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DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM

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Academic year: 2021

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DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM

Coordenação Pedagógica – IPEMIG

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INTRODUÇÃO ... 03

1 APRENDIZAGEM E EDUCAÇÃO ...05

2 AS DIMENSÕES DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM ...09

2.1 Dimensão biológica ...09

2.2 Dimensão cognitiva ...10

2.3 Dimensão social ...10

2.4 Dimensão pedagógica...10

3 OS FATORES QUE LEVAM AOS PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM ...12

3.1 Orgânicos ...12

3.2 Específicos ...12

3.3 Psicógenos ...12

3.4 Ambientais...13

4 OS DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM ...14

4.1 Dificuldades Escolares Globais de origem Afetiva ...19

4.2 Dificuldade da leitura ...20

4.3 Dificuldades de escrita ...24

4.4 Dificuldade no raciocínio Matemático ...26

4.5 Outros déficits ...26

REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS... 28

ANEXOS ... 30

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INTRODUÇÃO

Nos esforçamos para oferecer um material condizente com a graduação daqueles que se candidataram a esta complementação pedagógica, procurando referências atualizadas, embora saibamos que os clássicos são indispensáveis ao curso.

As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras, afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e provado pelos pesquisadores.

Não obstante, o curso tenha objetivos claros, positivos e específicos, nos colocamos abertos para críticas e para opiniões, pois temos consciência que nada está pronto e acabado e com certeza críticas e opiniões só irão acrescentar e melhorar nosso trabalho.

Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distância, vocês são livres para estudar da melhor forma que possam organizar-se, lembrando que:

aprender sempre, refletir sobre a própria experiência se somam e que a educação é demasiado importante para nossa formação e, por conseguinte, para a formação dos nossos/ seus alunos.

Assim, a apostila em questão traz os seguintes conteúdos: aprendizagem e educação; as dimensões do processo de aprendizagem (biológica, cognitiva e social); os fatores que levam aos problemas de aprendizagem (orgânicos, específicos, psicógenos e ambientais); os distúrbios de aprendizagem e a legislação de apoio para atendimento de crianças com dificuldades de aprendizagem,

Trata-se de uma reunião do pensamento de vários autores que entendemos serem os mais importantes para a disciplina.

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Para maior interação com o aluno deixamos de lado algumas regras de redação científica, mas nem por isso o trabalho deixa de ser científico.

Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar dúvidas e aprofundar os conhecimentos.

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1 APRENDIZAGEM E EDUCAÇÃO

A aprendizagem é o processo através do qual a criança se apropria ativamente do conteúdo da experiência humana, daquilo que o seu grupo social conhece. Para que a criança aprenda, ela necessitará interagir com outros seres humanos, especialmente com os adultos e com outras crianças mais experientes.

Nas inúmeras interações em que se envolve desde o nascimento, a criança vai gradativamente ampliando suas formas de lidar com o mundo e vai construindo significados para as suas ações e para as experiências que vive (DAVIS E OLIVEIRA, 1994).

Sendo assim, pode-se definir mais claramente aprendizagem como um processo evolutivo e constante que implica uma sequência de modificações observáveis e reais no comportamento do indivíduo (físico e biológico e no meio que o rodeia) atuante e atuado. Este processo se traduz pelo aparecimento de formas realmente novas (POPPOVIC, 1968 apud CIASCA, 2008).

Por isso, a aprendizagem é considerada um processo integrativo, supõe uma dinâmica interna, mental, ou seja, o indivíduo não acumula simplesmente conhecimentos, mas passa a entender com mais profundidade as novas descobertas.

A aprendizagem está sempre se efetuando, é um processo que começa com o nascimento, ou até mesmo antes dele, e continua de uma forma ou de outra, durante toda a nossa vida e se acentua na escola, com o processo sistêmico de escolarização.

A aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais. A aprendizagem é resultante do desenvolvimento de aptidões e de conhecimentos, bem como da transferência destes para novas situações (STACCIARINI e ESPERIDIÃO, 1999).

O processo de aprendizagem é desencadeado a partir da motivação.

Ao longo do desenvolvimento cognitivo e afetivo, a constituição do sujeito se faz pela resolução de conflitos de aquisições, sendo a aprendizagem produto da

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interação das necessidades que vão se modificando e, assim, configurando novos conflitos, que influenciam a maneira como as etapas posteriores de desenvolvimento serão experimentadas.

Nesse contexto, a aprendizagem constitui-se em um dos indicadores da capacidade de aprender, relacionado especialmente para as crianças, com o seu padrão de adaptação, com o nível de desenvolvimento cognitivo; a condição cognitiva refere-se às estruturas que permitem a organização dos estímulos e do conhecimento. Os aspectos afetivos, juntamente com os cognitivos e biológicos, são comumente identificados como fatores individuais e internos da criança que, isoladamente ou em interação, determinam as condições de aprendizagem (PORTO, 2009).

Esse processo se dá no interior do sujeito, estando, entretanto, intimamente ligado às relações de troca que o mesmo estabelece com o meio, principalmente escolar: seus professores e colegas. Nas situações escolares, o interesse é indispensável para que o aluno tenha motivos de ação no sentido de apropriar-se do conhecimento (HUERTAS, 2001).

No contexto do processo de escolarização inúmeros problemas são detectados: dificuldades de coordenação motora, agressividade, falta de atenção em sala de aula, dificuldade com ordenação e muitos outros.

Além dos inúmeros fatores que possibilitam o insucesso da criança, como fatores biológicos, sociais, emocionais, pedagógicos, etc. outros motivos que levam uma criança ao fracasso escolar seriam:

Não estar amadurecida o suficiente para aprender determinados conceitos;

Não estar motivadas, com a autoestima baixa;

Ter problemas fisiológicos;

Ter problemas sociais. A aceitação por parte do professor e dos colegas, o afeto que recebem dos pais e das pessoas em geral são objetivos muito caro às crianças. Muito do que elas fazem, se esclarece quando levamos isso em consideração;

Não ter tido experiências anteriores favoráveis, ou seja, o que elas estão aprendendo no momento depende de conhecimentos que não obtiveram;

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Ter dificuldade de concentração;

Podem estar numa escola onde a forma de ensinar não está de acordo com sua forma de aprender.

É preciso ter sempre em mente que uma criança não aprende em função do professor, mas em função dela mesma, de sua autoestima, porém, tanto o professor quanto a família, são imprescindíveis para o sucesso da mesma. É necessário compreender para melhor educar. É necessário que o professor esteja atento as dificuldades que eventualmente possam surgir e se for preciso encaminhá-la a um especialista.

Segundo Porto (2009) a aprendizagem é um processo tão importante para a sobrevivência do homem, que cada vez mais, as escolas e as tecnologias estão sempre se aperfeiçoando para tornarem a aprendizagem mais eficiente. À medida que se ascende na escala animal, o período da infância, a capacidade para aprender e a importância da aprendizagem na vida do organismo aumentam, regularmente, com um correspondente decréscimo dos comportamentos inatos, denominados instintivos.

O psicopedagogo, neste contexto, tem o papel significativo de estimular ou facilitar o processo ensino-aprendizagem, e muitas vezes precisa apenas descobrir na criança o que ela já sabe.

Até o momento discorremos sobre a importância da aprendizagem, pois bem, agora podemos falar das funções da educação que segundo Paín (1992) são quatro funções interdependentes, a saber:

1. Função mantenedora – ela garante a continuidade da espécie humana ao reproduzir em cada indivíduo o conjunto de normas que regem a ação possível.

2. Função socializadora – embora a educação não ensine a comer, a falar ou cumprimentar, ela ensina que são as modalidades destas ações, regulamentadas pelas normas do manejo, da sintaxe, os códigos gestuais da comunicação. Ela leva o indivíduo a transformar-se socialmente, a identificar- se com um grupo.

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3. Função repressora – se de um lado a educação educa, de outro ela reprime no sentido de conservar e reproduzir as limitações que o poder destina a cada classe e grupo social, segundo o papel que lhes atribui na realização de seu projeto socioeconômico.

4. Função transformadora – na medida em que as contradições do sistema produzem mobilizações primariamente emotivas, os diversos grupos se mobilizam e buscam por mudanças. São atitudes revolucionárias que também passam pela educação (PAÍN, 1992).

Segundo Paín (1992), em função do caráter complexo na função educativa a aprendizagem se dá simultaneamente como instância alienante e como possibilidade libertadora.

A alfabetização, por exemplo, que sustenta um sistema opressivo baseado na eficiência e no consumo, se transforma na via necessária da conscientização e da doutrinação rebelde.

Desta forma, o sujeito que não aprende não realiza nenhuma das funções sociais da educação, acusando sem dúvida o fracasso da mesma, mas sucumbindo a esse fracasso.

Para Sara Paín, o problema de aprendizagem mais grave não é o daquele sujeito que não cumpre a norma estatística, mas sim daquele que constitui a oligotimia1 social, que produz sujeitos cuja atividade cognitiva pobre, mecânica e passiva, se desenvolve muito aquém daquilo que lhe é estruturalmente possível.

1 Palavra usada para diferenciar a oligofrenia (relacionada com o retardo mental) enquanto a primeira refere-se a carência afetiva sem apresentar nenhum problema mental.

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2 AS DIMENSÕES DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Na prática diagnóstica é necessário levar em consideração alguns aspectos ou dimensões ligados às três perspectivas2 de abordagem do fracasso escolar. Essa interligação ajudará a construir uma visão gestáltica da pluricausalidade desse fenômeno, possibilitando uma abordagem global do sujeito em suas múltiplas facetas.

2.1 Dimensão biológica

Os aspectos orgânicos estão relacionados à construção bifisiológica do sujeito que aprende. Alterações nos órgãos sensoriais impedirão ou dificultarão o acesso aos sinais do conhecimento. A construção das estruturas cognoscitivas se processa num ritmo diferente entre indivíduos normais e os portadores de deficiências sensoriais, pois existirão diferenças nas experiências físicas e sociais vividas.

Diferentes problemas do sistema nervoso central acarretarão alterações, como, por exemplo, disfasias e afasias que comprometem a linguagem e poderão ou não causar problemas de leitura e escrita.

Na realidade, crianças portadoras de alterações orgânicas recebem, na maioria das vezes, uma educação diferenciada por parte da família, o que pode levar à formação de problemas emocionais em diversos níveis, gerando dificuldades na aprendizagem escolar.

2 1 – Tipo de cultura, condições e relações político-sociais e econômicas vigentes, o tipo de estrutura social, as ideologias dominantes e as relações explícitas ou implícitas desses aspectos com a educação escolar.

2 – Análise da instituição escola

3 – Aluno enquanto aprendente (WEISS, 1992, p. 2-5)

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2.2 Dimensão cognitiva

Os aspectos cognitivos estão basicamente ligados ao desenvolvimento e funcionamento das estruturas cognoscitivas em seus diferentes domínios. Weiss (1992) inclui nessa grande área também aspectos ligados à memória, atenção, antecipação, etc., anteriormente agrupados nos chamados fatores intelectuais.

Numa visão piagetiana, o desenvolvimento cognitivo é um processo de construção que se dá na interação entre o organismo e o meio. Se esse organismo apresenta problemas desde o nascimento, o processo de construção do sujeito sofrerá alterações em seu ritmo.

2.3 Dimensão social

Os aspectos sociais estão ligados à perspectiva da sociedade em que estão inseridas a família e a escola. Inclui, além da questão das oportunidades, as questões ligadas à formação da ideologia em diferentes classes sociais.

A falsa democratização de algumas escolas em que se dá a mistura de crianças de classe média com ampla base cultural com crianças de camadas menos favorecidas da população, sendo essas últimas expelidas da escola por duas reprovações é outro exemplo do problema de dimensão social.

Essa escola que finge aceitar a diversidade cultural constrói nessas crianças a baixa autoestima, o sentimento de inferioridade que carregam para outras escolas ditas mais fáceis. Isso acontece porque na realidade, não fazem dentro da escola modificações curriculares e pedagógicas que auxiliem a criança menos favorecida a ter uma ascensão no conhecimento e se igualar com as do 1º grupo (WEISS, 1992).

2.4 Dimensão pedagógica

Os aspectos pedagógicos contribuem muitas vezes para o aparecimento de uma formação reativa aos objetos da aprendizagem escolar. Tal quadro confunde-se

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às vezes, com as dificuldades de aprendizagem originadas na história pessoal e familiar do aluno.

Nesse conjunto de fatores estão incluídas as questões ligadas à metodologia do ensino, à avaliação, à dosagem de informações, à estruturação de turmas, à organização geral, etc., que influindo na qualidade do ensino, interferem no processo ensino-aprendizagem. Segundo Weiss (1992, p. 9) ficam diminuídas assim, as condições de acesso do aluno ao conhecimento via escola.

A escola boa deveria ser estimulante para aprender, por essa razão, a função básica dos profissionais da área de educação deveria ser:

a)melhorar as condições de ensino para o crescimento constante do processo de ensino aprendizagem e assim prevenir dificuldades na produção escolar.

b)fornecer meios, dentro da escola, para que o aluno possa superar dificuldades na busca de conhecimentos anteriores ao seu ingresso na escola.

c)atenuar, ou no mínimo, contribuir para não agravar os problemas de aprendizagem nascidos ao longo da história pessoal do aluno e sua família (WEISS, 1992).

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3 OS FATORES QUE LEVAM AOS PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM

3.1 Orgânicos

Refere-se ao crescimento orgânico, maturação neurofisiológica, a capacidade de manipulação de objetos, etc. Em outras palavras:

Integridade anatômica;

Investigação neurológica;

Funcionamento glandular.

São exemplos de fatores orgânicos: a saúde física, a falta de integridade neurológica (sistema nervoso doentio), alimentação inadequada, etc.

3.2 Específicos

Estão relacionados a transtornos na área da adequação perceptivo- motora.(veremos detalhes no tópico sobre distúrbios da aprendizagem).

3.3 Psicógenos

Estão relacionadas aos fatores psicogênicos três possibilidades para o fato do não aprender: Na primeira, este constitui um sintoma e, portanto, supõe a prévia repressão de um acontecimento que a operação de aprender de alguma maneira significa; na segunda, trata-se de uma retratação intelectual do ego. Tal retratação ocorre em três oportunidades: sexualização dos órgãos, evitação do erro ou compulsão ao fracasso diante do êxito, como castigo á ambição do ser; e a terceira, quando o ego está absorvido em outra tarefa psíquica que compromete toda a energia disponível.

"

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São exemplos de fatores psicológicos: Inibição, fantasia, ansiedade, angustia, inadequação à realidade, sentimento generalizado de rejeição.

3.4 Ambientais

Interessa neste momento as características de moradia, bairro, escola, lazer, acesso a jornais, rádio, etc. Este fator é determinante no diagnóstico, na medida em que nos permite compreender sua coincidência com a ideologia e os valores vigentes no grupo. O paciente deve ser avaliado através de seu nível de consciência e participação.

São exemplos de fatores ambientais: o tipo de educação familiar, o grau de estimulação que a criança recebeu desde os primeiros dias de vida, a influência dos meios de comunicação, etc.

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4 OS DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM

Segundo Nutti (2002) definir e distinguir distúrbio, transtorno e dificuldades e/ou problemas de aprendizagem é uma das mais inquietantes problemáticas para aqueles que atuam no diagnóstico, prevenção e reabilitação do processo de aprendizagem, pois envolve uma vasta literatura fundamentada em concepções nem sempre coincidentes ou convergentes.

Etimologicamente, a palavra distúrbio compõe-se do radical turbare e do prefixo dis. O radical turbare significa “alteração violenta na ordem natural” e pode ser identificado também nas palavras turvo, turbilhão, perturbar e conturbar. O prefixo dis tem como significado “alteração com sentido anormal, patológico” e possui valor negativo. O prefixo dis é muito utilizado na terminologia médica (por exemplo: distensão, distrofia). Em síntese, do ponto de vista etimológico, a palavra distúrbio pode ser traduzida como “anormalidade patológica por alteração violenta na ordem natural” (COLLARES E MOYSES, 1992).

Portanto, um distúrbio de aprendizagem obrigatoriamente remete a um problema ou a uma doença que acomete o aluno em nível individual e orgânico (NUTTI, 2002).

De acordo com Carvalho (2009) na aprendizagem escolar, existem os seguintes elementos centrais, para que o desenvolvimento escolar ocorra com sucesso: o aluno, o professor e a situação de aprendizagem. As teorias de aprendizagem têm em comum o fato de assumirem que indivíduos são agentes ativos na busca e construção de conhecimento, dentro de um contexto significativo.

O processo de aprender exige uma integração entre cognição, afetividade e a ação e, nas pessoas que não apresentam dificuldades, esta integração flui, permitindo a aprendizagem.

Já aqueles que por algum motivo apresentam dificuldades, esta integração aparece obstaculizada, desorganizada, o que provoca muita tensão diante das situações de aprender. O não conseguir aprender por repetidas vezes faz com que o aprendiz forme de si uma imagem de fracasso e se iniba ou se afaste de novas situações de aprendizagem.

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Barbosa (1999) assevera que “este afastamento vai impedindo a sua evolução cognitiva e inibindo o seu desejo de aprender, o que gera desconforto diante de novas aprendizagens, provocando por certo um novo fracasso”.

Uma dificuldade de aprendizagem é um transtorno permanente que afeta a maneira pela qual, os indivíduos com inteligência normal e acima da média selecionam, retém e expressam informações. As informações que entram ou que saem podem ficar desordenadas conforme viajam entre os sentidos e o cérebro.

As dificuldades de aprendizagem devem ser consideradas como uma causa possível se uma criança tem dificuldade em um ou mais dos seguintes aspectos:

Pensar claramente;

Escrever legivelmente;

Soletrar com exatidão;

Aprender a ler;

Aprender a calcular;

Copiar formas;

Recordar fatos

Seguir instruções;

Colocar coisas em sequência.

Ou seja, ela frequentemente fica confusa, é impulsiva, hiperativa ou desorientada, tornando-se frustrada e rebelde, deprimida, retraída ou agressiva.

O professor deve estar preparado para identificar possíveis distúrbios/dificuldades no processo de aprendizagem, enfocando aspectos orgânicos, afetivos e pedagógicos, durante todo o processo.

Para Paín (1992) os Distúrbios, Dificuldades e Problemas de Aprendizagem, sem dúvida, são os mais inter e multidisciplinar dos temas, porque requer o envolvimento dos vários aspectos: psicológicos, orgânicos e sociais, e mescla, em seu atendimento, os conceitos das diversas áreas: Psicologia, Fonoaudiologia, Psicomotricidade e Sociologia.

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O termo “transtorno” é usado por toda a classificação, de forma a evitar problemas ainda maiores inerentes ao uso de termos tais como “doença” ou

“enfermidade”. “Transtorno” não é um termo exato, porém é usado para indicar a existência de um conjunto de sintomas ou comportamentos clinicamente reconhecível associado, na maioria dos casos, a sofrimento e interferência com funções pessoais (CID - 10, 1993, p. 5).

Dentre vários outros autores, Fernández (1991) também considera as dificuldades de aprendizagem como sintomas ou “fraturas” no processo de aprendizagem, onde necessariamente estão em jogo quatro níveis: o organismo, o corpo, a inteligência e o desejo. A dificuldade para aprender, segundo a autora, seria o resultado da anulação das capacidades e do bloqueamento das possibilidades de aprendizagem de um indivíduo e, a fim de ilustrar essa condição, utiliza o termo inteligência aprisionada.

Reforçamos que a aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais e resultante do desenvolvimento de aptidões e de conhecimentos, bem como da transferência destes para novas situações.

A aprendizagem é o processo através do qual a criança se apropria ativamente do conteúdo da experiência humana, daquilo que o seu grupo social conhece. Para que a criança aprenda, ela necessitará interagir com outros seres humanos, especialmente com os adultos e com outras crianças mais experientes.

Sobre a psicopedagogia, os distúrbios e dificuldades de aprendizagem constituem-se os objetos de estudos desse profissional, ou seja, é por causa deles que o profissional existe. Ao ser procurado pela escola, pelo professor ou pela família tendo conhecimento do problema, ele poderá analisar e refletir a respeito:

a) Da aprendizagem e seu processo de escolarização;

b) Dos fatores que influenciam na aprendizagem humana e as causas do fracasso escolar;

c) Da diferença entre Distúrbios, Dificuldades e Problemas de Aprendizagem e finalmente;

d) Da importância da Psicomotricidade como recurso de atendimento psicopedagógico.

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É preciso ter sempre em mente que uma criança não aprende em função do professor, mas em função dela mesma, de sua autoestima, porém, tanto o professor quanto a família, são imprescindíveis para o sucesso da mesma.

Enfim, a importância e aplicabilidade prática de conhecer os distúrbios de aprendizagem, reside justamente no fato da necessidade do professor estar atento as dificuldades que eventualmente possam surgir e se for preciso encaminhá-la a um especialista. E ao psicopedagogo, neste contexto, cabe o papel significativo de estimular ou facilitar o processo ensino-aprendizagem, e muitas vezes precisa apenas descobrir na criança o que ela já sabe.

Pela intensidade com que apresentam os sintomas e comportamentos infantis, pela duração em que eles têm na vida escolar e pela participação do lar e da escola nos processos problemáticos, fica difícil para o professor identificar os problemas de aprendizagem de seu aluno.

Na verdade quando o ato de aprender se apresenta problemático, é preciso uma avaliação muito mais abrangente e minuciosa, cabendo ao especialista Psicopedagogo realizá-la, a fim de identificar causas, e planejar possíveis correções.

Quando falamos de aprendizagem estamos nos referindo a um processo global de crescimento, pois toda aprendizagem desencadeia, em algum sentido, crescimento individual ou grupal.

A aprendizagem infantil, no que tange ao processo escolar em geral, está intimamente relacionada ao desenvolvimento da criança, às figuras representativas desta aprendizagem (escola, professores), ambiente de aprendizagem formal, condições orgânicas, condições emocionais e estrutura familiar.

Qualquer intercorrência em um ou mais destes fatores, pode influenciar direta ou indiretamente o processo de aquisição da aprendizagem.

Eis que agora precisamos definir linguagem para continuarmos nosso caminho sobre os distúrbios de aprendizagem.

Podemos definir linguagem como um instrumento que, através de diversas formas, o ser humano utiliza para se comunicar.

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A comunicação ocorre através de gestos, expressões faciais, fala e escrita formal obedecendo as regras da comunidade linguística na qual está inserida.

Diversas são as alterações que podem ser diagnosticadas durante o processo de aprendizagem e consequentemente, o processo educacional em geral, como desempenho e qualidade globais.

O atraso na linguagem traduz-se pela ausência da mesma na idade em que, normalmente, ela se manifesta.

Caracteriza-se pela permanência de certos padrões linguísticos além da fase da idade cronológica.

No atraso simples ou moderado observa-se a redução de padrões fonológicos. No atraso grave de linguagem a criança apresenta todos os padrões fonológicos reduzidos e também os padrões morfossintáticos estão muito reduzidos com, praticamente, ausência dos elementos de ligação e estruturas frasais primitivas.

Sendo o atraso propriamente dito, apresenta transtornos nas demais áreas de linguagem podendo estar implicados os mecanismos de memória imediata.

Dificuldades oro-motoras acompanham o atraso de linguagem necessitando de um maior enriquecimento ou ajustamento das sensações proprioceptivas, facilitando a fixação dos padrões fonológicos corretos.

São várias as classificações para os distúrbios de aprendizagem.

Basicamente temos dificuldades nos planos da leitura, da escrita e da matemática.

Outras mais globais seriam de origem afetiva.

Falaremos um pouco de cada uma delas, salientando que inúmeros autores debruçam sobre o tema e são inúmeras as dicas ou maneiras de definir as dificuldades, mas isso requer tempo e experiência por parte do profissional.

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4.1 Dificuldades Escolares Globais de origem Afetiva

Os atrasos globais do desenvolvimento são caracterizados pelo atraso psicomotor, da linguagem oral e da comunicação em geral, estando a criança defasada em diversas áreas do desenvolvimento com ou sem problemas motores.

Aspectos cognitivos e perceptivos também podem acompanhar o Atraso Global de Desenvolvimento.

Os padrões esperados para cada faixa etária dependem, além da estimulação ambiental com qualidade, da maturação neurológica.

No quadro de atraso da linguagem devemos ressaltar a disfasia onde existem, quase sempre, problemas de compreensão e sua evolução terapêutica é muito lenta.

Os fatores emocionais permeiam toda e qualquer relação que o indivíduo faça ou venha a fazer consigo mesmo ou com o mundo exterior, o fator emocional e sua estrutura não devem ser desprezados.

Levando-se em conta a estrutura familiar, social e as relações estabelecidas entre si e o meio e a forma com que estas relações são feitas, influenciam, sem dúvida, o desenvolvimento do processo de aprendizagem.

A maneira de encarar novas informações, a relação com este “novo” e a disponibilidade da criança para permitir-se a aprender, estão intrinsecamente ligadas com suas condições psicológicas.

A criança de seis anos que ingressa na escola básica acha-se bruscamente confrontada com uma situação nova à qual terá de adaptar-se rapidamente. Os problemas com os quais ela vai envolver-se implicam, em muitos casos, uma reconsideração dos hábitos e atitudes anteriores. Particularmente confrontava-se com o problema de sua própria eficácia, já que deve submeter-se às aprendizagens e ser bem sucedida de acordo com um ritmo que, na maioria dos casos não leva em conta suas possibilidades reais (LE BOULCH, 1983).

Esta exigência de desempenho é exacerbada pelas comparações feitas de uma criança a outra e este ambiente competitivo passará, rapidamente, a ter para ela uma significação afetiva, e até mesmo moral, na medida em que as noções de

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bons e maus alunos se desprenderão naturalmente do êxito ou do fracasso. A situação da criança torna-se ainda mais difícil pela exigência dos pais que se sentem pessoalmente implicados, e até traídos, quando seus filhos não chegam no nível das outras crianças (LE BOULCH, 1983).

Esta análise sucinta põe em evidência o fato de que a aprendizagem escolar definida como conteúdo é inseparável das condições das relações dentro da quais ela é exercida. Compreende-se, então, que os problemas encontrados possa situar- se, conforme o caso, mais no polo afetivo ou mais no plano funcional (ATHAR, 2004).

Durante o período escolar, seria possível, apoiando-nos nas atividades de expressão espontânea realizadas em grupos, despistar entraves como inibição, a insegurança, as dificuldades de comunicação, os atrasos de linguagem. A exploração das situações lúdicas e do trabalho voltado para a imagem do corpo num clima de segurança criado pela educadora, deveria permitir às crianças, vítimas de carências afetivas ou, ao contrário, superprotegidas, a recuperação de uma parte de seu atraso no plano funcional e, abordar o curso preparatório em melhores condições (ATHAR, 2004).

4.2 Dificuldade da leitura

A leitura é a possibilidade própria que cada uma das pessoas tem de dotar de sentido e de significado, seja ela textos escritos, desenhos, comportamentos, expressões e outros.

É fato que os indivíduos não nascem sabendo ler, mas também é fato que não aprendem a fazê-lo apenas quando entram na escola (CHARTIER, 1998).

Com as crianças não é em nada diferente, uma vez que desde muito cedo elas distinguem seus pertences dos de seus colegas, conhecem sua mãe e parentes mais próximos, dias de sol, dias de chuva, dentre muitas outras coisas de nada valerá se essas crianças não dominarem o saber ler e escrever. Ao não saberem lidar livremente com sua língua, sem dúvida alguma sofrerão exclusão social e ainda

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pior, serão cidadãos privados de parte de seus direitos, e ainda de assumirem seus deveres, deixando então de lutar por seus desejos.

O trabalho escolar não pode minimizar o conceito de leitura e nem a necessidade que cada criança tem de se relacionar com sua língua, de forma ampla, criativa e autônoma. Não se trata de só trabalhar para que as crianças aprendam a ler, mas sim trabalhar para que elas façam uso da linguagem em sua plenitude, riqueza e complexidade em espaços de interlocução permanente.

Os aspectos funcionais do aprendizado da leitura

Percebem-se três grandes causas funcionais nos problemas de leitura escrita: os déficits da função simbólica que podem ser observados nas debilidades, os atrasos ou os defeitos de linguagem e os problemas essencialmente psicomotores.

Relacionar os problemas de orientação com a dificuldade de aprendizado da leitura é algo clássico e que sobressai da evidência. Da observação desta concordância, passa-se logo a fazer uma relação de causa e efeito. Na verdade, felizmente, não é necessário que uma criança tenha podido verbalizar sua direita ou sua esquerda para que possa ser confrontada com o aprendizado da leitura.

O problema é muito mais profundo. Não concerne apenas ao papel perceptivo, mas surge de uma dificuldade muito mais fundamental que atinge a organização de seu corpo próprio. A dificuldade de orientação e o problema de leitura não passam de dois sintomas ligados à mesma causa: a dislateralidade.

A lateralização é a tradução de uma assimetria funcional. Os espaços motores que correspondem ao lado direito a ao lado esquerdo do corpo não são homogêneos. Esta desigualdade vai particularizar-se no decorrer do desenvolvimento e consolidar-se quando os ajustamentos práxicos de natureza intencional. No maior número de casos, esta lateralização é homogênea e sem ambiguidade. Noutros, ao contrário, e particularmente no caso dos canhotos, podemos observar discordância.

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As discordâncias que reterão aqui nossa atenção concorrem às que atingem a organização do olhar e a organização da prevalência manual. As nossas próprias observações nos permitem afirmar que em muitos casos de dislexia, constata-se uma dominância cruzada da mão e da visão.

A leitura de um texto é feita graças a uma sucessão de movimentos oculares bruscos e ritmados, orientados obrigatoriamente da esquerda para a direita. A organização desta motricidade ocular é muito precoce.

Distúrbio da leitura

Dentro dos distúrbios da leitura temos:

Dislexia: Neurologicamente conceituando, trata-se da incapacidade de compreensão do que se lê, devido à lesão no sistema nervoso central. Porém muitas vezes esta condição apresenta-se sem qualquer comprometimento neurológico, neste caso, dislexia poderá ser considerada a condição em que o aluno consegue ler, mas experimenta fadiga e sensações desagradáveis.

As crianças disléxicas são maus leitores, uma vez que são capazes de ler, mas não de entender o que leram de maneira eficiente.

Os disléxicos em geral são inteligentes, habilidosos, mas apresentam esse quadro de dificuldade desde muito cedo, quando ainda na Educação Infantil, onde deve ser trabalhado uma forma de melhorar esse quadro.

Uma criança disléxica encontra dificuldade para ler, e essas frustrações acumuladas podem conduzir a criança a demonstrar comportamentos anti-sociais, agressivos, resultando então em uma situação de marginalização progressiva da criança (CASANOVA, 1997 apud MARTINS, 2006).

Quando os educadores se deparam com crianças inteligentes, saudáveis, mas com dificuldades de ler e entender o que leram, devem investigar imediatamente se há algum caso de dislexia na família. Em geral, a história pessoal de uma criança dislexia, traz traços comuns, como o atraso de aquisição da linguagem, atraso de locomoção, problemas com lateralidade e outros.

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O diagnóstico da dislexia deve ser precoce, ou seja, já nos primeiros anos de escolaridade da criança, prevenindo assim, futuros problemas de fundo emocional.

São muitas as dificuldades encontradas em crianças com dislexia. Segundo Martins (2002) temos:

Dificuldade para ler orações e palavras simples.

A pronúncia ou a soletração de palavras monossilábicas é uma dificuldade

evidente nos disléxicos.

As crianças ou adultos disléxicos invertem as palavras de maneira total ou parcial, por exemplo: “casa” é lida “saca”. Uma coisa é uma brincadeira ou um jogo de palavras, observando a produtividade morfológica ou sintagmática dos léxicos de uma língua, uma outra coisa é, sem intencionalidade, a criança ou adulto trocar a sequência de grafemas.

Invertem as letras ou números, por exemplo: /p/ por /b/, /d/ por /b/, /3/ por /5/

ou /8/, /6/ por /9/ especialmente quando na escrita minúscula ou em textos manuscritos escolares. Assim, é patente a confusão de letras de simetria oposta.

A ortografia é alterada, podendo estar ligada à chamada CONSCIÊNCIA

FONOLÓGICA (alterações no processamento auditivo).

Copiam de forma errada as palavras, mesmo observando na lousa ou no livro como são escritas. Em geral, as professoras ficam desesperadas: como podem - pensam e reclamam - ela está vendo a forma correta e escreve exatamente o contrário? Ora, o processamento da informação léxica, que é de ordem cerebral, está invertida ou simplesmente deficiente.

As crianças disléxicas conhecem o texto ou a escrita, mas usam outras palavras, de maneira involuntária. Trocam as palavras quando lêem ou escrevem, por exemplo: “gato” por “casa”.

Têm as crianças disléxicas dificuldades em distinguir a esquerda e a direita.

Alteração na sequência das letras que formam as sílabas e as palavras.

Confusão de palavras parecidas ou opostas em seu significado. Os

homônimos, isto é, palavras semelhantes (seção, cessão e seção) são uma dificuldade nas crianças disléxicas.

(24)

Os erros na separação das palavras.

Os disléxicos sofrem com a falta de rapidez ao ler. A leitura é sem modulação e sem ritmo. Os disléxicos, às vezes, com muito sacrifício, decodificam as palavras, mas não conseguem ter compreensão.

Os disléxicos têm falhas na construção gramatical, especialmente na

elaboração de orações complexas (coordenadas e subordinadas) na hora da redação espontânea (MARTINS, 2002, ESTILL, 2006).

Em anexo temos uma lista de sintomas encontrados em disléxicos.

4.3 Dificuldade da escrita

A escrita é antes de qualquer coisa, um aprendizado motor. A aquisição desta prática específica, particularmente complexa, exige que se eduque a função de ajustamento. Antes que a criança aprenda a ler, o trabalho psicomotor terá como objetivo proporcionar-lhe uma motricidade espontânea, coordenada e rítmica, que será o melhor aval para evitar os problemas de escrita.

A habilidade manual será desenvolvida, quer pela utilização da modelagem do recorte, da colagem, quer por exercício de dissociação ao nível da mão e dos dedos, que identificamos como exercícios de percepção do corpo próprio fazendo atuar a função de interiorização. O ritmo do traçado e sua orientação da esquerda para a direita serão melhorados pelos exercícios gráficos baseados nas formas da pré-escrita, como as diferentes hélices e guirlandas. O controle da velocidade e a manutenção de sua constância serão obtidos por exercícios em séries crescentes e decrescente. O trabalho que chamamos de controle tônico assume igualmente uma enorme importância.

Portanto, é essencial para a criança dispor de uma motricidade espontânea, rítmica, liberada e controlada, sobre a qual o professor poderá apoiar-se.

Aqui encontramos a disgrafia e a disortografia.

Disgrafia:

(25)

É a dificuldade em passar para a escrita o estímulo visual ou a percepção da

“coisa”. Caracteriza-se pelo lento traçado das letras, em geral são ilegíveis.

Existem vários níveis da disgrafia, desde a incapacidade de segurar um lápis e traçar uma linha, até a apresentada por crianças que são capazes de fazer desenhos simples, mas não cópias de palavras do quadro.

As principais características das crianças disgráficas são:

Apresentação desordenada do texto;

Margens mal feitas ou inexistentes;

Espaço irregular entre palavras, linhas e entrelinhas;

Traçado de má qualidade;

Distorção de formas de letra e, Separação inadequada de letras.

Obs.: Todas as crianças canhotas, como aquelas que ainda não aprenderam a dominância lateral definida, estão sujeitas à disgrafia, se não forem devidamente orientadas quanto à postura, posição do papel e a apreensão do lápis (MARTINS, 2006).

Disortografia

Caracteriza-se pela incapacidade de transcrever corretamente a linguagem oral, havendo trocas ortográficas e confusão de letras. Essa dificuldade não implica na diminuição da qualidade do traçado das letras.

As trocas ortográficas são normais nas séries iniciais, porque a relação entre palavra impressa e os sons ainda não estão totalmente dominadas.

As principais características das crianças que apresentam disortografia costumam ser:

Confusão de letra (consoantes surdas por sonoras: f/v; p/b; ch/j);

Confusão de sílabas com tonicidades semelhantes;

Confusão de letras simétricas (b/d; q/p) e semelhantes (e/a; b/h; f/t).

(26)

4.4 Dificuldade no raciocínio Matemático

Discalculia:

Falha na aquisição da capacidade e na habilidade de lidar com conceitos e símbolos matemáticos. Basicamente, a dificuldade está no reconhecimento do número e do raciocínio matemático. Atinge de 5 a 6% da população com problemas de aprendizagem e envolve dificuldades na percepção, memória, abstração, leitura, funcionamento motor; combina atividades dos dois hemisférios.

4.5 Outros déficits

Os déficits cognitivos podem ser causados por lesões neurológicas ou por alterações perceptivas graves e não valorizadas precocemente que levem ao desenvolvimento aquém das possibilidades da criança.

No caso das síndromes neurológicas podemos citar, por exemplo, aberrações cromossômicas: Síndrome do 21, Síndrome de Turner, Síndrome Klinefelter.

Erros inatos ao metabolismo e transtornos endócrinos, também são responsáveis por desenvolvimento de déficits cognitivos.

Também consideramos, como causa dos mesmos, transtornos endócrinos, patologias pré-natais (rubéola, sífilis, uso de medicamentos); peri-natais (prematuridade e imaturidade, sofrimento neo-natal); pós-natais (encefalites, meningites, etc.).

Os déficits perceptivos - As capacidades de percepção visual e auditiva, permitem captação dos estímulos ambientais e sua decodificação.

A linguagem vai se estruturando à medida em que esses fatores (visão e audição) se desenvolvem, juntamente com a maturação neurológica e as habilidades psicomotoras.

Necessárias para um adequado desempenho da escrita e da leitura a visão e suas áreas perceptivas (coordenação viso-motora, posição no espaço, relação

(27)

espacial, constância de percepção e figura-fundo), bem como a audição e suas habilidades (atenção, localização e discriminação) formam e estruturam a base desta formalização da escrita e da leitura e interpretação da mesma.

A síndrome TDAH - A Síndrome do Déficit de Atenção com Hiperatividade – TDAH, faz com que a criança apresente características como:

Dificuldade de concentração;

Impulsividade;

Dificuldade de manutenção de atenção mesmo durante as brincadeiras;

Parece não escutar quando é chamado;

Não termina as atividades;

Perde com facilidade os objetos;

Facilidade para distrair-se com estímulos externos;

Movimento frequente de mãos ou pés;

Dificuldade de permanecer sentado;

Dificuldade em se engajar em jogos ou atividades de leitura onde necessita permanecer sentado

Para se obter um diagnóstico seguro desta Síndrome é necessário que a criança seja avaliada por uma equipe multidisciplinar que inclui neuropsicologia, fonoaudiologia, psicologia, neurologia e que estejam presentes ao menos em seis das características acima citadas.

Certamente esta Síndrome influenciará na qualidade do desenvolvimento da aprendizagem escolar e muitas vezes defasagem em alguma área relacionada com a linguagem.

(28)

REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS

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BARBOSA, L. M. S. O projeto de trabalho: uma forma de atuação psicopedagógica. Curitiba. Ed. Gráfica Arins, 1999.

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"

(29)

MARTINS, Vicente. Educação Especial, Dislexia e Gafes Linguísticas (2006).

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WEISS, Maria Lucia L. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.

(30)

ANEXOS

SINAIS ENCONTRADOS EM DISLÉXICOS

A dislexia vai emergir, normalmente, nos momentos iniciais da aprendizagem da leitura e da escrita, usualmente não antes do final da primeira ou segunda série. Contudo, está se tornando progressivamente claro que precursores da dislexia estão presentes antes da idade escolar (ESTILL, 2006).

Quando já na pré-escola apresenta alguns sinais e sintomas, embora não sejam suficientes para se fechar um diagnóstico, vale prestar atenção:

Fraco desenvolvimento da atenção.

Falta de capacidade para brincar com outras crianças.

Atraso no desenvolvimento da fala e escrita.

Atraso no desenvolvimento visual.

Falta de coordenação motora.

Dificuldade em aprender rimas/canções.

Falta de interesse em livros impressos.

Dificuldade em acompanhar histórias.

Dificuldade com a memória imediata e organização geral (ESTILL, 2006).

Sintomas na primeira infância

Atraso no desenvolvimento motor desde a fase do engatinhar, sentar e andar;

Atraso ou deficiência na aquisição da fala, desde o balbucio á pronúncia de palavras;

Parece difícil para essa criança entender o que está ouvindo;

Distúrbios do sono;

Enurese noturna;

Suscetibilidade à alergias e à infecções;

Tendência à hiper ou a hipo-atividade motora;

Chora muito e parece inquieta ou agitada com muita freqüência;

Dificuldades para aprender a andar de triciclo;

"

(31)

Dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares.

A partir dos 7 anos

1. Pode ser extremamente lento ao fazer seus deveres:

2. Ao contrário, seus deveres podem ser feitos rapidamente e com muitos erros;

3. Copia com letra bonita, mas tem pobre compreensão do texto ou não lê o que escreve;

4. A fluência em leitura é inadequada para a idade;

5. Inventa, acrescenta ou omite palavras ao ler e ao escrever;

6. Só faz leitura silenciosa;

7. Ao contrário, só entende o que lê, quando lê em voz alta para poder ouvir o som da palavra;

8. Sua letra pode ser mal grafada e, até, ininteligível; pode borrar ou ligar as palavras entre si;

9. Pode omitir, acrescentar, trocar ou inverter a ordem e direção de letras e sílabas;

10. Esquece aquilo que aprendera muito bem, em poucas horas, dias ou semanas;

11. É mais fácil, ou só é capaz de bem transmitir o que sabe através de exames orais;

12. Ao contrário, pode ser mais fácil escrever o que sabe do que falar aquilo que sabe;

13. Tem grande imaginação e criatividade;

14. Desliga-se facilmente, entrando "no mundo da lua";

15. Tem dor de barriga na hora de ir para a escola e pode ter febre alta em dias de prova;

16. Porque se liga em tudo, não consegue concentrar a atenção em um só estímulo;

17. Baixa autoimagem e autoestima; não gosta de ir para a escola;

18. Esquiva-se de ler, especialmente em voz alta;

19. Perde-se facilmente no espaço e no tempo; sempre perde e esquece seus pertences;

(32)

20. Tem mudanças bruscas de humor;

21. É impulsivo e interrompe os demais para falar;

22. Não consegue falar se outra pessoa estiver falando ao mesmo tempo em que ele fala;

23. É muito tímido e desligado; sob pressão, pode falar o oposto do que desejaria;

24. Tem dificuldades visuais, embora um exame não revele problemas com seus olhos;

25. Embora alguns sejam atletas, outros mal conseguem chutar, jogar ou apanhar uma bola;

26. Confunde direita – esquerda, em cima – em baixo; na frente – atrás;

27. É comum apresentar lateralidade cruzada; muitos são canhestros e outros ambidestros;

28. Dificuldade para ler as horas, para sequências como dia, mês e estação do ano;

29. Dificuldade em aritmética básica e/ou em matemática mais avançada;

30. Depende do uso dos dedos para contar, de truques e objetos para calcular;

31. Sabe contar, mas tem dificuldades em contar objetos e lidar com dinheiro;

32. É capaz de cálculos aritméticos, mas não resolve problemas matemáticos ou algébricos;

33. Embora resolva cálculo algébrico mentalmente, não elabora cálculo aritmético;

34. Tem excelente memória de longo prazo, lembrando experiências, filmes, lugares e faces;

35. Boa memória longa, mas pobre memória imediata, curta e de médio prazo;

36. Pode ter pobre memória visual, mas excelente memória e acuidade auditivas;

37. Pensa através de imagem e sentimento, não com o som de palavras;

38. É extremamente desordenado, seus cadernos e livros são borrados e amassados;

39. Não tem atraso e dificuldades suficientes para que seja percebido e ajudado na escola;

40. Pode estar sempre brincando, tentando ser aceito nem que seja como

"palhaço";

33

(33)

escrita;

42. Tem pré-disposição à alergias e à doenças infecciosas;

43. Tolerância muito alta ou muito baixa à dor;

44. Forte senso de justiça;

45. Muito sensível e emocional, busca sempre a perfeição que lhe é difícil atingir;

46. Dificuldades para andar de bicicleta, para abotoar, para amarrar o cordão dos sapatos;

47. Manter o equilíbrio e exercícios físicos são extremamente difíceis para muitos disléxicos;

48. Com muito barulho, o disléxico se sente confuso, desliga e age como se estivesse distraído;

49. Sua escrita pode ser extremamente lenta, laboriosa, ilegível, sem domínio do espaço na página;

50. Cerca de 80% dos disléxicos têm dificuldades em soletração e em leitura.

Estill (2006) salienta que é preciso ter uma especial atenção com as crianças que gostam de conversar, são curiosas, entendem e falam bem, mas aparentam desinteresse em ler e escrever. Segundo ela, seria interessante, no caso de crianças leitoras, oferecer um mesmo problema matemático, escrito e oral, e comparar as respostas, pois, frequentemente encontramos respostas diferentes, corretas na questão oral e incorreta na mesma questão escrita. Isto é, a mesma criança que parece não saber resolver um problema matemático por escrito, poderá ter um desempenho surpreendente quando o mesmo problema lhe é apresentado oralmente. Esta situação exemplifica como podemos confundir os sinais - a dificuldade não é na aprendizagem da matemática, mas na leitura.

(34)

1) Segundo Paín, a escola possui quatro funções interdependentes. Qual das funções corresponde à seguinte fala: “ela garante a continuidade da espécie humana ao reproduzir em cada indivíduo o conjunto de normas que regem a ação possível”.

A( )função mantenedora.

B( )função socializadora.

C( )função repressora.

D( )função transformadora.

2) ” A falsa democratização de algumas escolas em que se dá a mistura de crianças de classe média com ampla base cultural com crianças de camadas menos favorecidas da população, sendo essas últimas expelidas da escola por duas reprovações”. De qual dimensão estamos falando? Assinale a alternativa correta.

A( )dimensão pedagógica.

B( )dimensão social.

C( )dimensão orgânica.

D( )dimensão cognitiva.

3) Estão relacionadas aos fatores psicogênicos três possibilidades para o fato do não aprender. A segunda possibilidade representa a retratação intelectual do ego.

Essa retração acontece em três oportunidades. Quais são elas? Assinale a opção correta.

A( )sexualização dos órgãos.

B( )evitação do erro.

C( )compulsão ao fracasso diante do êxito.

D( )todas as alternativas acima estão corretas.

4) Que tipo de transtorno são caracterizados pelo atraso psicomotor, da linguagem oral e da comunicação em geral, estando a criança defasada em diversas áreas do desenvolvimento com ou sem problemas motores? Assinale a alternativa correta.

A( )transtornos invasivos do desenvolvimento.

B( )transtornos globais do desenvolvimento.

C( )transtornos de leitura.

D( )transtornos de escrita.

5) A leitura de um texto é feita graças a uma sucessão de movimentos oculares bruscos e ritmados, orientados obrigatoriamente da esquerda para a direita. A organização desta motricidade ocular é muito precoce. Qual das opções abaixo nos apresenta um distúrbio de leitura?

(35)

C( )dislexia D( )disortografia

6) A é a tradução de uma assimetria funcional. Os espaços motores que correspondem ao lado direito a ao lado esquerdo do corpo não são homogêneos. Esta desigualdade vai particularizar-se no decorrer do desenvolvimento e consolidar-se quando os ajustamentos práxicos de natureza intencional.

a)lateralização b)centralização

c)falta de coordenação motora fina d)n.r.a.

7) Qual das opções abaixo representa a dificuldade em passar para a escrita o estímulo visual ou a percepção da “coisa” e caracteriza-se pelo lento traçado das letras, em geral são ilegíveis?

a)dislexia b)disgrafia c)disortografia d)n.r.a.

8) Qual das dificuldades abaixo atinge de 5 a 6% da população com problemas de aprendizagem e envolve dificuldades na percepção, memória, abstração, leitura, funcionamento motor; combina atividades dos dois hemisférios?

a)metacalculia b)acalculia c)discalculia d)n.r.a.

9) Os podem ser causados por lesões neurológicas ou por alterações perceptivas graves e não valorizadas precocemente que levem ao

desenvolvimento aquém das possibilidades da criança. No caso das síndromes neurológicas podemos citar, por exemplo, aberrações cromossômicas: Síndrome do

21, Síndrome de Turner, Síndrome Klinefelter. Qual das opções completa a lacuna acima?

a)déficits cognitivos b)déficits de atenção c)déficits mentais d)n.r.a.

10)Sobre os sinais encontrados em disléxicos, apresentamos inúmeros deles. Faça as devidas correspondências e assinale a alternativa correta:

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(1) Na primeira infância (2) A partir dos 7 anos

( ) Atraso ou deficiência na aquisição da fala, desde o balbucio á pronúncia de palavras.

( ) Frustra-se facilmente com a escola, com a leitura, com a matemática, com a escrita.

( ) Distúrbios do sono.

( ) Tolerância muito alta ou muito baixa à dor.

( ) Enurese noturna.

a)2-1-1-2-1 b)1-1-2-2-2 c)1-2-1-2-1 d)2-2-1-1-2

Referências

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