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AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DA PLANTA COMIGO-NINGUÉM- PODE (DIEFFENBACHIA SPP.), NO CONTROLE DO TRIBOLIUM CASTANEUM EM GRÃOS DE MILHO.

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AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DA PLANTA COMIGO-NINGUÉM- PODE (DIEFFENBACHIA SPP.), NO CONTROLE DO TRIBOLIUM

CASTANEUM EM GRÃOS DE MILHO.

Janaína de Assis Silva1 Antônio Florentino de Lima Júnior2 Itamar Pereira de oliveira3 Gisley de Souza Brito4 Dariane Bianca da Silva5 Urcácia Ricardo de Lima Silva 5

Sanmia Shunm de Oliveira Jesus Costa 5

RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo avaliar a toxicidade do pó da planta comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia spp.) sobre o Tribolium castaneum, uma das principais pragas de grãos armazenados que causa deterioração em cereais moídos, grãos defeituosos ou quebrados. Os insetos-praga proporcionam grandes perdas as unidades armazenadoras e aos agricultores através do seu ataque, o que resulta na perca da qualidade e depreciação produto que está sendo armazenado. O pó utilizado no experimento foi obtido a partir da dessecação das folhas em estufa a 40°C por 48 horas, carbonização e maceramento das mesmas. As unidades experimentais foram constituídas de 25 potes. Em cada pote havia uma gaiola, contendo 50 gramas de milho sem expurgo e 10 insetos. As dosagens utilizadas nos ensaios foram 0; 0,25; 0,50; 0,75 e 1 g com 5 repetições. A avaliação da mortalidade dos insetos foi realizada após 10 dias. Através dos resultados obtidos ao final deste experimento, foi possível verificar que o pó de Dieffenbachia spp. não apresentou efeitos letais sobre os T. castaneum.

PALAVRAS-CHAVES: Alternativa de controle, Besouro-castanho, Inseticida botânico.

ABSTRACT: This study aims to evaluate the toxicity of the dust from the plant to me- nobody-can (Dieffenbachia spp.) on Tribolium castaneum, a major pest of stored grains that cause deterioration in ground cereals, defective or broken beans. Insect pests provide large storage units and the losses to farmers through its attack, which results in loss of product quality and depreciation that is being stored. The powder used in the experiment was obtained from the leaves drying in an oven at 40 ° C for 48 hours, and carbonizing macerate thereof.

The experimental unit consisted of 25 pots. In each pot there was a cage containing 50 grams of corn without purging and 10 insects. Dosages used in the tests were 0; 0.25; 0.50; 0.75 and 1g with 5 replications. Evaluation of insect mortality was performed after 10 days. The results obtained at the end of this experiment, it ware verified that the powder Dieffenbachia spp.

showed no lethal effect on T. castaneum.

KEYWORDS: Alternatively control, Beetle-brown, Botanical insecticide.

1Acadêmica do curso de Engenharia Agronômica da Faculdade Montes Belos. agronomia@fmb.edu.br

2 Prof. Mestre em Eng. Agricola, Faculdade Montes Belos.

3Prof. PhD em Agronomia, Faculdade Montes Belos.

4Prof. Mestre em Física, Faculdade Montes Belos.

5Profa. Especialista, Faculdade Montes Belos.

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INTRODUÇÃO

As unidades armazenadoras de grãos são definidas como complexos agroindustriais, constituídas de estruturas que tem por finalidade receber, pré- beneficiar, armazenar e expedir a produção agrícola de uma determinada área (MESQUITA, MACEDO, BARBOSA;

2007). Os sistemas mais utilizados nos armazenamentos são os convencionais, silos e armazéns. Essas estruturas possuem a função de conservar os grãos para serem comercializados nos melhores períodos, minimizando perdas quantitativas e qualitativas.

A grande demanda por grãos, a modernização da agricultura e os fatores mercadológicos, como a espera por preços mais satisfatórios, contribuiu para o aumento da produção e gerou a necessidade de armazenamento. Todavia, as condições inadequadas e o tempo prolongado de estoque pode provocar o surgimento de ataques de insetos-praga ou a perca da qualidade nas massas dos grãos (SILVA et al., 2009).

O país também enfrenta grandes problemas pela falta de infraestruturas de armazenamentos agrícolas, principalmente no período de safras, onde a produção não possui

estruturas para serem armazenadas, o que afeta diretamente o sistema logístico. O que resulta na queda dos preços dos produtos em face da necessidade de pronta comercialização após a colheita (GARCIA, 2014).

Quando os grãos são submetidos às condições desfavoráveis, sofrem danos consideráveis em poucos dias, resultante da ação de microrganismos, insetos, fungos, ácaros, dentre outros. Os ataques provocam desenvolvimento de substâncias tóxicas, perda de peso, redução no poder germinativo e valor nutricional, tornando- os impróprios para comercialização e consumo.

Segundo o Relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção mundial de milho na safra 2014/15 está estimada em 980,0 milhões de toneladas, com uma redução de 0,4% inferior a safra passada. A produção de milho cresceu cerca de 17% nas ultimas 5 safras, haja vista, que o consumo acompanhou esse crescimento (AGROSAFRA, 2014).

O Brasil, atualmente possui cerca de 12 milhões de hectares destinados a cultura do milho, com uma produção anual média em torno de 40 milhões de toneladas. Essa

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produção concentra-se nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais (YAGUSHI, 2012).

O milho (Zea mays) é uma das culturas mais difundida e cultivada no país, possui boa adaptação às condições climáticas, além de ser um cereal rico em energia (vitaminas A e complexo B, proteínas, carboidratos, dentre outros). Possui várias diversificações na alimentação humana e animal, além de ser cultivado para a extração do bioetanol. O sistema a granel é a forma mais comum de armazenar os grãos, mas podem ser armazenados em silos, armazéns herméticos ou em sacarias, no caso de sementes (SOARES et al., 2009).

Conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção goiana de grãos deve chegar em 17. 667 milhões de toneladas, conforme o 9° Levantamento de Grãos da Safra 2013/2014 (REDAÇAO, 2014). Contudo, essa cultura sofre anualmente graves perdas causadas pelo mau armazenamento dos grãos, predispondo ao ataque de roedores, insetos ou a infestação de fungos.

De acordo com Santos (2006), um lote de grãos armazenados é um material que pode sofrer transformações, deteriorações e perdas, devido às interações entre os fenômenos físicos, químicos e biológicos.

Os fatores abióticos e bióticos também estão presentes nas massas de grãos.

Os abióticos são as impurezas e o volume de ar, enquanto os bióticos são organismos tais como os próprios grãos, insetos, ácaros, microrganismos e roedores.

Os principais insetos-praga que atacam e danificam os grãos em armazéns pertencem às ordens Coleóptera (carunchos e gorgulhos) e Lepidóptera (traças).

Em relação aos seus hábitos alimentares, os insetos são considerados pragas primárias, secundárias ou cruzadas.

São consideradas pragas primárias, os insetos que conseguem atacar sementes ou grãos, inteiros e sadios. Têm-se como exemplos as espécies besourinho dos cereais (Rhyzopertha dominica) e gorgulhos dos cereais (Sitophilus oryzaee S. zeamais).

As pragas secundárias apresentam dificuldade em atacar sementes e grãos inteiros, sendo necessário que os grãos estejam danificados, quebrados ou atingidos por pragas primarias, como os escaravelhos (Oryzaephilus surinamensis) e os besouros-castanhos (Tribolium castaneum). Os insetos-praga que causam danos aos grãos na lavoura e depois no

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armazenamento são denominados de pragas cruzadas, como o caruncho-do- feijão (Callosobruchus maculatus) (LORINI et al., 2010).

O Tribolium castaneum pertence à ordem coleóptera, possui coloração castanho-avermelhada uniforme, achatados, apresentando na cabeça duas depressões transversais e pronoto com forma retangular, medem cerca de 2,3 a 4,4 mm de comprimento, as fêmeas ovopositam cerca de 400 a 500 ovos em fendas de paredes, sacarias ou sobre os grãos. É uma praga secundária que ataca todos os tipos de cereais moídos, defeituosos ou já atacados por outras pragas, provocando grandes prejuízos (GALLO et al., 2002).

Pesquisadores desenvolveram inseticidas que são compostos, que aplicados direta ou indiretamente em concentrações adequadas provocam a inibição do crescimento, esterilização dos adultos ou ainda morte dos mesmos. Os inseticidas químicos são muito eficazes, todavia pode apresentar uma série de problemas, como contaminação ambiental, presença de altos níveis de resíduos nos alimentos (MELO et al., 2011).

De acordo com Faroni et al., (1995), o uso desses produtos químicos de diversas ordens toxicológicas é o método mais utilizado para o controle de pragas de

armazenamento, pois apresentam alta eficiência. Todavia, o seu uso pode acarretar diversos problemas, como o aumento de custo na produção, resíduos nos alimentos e resistência entre os insetos.

A resistência ao uso de produtos químicos em populações de insetos está relacionada diretamente com a frequência de utilização do produto, intensidade de seleção, que seria a capacidade dos insetos de sobreviver após serem expostas as dosagens, como as características herdadas das espécies (herança genética).Os indivíduos que apresentam algum tipo de mutação no metabolismo possuem maior probabilidade de sobreviverem aos tratamentos com inseticidas e contribuírem com uma prole maior que aqueles indivíduos suscetíveis, resultando no aumento da frequência do gene que confere resistência nas próximas gerações (MOTO et al., 2012).

Com o intuito de reduzir esses impactos ambientais e evitar a resistência dos insetos, o uso de inseticidas botânicos surgiu como um controle alternativo no controle de pragas. Constituídos decompostos que são resultantes de substâncias extraídas de plantas, tendo uma variação dos princípios ativos de espécie para espécie, podem ser empregados na

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forma de extratos (aquosos ou orgânicos), óleos ou pó. Seu uso permite esterilidade, repelência ou toxicidade que reflete na redução do crescimento da população dos insetos (TAVARES, 2002).

Para Castro (2007), os inseticidas botânicos possuem princípios ativos resultantes do metabolismo secundário das plantas, presentes nos tecidos vegetais com diversas funções capazes de controlar determinado inseto. Além da toxicidade, muitas espécies vegetais possuem efeitos biológicos capazes de alterar o comportamento e desenvolvimento.

O principal inseticida botânico que está sendo utiliza donos dias atuais são os compostos derivados do Nim (Azadirachta indica) que exerce o efeito repelente, interferência no crescimento e fecundidade do inseto (MOREIRA et al., 2012).

Na literatura há vários relatos de usos de extratos vegetais no controle de insetos- praga, uma alternativa encontrada para substituir o uso de produtos químicos.

Sousa et al. (2009) realizou pesquisas para analisar a toxicidade de pós e extratos aquosos de sementes e pericarpos de pinhão manso em gorgulhos Rhyzorpertha dominica (F.), Sitophilus zeamais Mots., Tribolium castaneum (Herbst) e Oryzaephilus surimanensis (L.). Foi utilizado 1 mL de extrato e 0,5 g de pó

para 50 insetos adultos, sendo que ambos apresentaram efeitos letais sobre as quatro espécies.

Boiça Junior et al., (2005), avaliou dezoito extratos aquosos de espécies vegetais, mostrando que os extratos de Enterolobium contortisilliquum, Nicotiana tabacum, Sapindus saponaria e Trichilia pallidapara doze lagartas recém eclodidas, que resultou em cem por cento da mortalidade das larvas.

Bogorni e Vendramim (2005) analisaram o efeito letal de seis extratos aquosos com folhas e ramos das espécies de Trichilia (T. casaretti, T. catigua, T.

clausseni, T. elegans, T. pallens e T.

pallida) no controle da Spodopetera frugiperda, principal praga do milho. Foi utilizada 90 lagartas, distribuídas em seis repetições, em delineamento casualizado.

Sendo que os extratos do ramo da T.

pallida e de folhas de T. pallens foram os mais eficientes, apresentando o maior índice de mortalidade larval.

A espécie vegetal Dieffenbachia spp., conhecida popularmente como comigo- ninguém-pode pertence à família Araceae, possui cerca de três mil e quinhentas espécies, originaria da América Tropical.

Constitui um intenso grupo de plantas

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tóxicas comumente encontradas em jardins residenciais. (DANTAS et al., 2007).

A Dieffenbachia spp. pode ser cultivada em vasos ou em jardineiras a sombra ou meia-sombra, protegida do vento e bem suprida de água. É muito sensível á baixas temperaturas de inverno, multiplicam se por estacas, alguns acreditam que esta planta possui potencial de amuleto contra “inveja e mau olhado”

(BATISTA, 2011).

As principais características desta espécie são as folhas grandes, com cerca de 30 a 60 cm de comprimento, apresentando desenhos coloridos ornamentais em branco, látex esbranquiçado e cristais de oxalato de cálcio em forma de ráfides e drusas. Essa espécie apresenta um grande potencial toxicológico em humanos e animais (MACHADO, 2013).

As intoxicações atingem principalmente crianças e animais domésticos e ocorrem por ingestão ou contato de mucosas, pele e olhos com partes lesionadas da planta. Sua toxicidade é conhecida há muito tempo. A ação química está associada às substâncias tóxicas, como alguns lipídios, proteínas e alcaloides (FERREIRA et al., 2006).

Quando essas plantas são utilizadas como uma alternativa para fabricação de inseticidas botânicos, é necessário promover testes para comprovar o nível toxicológico das espécies e suas respectivas pragas alvo, para que haja eficiência no seu uso. Segundo Oler (2008), plantas tóxicas são as espécies vegetais que em contato com o organismo de humanos ou animais domésticos, em condições naturais, provocam danos que refletem na saúde e vitalidade desses seres.

O uso de inseticidas botânicos possuem muitas vantagens ao pequeno agricultor, por apresentar alternativas de cultivo em pequenas áreas, onde pode ser produzido extratos, pó ou algum tipo de óleo. Pode ser utilizado para reduzir impactos ambientais, obtenção de uma agricultura sustentável e orgânica (HAAS et al., 2014).

O modo de ação dos inseticidas botânicos age de formas distintas, através de uma ação tóxica, interferência no metabolismo de órgãos, por contato ou ingestão. Estes inseticidas são produtos derivados de partes de plantas, que apresentam efeitos letais dependendo das dosagens utilizadas. As famílias botânicas Meliaceae (nim), Rutaceae (temberati) e Solanaceae (pimenta-do-reino) possuem as maiores quantidades de plantas com potencial inseticida (PONCIO, 2010

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De acordo com Mairesse et.al., (2007), as primeiras substâncias utilizadas como inseticidas botânicos foram á nicotina extraída do fumo (Nicotina tabacum), a piretrina extraída do crisântemo (Chrysanthemum cinerariaefolium) e a rotenona extraída de timbós (Derris spp.).

Recentemente, foi comprovada a ação inseticida de óleos essências das plantas capim-limão (Cymbopogon citratus) e eucalipto citriodora (Eucaliptus citriodora) para repelir insetos e borrachudos.

Este trabalho tem como objetivo conduzir testes laboratoriais, utilizando diferentes dosagens do pó da planta comigo-ninguém-pode, para verificação de sua toxicidade, no controle do Tribolium castaneum em grãos de milho, com o intuito de oferecer aos pequenos produtores rurais uma alternativa mais viável no manejo de pragas.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado no laboratório de pragas da Fazenda Escola da Faculdade Montes Belos, em São Luís de Montes Belos, com as seguintes coordenadas 16º 32’ 03” S, 050º 22’ 31”

W, e a altitude de 569 m, o ambiente ao qual foi realizado o experimento foi totalmente vedado contra incidência de raios solares, pois os insetos são de excelente adequação quanto a pouca luz.

As matrizes foram coletadas na Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) da unidade de São Luís de Montes Belos. Os grãos foram acondicionados em recipientes de vidro transparente com volume de 2,5 L (Figura 1 A).

A criação dos insetos Tribolium castaneum foi mantida até que atingisse uma quantidade significativa para a realização do experimento, ao qual foram separados e selecionados os indivíduos adultos utilizado nos testes. A criação de T.

castaneum foi mantida em grãos de milho sem expurgo ou outro tipo de tratamento, justamente por ser altamente susceptível ao ataque da praga, facilitando a reprodução dos insetos.

O material vegetal foi coletado no munícipio de São João da Paraúna- Goiás, no dia 07/09/2014. Depois de colhido, o material foi levado ao laboratório para passar por um processo de remoção de impurezas, com lavagem em agua corrente e secagem previa, para posteriormente serem secas em estufa a 40 ºC por 48 horas (Figura 2).

Em seguida, passaram pelo processo de carbonização, no qual, foi necessário

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utilizar um Becker contendo álcool etílico 70° para que as mesmas fossem

carbonizadas. Após esse processo, foram maceradas até a obtenção do pó fino.

Figura 1 Processo de dessecagem das folhas na estufa para fabricação do pó.

As folhas foram maceradas com o auxílio do grau e pistilo até obterem o aspecto de pó fino (Figura 3). O material fabricado foi guardado em pote lacrado até

o início do experimento. O pó foi pesado em uma balança de precisão de 0,001 g, para a obtenção das respectivas dosagens utilizadas.

Figura 2 Processo de maceramento das folhas da planta comigo-ninguém-pode.

Os insetos foram selecionados com o auxílio de um sugador acoplado a uma bomba a vácuo e colocados em uma gaiola

de tamanho 0,1 x 0,2 m, feita de organza e amarrados com um arame de 0,0046 m. A criação dos insetos foi mantida até que

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atingissem a quantidade suficiente para a realização do experimento. Para cada gaiola foram destinados 10 insetos adultos.

Nas tampas dos potes de vidro, foi necessário colocar um suporte em formato de gancho, a fim de sustentar a gaiola com os insetos, evitando o contato com o fundo

do pote, onde foi acondicionado o tratamento (pó da planta carbonizado) para analisar corretamente seu potencial toxicológico, com os grãos de milho (Figura 4). O experimento foi realizado a uma temperatura de 25 ± 5 ºC.

Figura 3 Experimento finalizado contendo a armadilha com os insetos e o extrato vegetal.

A determinação das dosagens do pó foi baseada na metodologia de Lorini et. al.

(2003), que ressalva a importância do uso de pó no controle de pragas e grãos armazenados e tratamento de semente,

onde se recomenda que se faça o cálculo levando em consideração a necessidade de um quilo de pó para cada tonelada de grãos ou sementes para que haja eficiência do produto.

Resultado e discussão

De acordo com os resultados obtidos através da análise de variância (

Tabela 1), não foi possível verificar evidências significativas nos dados experimentais, pois as medias dos tratamentos não diferem estatisticamente entre si, em relação ao índice de mortalidade dos insetos com as dosagens do tratamento utilizado, portanto, os resultados não foram significativos.

Tabela 1 Análise de variância: dados obtidos através do Programa Assistat.

FV GL SQ QM F

Tratamentos 4 504 126

1.9 091 ns Res

íduo 20

132

0 66

Tot

al 24

182 4

(10)

ns não significativo (p >= 05)

Através da análise de regressão (Figura 1) é possível verificar que os grãos que receberam as dosagens de 0,25g e 0,50g não apresentaram índices de mortalidade significativos, representando menos de 5%

de mortalidade. Enquanto os avaliados nas

dosagens de 0,75g e 1,0g obtiveram um índice crescente de mortalidade, 10% e 15% respectivamente. Os resultados não foram significativos, sendo esse valor inexpressivo para o uso da Dieffenbachia spp como inseticida natural.

Gráfico 1 Mortalidade do T. castaneum em função da dosagem aplicada de pó da Dieffenbachia spp.

Os resultados demonstram que a mortalidade dos insetos aumentou com a elevação do peso das dosagens do pó.

Todos os tratamentos foram avaliados após dez dias que os insetos estavam na gaiola, acondicionados dentro do pote de vidro com o material vegetal. Também foi avaliado o nível toxicológico do pó nas testemunhas do experimento.

Os dados obtidos

experimentalmente foram avaliados através

de um delineamento inteiramente casualizado 1x5x5, contendo um tratamento, cinco dosagens e cinco repetições para verificação do índice de mortalidade do Tribolium castaneum quando exposto ao pó da espécie vegetal comigo-ninguém-pode.

Giuzio et. al. (2012) constatou o efeito significativo do uso do extrato aquoso da planta comigo-ninguém-pode no controle de larvas do segundo instar das espécies Spodoptera frugiperda e

y = 22,857x2 - 14,857x + 4,8571 R² = 0,8571

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0 0,25 0,5 0,75 1

Mortalidade (%)

Dose (g)

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Anticarsia gemmatalis, sendo que os resultados foram extremamente eficientes no combate às lagartas. Já Campos et. al., (2013), verificou o resultado significativo do uso do óleo essencial de losna (Artemisia absinthuim) sobre o Tribolium castaneum, que apresentou efeito inseticida e repelente.

Em busca de relatos provocados pelo uso da planta comigo-ninguém-pode, Teixeira e Poletto (2014) relataram o potencial alelopático dos extratos aquosos da espécie vegetal comigo-ninguém-pode, na germinação e crescimento inicial do pepino (Cucumis sativus L.). Clemente et al. (2003) testando a atividade do extrato aquoso de cinco espécies vegetais (Ocimwn basilicum, Mentha rotundifolia, Origanum vulgare, Rosmarinus officinalis, Thymus vulgaris e Lavandula spica) contra o T. castaneum verificou o efeito significativo na mortalidade dos insetos.

CONCLUSÃO

Ao final deste experimento, foi possível verificar que os resultados obtidos através da utilização do pó da planta comigo-ninguém-pode, não apresentou mortalidade significativa dos insetos, foi observado também que não houve inibição da alimentação e nem o retardamento no

ciclo reprodutivo. Portanto, recomenda-se que sejam realizados novos testes com a espécie vegetal, diversificando as dosagens, o modo de fabricação do pó ou a forma do mesmo, a fim de obter resultados significativos no controle de pragas de grãos armazenados.

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