mensagem de forma clara e também possuísse características modernas como um desenho mais fino e reto para também condizer com o tema abordado que é o afrofuturismo.

A seleção de cores foi diferente para os dois textos. O texto de abertura aparece em cima de uma fotografia e por isso houve a preocupação de que a cor não interferisse tanto na imagem. Por isso ele é claro, num tom amarelado e sem muita saturação. Já o texto final tem uma fonte de tamanho menor e está em cima de um fundo chapado de cor clara. Foi preciso contraste na cor do texto para facilitar a leitura, então optou-se por esta cor marrom que também faz referência à paleta de cores das fotografias anteriores.

2.2.8 - Solução

2.2.8.1 Fotolivro finalizado

Para finalizar a construção deste fotolivro chegamos à última etapa da metodologia onde já se tem feito todos os processos anteriores, então temos o fotolivro finalizado e também apresentamos considerações do processo.

O resultado condiz bastante com o que foi abordado como referência neste memorial, e o mais importante é que corresponde ao movimento estético e social que foi trazido que é o afrofuturismo, por trazer um protagonismo e perspectiva negra em uma produção visual como um fotolivro. O resultado final do livro pode ser visto em sua totalidade no anexo 1 abaixo.

Um ponto que seria diferente se houvesse mais tempo e recursos financeiros é a experimentação com formatos impressos, por acreditar que a fotografia impressa cria uma conexão mais íntima com o consumidor que a digital. Mas não se pode negar que o fotolivro digital é mais acessível de se produzir e também pode chegar de maneira mais fácil em um número maior de pessoas, então todos tem os seus pontos positivos.

Este processo foi de grande conhecimento, tanto na pesquisa e idealização quanto na execução das fotografias e produção gráfica de montar o fotolivro. É um trabalho complexo,

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mas também muito prazeroso em ver o caminho percorrido e os resultados.

2.3 - DETALHAMENTO TÉCNICO E ESPECIFICAÇÕES

O fotolivro foi produzido em formato digital a partir de várias experimentações e testes, chegando à seguinte especificação:

Tamanho: 57,15cm x 42,86cm Tipo de arquivo: PDF

Perfil das cores: RGB Quantidade de páginas: 14 3 - RESULTADOS E DISCUSSÕES

Depois deste longo percurso de produção e pesquisa, chegamos ao fim e com um entendimento mais aprofundado a respeito da concepção de fotolivros. É uma tarefa complexa que exige do autor vários níveis de conhecimento sobre pesquisa, técnica em fotografia, edição de imagens, construção de narrativas, design gráfico e editorial.

O intuito deste fotolivro além de ser um projeto de conclusão de curso é de falar sobre o tema abordado para a narrativa, o afrofuturismo, e tentar trazer o debate racial para a academia. A pesquisa teve um caráter muito pessoal e repleta de vivências. Foram levantados vários temas complexos e bastante pertinentes como racismo e a falta de protagonismo negro, tanto em produções artísticas como esta, mas também dentro da própria universidade.

A metodologia adotada foi um ponto muito importante para a concepção deste trabalho. Aproximei-me do método durante meus estágios no FOTOLAB, lugar que foi de extrema importância para meu aprendizado e formação.

E, por fim, este projeto foi apenas finalizado agora pois irei dar continuação em um projeto de mestrado em artes visuais na UFPB, no qual fui aprovado com um pré-projeto feito a partir deste trabalho, que tem grande importância social, artística e acadêmica.

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REFERÊNCIAS

BADGER, Garry. Por que fotolivros são importantes. Revista Zum, 2015. Disponível em:

<https://revistazum.com.br/revista-zum-

8/fotolivros/#:~:text=Organizador%20de%20uma%20cole%C3%A7%C3%A3o%20sobre,8%2C

%20abril%20de%202015%5D.>. Acesso em 21/07/2021.

Dery, Mark (1994), “Black to the future: interviews with Samuel R. Delany, Greg Tate, and Tricia Rose” in Dery, Mark Flame wars: The Discourse of Cyberculture. Durham, NC: Duke University Press.

FERNANDES, Horacio. Fotolivros latino-americanos., São Paulo: Cosac Naify, 2011.

FRANK, Priscilla. Realismo mágico, história da África e ficção científica: conheça o Afrofuturismo. Geledés, 2016. Disponível em: Acesso em: 25 agosto. 2022.

GRIGOLIN, F.; DAVINA, L.; AYERBE, J. Entre, à maneira de, junto a publicadores. São Paulo:

Tenda de Livros; Zerocentos Publicações, 2016.

KABRAL, Fábio. “AFROFUTURISMO: Ensaios sobre narrativas, definições, mitologia e heroísmo”. Disponível em: <https://medium.com/@ka_bral/afrofuturismo-ensaios-sobre- narrativas-defini%C3%A7%C3%B5es-mitologia-e-hero%C3%ADsmo-1c28967c2485> Acesso em 10/08/2021.

MUNARI, Bruno. Das coisas nascem coisas. 3. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2015.

PARR, Martin; BADGER, Gerry. The photobook: a history. V. I. London: Phaidon, 2004.

ROSSENBLATT, Vincent. Rio baile funk. Rio de Janeiro, 2022

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ANEXO A - FOTOLIVRO: RETRATOS DE FRAGMENTOS E MEMÓRIA AFROFUTURISTA

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