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O texto refere-se a uma concepção acerca do Renascimento cultural dos séculos XV e XVI que

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QUESTÕES DE SALA

01. (ENEM) Assentado, portanto, que a Escritura, em muitas passagens, não apenas admite, mas necessita de exposições diferentes do significado aparente das palavras, parece-me que, nas discussões naturais, deveria ser deixada em último lugar.

GALILEI, G. Carta a Benedetto Castelli. In: Ciência e fé: cartas de Galileu sobre o acordo do sistema copernicano com a Bíblia. São Paulo: Unesp, 2009. (adaptado) O texto, extraído da carta escrita por Galileu (1564-1642) cerca de trinta anos antes de sua condenação pelo Tribunal do Santo Oficio, discute a relação entre ciência e fé, problemática cara no século XVII. A declaração de Galileu defende que

a) a bíblia, por registrar literalmente a palavra divina, apresenta a verdade dos fatos naturais, tornando-se guia para a ciência.

b) o significado aparente daquilo que é lido acerca da natureza na bíblia constitui uma referência primeira. c) as diferentes exposições quanto ao significado das palavras bíblicas devem evitar confrontos com os dogmas da Igreja.

d) a bíblia deve receber uma interpretação literal porque, desse modo, não será desviada a verdade natural.

e) os intérpretes precisam propor, para as passagens bíblicas, sentidos que ultrapassem o significado imediato das palavras.

02. (FAMERP/2020) [Maquiavel] elogia a República romana como tendo sido a mais perfeita forma de governo e um verdadeiro Estado unido pelo espírito público de seus cidadãos; no entanto, numa época como a sua, seria necessário um líder que utilizasse a força como princípio, tese que desenvolve em O Príncipe.

(Teresa Aline Pereira de Queiroz. O Renascimento, 1995.) A obra O Príncipe foi escrita por Maquiavel em 1513 e publicada em 1532. Nela, o pensador florentino

a) rejeita a noção de república, valorizando o princípio de participação política direta de todos os cidadãos.

b) defende a submissão do poder secular ao poder atemporal, reconhecendo a Igreja como o centro da vida política.

c) analisa experiências políticas do passado e do presente, propondo um modelo de atuação do governante.

d) celebra o princípio da experiência do indivíduo, identificando os conselhos dos anciãos como origem de todo poder.

e) questiona o militarismo da Roma Antiga, sugerindo aos governantes abandonar projetos imperiais e expansionistas.

03. (UNESP) Ainda hoje a palavra Renascimento evoca a ideia de uma época dourada e de homens libertos dos constrangimentos sociais, religiosos e políticos do período precedente. Nessa “época dourada”, o individualismo, o

paganismo e os valores da Antiguidade Clássica seriam cultuados, dando margem ao florescimento das artes e à instalação do homem como centro do universo.

(Tereza Aline Pereira de Queiroz. O Renascimento, 1995. Adaptado.) O texto refere-se a uma concepção acerca do Renascimento cultural dos séculos XV e XVI que

a) projeta uma visão negativa da Idade Média e identifica o Renascimento como a origem de valores ainda hoje presentes.

b) estabelece a emergência do teocentrismo e reafirma o poder tutelar da Igreja Católica Romana.

c) caracteriza a história da arte e do pensamento como desprovida de rupturas e marcada pela continuidade nas propostas estéticas.

d) valoriza a produção artística anterior a esse período e identifica o Renascimento como um momento de declínio da criatividade humana.

e) afirma o vínculo direto das invenções e inovações tecnológicas do período com o pensamento mítico da Antiguidade.

04. (PUC-RJ) Os humanistas e artistas do Renascimento italiano apregoavam a “volta aos Antigos” como fundamento de suas ações no presente.

Assinale a alternativa que expressa o que era entendido por “volta aos Antigos”.

a) Dar continuidade ao pensamento medieval, em particular aos preceitos da Escolástica que apregoava a conciliação da fé cristã com a razão fundada na tradição grega de Platão e Aristóteles.

b) Tomar como fundamento exclusivamente as Escrituras Sagradas – o Antigo e o Novo Testamento – na medida em que as formas culturais deveriam estar a serviço da religião. c) Inspirar-se na arte e na cultura da civilização greco-romana que teria sido desvalorizada pelo pensamento medieval, o qual limitava a liberdade do indivíduo.

d) Imitar fielmente as atitudes dos homens da antiguidade, em seu modo de escrever, falar, esculpir, pintar, construir, se vestir, entre outras. Assim, sentiam-se alcançando as glórias do passado.

e) Reagir ao movimento que defendia a autoridade do presente em relação ao Antigo e exigia uma ruptura total com o passado.

05. (UNESP) Deveis saber, portanto, que existem duas formas de se combater: uma, pelas leis, outra, pela força. A primeira é própria do homem; a segunda, dos animais. Como, porém, muitas vezes a primeira não seja suficiente, é preciso recorrer à segunda. Ao príncipe torna-se necessário, porém, saber empregar convenientemente o animal e o homem. [...] Nas ações de todos os homens, máxime dos príncipes, onde não há tribunal para que recorrer, o que importa é o êxito bom ou mau. Procure, pois, um príncipe, vencer e conservar o Estado.

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O texto, escrito por volta de 1513, em pleno período do Renascimento italiano, orienta o governante a

a) defender a fé e honrar os valores morais e sagrados. b) valorizar e priorizar as ações armadas em detrimento do respeito às leis.

c) basear suas decisões na razão e nos princípios éticos. d) comportar-se e tomar suas decisões conforme a circunstância política.

e) agir de forma a sempre proteger e beneficiar os governados.

TAREFA DO DIA SEGUINTE

T01. (ENEM/2019) Para Maquiavel, quando um homem decide dizer a verdade pondo em risco a própria integridade física, tal resolução diz respeito apenas a sua pessoa. Mas se esse mesmo homem é um chefe de Estado, os critérios pessoais não são mais adequados para decidir sobre ações cujas consequências se tornam tão amplas, já que o prejuízo não será apenas individual, mas coletivo. Nesse caso, conforme as circunstâncias e os fins a serem atingidos, pode-se decidir que o melhor para o bem comum seja mentir.

ARANHA, M. L. Maquiavel: a lógica da força. São Paulo: Moderna, 2006 (adaptado). O texto aponta uma inovação na teoria política na época moderna expressa na distinção entre

a) idealidade e efetividade da moral. b) nulidade e preservabilidade da liberdade. c) ilegalidade e legitimidade do governante. d) verificabilidade e possibilidade da verdade. e) objetividade e subjetividade do conhecimento

T02. (UECE/2019) “Quando um cidadão, não por suas

crueldades ou outra qualquer intolerável violência, e sim pelo favor dos concidadãos, se torna príncipe de sua pátria – o que se pode chamar principado civil (e para chegar a isto não é necessário grandes méritos nem muita sorte, mas antes uma astúcia feliz) –, digo que se chega a esse principado ou pelo favor do povo ou pelo favor dos poderosos. É que em todas as cidades se encontram estas duas tendências diversas e isto nasce do fato de que o povo não deseja ser governado nem oprimido pelos grandes, e estes desejam governar e oprimir o povo.”

MAQUIAVEL. O Príncipe. Coleção “Os Pensadores” - adaptado. Considerando a questão da política em Maquiavel, analise as seguintes afirmações:

I. Maquiavel rompe com a tradição política ao não admitir qualquer fundamento anterior e exterior à política.

II. Maquiavel considera a cidade uma comunidade homogênea nascida da ordem natural ou da razão humana. III. Maquiavel considera que a política nasce das lutas sociais e é obra da própria sociedade para dar a si mesma unidade e identidade.

É correto o que se afirma em a) I e II apenas.

b) I e III apenas. c) II e III apenas. d) I, II e III.

T03. (UNIOESTE) Considerando-se o seguinte fragmento de Maquiavel, indique qual das alternativas abaixo está CORRETA.

“Um príncipe prudente deve, portanto, conduzir-se de uma terceira maneira escolhendo no seu Estado homens sábios, e só a esses deve dar o direito de falar-lhe a verdade a respeito, porém apenas das coisas que ele lhes perguntar. Deve consultá-los a respeito de tudo e ouvir-lhes a opinião e deliberar depois como bem entender e com conselhos daqueles; conduzir-se de tal modo que eles percebam que com quanto mais liberdade falarem, mais facilmente as suas opiniões serão seguidas”

(MAQUIAVEL, 1973, p. 105). a) De acordo com Maquiavel, o príncipe, na direção do seu Estado, não deve consultar ninguém ao tomar decisões. b) Maquiavel considera que todos têm o direito de criticar as ações do príncipe.

c) Maquiavel afirma que homens sábios podem falar ao príncipe o que quiserem, e na hora que bem entenderem, sendo obrigação do príncipe acatá-los.

d) Conforme Maquiavel, o príncipe deve cercar-se de conselheiros sábios, mas eles nunca devem ter liberdade para falar a verdade.

e) Maquiavel defende que, como o príncipe precisa da opinião livre dos sábios, deve dar-lhes o direito de falar-lhes a verdade, mas apenas das coisas que ele lhe perguntar.

T04. (UNIOESTE)

TEXTO 1

“[...] Quando um homem deseja professar a bondade, natural é que vá à ruína, entre tantos maus. Assim, é preciso que, para se conservar, um príncipe aprenda a ser mau, e que se sirva ou não disso de acordo com a necessidade”.

MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 2004, p. 99. TEXTO 2

“[...] Assim deve o príncipe tornar-se temido, de sorte que, se não for amado, ao menos evite ódio, pois é fácil ser, a um só tempo, temido e não odiado, o que ocorrerá uma vez que se prive da posse dos bens e das mulheres dos cidadãos e dos súditos, e, mesmo quando forçado a derramar o sangue de alguém, poderá fazê-lo apenas se houver justificativa apropriada e causa manifesta” [...].

Idem, p. 106-7. Considerando o pensamento de Maquiavel e os textos citados, assinale a alternativa CORRETA.

a) O pensamento de Maquiavel volta-se à realidade e busca alternativas para estabelecer um Estado estável onde a ordem possa reinar.

b) Maquiavel, assim como Platão, revela-se um idealista ao estabelecer padrões ao governante fundamentados na bondade natural do homem.

c) O príncipe deve ser um homem dotado de boas virtudes (virtù) e dinheiro (fortuna) para que todos o respeitem e ele possa fazer reinar a estabilidade.

d) Estado e Igreja se fundem, de acordo com o filósofo. De nada adianta ao príncipe tentar estabelecer a ordem, já que ela depende de um estado natural das coisas e de uma força extraterrena, tornando todo seu esforço em vão. e) O objetivo último do pensamento político de Maquiavel é o de evitar a guerra a todo custo, pois as atrocidades da guerra desafiam os valores éticos que determinam a ação política.

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T05. (UNICAMP) Quanto seja louvável a um príncipe manter a fé, aparentar virtudes e viver com integridade, não com astúcia, todos o compreendem; contudo, observa-se, pela experiência, em nossos tempos, que houve príncipes que fizeram grandes coisas, mas em pouca conta tiveram a palavra dada, e souberam, pela astúcia, transtornar a cabeça dos homens, superando, enfim, os que foram leais (...). Um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de existir.

(Nicolau Maquiavel, O Príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 1997, p. 73-85.) A partir desse excerto da obra, publicada em 1513, é correto afirmar que:

a) O jogo das aparências e a lógica da força são algumas das principais artimanhas da política moderna explicitadas por Maquiavel.

b) A prudência, para ser vista como uma virtude, não depende dos resultados, mas de estar de acordo com os princípios da fé.

c) Os princípios e não os resultados é que definem o julgamento que as pessoas fazem do governante, por isso é louvável a integridade do príncipe.

d) A questão da manutenção do poder é o principal desafio ao príncipe e, por isso, ele não precisa cumprir a palavra dada, desde que autorizado pela Igreja.

T06. (UEL) Leia o texto a seguir.

A República de Veneza e o Ducado de Milão ao norte, o reino de Nápoles ao sul, os Estados papais e a república de Florença no centro formavam ao final do século XV o que se pode chamar de mosaico da Itália sujeita a constantes invasões estrangeiras e conflitos internos. Nesse cenário, o florentino Maquiavel desenvolveu reflexões sobre como aplacar o caos e instaurar a ordem necessária para a unificação e a regeneração da Itália.

(Adaptado de: SADEK, M. T. “Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtú”. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos da política. v.2. São Paulo: Ática, 2003. p.11-24.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia política de Maquiavel, assinale a alternativa correta. a) A anarquia e a desordem no Estado são aplacadas com a existência de um Príncipe que age segundo a moralidade convencional e cristã.

b) A estabilidade do Estado resulta de ações humanas concretas que pretendem evitar a barbárie, mesmo que a realidade seja móvel e a ordem possa ser desfeita.

c) A história é compreendida como retilínea, portanto a ordem é resultado necessário do desenvolvimento e aprimoramento humano, sendo impossível que o caos se repita.

d) A ordem na política é inevitável, uma vez que o âmbito dos assuntos humanos é resultante da materialização de uma vontade superior e divina.

e) Há uma ordem natural e eterna em todas as questões humanas e em todo o fazer político, de modo que a estabilidade e a certeza são constantes nessa dimensão.

T07. (UFPA) Ao pensar como deve comportar-se um príncipe com seus súditos, Maquiavel questiona as concepções vigentes em sua época, segundo as quais consideravam o bom governo depende das boas qualidades morais dos homens que dirigem as instituições. Para o autor, “um homem que quiser fazer profissão de bondade é natural que se arruíne entre tantos que são maus. Assim, é necessário a um príncipe, para se manter, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo a necessidade”.

Maquiavel, O Príncipe, São Paulo: Abril cultural, Os Pensadores, 1973, p.69. Sobre o pensamento de Maquiavel, a respeito do comportamento de um príncipe, é correto afirmar que a) a atitude do governante para com os governados deve estar pautada em sólidos valores éticos, devendo o príncipe punir aqueles que não agem eticamente.

b) o Bem comum e a justiça não são os princípios fundadores da política; esta, em função da finalidade que lhe é própria e das dificuldades concretas de realizá-la, não está relacionada com a ética.

c) o governante deve ser um modelo de virtude, e é precisamente por saber como governar a si próprio e não se deixar influenciar pelos maus que ele está qualificado a governar os outros, isto é, a conduzi-los à virtude.

d) o Bem supremo é o que norteia as ações do governante, mesmo nas situações em que seus atos pareçam maus. e) a ética e a política são inseparáveis, pois o bem dos indivíduos só é possível no âmbito de uma comunidade política onde o governante age conforme a virtude.

T08. (ENEM) Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se.

MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991. A partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas, Maquiavel define o homem como um ser

a) munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros.

b) possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política.

c) guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes.

d) naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portando seus direitos naturais.

e) sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares.

T09. (UFU) Em seus estudos sobre o Estado, Maquiavel busca decifrar o que diz ser uma verità effettuale, a “verdade efetiva” das coisas que permeiam os movimentos da multifacetada história humana/política através dos tempos. Segundo ele, há certos traços humanos comuns e

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imutáveis no decorrer daquela história. Afirma, por exemplo, que os homens são “ingratos, volúveis, simuladores, covardes ante os perigos, ávidos de lucro”.

(O Príncipe, cap. XVII) Para Maquiavel:

a) A “verdade efetiva” das coisas encontra-se em plano especulativo e, portanto, no “dever-ser”.

b) Fazer política só é possível por meio de um moralismo piedoso, que redime o homem em âmbito estatal.

c) Fortuna é poder cego, inabalável, fechado a qualquer influência, que distribui bens de forma indiscriminada. d) A Virtù possibilita o domínio sobre a Fortuna. Esta é atraída pela coragem do homem que possui Virtù.

T10. (ENEM) Mas, sendo minha intenção escrever algo de útil para quem por tal se interesse, pareceu-me mais conveniente ir em busca da verdade extraída dos fatos e não à imaginação dos mesmos, pois muitos conceberam repúblicas e principados jamais vistos ou conhecidos como tendo realmente existido.

MAQUIAVEL, N. O príncipe. Disponível em: www.culturabrasil.pro.br. Acesso em: 4 abr. 2013. A partir do texto, é possível perceber a crítica maquiaveliana à filosofia política de Platão, pois há nesta a a) elaboração de um ordenamento político com fundamento na bondade infinita de Deus.

b) explicitação dos acontecimentos políticos do período clássico de forma imparcial.

c) utilização da oratória política como meio de convencer os oponentes na ágora.

d) investigação das constituições políticas de Atenas pelo método indutivo.

e) idealização de um mundo político perfeito existente no mundo das ideias.

T11. (ENEM) Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade.

MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado). Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao

a) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo.

b) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos. c) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana.

d) romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem.

e) redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão.

MICRO-REVISÃO 1

T12. (UFRGS) Sobre o desenvolvimento do pensamento moderno no Ocidente, entre os séculos XIV e

XVIII, é correto afirmar que

a) os estudos empíricos sobre a natureza, realizados no Renascimento, contribuíram para o desenvolvimento da ciência europeia.

b) o abandono do dogma cristão pelo pensamento humanista motivou a criação dos tribunais do Santo Ofício para combater as heresias.

c) a filosofia foi marcada por uma completa ruptura em relação à visão de mundo, elaborada durante a antiguidade. d) a Reforma Protestante caracterizou-se pela reafirmação dos valores institucionais da Igreja e pela defesa do papado.

e) a rígida separação social entre a elite letrada e a população camponesa impedia o desenvolvimento de práticas culturais populares.

T13. (UNIOESTE) “Creio que a sorte seja árbitro da metade

dos nossos atos, mas que nos permite o controle sobre a outra metade, aproximadamente. Comparo a sorte a um rio impetuoso que, quando enfurecido, inunda a planície, derruba casas e edifícios, remove terra de um lugar para depositá-la em outro. Todos fogem diante de sua fúria, tudo cede sem que se possa detê-la. Contudo, apesar de ter essa natureza, quando as águas correm quietamente é possível construir defesas contra elas, diques e barragens, de modo que, quando voltam a crescer, sejam desviadas para um canal, para que seu ímpeto seja menos selvagem e devastador. O mesmo se dá com a sorte, que mostra todo o seu poder quando não foi posto nenhum empenho para lhe resistir, dirigindo sua fúria contra os pontos que não há dique ou barragem para detê-la. [...] O príncipe que baseia seu poder inteiramente na sorte se arruína quando esta muda. Acredito também que é prudente quem age de acordo com as circunstâncias, e da mesma forma é infeliz quem age opondo-se ao que o seu tempo exige”.

Maquiavel Considerando o pensamento político de Maquiavel e o texto acima, é INCORRETO afirmar que

a) o êxito da ação política do príncipe depende do modo como ele age de acordo com as circunstâncias.

b) a manutenção do poder e a estabilidade política são proporcionadas pelo príncipe de virtù, independentemente dos meios por ele utilizados.

c) o sucesso ou o fracasso da ação política para a manutenção do poder depende exclusivamente da sorte e do uso da força bruta e violenta.

d) na manutenção do poder, a ação política do príncipe se fundamenta, não no uso da força bruta e da violência, mas na utilização da força com virtù.

e) o êxito da ação política, com vistas à manutenção do poder, resulta do saber aproveitar a ocasião dada pelas circunstâncias e da capacidade de entender o que o seu tempo exige.

T14. (UEL) Leia o texto de Maquiavel a seguir:

[Todo príncipe prudente deve] não só remediar o presente, mas prever os casos futuros e preveni-los com toda a perícia, de forma que se lhes possa facilmente levar corretivo, e não deixar que se aproximem os

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acontecimentos, pois deste modo o remédio não chega a tempo, tendo-se tornado incurável a moléstia. [...]

Assim se dá com o Estado: conhecendo-se os males com antecedência o que não é dado senão aos homens prudentes, rapidamente são curados [...]

(MAQUIAVEL, N. O Príncipe: Escritos políticos. São Paulo: Nova cultural, 1991, p.12.) Nas ações de todos os homens, máxime dos príncipes, onde não há tribunal para recorrer, o que importa é o êxito bom ou mau. Procure, pois, um príncipe, vencer e conservar o Estado. Os meios que empregar serão sempre julgados honrosos e louvados por todos, porque o vulgo é levado pelas aparências e pelos resultados dos fatos consumados.

(MAQUIAVEL, N. O Príncipe: Escritos políticos. São Paulo: Nova cultural, 1991, p.75.) Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o pensamento de Maquiavel acerca da polaridade entre virtú e fortuna na ação política e suas implicações na moralidade pública, considere as afirmativas a seguir:

I. A virtú refere-se à capacidade do príncipe de agir com astúcia e força em meio à fortuna, isto é, à contingência e ao acaso nas quais a política está imersa, com a finalidade de alcançar êxito em seus objetivos.

II. A fortuna manifesta o destino inexorável dos homens e o caráter imutável de todas as coisas, de modo que a virtú do príncipe consiste em agir consoante a finalidade do Estado ideal: a felicidade dos súditos.

III. A virtú implica a adesão sincera do governante a um conjunto de valores morais elevados, como a piedade cristã e a humildade, para que tenha êxito na sua ação política diante da fortuna.

IV. O exercício da virtú diante da fortuna constitui a lógica da ação política orientada para a conquista e a manutenção do poder e manifesta a autonomia dos fins políticos em relação à moral preestabelecida.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e IV são corretas. b) Somente as afirmativas II e III são corretas. c) Somente as afirmativas II e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.

MICRO-REVISÃO 2

T15. (ENEM) A filosofia encontra-se escrita neste grande livro que continuamente se abre perante nossos olhos (isto é, o universo), que não se pode compreender antes de entender a língua e conhecer os caracteres com os quais está escrito. Ele está escrito em língua matemática, os caracteres são triângulos, circunferências e outras figuras geométricas, sem cujos meios é impossível entender humanamente as palavras; sem eles, vagamos perdidos dentro de um obscuro labirinto.

GALILEI, G. “O ensaiador”. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978. No contexto da Revolução Científica do século XVII, assumir a posição de Galileu significava defender a a) continuidade do vínculo entre ciência e fé dominante na Idade Média.

b) necessidade de o estudo linguístico ser acompanhado do exame matemático.

c) oposição da nova física quantitativa aos pressupostos da filosofia escolástica.

d) importância da independência da investigação científica pretendida pela Igreja.

e) inadequação da matemática para elaborar uma explicação racional da natureza.

T16. (UFU) A Itália do tempo de Nicolau Maquiavel (1469 – 1527) não era um Estado unificado como hoje, mas fragmentada em reinos e repúblicas. Na obra O Príncipe, declara seu sonho de ver a península unificada. Para tanto, entre outros conceitos, forjou as concepções de virtú e de fortuna. A primeira representa a capacidade de governar, agir para conquistar e manter o poder; a segunda é relativa aos “acasos da sorte” aos quais todos estão submetidos, inclusive os governantes. Afinal, como registrado na famosa ópera de Carl Orff: Fortuna imperatrix mundi (A Fortuna governa o mundo).

Por isso, um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de existir.

MAQUIAVEL, N. “O príncipe”. Coleção os Pensadores. São Paulo: Abril Cultura, 1973, p. 79 - 80. Com base nas informações acima, assinale a alternativa que melhor interpreta o pensamento de Maquiavel.

a) Trata-se da fortuna, quando Maquiavel diz que “as causas que o determinaram cessem de existir”; e de virtú, quando Maquiavel diz que o príncipe deve ser “prudente”. b) Trata-se da virtú, quando Maquiavel diz que as “causas mudaram”; e de fortuna quando se refere ao príncipe prudente, pois um príncipe com tal qualidade saberia acumular grande quantidade de riquezas.

c) Apesar de ser uma frase de Maquiavel, conforme o texto introdutório, ela não guarda qualquer relação com as noções de virtú e fortuna.

d) O fragmento de Maquiavel expressa bem a noção de virtú, ao dizer que o príncipe deve ser prudente, mas não se relaciona com a noção de fortuna, pois em nenhum momento afirma que as “circunstâncias” podem mudar.

T17. (UEL) Uma das afirmações mais conhecidas e citadas de Galileu, que reflete o novo projeto da ciência da natureza, é a seguinte: “A filosofia está escrita neste grandíssimo livro que aí está aberto continuamente diante dos olhos (digo, o universo), mas não se pode entendê-lo se primeiro não se aprende a entender a língua e conhecer os caracteres nos quais está escrito.

Ele está escrito em língua matemática, e os caracteres são triângulos, círculos e outras figuras geométricas, meios sem os quais é humanamente impossível entender-lhe sequer uma palavra; sem estes trata-se de um inútil vaguear por obscuro labirinto.”

(NASCIMENTO, Carlos Arthur R. De Tomás de Aquino a Galileu. 2. ed. Campinas: UNICAMP, 1998. p. 176.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção de ciência em Galileu, é correto afirmar: a) Ciência é o conhecimento fixo, estável e perene da essência constitutiva da realidade, alcançável por meio da abstração.

b) A autonomia da explicação científica baseia-se em argumentos de autoridade e princípios metafísicos que justificam a verdade imutável do mundo natural.

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c) A verdade natural é conhecida independente de teorias e da realização de experiências, já que o fator primordial da ciência é o uso da matemática para decifrar a essência do mundo.

d) A compreensão da natureza por meio de caracteres matemáticos significa decifrar a obra da criação e, consequentemente, ter acesso ao conhecimento do próprio criador.

e) A ciência busca construir o conhecimento assentado na razão do sujeito e no controle experimental dos fenômenos naturais representados matematicamente.

MICRO-REVISÃO 3

T18. (UEL) A ONU declarou 2009 o Ano Internacional da Astronomia pelos 400 anos do uso do telescópio nas investigações astronômicas por Galileu Galilei. Essas investigações desencadearam descobertas e, por sua vez, uma nova maneira de compreender os fenômenos naturais. Além de suas descobertas, Galileu também contribuiu para a posteridade ao desenvolver o método experimental e a concepção de uma nova ciência física.

Com base nas contribuições metodológicas de Galileu Galilei, é correto afirmar:

a) A experiência espontânea e imediata da percepção dos sentidos desempenha, a partir de Galileu, um papel metodológico, preponderante na nova ciência.

b) A observação, a experimentação e a explicação dos fenômenos físicos da natureza desenvolvidos por Galileu aprimoram o método lógico-dedutivo da filosofia aristotélica. c) A observação controlada dos fenômenos na forma de experimentação, segundo o método galileano, consiste em interrogar metodicamente a natureza na linguagem matemática.

d) A verificação metodológica da verdade das leis científicas pelos experimentos aleatórios, defendida por Galileu, fundamenta-se na concepção finalista do Universo. e) O método galileano reafirma o princípio de autoridade das interpretações teológico-bíblicas na definição do método para alcançar a verdade física.

T19. (UNESP) Analise o texto político, que apresenta uma visão muito próxima de importantes reflexões do filósofo italiano Maquiavel, um dos primeiros a apontar que os domínios da ética e da política são práticas distintas. “A política arruína o caráter”, disse Otto von Bismarck (1815-1898), o “chanceler de ferro” da Alemanha, para quem mentir era dever do estadista. Os ditadores que agora enojam o mundo ao reprimir ferozmente seus próprios povos nas praças árabes foram colocados e mantidos no poder por nações que se enxergam como faróis da democracia e dos direitos humanos: Estados Unidos, Inglaterra e França. Isso é condenável?

Os ditadores eram a única esperança do Ocidente de continuar tendo acesso ao petróleo árabe e de manter um mínimo de informação sobre as organizações terroristas islâmicas. Antes de condenar, reflita sobre a frase do mais extraordinário diplomata americano do século passado, George Kennan, morto aos 101 anos em 2005: “As sociedades não vivem para conduzir sua política externa: seria mais exato dizer que elas conduzem sua política externa para viver”.

(Veja, 02.03.2011. Adaptado.) A associação entre o texto e as ideias de Maquiavel pode ser feita, pois o filósofo

a) considerava a ditadura o modelo mais apropriado de governo, sendo simpático à repressão militar sobre populações civis.

b) foi um dos teóricos da democracia liberal, demonstrando-se avesso a qualquer tipo de manifestação de autoritarismo por parte dos governantes.

c) foi um dos teóricos do socialismo científico, respaldando as ideias de Marx e Engels.

d) foi um pensador escolástico que preconizou a moralidade cristã como base da vida política.

e) refletiu sobre a política através de aspectos prioritariamente pragmáticos.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Do princípio do século XVII ao fim do século XVIII, 1o aspecto geral do mundo natural 2alterou-se de tal forma que Copérnico teria ficado pasmo. A revolução que ele iniciara desenvolveu-se tão rápido e de modo tão amplo que não só a astronomia se transformou, mas também a física. Quando isso aconteceu, dissolveram-se os últimos vestígios do universo aristotélico. A matemática tornou-se uma ferramenta cada vez mais essencial para as ciências físicas.

A visão do universo adotada por Galileu — morto em 1642, ano do nascimento de Isaac Newton — baseava-se na observação, na experimentação e numa generosa aplicação da matemática. Uma atitude de certa forma diferente daquela adotada por seu contemporâneo mais jovem, René Descartes,que começou a formular uma nova concepção filosófica do universo, que viria a destruir a antiga visão escolástica medieval.

Em 1687, Newton publicou os Principia, cujo impacto foi imenso. Em um único volume, reescreveu toda a ciência dos corpos em movimento com uma incrível precisão matemática. Completou o que os físicos do fim da Idade Média haviam começado e que Galileu tentara trazer à realidade. As três leis do movimento, de Newton, formam a base de todo o seu trabalho posterior.

Ronan Colin A.. História ilustrada da ciência: da Renascença à revolução científica. São Paulo: Círculo do Livro, s/d, p. 73, 82-3 e 99 (com adaptações).

T20. (UNB) Os trabalhos de Aristóteles e Galileu representam dois momentos marcantes do desenvolvimento das ciências naturais no Ocidente. Assinale a opção que sintetiza corretamente as contribuições de cada um deles para a história da ciência. a) Aristóteles produziu conhecimento acerca do universo de modo empírico e experimental, ao passo que Galileu defendeu o uso da matemática como ferramenta de descoberta, relegando a lógica a uso apenas argumentativo.

b) O conhecimento de Aristóteles acerca do universo era especulativo, embasado na lógica que ele mesmo criara, diferentemente do conhecimento de Galileu, que defendia o uso da matemática como ferramenta de descoberta, relegando a lógica a uso apenas argumentativo.

c) A despeito de diferenças quanto à percepção do universo, como heliocêntrico ou geocêntrico, tanto Galileu quanto Aristóteles atribuíam à lógica o poder de desvelar relações de causalidade entre os fenômenos naturais. d) O conhecimento de Aristóteles acerca do universo era empírico, e o de Galileu, contemplativo, diferindo ambos quanto ao grau de manipulação dos fenômenos naturais na construção dos conceitos científicos.

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GABARITO - QUESTÕES DE SALA 01: E 02: C 03: A 04: C 05: D

GABARITO - TAREFA DO DIA SEGUINTE

T01: A T02: B T03: E T04: A T05: A T06: B T07: B T08: C T09: D T10: E T11: C GABARITO - MICRO-REVISÃO 1 T12: A T13: C T14: A GABARITO - MICRO-REVISÃO 2 T15: C T16: A T17: E GABARITO - MICRO-REVISÃO 3 T18: C T19: E T20: B

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Referências

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