PREVENÇÃO DE DOENÇAS
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Sumário
Doenças Sexualmente Transmissíveis
Métodos Contracetivos
2
DST’s
Transmitem-se através do contacto sexual, embora a relação sexual não seja a única forma de
transmissão, apenas a mais frequente.
Vários tipos de agentes infecciosos - Bactérias, vírus, fungos e parasitas
3
SIDA - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
Provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH)
Transmissão:
relações sexuais;
contacto com sangue infetado;
de mãe para filho, durante a gravidez, o parto e pela amamentação.
4
SIDA - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
HIV sistema sanguíneo “ataca” o sistema imunológico
destrói as células imunitárias
5
SIDA - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
Sintomas:
Fase aguda (1 a 4 semanas após contacto):
Febre, suores, dor de cabeça, de estômago, nos músculos e nas articulações, fadiga, dificuldades em engolir, gânglios linfáticos inchados e um leve prurido.
Perda de peso e mobilidade temporária dos membros (algumas pessoas)
6
SIDA - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
Sintomas:
Fase sintomática:
Cansaço não habitual, perda de peso, suores noturnos, falta de apetite, diarreia, queda de cabelo, pele seca e
descamativa, entre outros sintomas.
SIDA:
Imunodeficiência grave que condiciona o aparecimento de manifestações oportunistas (infeções e tumores).
7
SIDA - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
Diagnóstico:
Análises sanguíneas para detetar a presença de
anticorpos ao VIH (detetáveis 3 a 4 semanas após a fase aguda)
As primeiras análises podem dar um resultado
negativo, por isso, os testes devem ser repetidos quatro a seis semanas e três meses após a primeira análise.
8
SIDA - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
Prevenção:
Usar sempre preservativo;
Não partilhar agulhas, seringas, material usado na preparação de drogas injectáveis
Não partilhar objectos cortantes (agulhas de
acupunctura, instrumentos para fazer tatuagens e piercings, de cabeleireiro, manicura).
9
Hepatite B
Provocada pelo Vírus da Hepatite B (VHB)
O vírus da Hepatite B é 50 a 100 vezes mais infecioso do que o VIH
Há possibilidade de transmissão de mãe para filho, no parto
10
Hepatite B
Sintomas:
Febre, mal-estar, desconforto, dor abdominal, dor nas articulações e erupções na pele
Icterícia, a urina tornar-se escura e as fezes mais claras do que o habitual
11
Hepatite B
Diagnóstico:
Análise sanguínea
Biópsia hepática (lesões no fígado)
12
Hepatite B
Transmissão:
Sangue, esperma e corrimento vaginal
Não se transmite pelo suor ou pela saliva, não podendo haver contágio através de um aperto de
mão, abraços, beijos ou por utilizar pratos ou talheres de pessoas infetadas.
13
Hepatite B
Prevenção:
Evitar o contacto com sangue infetado ou de quem se desconheça o estado de saúde
Não partilhar objetos cortantes e perfurantes, nem instrumentos usados para a preparação de drogas injetáveis
Usar sempre preservativo nas relações sexuais
Vacinação
14
Hepatite B
Vacinação:
Pode ser tomada por todas as pessoas, mas não tem qualquer efeito em quem já está infetado
95% eficácia
Bebés (filhos de mães portadoras tomam à nascença) - aleitamento
15
Hepatite B
Tratamento:
Repouso
Aconselha-se a não consumir bebidas alcoólicas e alimentos ou medicamentos que possam ser tóxicos para o fígado
Interferão (hepatite crónica)
16
Sífilis
Causada pela bactéria Treponema Pallidum (TP)
O TP entra no hospedeiro através de lesões na
pele das mucosas e dissemina-se por todo o corpo.
Não existem sintomas associados à disseminação generalizada durante este período.
17
Sífilis
Transmissão:
Relações sexuais não protegidas
Contacto com ferimentos causados pela doença
Durante a gestação, da mãe para o feto
18
Sífilis
Sintomas:
Lesões órgãos genitais, boca ou ânus
Linfoadenopatia (aumento dos gânglios)
Manchas (palma das mãos e pés), podem ser
acompanhadas de febre, mal estar, dor de garganta e rouquidão
Os sintomas podem desaparecer sem tratamento,
19
Sífilis
Diagnóstico:
Testes serológicos (sangue)
Tratamento:
A penicilina é a primeira escolha para o tratamento
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são a chave para parar a progressão da doença
20
Sífilis
Prevenção:
Usar preservativo
A prevenção da sífilis congénita é feita realizando testes serológicos à grávida, para despiste da sífilis durante a gravidez, dado que a doença depois de diagnosticada é de fácil tratamento.
21
Gonorreia
Causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae
Transmissão:
Contacto oral, vaginal, peniano ou anal.
Diagnóstico:
Observação de uma amostra de tecido ou corrimento no microscópio
22
Gonorreia
Sintomas (homem):
Ardor e dor ao urinar
Aumento na frequência ou urgência urinária
Corrimento do pênis (de cor branca, amarela ou verde)
Vermelhidão ou inchaço na abertura do pênis (uretra)
Testículos doloridos ou inchados
Dor de garganta
23
Gonorreia
Sintomas (mulher):
Corrimento vaginal
Ardor e dor ao urinar
Aumento na frequência urinária
Dor de garganta
Dor durante o ato sexual
Dor aguda na parte inferior do abdómen Febre
24
Gonorreia
Tratamento:
Antibiótico
Prevenção.
Usar preservativo
25
Uretrite
A uretrite é uma infeção que atinge a uretra
Infeção por Clamydia trachomatis
Mais comum nos Homens
26
Uretrite
Sintomas:
Dor para urinar
Aumento da frequência urinária
Secreção (corrimento) pela uretra
Dor durante ejaculação ou relações
Menos frequentemente dores testiculares com edema , febre e mal estar.
27
Vulvovaginite
Vulvovaginite corresponde ao processo de inflamação/infeção da vagina
Transmissão:
Bactérias
Vírus
Fungos
Outros microrganismos
28
Vulvovaginite
Sintomas:
Ardor na região
Edema
Rubor
Dor e desconforto no ato sexual
Ardor ao urinar
29
Vulvovaginite
Tratamento:
Dependerá de qual agente se quer combater
Prevenção:
Higiene intima adequada
Limitar o número de parceiros sexuais
Usar preservativo
30
Herpes genital
Doença de transmissão sexual da zona genital, causada pelo vírus do herpes simples.
Sintomas:
Prurido, formigueiro e dores
Pequena placa avermelhada, seguida de um grupo de bolhas pequenas e dolorosas
31
Herpes genital
Tratamento;
Nenhum tratamento cura o herpes genital, mas pode reduzir a duração de um surto
Prevenção:
Usar preservativo durante as relações sexuais
Limitar o número de parceiros
Evitar contato sexual ou tocar nas áreas genitais caso
32
Pediculose púbica
“Chatos”
Transmitida pelo parasita Pthirus pubis
Sintomas:
Prurido
Bolhas
Manchas azuladas
33
Pediculose púbica
Diagnóstico:
Observação dos piolhos e das lêndeas na base dos pêlos e da presença de parasitas na pele da região afetada
Prevenção:
Impedir o contato com os piolhos e a fixação das lêndeas
34
Pediculose púbica
Tratamento:
Loção antiparasitária
Recomendações:
Troque de roupas diariamente, incluindo lençóis e toalhas
Lave as roupas em água quente
Certifique-se de que todas as pessoas da família têm os mesmos cuidados
35
Candidíase
Infeção provocada por fungos – Cândida
albicans – que pode acometer as regiões inguinal, perianal e o períneo
36
Candidíase
Sintomas (mulher):
Prurido na vagina e no canal vaginal;
Corrimento branco, em grumos, parecido com a nata do leite
Ardor local e para urinar
Dor durante as relações sexuais
37
Candidíase
Sintomas (Homem):
Pequenas manchas vermelhas no pênis
Edema leve
Lesões em forma de pontos
Prurido
Em casos mais graves distúrbios gastro-intestinais, respiratórios e outros problemas dermatológicos
38
Candidíase
Diagnóstico.
Exame clínico ginecológico, de laboratório e pelo exame de Papanicolau
Tratamento:
Antimicóticos e pomadas antifúngicas de uso local
Medicamentos por via oral por tempo mais prolongado
39
Candidíase
Recomendações:
Alimentação saudável e equilibrada
Evite fumar e ingerir bebidas alcoólicas
Use sempre preservativo
Cuidada higiene íntima
Evite roupas justas e de material sintético
Prefira o papel higiênico branco e sem perfume Não use absorventes internos
40
Papiloma Vírus Humano (HPV)
Vírus frequente nos humanos, responsável pela form ação de lesões chamadas papilomas
Sintomas:
Frequentemente uma infeção silenciosa em que muitos infetados não têm sinais nem sintomas
Verrugas presentes, mas não visíveis
41
Papiloma Vírus Humano (HPV)
Tratamento:
Sob orientação médica, no consultório ou em casa, com aplicação de produtos nas lesões
Vacinação:
Jovens que fazem 13 anos no respetivo ano civil
Podem iniciar o esquema até aos 18 anos
A vacinação não requer a realização de qualquer teste prévio
42
Papiloma Vírus Humano (HPV)
Prevenção:
Exame ginecológico
Usar preservativo
Ter em conta os comportamentos prévios do/a parceiro/a
Vacinação
43
Métodos Contracetivos
O sucesso em contraceção depende de uma
decisão voluntária e esclarecida sobre a segurança, eficácia, custos, efeitos secundários e
reversibilidade dos métodos disponíveis.
45
Métodos Contracetivos
Questões a realizar:
É o mais conveniente e eficaz ?
Está adequado ao meu estilo de vida ?
É reversível ?
É um método acessível ?
Existem riscos para a saúde ?
46
Métodos Contracetivos
Contraceção hormonal oral – pílula
Contraceção hormonal injetável
Implante
Adesivo
Dispositivos intra- uterinos (DIU e SIU)
Preservativo feminino
Diafragma
Anel vaginal
Métodos cirúrgicos
Espermicidas
Abstinência
periódica/Autocontrolo
47
Métodos Contracetivos
PÍLULA IMPLANTE DISPOSITIVOS
INTRAUTERINOS
CONTRACEÇÃO INJETÁVEL
TIPO DE MÉTODO HORMONAL
HORMONAL (Implanon®) Colocado sob a pele Duração de 3 anos
Os DIU podem conter:
- Cobre
- Cobre e prata
- Levonorgestrel (hormonal)
HORMONAL (Depo-Provera ®) Injeção intramuscular
Duração de 3 meses
EFICÁCIA
Muito eficaz
0,5 a 1,5 gravidezes em
100 mulheres/ano
Muito eficaz (99,8%)
0 a 0,07 gravidezes por 100 mulheres/ano
Muito Eficaz
0,1 a 2 gravidezes por cada 100 mulheres/ano
Muito eficaz
0,0 a 1,3 gravidezes em
100 mulheres/ano
VANTAGENS
Períodos mais regulares
Diminuição das dores menstruais
Menor risco do cancro do ovário e do endométrio
Útil a quem não pode ou não quer tomar estrogénios
Pode amamentar-se
Reversível
Duração 3 anos
A eficácia não depende da mulher e da forma como utiliza
Não diminui a fertilidade
Longa duração e reversível
Eficácia e segurança
Melhora situações de endometriose; diminui risco de DIP.
DESVANTAGENS
Não previne contra as DST’s
Exige um compromisso diário da mulher
Pode trazer alguns efeitos secundários
Alguns efeitos desagradáveis (dor de cabeça, aumento de peso...)
Não protege contra as DST’s
Não previne as DST’s
O DIU não hormonal pode levar a períodos menstruais mais prolongados
Provoca irregularidade menstrual
Alguma demora no retorno à fertilidade
Não protege contra as DST’s
Aumento de peso 48
Métodos Contracetivos
ADESIVO ANEL VAGINAL PRESERVATIVOS ABST.PERIÓDICA/
AUTO-CONTROLO DA FERTILIDADE
TIPO DE MÉTODO HORMONAL (Evra ®)
Sistema trasnsdérmico
Aplicação 3 semanas seguidas/colocar ao fim de 7dias
HORMONAL (Nuvaring ®)
Anel flexível de plástico de textura suave
Colocado no 1º dia de menstruação e permanece na vagina por 3 semanas
Método de barreira que evita o contacto direto com fluídos corporais
Latex e vários tamanhos, cores, sabores
Obrigam a que a mulher aprenda a identificar as fases férteis
Baseados no calendário
Método da temperatura basal
Método do muco
Método sintotérmico EFICÁCIA
Embora haja pouca informação disponível, sabe- se que a eficácia está acima dos 98%
Embora a informação seja limitada, a eficácia é similar à da pílula combinada
5,0 a 10 gravidezes em cada 100 mulheres
2 a 25 gravidezes em 100 mulheres/ano
A eficácia depende muito no uso consistente do método
VANTAGENS
Fácil utilização
Torna as hemorragias mais regulares, curtas e menos dolorosas
Método reversível
Fácil de colocar
Não exige compromisso diário
Método reversível
É o método mais eficaz para evitar as infeções sexualmente transmissíveis
Não tem quaisquer riscos para a saúde e efeitos secundários
Os efeitos secundários são Pode ser mais difícil de utilizar para mulheres que
Pode requerer longos períodos de abstinência 49
Métodos Contracetivos
ESPERMICIDAS LAQUEAÇÃO DE TROMPAS VASECTOMIA
TIPO DE MÉTODO
Podem apresentar-se sob a forma de creme, espuma, esponja, cones ou comprimidos vaginais
Método cirúrgico
Consiste em fazer um corte ou bloqueio das trompas uterinas, com vista a impedir a fecundação do óvulo
Procedimento cirúrgico
Consiste em cortar o canal deferente que liga o testículo ao pénis. Feito normalmente com anestesia local
EFICÁCIA
18 a 30 gravidezes em 100
mulheres/ano 0,5 a 1,8 gravidezes em 100
mulheres/ano 1 gravidez em cada 1000 mulheres
VANTAGENS
Fácil utilização
Pode aumentar a lubrificação vaginal
Método muito eficaz e seguro na contraceção
Não tem efeitos ou riscos para a saúde a longo prazo
Método seguro, eficaz e definitivo
Mais eficaz e simples que a laqueação
Sem efeitos ou riscos para a saúde
DESVANTAGENS
Baixa eficácia
Pode interferir com a relação sexual
Não evita DST’s
Requer procedimentos cirúrgicos
É caro e difícil reverter o método
Pode ter complicações a curto prazo
Não evita DST’s
É muito difícil e dispendioso reverter o método
Não é imediatamente eficaz
Não evita DST’s 50